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Ergonomia
Revisão Textual:
Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin
Revisão Técnica:
Prof.ª M.ª Marcia Regina Pinez Mende
Ergonomia
• A Ergonomia;
• Funções do Corpo Humano.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Avaliar as formas de interação entre as atividades dos trabalhadores, a comunicação entre os
Departamentos, assim como a hierarquia no trabalho, associados aos objetivos da Empresa;
• Entender sobre a saúde, segurança, satisfação e eficiência, pois são situações que devem ser
enfatizadas para melhorar a produção do trabalhador;
• Compreender sobre a interação humano-máquina e seu impacto no meio ambiente.
UNIDADE Ergonomia
A Ergonomia
No momento que o homem precisou de se adaptar aos novos esquemas de trabalho,
gerados pelas mudanças constantes nos processos produtivos, houve a necessidade de
maiores estudos da Ergonomia.
Figura 1
Fonte: Adaptada de Freepik
Sarmento (2021) cita que “Não é o trabalhador que tem de se adaptar às condições
do trabalho, mas as condições do trabalho que devem ser ajustadas ao trabalhador, tanto
física como psicofisiologicamente”.
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Consequência
do trabalho
Fadigam, Estresse,
Erros, Acidentes
Posto de Trabalho
Entradas Saídas
• Ambiente Físico Produtos
Matéria-prima
Energia (gasta) • Máquinas e Equipamentos Energia (gerada)
Informações • Tarefas Conhecimentos
• Organização do Trabalho
Subprodutos
Sucatas
Rejeitos
Lixo
Para uma maior produtividade, com mais eficiência, não comprometendo a segu-
rança do trabalhador, assim como sua saúde, a Empresa deve investir em Tecnologia,
Organização do Trabalho e Treinamento dos trabalhadores.
Quadro 1
Podemos formar uma base de conhecimento em Ergonomia por meio dos constituin-
tes físicos, cognitivos e organizacionais.
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UNIDADE Ergonomia
Esse mesmo autor exemplifica essas alterações com o esquema global proposto por
Grandjean (1977):
Fadiga
Recuperação
Por essa razão, faremos um breve estudo do corpo humano para entender as alte-
rações advindas do uso excessivo desses equipamentos além de outras situações nos
ambientes de trabalho.
O ser humano recebe informações fornecidas pela máquina e pelos ambientes ex-
terno e interno, que são captadas pelos órgãos sensoriais visão, audição, tato e cinestesia
(reconhecimento da posição do corpo no espaço) e são processadas pelo SNC, o que faz
gerar uma decisão (movimento) que comanda a máquina por meio de seus controles, e
acontece a realização do trabalho, o que faz emitir uma saída que atuará sobre o am-
biente externo.
Por essa razão, iremos conhecer um pouco sobre as funções do corpo humano, não
nos aprofundando, mas estudando aquelas que interessam à Ergonomia.
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Figura 4 – Dos sistemas ao corpo humano
Fonte: Getty Images
Funções Neuromusculares
O controle das funções musculares é realizado pelo Sistema Nervoso Central (SNC),
que é composto pelo Encéfalo e pela Medula Espinhal, e necessita de um tipo de estí-
mulo ambiental.
Para constituir o Sistema Nervoso, tem-se as células nervosas ou neurônios, que são
caracterizadas por irritabilidade (sensibilidade a estímulos) e condutibilidade (condução de
sinais elétricos). Para as células nervosas se conectarem entre si, acontecem as sinapses,
que é a ligação de um axônio a um dendrito da célula seguinte.
Esses sinais são conhecidos como impulsos elétricos que se propagam ao longo
das fibras nervosas e são conduzidos até o SNC, onde são interpretados e processados,
gerando uma decisão que é enviada de volta pelos nervos motores, que são conectados
aos músculos, assim, proporcionando o movimento.
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UNIDADE Ergonomia
O estímulo que vai até o SNC segue pela via aferente (sensitiva) e, ao voltar como
uma ação, até os músculos, segue a via eferente (motora).
Figura 6
Fonte: Adaptada de Getty Images
Ficou interessado(a)? Então, leia o Artigo “Astenopia Digital: Estudo do Grupo Português
de Ergoftalmologia”. Disponível em: https://bit.ly/3ie12aV
Coluna Vertebral
Outra preocupação no trabalho contínuo é o comprometimento da coluna vertebral.
A coluna, em toda a sua extensão, é composta por vértebras que sustentam o peso de
todas as partes do corpo. Além disso, a coluna tem 2 propriedades: rigidez e mobilidade.
Como a coluna é uma das estruturas mais fracas do organismo, está sujeita a diversas
deformações, o que poderá gerar dores e até afastamentos do trabalho.
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Figura 7 – Posturas inadequadas
Fonte: Adaptada de Getty Images
A posição ideal para uma determinada função propicia melhor adaptação do corpo hu-
mano, minimizando os desequilíbrios musculares e, com isso, evitando dores e afastamento.
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UNIDADE Ergonomia
Audição
O sentido da audição é função do ouvido, que é capaz de captar as ondas de pressão
do ar e convertê-las em sinais elétricos, que são transmitidos ao cérebro para produzir
sensações corporais.
Figura 10
As ondas de pressão são captadas por células sensíveis no ouvido interno, sendo
transformadas em sinais elétricos que são transmitidos ao cérebro.
Frequência do som
É o número de flutuações ou Intensidade
vibrações por segundo, expressa
Depende da energia das oscilações Duração
em Hertz (Hz), que seria a altura do
definida em termos de potência por
som. O ouvido humano é capaz de Medida em segundos. Os de curta
unidade de área e é medida em
perceber sons na frequência de 20 duração (menos de 0,1s) dificultam
decibel (dB). O ouvidio humano é
a 20.000Hz, variando conforme a a percepção e aparentam ser
capaz de perceber sons de 20 a
sensibilidade de cada um e que está diferentes dos de longa duração
140dB. Os sons no lar, tráfego,
relacionada à idade. (acima de 1 segundo).
escritório e fábricas ficam na faixa
entre 50 a 100dB.
Figura 11
Isso é chamado de Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), causando degeneração
lenta e progressiva das células sensíveis ao som do ouvido interno.
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Cinestesia
A informação sobre a posição de partes do corpo sem o uso da visão é conhecida
como senso cinestésico. Essa percepção também acontece quando existe uma contra-
ção muscular, pois células receptoras que estão situadas nos músculos, tendões e arti-
culações transmitem informações ao SNC, indicando os movimentos e as pressões que
estão ocorrendo, permitindo a percepção dos movimentos.
Essa percepção dos movimentos é importante no trabalho, pois, muitas vezes, deve-se
realizar movimentos com os pés ou mãos sem o acompanhamento visual, para que a visão
se concentre em outras tarefas que são executadas ao mesmo tempo.
Esses órgãos têm, em seu interior, células nervosas flexíveis que são sensíveis às mu-
danças de posição. As células do utrículo e sáculo detectam a posição da cabeça em rela-
ção à vertical (receptores estáticos ou posicionais), já os canais semicirculares são sensíveis
às acelerações e às desacelerações, sendo, então, receptores dinâmicos ou rotacionais.
Por esse funcionamento do Sistema Vestibular, o ser humano consegue manter sua
postura ereta, movimentar-se sem cair e sentir se seu corpo está sendo acelerado ou desa-
celerado em alguma direção, sem a ajuda da visão.
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UNIDADE Ergonomia
Sensores cutâneos
A percepção do meio ambiente pode ser realizada pelos sensores localizados na pele:
pressão (tato), vibração, dor e calor. Como a distribuição desses sensores não é uniforme
no corpo, algumas partes do corpo são mais sensíveis a determinados tipos de estímulos.
Disco de
Merkel
Epiderme
Terminação
nervosa livre
Limite epiderme-
-derme
Derme
Corpúsculo
de Meissner
Receptor do
folículo piloso
Corpúsculo
de Pacini
Terminação
de Ruffini
A visão é o órgão do sentido mais importante que temos, tanto para o trabalho quanto
para a vida diária.
Como a visão é um sentido muito especial, faremos uma abordagem maior na pró-
xima Unidade.
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Referências
BEAR, M. F. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. 4. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2017.
IIDA, I. Ergonomia – Projeto e Produção. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Edgard Blücher.
S/D. (e-book)
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