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PROJETOS EM SISTEMAS CONSTRUTIVOS

PROJETOS EM SISTEMAS CONSTRUTIVOS


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3

2. INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................. 4

3. HISTÓRICO DA INDUSTRIALIZAÇÃO ................................................................ 5

4. INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO FECHADO ....................................................... 6

5. INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO ABERTO .......................................................... 7

6. INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO FLEXIBILIZADO .............................................. 9

7. SISTEMAS CONSTRUTIVOS ............................................................................ 10

8. TIPOS DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS ........................................................... 11

8.1 Alvenaria Convencional ................................................................................ 11

9. ALVENARIA ESTRUTURAL ............................................................................. 14

10. WOOD FRAME .................................................................................................. 16

11. STEEL FRAME .................................................................................................. 18

12. PAREDES DE CONCRETO.............................................................................. 20

13. CONCRETO PRÉ-MOLDADO .......................................................................... 22

14. CONCRETO PVC .............................................................................................. 24

15. CONTAINER ...................................................................................................... 26

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 28
INTRODUÇÃO

Figura 1: Construção civil.

Fonte: https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/

Construir uma casa é a oportunidade de criar um imóvel adaptado ao seu


estilo de vida e do jeito que você sempre sonhou. Mas, o que muitas pessoas que
estão pensando em começar uma obra não dão a devida atenção é a escolha dos
sistemas construtivos.
Isso é essencial em qualquer obra, já que uma construção é muito mais do
que centenas de tijolos empilhados. Na realidade, os tijolos cerâmicos que são
utilizados na maioria dos edifícios brasileiros fazem parte de apenas um dos vários
sistemas construtivos disponíveis na área da construção civil.
Concreto, container, perfis de aço, madeira e PVC são apenas alguns
exemplos de materiais alternativos utilizados para construir uma nova casa.
Escolher o sistema construtivo é uma decisão importante e que precisa da
sua atenção ainda na fase de planejamento de obras. Isso porque o sistema
construtivo interfere no custo da construção, no tempo de obra e na aparência da
edificação.
INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Industrialização da construção é o emprego de forma racional e mecanizada


de materiais, meios de transporte e técnicas construtivas para conseguir uma maior
produtividade (BRUNA, 1976).
A construção civil no Brasil é um setor considerado atrasado nos meios
industriais, porém com a expansão de empreendimentos voltados ao segmento
econômico aonde a margem de lucro sobre unidade é muito pequena, o negocio
apenas se viabiliza economicamente com a produção em massa, assim implicando
na industrialização do setor de elementos estruturais e vedações até elementos
menores como instalações elétricas e hidráulicas (FARIA, 2008).
Em contra partida Colombo e Bazzo (2009) defende que a indústria da
construção civil ainda possui como obstáculo para sua expansão agressiva as
singularidades do setor, principalmente tratando-se de edificações. Entre as
características que atrasam a industrialização do setor, destacam-se a: dependência
de fatores climáticos; períodos longos de construção; caráter não seriado de produção
no caso de edificações; complexa rede de interferência humana (usuários, clientes,
projetistas, financiadores, construtores); parcelamento de responsabilidade por
subcontratações.
HISTÓRICO DA INDUSTRIALIZAÇÃO

Segundo Bruna (1976), a industrialização é associada aos conceitos de


organização e produção em série, os quais devem ser compreendidos por uma ampla
analise entre relações de produção e mecanização dos meios de produção.
A história da industrialização se divide em três grandes fases, uma primeira
com o nascimento de maquinas polivalentes, podendo ser reguladas pelo operário
para realizar diferentes tipos de tarefas. Em uma segunda fase os mecanismos
passam a ser ajustados para a realização de uma tarefa específica, aonde o operário
é treinado para repetir determinados movimentos (estudo de método) no menor tempo
possível (estudo de tempo) tendo como objetivo obter melhores resultados qualitativos
e econômicos. Assim passa-se de uma idéia de unidade artesanal para a idéia de
multiplicidade industrial. Sucessivamente tem-se a integração entre a produção e
transporte do material e produto, assim resultando na linha de montagem. A terceira
fase, conhecida como segunda revolução industrial, iniciou nos anos 50, na qual tem-
se uma substituição gradual da mão-de-obra exercida com ou sobre a maquina por
sistemas automatizados. Essa mudança se mostra uma possibilidade interessante
para a construção civil pois assim pode-se adequar a produção realizadas pelas
maquinas para exigências especificas de cada obra. Um exemplo são as centrais
automáticas de produção de concreto que podem produzir concretos de diferentes
traços.
Na construção civil, o inicio do processo industrial se deu pela utilização de
peças de concreto pré-fabricadas, o que promoveu um salto de qualidade nos
canteiros de obras, pois através de uma produção mais controlada, materiais de
melhor qualidade e mão-de-obra treinada, as obras se tornaram mais organizadas e
seguras (BAPTISTA, 2005).
INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO FECHADO

Segundo Bruna (1976), após o período de pós-guerra na França, devido a


necessidade de uma rápida reconstrução do país, foram utilizados em grande escala
os elementos pré-fabricados de concreto armado, com dimensões aproximadas de
0,60 a 0,90 x 2,50 x 0,20 m, pesando cerca de uma tonelada montados em uma
estrutura portante convencional. Porém, os tamanhos reduzidos dos painéis geravam
diversas juntas verticais, de difícil execução, sendo necessária a utilização de painéis
de maiores medidas, reduzindo assim o numero de juntas. Estes elementos
cresceram ao ponto de atingirem o tamanho de um vão completo, como resultado, as
juntas passaram a existir apenas entre elementos transversais e longitudinais, as
quais são ligações de maior facilidade na execução.
Conforme Ferreira (2003 apud PIGOZZO, 2005), os sistemas pré-fabricados de
ciclo fechado representaram a tecnologia dominante na construção civil, sendo
adotados os mesmos conceitos de outros setores em busca da produção em série
com alto índice de repetibilidade dos elementos pré-moldados.
Desta forma, os edifícios, principalmente os residenciais, passaram a ser
subdivididos em grandes elementos, em geral, painéis-parede, que eram fabricados
em usinas fixas ou móveis ao pé do canteiro e montados por gruas, com equipes
reduzidas de operários (BRUNA, 1976).
Segundo Baptista (2005), o maior problema do sistema Industrial de Ciclo
Fechado de grande série é que os sistemas mais difundidos sofrem com grandes
limitações no âmbito inventivo e mal orientados do ponto de vista cultural, pois
procuram uma solução do problema tecnológico e não de um ponto de vista global.
Outra dificuldade encontrada estava relacionada aos custos da mão-de-obra
da produção, pois para diminuir tais custos, houve um incremento na mecanização,
assim concentrando as operações em usinas moveis ou fixas, gerando um acréscimo
nos custos dos equipamentos e conseqüentemente na parcela de amortização. Para
rebater este aumento de custos, houve a necessidade de se produzir séries maiores
de elementos, porém com os mesmo equipamentos, para que o acréscimo fosse
dividido de forma uniforme. Novamente o setor se deparou com um aumento de
gastos, pois era preciso se produzir de forma mais racionalizada e com maior precisão.
Desta forma, aumentaram-se as despesas com programação e projeto, e assim
novamente o tamanho das séries cresceu (BRUNA, 1976)
A logística de transporte de elementos também gerou um problema. Haviam
três possíveis casos, um primeiro quando considerada a existência de uma usina
móvel capaz de suprir a necessidade do canteiro de obras, como segundo caso havia
a possibilidade da inexistência de usina, inviabilizando o processo, e um terceiro
possível cenário aonde o canteiro de obras estaria situado no raio limite de atuação
de uma usina fixa. O maior problema do terceiro caso não era a distancia de
transporte, mas sim o tamanho da série a ser produzida. Desta maneira, quanto maior
fosse a série contratada, mais viável tornar-se-ia a industrialização, amortizando os
custos do projeto e dos equipamentos (BRUNA, 1976).
Sendo assim, o sistema de ciclo fechado se mostrou ser uma solução para
produção em grande escala, porém pouco permitia a flexibilidade arquitetônica por
conta de sua padronização e modulação fechada. Não era possível modificar uma
linha de produção em curtos espaços de tempos, quanto mais mecanizada fosse a
produção, menos elástica era a possibilidade de modificações no ciclo produtivo.

INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO ABERTO

Em um segundo momento, surge na Europa o Sistema de Pré-fabricados de


Ciclo Aberto, que tem como finalidade a criação de técnicas, tecnologias e
procedimentos de pré-fabricação mais flexíveis, menos rígidos, ou seja, realizar uma
produção de peças padronizadas compatíveis com diferentes elementos de diversos
fabricantes. Segundo Koncz (1977), fala-se em sistema aberto, quando o sistema
construtivo pode ser uma prescrição para a classificação dos componentes
introduzidos no mercado, e adquiríveis em distintas empresas.
Para Koncz (1977), uma forma de diferenciar os sistemas de pré-fabricados de
ciclo fechado e de ciclo aberto, é que o primeiro tem como produto industrializado o
edifício finalizado, enquanto para o segundo, o produto industrializado é o componente
a ser utilizado na construção.
Baptista (2005) comenta que os elementos assim produzidos poderão ser
combinados entre si numa grande variedade de modos, gerando os mais diversos
edifícios e satisfazendo uma larga escala de exigências funcionais e estéticas. É
preciso, porém, que os componentes feitos dos mais diversos materiais possuam as
características básicas de um sistema aberto, ou seja, devem ser:
 Substituíveis por outros de diferentes origens.
 Intercambiáveis para que possam assumir diferentes posições dentro de uma
mesma obra.
 Combináveis para formarem conjuntos maiores (aditividade de termos).
 Permutáveis por uma peça maior ou por um número de peças menores.
 Salas (1981 apud Pigozzo et al. 2005) comenta algumas características que
definem os sistemas de pré-fabricados abertos:
 A coordenação dimensional possibilita unir o maior número de elementos e
produtos de distintas procedências;
 O catálogo de elementos padronizados possibilita ao usuário uma informação
exaustiva sobre o produto, de modo a facilitar o seu emprego;
 O raio de ação é tanto maior quanto mais específicos sejam os elementos pré-
fabricados;
 A flexibilidade dos processos de produção, de modo a atender encomendas de
produtos especiais, tirando de linha produtos que se tornaram obsoletos, combatendo
a tendência de fechamento paulatino do processo etc.
 A montagem dos componentes pré-fabricados por terceiros, já que os
fabricantes preferem se responsabilizar, sobretudo, pelo bom comportamento de seus
produtos;
 A possibilidade de manter elementos de catálogo em estoque, especialmente
se ocupar pouco volume.
Conforme Bruna (1976), para obter-se flexibilidade no sistema, era necessária
padronizar a fabricação com características básicas de um ciclo aberto de produção.
Era imprescindível que se preciso fosse, houvesse a possibilidade de substituir estes
elementos por peças de diferentes fornecedores, assim como realizar a combinação
entre peças de fornecedores distintos. Desta forma, a dificuldade maior estava na
necessidade em estabelecer critérios aceitáveis para todos os participantes da cadeia
produtiva do sistema aberto de industrialização, projetistas, fabricantes ou
construtores. Com o intuito de coordenar esses elementos foi criado um acordo
dimensional das peças pré-fabricadas, nomeado coordenação modular, que passou a
ser uma condição essencial para industrializar a construção civil.
Conforme Ferreira (2003), o modelo de fabricação de ciclo aberto foi
amplamente utilizado na Europa, como na Inglaterra, onde os painéis pré moldados
para fachadas apresentaram-se como os elementos que melhor se adequavam para
o fechamento de uma construção industrializada. Utilizando-se painéis fora do eixo da
estrutura, o parâmetro de compatibilidade painel-estrutura além de ser a modulação,
passou a ser também a padronização das soluções tecnológicas entre as suas
interfaces, como sistemas juntas e ligações.
Tratando-se da pré-fabricação brasileira, Campos (2003) diz que existe uma
grande influencia dos sistemas de ciclo aberto baseado no uso intensivo de
componentes desde a década de 90. Prova disso está na transição de várias
empresas brasileiras de sistemas pré- fabricados fechados para galpões industriais,
para fabricantes de componentes para sistemas abertos, entre estes: lajes alveolares,
painéis arquitetônicos e estruturas baseadas no conceito de pré-fôrmas.

INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO FLEXIBILIZADO

Um novo sistema de pré fabricação surge na Europa, apresentando novas


tendências e inovações, segundo Elliot (2002). Esta, tida como terceira geração de
sistemas pré fabricados para edificações, vem criando forma na Europa nas ultimas
décadas e possui um alto grau de especificação. Dentro desta nova tendência, a
combinação entre sistemas construtivos, como os de concreto, aço e madeira, foi
empregada com maior freqüência.
Conforme Ferreira (2003), os sistemas de ciclos flexibilizados abrangem tanto
aspectos existentes nos sistemas de ciclo fechado quando de ciclo aberto. De fato, o
conceito de sistemas flexibilizados na produção vai além da fábrica, com a
possibilidade da produção de componentes no canteiro, dentro de um sistema com
alto grau de controle da qualidade e de organização da produção.
Ferreira (2003) ainda menciona que a modulação criada no sistema de ciclo
aberto continua tendo grande importância como parâmetro de controle nos elementos
do edifício, porém quando estamos tratando da fachada, a modulação perde
importância, salvo em questões de produção e montagem, dando uma maior
flexibilidade na composição e projeto. Os sistemas de ligações e de juntas nas
interfaces entre os elementos passa a assumir uma importância fundamental para
viabilizar todo o potencial industrial no sistema construtivo pré- fabricado.
Um dos principais entraves para o avanço tecnológico no setor é a
padronização das soluções tecnológicas destes sistemas de ligações e juntas.

SISTEMAS CONSTRUTIVOS

Em primeiro lugar, podemos definir um sistema construtivo como o conjunto


de técnicas e tecnologias utilizadas para a construção de um edifício. Dessa
maneira, os métodos construtivos correspondem à estrutura de uma casa ou prédio
e servem para dar sustentação ao mesmo.
As principais técnicas utilizadas atualmente são: alvenaria tradicional,
alvenaria estrutural, wood frame, steel frame, concreto pré-moldado, paredes de
concreto, container e concreto PVC.
Mas não precisa se preocupar com o que cada um significa – pelo menos por
enquanto. Mais adiante, explicaremos as características de todos.
A escolha do melhor sistema construtivo não é aleatória. Na verdade, é
recomendado que o engenheiro civil ou arquiteto responsável pela obra realize
um estudo preliminar para determinar qual o método ideal para cada caso.
Para isso, o profissional precisa considerar as necessidades dos clientes, o
tipo de construção, questões ambientais, orçamento, tempo de obra, materiais, mão
de obra disponível etc.
Optar pelo sistema construtivo adequado tem muitas vantagens, incluindo um
processo de construção mais simples, melhor controle de qualidade e redução de
desperdício. Além disso, ainda é possível reduzir custos e tornar um edifício de alta
qualidade mais acessível.

TIPOS DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS

8.1 Alvenaria Convencional

Figura 2: Construção de alvenaria.


Fonte: https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/
A alvenaria convencional ou de vedação é um dos sistemas construtivos mais
comuns no Brasil.
É provável que o principal motivo para a sua popularidade seja o fato de não
exigir uma mão de obra muito especializada. Assim, praticamente qualquer
profissional da construção civil está familiarizado com as construções em alvenaria.
Basicamente, a construção de uma casa em alvenaria convencional é
composta por tijolos cerâmicos que funcionam como divisórias para os ambientes.
Já a parte estrutural da edificação fica por conta de vigas, pilares e lajes de
concreto, que criam uma estrutura de sustentação.

Figura 3: Casa de alvenaria.


Fonte: https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/

Figura 4: Construção.

Fonte: https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/
A alvenaria convencional é um dos sistemas construtivos mais tradicionais
em qualquer lugar do país. Contudo, existem pontos positivos e negativos que
precisam ser considerados.
 As principais vantagens deste método são:
 Facilidade para encontrar os materiais de construção;
 Custo mais baixo em comparação com outros métodos;
 Disponibilidade de mão de obra;
 A estrutura suporta vãos grandes e médios;
 Maior facilidade para futuras reformas e/ou alterações no projeto.

 Já as desvantagens da construção em alvenaria são as seguintes:


 O tempo de execução da obra é longo;
 Gera muitos entulhos e resíduos;
 Desperdício de 15 a 30% de materiais durante a obra;
 Existe a possibilidade de surgir trincas, fissuras e outros problemas no futuro.
ALVENARIA ESTRUTURAL

Figura 5: Alvenaria estrutural


Fonte: https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/
É provável que você já conheça algumas construções feitas em alvenaria
estrutural. Este método construtivo também é bastante utilizado em diversos tipos
de edificações, principalmente residenciais e comerciais.
As construções de alvenaria estrutural utilizam blocos de concreto ou
cerâmicos fabricados especialmente para esse fim. Para tanto, os materiais
possuem propriedades específicas que ajudam na estruturação do edifício.
Dessa maneira, os vigamentos, vergalhões e pilares são embutidos nos
tijolos nos locais determinados no projeto elaborado pelo engenheiro civil. Isso
ajuda a reduzir significativamente a quantidade de concreto, ferro e madeira para a
obra.
Diferentemente da alvenaria convencional, neste sistema construtivo, há a
necessidade de mão de obra mais especializada. Afinal, há um grande risco de
acidentes no local se as paredes que sustentam a construção não forem niveladas
adequadamente.
Para as construções com mais que quatro pavimentos, é recomendado que
o engenheiro indique a utilização de barras de aço para deixar a estrutura mais
resistente.
Dentre as vantagens das construções em alvenaria estrutural, podemos destacar:

 Maior agilidade na construção;


 Redução da quantidade de pessoas trabalhando na obra;
 Mais econômico financeiramente;
 Reduz gastos com reboco;
 Maior durabilidade do material, reduzindo a necessidade de manutenção;
 Menos desperdício de materiais;
 Facilita o planejamento da obra;
 Menor grau de dificuldade para a construção.

Em contrapartida, os pontos negativos incluem:


 Limitação nos vãos livres;
 Não é possível remover as paredes sem colocar algum elemento estrutural
para substituí-las;
 Não oferece muita liberdade estética para os projetos arquitetônicos, já que
a estrutura não pode ser alterada.

WOOD FRAME

Figura 6: Wood Frame.


Fonte: https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/

O wood frame é um dos sistemas construtivos mais populares em outros


países, como Estados Unidos e Canadá. Aqui no Brasil, a técnica ainda é pouco
utilizada, mas vem crescendo nos últimos anos. Por isso, é importante entender
como funciona.
De maneira geral, o método construtivo wood frame é composto por perfis de
madeira – geralmente de reflorestamento, como o pinus. A madeira maçica é
coberta por um sistema de proteção contra o vento que, normalmente, é feito com
drywall (ou gesso acartonado), placas cimentícias ou chapas de OSB (um painel
com tiras de madeira).
Para garantir maior durabilidade e proteger contra cupins e umidade, é
importante que a estrutura de madeira seja autoclavada. Além disso, os
componentes da construção devem receber um tratamento específico para garantir
que estrutura resista ao fogo.
Normalmente, os edifícios de wood frame são relativamente leves e peso é
distribuído igualmente entre das paredes. Por isso, a fundação radier – que é
semelhante a uma laje de concreto armado – é bastante utilizada.
Além disso, a sapata corrida – uma estrutura de concreto armado que fica
logo abaixo das paredes – também pode ser utilizada para reforçar a estrutura.
Mas não precisa se preocupar com esses termos técnicos por enquanto.
Caso opte por este sistema construtivo, o engenheiro responsável deverá fazer um
estudo do solo e indicar as principais recomendações antes de iniciar a obra.
As construções com o método wood frame têm as seguintes vantagens:
 Menor tempo de construção;
 Maior precisão ao executar a obra;
 Alto isolamento térmico e acústico;
 Pouco desperdício de materiais;
 Possibilidade de criar vãos espaçosos;
 Pequena quantidade de resíduos.

Como todo sistema construtivo, também existem alguns desafios, como:


 Necessidade de mão de obra especializada;
 Limitação na quantidade de pavimentos;
 Necessidade de cuidados para proteger a madeira.

STEEL FRAME

Figura 7: Steel Frame.


Fonte: https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/

O sistema construtivo steel frame, também conhecido como light steel


frame é parecido com o wood frame. Basicamente, a estrutura da edificação é feita
da mesma maneira que o método com madeira. Entretanto, o material utilizado no
steel frame é o aço.
Com esta técnica, os perfis de aço galvanizado compõem o esqueleto da
estrutura e o fechamento fica por conta de placas de madeira, cimentícias ou de
drywall.
Uma característica que chama a atenção é montagem relativamente simples.
Para uma construção deste tipo, a fundação é simples e boa parte da estrutura já
chega ao canteiro de obras pré-executada.
A forma de montagem mais utilizada consiste em cortar os perfis de aço nas
medidas do projeto e montar os painéis estruturais no canteiro de obras.
Além disso, é possível comprar os painéis nas medidas certas e levar para o
local apenas para a montagem. Essa técnica de montagem garante mais agilidade
e reduz os gastos com mão de obra.
As instalações elétricas e hidráulicas ficam no interior dos painéis e podem
ser instaladas facilmente, sem muita bagunça.

O grande diferencial do steel frame em comparação a outros sistemas


construtivos é que ele proporciona uma obra “limpa”. Ou seja, os resíduos gerados
durante a construção são mínimos e o consumo de água é praticamente inexistente.
Outras vantagens incluem:
 Reduz o tempo de obra em até ⅓ em comparação à alvenaria convencional;
 Bom desempenho acústico e térmico com a instalação de lã de vidro entre
as paredes e forro;
 Mínimo desperdício de materiais;
 Maior resistência;
 Maior flexibilidade para os projetos arquitetônicos;
 Manutenção da estrutura facilitada;
 Não apresenta riscos, como fissuras, rachaduras e trincas;

Em contrapartida, as principais desvantagens são:


 Dificuldade para encontrar mão de obra especializada;
 Custo mais alto em comparação com outros sistemas construtivos;
 Limitação na quantidade de pavimentos.

PAREDES DE CONCRETO

Figura 8: Paredes de concreto.


Fonte: https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/

Este método construtivo é relativamente recente e passou a ser mais utilizado


em obras residenciais principalmente com o aumento da demanda das casas
populares.
A tecnologia das paredes de concreto permite construir edifícios de até cinco
pavimentos. Além disso, as construções podem ter até trinta pavimentos em alguns
casos mais específicos.
De maneira simples, a técnica consiste em paredes estruturais maciças feitas
com concreto armado. Para fazer as paredes, utiliza-se moldes metálicos, de
madeira ou de plástico que, posteriormente, são preenchidos com concreto.
Esse processo é feito in loco, ou seja, no canteiro de obras e as instalações
elétricas e hidráulicas ficam embutidas no concreto. Assim, as medidas podem ser
adaptadas de acordo com o projeto arquitetônico.
Como os moldes de concreto são personalizáveis e caros, este tipo de
sistema construtivo pode ser inviável para a construção de apenas uma residência,
por exemplo.
Já as construções de larga escala, como condomínios e edifícios
residenciais, podem se beneficiar deste processo, já que as formas podem ser
reutilizadas várias vezes.
Nesses casos, as paredes de concreto apresentam várias vantagens,
incluindo:
 Rápida execução da obra;
 Maior controle do prazo de construção;
 Baixa geração de resíduos;
 Alta durabilidade;
 Maior segurança estrutural;
 Resistência a altas temperaturas.

Dentre os pontos negativos, podemos destacar:


 Baixo isolamento térmico e acústico;
 Não é possível fazer alterações após a construção;
 Não há possibilidade de improvisar durante a obra;
 Preço elevado para construções em pequena escala.

CONCRETO PRÉ-MOLDADO

Figura 9: Concreto pré-moldado.


Fonte: https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/

Apesar de utilizar a mesma matéria-prima, o sistema construtivo de concreto


pré-moldado é diferente do anterior. A principal diferença está na maneira como as
peças de concreto são fabricadas.
No método do concreto pré-moldado, a estrutura de concreto é moldada na
fábrica em um processo industrial de grande escala. Em seguida, o material é
transportado até a obra e instalado no local adequado.
O concreto pré-moldado é bastante utilizado, especialmente em galpões e
empresas de grande porte. Nesses casos, a estrutura de concreto costuma ficar
aparente. Mas, para garantir uma aparência menos grosseira, é possível utilizar
placas cimentícias ou drywall.
Em algumas construções, este método pode apresentar um bom custo
benefício. Porém, é preciso analisar o tipo de construção e as limitações, já que o
transporte das peças pode ser complicado.
As principais vantagens de construir com o concreto pré-moldado são:
 Maior velocidade na execução da obra;
 Economiza espaço no canteiro de obras;
 Pouca geração de resíduos;
 Sustenta vários pavimentos;
 Possibilidade de criação de grandes vãos: de acordo com o projeto, é
possível ter áreas de 30 até 60 metros de altura.

Por outro lado, o concreto pré-moldado apresenta os seguintes desafios:


 Pouca flexibilidade para os projetos;
 Alterações no projeto pode desperdiçar peças inteiras;
 Necessidade de mão de obra e equipamentos especializados.

CONCRETO PVC

Figura 10: Concreto de PVC.


Fonte: https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/

O concreto PVC é um sistema construtivo modular composto por painéis de


PVC que dão forma às paredes (internas e externas). Eles servem tanto para a
função estrutural quanto para dar acabamento aos ambientes.
A instalação é prática: os painéis são fabricados nas medidas de cada projeto
e chegam prontos ao canteiro de obras. Então, eles são encaixados uns aos outros,
funcionando como o esqueleto da edificação.
Depois da montagem, é hora de instalar os componentes elétricos e
hidráulicos dentro dos perfis de PVC. Em seguida, os painéis são preenchidos por
concreto para garantir que a estrutura fique firme.
Além disso, em alguns projetos, pode ser necessário utilizar o aço estrutural
para reforçar a resistência.
Assim como em outros sistemas construtivos, como o steel frame, as
fundações para esse tipo de obra são bem simples. Em construções com apenas
um pavimento, uma laje radier é suficiente para suportar a estrutura.
É válido citar que o PVC é lavável e pode ser encontrado em diversas cores.
Por isso, os painéis também podem servir como acabamento, dispensando outros
gastos.
Mas, quem pretende aplicar tinta, pisos ou papel de parede, por exemplo,não
precisa se preocupar. O material também permite a aplicação de diversos tipos de
revestimentos.
O esquema abaixo ilustra como uma casa pode ser construída com este
método:
Figura 11: Esquema de parede de PVC.

Fonte: https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/
As vantagens de construir utilizando o Concreto PVC são:
 Mínimo desperdício de materiais;
 Canteiro de obras limpo e organizado;
 Maior agilidade na construção, podendo ser 3 vezes mais rápido do que uma
construção em alvenaria;
 Bom isolamento térmico e acústico;
 Permite alterações após a construção;
 Menos pessoas trabalhando na obra.

Por outro lado, as desvantagens são:


 Custo elevado;
 Dificuldade para encontrar fornecedores;
 Baixa disponibilidade de mão de obra especializada;
 Apresenta pequenas vibrações na estrutura, por isso, não é recomendável
para locais com ventos intensos.

CONTAINER

Figura 12: Casa Container


Fonte:
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fbr.pinterest.com%2Fpin%2F3624694700086
20271%2F&psig=AOvVaw0t6F2qL6eQ_hLHvHc1F1em&ust=1605708022226000&source=images&cd
=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCLjw59Xeie0CFQAAAAAdAAAAABAD

De uns tempos para cá, as construções em container estão se popularizando


no país, especialmente entre aqueles que buscam uma solução econômica e
sustentável.
Assim, o material que era utilizado de forma mais grosseira, principalmente
em escritórios e depósitos nos canteiros de obras, ganhou destaque na arquitetura
e construção civil.
Não é difícil entender as razões, já que as construções em container possuem
uma aparência moderna e industrial que está em alta no momento. Mas, quem
pretender construir com esta técnica precisa ir além do aspecto visual.
Primeiramente, a estrutura do container precisa passar um processo de
preparação que inclui: serralheria, funilaria e pintura. A fase de preparação pode
ser feita na fábrica ou mesmo no canteiro de obras, dependendo das características
do projeto.
Este tipo de construção também possui algumas regras específicas para ser
legalizado. Por exemplo, o laudo de habitabilidade certifica que a estrutura é segura
e não está contaminada com agentes químicos, biológicos e radioativos.
Uma das principais vantagens de utilizar o container na construção civil é a
sustentabilidade pois o material é reutilizado. Por isso, o container pode ser
considerado um dos principais métodos construtivos alternativos.
Além disso, existem outras vantagens:
 Redução de entulho no canteiro de obras;
 Rapidez na execução do projeto;
 Flexibilidade/mobilidade, pois a estrutura pode ser desmontada e montada
novamente em outro local;
 Baixo custo;
 Economia de materiais de construção como areia, cimento, tijolo etc;
 Não precisa de fundação e terraplanagem;
 Durabilidade.

Por outro lado, as construções em container apresentam alguns desafios e


cuidados, como:
 Necessidade de espaço amplo para manobra de guindastes;
 Exige cuidados específicos para garantir isolamento térmico e acústico;
 Necessidade de tratamento adequado para evitar ferrugem.

REFERÊNCIAS

ABCP. Associação Brasileira de Cimento Portland, 2010.

ABESC. Associação Brasileira de Serviços de Concretagem, 2011.


BAPTISTA. S.M.. Racionalização e Industrialização da Construção Civil.
Universidade Federal de São Carlos 2005. Disponível em <
http://pt.scribd.com/doc/58162057/Racionalizacao-e-industrializacao-na-
construcaocivil>

BRUNA, P. Arquitetura, industrialização e desenvolvimento. São Paulo:


EDUSP/Perspectiva, 1976. Coleção Debates, número 135.

CAMPOS P. E. Novos paradigmas do ciclo aberto: componentes com valor


agregado.

CAMPOS P. E. Sem restrições tecnológicas, os pré-fabricados precisam romper


obstáculos culturais.

CAMPOS, P. E. Sem restrições tecnológicas, os pré -fabricados precisam


romper obstáculos culturais.

CBCA, Centro Brasileiro da Construção em Aço, 2010. Disponível em <


http://www.cbca-acobrasil.org.br/index.php/>.

CESTA. G. Industrialização econômica. Revista TÉCHNE 136 Julho de 2008.

CILIANA. R.C; BAZZO. W.A.. Desperdício na construção civil e a questão


habitacional: um enfoque CTS.

 Sites

https://www.escolaengenharia.com.br/tipos-de-sistemas-construtivos/

https://entendaantes.com.br/sistemas-construtivos/

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