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DANIEL DE ARAÚJO SILVA SANTOS

SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

São Paulo
2018
DANIEL DE ARAÚJO SILVA SANTOS

SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Centro Universitário Anhanguera de São
Paulo, como requisito parcial para a obtenção
do título de graduado em Engenharia Civil.

Orientador: André Machado

São Paulo
2018
DANIEL DE ARAÚJO SILVA SANTOS

SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Centro Universitário Anhanguera de São
Paulo, como requisito parcial para a obtenção
do título de graduado em Engenharia Civil.

BANCA EXAMINADORA

Prof.(a). Lucia Aparecida Lotito


(Especialista)

Prof(o). Carlos Eduardo Mattos


( Mestre)

Prof(a). Sheila Ribeiro de Gouveia


(Especialista)

São Paulo, 10 de dezembro de 2018


ARAÚJO SILVA SANTOS, Daniel. Sustentabilidade na Construção Civil:. 2018.
Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Civil –
Anhanguera São Paulo, 2018.

RESUMO

A idéia de sustentabilidade tem sido bastante analisada ao longo das últimas quatro
décadas; isto pode ser observado pelo enorme numero de documentos de acordo
gerados por diversas instituições governamentais, ONG’s e congressos espalhados
pelo Brasil e no mundo. Porém não é possível perceber com a aplicação de tais
ações pactuadas, na busca pelo desenvolvimento de uma construção civil
sustentável. Ainda se encontra no meio urbano, situações não sustentáveis como:
edificações sem conforto térmico/acústico necessitando de elevado consumo de
energia elétrica, a degradação de grandes áreas ambientais, como os lixões, o
lançamento de esgotos domésticos e industriais em cursos d’água que atravessam a
cidade entre outros problemas. Com o aumento populacional, crescimento industrial
e o surgimento de novas tecnologias no setor da construção civil, os resíduos se
transformaram em graves problemas urbanos com um gerenciamento oneroso e
complexo considerando volume e massa acumulados. Ações isoladas não irão
solucionar os problemas advindos por este resíduo e que a indústria deve tentar
fechar seu ciclo produtivo de tal forma que minimize a saída de resíduos e a entrada
de matéria-prima não renovável, estes ciclos aproximaria a construção civil do
conceito de desenvolvimento sustentável.

Palavras-chave: Construção civil; Sustentabilidade; Desenvolvimento Sustentável.


ARAÚJO SILVA SANTOS,Daniel.Sustainability in Construction:. 2018. Número total
de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Civil – Anhanguera, São
Paulo, 2018.

ABSTRACT

The idea of sustainability has been analyzed during the last four decades; this can be
observed by the enormous number of documents of agreement generated by diverse
governmental institutions, NGOs and congresses spread by Brazil and in the world.
However, it is not possible to perceive with the application of such agreed actions, in
the search for the development of a sustainable civil construction. There are still
unsustainable situations in the urban environment, such as: buildings without thermal
/ acoustic comfort necessitating high consumption of electric energy, the degradation
of large environmental areas, such as dumps, the launching of domestic and
industrial sewage in water courses that cross the city among other problems. With
the increase in population, industrial growth and the emergence of new technologies
in the construction sector, the waste became serious urban problems with a costly
and complex management considering volume and mass accumulated. Isolated
actions will not solve the problems arising from this waste and the industry should try
to close its production cycle in such a way as to minimize waste output and non-
renewable raw material input. These cycles would bring civil construction closer to
the concept of development sustainable development.

Key-words : Construction; Sustainability; Sustainable development.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Desenvolvimento Sustentável ............................................................... 16


Figura 2 – Atitudes que fazem a diferença .............................................................. 18
Figura 3 – Depósito irregular de resíduos .............................................................. 20
Figura 4 – Descarte irregular em via publica .......................................................... 21
Figura 5 – Resíduos do Setor da Construção Civil .................................................. 21
Figura 6 – Poluição Atmosférica ............................................................................. 22
Figura 7 – Os três Pilares da sustentabilidade ........................................................ 23
Figura 8 – Inovação e Sustentabilidade .................................................................. 24
Figura 9 – Local de armazenamento de resíduos .................................................. 27
Figura 10 – Armazenamento de madeira para reutilização ..................................... 28
Figura 11 – Armazenamento de blocos quebrados para reutilização ...................... 28
Figura 12 – Armazenamento de entulho para reutilização ...................................... 29
Figura 13 – Lixeiras organizadoras ......................................................................... 29
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................,................. ..........................................13
2.CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE NA VISÃO DE DIFERENTES
AUTORES..................................................................................................................15
2.1.Tripés da Sustentabilidade...................................................................................................16
2.1.1.Sustentabilidade econômica..............................................................................17
2.1.2.Sustentabilidade ambiental........................................................................... ...17
2.1.3.Sustentabilidade social.................................................................................... 18
3. IMPACTOS AMBIENTAIS GERADOS PELA CONSTRUÇÃO CIVIL................. 20
3.1.Vantagens de uma construção sustentável....................................................,... 23
3.1.1Certificações de sustentabilidade na construção civil........................................25
4. MEDIDAS UTILIZADAS PELAS CONSTRUTORAS PARA REDUZIR OS
IMPACTOS CAUSADOS PELA CONSTRUÇÂO CIVIL.........................................27
4.1.CLASSIFICAÇÕES DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO................................................... 32
4.1.1.IMPLANTAÇÕES DE SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE..........................................32
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................34
REFERÊNCIAS.... ....................................................................................................35
13

1. INTRODUÇÃO

O aperfeiçoamento das construções civis está ligado ao desenvolvimento


humano. Entretanto, atualmente os aprimoramentos realizados nas edificações têm
contribuído para o estrago e alterações do meio ambiente, já que a construção civil
está entre as atividades geradoras de impactos ambientais no planeta. Essas
alterações sobre o meio ambiente começam desde as etapas de construção de
determinado empreendimento até os momentos de reforma, manutenção,
ampliação, demolição e desocupação.
Percebe-se que houve um importante aumento no nível da construção civil
nos últimos anos, alcançados graças ao aumento de projetos de diminuição de
perdas e introdução de projetos de controle de qualidade, mas porem é complexo
garantir que tal desenvolvimento seja possível reprimir a destruição que é causada
ao meio ambiente.
Devido ao crescente cuidado com o meio ambiente e com a diminuição de
custo fez com que as empresas procurassem inovações técnicas viáveis para o
melhoramento na reutilização destes materiais provocando uma diminuição nos
custos e contribuindo para o desenvolvimento sustentável, no passado as empresas
procuravam apenas alcançar lucros sem se preocupar com o meio ambiente e os
prejuízos que causariam a civilização, contudo, essa reflexão tem mudado, visto
que, as empresas entenderam a importância de uma política ecologicamente
correta.
Transmitindo uma imagem positiva na sociedade e acrescentando valor a
seus produtos, entretanto, ainda há uma enorme preocupação do setor da
construção civil, conciliar uma atividade bem sucedida com as condições de busca
de desenvolvimento sustentável consciente e menos agressivo ao meio ambiente,
refletindo nisso, a implantação de métodos de descarte correto e de
reaproveitamento de materiais vem sendo adotado nesse setor, mas se depara com
grandes dificuldades, como as mudanças culturais e a difícil conscientização das
pessoas envolvidas no processo da construção civil.
Perante a enorme concorrência no setor da construção civil, empresas
despejam seus resíduos da forma incorreta, visando o lucro e a agilidade sem
nenhum comprometimento com o meio ambiente e com os recursos naturais, diante
14

disso como modificar essa pratica utilizado pelo setor utilizando os três pilares da
sustentabilidade (Social, Econômico, Ambiental)?
O objetivo geral deste trabalho procura desenvolver um questionamento sobre
o tema sustentabilidade na construção civil, mostrar procedimentos que agridam
menos o meio ambiente, pesquisando ações de projeto, e as opções de qualidade
na execução dos serviços no âmbito social, sustentável e econômico, para isso o
presente trabalho tem como objetivo específico apresentar, conceitos de
sustentabilidade na construção civil, apresentar os Impactos ambientais decorrentes
da construção civil, e estudar medidas de correção dos impactos causados pela
construção civil.
A metodologia adotada para o desenvolvimento desta pesquisa se deu
através de revisões bibliográficas, consultando diversos autores em produções
científicas, como artigos, livros e dissertações, assim como revistas e materiais
disponíveis em internet, se trata de uma pesquisa descritiva, da qual procurei nomes
renomados sobre o tema sustentabilidade procurei buscar problemas atuais e
soluções que estão sendo adotadas.
15

2. CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE NA VISÃO DE DIFERENTES AUTORES

As discussões referentes ao tema de sustentabilidade e a sua aplicabilidade


ocorrem há algum tempo, a preocupação com o meio ambiente e com a redução de
custo fez com que técnicas mais viáveis fossem adotadas, assim melhorando o
reaproveitamento desses materiais e contribuindo para uma redução nos custos e o
desenvolvimento sustentável.
Uma definição pioneira gerada pela Comissão Mundial sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, considera:
“Desenvolvimento sustentável é aquele que corresponde às precisões da
geração presente sem afetar a possibilidade de as gerações futuras atenderem a
suas próprias necessidades” (CMMAD, 1988).
Sustentabilidade é conseqüência de um complicado tipo de instituição que
possui cinco propriedades básicas: interdependência, reciclagem, parceria,
flexibilidade e diversidade. Se esta propriedade for colocada às sociedades
humanas, essas também conseguirão atingir a sustentabilidade (ROSA, 2007).
Segundo Ferreira (2006), o termo sustentabilidade remete ao vocábulo
sustentar. ―Sustentar algo, ao longo do tempo para que aquilo que se sustenta
tenha condições de permanecer perene reconhecível e cumprindo as mesmas
funções indefinidamente, sem que produza qualquer tipo de reação desconhecida,
mantendo-se estável ao longo do tempo.
Alguns autores consideram a idéia de desenvolvimento sustentável
“emergência sistêmicos” e necessidade trazida pelo processo civilizatório.
(Henriquez 2007)
Para Godoy (2009), não existe só um conceito de desenvolvimento
sustentável. O autor enfatiza que o desenvolvimento sustentável é mais que um
crescimento propriamente dito, pois determina uma modificação na maneira desse
crescimento, a fim de torná-lo menos intensa em matérias primas e energia e mais
equitativo em seu impacto.
Logo o presente estudo deixou transparecer diferentes formas de pensamento
em relação ao tema sustentabilidade, bem como as contradições e ambiguidades
em relação à expressão desenvolvimento sustentável (MOTTA; SILVA e BRASIL,
2012).
16

De maneira geral as definições procuram integrar viabilidade econômica com


prudência ecológica e justiça social, conhecido como os três principais pilares da
sustentabilidade (ALMEIDA e MOURA, 2002)
Com isso para uma empresa se desenvolver de forma sustentável deve agir
de forma que os três pilares coexistem e interajam entre si de forma harmoniosa.

Figura 1: Desenvolvimento Sustentável

Fonte: Exame (2016):

2.1Tripés da Sustentabilidade

Com o objetivo de abordar os casos referentes ao desenvolvimento


sustentável, como foi estabelecido em 2002, é importante a melhor associação das
três condições do crescimento sustentável; ambiental, social econômica.
O modelo dos três pilares é excelente para compreender a sustentabilidade,
nesse modelo estão inclusas as informações; econômica, ambientais e sociais que
precisam compartilhar de modo global, para atender o modelo. Sem a existência
desses pilares o desenvolvimento sustentável não se mantém (ALMEIDA, 2002).
17

2.1.1 Sustentabilidade Econômica

O desenvolvimento financeiro, nunca deve ser por conta de um desequilíbrio


em nosso sistema ambiental. Se uma organização vive de lucros obtidos através de
exploração das más condições dos seus empregados ou destruição do meio
ambiente, fica claro que ela não está criando um desenvolvimento economicamente
sustentável, já que as relações estabelecidas não obtiveram harmonia, o
desenvolvimento sustentável requer também o reconhecimento das necessidades
relativas das questões ambientais e sociais.
Logo para que a sustentabilidade exista são importantes que o tripé esteja em
harmonia, afinal, eles se associam com problemas fundamentais para a manutenção
e proteção do ecossistema, minimizando os impactos ambientais e despesas com
recursos naturais ou matéria prima. Desse modo a sustentabilidade se refere a uma
ação necessária por todos.
A sustentabilidade econômica tem por finalidade promover a gestão eficiente
dos recursos produtivos, bem como um fluxo regular de investimentos públicos e
privados (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2009, p. 67).

2.1.2 Sustentabilidade Ambiental

Aborda os recursos naturais de um negócio ou sociedade, assim quanto ao


demais elemento é necessário entender que deve buscar a curto, médio e longo
prazo, projetos e pratica corretamente sustentável, diminuindo os desperdícios dos
recursos naturais.
De início a maior parte das atividades econômica gera impacto ambiental
negativo, nessa questão a instituição ou comunidade tem a obrigação de pensar em
maneiras de diminuir esse efeito negativo e neutralizar esses efeitos com ações
opostas, portanto qualquer instituição que faz uso de qualquer recurso natural tem a
obrigação de estudar medidas de substituir esses recursos não renováveis por
recursos renováveis evitando prejuízos ao meio ambiente, gerados por esses
sistemas construtivos e aumentar a capacidade de carga do planeta e evitar danos
ao meio ambiente causados pelos processos de desenvolvimento, isso requer a
redução das emissões de poluentes, preservando a biodiversidade, entre outras
(BARBIERI; CAJAZEIRA, 2009, p. 67).
18

2.1.3 Sustentabilidade Social

Menciona um conjunto de conhecimento, habilidades e atitudes que


favorecem as realizações de trabalho de modo a produzir valor econômico a um
empreendimento, sociedade e comunidade, além de pagamentos justos estar
conforme as leis trabalhistas. É necessário entender em outros fatores quanto a
satisfação plena dos seus trabalhadores, gerando por exemplo um local de trabalho
prazeroso observando a saúde do operária e de sua família, mas adiante disso, é
necessário entender como a atividade financeira afeta a população em seu entorno
nesse ponto, está incluso também questões globais da sociedade.
Portanto, é o nível da sustentabilidade que consolida os processos que
promovem a distribuição dos bens e da renda para melhorar os direitos e condições
da população e reduzir as distâncias entre os padrões de vida das pessoas
(BARBIERI e CAJAZEIRA, 2009, p. 67).

FIGURA 02: Atitudes que fazem a Diferença

FONTE: Guia da Obra (2018)

A maioria dos impactos negativos é proveniente do setor da construção civil,


que corresponde a 40% do consumo mundial de energia e por 16% da água
utilizada no mundo.
A movimentação da construção civil gera impacto relevante na parte
financeira de uma determinada região, então com uma leve alteração nas faze de
19

execução, podem realizar, além de alterações fundamentais na eficácia ambiental e


diminuição dos custos ativos de uma construção, e maior estimulo de investidores na
área.
Em um negócio de crescente disputa e sujeito a recursos de controle
(legislação e normas) e de evolução continua, a seleção de matéria prima para a
construção forma um relevante campo de engenharia ambiental responsável. Um
exemplo seria o caso de escolher entre blocos cerâmicos ou de concreto para a
execução de uma determinada parede, apesar de terem o mesmo papel com o
passar do tempo podem vir a ter, questionamentos ambientais controversos,
podendo também apresentar entre um piso cerâmico realizado através de um
processo x ou y, pensar em usar pisos de granito ou de madeira ou escolher um
sistema de água quente, solar ou elétrico, com essas condições partindo da origem
de que os elementos relacionados entre si realizem o mesmo papel, para em
seguida julgá-lo sob o conceito ambiental, a conclusão dessa avaliação integrada
aos resultados de análise financeira em acordo com os interesses dos envolvidos,
permitirem a tomada de decisão final a respeito do material a ser utilizado (SOARES;
SOUZA; PEREIRA, 2006).
Em uma trajetória na procura da sustentabilidade da construção civil a
conversão de paradigma nos países em desenvolvimentos é muito importante, pois
estes países correspondem juntos 23% do montante de construções no mundo com
um porcentual cada vez mais crescente (ROVERS, 2001).
A sustentabilidade de uma construção também está relacionada à sua
duração e a sua eficácia de permanecer ao um longínquo tempo de vida, tratando-se
a maneira com que ela corresponde às situações de poluições do ar, do solo e da
água e aos resultados negativos no meio ambiente (BLUMESCHEIN, 2004). . A
longevidade das edificações é um importante requisito para uma edificação
sustentável e está claramente relacionada à qualidade dos processos construtivos e
dos materiais utilizados
20

3. IMPACTOS AMBIENTAIS GERADOS PELA CONSTRUÇÃO CIVIL

Quase todas as atividades da construção civil são geradoras de entulho, com


um alto índice de perdas em seu processo construtivo, a falta de cultura de
reutilização, reciclagem são a principal causa de entulho gerado pelo setor da
construção civil.
De acordo com a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos de
Construção Civil e Demolição (Abrecon) o Brasil produz, em média, meia tonelada
de resíduos de construção civil a cada ano, com esse desperdício o Brasil joga fora
oito bilhões de reais ao ano por deixar de reciclar seus produtos, essa quantidade de
entulho equivale 60% do lixo sólido das cidades, a Figura 03 mostra um deposito
irregular de resíduos provenientes da construção civil.

FIGURA 03: Deposito irregular de resíduos

FONTE: SENAI (2011)

A partir de julho de 2004, de acordo com a resolução 307 do Conselho


Nacional do Meio Ambiente (Conama), as prefeituras estarão proibidas de receber
os resíduos de construção e demolição no aterro sanitário. Cada município deverá
ter um plano integrado de gerenciamento de resíduos da construção civil.
A Figura 4 mostra resíduos de construção civil depositados inadequadamente
em via pública.
21

FIGURA 04: Descarte irregular em via pública

FONTE: Sema (2017)

Os Principais problemas são a degradação das áreas de manancial e de


proteção permanente, assoreamento de rios e córregos, obstrução de drenagem,
piscinões, galerias sarjetas etc.
Ocupação de vias e logradouros públicos por resíduos, com prejuízo à
circulação de pessoas e veículos, além da própria degradação da paisagem urbana
e proliferação de agentes transmissores de doenças, (PINTO e GONZÀLES 2005).
O Brasil gera atualmente 84 milhões de metros cúbicos de resíduos todos os
anos e geram e só 17 milhões de metros cúbicos são aproveitados uma forma de
aumentar o reaproveitamento é através das usinas de reciclagem mais o Brasil ainda
precisa quebrar algumas barreiras uma delas é a cultural conscientizar as pessoas
envolvidas continua sendo o maior problema (O BRASIL, 2015), a Figura 5 mostra
alguns resíduos da construção civil.

FIGURA 05: Resíduos do Setor da Construção civil

FONTE: SENAI (2011)


22

Nos últimos anos essas situações como essa estão ficando mais difícil de acontecer,
devido, principalmente, a programas de redução de perdas e implantação de
sistemas de gestão da qualidade
Em entrevista ao Jornal Nacional (2015), o professor de engenharia
Benedito Oliveira Júnior, explica que o produto reciclado não pode fazer parte da
estrutura de prédios, mas se encaixa perfeitamente para casas, pisos, ruas e
estradas.
Oliveira Júnior (2015), explica “Tudo o que eu posso fazer com material
natural eu posso fazer com material reciclado desde que ele seja devidamente
trabalhado, estudado para que a gente faça uma dosagem perfeita para que esse
uso seja semelhante”.
É natural que a sustentabilidade assuma, gradualmente, uma posição cada
vez mais importante neste cenário, torna seus empreendimentos sustentável, em
síntese, consistem na redução e otimização do consumo de materiais e energia, na
redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria
da qualidade do ambiente construído.
De acordo com dados do Worldwatch Instituto (2012), a construção de
edifícios consome 40% das pedras e areia utilizados no mundo por ano, além de ser
responsável por 25% da extração de madeira anualmente.
A produção de materiais de construção é, ainda, responsável por poluição que
ultrapassa limites tolerado em poeira e CO2. O processo produtivo do cimento
necessariamente gera o gás carbônico, um dos principais causadores do efeito
estufa. Para cada tonelada de clinquer (componente básico do cimento) produzido,
mais de 600 kg de CO2 são lançados na atmosfera.

FIGURA 06: Poluição da atmosfera

FONTE: Vertix Engenharia e Arquitetura (2017)


23

Em 2017, quase 40% de toda energia mundial são consumidas pelos


edifícios, esse consumo ocorre em dois momentos. Na etapa pré-operacional ou de
energia embutida, aquela da extração e fabricação de materiais, do transporte até a
obra e da construção do edifício, mas a etapa que mais consome energia é durante
sua ocupação e sua manutenção (OS VERDADEIROS, 2017).

3.1Vantagens de uma Construção Sustentável

Os principais benefícios de uma construção sustentável é redução de custo


que está diretamente ligado com a redução de desperdícios dos custos decorrentes
da aquisição de novos materiais, além do bom sentimento de contribuição ao meio
ambiente e melhorando qualidade de vida da população a figura 07 mostra os três
pilares da sustentabilidade.

FIGURA 07: Os três pilares da sustentabilidade

FONTE: FAAC Gestão e Treinamento (2017)

A busca das empresas pelo equilíbrio de suas ações nas áreas econômica,
ambiental e social, visando à sua sustentabilidade e a uma contribuição cada vez
mais efetiva com a sociedade essa busca está relacionada aos seguintes itens:
●reduzir o consumo de recursos, minimizando o uso de energia, de
materiais, de água e de terra, ampliando a reciclabilidade e a durabilidade dos bens,
controlando o ciclo de vida dos materiais e produtos fabricados, desde a extração da
matéria-prima até o descarte como resíduo;
●reduzir o impacto sobre a natureza, diminuindo as emissões atmosféricas
que geram poluição e mudanças climáticas – como o aquecimento do planeta,
24

assim como as descargas de água, de resíduos e de substâncias tóxicas,


promovendo o uso de energia de fontes renováveis;
●reduzir o valor agregado dos produtos e serviços, fornecendo benefícios
aos clientes, ampliando a flexibilidade dos produtos e oferecendo serviços de
upgrade, troca e manutenção (LOPES, 2013).
Construir de modo sustentável não é bom somente para a imagem das empresas.
Financeiramente, é vantajoso. “As boas práticas reduzem substancialmente o risco
para os investidores”, afirma Felipe Faria, diretor do Green Building Council (GBC),
organização responsável por emitir no País o certificado Leed, que estabelece as
melhoras práticas de construção sustentável.
A figura 08 mostra uma propaganda da Construtora MRV, mostrando de
forma clara a preocupação com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.

FIGURA 08: Inovação e Sustentabilidade

FONTE: MRV (2017)

Além disso, existem benefícios indiretos tanto para o empreendedor, quanto


para os clientes, devido ao aumento da durabilidade do empreendimento e
manutenção de seu desempenho, de modo geral, quem mais ganha é a sociedade,
com a diminuição da poluição.
Porém é de grande importância lembrar que o resíduo proveniente da
construção civil possui algumas características peculiar que é preciso atentar para
que o uso seja compatível com as características do agregado para que haja
segurança e bom desempenho do material.
25

É de suma importância mostrar que aproveitamento de resíduos é uma opção


barata e segura (LOPES, 2013).

3.1.1 Certificações de Sustentabilidade na Construção Civil

As preocupações com as degradações ambientais causadas pelo setor da


construção civil, durante as etapas de projeto, construção e operação, são cada vez
maiores. Tanto que existem vários selos que visam verificar os recursos
consumidos, os lançamentos de carbono e os resíduos gerados pelas edificações,
bem como o conforto e a saúde das populações que ali habitam. Para isso, são
realizados estudos sobre o grau de sustentabilidade dos edifícios, baseada em
critérios específicos de cada selo.
O aspecto supra-a presentados se demonstram durante todo o processo do
ciclo de vida das edificações. Ciclo de vida é o conceito que trata de todas as etapas
ligadas a um produto, desde a retirada de suas matérias-primas até o seu
acondicionamento final.
Segundo Resolução N° 307, Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA considera a obrigação de implementação de diretrizes para a efetiva
redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos da construção
civil.
Formando regras para a eficaz diminuição das questões ambientais
produzidas pelos resíduos provenientes da construção civil, levando em
consideração que a acomodação de resíduos da construção civil em áreas
impróprias favorece a degradação da qualidade ambiental, mostrando a importância
que os resíduos da construção civil apresentam um enorme percentual dos resíduos
sólidos produzidos nas zonas urbanas.
Os originadores de resíduos da construção civil têm que ter a
responsabilidade pelos resíduos das práticas da construção, reforma, reparos e
demolições de estruturas e estradas, bem como por aqueles resultantes da remoção
de vegetação e escavação de solos.
Necessitando de uma atenção a viabilidade técnica e econômica de produção
e uso de materiais resultantes da reciclagem de resíduos da construção civil criando
a gestão integrada de resíduos da construção civil terá que promover privilégios de
ordem social, econômica e ambiental reduzir os efeitos negativos ao ecossistema.
26

Com a decisão francesa “Démarche HQE” (Processo com Alta Qualidade


Ambiental), da Associação HQE, é revolucionaria por analisar não somente o
comportamento teórico do projeto estabelecido, mas também as alternativas feitas
nas fases de construção, planejamento e implantação. Esta observação é feita em
duas partes:
• Processo de projeto do empreendimento, que envolve a responsabilidade
com a Qualidade Ambiental do Edifício (QAE) planeada introdução; e desempenho;
Gestão do projeto; e estudo.
• QAE, que analisar a gestão das agressões sobre o ambiente externo, isto é,
condição favorável da edificação e da gestão; e a salubridade e bem-estar do
ambiente interno.
Há existência de atividades para acondicionamento das ferramentas de
certificação natural a real transparência brasileira. O Green Building Council Brasil
está adaptando o LEED para regulares determinadas particularidades da construção
nacional. A Associação HQE e a Fundação Vanzolini já praticam a iniciativa AQUA
(Alta Qualidade Ambiental) e alteram o processo HQE ao negócio brasileiro.
Conforme as considerações aqui apontadas apresentam a relevância de uma
visão ampla de um projeto. Deve ser observada toda sua vida útil e todos os
problemas que os compreendem, para que se tenha realmente buscar uma redução
completa nos impactos negativos sociais e ambientais em toda a fase de vida das
construções (VALENTE, 2009).
27

4.MEDIDAS UTILIZADAS PELAS CONSTRUTORAS PARA REDUZIR OS


IMPACTOS CAUSADOS PELA CONSTRUÇÂO CIVIL

Perante a força do fato real de destruição ambiental, desenvolvimento da


sustentabilidade e desenvolvimento da área da construção civil, medidas ações
novas que apontam a diminuição dos efeitos antrópicos estão cada vez mais
usadas.
No presente momento a discussão sobre sustentabilidade avança e envolve
crescentemente, especialista de diferentes setores; e estes, em diversas situações
se unem para empenhar-se na busca de conhecimento para este desafio
apresentado, em cada construção precisam ser adotados resultados que estejam
economicamente possíveis e que provenham em processos de construção
incorporados de acordo com o meio ambiente, que permitam a satisfação e o direito
social e que fiquem reconhecidos culturalmente (CÂMARA DA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO, 2008).
A figura 09 mostra as novas práticas que estão sendo adotadas que visa uma
construção sustentável o setor da construção civil começa a mudar sua forma de
produzir e gerir suas obras buscando, em cada obra, soluções economicamente
relevantes e viáveis para o seu empreendimento.

FIGURA 09: Local de armazenamento de resíduos

FONTE: Researchgate (2017)

É necessário indicar que os resultados para se fazer verdadeiro a Construção


Sustentável, isto é, as priorizar as ações tecnologias adotadas baseiam-se em razão
da área (LEITE, 2011). Assim sendo, a questão cultural, o período da evolução
28

industrial, situação climática, a qualificação da mão de obra, estado financeiro, e


assim por diante, são elementos que precisam ser considerados e analisados
localmente, não havendo uma qualidade especifica para um empreendimento de um
Green building.
A figura 10 mostra o local de armazenamento de madeiras que sobram em
alguns processos construtivos, madeira essa que será reaproveitas na própria obra.

Figura 10: Armazenamento de madeiras para reutilização

FONTE: Pini (2011)

Após uma triagem, pedaços de madeira de diversos tamanhos são


armazenados para posteriormente serem reaproveitados na própria obra.
A figura 11 mostra o local de armazenamento de blocos de concreto que
quebram em alguns processos construtivos, esses blocos serão reutilizados em
áreas onde ele não tenha a função estrutural.

FIGURA 11: Armazenamento de blocos quebrados para reutilização

FONTE: Pini (2011)


29

Separação de blocos quebrados para reutilização na própria obra, a figura 12


mostra o local de armazenamento de entulhos, local devidamente separado das
demais áreas, esse entulho pode ser usado para aumentar o nível de alguma parte
da obra.
FIGURA 12: Armazenamento de entulho para reutilização

FONTE: Pini (2011)

Área para deposição de entulho (resíduos de Classe A): concreto, blocos de


concreto, blocos cerâmicos, argamassas, componentes cerâmicos e tijolos que
serão aproveitados na obra para aterros.
A figura 13 mostra o local de separação de papéis, vidros, metais e plásticos
e recolhimento de lixo orgânico.

FIGURA 13: Lixeiras organizadoras

FONTE: Pini (2011)

Lixeiras organizadas com as respectivas cores para receber papéis, vidros,


metais e plásticos; cinzeiro para bitucas de cigarro e uma bombona azul para
recolhimento de lixo orgânico, proveniente das refeições dos trabalhadores.
30

Em síntese, o Guia da Sustentabilidade na Construção (CÂMARA DA


INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, 2008) compila e enumera onze princípios
necessários à elaboração de uma construção sustentável:
1. Responsabilidade social.
2. Desempenho econômico
3. Gestão do uso de energia.
4. Gestão de materiais e redução de resíduos.
5. Qualidade dos serviços.
6. Gestão ambiental (do processo).
7. Gestão da qualidade do ambiente interno
8.. Prevenção de poluição.
9. Gestão do uso da água.
10. Gestão do local, incluindo aspectos culturais e ambientais do entorno.
11. Qualidade da implantação.
Este guia prova que os três elementos do desenvolvimento sustentável - eco
eficiência, inclusão social e justiça socioambiental estão ativas ao longo de todo o
período de vida de uma construção.
Dessa forma, a solução da elaboração que aponta o crescimento da
capacidade no uso dos recursos, com base na diminuição das consequências da
edificação (VALENTE, 2009) e da sua cadeia, não afetando, assim, o meio
ambiente, a saúde das pessoas e gerando maiores economias e retorno financeiro
para os empreendedores.
As construções consideradas como Edifícios Verdes ou Green Buildings,
precisam ser analisadas e projetadas como organismos vivos, estando em, então,
adaptadas a área de sua implantação com capacidade de atender suas exigências
de energia e água a partir de elementos naturais (GREEN BUILDING COUNCIL
BRASIL, 2007, apud CARVALHO, 2013).
O U.S. Green Building Council (2005) determina os consequentes objetivos de
atividades sustentáveis nas edificações: situação, competência energética,
qualidade ambiental interna, preservação de materiais e recursos e competência no
uso da água.
Já Carvalho (2013) estabelece que para a construção seja classificada
sustentável ela deve se atentar nos decorrentes problemas: processo dos resíduos
da edificação, operação e demolição; capacidade no uso dos recursos seguindo a
31

redução dos problemas causada na mineração e diminuição da exploração de água


e solo; proteção e utilização consciente de energia; e utilização de um ambiente
interno saudável.
Segundo Valente (2009), a construção corretamente sustentável baseia-se
em resultados e aperfeiçoamento de técnicas conquistadas pela construção civil
para combater as questões ecológicas para suprir as exigências dos futuros
utilizadores, desse modo, empregam-se fundamentos construtivos que minimizam a
degradação global ao meio ambiente como materiais reutilizáveis, economizadores
de água e suficientemente energeticamente. Garante, também, que as observações
técnicas, ambientais e econômicas precisam ser estudadas com o mesmo peso de
relevância.
Partindo dessa linha de conceito, Lopes (2013) apresenta as edificações
sustentáveis como construções inteligentes, com a mínima perda de recursos e
matérias primas, e que permitam a inclusão do meio ambiente nos
empreendimentos, sendo assim, convenientes e apresentando um extenso período
de existência.
A associação do conjunto externo e as sujeições internas, contudo deve ser
considerada ao analisar os conflitos ambientais nas áreas construídas. Sempre que
uma construção atende de forma geral todos os pré-requisitos tecnológicos,
obedecem às políticas morais ambientais, somente usa matérias–primas
apropriadas e mesmo assim se fecha adentro, não se correspondendo com as
exigências nos arredores, não se associando com as áreas no qual está
estabelecido, ignorando as diversas edificações as pessoas que habitam próximas,
não estará sendo corretamente sustentável, (MOTTA, 2012, apud FRANCE, 2013)
Para o Conselho Internacional para o estudo e Inovação em Construção
(CIB), a edificação sustentável é “o desenvolvimento integral para restaurar e
preservar o equilíbrio entre os ambientes naturais e construídos e construir
empreendimentos que demonstre a integridade humana e promovam o equilíbrio
financeiro” (CIB; UNEP-IETC, 2002). Dessa forma, a luta para uma construção
sustentável é uma forma de manter o equilíbrio entre o ambiente construído e o
natural, recuperando as velhas técnicas como o aproveitamento passivo de fatores
naturais (SILVA, 2012).
32

4.1 Classificações dos Resíduos de Construção

Alguma das soluções para reduzir a geração de resíduos provenientes da


construção civil está no desenvolvimento de alguns processos como, triagem,
armazenamento adequado para reutilização, coleta seletiva e reciclagem.
Além disso, ter uma especificação de processos construtivos que gerem uma
quantidade menor de entulho. Para o armazenamento deve se levar em
consideração a parte logística de canteiro, planejamento das coletas, entre outras
providencias deve-se seguir a Resolução CONAMA.
Classe A: concreto, blocos de concreto, blocos cerâmicos, argamassas,
outros componentes cerâmicos, tijolos e assemelhados, etc.
Classe B: madeira, plásticos, papelão e papéis, metais, etc.
Classe C: gesso de revestimento chapa de gesso acantonado, amianto, etc.
Classe D: ferramentas e embalagens contaminadas por resíduos perigosos,
tintas, solventes, etc.

4.1.1 Implantações de Sistema de Gestão de Qualidade

A qualidade do produto final, sendo ele o edifício e todos os seus


componentes, também é fundamental para uma construção sustentável. A busca
pela melhoria contínua estimula a inovação e o desenvolvimento de processos que
aumentem a produtividade, a durabilidade e diminuam o consumo de recursos
naturais. (CÂMARA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, 2008).
Um sistema de gestão de qualidade tem como objetivo visar antes de tudo, à
qualidade do produto final, atendendo as necessidades de todas as partes
interessadas.
Uma abordagem para desenvolver e programar um Sistema de Gestão da
Qualidade, segundo a série de normas NBR’s ISO 9000:2000, consiste em várias
etapas, apresentadas a seguir:
● estabelecimento da política da qualidade e dos objetivos da qualidade da
organização;
● determinação dos processos e responsabilidades necessários para atingir
os objetivos da qualidade;
33

● determinação e fornecimento dos recursos necessários para atingir os


objetivos da qualidade;
● estabelecimento de métodos para medir a eficácia e a eficiência de cada
processo;
● aplicação dessas medidas para determinar a eficácia e a eficiência de cada
processo;
● determinação dos meios para prevenir não-conformidades e eliminar suas
causas;
● estabelecimento e aplicação de um processo para melhoria contínua do
sistema de gestão da qualidade.
O Sistema de Gestão de Qualidade deverá também prever a melhoria
contínua do desempenho, coordenação, produtividade e manutenção do patamar de
competitividade alcançado, nestas circunstâncias a gestão da qualidade na
construção civil, que antes já era importante, se tornou ainda mais essencial para as
empresas construtoras que desejem gerar resultados satisfatórios e se manterem
competitivas, tanto do ponto de vista operacional como financeiro.
34

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A preocupação com a sustentabilidade tem levado a Indústria da Construção


Civil, mesmo que com certo atraso em relação a outros setores produtivos, a
grandes transformações e à absorção de novos conceitos gerenciais em razão do
aperfeiçoamento profissional de seus administradores, da pressão exercida pela
concorrência a nível internacional e pelo maior grau de conhecimento e exigência do
consumidor, que valoriza cada vez mais empresas e produtos certificados em
qualidade, ética e responsabilidade ambiental.
O presente trabalho teve como objetivo de obter edificações cada vez mais
sustentáveis com compromisso com os casos ambientais locais e temporais,
considerando problemas simples como a trilogia dos 3 R’s (Reuso Reutilizar,
Reciclar). E, por outro lado, analisar constantemente o crescimento tecnológico no
objetivo de se obter uma edificação sustentável que apresente soluções as
exigências primordiais dos seres humanos tendo em vista a proteção dos recursos
naturais renováveis e de baixo custo: construtivo e de manutenção pós ocupação.
Verifica-se, então que as ações para se alcançar a sustentabilidade não
devem ser únicas. Os processos devem compreender diferentes áreas da sociedade
e áreas produtivos propondo processos que tendem criar caminhos sustentáveis
para resolver as questões dos problemas urbanos.
35

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