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CAMPO GRANDE MS
2023
ANA EDNA SILVA LOPES
Orientador:
CAMPO GRANDE – MS
2023
ANA EDNA SILVA LOPES
BANCA EXAMINADORA
Muito obrigado!
“Só se pode alcançar um grande êxito quando nos
mantemos fiéis a nós mesmos.”
Friedrich Nietzsche
LOPES, Ana. TELHADO VERDE: Benefícios ambientais e econômicos para a
construção sustentável. 2023. 40p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Engenharia Civil) – Universidade Estácio de Sá, Campo Grande – MS, 2023.
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 11
1.1 Problema............................................................................................................ 12
2 OBJETIVOS........................................................................................................... 13
2.1 Objeto Geral....................................................................................................... 13
2.2 Objetivos específicos........................................................................................13
3 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................14
4 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................15
5 METODOLOGIA.....................................................................................................20
5.1 Especificação de universo e amostra..............................................................20
5.2 Instrumento de coleta........................................................................................20
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 26
1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
O telhado verde é uma prática sustentável que tem ganhado cada vez mais
destaque na construção civil. Trata-se de uma solução que consiste em criar uma
cobertura vegetal sobre os telhados das edificações, trazendo benefícios ambientais,
sociais e econômicos (KÖHLER et al., 2002). Nos últimos anos, a preocupação com
os impactos ambientais das construções tem aumentado significativamente. As
edificações convencionais contribuem para a impermeabilização do solo, formação
de ilhas de calor e poluição atmosférica, entre outros problemas ambientais
(GETTER; ROWE, 2006).
os telhados verdes são pequenos pulmões nas grandes cidades, proporcionando
a criação de corredores que facilitem a troca atmosférica, melhorem o ambiente e
reduzam o consumo de energia, resultando em uma redução geral no uso de
recursos. Essa abordagem é especialmente relevante para regular a temperatura em
áreas quentes e fornecer isolamento em regiões frias, como aquelas com invernos
rigorosos. Por meio da cobertura vegetal, as baixas temperaturas demoram a se
acumular, dificultando o acesso a espaços interiores e tornando-se uma
preocupação crucial para países em desenvolvimento, bem como para nações
europeias e regiões montanhosas do México e da Bolívia.
O sistema de telhado verde tem se destacado na indústria da construção civil
como uma solução parcial para diversas questões ambientais. Ele contribui para a
redução da poluição, minimiza os efeitos das ilhas de calor, melhora a qualidade do
ar e oferece uma iniciativa eficaz para aumentar a presença de áreas verdes em
ambientes urbanos (SILVA, 2011). Segundo Tomaz (2005), a diferença de
temperatura entre os telhados verdes e as áreas adjacentes pode variar de 1,7 a
3,9°C, resultando em uma redução de 10% no custo dos sistemas de ar
condicionado. Ao adotar telhados verdes, as ilhas de calor nas áreas urbanas são
mitigadas através da evapotranspiração das plantas presentes nas coberturas
(ALBERTO, 2012).
Os telhados verdes oferecem uma série de benefícios ambientais, como a
redução do escoamento de água pluvial, melhoria da qualidade do ar, mitigação do
efeito de ilhas de calor e aumento da biodiversidade urbana (BERARDI, 2013;
MENTENS et al., 2013). Para Bass e Baskaran (2013) além dos benefícios
ambientais, os telhados verdes também proporcionam benefícios sociais, como a
criação de espaços verdes adicionais nas áreas urbanas, melhorando a qualidade
de vida e o bem-estar dos habitantes.
O telhado verde é considerado uma estratégia sustentável, pois contribui para a
preservação do meio ambiente, promove a eficiência energética das edificações e
auxilia na mitigação das mudanças climáticas. Apesar do investimento inicial mais
elevado, os telhados verdes podem trazer benefícios econômicos a longo prazo,
como a redução dos custos de energia e a valorização dos imóveis (LIU et al.,
2018).
Os telhados verdes demonstram a capacidade de retenção de água da chuva,
retendo de 15% a 70% do volume de água que cai sobre eles. Essa característica
desempenha um papel significativo na redução do pico de água durante enchentes.
Além disso, a instalação de um telhado verde sobre uma laje resultou em uma
diminuição de aproximadamente 15 graus Celsius na temperatura da superfície.
Esse efeito tem um impacto direto no conforto térmico dos ambientes, podendo
reduzir a carga térmica do ar condicionado em até 240 quilowatts-hora por metro
quadrado, dependendo do tipo de telhado, vegetação e espaço disponível
(SPANGENBERG, 2004).
Os telhados verdes representam uma alternativa que desafia o paradigma do
design convencional, oferecendo soluções e potenciais para o aproveitamento de
recursos locais. Eles apresentam benefícios tanto em termos térmicos quanto
acústicos, aumentando a umidade dos ambientes internos e o desempenho dos
sistemas de ar condicionado. Além disso, essas estruturas têm a capacidade de
elevar a temperatura em seu entorno e atuar como filtros, retendo partículas e gases
tóxicos prejudiciais à saúde humana (KREBS, 2005).
De acordo com Antunes (2009), as espécies de plantas mais populares para
telhados verdes são xerófitas, adaptadas a áreas de baixa umidade, semelhantes
aos cactos. Essas plantas possuem a capacidade de conservar água e sobreviver
em condições adversas, sendo ideais para o topo dos telhados, uma vez que
requerem pouca manutenção e irrigação adequada.
Segundo Oberndorfer et al. (2007) O desenvolvimento de tecnologias e técnicas
específicas para a implantação de telhados verdes tem avançado, permitindo sua
adaptação a diferentes contextos climáticos e estruturais. A implementação de
telhados verdes tem sido incentivada por políticas públicas em várias cidades ao
redor do mundo, como uma estratégia para promover a sustentabilidade urbana e
enfrentar os desafios ambientais (BLANC et al., 2011).
Apesar dos benefícios, a implementação de telhados verdes ainda enfrenta
desafios, como a seleção adequada de vegetação, a garantia da impermeabilização
eficiente e a manutenção regular (VAN WOERT et al., 2005).
A sustentabilidade tem se tornado um tema cada vez mais relevante na indústria
da construção civil. O setor é responsável por uma significativa parcela dos impactos
ambientais, sociais e econômicos, mas também apresenta um grande potencial para
promover práticas sustentáveis. Nesse sentido, diversos estudos têm sido
conduzidos no Brasil visando compreender e desenvolver estratégias que promovam
a sustentabilidade na construção civil.
Um estudo realizado por Amorim (2010) analisou duas obras de referência no
Brasil que buscavam incorporar princípios de sustentabilidade. A pesquisa
identificou os desafios enfrentados durante o processo de implementação dessas
práticas e destacou a importância de considerar aspectos ambientais, sociais e
econômicos de forma integrada.
Segundo Falcão (2018) apresenta uma visão abrangente sobre a
sustentabilidade na construção civil. A obra aborda desde os conceitos básicos até
as diretrizes e estratégias aplicadas em projetos sustentáveis. O autor destaca a
importância de considerar a eficiência energética, a gestão de resíduos, a utilização
de materiais sustentáveis e a preservação dos recursos naturais.
Para Gonçalves et al. (2017) propôs um modelo de avaliação da sustentabilidade
em obras residenciais. A pesquisa desenvolveu critérios de avaliação considerando
aspectos como eficiência energética, uso racional da água, gestão de resíduos e
qualidade do ambiente interno. O modelo proposto pode auxiliar na tomada de
decisões para promover a sustentabilidade na construção civil.
O Instituto Brasileiro de Auditoria de Engenharia (IBRAENG, 2015) publicou um
manual de boas práticas em sustentabilidade na construção civil. O documento
apresenta diretrizes e recomendações para a adoção de práticas sustentáveis em
todas as etapas do ciclo de vida de um empreendimento, desde o projeto até a
operação e manutenção.
A NBR 15.575:2013 - Norma de Desempenho para Edificações Habitacionais,
desenvolvida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece
critérios de desempenho para diferentes sistemas e componentes das edificações. A
norma tem como objetivo garantir a qualidade, segurança, conforto e
sustentabilidade das construções residenciais.
No âmbito da gestão de resíduos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº
12.305/2010) estabelece diretrizes e instrumentos para a gestão adequada dos
resíduos gerados na construção civil. A legislação tem como objetivo a redução,
reutilização, reciclagem e destinação adequada dos resíduos, contribuindo para a
sustentabilidade do setor (ABNT, 2010).
O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) é uma
iniciativa do Governo Federal que busca melhorar a qualidade e a sustentabilidade
das construções no país. O programa incentiva a adoção de práticas sustentáveis,
como a certificação de sistemas de gestão da qualidade e a capacitação dos
profissionais da construção civil (FALCÃO, 2018).
De acordo com Amorim (2010) no campo da eficiência energética, a etiquetagem
de eficiência energética de edifícios é uma iniciativa adotada no Brasil, semelhante
ao selo Energy Star em outros países. A etiquetagem classifica os edifícios de
acordo com sua eficiência energética, permitindo que os consumidores façam
escolhas conscientes e promovendo a redução do consumo de energia.
Em relação aos materiais de construção, a certificação ambiental de produtos
tem se tornado uma prática cada vez mais comum. O selo "Construção Sustentável",
por exemplo, é uma certificação voluntária que atesta a sustentabilidade dos
materiais utilizados na construção, considerando aspectos como a origem dos
materiais, a emissão de poluentes e o ciclo de vida do produto. Outra importante
iniciativa é o conceito de "Construção Enxuta" ou "Lean Construction". Essa
abordagem visa reduzir desperdícios e otimizar processos na construção civil,
resultando em uma maior eficiência e sustentabilidade dos empreendimentos
(GONÇALVES, 2017).
A utilização de tecnologias sustentáveis também tem ganhado destaque na
construção civil. Exemplos incluem sistemas de captação de água da chuva, energia
solar fotovoltaica, isolamento térmico e soluções de reuso de água. Em suma, a
sustentabilidade na construção civil tem sido objeto de estudos e iniciativas no
Brasil. A incorporação de práticas sustentáveis nas edificações pode contribuir para
a redução de impactos ambientais, a melhoria da qualidade de vida dos ocupantes e
a promoção de uma indústria mais responsável e consciente. A aplicação de
normas, manuais e certificações, aliada à adoção de tecnologias e estratégias
sustentáveis, pode impulsionar a construção civil rumo a um futuro mais sustentável
(ALBERTO, 2012).
Como resultado, autores como Vizeu, Meneghetti e Seifert (2012) sugerem
que, devido às raízes históricas do capitalismo, a reconciliação de objetivos
econômicos, sociais e ambientais defendidos pelo discurso dominante da
sustentabilidade é considerado uma impossibilidade, como resultado, é ideológico
e como resultado, o discurso da sustentabilidade ideológica pode ser considerado
uma tática prática ou gerencial que, finalmente, serve para ocultar o fenômeno da
agressão ao ambiente natural, serve como uma estratégia de marketing comercial,
a fim de obter maiores lucros.
Estima -se que até 50% dos resíduos sólidos produzidos sejam descartados,
pois todas as atividades humanas são derivadas de construção. Todos os aspectos
ambientais e esses fatores são adicionados a qualidade de vida que o ambiente
construído possui, para integrar as conexões entre construção civil e meio
ambiente. Antunes (2009) diz que existem agências regulatórias governamentais
dentro do conceito de sustentabilidade, eles colaboram com o setor privado para
maximizar os efeitos dessas empresas e resíduos criado durante a construção e
operação de obras.
O setor de construção também buscou maior sustentabilidade na tentativa
de cumprir os requisitos legais, bem como melhorar suas práticas de gestão e
responsabilidade ambiental (OLIVEIRA, et al., 2012). Como resultado, os
construtores do país têm certificações ambientais dedicadas ao aumento do valor
de seus negócios, tornando-se mais competitivas no mercado e desenvolvendo
uma estratégia sustentável de longo prazo (OTOBO; SANTANA; COSTA, 2016).
Com a crescente demanda por produtos e o aumento da concorrência, a
produção de sustentável se tornou uma vantagem competitiva. O conceito de
sustentabilidade na construção não se limita ao desperdício de materiais, mas
também envolve ações para reduzir custos e insumos, reciclar e utilizar recursos
naturais de maneira mais inteligente nos empreendimentos de engenharia.
Incentive o progresso econômico, regional e social. É impossível incorporar a
sustentabilidade na construção, se isso não fizer parte do design desde o início
(ROQUE; PIERRE, 2019).
3 METODOLOGIA
Resultante em 41 artigos
Analisados 25 artigos
BLANC, P., ET AL. (2011). Implementation guidelines for green roofs in the
Mediterranean countries. European Cooperation in Science and Technology,
COST Action 634, Brussels.
GETTER, K.L. AND ROWE, D.B. (2006). The role of extensive green roofs in
sustainable development. HortScience, 41(5), 1276-1285.
MENTENS, J., et al. (2013). Green roofs as a tool for solving the rainwater runoff
problem in the urbanized 21st century? Landscape and Urban Planning, 107(3),
244-246.
VAN WOERT, N.D., ET AL. (2005). Green roof stormwater retention: Effects of
roof surface, slope, and media depth. Journal of Environmental Quality, 34(3),
1036-1044.
VIZEU, F., MENEGHETTI, F. K., & SEIFERT, R. E. (2012). Por uma crítica ao
conceito de sustentabilidade nos estudos organizacionais. Anais do Encontro
de Estudos da ANPAD. Curitiba, PR, Brasil, 7
JUSTO, Débora Coelho et al. Telhado verde e telhado convencional: uma análise
comparativa entre a viabilidade técnica e econômica para o uso em
edificações. 2022.
SÁ, Renê Alexssandro Brito de. O telhado verde no clima semiárido: um estudo
de viabilidade para construições em Pau dos Ferros/RN. 2018.
SCHMITT, Eduardo Jardel. Estudo da viabilidade econômica e dos benefícios do
emprego da técnica construtiva telhado verde. 2020.
VIER, Lucas Carvalho. Estudo de viabilidade econômica para implantação de
telhado verde em habitações de interesse social. 2017.
NASCIMENTO, Mariana Malamin do. Estudo da viabilidade econômica da
técnica de telhados verdes em unidades do programa Minha Casa Minha Vida
na cidade de Campo Mourão, PR. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná.