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Engenharia Civil

RELATÓRIO 2: RESSALTO HIDRÁULICO.

Everton Brito Oliveira


Leonardo Augusto Panachi
Lucas Laveli Piovani
Pamela C. Ferreira de Moraes
Vinicius Sertório Madjarof
Wilson Lázaro

ITATIBA/SP
2019
Engenharia Civil

RELATÓRIO 2: RESSALTO HIDRÁULICO.

Everton Brito Oliveira RA: 002201500980


Leonardo Augusto Panachi RA: 002201500531
Lucas Laveli Piovani RA: 002201500980
Pamela C. Ferreira de Moraes RA: 001201603164
Vinicius Sertório Madjarof RA: 002201600117
Wilson Lázaro RA: 002201600131

Relatório sobre ressalto hidráulico apresentado à


disciplina Hidráulica de Canais de Engenharia
Civil da Universidade São Francisco, sob a
orientação metodológica da Profa. Dra. Cristina
das Graças Fassina, como exigência parcial para
obtenção de nota para a N2.

ITATIBA/SP
2019
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1. INTRODUÇÃO

As primeiras utilizações registradas do ferro, foram há cerca de 8.000 anos atrás, em


civilizações antigas, que usavam como adereço em edificações ou fins militares. O uso do ferro em
escala industrial só ocorreu em meados do século XIX, com a 1º Revolução Industrial. Os primeiros
empregos do aço em edificações tiveram como referência a construção do Palácio de Cristal de
Londres, em 1851, com sistemas de fabricação e montagem muito semelhantes ao que é usado nos
dias de hoje.
A utilização do aço no Brasil está muito associada com a história do país. Como na primeira
fase do uso, em meados dos séculos XX, não existiam indústrias siderúrgicas, logo importavam-se a
maioria de todos os componentes utilizados no país. A segunda fase apareceu no período entre
guerras, o qual ocorreu a paralisação das importações, tornando-se necessário a criação de
indústrias siderúrgicas.
Conforme houve a evolução dos anos, novas tecnologias foram se aperfeiçoando. Visando
melhorias no processo, o sistema construtivo em aço, proporciona a diminuição do prazo de
execução e entrega da obra; alta qualidade decorrente do processo de fabricação ser industrializado,
ajudando assim as próximas etapas do processo de construção. É importante ressaltar que a
montagem da estrutura pode ocorrer inclusive em dias chuvosos, fazendo com que o cronograma
seja contínuo e sem pausas. Um ponto importante a ser ressaltado é que por se tratar de um sistema
de adoção de métodos industrializados, o desperdício é drasticamente reduzido.
Apesar de termos o aço como um importante elemento estrutural para as construções de
casas, hoje utiliza-se muito a alvenaria estrutural, que é um sistema construtivo que são; conjuntos
de tijolos, blocos ou peças sobrepostas fixadas por uma argamassa, formando-se assim um
elemento de junção vertical, com a função de demarcar limites para separação de cômodos e áreas
comuns, a qual também foi desenvolvido para resistir às cargas, em substituição aos pilares e vigas
utilizados no sistema de concreto armado, aço ou madeira (ROMAN; MUTI; ARAÚJO, 1999).
Visando melhorias nos sistemas construtivos, novos elementos de construção foram sendo
criados e adaptados, baseados neste contexto o presente estudo visa demonstrar técnicas
construtivas que viabilizem uma solução inovadora que trará além de agilidade na execução, pouco
resquício de material e principalmente sustentabilidade a obra.
O Concreto-PVC foi desenvolvido no Canadá em meados de 1970 e atualmente está
presente em mais de 110 países pelo mundo. Formado por perfis leves e modulares de PVC, os
elementos são encaixados e preenchidos com aço e concreto, resultando em um material com alta
resistência mecânica e com inumeráveis qualidades construtivas, tais como o isolamento térmico e
sonoro, sendo inclusive economicamente viável em aproximadamente 20% no valor total da obra,
devido à grande redução dos custos de mão de obra.
Neste contexto, este estuda visa apresentar uma solução rápida, econômica,
sustentável e digna em casas populares com ênfase em deficit habitacional devido a desastes
humanitários de grandes proporções, como rompimento de barragens, inundações, furacões e etc.
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Para isso, aplicaremos as normas ABNT vigentes e utilizaremos software para desenvolvimento do
projeto além de efetuarmos a comparação entre o sistema convencional x sistema industrializado

1.1 Justificativa

O material estudado possui características sustentáveis, e tem como principal elemento de


construção o PVC (Poli cloreto de polivinila), que é um material classificado como versátil por aceitar
diversos aditivos (plastificantes, estabilizantes e etc.) capazes de modular para que se chegue em
um produto final de alta qualidade e boa resistência mecânica. Além de ter sua matéria prima
facilmente encontrada em nosso cotidiano como, frascos de água mineral, materiais de limpeza,
higiene e etc.
Visando dar ênfase na construção industrializada, o aço tubular é um importante material do
sistema construtivo, portanto, poderá ser utilizada como elemento estrutural, devido ao mesmo
possuir alta resistência mecânica à tração e comercialmente ser mais viável que outros tipos de
seção, deixando claro também que o índice de desperdício de material na obra é praticamente zero.
Com esse contexto de sustentabilidade, o estudo visa a construção de casas populares para
pessoas que possuem baixa renda ou por algum motivo disperso foram desalojadas de sua
residência, citando por exemplo, casos como desastres humanitários de grandes proporções.
A partir desta problemática, é possível construir um aglomerado de casas populares
sustentáveis, com rapidez, alto custo benefício, além de baixo índice de desperdício de material.
Tudo isso, visando uma obra de qualidade, para que se dê ênfase em dar maior viabilidade aos
projetos habitacionais.

1.2 Objetivo

O presente estudo tem por objetivo estudar e comparar as técnicas construtivas presentes no
mercado, a fim de dar ênfase em métodos industrializados que trarão sustentabilidade, baixo
desperdício de material, alto custo benefício e rapidez na execução da obra.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 - Histórico da construção no Brasil

2.1.1 - Implantação da indústria base

As primeiras industrias apareceram no Brasil, no final do século XIX, intensificado no final da


década de 1930 – antes da segunda grande Guerra - e, após alguns retrocessos, amadurecida na
década de 1970. (SANDRONI, 1989).
A iniciante indústria brasileira, na década de 1930, era descapitalizada e sem incentivo por
parte do Estado, logo finita à produção de bens de consumo leves, dependente da importação de
bens de capital, como os maquinários e todo tipo de material necessário para a construção de
prédios, pontes e toda a parte de infraestrutura.
Fomentado por ideias nacionalistas, motivados pelos bloqueios impostas pela Guerra, o
Governo Vargas adotou medidas que começou um processo de diversificação e amadurecimento do
parque industrial brasileiro. A Figura 1 abaixo mostra a Participação de segmentos da indústria, na
formação da produção industrial.

Fonte: BONELLI, apud ASSIS, 1999, p. 18.


Figura 2 – Participação de segmentos da indústria, na formação da produção industrial

É possível notar que de maneira oposta de economias tradicionais, onde a industrialização se


iniciou com a industrias pesadas de produtos duráveis (indústria de base), no Brasil - como é
característico de em países de industrialização atrasada, o processo seguiu outros caminhos. As
industriais que mais se desenvolveram foram: cimento, siderúrgico, metalúrgico, papel, material
elétrico.
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2.1.2 - Plano de metas

Os economistas e analistas da época, o Brasil atravessava, desde a década de 1930, por


uma evolução não planejada em seu parque industrial decorrente de um bloqueio de importações, e
essa falta de planejamento acarretaria em constantes desequilíbrios no balanço econômico do País.
O Plano de Metas foi elaborado para suprir essa falta. O Plano visava cinco setores básicos da
economia, envolvendo várias metas cada um, para os quais os investimentos públicos e privados
deveriam ser destinados. Os que mais recursos retiveram foram energia, transportes e indústrias de
base, num total de 93% dos recursos destinados. As metas eram ousadas e, em sua totalidade,
alcançaram resultados positivos. A prosperidade das indústrias de base, fundamentais ao processo
de industrialização, foi de aproximadamente 100% nos anos de 1956-1961, na duração do plano de
50 anos em 5. A Figura 2 abaixo mostra a Previsão de “Tempos” no plano de investimentos do
Governo JK. (SUELY, 1999)

Figura 2 – Previsão de “Tempos” no plano de investimentos do Governo JK (adaptado de


SUELY, 1999).

2.1.3 - Milagre econômico

O período 1968-1973 ficou conhecido como “milagre econômico”, em resultado das


excepcionais taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Um outro fator que auxiliou o
“milagre” é que paralelo ao rápido crescimento estava junto a decadente inflação no que diz respeito
do baixo padrão brasileiro. (GIAMBIAGI, 2008)
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A Figura 3 abaixo mostra os Indicadores Macroeconômicos Selecionados 1968-1973.

Figura 3 – Brasil: Indicadores Macroeconômicos Selecionados - 1968-1973


Fonte: Apêndice Estatístico em Giambiagi et alii (2005).

A tabela 3 nos mostra melhor, os resultados que acarretaram no “milagre econômico”, a alta
taxa do PIB subindo de 9,8% a.a. em 1968 para 14% a.a. em 1973, a inflação, desceu de 25,5% em
1968 para 15,6% em 1973.
Algumas interpretações podem ser encontradas em literaturas e divididas em três grandes
grupos que enfatizam os fatores determinantes para o “Milagre”, segundo Gomes:

 A política econômica do período 1968-1973, com destaque para as políticas monetária


e creditícia expansionistas e os incentivos às exportações;
 O ambiente externo favorável, devido à grande expansão da economia internacional,
melhoria dos termos de troca e crédito externo farto e barato;
 As reformas institucionais do PAEG, em particular as reformas fiscais/tributárias e
financeira, que teriam criado as condições para a aceleração subsequente do crescimento. (GOMES,
2003, p. 462)

Com altas aplicações em obras públicas e infraestrutura durante esse período, ressaltando
que a maior parte do dinheiro utilizado para viabilizar as obras foi oriundo de empréstimos
internacionais em resultado da grande melhoria no ambiente externo favorável, por consequência, o
aumento da dívida externa do Brasil. Logo após esse período 1968-1973 foi observado uma taxa de
desaceleração da economia, acarretando no próximo período, conhecido como a “Década perdida”.
(GIAMBIAGI, 2008)

2.1.4 - A década perdida

O período 1980-1990 ficou conhecido como de década perdida em termos de


desenvolvimento econômicos. Ao longo da década de 1980, a ciranda financeira e as altas taxas de
inflação, com a consequente perda do poder de compra dos salários, foram responsáveis por um
período de paralisação na produção industrial e de baixo crescimento econômico. Os sinais da
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desaceleração ficaram claros já na segunda metade da década de 70. Perto do fim da década, o
governo norte americano aumentaria unilateralmente as taxas de juros, que antes os créditos eram
fartos e baratos, tentando exportar sua crise interna para os países da periferia. Além disso, a
Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) decidiu remodelar o mercado internacional do
combustível, aumentando duas vezes os preços internacionais do produto, em 1973 e 1979. Os preços
do petróleo nesse período aumentaram várias vezes, gerando sérias impedimentos para os países
importadores, entre eles estava o Brasil. Costuma-se dizer que os anos 80 foram o enterro da expansão
vivida nos anos 70, que ficou conhecida como milagre econômico. (IPEA, 2012)

2.1.5 - Programas federais de incentivo à construção

Com a finalidade de restabelecer a economia, aumentar a aplicação de capital no segmento


da construção, responsável por grande parte de Produto Interno Bruto (PIB), e voltar a impulsionar o
desenvolvimento do Brasil, no período de 1990-2010 o governo federal criou programas federais de
incentivo como:
 Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H – 1998);
 Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV – 2009);
 Programa de Aceleração do Crescimento (PAC – 2007);
 Programa de Restauração e Manutenção de Rodovias (CREMA – 2010). (SCNC,
2018)
No decorrer da história da industrialização brasileira, da década de 30 aos dias de hoje, o
processo atravessou várias etapas, de altos e baixos, cujo o método de produção, organização,
tecnologia utilizada e os tipos de produtos produzidos modificaram conforme o avanço dos anos e as
necessidades do país (FIORI, 2004; TAVARES, 1999).

2.2. Elementos da construção civil

2.2.1. - Fundação;

Fundações são componentes que têm a finalidade de disseminar o carregamento de


uma construção para o ponto resistente ao solo sem acarretar o rompimento do terreno de
edificação. Também chamado como alicerce.
A opção do modelo de estrutura a ser usado em uma fundação será com base na
intensidade da carga e profundez da camada que resiste ao solo. Através destas duas
informações, define-se a escolha que por fim é mais em conta, e que possua um tempo de
execução menor e que atenda as normas de segurança.
As fundações são separadas em dois grupos: Fundações superficiais (ou rasas ou
diretas) e fundações profundas. Conforme a NBR 6122/1996; as edificações superficiais
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são componentes de fundação em que o peso é dissipado ao terreno, prevalecente pelas
pressões partilhadas perante a base da fundação.
As fundações de superfície são caracteristicamente arquitetadas com pequenas
perfurações do solo, assim não sendo preciso equipamentos grandes para a operação.
Alguns exemplos de edificações superficiais é as sapatas
 Vigas de fundação
 Blocos
 Sapatas associadas;
 Sapatas corridas
 Radiers
 Sapatas isoladas

Fundações profundas é a parte de um todo que transporta o peso ao solo através de sua base, por
sua projeção lateral ou por uma junção das duas. Elas são usadas de modo geral em projetos de grande
porte que necessitam distribuir grandes cargas ao solo, inclusive quando o solo é pobre ou fraco.
(PEREIRA, Caio. 2013).

Inclui neste modelo de fundação


 Estacas
 Tubulões
 caixões.

Figura 4 – Diversos tipos de fundação utilizada nas construções.


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2.2.3. - Estrutura;

Estrutura é a seção que resiste a edificação, e tem como objetivo a resistência das ações e as
enviar ao terreno. Em edificações, os membros principais da estrutura são: fundação, pilares, vigas e
lajes.
As lajes possuem um papel muito importante na construção, elas recebem as cargas de uso e
as distribuem aos apoios, consequentemente travando os pilares e distribuindo as ações horizontais
mutuamente, através dos componentes do contraventamento.
As vigas têm como objetivo fazer a delimitação das lajes, assim suportando as paredes e
recebendo toda a ação das vigas e lajes, e assim transmitindo para os apoios.
A função dos pilares consiste em receber as ações e cargas de todo o conjunto, como, piso
superior, laje e vigas assim transmitindo para a fundação;
Os pilares juntamente ligados as vigas constituem pórticos, eles são responsáveis pela
resistência da construção as ações de chuva vento ou assim dizendo as sobrecargas, que podem
atuar na construção assim sendo usado como componente de contra ventar. (DE FARIA LINARDI,
Sergio. 2014 (ABNT, 1996).

Figura 5 – Estrutura convencional


Fonte: (blog.construir.arq.br)

2.2.4. - Alvenaria;

As alvenarias constituem-se de blocos cerâmicos com perfurações, que também são


constituídos de cerâmicos maciços ou vazados de concreto. As mesmas não dispõem de nenhum
encargo estrutural (são apenas alvenarias de vedação). As mesmas não possuem objetivo estrutural,
assim possibilitando o corte das paredes para a passagem de eletrodutos e tubulações hidráulicas.
Por tanto, não há um controle para as aspecto mecânico dos blocos e tijolos de concreto. Também
assim não havendo controle para a resistência da argamassa de assentamento.
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A alvenaria é um conceito de construir que permite total isolamento e o respaldo de toda
construção. Esse modo de construção é usado há muito tempo pelo ser humano, caracterizado
essencialmente por tijolos de argila e pedras assim como base fundamental do projeto.
Divergentemente das edificações padronizadas, das quais o intuito assegurar o
“fechamento” das áreas, demarcando assim os distintos fachadas e ambientes, também a mesma
responsável pela funcionalidade da edificação do centro do edifício assim possibilitando a
estabilidade do mesmo. Um exemplo, a construção padronizada utiliza vigas de pilares assim
garantindo a sustentação, tanto que na edificação estrutural a típica alvenaria (assim nomeada de
“parede portante”) tem por objetivo esta função. (ABNT. Alvenaria estrutural. Blocos cerâmicos. Parte
1: Projeto. Parte).

Figura 6 – Construção das divisórias em alvenaria


Fonte : (http://blogpraconstruir.com.br/etapas-da-construcao/paredes/) Pra construir (2018)

2.3 - Inovações Tecnológicas nas construções do Brasil

2.3.1. - Introdução da construção industrializada;

A construção civil tem relevante papel no processo de crescimento do país. O Programa de


Aceleração do Crescimento (PAC) e o de Investimento em Logística (PIL), assim como obras do
Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), têm estimulado a cadeia produtiva da indústria da construção
civil, pela geração de empregos e renda para milhares de trabalhadores, além de ganhos
significativos em escala para o comércio e a indústria nacional.
Como apontado em estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) (2012), o setor precisa elevar
a sua produtividade, face à escassez de mão de obra e demanda crescente para construções
habitacionais e de infraestrutura. Consequentemente, a indústria da construção no Brasil tem grande
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potencial para a industrialização, que permite melhores soluções de custos versus benefícios,
reduzindo o ciclo da construção e seus custos, melhorando a qualidade e potencializando o controle
de desempenho ambiental.
Em contramão da industrializada, a construção tradicional utiliza blocos cerâmicos ou de
concreto, que são dispostos na formação de pilares, vigas e lajes. Tratado hoje como um modelo
artesanal, é caracterizado pela baixa produtividade, precária organização da produção,
imprevisibilidade de tempos e custos, além de enorme índice de desperdício de material e sujeira na
obra.
Entre 1995 e 1999 foram construídos 4,4 milhões de moradias no
Brasil, das quais apenas 700 mil seguindo procedimentos formais
convencionais, isto é, foram executadas por profissionais habilitados e
aprovadas pelos órgãos competentes. Esses dados, segundo Maricatto,
apontam claramente que há muitas necessidades não resolvidas pela produção
formal de mercado. Nas nossas cidades existem “não cidades”, compostas por
“não-casas”, esquecidas pelas universidades, pela mídia e pela sociedade. A
ocupação de áreas periféricas representa, em muitos casos, uma agressão
ambiental significativa, pois são muitas as áreas de proteção ambiental
ocupadas pela população carente (RICARDO, 2008, p.61).

O surgimento da construção industrializada ocorreu com a necessidade de alguns países


reconstruírem rapidamente suas edificações que foram destruídos pelas guerras. Mediante a isso,
foram criados sistemas e equipamentos que permitissem a reconstrução no menor espaço de tempo.

Hoje no Brasil a construção industrializada já ocupa um bom espaço nas obras de grandes
dimensões, principalmente naquelas em que se exige prazos menores de execução. O grande
diferencial do sistema é aliar a velocidade de execução com a segurança em trabalhar com produtos
que possuem rigorosos testes de qualidade, transformando o canteiro de obras em uma linha de
montagem, possibilitando assim a racionalização dos materiais e otimização da mão de obra, devido
ao equipamento e dispositivos dispostos para a montagem.

Ao despertar para a necessidade de melhoria de seus produtos as


empresas do setor da construção civil começaram a buscar uma racionalização
do seu processo de trabalho. Sem uma clara definição de racionalização,
buscaram uma aproximação com a indústria de transformação, procurando
tornar o processo construtivo semelhante a um ambiente fabril. Nessa tentativa,
seguiram diversos caminhos, como: a implantação de processos construtivos
inovadores; a implantação de medidas de aperfeiçoamento do próprio processo
convencional; a pré-fabricação fechada ou total; a pré-fabricação aberta ou por
componentes; a externalização de etapas produtivas a montante do canteiro de
obras, dentre outras (COLOMBO e BAZZO, 1999, p.8)
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O aço é um elemento que teve um desenvolvimento expressivo no Brasil, inicialmente em


estruturas de edifícios de múltiplos pavimentos e, mais recentemente, seu uso é cada vez maior em
estruturas de postos de combustíveis, agências bancárias, agências de automóveis, entre outros.
Elementos como coberturas termo acústicas, que são compostas por aço e isolantes térmicos, são
cada vez mais utilizados em indústrias e em menor grau, em habitações.
O sistema Concreto – PVC é consideravelmente recente em solo brasileiro. Porém no
Canadá, seu país de origem, já fazem algumas décadas de aplicação; com uma ampla variedade de
aplicação nos mais diferentes usos de edificações em até cinco pavimentos.
O sistema é formado por painéis de PVC (Poli cloreto de Vinila) modulares e ocos, que
propiciam leveza no transporte. Em seu interior é previsto canaletas que acoplam longitudinalmente,
de mesmo material, bem como furos transversais (a três alturas) para a passagem de instalações
elétrica hidro sanitária respectivamente, antes de receber o concreto.

2.3.2. - Sistemas pré-fabricados em aço

2.3.2.1 – O aço

O aço vem sendo usado a muitos anos, por causa de suas características torna-se um
material de fácil utilização, alto desempenho técnico, adaptável e resistente às mais difíceis
condições de serviços. Devido a esses atributos, o aço tem substituído vários materiais em todos os
setores da construção. (RODRIGUES, 2006)

Produzido no parque siderúrgico brasileiro e integrado com outros


componentes industrializados, o aço agora, empregado no sistema steel
framing, substitui com vantagens técnicas, econômicas e ambientais, materiais
como tijolos, madeiras, vigas e pilares de concreto; proporcionando um salto
qualitativo no processo produtivo e posicionando a indústria nacional de
construção civil de uma forma mais competitiva frente a um mercado
globalizado. (HERNANDES, 2004, p.1)

O sistema recebe o nome de pré-fabricado, composto pela maioria de seus componentes


industrializados que promovem uma construção com grande rapidez de execução e precisão, em
consequência do uso da alta tecnologia de fabricação com características de tolerâncias bastante
controladas. A medida utilizada nos projetos é o milímetro, colaborando ainda mais com a precisão.
Ele se caracteriza por um esqueleto estrutural composto por perfis leves de aço galvanizado
formados a frio, que tem a função de absorver as solicitações da edificação e, em conjunto com os
outros elementos estruturais, distribuir uniformemente as cargas para as fundações.
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Os aços estruturais aplicados no segmento STEEL FRAME utilizam materiais
com controles da qualidade rigorosos através do suporte das NORMAS e
ESPECIFICAÇÕES AISI e ASTM e os perfis galvanizados leves são
produzidos a partir da matéria prima na forma de BOBINAS LAMINADAS. O
consumo PERFIS LEVES basicamente pressupõem a utilização de processos
de conformação contínua, com altas produtivas e atuando em escalas
adequadas. (RODRIGUES, 2006, p.11)

2.3.2.2 – Perfis de aço estruturais

Os perfis de aço fabricados para a construção civil possuem vários tipos de formatos e
dimensões, além do fácil manuseio que se pode ter pelo fato de tratar de um material de fácil
modelagem. Os perfis laminados são extraídos pelo processo de laminação dos blocos de aço,
limitando a altura das bitolas pelos próprios equipamento que são utilizados na fabricação.

A Figura 1 abaixo mostra as formas ou seções que podem ser fabricados um perfil laminado.

Fonte: Dias; (2006).


Figura 7 – Perfis metálicos.

Como a oferta de perfis laminados de padrão americano é bastante escassa, tornando o


produto muitas vezes viáveis somente em obras de grande porte, onde todo o custo é diluído em
outros custos globais da obra, existem outros dois tipos, os perfis soldados, que são obtidos pelo
processo de composição e solda de chapas, possibilitando uma diversidade de formas e seções, e
os perfis de dobramento a frio.
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Os perfis ainda podem ser obtidos pelos processos de dobramento a frio de
chapas de aço. Embora possuam dimensões padronizadas, podem ser
produzidos pelos fabricantes de acordo com a forma e o tamanho solicitado,
guardadas as limitações dimensionais das suas linhas e processos. De modo
geral, são recomendados para construções leves, sendo utilizados em
elementos estruturais, como barras de treliças, terças, etc. (DIAS; 1998; p.79)

A Figura 2 abaixo mostra as formas ou seções que podem ser obtidos pelo dobramento a frio.

Fonte: Dias; (2006).


Figura 8 – Perfis metálicos a frio.

Segundo Dias (2006), os perfis tubulares podem ser produzidos nos formatos redondos,
quadrados ou retangulares, sendo costurados por soldagem o sem costura. O mesmo afirma que
esses tipos de perfis podem ser utilizados como pilares devidos as suas formas apresentam
resistência a flambagem.

2.3.2.3 - Sustentabilidade

Segundo Garvásio (2008), uma construção Sustentável propõe-se a minimização da


utilização dos recursos naturais e a maximização da sua reutilização, a utilização de recursos
renováveis e recicláveis, a proteção do ambiente natural, a criação de um ambiente saudável e não
tóxico e a procura de qualidade na criação do ambiente construído. Em sua fase final da vida útil, é
possível realizar o desmonte de estruturas que já não são utilizadas e fazer a sua reconstrução em
locais onde são necessárias.

Além disso, se o destino for mesmo a demolição nesse caso poder-se-á


proceder à reciclagem do aço. Note-se que o aço pode ser reciclado inúmeras
vezes sem perder qualquer uma das suas qualidades, contribuindo assim para
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a minimização do consumo de recursos naturais e para a maximização da
reutilização desses mesmos recursos. (GERVÁSIO, 2008, p.7)

2.3.2.4 - Vantagens

De acordo com Hernandes (2004) são inúmeras as vantagens deste tipo de construção, bem
como:

 Redução em 1/3 os prazos de construção quando comparada com o método


convencional;
 O alívio nas fundações, devido ao reduzido peso e uniforme distribuição dos esforços
através de paredes leves e portantes, proporciona custo de 20% a 30% por metro
quadrado inferior ao convencional;
 Desempenho acústico através da instalação da lã de rocha e lã de vidro entre as
paredes e forro;
 Facilita a manutenção de instalações de hidráulica, elétrica, ar condicionado, gás, etc.
 Custos diretos e indiretos menores, devido aos prazos reduzido e inexistência de
perdas comuns nas construções convencionais;
 O aço é o único material que pode ser reaproveitado inúmeras vezes sem nunca
perder suas características básicas de qualidade e resistência. Não por acaso, o aço,
em suas várias formas, é o material mais reciclado em todo o mundo;
 Por conta de suas características naturais, o aço não sofre o ataque de cupins. A
estrutura do telhado em aço galvanizado, portanto, elimina qualquer necessidade de
tratamento e despesas de manutenção;
 Devido à sua comprovada resistência, o aço é capaz de vencer grandes vãos,
eliminando colunas e paredes intermediárias. Com isso, oferece maiores espaços e
confere flexibilidade na concepção e execução de projetos;
 Ao longo de toda a sua história, a arquitetura e a indústria da construção civil
permaneceram estáticas e intocáveis, sobre alguns aspectos. Enquanto outros setores
voltavam-se para uso de materiais alternativos, para economia e o fim do desperdício
de materiais, os sistemas construtivos continuaram tradicionais e, de certa forma, até
conservadores. Isso provocou um crescimento na quantidade de entulho gerado pelas
construções. Esses altos índices estimularam o mercado a repensar sobre ações que
ajudariam no combate ao desperdício e, ao mesmo tempo, na reciclagem de
materiais;
 Os perfis de aço galvanizado não contribuem para a propagação do fogo. São, por
isso, sinônimo de segurança;
 Além da resistência à corrosão, os perfis de aço galvanizado exibem maior
estabilidade dimensional. Ao contrário da madeira, não empenam nem trincam por
18
causa da dilatação. Por isso, são ideais para quem não dispensa qualidade na hora de
construir.

2.3.3. - Concreto PVC

O Concreto-PVC foi desenvolvido no Canadá em meados de 1970, o método construtivo está


disponível no Brasil, a qual tem como pioneira a empresa Royal Technologies. Além disso, o PVC é
um material que gera pouco resíduo na sua fabricação e tem uma redução de custos de operação e
manutenção na sua aplicação, (BRASKEM, 2014).
As vantagens do PVC na arquitetura são a versatilidade, resistência às intempéries (chuva,
vento e maresia), durabilidade, ótima resistência mecânica, solidez e flexibilidade (não racha),
resistência contra o fogo, baixa manutenção, possuí completa imunidade a cupins, fungos; além de
possuir bom isolamento térmico, elétrico e acústico.
O sistema construtivo além de possuír um baixo consumo energético, pode chegar a uma
economia de até 75% se comparado a construção convencional. Também reduz em 97% os
desperdícios e entulhos por ser uma construção planejada e pré-fabricada, economizando até 73% o
consumo de água na obra em relação ao sistema convencional, (BRASKEM, 2014; SCHMIDT,
2013).
A produtividade do sistema é sua principal vantagem, estima-se que o sistema construtivo é
de 2,41 homem-hora/m², portanto em uma obra de aproximadamente 43m² a mesma fique pronta em
torno de 13 a 15 dias.
O sistema desenvolvido pela Royal Technologies possuí 3 espessuras diferentes de parede
64, 100 e 150mm de espessura.

Fonte: Tiago S. Ferrari, Ano 2011


Figura 9 – Modelos de perfis fornecidos pela empresa Royal Technologies.
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O sistema modular é constituído por painéis de PVC ocos que são encaixados verticalmente.
Neste tipo de sistema é recomendando a utilização de radier como fundação estrutural.
Após montados, os perfis têm as tubulações hidráulicas e elétrica instaladas, ocorrendo
posteriormente o preenchimento com aço e concreto.

Fonte: (http://techne17.pini.com.br/engenharia- Fonte: Tiago S. Ferrari, Ano 2011


civil/165/concreto-pvc-285840-1.aspx) Tecnologia (2010) Figura 12 – Sistema de montagem dos painéis.
Figura 10 – Montagem das placas.

Fonte: Tiago S. Ferrari, Ano 2011


Figura 11 – Encaixe dos painéis verticalmente.
20

Fonte: Gisele Cichinelli, 2013 Fonte: (http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/165/


Figura 13 – Posicionamento das armaduras concreto-pvc-285840-1.aspx) Tecnologia (2010)
Figura 14 - Preenchimento com concreto

Fonte: Tiago S. Ferrari, Ano 2011


Figura 15: Preenchimento das placas com concreto

É tipo como uma grande vantagem, além das citadas acima, a redução das etapas no
processo de construção, conforme é visto na figura 5, a placa é praticamente pronta e não há a
necessidade de realizar acabamento, contudo é valido lembrar que o sistema aceita qualquer tipo de
revestimentos, pintura e etc.

Fonte: Tiago S. Ferrari, Ano 2011


21
Figura 16: A diferença entre Estrutura Convencional e Concreto-PVC
22

2.4 - O Déficit Habitacional pós desastres humanitários de grandes proporções.

Desastres naturais são o resultado de eventos adversos, sejam eles naturais ou provocados
pelo homem, sobre um sistema vulnerável causando danos humanos, materiais e/ou ambientais. A
ocorrência e a intensidade dos desastres dependerão do grau de vulnerabilidade de um sistema
receptor, ou seja, há a possibilidade de ocorrer um mesmo fenômeno, que ao atingir populações com
grau de vulnerabilidade diferentes, faz desta situação um desastre ou uma simples ocorrência
(CASTRO, 1998).
Os desastres naturais fazem parte da história de sobrevivência e evolução do ser humano e
datam desde os primórdios da era glacial. Entretanto nas últimas décadas, sobretudo a partir da
década de 1970, o número de registros de ocorrência, bem como a intensidade destes vem
aumentando consideravelmente em escala global. Isto pode ser atribuído principalmente ao
crescimento populacional, a ocupação desordenada e ao intenso processo de urbanização e
industrialização, (KOBIYAMA et al. 2006).
Temos como exemplo de desastres humanitários de grandes proporções as seguintes
condições:
 Rompimento de barragens;
 -Inundações (alagamento, tsunamis e etc.);
 Furacões;
 -Incêndios de grandes proporções;
 Guerras e Conflitos;

No Brasil possuímos situações recentes de rompimento de barragens, em 2015 a barragem


de Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35km do centro de Mariana-MG, deixou
aproximadamente 362 famílias desabrigadas. Já em 25 de janeiro de 2019, a barragem de Mina
Córrego do Feijão em Brumadinho – MG, acabou deixando ao todo 138 pessoas desabrigadas.
Na região de Mariana, após três anos do rompimento da barragem, os desabrigados
aguardam solução sobre suas casas e vivem em imóveis alugados pela Fundação Renova, entidade
criada conforme acordo firmado em maio de 2016 entre a Samarco, suas acionistas Vale e BHP
Billiton, o governo federal e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Cabe à Fundação Renova, com recursos das três mineradoras, reparar todos os danos
causadas pela tragédia, o que inclui também a reconstrução das comunidades.
A conclusão das obras de reconstrução das comunidades de Bento Rodrigues, Paracatu e
Gesteira, que foram devastadas na tragédia de Mariana era prevista originalmente para este ano. No
entanto, o início dos trabalhos atrasara e a entrega não vai ocorrer antes de agosto de 2020. (fonte:
Agência Brasil).
23

O estudo em questão visa dar uma solução rápida, econômica e viável para as pessoas que
sofreram esse tipo de desastre, dando uma moradia digna para que as famílias deem continuidade
sem suas vidas.

Fonte: Gilvander Luís Moreira, 2015.


Figura 17: Rompimento da barragem em Mariana em 2015
24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT. Alvenaria estrutural. Blocos cerâmicos. Parte 1: Projeto. Parte 2: Execução e


controle de obras. NBR-15812. Rio de Janeiro, 2010.

ABNT. Blocos de concreto. Parte 1: Projeto. Parte 2: Execução e controle de obras. NBR-
15961. Rio de Janeiro, 2011.

ABNT. NBRs: 14321, 14322, 14974-1, 14974-2, 15270-2, 15270-3, 8215, 8490, 8949: Especificações e
métodos de ensaio.

CASTRO, A.L.C. de. Glossário de Defesa Civil: Estudo de riscos e medicina de


desastres. Brasília: MPO/Departamento de Defesa Civil, 1998.

DIAS, L.A.M. Estruturas de Aço conceitos, técnicas e linguagem: 3. ed. São Paulo:
Zigurate, 1998.

DIAS, L.A.M. Estruturas de Aço conceitos, técnicas e linguagem: 5. ed. São Paulo:
Zigurate, 2006.

http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/inovacoestecnologicas/manualvest/ALVENARIA_E
STRUTURAL.pdf . Ramalho, M. A.; Corrêa, M. R. S. Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural.
São Paulo, PINI, 2003.

GERVÁSIO, H.M.(2008). A sustentabilidade do aço e das estruturas metálicas.


Construmetal, Rio de Janeiro

HERNANDES, H. Sistema Construtivo Steel Framing. Palestra CBCA, 2004. Disponível


em:<www.cbca- iabr.org.br/upfiles/downloads/apresent/palestra_A BM2.doc>. Acesso em:
maio 2019.
25
KOBIYAMA, M.; MENDONÇA, M.; MORENO, D. A.; MARCELINO, I. P. V. de O.;
MARCELINO, E. V.; GONÇALVES, E. F.; BRAZETTI, L. L. P.; GOERL, R. F.; MOLLERI, G.
S. F.; RUDORFF, F. de M. Prevenção de Desastres Naturais: Conceitos Básicos.
Florianópolis, SC: Ed. Organic Trading, 2006. 109p.

PEREIRA, C. Noções básicas de Fundações. Escola Engenharia, 2013. Disponível


Acesso em: 11 de abril de2019. https://www.escolaengenharia.com.br/nocoes-basicas-de-fundacoes/.

RODRIGUES, L. Defesa Civil conta casas atingidas em Brumadinho; mortos chegam


a 165. Reportagem, 2019. Disponível em:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-02/defesa-civil- quer-concluir-contagem-
de-casas-atingidas-em-brumadinho. Acesso em: abril de 2019.

RODRIGUES, F. C. Steel Framing: Engenharia. Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2006. (Série


Manual da Construção em Aço).

SABBATINI, F. H. Requisitos e critérios mínimos a serem atendidos para solicitação de


financiamento de edifícios de alvenaria estrutural junto à Caixa Econômica Federal. Março
de 2003 (disponível no site da CEF).
26
3. METODOLOGIA

O presente estudo visa a solução mais viável para o déficit habitacional gerado
devido a desastres humanitários de grandes proporções.
Através dos estudos, será demonstrado que a construção industrializada será a
melhor forma de uma resposta direta ao problema.
Serão utilizados parâmetros de especificação da norma para uma habitação digna,
demonstrando assim a superioridade de viabilidade da construção industrializada para a
construção convencional em vários âmbitos, tais como, sustentabilidade, índice de
desperdício de material, tempo de execução, acabamento e viabilidade econômica.
Utilizaremos softwares para elaboração do projeto, tais como:
 Autocad para desenvolvimento da planta inicial.
 Sketchup e TEKLA para modelagem da planta em 3 dimensões.
 SAP sistema de cálculo integrado da estrutura.
 TCPO (Tabela de Composição e Preços para Orçamentos) para elaboração da
planilha de orçamento, apresentando os custos de infraestrutura nas duas construções
(industrializada x convencional), bem como análise de produtividade entre os dois sistemas.
As normas utilizadas serão:
 ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR 6122 de maio de 1996
que normatiza projetos e execução de fundações.
 ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR 8800 de agosto de
2008 que normatiza projetos de estrutura de aço.
 Diretrizes do SINAT (Sistema Nacional de Aprovações Técnicas) N° 004 -
Revisão 01 de Abril de 2017, referente a Paredes estruturais constituídas de painéis de
PVC preenchidos com concreto.
Além de softwares e normas, será realizado pesquisa em campo com empresas
parceiras para comparação quantitativa de valores e disponibilidade do material.
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4. RESULTADOS ESPERADOS
Mediante a elaboração do projeto e das bases comparativas, os resultados mais
esperados neste contexto é demonstrar a eficiencia e superiodade do sistema
industrializado em comparação ao sistema convencional, principalmente nos seguintes
fatores:
 Menor tempo de execução da obra;
 Menor índice de desperdício de material;
 Melhor organização no canteiro de obras, que na verdade se transformará em
uma “linha de montagem”;

 Utilização de materiais sustentáveis ao meio ambiente e economia de água e


energia na obra,
 Maior produtividade homem / hora;
 Viabilidade econômica do projeto.

5. CRONOGRAMA

Abaixo é apresentado o Cronograma de Atividades com todas as etapas para o


desenvolvimento do trabalho e suas propostas:

2° SEMESTRE / 2019
Atividades a serem
AGO SET OUT NOV DEZ
desenvolvidas

1 Revisão bibliográfica X X X X X
Escolha da Planta para
2 desenvolvimento do X
projeto
Desenho e projeção da
3 planta em 3D X X
Desenvolvimento dos
4 cálculos e planilha de X X
custos
Comparação complexa
5 entre os dois sistemas X X
(industrializado x
convencional)
Elaboração do artigo
6 científico. X

Apresentação final do
7 artigo científico X

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