Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
______________________________________________________________________
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA
Professor: Alessandro Saraiva Loreto, M.Sc.
______________________________________________________________________
www.unec.edu.br
(33)3322-7900
RAMAL 7994
engenhariacoordenacao@funec.br
2
SOBRE O AUTOR
APRESENTAÇÃO GERAL
OBJETIVOS GERAIS
SUMÁRIO
1. Engenharia Civil
Introdução
O que é Engenharia?
A Engenharia Civil.
Das primeiras construções aos dias atuais.
As grandes obras no mundo.
2. A Engenharia Civil no Brasil
Origem, história e desenvolvimento.
O Ensino da Engenharia no Brasil.
Importantes Engenheiros Civis Brasileiros.
3. O Curso de Engenharia Civil
A função social da profissão.
Da regulamentação da profissão e da concessão de atribuições profissionais.
Competências e Habilidades.
Mercado de Trabalho.
4. As áreas de atuação do Engenheiro Civil
Estruturas.
Estradas e Transportes.
Geotecnia.
Hidráulica e Saneamento.
Materiais.
Construção Civil.
5. Regulamentação da Profissão
CONFEA.
CREA.
Exercício profissional.
Código de ética.
Responsabilidade legal e social.
Código de defesa do consumidor.
ICONOGRAFIA
TÍTULO DO MÓDULO
MÓDULO 1
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
OBJETIVOS DO MÓDULO
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:
Conhecer sobre a profissão que escolheu
Conhecer algumas obras importantes desde a antiguidade até os dias atuais
Conhecer grandes obras de Engenharia pelo mundo
INTRODUÇÃO
1. Engenharia Civil
Introdução
E o que é Engenharia?
Utilizando a energia do fogo, da água, dos fósseis, do solo, do vento e dos átomos, o
homem foi aprendendo a se relacionar com a natureza, desfrutando-a segundo suas
necessidades. Assim, percebemos que desde suas mais incipientes manifestações, a
engenharia tem contribuído como mediadora das relações entre o homem e a natureza.
Apesar de muitas vezes ao longo da história o homem usufruir da natureza sem se
preocupar com sua preservação, este conceito vem se modificando a cada dia. A
preservação da natureza nos dias atuais é preocupação não só dos profissionais da
engenharia como de toda a sociedade.
A Engenharia Civil
Vamos falar agora um pouco mais da especialidade da Engenharia que você optou:
Assim como para o termo Engenharia, podemos encontrar diversas deficinições para a
Engenharia Civil. Vamos considerar uma definição geral que diz: “Engenharia Civil é a
arte da aplicação da ciência e da tecnologia na utilização racional dos recursos naturais
em benefício do homem em sociedade”.
Desta forma, a engenharia civil é uma profissão fim, pois é responsável pelo
planejamento, coordenação, projeto, fiscalização, construção, operação e manutenção
de qualquer obra ou atividade ligada à indústria da
construção civil. O que é ser
engenheiro civil?
A engenharia civil esta presente em todos os lugares da
Terra onde existe a presença da civilização e em todos os Engenheiros civis
momentos da nossa vida, enquanto cidadãos. Está presente são profissionais que
quando dirigimos nosso automóvel por uma rodovia, estudam, projetam,
circulamos por uma rua ou avenida, no Metrô que viajamos, fiscalizam e
no edifico que trabalhamos, na residência em que vivemos supervisionam
na água potável que bebemos e utilizamos, no lixo ou esgoto construções de
que descartamos, na energia elétrica que consumimos nos pontes, elevados,
aeroportos que decolamos e aterrissamos com as
túneis, viadutos,
aeronaves, nos portos onde são feitos os transbordos de
edifícios, redes
mercadorias, nas ferrovias que transportam passageiros e
cargas, nas hidrovias, nos túneis, no transito urbano, no hidráulicas e de
planejamento dos sistemas de transportes de passageiros e esgoto, barragens,
de mercadorias, no planejamento urbano e territorial, nas rodovias, ferrovias,
barragens e diques, nas pontes e viadutos, nas escolas, nos estádios etc.
hospitais, nas indústrias, nas fundações dos edifícios e
Transformam,
pontes, nas áreas de lazer que freqüentamos, enfim, em
qualquer espaço construído ou modificado pelo homem na através de cálculos e
superfície e sub-superfície terrestre. desenhos, materiais
brutos - calcário,
Depois de tantos exemplos da presença da engenharia civil pedra, ferro, aço,
em nossas vidas, podemos apresentar as áreas em que ela madeira, terra, areia
está dividida que são: estruturas, estradas e transportes,
- em estruturas úteis
Geotecnia, hidráulica e saneamento, materiais, e construção
civil. Falaremos mais sobre estas áreas no modulo 4, para o homem,
aguarde! buscando sempre o
menor custo e as
melhores condições
de segurança.
Na Idade Antiga, uma das obras monumentais da época dos romanos é a “Cloaca
Massima” ou “Grande Esgoto” em Roma, uma das mais antigas redes de esgoto do
mundo. Essa grande rede subterrânea foi construída no final do Século VI a.C.,
recebendo as águas pluviais, esgotos e lixo, e funcionam até os dias de hoje, com mais
de dois milênios de existência.
O Aqueduto de
Segóvia foi construído
durante os séculos I e
II, no reinado dos
imperadores romanos
Vespasiano e Trajano
Muitos séculos depois, durante a Idade Média, a engenharia civil passou a ser
denominada somente de engenharia e incorporava tanto a parte civil como a militar.
Nesta época, foram construídas grandes catedrais e castelos e os profissionais
começaram a se organizar em sociedades de construtores.
de estilo românico.
Catedral de
Notre Dame
Como você pode ter percebido, a engenharia civil é uma profissão muito ampla e de
grande importância para a sociedade, desde a antiguidade até os dias atuais,
implicando em muita responsabilidade para quem a exerce.
Devido à impossibilidade
deste ser construído em
terra, foi decidido construir
a pista do Aeroporto
Internacional de Macau
numa ilha artificial no mar
do sul da China.
- Farol de Alexandria
O farol de Alexandria (em grego, ὁ Φάρος της Ἀλεξανδρείας) era uma torre construída
em 280 a.C. na ilha de Faros (uma ilha, hoje uma península, situada na baía da cidade
egípcia de Alexandria e ligada por mar ao porto desta) para servir como um marco de
entrada para o porto e posteriormente, como um farol.
O Farol era uma esbelta torre octagonal de mármore erguida sobre uma base
quadrada, com uma altura que variava entre 115 e 150 metros de altura, que por mais
de cinco séculos manteve-se entre as mais altas estruturas feitas pelo homem. Em seu
interior ardia uma chama que, através de espelhos, iluminava a uma distância de até
50 quilômetros – daí a grande fama e imponência daquele farol, que fizeram-no ser
identificado como uma das sete maravilhas do mundo antigo por Antípatro de Sídon.
Antípatro de
Sídon
foi um grego,
poeta e escritor,
que é
normalmente
atribuído como o
criador da lista das
sete maravilhas do
Mundo Antigo.
Pesquise mais
sobre as Sete
Maravilhas do
Mundo Antigo.
- Pirâmides do Egito
As três mais famosas piramides estão no planalto de Gizé, na margem esquerda do rio
Nilo, próximo à cidade do Cairo. Porém existem 138 pirâmides redescobertas, em todo
o Egito, remanescentes do Antigo e Médio Império, muitas delas não conservadas,
sendo a maioria, considerada templos mortuários para os faraós e suas concubinas,
principalmente, mas também para sacerdotes e nobres mumificados. Algumas
piramides tinham seus vértices decorados ou forjados com flores.
- Acrópole de Atenas
- Partenon
O Partenon foi construído para substituir um antigo templo destruído por uma invasão
dos persas em 480 a.C.. Como muitos templos gregos, servia como tesouraria, onde se
guardavam as reservas de moeda e metais preciosos da cidade e também da Liga de
Delos, que se tornaria mais tarde o império ateniense. No século VI foi convertido numa
igreja cristã dedicada à Virgem Maria e depois da conquista turca foi transformada
numa mesquita.
Em 1687, um depósito de munição instalado pelos turcos explodiu após ser atingido
por uma bala de canhão veneziana, causando sérios danos ao edifício e a suas
esculturas. No século XIX, o diplomata britânico Thomas Bruce, 7.° Conde de Elgin,
removeu muitas das esculturas sobreviventes para a Inglaterra, hoje conhecidas como
Mármores de Elgin e expostas no Museu Britânico, em Londres. Uma disputa polêmica
pede o retorno dessas peças à Grécia.
O Partenon e outros edifícios da acrópole formam hoje um dos mais visitados sítios
arqueológicos da Grécia e o Ministério da Cultura grego leva adiante um programa de
restauração e reconstrução.
- Coliseu de Roma
O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, deve seu nome à expressão
latina Colosseum (ou Coliseus, no latim tardio), devido à estátua colossal de Nero, que
ficava perto a edificação. Localizado no centro de Roma, é uma excepção de entre os
anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitectónico. Originalmente capaz de abrigar
perto de 50 000 pessoas, e com 48 metros de altura, era usado para variados
espetáculos. Foi construído a leste do Fórum Romano e demorou entre oito a dez anos
a ser construído.
O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 500 anos, tendo sido o último registro
efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476. O
edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da Idade
Média, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, Partenon
pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.
Existem
Embora esteja agora em ruínas devido a terremotos e pilhagens, o diversas
Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um replicas
dos melhores exemplos da sua arquitectura. Atualmente é uma das do
maiores atrações turísticas em Roma e em 7 de julho de 2007 foi Partenom
eleita umas das "Sete maravilhas do mundo moderno". Além disso, o espalhada
Coliseu ainda tem ligações à igreja, com o Papa a liderar a procissão s pelo
da Via Sacra até ao Coliseu todas as Sextas-feiras Santas.
mundo.
- Muralhas da China
Por não se tratar de uma estrutura única, as características da Grande Muralha variam
de acordo com a região em que os diferentes trechos estão construídos. Devido a
diferenças de materiais, condições de relevo, projetos e técnicas de construção, e
mesmo da situação militar vivida por cada dinastia, os trechos da muralha apresentam
variações. Perto de Beijing, por exemplo, os muros foram construídos com blocos de
pedras de calcário; em outras regiões, podem ser encontrados o granito ou tijolos no
aparelho das muralhas; nas regiões mais ocidentais, de desertos, onde os materiais
são mais escassos, os muros foram construídos com vários elementos, entre os quais
faxina (galhos de plantas enfeixados). Em geral os muros apresentam uma largura
média de sete metros na base e de seis metros no topo, alçando-se a uma altura média
de sete metros e meio. Segundo anunciaram cientistas chineses em abril de 2009, o
comprimento total da muralha é de 8.850 km.
- Remodelação de Paris
- Torre Eiffel
Eiffel, um notável construtor de pontes, era mestre nas construções metálicas e havia
desenhado a armação da Estátua da Liberdade, erguida pouco antes no porto de Nova
Iorque. Quando o contrato de vinte anos do terreno da Exposição mundial (de 1889)
expirou, em 1909, a Torre Eiffel quase foi demolida, mas o seu valor como uma antena
- Ponte do Brooklyn
A Ponte do Brooklyn (oficialmente, em inglês, New York and Brooklyn Bridge, "Ponte
de Nova Iorque e do Brooklyn") é uma ponte na cidade de Nova Iorque, uma das mais
antigas pontes de suspensão nos Estados Unidos, com extensão de 1.834 metros, e
situa-se sobre o rio East, ligando os distritos (boroughs) de Manhattan e Brooklyn.
de cabos. Foi a primeira ponte de aço suspensa do mundo e suas imensas torres de
suporte já foram as estruturas mais altas de toda a cidade de Nova Iorque.
Espero que tenha gostado de nosso primeiro modulo e estejam ansiosos por mais
hoistórias do curso de escolheram. Em nosso próximo modulo, vamos falar um pouco
do desenvolvimento da Engenharia Civil no Brasil.
Até breve!
RESUMO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COM GABARITO
MÓDULO 2
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
OBJETIVOS DO MÓDULO
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:
- Conhecer a história da Engenharia no Brasil, do descobrimento aos dias atuais;
- Conhecer a história do ensino da Engenharia no Brasil até os dias atuais.
A fortificação militar mais antiga do Brasil é o Forte São João, primeiro monumento
erguido em paliçada no País, em 1532, para defender as vilas de Santos, São Vicente
e São Paulo de ataques de inimigos e indígenas. Está localizado no canal de Bertioga
e é considerado pelo Iphan o forte mais bem-conservado do Brasil. No local,
encontram-se artefatos, réplicas de espadas, arcabuzes, canhões, armamentos
utilizados pelos portugueses no século 16, além de diversas passagens de nossa
história.
Tenho certeza que ficou cheio de curiosidade sobre as construções históricas que
estão preservadas em nosso país. Então, aproveite para dar uma parada em sua
leitura e satisfazer a sua curiosidade. Pesquise outras construções do período colonial
e compartilhe seu conhecimento com os demais alunos no nosso curso.
Até o século XVIII os principais materiais utilizados na construção civil no Brasil eram
pedra, cal e taipa. No século XIX e início do século XX, especialmente com a influência
da ‘‘Missão Artística Francesa’‘ e a introdução do estilo neoclássico, que passou a ser
considerado como padrão de status no país, é que começam a se empregar estruturas
metálicas e tijolos.
Com relação à utilização do aço na construção civil no Brasil, o seu início se deu em
meados do século XVIII, sendo o material importado da Inglaterra, Escócia e Bélgica.
800m, era considerado impraticável; por isso, o Barão de Mauá foi atrás de um dos
maiores especialistas no assunto: o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees.
Este, veio ao Brasil e considerou o projeto viável. O projeto foi executado por Daniel
Makinson Fox, engenheiro que havia adquirido experiência na construção de estradas
de ferro através das montanhas do norte do País de Gales. Ele propôs que a rota para
a escalada da serra deveria ser dividida em 4 declives, tendo cada uma, uma
inclinação de 8%. Nesses trechos, os vagões seriam puxados por cabos de aço. No
final de cada declive, seria construída uma extensão de linha de 75m de comprimento,
chamada de patamar, com uma inclinação de 1,3%. Em cada um desses patamares,
deveriam ser montadas uma casa de força e uma máquina a vapor, para promover a
tração dos cabos. Para proteger o leito dos trilhos das chuvas torrenciais foram
construídos paredões de alvenaria de 3m a 20m de altura, o que consumiu 230.000 m 3
de alvenaria.
A construção da São Paulo Railway teve uma importância econômica muito grande,
pois provocou, juntamente com a navegação a vapor, a articulação da capital e do
interior do estado com o mercado internacional, além de abrir espaço para novas
atividades empresariais, quer no setor de transporte (novas ferrovias, navegação e
bondes de tração animal), quer na exploração de alguns serviços urbanos, como água
e gás, bem como na construção civil. A maioria dos engenheiros e empresários era
estrangeira. Na década de 1870 apareceram os primeiros engenheiros brasileiros de
outros estados, formados no Rio de Janeiro e no exterior. Na década seguinte
chegaram os paulistas formados em outros países.
Em 1901, entrou em operação a Usina Edgard de Souza, no rio Tietê, para distribuição
de energia na cidade de São Paulo. Na década de 70, com a criação do Plano Nacional
de Saneamento (Planasa) e das companhias estaduais de saneamento, é fortalecida a
estruturação sanitária das cidades, embora ainda nos dias de hoje o país não tenha
cumprido as metas de universalização dos serviços de abastecimento de água potável
e principalmente de coleta e tratamento de esgotos.
A forma de organização do trabalho nos canteiros de obras era bastante distinta: era
proibida a utilização de mão-de-obra escrava para não ser desviada da atividade rural,
considerada a base da economia. No entanto, era permitido a utilização de presidiários
nas obras públicas. Com a República, diversificou-se a atividade pública e privada,
estimulando extraordinariamente a construção civil. Esta foi organizada de forma
institucional. Foram fundadas as primeiras escolas de engenharia e arquitetura e
criados e ampliados órgãos públicos para a implantação de programas de obras. Ao fim
da primeira República o panorama começou a se transformar. O período de 1929 a
1945 foi de crise e redução nas atividades da construção civil, pois como deve estar
lembrado, foi neste período a grande recessão com a crise da Bolsa de Valores de
Nova Iorque e a 2a Grande Guerra Mundial. Foi nesses anos que ocorreram as grandes
transformações qualitativas, com o desenvolvimento do uso do concreto e a
reorganização das formas de trabalho. Após a Segunda Guerra Mundial a organização
do trabalho na construção civil foi estabelecida com novas características. O poder
público deixou de assumir diretamente a responsabilidade pela execução das obras,
abrindo espaço para as empresas privadas. O ingresso em uma nova fase de
desenvolvimento implicou em dinamização da construção civil. Mas foi somente no
período de 1955 a 1965 que começarama se implantar os programas de grandes obras
de infra-estrutura e serviços. A partir de então, o poder público retirou-se também dos
projetos, surgindo os escritórios especializados. Já não se tratava de projetar e
executar algumas obras, mas de implantar programas amplos e variados, cuja
execução exigia mobilização técnica equivalente.
- Ponte Rio-Niterói
A ponte Presidente Costa e Silva, conhecida popularmente como Ponte Rio-Niterói por
interligar estes dois municípios, foi inaugurada em 1974 e possui extensão total de
13,29 km, dos quais 8,83 km são sobre a água, e 72 m de altura em seu ponto mais
alto. Atualmente é considerada a maior ponte, em concreto protendido, do hemisfério
sul e atualmente é a sexta maior ponte do mundo. No ano em que foi concluída, era a
segunda maior ponte do mundo, perdendo apenas para a Causeway do lago
Pontchartrain nos Estados Unidos.
- Hidrelétrica de Itaipú
energia elétrica e fornece uma parte muito significativa da energia elétrica consumida
em ambos os países. A sua construção implicou o uso de 13 milhões de m 3 de
concreto e a intervenção de cerca de 40 mil operários.
A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto é formada pelo conjunto das usinas
nucleares Angra 1, Angra 2 e Angra 3, sendo o resultado de um longo programa
nuclear brasileiro que remonta à década de 1950 liderado na época principalmente
pela figura do Almirante Álvaro Alberto. Estão localizadas na praia de Itaorna, em
Angra dos Reis - RJ. Após um longo período de paralização das obras, a usina de
Angra 3 finalmente teve sua construção retomada.
A Estrada de Ferro Carajás, inaugurada em 1985, liga a Serra dos Carajás, no Sudeste
do Pará, ao Porto de Itaqui, no Maranhão. É operada pela Companhia Vale do Rio
Doce, possui 5 estações, 10 paradas e percorre ao todo 892 km ligando os municípios
de São Luís, Santa Inês, Açailândia, Marabá e Parauapebas. A estrada é usada para o
transporte de minérios (principalmente minério de ferro) e também de passageiros,
transportando, atualmente cerca de 1.500 usuários/dia.
O edifício mais alto do Brasil continua a ser o Mirante do Vale. Este arranha-céus foi
construído em São Paulo durante a década de sessenta e tem uma altura de cerca de
170 metros. Localizado no Vale do Anhangabaú, demorou 6 anos a ser construído,
sendo uma obra absolutamente inovadora na época. Possui algumas características
bastante peculiares para um edifício desta altura, nomeadamente o fato de sua
estrutura ser constituída quase inteiramente por concreto armado ao invés da
crescente tendência do uso combinado aço e concreto, em estrutura mista.
Apesar de todo este desenvolvimento, não podemos esquecer que ainda existem
déficits consideráveis relacionados à Engenharia Civil a serem resolvidos, como, por
exemplo, o déficit estimado de 8 milhões de moradias e sérios problemas na área de
infraestrutura de transportes e saneamento no país. Pense nisso!
A data de início formal dos cursos de Engenharia foi 17 de dezembro de 1792, com a
criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, na cidade do Rio de
Janeiro, sendo instalada inicialmente na ponta do Calabouço, na Casa do Trem de
Artilharia (atual Museu Histórico Nacional). Esta Escola foi a primeira das Américas e
seguia o mesmo modelo da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho criada
pela rainha Dona Maria I em 2 de janeiro de 1790, em Portugal.
UNEC – Coordenação das Engenharias 2013
44
CASA DO TREM: local onde a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho iniciou as suas
atividades em 1792. Fonte: Escola Politécnica/UFRJ (2009)
No entanto, o marco fundamental para o ensino superior no país foi a vinda da família
real portuguesa para o Brasil, em 1808, fato que permitiu a criação de diversas
instituições, algumas delas oferecendo cursos de ensino superior, entre elas, a
Academia Real Militar, criada em 4 de dezembro de 1810, pelo príncipe Regente
(futuro Rei D. João VI), substituindo a Real Academia de Artilharia, Fortificação e
Desenho, instalada em 17 de dezembro de 1792. A Academia Real Militar foi a primeira
escola a funcionar nas Américas e a terceira no mundo, sendo antecedida somente
pela Escola de Pontes e Calçadas, em 1747 (Instituto Militar de Engenharia, 1999), na
França e pela Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho, em Portugal, em
1790.
Ao longo dos anos, a Academia Real Militar passou por reformas e transformações.
Seu nome mudou quatro vezes: Imperial Academia Militar (1822), Academia Militar da
Corte (1832), Escola Militar (1840) e Escola Central (1859).
Nesta época, o objetivo era formar engenheiros politécnicos, ou seja, com múltiplos
conhecimentos técnicos para atender a diversidade dos novos campos de atuação. A
rigor o aluno continuava formando-se em engenharia civil, na medida em que esse era
o maior campo de trabalho, mas especializava-se também em uma outra área de
conhecimento. Eram também conhecidos como "engenheiros enciclopédicos". No
conteúdo das primeiras reformas houve uma fortíssima influência francesa. A rigor essa
influência já vinha ocorrendo desde a Escola Central, pois até o seu nome foi
evidentemente influenciado pela École Centrale des Arts et Manufactures, criada em
Paris em 1828.
Vimos que o início do ensino formal da Engenharia ocorreu no início do século XIX com
a criação da Real Academia Militar. Entretanto, a regulamentação em caráter nacional
da profissão de engenheiro, arquiteto e agrimensor só ocorreu em 1933, por meio do
Decreto Federal no 23.569.
Até o início da década de 60, mais de 80% das Escolas de Engenharia eram públicas.
A partir dessa década houve um crescimento maior de Escolas Privadas e no início da
década de 70 estas já eram praticamente a metade das Escolas existentes.
Crescimento esse que ocorreu na esteira do chamado “milagre econômico”. Na década
de 80, considerada a década perdida, esse crescimento arrefeceu e voltou aos índices
dos anos 50, porém ainda foi maior no setor privado. No ano de 2008 temos,
aproximadamente, 80% das Escolas pertencentes ao setor privado.
reduzidos a 22:
1. Engenharia Aeronáutica
2. Engenharia Agrícola
3. Engenharia de Agrimensura
4. Engenharia de Alimentos
5. Engenharia Ambiental
6. Engenharia Civil
7. Engenharia de Computação
8. Engenharia de Controle e Automação
9. Engenharia Elétrica
10. Engenharia Eletrônica
11. Engenharia Florestal
12. Engenharia de Fortificação e Construção
13. Engenharia Mecânica
14. Engenharia Mecânica e de Armamento
15. Engenharia de Materiais
16. Engenharia de Minas
17. Engenharia Metalúrgica
18. Engenharia Naval
19. Engenharia de Pesca
20. Engenharia de Produção
21. Engenharia Química
22. Engenharia de Telecomunicações
O Brasil possui uma engenharia civil muito desenvolvida, equiparando-se aos paises
mais desenvolvidos do mundo. Isto se deve, como já vimos ao longo deste módulo, a
grandes obras como usinas hidroelétricas, rodovias, pontes, etc., e a centros de
pesquisas avançadas nas diversas áreas da engenharia civil.
Nacional de 1908 e várias outras obras tais como na Construção da grande represa do
Acarape no Ceará. Foi Presidente da Associação das Estradas de Ferro do Brasil da
Companhia Paulista de Força e Luz e da Sociedade Brasileira de Economia Política.
Doutor Honorís Causa pela Universidade de Dijon, França e pela Universidade da
Bahia (1957), recebeu também, Diploma de Doutor Honorís Causa da Escola Superior
de Guerra (1978). Professor da Universidade do Brasil (1957). Sócio honorário da
American Economic Associatíon. Homem Global (1973) e Homem Visão (1974).
. Entre outros iminentes engenheiros civis brasileiros, pode-se citar: Prestes Maia, Odair
Grillo, Ramos de Azevedo, Teodoro Sampaio, Aarão Reis, Figueiredo Ferraz, Lucas
Nogueira Garces, Falcão Bauer, Milton Vargas e muitos outros mais. Pesquise um
pouco mais sobre cada um deles.
Espero que tenha gostado e aprendido bastante sobre a história do curso que está
iniciando. Aproveite para pesquisar e se apronfudar nstas histórias. Resolva os
exercícios do módulo e nos vemos em breve no módulo 3.
RESUMO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COM GABARITO
MÓDULO 3
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
OBJETIVOS DO MÓDULO
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:
Conhecer a função social do Engenheiro Civil.
Conhecer sobre a regulamentação da profissão.
Identificar as competências e habilidades do Engenheiro Civil.
Conhecer o mercado de trabalho do Engenheiro Civil.
Verificamos que o Engenheiro Civil atua em diversas áreas e é responsável por gerar a
infraestrutura para o desenvolvimento econômico, social e ambiental de toda uma
sociedade ou país. Desta forma, a função social do Engenheiro Civil está diretamente
relacionada com a contribuição deste profissional para melhorar a qualidade de vida
das pessoas menos favorecidas deste país, tendo em vista que o progresso industrial
não atinge toda a sociedade com a mesma intensidade.
A regulamentação da lei, no que diz respeito às atribuições profissionais, foi publicada
em 1973, no texto da Resolução no 218, de 29 de junho daquele ano. Em sua estrutura,
a Resolução no 218 estabelece em seu art. 1 o as atividades profissionais que
representam as ações que caracterizam o exercício profissional. As atividades estão,
no artigo 1o, organizadas em 18 itens, agrupados por afinidade. A seguir é transcrito o
artigo 1o da resolução:
Art. 25 – Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe
competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada caso,
apenas, as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo outras que
lhe sejam acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma modalidade.
Por isso, era preciso modernizar o texto que tratava das atividades e atribuições dos
profissionais da área, de forma a contemplar essa nova ordem educacional, em que a
graduação seria agora apenas uma etapa inicial na formação, e o processo de
educação continuada deveria conduzir os profissionais para novas fronteiras e novas
atribuições. Esse processo conduziu à Resolução no 1.010, aprovada em 2005.
podemos verificar que as atribuições que você receberá quando concluir o seu curso,
estão regulamentadas por esta resolução.
A Resolução no 1.010 define ainda que os títulos profissionais devem ser estabelecidos
em acordo com os campos de atuação, e que não há obrigatoriedade de concordância
do título profissional com o título acadêmico, sendo que para a atribuição do título
profissional deve-se observar a tabela de títulos definida na Resolução no 473/2002,
que é atualizada anualmente pelo CONFEA.
Competências e Habilidades.
Dispõe ainda que cada curso de Engenharia deve possuir um projeto pedagógico que
demonstre claramente como o conjunto das atividades previstas garantirá o perfil
desejado de seu egresso e o desenvolvimento das competências e habilidades
esperadas.
Mercado de Trabalho.
Além disso, as perspectivas para os próximos anos é ainda melhor, a demanda pelo
profissional deve aumentar, já que dois grandes eventos serão sediados no país: a
Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016.
Entre os setores apontados como promissores, estão o de petróleo e gás, que deverão
receber investimentos em obras de grande porte, como gasodutos, refinarias,
plataformas, navios e estaleiros.
RESUMO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COM GABARITO
MÓDULO 4
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
OBJETIVOS DO MÓDULO
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:
- Conhecer a história da Engenharia no Brasil, do descobrimento aos dias atuais;
- Conhecer a história do ensino da Engenharia no Brasil até os dias atuais.
RESUMO
xxxxxxxxxxxxxxx
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COM GABARITO
Regulamentação da Profissão
MÓDULO 5
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
OBJETIVOS DO MÓDULO
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:
- Conhecer a história da Engenharia no Brasil, do descobrimento aos dias atuais;
- Conhecer a história do ensino da Engenharia no Brasil até os dias atuais.
5. Regulamentação da Profissão
CONFEA.
CREA.
Exercício profissional.
Código de ética.
Responsabilidade legal e social.
Código de defesa do consumidor.
RESUMO
xxxxxxxxxxxxxxx
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COM GABARITO