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Ergonomia:
(Licenciatura em gestão de recursos humanos)
Universidade Rovuma
Nacala porto
Novembro de 2021
Carlitos Abudo
Hermenegilda Patrício simão
Macsuel Ricardo Armando Marques
Salima Ussene Atumane
Tercio Luís Mário
(1º grupo)
Ergonomia:
(Ergonomia da concepção de espaço no trabalho;
Postos de trabalho doctados de visor; ritmo de trabalho, fadiga de trabalho; repetitividade de
tarefas e medidas de prevenção)
(Licenciatura em gestão de recursos humanos)
Universidade Rovuma
Nacala porto
Novembro de 2021
ÍNDICE
1 Introdução................................................................................................................................2
2 Ergonomia................................................................................................................................3
5 Ritmo de trabalho....................................................................................................................7
6 Fadiga de trabalho....................................................................................................................8
IX Conclusão.............................................................................................................................14
X Referencias bibliográficas....................................................................................................15
1 Introdução
O presente trabalho iremos falar sobre a ergonomia. A ergonomia é definida por Laville (1977),
como "o conjunto de conhecimentos a respeito do desempenho do ser humano, em atividade, a
fim de aplicá-los à concepção de tarefas, dos instrumentos, das máquinas e dos sistemas de
produção".
A nível de fontes de informação para o alcance desses objetivos, nesse trabalho foi usado a fonte
de pesquisa bibliográfica, isto é, foi com base informações e livros que falam de ergonomia
encontrados na internet que o trabalho foi feito. Pesquisa bibliográfica é definida como “aquela
pesquisa em que as fontes de informação são obras bibliográficas, encontradas em livros, teses,
dissertações, monografias, arquivos, internet, etc.” ARTUR (MIC I-A0003, P.63).
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2 Ergonomia
Ergonomia é um termo derivado das palavras gregas ergo (trabalho) e nomos (regras). Na Grécia
antiga o trabalho tinha um duplo sentido: pomos que designava o trabalho escravo de sofrimento
e sem nenhuma criatividade e, ergo que designava o trabalho arte de criação, satisfação e
motivação. Tal é o objetivo da ergonomia, transformar o trabalho pomos em trabalho ergo.
A ergonomia é definida por Laville (1977), como "o conjunto de conhecimentos a respeito do
desempenho do ser humano, em atividade, a fim de aplicá-los à concepção de tarefas, dos
instrumentos, das máquinas e dos sistemas de produção". Para este autor, existem dois tipos de
ergonomia: a de correção e a de concepção.
De acordo com Hendrick (1994) “a ergonomia, em termos de sua tecnologia singular, pode ser
definida como o desenvolvimento e aplicação da tecnologia de interface do sistema ser humano-
máquina”. Ao nível micro, isso inclui a tecnologia de interface ser humano-máquina, ou
ergonomia de hardware; tecnologia de interface ser humano-ambiente, ou ergonomia ambiental, e
tecnologia de interface usuário-sistema, ou ergonomia de software (também relatada como
ergonomia cognitiva porque trata como as pessoas conceitualizam e processam a informação).
Num nível macro temos a tecnologia de interface organização-máquina, ou macro ergonomia,
que tem sido definida como uma abordagem top-Dawn do sistema sociotécnico.
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Segundo Santos e Zamberlan (1992), a ergonomia tem como finalidade conceber e/ou
transformar o trabalho de maneira a manter a integridade da saúde dos operadores e atingir
objetivos econômicos. Os ergonomistas são profissionais que têm conhecimento sobre o
funcionamento humano e estão prontos a atuar nos processos projetuais de situações de trabalho,
interagindo na definição da organização do trabalho, nas modalidades de seleção e treinamento,
na definição do mobiliário e ambiente físico de trabalho.
A ergonomia realiza análises das actividades físicas e cognitivas de trabalho; das informações e
do processo de tratamento das informações. Para Santos (2010), a ergonomia foge da linguagem
simples das aptidões que definem apenas as qualidades exigidas do operador para a execução do
trabalho, procurando informações mais amplas a respeito das condições materiais necessárias
para executá-lo. Leva em conta termos como: esforço, julgamento, atenção, concentração,
percepção, motivação que o psicólogo, às vezes, não leva em consideração, orientando-se apenas
no sentido da seleção.
O ser humano é a base da ergonomia, esta faz um resgate do respeito ao ser humano no trabalho,
almejando além do aumento da produtividade, uma melhor qualidade de vida no trabalho.
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3 Concepção do espaço no trabalho
Os espaços de trabalho não são simples espaços mecânicos, são espaços humanos porque são
humanizados como todos os outros ambientes, de uma parte em junção de um jogo de
diferenciação cognitiva simbólica permanente operando sobre ele, e de outra parte em função de
condutas que o integram como uma “dimensão oculta’’(Hall, 1966) de sua estratégia no interior
do sistema profissional Fischer (op.cit.).
Quanto à sua concepção, segundo Pretto (1993), os parâmetros físicos (térmicos, acústicos,
luminosos) e antropométricos (dimensão, altura, plano do posto de trabalho) foram os dados de
referência mais frequentemente utilizados na concepção de espaços de trabalho.
Diferenciando-se conforme o tipo de projeto: industrial ou administrativo. Além disto, estes
parâmetros eram acompanhados por uma organização do trabalho que se caracterizava pelo
trabalho em cadeia, pela mono-tarefa e pela produção em massa.
O espaço de trabalho, segundo Pietro (1993), que era pensado como um conjunto de lugares
delimitados, onde deviam ficar os trabalhadores para executarem suas tarefas, assume critérios de
flexibilidade, a fim de responder as exigências de mudanças e de flutuação da produção, de
transparência, de lisibilidade, de facilitador da comunicação e de circulação da informação. Este
processo de transformação acarretou tanto no setor industrial quanto no terciário, transformações
organizacionais, sociais e tecnológicas.
O espaço era pensado como um conjunto de lugares delimitados onde deviam “afixar-se” os
trabalhadores para executarem suas tarefa. Esta concepção de espaço de trabalho era similar ao
utilizado no modelo “taylorista-fordista” de produção fabril. Decorrente da incorporação de
novas tecnologias nos processos de produção, este modelo foi superado pela variabilidade
industrial. A distinção entre trabalho prescrito e trabalho real passou a ser um gargalo para esse
novo tipo de organização. Assim, o modelo “taylorista-fordista” aparece ultrapassado para
integrar-se aos novos paradigmas impostos pela abertura econômica global. Porém, na busca de
competitividade, as organizações retomam a discussão sobre as novas tecnologias, a qualidade do
espaço de trabalho e a produtividade. A discussão vem átona em numerosas empresas, já que,
após serem realizados investimentos no aprimoramento tecnológico, não é alcançado o alvo
almejado tanto em qualidade como em produtividade.
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Conforme assinala Santos (1993), “os ambientes físicos de trabalho são ainda, muitas vezes,
desconsiderados por aqueles que projetam a tarefa, enquanto seus diferentes parâmetros
constitutivos são amplamente conhecidos e facilmente mensuráveis, constituindo-se numa base
de estudo e num ponto de partida para a melhoria das condições de trabalho”.
Nesse sentido, de acordo com Fischer (op. cit.); “ hoje a melhoria nas condições de trabalho
amplia-se à organização do espaço ”. Entretanto, para a OIT-Organização Internacional do
Trabalho, a melhoria nas condições de trabalho deve ter como alvo o conteúdo da tarefa e as
condições locais onde a mesma é desenvolvida, a partir de dois aspectos relevantes: à realidade
do ambiente interno e, à do ambiente externo (Clerc,1987).
Gonçalves (1994), arrola que a tecnologia é muito mais que apenas equipamentos, máquinas e
computadores e, que as novas tecnologias não podem ser vistas como uma ameaça, mas sim
como um desafio que cria novas oportunidades.
Desconforto ocular: sensação de peso nas pálpebras ou nos olhos, coceira, necessidade de
esfregar os olhos, sonolência, ardor ocular, aumento do pestanejo;
Transtornos visuais: perceção borrada dos carateres mostrados no ecrã;
Sintomas extra oculares: cefaleia, vertigem, sensação de inquietação e ansiedade
5 Ritmo de trabalho
Mesmo cumprindo a carga horária previamente estabelecida, o colaborador pode ter um ritmo
muito intenso de trabalho. Isso acontece quando ele precisa cumprir prazos muito curtos ou deve
assumir uma grande quantidade de tarefas, fazendo com que ele trabalhe de maneira muito mais
intensa do que o normal.
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Tal situação pode levar o colaborador ao estresse físico e psicológico e, consequentemente, sua
disposição e seu sistema imunológico são afetados. Assim, a pessoa fica com a saúde fragilizada
e podem surgir distúrbios e doenças como ansiedade, depressão, hipertensão arterial, doenças
cardiovasculares, úlceras e gastrites.
Além de tudo, o ímpeto de conseguir dar conta de tudo pode fazer com que os colaboradores
abandonem certas práticas, consideradas consumidoras de tempo. O aumento das chances de
retrabalho é apenas a mais leve consequência, já que o grande problema consiste nos acidentes de
trabalho.
Com um ritmo muito intenso, o profissional pode deixar de lado cuidados com a segurança,
colocando a si mesmo e aos outros em risco físico.
O melhor a se fazer, nesse caso, é buscar um ritmo que seja condizente com a atividade
profissional e que não sobrecarregue o colaborador.
6 Fadiga de trabalho
Fadiga é um estado de desgaste que segue um período de esforço físico ou mental, caracterizada
por diminuição da capacidade de trabalhar e redução da capacidade de realizar atividades
cotidianas. É uma síndrome que possui fatores físicos, emocionais e cognitivos. A fadiga pode
expressar-se de forma física e mental.
Excesso de trabalho sem descanso; Ambiente de trabalho com ruídos e iluminação insatisfatória;
Posturas ergonômicas inadequadas no trabalho; Gestão ineficaz do tempo e das tarefas.
Escalas de trabalho;
Iluminação inadequada;
Esgotamento físico e mental;
Estresse no trabalho;
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Ambiente com exposição a ruídos intensos;
Local de trabalho com elevadas ou baixas temperaturas;
Noites mal dormidas.
6.1.2 Principais Sintomas da fadiga física:
Sonolência, dores de cabeça;
desconforto muscular;
perda de equilíbrio corporal;
redução da atenção;
redução da memória;
alteração de humor e redução na motivação.
A fadiga mental é um processo de desgaste que pode ocorrer em função do estresse, excesso de
informações que recebemos e da dificuldade de gerir as demandas do trabalho.
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dores de cabeça, dores gerais, palpitações;
vertigens, sudorese;
Diarreia;
cansaço fácil;
alterações visuais e disfunções sexuais.
Angústia;
Ansiedade;
humor deprimido;
Irritabilidade;
redução na atenção ao realizar tarefas;
redução da produtividade no trabalho e distanciamento social.
Riscos ergonômicos são todas as condições que afetam o bem-estar, sejam elas físicas, mentais
ou organizacionais. Podem ser compreendidas como fatores que interferem nas características
psicofisiológicas do profissional, provocando desconfortos e problemas de saúde. São exemplos
de riscos ergonômicos:
Levantamento de peso;
ritmo excessivo de trabalho;
Monotonia;
Repetitividade;
postura inadequada.
A repetitividade dos movimentos e das atividades laborais pode provocar fadiga e desgaste, tanto
físico quanto psicológico, dos colaboradores. No aspecto físico, ela compromete o sistema
musculosquelético, podendo surgir lesões e inflamações. Como exemplo, podemos citar:
tendinites, bursites, lombalgias e dores crônicas na coluna.
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A maioria desses problemas faz parte das Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou dos Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). São questões crônicas ou lesões causadas
pela atividade repetitiva no trabalho e que trazem sérias consequências para a qualidade de vida
do trabalhador.
A melhor forma de lidar com esse problema é estabelecer pausas frequentes, gerando pequenos
intervalos de atuação. Outra prática considerada positiva é a ginástica laboral, pois ela ajuda a
fortalecer músculos e articulações usados nessa atividade, evitando seu desgaste intenso.
Dentre as soluções possíveis, podemos destacar a promoção de atividades para melhorar a saúde
física e psicológica dos colaboradores, como a ginástica laboral. Ela é muito importante porque
ajuda a empresa a ter uma visão completa de quais são todos os riscos envolvidos na execução
das atividades, de modo que eles possam ser mitigados ou eliminados de maneira satisfatória e
segura para a saúde dos trabalhadores.
Os exercícios têm como base os movimentos dos trabalhadores no seu dia a dia. Assim, eles
melhoram a postura e a capacidade muscular. Com uma vida mais ativa, é possível melhorar
também o foco e a disposição. Quando estamos mais alegres e dispostos, também nos
concentramos mais. Sendo assim, é fundamental que a empresa ofereça momentos em que o
colaborador pode executar esses exercícios. É muito comum, por exemplo, que essa ginástica seja
feita em grupo e em momentos de pausa. Além de ajudar na proteção do organismo, é uma forma
de estimular a socialização, de modo a contribuir ainda mais para os resultados.
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Inalação de Vapores:
Atropelamento/ entalamento:
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Lesões Músculo Esqueléticas:
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IX Conclusão
Para terminar, iremos no focar na fadiga dizendo que, o que esgotamento mental é a fadiga
constante, acumulada ao longo de meses ou anos em situações de atividades repetitivas em que
não há oportunidade de alcançar descanso necessário. É um esgotamento pessoal que interfere na
vida do indivíduo, mas não de modo direto na sua relação com o trabalho. Está associada à
dificuldade de adaptação às situações ameaçadoras e pode ser conhecida como estresse. Síndrome
de esgotamento profissional ou burnout é a sensação de estar exausto ou esgotado. Um tipo de
resposta prolongada a estímulos emocionais, Organizacionais ou das relações interpessoais. Tem
sido relatada como um desgaste que ocorre nas relações entre trabalhadores e clientes. O
trabalhador que antes era muito engajado afetivamente com os seus clientes, com os seus
pacientes ou com suas tarefas, desgasta-se de tal forma que perde a energia e o interesse pela sua
atividade profissional.
Como forma de prevenir a fadiga devemos: Alimentar-se de forma saudável; Manter sono
regular; Manter prática constante de atividade esportiva; Estimular vivências e afetos positivos
nas suas atividades diárias; Cultivar relacionamentos saudáveis e de qualidade; Engajar-se em
suas atividades e projetos pessoais e profissionais; Celebrar suas realizações; Buscar o
significado e propósito em sua atuação profissional; Conhecer e desenvolver as suas forças de
caráter; Desenvolver seus talentos e competências em um plano de desenvolvimento individual;
Manter ritmos regulares de trabalho e descanso; Organizar seu tempo no trabalho para realizar
suas tarefas de forma assertiva e com bem-estar; Cultivar o hábito de ler livros, assistir filmes,
realizar atividades manuais; Destinar tempo para lazer e descanso semanal; Praticar relaxamento
e meditação; Caso suspeite de algum sintoma de fadiga, procure assistência especializada,
psicólogos, psiquiatras ou equipe psicossocial.
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X Referencias bibliográficas
Matérias de ergonomias encontradas no livro disponível em: CAMUS, C.; EVETTE, T. & FABRE, A.
-La conception dês Lieux de Travail: UnRessource por L’Enterprise- Paris: L’Anact,1991.
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