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FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES EM ENGENHARIA CIVIL

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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SUMÁRIO

1. FUNDAMENTOS .................................................................................................. 4

2. CONCEITOS .........................................................................................................7

3. HISTÓRIA .............................................................................................................9

4. ATUAÇÃO PROFISSIONAL..............................................................................16

REFERÊNCIAS.............................................................................................26

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1. FUNDAMENTOS

A engenharia civil é o ramo da engenharia que engloba a concepção, o


projeto, construção e manutenção de todos os tipos de infraestrutura necessários
ao bem estar e ao desenvolvimento da sociedade, além da preservação do
ambiente natural. Desta forma, esta área dedica-se à criação de edifícios, pontes,
túneis, usinas geradoras de energia, indústrias e inúmeros outros tipos
de estrutura.

Desde o início da história, os humanos passaram a construir seus próprios


abrigos utilizando os elementos naturais ao seu redor. Posteriormente, as
estruturas adquiriram características cada vez mais complexas, reflexo do
desenvolvimento das técnicas.

Passou-se então, a utilizar conhecimentos científicos nesta área, de forma


que as dimensões, a resistência e outros atributos de uma determinada obra
podiam ser estimados. Novos materiais passaram a ser utilizados, sobretudo ferro
e cimento, que possibilitaram o surgimento das grandes estruturas que hoje

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compõem o cenário do mundo moderno.

Desta forma, a formação de um engenheiro civil é fortemente ligada às


ciências exatas. Contudo, um bom profissional deve conter muitos outros
atributos, principalmente habilidades em comunicação e de análise racional dos
fatos, além de seguir um código de ética, visto que suas obras influenciam
significativamente em todos os segmentos da sociedade.

Dada a vasta abrangência, a engenharia civil divide-se em vários campos


específicos, desde geotecnia, mapeamento, até transportes, construção e
estrutural, dentre muitas outras.

A designação “engenharia civil” foi inicialmente utilizada por oposição à


de “engenharia militar”. Designava assim, toda a engenharia não militar. Com o
passar do tempo e na maioria dos países, o termo passou a ser utilizado num
âmbito mais restrito, referindo-se apenas ao ramo da construção, com os outros
ramos da engenharia a receberem designações distintas (ex., industrial, agrícola,
posteriormente outras).

Contudo, em alguns países como a Bélgica, a Dinamarca, a França, a


Noruega e a Suécia, os engenheiros não militares são ainda genericamente
referidos como “engenheiros civis”, independentemente da sua especialidade ser
a construção ou outra (mecânica, química, eletricidade, etc.)

Atuação profissional de um Engenheiro

Um engenheiro civil é um profissional capacitado para conceber, projetar


e construir os mais diversos componentes da infraestrutura necessários para o
bem-estar e desenvolvimento da sociedade.

O local de trabalho de um engenheiro varia conforme a especialidade


escolhida, embora a maioria trabalhe em firmas de consultoria, que criam projetos
e soluções para construção de determinada estrutura. Para a Engenharia civil,
assim como para a Engenharia de produção, existem ainda muitas possibilidades
no setor público, desde o âmbito municipal até federal, além da possibilidade de

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atuar em carreira militar ou no setor industrial. Tipicamente o engenheiro precisa
visitar os locais de obra e trabalhar com diferentes equipes técnicas
especializadas.

Projeto de Engenharia Civil em execução.

A profissão na qual o conhecimento físicos e matemáticos enriquecidos


pelo estudo, experiência e prática são aplicados de forma correta para
desenvolver meios de utilizar, economicamente, os materiais e as forças da
natureza para o progressivo bem-estar da humanidade ao criar, melhorar e
proteger o ambiente, ao criar instalações para a convivência da comunidade,
indústrias e meios transporte e ao fornecer estruturas para o uso de toda a
humanidade.

Em geral, um engenheiro civil deve ser um profissional devidamente


preparado com base em aspectos teóricos que lhe conferem uma habilidade de
análise racional das situações.

Desta forma, é necessária uma sólida formação em ciências exatas,


especialmente matemática e física. Além disso, o profissional deve seguir um
código de ética, dada a importância de sua função na sociedade, que inclui realizar
seu trabalho de forma responsável, buscando sempre contribuir ao máximo para
o bem estar da sociedade. Um atributo indispensável de um engenheiro civil é a
sua capacidade de comunicação e liderança, visto que frequentemente é

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necessária a coordenação entre diversos tipos de profissionais para uma
determinada finalidade.

Conselhos e certificação em Engenharia Civil

Existem na maioria dos países associações de engenheiros civis que


buscam a troca de conhecimento e a divulgação e aperfeiçoamento de técnicas.
As pioneiras e atualmente mais importantes são o Instituto Britânico de
Engenheiros Civis e a Sociedade Americana de Engenheiros Civis.

Para exercer a profissão, o engenheiro civil precisa obter certificação e


licença formal, tipicamente fornecida por estas associações. No Brasil, a
certificação é fornecida pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia,
através de seus conselhos regionais. Em Portugal, a validação do diploma é feita
pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.

As tendências atribuídas para a engenharia civil estão diretamente


relacionadas às transformações naturais, sociais e econômicas que o mundo tem
experimentado nas últimas décadas.

Com a migração da população para as cidades será necessário a


utilização racional dos recursos naturais, utilizando meios sustentáveis de
desenvolvimento. Será necessário o aumento, melhoria e manutenção da
infraestrutura urbana, além da maior preocupação no fornecimento de água,
energia aliados à correta disposição dos resíduos gerados.

Desta forma, o engenheiro tem papel fundamental na determinação dos


rumos do desenvolvimento, tendo em vista os benefícios à sociedade e a proteção
do ambiente.

A engenharia civil, por sua própria natureza, é uma área na qual erros
causam grandes consequências. Desta forma, o profissional deve desenvolver
com o máximo de atenção para evitar erros atribuídos a omissões, falta de
planejamento, erros durante o processo de construção e relacionados à qualidade
dos componentes. Há a necessidade de avaliação cuidadosa do ambiente na qual

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determinada estrutura será instalada, afim de garantir sua durabilidade a longo
prazo. Um engenheiro precisa, ainda, ser capaz de aprender com erros anteriores
relatados em outras obras, de forma que haja minimização dos riscos. Dentre os
exemplos notáveis de falhas estão o desabamento do teto do terminal 2 do
Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle em 2004 e a Ponte Tacoma Narrows que,
em 1940, entrou em colapso por ação do vento.

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2. CONCEITOS

Entenda o que faz um engenheiro civil, saiba as áreas de atuação do


profissional e fique por dentro das principais instituições de ensino

GE/Guia do Estudante

O engenheiro civil projeta, gerencia e executa obras como casas, prédios,


pontes, viadutos, estradas e barragens. Ele acompanha todas as etapas de uma
construção ou reforma, analisa as condições do solo e estuda a insolação e a
ventilação do local e até a definição dos tipos de fundação e os acabamentos.
Especifica as redes de instalações elétricas, hidráulicas e de saneamento do
edifício e define o material a ser usado. Chefia as equipes de trabalho,
supervisionando prazos, custos, padrões de qualidade e de segurança.

Ele também é o responsável por enquadrar esses projetos dentro das leis
específicas de cada município, respeitando por exemplo as metrificações
possíveis ou as entraves ambientais que a sua obra poderá ocasionar.

Cabe a ele garantir a estabilidade e a segurança da edificação, calculando


os efeitos dos ventos e das mudanças de temperatura na resistência dos materiais
usados na construção. Este profissional também pode se dedicar à administração
de recursos prediais, gerenciando a infraestrutura e a ocupação de um edifício.

Você pode ingressar na carreira com um curso tecnológico, com duração

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de três a quatro anos e que pode ser focado em construção de edifícios ou de
estradas. Sua grade possui matérias bem semelhantes às do bacharelado, mas
oferecem menos profundidade.

O salário também varia: o do engenheiro com bacharelado atinge valores


altos, pois suas responsabilidades e demandas são maiores.

Construção urbana: projetar, construir e reformar casas e prédios e


grandes instalações, como estádios esportivos, shopping centers e aeroportos.

A engenharia civil é o ramo da engenharia que planeia, projeta, executa e


faz a gestão de obras e empreendimentos. A engenharia civil transforma e adapta
a natureza, com o objetivo de otimizar a qualidade de vida das pessoas.

Desta forma, esta área dedica-se à criação de edifícios, pontes, túneis,


usinas geradoras de energia, indústrias e inúmeros outros tipos de estrutura,
utilizando como ferramental as ciências, a matemática, ferramentas, tecnologias
e técnicas diversas, experiências anteriores, o cabedal normativo e as práticas
locais, levando em conta os contextos social, econômico e ambiental.

Desde o início da história, os humanos passaram a construir seus próprios


abrigos utilizando os elementos naturais ao seu redor. Posteriormente, as
estruturas adquiriram características cada vez mais complexas, reflexo do
desenvolvimento das técnicas. Passou-se então, a utilizar conhecimentos
científicos nesta área, de forma que as dimensões, a resistência e outros atributos
de uma determinada obra podiam ser estimados. Novos materiais passaram a ser
utilizados, sobretudo ferro e cimento, que possibilitaram o surgimento das grandes
estruturas que hoje compõem o cenário do mundo moderno.

Desta forma, a formação de um engenheiro civil é fortemente ligada


às ciências exatas. Contudo, um bom profissional deve conter muitos outros
atributos, principalmente habilidades em comunicação e de análise racional dos
fatos, além de seguir um código de ética, visto que suas obras influenciam
significativamente em todos os segmentos da sociedade.

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Dada a vasta abrangência, a engenharia civil divide-se em vários campos
específicos, desde geotecnia, mapeamento,
até transportes, construção e estrutural, dentre muitas outras.

A designação "engenharia civil" foi inicialmente utilizada por oposição à


de "engenharia militar". Designava assim, toda a engenharia não militar. Com o
passar do tempo e na maioria dos países, o termo passou a ser utilizado num
âmbito mais restrito, referindo-se apenas ao ramo da construção, com os outros
ramos da engenharia a receberem designações distintas (ex., industrial, agrícola,
posteriormente outras).

Contudo, em alguns países como a Bélgica, a Dinamarca, a França, a


Noruega e a Suécia, os engenheiros não militares são ainda genericamente
referidos como "engenheiros civis", independentemente da sua especialidade ser
a construção ou outra (mecânica, química, eletricidade, etc.).

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3. HISTÓRIA

Engenheiro é uma palavra que surgiu no século XIV, e significava


“construtor de engenhos (máquinas) militares”. Veio do antigo francês engigneor,
que por sua vez provinha da palavra latina ingenium, isto é, qualidade, talento,
genialidade, habilidade.

Desde o início da existência humana, conhecimentos e habilidades de


engenharia tem sido necessários para evolução do padrão de vida. A partir do
momento em que tribos deixaram de ser nômades, surgiram assentamentos que
necessitavam de estrutura necessária para abrigo e proteção que, ao longo do
tempo, cresceram em complexidade.

Ao decorrer dos séculos, a grande demanda por estruturas cada vez


maiores e mais eficientes impulsionava o surgimento de novas técnicas e a
formação de profissionais habilitados para assumir tal responsabilidade.
Entretanto, a profissão de engenheiro civil só foi reconhecida oficialmente a partir
da Revolução Industrial.

Pirâmides de Gizé, uma das sete maravilhas do mundo.

Antiguidade

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São diversas as obras remanescentes que atestam o desenvolvimento da
engenharia civil ao longo de milênios. Os registros escritos destas construções,
contudo, se perderam no tempo. Grandes obras de engenharia surgiram há mais
de cinco mil anos na Mesopotâmia, embora haja poucos edifícios remanescentes.
Os sumérios que habitavam a região construíram muros e templos e criaram
canais para irrigação. Ainda na mesma região surgiu a pavimentação, feita com
pedras achatadas colocadas nos trajetos mais movimentados das cidades. Ainda
na Mesopotâmia há registro da primeira ponte feita de pedra, que se estendia
sobre o rio Eufrates. Até então, as pontes eram feitas somente com madeira.

Os pérsios, ao longo do tempo e de seus vastos domínios, foram


responsáveis por criar novas e eficientes técnicas de irrigação, além de inovarem
nas técnicas construtivas de pontes, especialmente para fins militares.

No Antigo Egito, dentre as mais notáveis obras de engenharia destacam-


se as Pirâmides de Gizé, feitas há mais de quatro mil anos, e a cidade
de Alexandria (durante a era de Alexandre, o Grande), na qual foi concebido
um grande farol, não mais existente.

Contudo, na Grécia Antiga, houve, pela primeira vez, a conexão entre a


engenharia e a ciência pura, sendo um dos primeiros trabalhos considerando
aplicações práticas de princípios físicos e matemáticos atribuído à Arquimedes,
que criou um sistema capaz de transportar água para diferentes elevações.

Ponte do Gard, na França, um aqueduto construído durante o Império


Romano.

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Durante a expansão do Império Romano, houve o surgimento de novas
técnicas construtivas, especialmente a partir da grande oferta de matérias-primas
e trabalho escravo. Embora não tenha grande ligação com a ciência, a engenharia
praticada pelos romanos estava fortemente ligada ao pragmatismo. As grandes
estruturas eram voltadas sobretudo para bens públicos, como aquedutos, portos,
mercados, pontes, barragens e estradas. Vitrúvio foi o autor de um dos
manuscritos mais antigos sobre engenharia, no qual descreve as técnicas e
habilidades que um profissional deve dominar, como conhecimentos científicos,
filosóficos e éticos, dentre outros.

Os romanos também foram os primeiros a utilizar concreto em suas obras,


quando descobriu-se que uma mistura formada principalmente por cinzas
vulcânicas solidificava-se e dava origem a um material tão duro quanto as rochas.

Macchu Picchu, uma das cidades que se desenvolveram durante


o Império Inca.

Na Índia a maior parte das construções eram feitas com madeira.


Contudo, a partir do surgimento do budismo, novos e grandes templos e
monastérios foram construídos no topo e nas bordas das montanhas, o que exigiu
novas técnicas que faziam o uso de pedras e rochas.

De forma similar, o hinduísmo motivou o surgimento de grandes templos


construídos com pedras. As técnicas de engenharia na China, por outro lado,
desenvolveram-se de forma quase independente àquelas do mundo ocidental.

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Os chineses utilizavam-se da grande variedade de matérias primas
existentes em seu território para construção das fundações de pedra e casas de
tijolos e telhados de argila. Destaca-se, ainda o surgimento de pontes suspensas
antes feitas com fibras de bambu e posteriormente com correntes de ferro, além
dos pagodes, templos em forma de torres. Contudo, a mais notável obra ainda
remanescente é a Muralha da China, que se estende por milhares de quilômetros
e cuja construção iniciou-se em 220 a.C..[8]

No continente africano ao sul do deserto do Saara, as obras com estilos


mais simples utilizavam-se dos materiais existentes e dependiam da cultura das
milhares de etnias diferentes do continente. Destaca-se, contudo, um local de
cunho religioso, o Grande Zimbabwe, cuja origem remonta ao século XI.

Na América, por fim, as grandes civilizações inovaram em técnicas que


os permitiram criar grandes templos, especialmente de cunho religioso. Durante
a civilização Maia, muitas grandes obras foram realizadas, das quais destaca-se
a cidade de Teotihuacan.

Os Incas, séculos depois, estenderam seus domínios na cordilheira dos


Andes e criaram elementos de infraestrutura como pontes, estradas e complexos
urbanos, centralizados na então capital, Cusco. Dentre os principais feitos
dos Astecas, contemporâneos dos Incas, destaca-se a cidade de Tenochtitlán,
capital do império dotada de complexos componentes urbanos, localizada numa
região pantanosa no centro de um lago.

Mesquita de Quba, a mais antiga do mundo, fundada no ano de 622.

Período medieval

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O Império Romano, devido à sua grande extensão e falta de governo
central, não conseguiu se manter unido e chegou ao fim no ano de 476. Muitas
das obras de infraestrutura, inclusive estradas, aquedutos e portos então
existentes, foram demolidas para construção de fortificações. Durante todo o
período medieval, quase não houve avanços científicos, o que afetou também o
desenvolvimento de técnicas de engenharia, que passaram a se restringir a
conceitos práticos pouco estruturados. Os árabes, sobretudo durante o período
da expansão islâmica, incorporaram técnicas romanas sobretudo utilizadas em
fortificações, embora já possuíssem conhecimentos na construção de
grandes mesquitas.

Não havia método científico nas construções, pelo que eram baseadas no
sistema de tentativa e erro, sendo numerosos os exemplos de colapso de
estruturas. Neste período nota-se, ainda, a criação de grandes fortificações em
castelos, para prevenir invasões. Houve um avanço na utilização de rodas de
água para transportar água e mover moinhos. Ocorreram também avanços na
construção de canais navegáveis.

Catedral de Santa Maria del Fiore, na Itália.

Era moderna

A partir da Renascença, o profissional engenheiro passou a ganhar


importância e reconhecimento, ao contrário do período medieval em que projetos
eram criados por artesãos. Um dos pioneiros do período foi Filippo Brunelleschi,
que projetou o domo da catedral de Santa Maria del Fiore em Florença. Ainda com
o surgimento da impressão de livros, começaram a surgir os primeiros manuais

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com técnicas de projeto e construção.

Posteriormente, a Revolução Industrial começava a mudar radicalmente


o perfil da Inglaterra, o que posteriormente viria a acontecer no restante
da Europa. A população começou a migrar da zona rural para as cidades para
trabalharem nas indústrias.

As obras estruturais necessárias para o desenvolvimento industrial era


geralmente conduzida por engenheiros militares. No entanto, em 1768, o
inglês John Smeaton se autodenominou 'engenheiro civil' para diferenciar-se dos
profissionais militares, criando assim uma nova e distinta profissão. Poucos anos
depois criou a Sociedade dos Engenheiros Civis, com a finalidade de reunir
profissionais para conceber e executar grandes projetos.

Iron Bridge

A Revolução Industrial trouxe consigo novas técnicas e materiais


pertinentes à engenharia. A Ponte de Ferro, no Reino Unido, foi a primeira ponte
de arco construída somente com ferro fundido, o que é considerado um marco na
história.

Conforme ocorria o crescimento econômico, era cada vez maior a


necessidade de se acelerar os transportes.

Por isso, houve grande ampliação do sistema de canais e posteriormente


surgiu a primeira ferrovia. A utilização do ferro como elemento estrutural causou
grandes mudanças, especialmente por conta de sua resistência, capacidade de
pré-fabricação e facilidade de montagem.

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Os engenheiros civis, a partir de então, puderam inovar no formato dos
prédios, além de agilizar sua construção. Houve ainda inovação no que se refere
à construção de túneis, a partir do primeiro construído sob o rio
Tâmisa em Londres para a criação do sistema metroviário londrino.

A partir do século XX, a engenharia como um todo passou a se


desenvolver e se especializar sobretudo por conta dos avanços científicos e
fundamentações teóricas do comportamento dos materiais.

A partir de então surgiram grandes estruturas antes inimagináveis, como


o Viaduto de Millau, na França, a mais alta ponte para veículos do mundo, e o Burj
Khalifa, o mais alto edifício do mundo, com mais de oitocentos metros de altura.

A Sociedade Americana de Engenheiros Civis compilou uma lista com as


sete maravilhas do mundo moderno, das quais destacam-se o Eurotúnel, sob
o estreito de Dover entre o Reino Unido e a França, o canal do Panamá, que liga
o oceano Pacífico ao Atlântico e a Usina Hidrelétrica de Itaipu entre o Brasil e
o Paraguai.

O Engenheiro Civil desenvolve a sua profissão ou atividade utilizando o


conhecimento de ciências matemáticas, físicas e dos materiais, adquirido através
do estudo, da experiência e da prática, com o fim de desenvolver o projeto, a
construção e a manutenção de infraestruturas, de forma económica e em respeito
pelo meio ambiente, materializadas em edifícios, pontes, barragens, vias de
comunicação, sistemas de abastecimento e tratamento de águas, aeroportos,
portos e sistemas de produção de energia, numa lógica funcional, estética e de
segurança de pessoas e bens.

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4. ATUAÇÃO PROFISSIONAL

Um engenheiro civil é um profissional capacitado para conceber, projetar


e construir os mais diversos componentes da infraestrutura necessários para o
bem-estar e desenvolvimento da sociedade. O local de trabalho de um engenheiro
varia conforme a especialidade escolhida, embora a maioria trabalhe em firmas
de consultoria, que criam projetos e soluções para construção de determinada
estrutura.

Existem ainda muitas possibilidades no setor público, desde o âmbito


municipal até federal, além da possibilidade de atuar em carreira militar ou no setor
industrial. Tipicamente o engenheiro precisa visitar os locais de obra e trabalhar
com diferentes equipes técnicas especializadas. A Associação Americana de
Engenheiros Civis define engenharia civil como sendo:

“ ... a profissão na qual o conhecimento físicos e


matemáticos enriquecidos pelo estudo, experiência e prática são
aplicados de forma correta para desenvolver meios de utilizar,
economicamente, os materiais e as forças da natureza para o
progressivo bem-estar da humanidade ao criar, melhorar e
proteger o ambiente, ao criar instalações para a convivência da
comunidade, indústrias e meios transporte e ao fornecer estruturas
para o uso de toda a humanidade. ”

Em geral, um engenheiro civil deve ser um profissional devidamente


preparado com base em aspectos teóricos que lhe conferem uma habilidade de
análise racional das situações.

Desta forma, é necessária uma sólida formação em ciências exatas,


especialmente matemática e física. Além disso, o profissional deve seguir um
código de ética, dada a importância de sua função na sociedade, que inclui realizar
seu trabalho de forma responsável, buscando sempre contribuir ao máximo para
o bem estar da sociedade.

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Um atributo indispensável de um engenheiro civil é a sua capacidade de
comunicação e liderança, visto que frequentemente é necessária a coordenação
entre diversos tipos de profissionais para uma determinada finalidade.

Existem na maioria dos países associações de engenheiros civis que


buscam a troca de conhecimento e a divulgação e aperfeiçoamento de técnicas.
As pioneiras e atualmente mais importantes são o Instituto Britânico de
Engenheiros Civis e a Sociedade Americana de Engenheiros Civis. Para exercer
a profissão, o engenheiro civil precisa obter certificação e licença formal,
tipicamente fornecida por estas associações.

No Brasil, a certificação é fornecida pelo Conselho Federal de Engenharia


e Agronomia, através de seus conselhos regionais. Em Portugal, a validação do
diploma é feita pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.

Pilares e cabos remanescentes do colapso de uma ponte na Indonésia.

As tendências atribuídas para a engenharia civil estão diretamente


relacionadas às transformações naturais, sociais e econômicas que o mundo tem
experimentado nas últimas décadas. Com a migração da população para as
cidades será necessário a utilização racional dos recursos naturais,
utilizando meios sustentáveis de desenvolvimento.

Será necessário o aumento, melhoria e manutenção da infraestrutura


urbana, além da maior preocupação no fornecimento de água, energia aliados à
correta disposição dos resíduos gerados. Desta forma, o engenheiro tem papel
fundamental na determinação dos rumos do desenvolvimento, tendo em vista os

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benefícios à sociedade e a proteção do ambiente.

A engenharia civil, por sua própria natureza, é uma área na qual erros
causam grandes consequências. Desta forma, o profissional deve desenvolver
com o máximo de atenção para evitar erros atribuídos a omissões, falta de
planejamento, erros durante o processo de construção e relacionados à qualidade
dos componentes.

Há a necessidade de avaliação cuidadosa do ambiente na qual


determinada estrutura será instalada, a fim de garantir sua durabilidade a longo
prazo. Um engenheiro precisa, ainda, ser capaz de aprender com erros anteriores
relatados em outras obras, de forma que haja minimização dos riscos. Dentre os
exemplos notáveis de falhas estão o desabamento do teto do terminal 2
do Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle em 2004 e a Ponte Tacoma Narrows que,
em 1940, entrou em colapso por ação do vento.

Construção civil

Infraestrutura Territorial e Atividades multidisciplinares referentes a


Planejamento Urbano e Regional no âmbito da Engenharia Civil;

Sistemas, Métodos e Processos da Construção Civil. Tecnologia da


Construção Civil;

Industrialização da Construção Civil. Edificações. Impermeabilização e


Isotermia;

Terraplenagem, Compactação e Pavimentação;

Estradas, Rodovias, Pistas e Pátios. Terminais Aeroportuários e


Heliportos;

Tecnologia dos Materiais de Construção Civil. Resistência dos Materiais;

Patologia e Recuperação das Construções;

Instalações, Equipamentos, Componentes e Dispositivos

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Hidrossanitários, de Gás, de Prevenção e Combate a Incêndio. Instalações
Elétricas em Baixa Tensão e Tubulações Telefônicas e Lógicas para fins
residenciais e comerciais de pequeno porte.

Sistemas estruturais

Estabilidade das Estruturas. Estruturas de Concreto, Metálicas, de


Madeira e Outros Materiais;

Pontes e Grandes Estruturas. Barragens. Estruturas Especiais. Pré-


moldados.

Geotecnia

Sistemas, Métodos e Processos da Geotecnia e da Mecânica dos Solos


e das Rochas;

Sondagem, Fundações, Obras de Terra e Contenções, Túneis, Poços e


Taludes.

Transportes

Topografia, Batimetria e Georreferenciamento;

Infraestrutura Viária. Rodovias, Ferrovias, Metrovias, Aerovias, Hidrovias.


Terminais Modais e Multimodais;

Sistemas e Métodos Viários. Operação, Tráfego e Serviços de Transporte


Rodoviário, Ferroviário, Metroviário, Aeroviário, Fluvial, Lacustre, Marítimo e
Multimodal;

Técnica e Economia dos Transportes:

Trânsito, Sinalização e Logística;

Informações Espaciais.

Hidrotecnia

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Hidráulica e Hidrologia Aplicadas. Sistemas, Métodos e Processos de
Aproveitamento Múltiplo de Recursos Hídricos. Regularização de Vazões e
Controle de Enchentes;

Obras Hidráulicas Fluviais e Marítimas. Captação e Adução de Água para


Abastecimento Doméstico e Industrial. Barragens e Diques. Sistemas de
Drenagem e Irrigação. Vias Navegáveis, Portos, Rios e Canais.

Curso

No grande geral as universidades oferecem aos acadêmicos cursos com


dez períodos semestrais (cinco anos) quando estes são lecionados em dois
períodos diários (p.ex. matutino e vespertino), também é possível encontrar
cursos apenas noturnos, que são ofertados para que os acadêmicos possam
trabalhar, mas estes duram em média sete a oito anos.

Recursos Energéticos

Dentre as áreas de atuação de um engenheiro civil, está a de Recursos


Energéticos. Esse profissional pode se relacionar com fontes de energia
relacionadas com Engenharia ambiental, como as tradicionais, alternativas e
renováveis, com sistemas e métodos de conversão e conservação de energia,
com impactos energéticos ambientais e com a eficientização ambiental de
sistemas energéticos vinculados ao campo de atuação da engenharia ambiental.

Como é característica da área de engenharia civil, há diversas funções


que podem ser desempenhadas por esse engenheiro que envolve recursos
energéticos. O mercado de trabalho é constituído por Empresas Públicas,
Privadas ou de Economia Mista, Órgãos Governamentais nas três esferas de
governo, além de organizações sociais de interesse público e Organizações não
Governamentais.

As atividades desenvolvidas são várias, dentre elas o diagnóstico do

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melhor tipo e melhores condições de uso de energia, planejar e coordenar o
processo de implantação de usinas e analisar os impactos (sociais, econômicos e
ambientais) no local de instalação, desenvolver tecnologia para a geração, uso e
transformação de energia e a otimização do consumo de energia nas indústrias,
com o objetivo de reduzir gastos.

Os locais de atuação podem ser em escritórios ou em campo, fixo ou


variável, dependendo da atividade desenvolvida pelo profissional. Por exemplo,
para analisar impactos de instalação de usinas, o trabalho envolve pesquisa em
campo e em escritório.

Construção da Arena Corinthians em São Paulo.

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Trevo com vários níveis no cruzamento entre duas autoestradas principais
nos Países Baixos.

Construção

Ver também: Construção civil

Este ramo lida com a execução e gerenciamento de obras, levando em


conta custos, eficiência e segurança. Dentre as atividades desenvolvidas,
destacam-se a criação de fundações, concretagem, acabamento, construção de
pontes e túneis, dentre muitos outros exemplos.

O profissional especializado nesta área deve possuir domínio sobre as


técnicas e equipamentos modernos disponíveis. Dentre as funções de
gerenciamento busca-se a economia e a utilização racional dos recursos
disponíveis com o objetivo principal de aumentar a eficiência.

O profissional é responsável ainda pela utilização dos materiais de


qualidade que visem a segurança e a durabilidade da obra a longo prazo, além de
organizar toda a logística necessária para o transporte e a utilização dos materiais,
funcionários e equipamentos. Este segmento lida ainda com os aspectos legais

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de uma obra, como a criação e revisão de contratos e concordância com a
legislação vigente.

Transportes

Esta subdisciplina tem como fundamento o estudo das infraestruturas


relacionadas direta ou indiretamente com sistemas de transportes e seu possível
desenvolvimento e manutenção.

O princípio básico desta área é o transporte de pessoas e mercadorias de


forma rápida, econômica e segura. Desta forma, esta especialidade lida com o
desenho, planificação e manutenção de rodovias, ferrovias, sistemas
hidroviários e aeroviários e as suas interações, de forma a criar uma rede eficiente.
Desta forma, o engenheiro de transportes pode atuar desde a concessão de uma
via de transporte e sua construção até ao planejamento e gerenciamento
do tráfego.

Construção do Burj Khalifa, em Dubai. Obra do engenheiro


estrutural William Frazier Baker.

Estruturas

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Focada no projeto de estruturas em edificações, a engenharia estrutural
busca a concepção de elementos seguros e econômicos para fornecer rigidez e
resistência a um edifício.

Portanto, são necessários o uso de princípios físicos, conhecimento das


características dos materiais e ferramentas computacionais para realizar o
dimensionamento correto de vigas, colunas e outros elementos, inclusive
a fundação.

O engenheiro estrutural pode escolher dentre os diversos materiais


disponíveis no mercado, de acordo com a necessidade de cada projeto. Pode
atuar nos mais diversos segmentos de obras, desde prédios, pontes e túneis até
plataformas de petróleo e gás em alto mar.

A Usina Hidrelétrica de Três Gargantas, na China é a maior geradora de


energia elétrica do mundo.

Recursos hídricos

Ver também: Hidrologia

O campo dos recursos hídricos incluem uma série de métodos e


conhecimentos relacionados a processos hidrológicos e hidráulicos utilizados
como base para o planejamento e dimensionamento de estruturas para realizar o

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fornecimento de água, prevenção de enchentes, criação de redes de irrigação e
geração de energia, dentre muitas outras aplicações.

Em geral, este ramo engloba todos os campos do conhecimento que, de


alguma forma, relacionam-se com a água, desde o subsolo, rios, lagos e oceanos
até o gerenciamento de água da chuva.

Além de sistemas de distribuição de água, um engenheiro hidráulico atua


na construção de canais, usinas hidroelétricas, sistemas de proteção costeiros,
dentre inúmeros outros exemplos. Um engenheiro hídrico também deve
preocupar-se com os impactos ambientais de suas obras, especialmente sobre a
vida aquática, além de aspectos dos arredores como estética e utilização pública.

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REFERÊNCIAS

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Practice (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons. 744 páginas. ISBN 978-0-470-
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Grigg, Neil S.; Marvin E. Criswell,Darrell G. Fontane,Thomas J. Siller (2001). Civil


Engineering Practice in the Twenty-First Century. Knowledge and Skills for Design
and Management (em inglês). [S.l.]: ASCE Press. 264 páginas. ISBN 0-7844-
0526-3

Kennie, T.J.M.; G. Petrie (ed.) (2010). Engineering Surveying Technology (em


inglês). [S.l.]: Taylor & Francis Group. 508 páginas. ISBN 978-0-2038-6074-8

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