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Faculdade de Engenharia
Direcção do Curso de Engenharia Civil
Licenciatura em Engenharia Civil
4º Nível-Semestre I – Ano 2021
Disciplina: Patologias Conservação e Reabilitação
FUNCIONALIDADES E DURABILIDADES
Pemba, 2021
Universidade Lúrio
Faculdade de Engenharia
FUNCIONALIDADES E DURABILIDADES
Raiva Faustino
Pemba, 2021
Indice
1. CAPITULO I-- INTRODUÇÃO........................................................................................................ 4
1.1. Objectivos ........................................................................................................................................ 4
1.1.1. Geral ..................................................................................................................................... 4
1.1.2. Específicos ............................................................................................................................ 4
1.2. Metodologia ................................................................................................................................. 5
1.2.1. Quanto á abordagem de investigação................................................................................ 5
2. CAPITULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 6
2.1. Funcionalidades e Durabilidades ............................................................................................... 6
2.1.1. Funcionalidade em uma edificação.................................................................................... 6
2.1.2. Durabilidade ........................................................................................................................ 9
3. Conclusão ........................................................................................................................................... 13
4. Bibliografia ........................................................................................................................................ 14
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1. CAPITULO I-- INTRODUÇÃO
A vida útil das edificações vária de acordo com diversos fatores que interferem isolada ou
conjuntamente. Esta vai desde a concepção do projecto ate os cuidados de limpeza, uso e
conservação. O ciclo de vida dos materiais é uma preocupação crescente da sociedade, pois sua
durabilidade acarreta na maior parte ou menor exploração dos seus edificados.
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
Abordar sobre o funcionamento de um edifício;
Frisar os principais indicadores de durabilidade de um edifício;
Dar a conhecer durabilidade do edificado.
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1.2.Metodologia
Assim sendo, esta investigação enquadra-se na abordagem qualitativa, na medida em que esta,
pretende cingir-se na compreensão de determinado fenómeno com base em referências e manuais
que comprovem e asseguram a confiabilidade do estudo, neste caso, Métodos construtivos.
Existem vários tipos de investigações, mas de forma específica, Gil (2008) assevera que, a
Classificação da investigação é feita com base nos objetivos. Sendo assim, estas classificam-se
em 3 tipos que são: exploratória que visa proporcionar maior familiaridade com o problema para
construir hipóteses; descritiva que objetiva descrever as características de uma determinada
população ou fenómeno; e a explicativa que busca identificar os porquês ou os fatores que estão
por detrás da ocorrência dos fenómenos. Neste contexto, a presente investigação enquadra-se nas
exploratórias, pois, objectiva explorar um assunto de carácter científico que são os escoamentos
em leitos porosos a fim de se aprimorar de forma sistemática ideias que permitirão um
conhecimento mais sólido do assunto em estudo.
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2. CAPITULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.Funcionalidades e Durabilidades
2.1.1. Funcionalidade em uma edificação
De forma geral, pode-se definir funcionalidade como comportamento durante o uso. Para o caso
das edificações, são as condições mínimas de habitabilidade necessárias, como conforto térmico,
conforto acústico, segurança e luminosidade, possibilitando a utilização da edificação (Sacchs e
Nakamura, 2013).
Por serem conceitos relativos, ou seja, que podem ter sua percepção alterada de pessoa para
pessoa, podendo ser aplicados em lugares com condições climáticas diferentes e utilizados de
maneira diferente, é necessário estabelecer critérios para a avaliação e determinação do
funcionamento.
2.1.1.2.Estrutura da norma
De acordo com Santos, Sposto e Melo (2014), a norma de funcionamento visa atender às
demandas dos usuários das edificações habitacionais, independentemente das características da
edificação, de seus subsistemas e os materiais que a constituem. A norma é aplicável em
quaisquer subsistemas projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de
manutenção, que atendam às instruções específicas do manual de operação, uso e manutenção.
1) Requisitos gerais;
2) Requisitos para os sistemas estruturais;
3) Requisitos para os sistemas de piso;
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4) Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;
5) Requisitos para os sistemas de coberturas;
6) Requisitos para os sistemas hidro sanitários;
A primeira parte, segundo o “Guia Orientativo para Atendimento à Norma ABNT NBR
15575/2013” (Bernardo, 2018), versa principalmente a respeito das interfaces entre diferentes
elementos e sistemas, focando no funcionamento da construção como um todo e estabelecendo
diretrizes para a implantação das edificações habitacionais
A parte 1 também introduz o conceito de Vida Útil de Projeto (VUP), que talvez seja o mais
importante de toda norma. Define o período de tempo em que o sistema em questão deverá
fornecer e manter o funcionamento esperado, dadas as condições de uso ideais e feitas todas as
devidas manutenções. (Nakamura, 2013) Em seguida, as demais partes da NBR 15575, de 2 a 6,
abordam cada elemento da edificação e os requisitos pertinentes aos mesmos.
No item 2, que versa sobre o Funcionamento Estrutural, são considerados os estados limites
último – ELU (paralisação do uso da construção por ruína, deformação plástica excessiva,
instabilização ou transformação da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hipostático) e os
estados limites de utilização – ELS, que implicam no comprometimento ou prejuízo da utilização
da obra devido a fissuração ou deformação excessiva, comprometimento da durabilidade da
estrutura ou ocorrência de falhas localizadas que possam prejudicar a estrutura em termos de
funcionalidade (Bernardo, 2018).
A segurança contra incêndio, terceiro item da norma, tem base em fundamentos de projeto, ou
seja, na implantação adequada do sistema de combate, prevenção, etc. Busca o atendimento de
propriedades de materiais e elementos da construção, como ingnitibilidade, resistência ao fogo,
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entre outras, assim como a garantia de utilização de dispositivos de detecção e combate ao fogo
(Bernardo, 2018).
A respeito do funcionamento térmico, a norma visa garantir o conforto dos usuários, trazendo
condições adequadas para prática de atividades normais em uma habitação. Além disso, a
garantia do funcionamento térmico adequado garante economia de energia, e pode ser avaliado
de forma simplificada, com base em propriedades térmicas das fachadas e das coberturas, ou por
simulação computacional (Bernardo, 2018). Para a garantia do funcionamento acústico adequado
nas edificações, a norma expõe a necessidade da utilização de um isolamento acústico adequado
das fachadas, coberturas, entrepisos e paredes divisórias. Inclui também disposições para a
isolação ao ruído transmitido por impactos, fator extremamente importante para os entrepisos e
coberturas acessíveis, assim como critérios de isolamento do som aéreo (Bernardo, 2013).
Sobre o funcionamento lumínico nas edificações, a norma estipula níveis de iluminação natural e
artificial nas habitações, em contrapartida com a ABNT NBR 5413 que fala apenas sobre a
iluminação artificial requeridos para a realização satisfatória de várias tarefas e atividades, para
diferentes tipos de edificações, como habitações, escolas, comércios, entre outros. A norma de
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funcionamento reproduz as próprias exigências da NBR 5413 para iluminação nas habitações,
porém considerando a iluminação natural (Bernardo, 2018). A NBR 15575 fala também sobre
estanqueidade à água, de suma importância não só para evitar processos que podem levar ao
desgaste de materiais e componentes, mas sobretudo para evitar proliferação de fungos, doenças
respiratórias, entre outros problemas. As exigências de estanqueidade à água englobam umidade
ascendente do solo, percolação de umidade entre ambientes internos da edificação e infiltrações
de água de chuva (Bernardo, 2018).
Os dois últimos itens da norma falam sobre a durabilidade e manutenibilidade, que estão
associados ao período de tempo que a habitação deve manter características aceitáveis de
funcionalidade, assim como as ações que devem ser tomadas para manter e promover as
características dos sistemas. Ambos conceitos estão diretamente relacionados a Vida Útil de
Projeto (VUP) (Bernardo, 2018).
2.1.2. Durabilidade
Vida útil período de tempo que um produto atente ao desempenho mínimo. Período de tempo
durante o qual o produto ou montagem tem desempenho satisfatório, quando exposto a
determinadas condições e submetido ao plano regular de manutenção previsto em projeto.
Por tanto, devemos projetar para que a velocidade de degradação de cada componente, nas
condições de uso do projeto seja compatível com a vida útil de projeto estabelecida para
minimizar impactos ambientais e custo, ao longo do ciclo de vida.
fica claro que gerir o problema da durabilidade das estruturas de concreto implica em bem
responder as questões gerais mencionadas a seguir.
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Quais são os mecanismos de envelhecimento das estruturas de concreto armado e
protendido?
Como classificar o meio ambiente quanto à sua agressividade à armadura e ao concreto?
Como classificar o concreto quanto à sua resistência aos diferentes meios agressivos?
Qual a correspondência entre a agressividade do meio e a resistência deterioração da
estrutura de concreto?
Quais são os métodos de previsão da vida útil?
Quais devem ser os critérios de projeto arquitetônico e estrutural?
Como deve ser a dosagem e a produção do concreto?
Quais os procedimentos adequados de execução e controle da estrutura?
Quais os procedimentos, limitações e critérios para bem utilizar a estrutura?
Quais os procedimentos e critérios para bem exercer a vistoria, o monitoramento e a
manutenção das estruturas?
Como pode ser observado, há uma interdependência entre os fatores que influenciam na
durabilidade de uma estrutura, podendo-se observar a existência de três grandes grupos: o
primeiro referente ao processo de projeto, à produção e ao uso da estrutura; o segundo referente
às características do betão e um terceiro relativo à agressividade do ambiente. Nos métodos de
verificação da segurança no projeto das estruturas de betão, há vários anos utilizam-se os
seguintes termos e critérios de verificação da segurança e estabilidade estrutural:
A questão da durabilidade, no entanto, nunca foi contemplada objetivamente nas normas, nem a
questão da estética, nem a de conforto psicológico. Para essas exigências humanas, é necessário
estabelecer novos requisitos e novos critérios de dimensionamento. Serão outros critérios para
“estados limites”últimos ou de serviço, que devem ser estabelecidos a partir do conhecimento
dos fenômenos e dos mecanismos de envelhecimento e de suas consequências. Ainda faltava
inserir nos projetos a variável tempo, surgindo então os estudos de vida útil.
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2.1.2.1.Mecanismos de Envelhecimento e Deterioração
De acordo com (Marcelo, Jairo e Paulo 2011), a estimativa de vida útil de estruturas de concreto
pode ser efetuada através de um dos quatro procedimentos a seguir:
Esse pode ser considerado um grande avanço na área de vida útil de estruturas de betão armado.
Porém, apesar de muitos modelos com finalidade de avaliação da vida útil expressa em número
de anos e não mais em critérios apenas qualitativos de adequação da estrutura a certo grau de
exposição atualmente, suas validações são feitas a partir de comparações com resultados de
campo, precisam ser realizadas e são mais demoradas por envolverem monitoramento de
estruturas em condições reais de utilização, cuja degradação é relativamente lenta.
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2.1.2.3.Principais Orientações de Normas e Códigos sobre a Durabilidade e Vida Útil
das Estrutura
Observando para as duas tabelas nota-se que os valores para a vida útil apresentados nas
diferentes normas são simililares, considerando tipos específicos de estruturas.
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3. Conclusão
A determinação da vida útil das estruturas de betão armado pode ser uma tarefa tanto difícil de
ser realizada, contudo desde que se tenha ciência dos vários fatores envolvidos na sua estimativa,
não é uma tarefa inexequível, sendo que previsões que incorporam as incertezas referentes as
característica do betão e as condições de exposição podem fornecer resultados com a menor
margem de erro possível.
Por depender de uma serie de fenómenos a norma parte da durabilidade desejável e passível de
ser realizada pelas edificações habitacionais, respeitando circunstâncias técnicas e económicas
que correspondem a três conceitos básicos: os efeitos nocivos acarretados por uma falha no
desempenho do sistema ou elemento, a maior facilidade ou dificuldade de manutenção e o custo
da correção da falha. Estes prazos de vida útil são estipulados em três níveis: mínimo,
intermediário e superior. Para serem alcançados devem corresponder a utilização do edifício em
concordância ao que foi previsto em projeto, emprego de componentes e materiais de qualidade,
execução com técnicas e processos que possibilitem a obtenção do prazo desejável, atendimento
aos programas de manutenção, projeto adequado ao nível de durabilidade pretendido ao
atendimento aos cuidados preestabelecidos para se fazer uso correcto do edifício.
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4. Bibliografia
Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR 6181: Ações e segurança nas estruturas
Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
Gil, A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa (5ª. ed.). São Paulo, Brasil: Atlas.
Marcelo H. F. de. M., Jairo J. de. O. A e Paulo H. (2011). Durabilidadee vida útil das estruturas
de concreto. (Capitulo22).
Santos, V. M., Sposto, R. M., Melo, J. S. (2014). “Ferramentas para projetos de vedações
verticais externas com base nas exigências da norma de desempenho”. REEC – Revista
Eletrônica de Engenharia Civil, v. 8, n. 3, (jul), pp. 51-62.
Sachs, A.; Nakamura, J. Desempenho revisado. Téchne, n. 192, p. 42-49, Março 2013.
Richardson, R. J., Peres, J. C. V., Correia, L. M. & Peres, M. H. M. (2015). Pesquisa social:
métodos e técnicas (3ª. ed.). São Paulo, Brasil: Atlas.
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