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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

ANA EDNA SILVA LOPES

TELHADO VERDE: BENEFÍCIOS AMBIENTAIS E


ECONÔMICOS PARA A CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

CAMPO GRANDE MS
2023
ANA EDNA SILVA LOPES

TELHADO VERDE: BENEFÍCIOS AMBIENTAIS E


ECONÔMICOS PARA A CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Universidade Estácio de Sá, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Engenharia Civil.

Orientador:

CAMPO GRANDE – MS
2023
ANA EDNA SILVA LOPES

TELHADO VERDE: BENEFÍCIOS AMBIENTAIS E


ECONÔMICOS PARA A CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Instituição Estácio de Sá, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Engenharia Civil.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Cidade, dia de mês de ano (Fonte Arial 12)


AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares, cujo amor, apoio e compreensão foram fundamentais


durante toda essa jornada acadêmica. Obrigado por acreditarem em mim e me
incentivarem a perseguir meus sonhos.
Aos meus amigos e colegas de curso, pelas horas de estudo em grupo, pelas
discussões enriquecedoras e pela camaradagem ao longo desses anos. Vocês
tornaram essa jornada mais leve e divertida.
Ao meu orientador,, pelo seu comprometimento, orientação e paciência ao me
guiar nesse processo de pesquisa e escrita. Suas contribuições foram inestimáveis e
sou grato por toda a dedicação.
Aos professores do curso, pelo conhecimento transmitido, pelos desafios
propostos e pelas oportunidades de aprendizado. Suas aulas e orientações foram
essenciais para o desenvolvimento deste trabalho.
Aos profissionais que participaram deste estudo, pela disponibilidade em
compartilhar seus conhecimentos e experiências. Suas contribuições foram
fundamentais para enriquecer minha pesquisa.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste
trabalho, meu sincero agradecimento. Seja por meio de incentivos, sugestões,
críticas construtivas ou simplesmente pelo apoio moral, cada gesto foi valioso.
Que este trabalho possa contribuir de alguma forma para o avanço do
conhecimento na área e para o benefício da sociedade como um todo.

Muito obrigado!
“Só se pode alcançar um grande êxito quando nos
mantemos fiéis a nós mesmos.”
Friedrich Nietzsche
LOPES, Ana. TELHADO VERDE: Benefícios ambientais e econômicos para a
construção sustentável. 2023. 40p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Engenharia Civil) – Universidade Estácio de Sá, Campo Grande – MS, 2023.

RESUMO

Com a urbanização desenfreada, os espaços verdes estão se tornando cada vez


mais escassos, levando ao efeito de ilha de calor urbana, poluição ambiental,
inundações e chuva ácida. Como resultado, tornou-se necessário o surgimento de
ações envolvendo tecnologia, inovação e desenvolvimento sustentável. As
inovações mais recentes conhecidas incluem telhados verdes, telhados vivos,
telhados ecológicos e biocoberturas, entre outros. O estudo é justificado devido ao
processo de construção analisado em um novo ambiente e à necessidade de
coexistir com o meio ambiente em uma nova forma de utilizar os espaços habitáveis.
A aceleração da urbanização e o aumento do consumo de energia nos edifícios
também aumentam a demanda por serviços de infraestrutura. A energia, portanto,
determina o aumento da temperatura urbana devido à redução de áreas verdes
permeáveis e à expansão das ilhas de calor. A pesquisa tem como objetivo
apresentar a importância do uso de telhados verdes na indústria da construção para
reduzir os impactos ambientais. Os telhados verdes são uma solução viável e
sustentável na indústria da construção, trazendo benefícios ambientais, econômicos
e sociais. Eles ajudam a reduzir o impacto ambiental dos edifícios, melhoram o
conforto térmico e a qualidade do ar, promovem a biodiversidade urbana e
contribuem para aprimorar a estética urbana. Com um planejamento adequado,
investimento inicial consciente e incentivos governamentais, os telhados verdes
podem se tornar uma prática comum e indispensável para a construção sustentável
no futuro.
Palavras-chave: Telhado Verde. Viabilidade. Sustentabilidade. Construção cilvil.
LOPES, Ana. Green Roof: Environmental and Economic Benefits for Sustainable
Construction. 40p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia
Civil) – Universidade Estácio de Sá, Campo Grande – MS, 2023.

ABSTRACT

With unchecked urbanization, green spaces are becoming increasingly scarce,


leading to the urban heat island effect, environmental pollution, floods, and acid rain.
As a result, the emergence of actions involving technology, innovation, and
sustainable development has become necessary. The most recent known
innovations include green roofs, living roofs, ecological roofs, and biocovers, among
others. The study is justified due to the construction process analyzed in a new
environment and the need to coexist with the environment in a new way of using
living spaces. The acceleration of urbanization and the increase in energy
consumption in buildings also increase the demand for infrastructure services.
Energy, therefore, determines the urban temperature rise due to the reduction of
permeable green areas and the expansion of heat islands. The research aims to
present the importance of using green roofs in the construction industry to reduce
environmental impacts. Green roofs are a viable and sustainable solution in the
construction industry, bringing environmental, economic, and social benefits. They
help reduce the environmental impact of buildings, improve thermal comfort and air
quality, promote urban biodiversity, and contribute to enhancing urban aesthetics.
With adequate planning, conscious initial investment, and government incentives,
green roofs can become a common and indispensable practice for sustainable
construction in the future.
Keywords: Green Roof. Viability. Sustainability. Civil Construction.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Modelo explicativo da revisão sistemática.....................................18


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normar Técnicas


BDTD Biblioteca Digital de Teses e Dissertações
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 11
1.1 Problema............................................................................................................ 12
2 OBJETIVOS........................................................................................................... 13
2.1 Objeto Geral....................................................................................................... 13
2.2 Objetivos específicos........................................................................................13
3 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................14
4 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................15
5 METODOLOGIA.....................................................................................................20
5.1 Especificação de universo e amostra..............................................................20
5.2 Instrumento de coleta........................................................................................20
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 26
1 INTRODUÇÃO

A pesquisa contribui para promover o uso de telhados verdes em áreas


urbanas, incentivando o conhecimento sobre suas vantagens. A impermeabilização
excessiva das cidades tem causado problemas relacionados ao escoamento
superficial da água, afetando negativamente a qualidade de vida da população. A
infraestrutura urbana tem sido desenvolvida de maneira inadequada, resultando em
impactos significativos. A gestão inadequada da drenagem urbana tem gerado mais
danos do que benefícios ao meio ambiente.
Com a crescente urbanização, o espaço verde está se tornando escasso, o
que contribui para o surgimento de ilhas de calor, poluição ambiental, inundações e
chuvas ácidas. Diante disso, a tecnologia, inovação e o desenvolvimento sustentável
têm desempenhado um papel importante. Dentre as soluções mais recentes,
destacam-se os telhados verdes, também conhecidos como telhados vivos, telhados
ecológicos e biocoberturas (ALBERTO, 2012).
Em muitos centros urbanos, a gestão das águas pluviais se tornou uma
questão urgente. O aumento das áreas impermeáveis, como ruas e edificações,
resulta no acúmulo de água devido à falta de retenção, provocando o escoamento
excessivo. Isso acarreta na contaminação das águas pluviais por substâncias como
óleo e lixo, que são direcionadas aos córregos e rios.
O setor da construção é uma das atividades humanas com maior impacto
ambiental, devido ao uso intensivo de recursos naturais. Estima-se que cerca de
50% dos recursos naturais extraídos estejam relacionados às atividades de
construção. Portanto, equilibrar a produtividade e a rentabilidade com o
desenvolvimento sustentável é um grande desafio (DARAIA, 2017).
Além de reduzir as áreas impermeáveis, os telhados verdes oferecem
diversas vantagens, como isolamento térmico, melhoria do ambiente climático,
criação de hortas urbanas e formação de microsistemas. Esta pesquisa amplia os
conhecimentos sobre o uso de telhados verdes e sua contribuição na redução do
escoamento das águas pluviais. Dessa forma, contribui para promover a construção
sustentável, tanto em novos espaços quanto em locais já existentes que podem
passar por mudanças.
É importante ressaltar que o sucesso dos telhados verdes depende de
medidas adequadas, como a seleção adequada de vegetação e a estrutura correta.
Além disso, é fundamental considerar a importância dos cálculos estruturais, mesmo
que o sistema seja considerado leve. A impermeabilização de estruturas, lajes e
sistemas de drenagem adequados são aspectos essenciais (SAVI, 2012).

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

A problemática abordada neste estudo está relacionada às questões


ambientais, como poluição do ar e do solo, escassez de água de qualidade,
ocorrência de enchentes e formação de ilhas de calor. Esses problemas podem ser
atribuídos à ocupação desordenada do solo, ao grande número de indústrias e à
falta de áreas verdes.
Com o acelerado processo de urbanização e o aumento das construções,
além do aumento do consumo de energia, os edifícios também contribuem para o
aumento da demanda por serviços de infraestrutura. A energia utilizada, por sua vez,
leva ao aumento da temperatura nas áreas urbanas devido à diminuição das áreas
verdes permeáveis e ao aumento das áreas de formação de ilhas de calor. Diante
desse cenário, torna-se necessário implementar novos sistemas e utilizar materiais
sustentáveis capazes de atender a essa demanda ambiental.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivos Geral

Destacar a relevância da aplicação de telhados verdes na indústria da


construção civil e contribuição contra os impactos ambientais

1.2.2 Objetivos Específicos

 Examinar a viabilidade do uso de telhados verdes em projetos de construção


civil;
 Avaliar a durabilidade e a manutenção de telhados verdes como parte da
infraestrutura verde urbana;
 Avaliar os aspectos construtivos e técnicos relacionados à implementação de
telhados verdes.

1.3 JUSTIFICATIVA

A utilização de telhados verdes na construção civil é justificada pelos


inúmeros benefícios ambientais que proporciona. Com o crescimento acelerado das
áreas urbanas, é cada vez mais importante adotar soluções sustentáveis que
minimizem os impactos negativos da urbanização no meio ambiente. Os telhados
verdes oferecem uma forma eficiente de combater a poluição do ar e do solo, reduzir
o efeito de ilhas de calor, controlar o escoamento superficial das águas pluviais e
promover a biodiversidade nas cidades.
Além da justificativa ambiental, a utilização de telhados verdes também
apresenta viabilidade econômica. Embora o investimento inicial possa ser um pouco
maior em comparação aos telhados tradicionais, os benefícios a longo prazo
superam os custos. Os telhados verdes ajudam a reduzir os custos de energia ao
oferecer isolamento térmico natural, diminuindo a necessidade de sistemas de
aquecimento e refrigeração. Além disso, eles podem prolongar a vida útil do telhado,
reduzindo a necessidade de manutenção e substituição frequentes.
Por fim, a utilização de telhados verdes na construção civil contribui para a
sustentabilidade urbana. Eles são uma solução eficaz para enfrentar os desafios
ambientais e de qualidade de vida nas cidades, proporcionando um ambiente mais
saudável e agradável para os habitantes. Ao integrar a natureza na infraestrutura
urbana, os telhados verdes promovem a conexão entre os espaços construídos e o
meio ambiente, criando um equilíbrio entre desenvolvimento urbano e preservação
ambiental. Essa abordagem sustentável é fundamental para garantir um futuro mais
resiliente e ecologicamente consciente para as cidades.
2 REFERENCIAL TEÓRICO

O telhado verde é uma prática sustentável que tem ganhado cada vez mais
destaque na construção civil. Trata-se de uma solução que consiste em criar uma
cobertura vegetal sobre os telhados das edificações, trazendo benefícios ambientais,
sociais e econômicos (KÖHLER et al., 2002). Nos últimos anos, a preocupação com
os impactos ambientais das construções tem aumentado significativamente. As
edificações convencionais contribuem para a impermeabilização do solo, formação
de ilhas de calor e poluição atmosférica, entre outros problemas ambientais
(GETTER; ROWE, 2006).
os telhados verdes são pequenos pulmões nas grandes cidades, proporcionando
a criação de corredores que facilitem a troca atmosférica, melhorem o ambiente e
reduzam o consumo de energia, resultando em uma redução geral no uso de
recursos. Essa abordagem é especialmente relevante para regular a temperatura em
áreas quentes e fornecer isolamento em regiões frias, como aquelas com invernos
rigorosos. Por meio da cobertura vegetal, as baixas temperaturas demoram a se
acumular, dificultando o acesso a espaços interiores e tornando-se uma
preocupação crucial para países em desenvolvimento, bem como para nações
europeias e regiões montanhosas do México e da Bolívia.
O sistema de telhado verde tem se destacado na indústria da construção civil
como uma solução parcial para diversas questões ambientais. Ele contribui para a
redução da poluição, minimiza os efeitos das ilhas de calor, melhora a qualidade do
ar e oferece uma iniciativa eficaz para aumentar a presença de áreas verdes em
ambientes urbanos (SILVA, 2011). Segundo Tomaz (2005), a diferença de
temperatura entre os telhados verdes e as áreas adjacentes pode variar de 1,7 a
3,9°C, resultando em uma redução de 10% no custo dos sistemas de ar
condicionado. Ao adotar telhados verdes, as ilhas de calor nas áreas urbanas são
mitigadas através da evapotranspiração das plantas presentes nas coberturas
(ALBERTO, 2012).
Os telhados verdes oferecem uma série de benefícios ambientais, como a
redução do escoamento de água pluvial, melhoria da qualidade do ar, mitigação do
efeito de ilhas de calor e aumento da biodiversidade urbana (BERARDI, 2013;
MENTENS et al., 2013). Para Bass e Baskaran (2013) além dos benefícios
ambientais, os telhados verdes também proporcionam benefícios sociais, como a
criação de espaços verdes adicionais nas áreas urbanas, melhorando a qualidade
de vida e o bem-estar dos habitantes.
O telhado verde é considerado uma estratégia sustentável, pois contribui para a
preservação do meio ambiente, promove a eficiência energética das edificações e
auxilia na mitigação das mudanças climáticas. Apesar do investimento inicial mais
elevado, os telhados verdes podem trazer benefícios econômicos a longo prazo,
como a redução dos custos de energia e a valorização dos imóveis (LIU et al.,
2018).
Os telhados verdes demonstram a capacidade de retenção de água da chuva,
retendo de 15% a 70% do volume de água que cai sobre eles. Essa característica
desempenha um papel significativo na redução do pico de água durante enchentes.
Além disso, a instalação de um telhado verde sobre uma laje resultou em uma
diminuição de aproximadamente 15 graus Celsius na temperatura da superfície.
Esse efeito tem um impacto direto no conforto térmico dos ambientes, podendo
reduzir a carga térmica do ar condicionado em até 240 quilowatts-hora por metro
quadrado, dependendo do tipo de telhado, vegetação e espaço disponível
(SPANGENBERG, 2004).
Os telhados verdes representam uma alternativa que desafia o paradigma do
design convencional, oferecendo soluções e potenciais para o aproveitamento de
recursos locais. Eles apresentam benefícios tanto em termos térmicos quanto
acústicos, aumentando a umidade dos ambientes internos e o desempenho dos
sistemas de ar condicionado. Além disso, essas estruturas têm a capacidade de
elevar a temperatura em seu entorno e atuar como filtros, retendo partículas e gases
tóxicos prejudiciais à saúde humana (KREBS, 2005).
De acordo com Antunes (2009), as espécies de plantas mais populares para
telhados verdes são xerófitas, adaptadas a áreas de baixa umidade, semelhantes
aos cactos. Essas plantas possuem a capacidade de conservar água e sobreviver
em condições adversas, sendo ideais para o topo dos telhados, uma vez que
requerem pouca manutenção e irrigação adequada.
Segundo Oberndorfer et al. (2007) O desenvolvimento de tecnologias e técnicas
específicas para a implantação de telhados verdes tem avançado, permitindo sua
adaptação a diferentes contextos climáticos e estruturais. A implementação de
telhados verdes tem sido incentivada por políticas públicas em várias cidades ao
redor do mundo, como uma estratégia para promover a sustentabilidade urbana e
enfrentar os desafios ambientais (BLANC et al., 2011).
Apesar dos benefícios, a implementação de telhados verdes ainda enfrenta
desafios, como a seleção adequada de vegetação, a garantia da impermeabilização
eficiente e a manutenção regular (VAN WOERT et al., 2005).
A sustentabilidade tem se tornado um tema cada vez mais relevante na indústria
da construção civil. O setor é responsável por uma significativa parcela dos impactos
ambientais, sociais e econômicos, mas também apresenta um grande potencial para
promover práticas sustentáveis. Nesse sentido, diversos estudos têm sido
conduzidos no Brasil visando compreender e desenvolver estratégias que promovam
a sustentabilidade na construção civil.
Um estudo realizado por Amorim (2010) analisou duas obras de referência no
Brasil que buscavam incorporar princípios de sustentabilidade. A pesquisa
identificou os desafios enfrentados durante o processo de implementação dessas
práticas e destacou a importância de considerar aspectos ambientais, sociais e
econômicos de forma integrada.
Segundo Falcão (2018) apresenta uma visão abrangente sobre a
sustentabilidade na construção civil. A obra aborda desde os conceitos básicos até
as diretrizes e estratégias aplicadas em projetos sustentáveis. O autor destaca a
importância de considerar a eficiência energética, a gestão de resíduos, a utilização
de materiais sustentáveis e a preservação dos recursos naturais.
Para Gonçalves et al. (2017) propôs um modelo de avaliação da sustentabilidade
em obras residenciais. A pesquisa desenvolveu critérios de avaliação considerando
aspectos como eficiência energética, uso racional da água, gestão de resíduos e
qualidade do ambiente interno. O modelo proposto pode auxiliar na tomada de
decisões para promover a sustentabilidade na construção civil.
O Instituto Brasileiro de Auditoria de Engenharia (IBRAENG, 2015) publicou um
manual de boas práticas em sustentabilidade na construção civil. O documento
apresenta diretrizes e recomendações para a adoção de práticas sustentáveis em
todas as etapas do ciclo de vida de um empreendimento, desde o projeto até a
operação e manutenção.
A NBR 15.575:2013 - Norma de Desempenho para Edificações Habitacionais,
desenvolvida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece
critérios de desempenho para diferentes sistemas e componentes das edificações. A
norma tem como objetivo garantir a qualidade, segurança, conforto e
sustentabilidade das construções residenciais.
No âmbito da gestão de resíduos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº
12.305/2010) estabelece diretrizes e instrumentos para a gestão adequada dos
resíduos gerados na construção civil. A legislação tem como objetivo a redução,
reutilização, reciclagem e destinação adequada dos resíduos, contribuindo para a
sustentabilidade do setor (ABNT, 2010).
O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) é uma
iniciativa do Governo Federal que busca melhorar a qualidade e a sustentabilidade
das construções no país. O programa incentiva a adoção de práticas sustentáveis,
como a certificação de sistemas de gestão da qualidade e a capacitação dos
profissionais da construção civil (FALCÃO, 2018).
De acordo com Amorim (2010) no campo da eficiência energética, a etiquetagem
de eficiência energética de edifícios é uma iniciativa adotada no Brasil, semelhante
ao selo Energy Star em outros países. A etiquetagem classifica os edifícios de
acordo com sua eficiência energética, permitindo que os consumidores façam
escolhas conscientes e promovendo a redução do consumo de energia.
Em relação aos materiais de construção, a certificação ambiental de produtos
tem se tornado uma prática cada vez mais comum. O selo "Construção Sustentável",
por exemplo, é uma certificação voluntária que atesta a sustentabilidade dos
materiais utilizados na construção, considerando aspectos como a origem dos
materiais, a emissão de poluentes e o ciclo de vida do produto. Outra importante
iniciativa é o conceito de "Construção Enxuta" ou "Lean Construction". Essa
abordagem visa reduzir desperdícios e otimizar processos na construção civil,
resultando em uma maior eficiência e sustentabilidade dos empreendimentos
(GONÇALVES, 2017).
A utilização de tecnologias sustentáveis também tem ganhado destaque na
construção civil. Exemplos incluem sistemas de captação de água da chuva, energia
solar fotovoltaica, isolamento térmico e soluções de reuso de água. Em suma, a
sustentabilidade na construção civil tem sido objeto de estudos e iniciativas no
Brasil. A incorporação de práticas sustentáveis nas edificações pode contribuir para
a redução de impactos ambientais, a melhoria da qualidade de vida dos ocupantes e
a promoção de uma indústria mais responsável e consciente. A aplicação de
normas, manuais e certificações, aliada à adoção de tecnologias e estratégias
sustentáveis, pode impulsionar a construção civil rumo a um futuro mais sustentável
(ALBERTO, 2012).
Como resultado, autores como Vizeu, Meneghetti e Seifert (2012) sugerem
que, devido às raízes históricas do capitalismo, a reconciliação de objetivos
econômicos, sociais e ambientais defendidos pelo discurso dominante da
sustentabilidade é considerado uma impossibilidade, como resultado, é ideológico
e como resultado, o discurso da sustentabilidade ideológica pode ser considerado
uma tática prática ou gerencial que, finalmente, serve para ocultar o fenômeno da
agressão ao ambiente natural, serve como uma estratégia de marketing comercial,
a fim de obter maiores lucros.
Estima -se que até 50% dos resíduos sólidos produzidos sejam descartados,
pois todas as atividades humanas são derivadas de construção. Todos os aspectos
ambientais e esses fatores são adicionados a qualidade de vida que o ambiente
construído possui, para integrar as conexões entre construção civil e meio
ambiente. Antunes (2009) diz que existem agências regulatórias governamentais
dentro do conceito de sustentabilidade, eles colaboram com o setor privado para
maximizar os efeitos dessas empresas e resíduos criado durante a construção e
operação de obras.
O setor de construção também buscou maior sustentabilidade na tentativa
de cumprir os requisitos legais, bem como melhorar suas práticas de gestão e
responsabilidade ambiental (OLIVEIRA, et al., 2012). Como resultado, os
construtores do país têm certificações ambientais dedicadas ao aumento do valor
de seus negócios, tornando-se mais competitivas no mercado e desenvolvendo
uma estratégia sustentável de longo prazo (OTOBO; SANTANA; COSTA, 2016).
Com a crescente demanda por produtos e o aumento da concorrência, a
produção de sustentável se tornou uma vantagem competitiva. O conceito de
sustentabilidade na construção não se limita ao desperdício de materiais, mas
também envolve ações para reduzir custos e insumos, reciclar e utilizar recursos
naturais de maneira mais inteligente nos empreendimentos de engenharia.
Incentive o progresso econômico, regional e social. É impossível incorporar a
sustentabilidade na construção, se isso não fizer parte do design desde o início
(ROQUE; PIERRE, 2019).
3 METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura, realizada por meio de


consulta em livros, artigos científicos, bibliografia especializada, manuais, relatório,
sites institucionais e demais fontes com características acadêmicas. Através de
buscas entre as bases de dados: Scielo, Google Acadêmico e Biblioteca Digital de
Dissertações e Teses (BDTD). Segundo os seguintes descritores: Telhado verde;
Sustentabilidade; Viabilidade; Construção civil.

3.1 ESPECIFICAÇÃO DE UNIVERSO E AMOSTRA

Serão selecionados, os títulos e resumos de todos os artigos identificados


pela estratégia de busca sendo avaliados independentemente por um avaliador
apenas. Todos os resumos que não proviam as informações suficientes a respeito
dos critérios de elegibilidade serão excluídos e aqueles que apresentavam os
critérios elegíveis serão incluídos para leitura na integra.

3.2 INSTRUMENTO DE COLETA

Será realizada a extração de dados no formato independente, mediante


utilização de formulário padronizado incluindo informações sobre autor e ano de
publicação, instrumento de avaliação e resultados da pesquisa.
4 RESULTADOS

Os resultados da revisão sistemática foram obtidos a partir da


categorização dos 41 estudos lidos por completo. Esta classificação foi
feita buscando categorizar as metodologias de pesquisa, resultando em 64 artigos.
A seleção foi realizada através da leitura do abstract e a segunda após a leitura
completa do artigo. No total foram excluídos 16 artigos após a leitura do abstract e
12 após a leitura na íntegra por não estarem adequados aos critérios estabelecidos.

Figura 1. Modelo explicativo da revisão sistemática.

Pesquisa bases de dados

Resultante em 41 artigos

Leitura do Abstract Removidos 10 artigos

Leitura completa Removidos 6 artigos

Analisados 25 artigos

Os critérios de inclusão aplicados nessa revisão de literatura contemplaram


somente artigos com tema central de metódos ágeis em projetos, como critérios de
qualidade de estudos, foram incluidos artigos que correspondiam com maior número
de objetivos secundários da pesquisa.
Referente aos critérios de exclusão, foram considerados artigos que não
apresentaram aplicação de metodologia cientifíca ou que não utilizaram abordagem
empírica, ao passo que foram buscados estudos com evidências sobre
gerenciamento de projetos e suas práticas.
5 DISCUSSÃO

5.1 TELHADO VERDE E VIABILIDADE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO

No aspecto econômico, os telhados verdes podem trazer benefícios


financeiros a longo prazo. Eles aumentam a eficiência energética dos edifícios,
reduzindo os custos de refrigeração e aquecimento. Além disso, os telhados verdes
aumentam a vida útil da cobertura, protegendo-a dos efeitos adversos do clima e
reduzindo os custos de manutenção. Esses fatores podem resultar em economia de
recursos e redução dos gastos operacionais ao longo do tempo (BEZERRA, 2013).
Em relação aos aspectos sociais, Filho (2018) revela que os telhados verdes
podem melhorar a qualidade de vida dos ocupantes dos edifícios. Eles proporcionam
áreas verdes adicionais, espaços de lazer e recreação, promovendo o bem-estar e a
saúde mental. Além disso, os telhados verdes contribuem para a criação de
ambientes urbanos mais agradáveis, atraindo aves, insetos polinizadores e outros
animais, promovendo a biodiversidade.
Para Souza (2011) a viabilidade dos telhados verdes em projetos de
construção é apoiada por estudos e pesquisas que demonstram seus benefícios e
potencial de aplicação. Estudos de casos têm mostrado que os telhados verdes
podem ser implementados em diversos tipos de edifícios, como residenciais,
comerciais e industriais, adaptando-se a diferentes climas e condições.
Em termos ambientais, os telhados verdes ajudam a mitigar o efeito de ilhas
de calor, reduzindo a temperatura nas áreas urbanas. As plantas e o substrato
atuam como isolantes térmicos, reduzindo a necessidade de sistemas de
refrigeração e, consequentemente, o consumo de energia elétrica. Além disso, os
telhados verdes absorvem dióxido de carbono e outros poluentes atmosféricos,
melhorando a qualidade do ar (TASSI, 2014).
Os resultados indicam que a implementação do telhado verde no IFF campus
Macaé/RJ é uma medida viável e benéfica, trazendo melhorias significativas em
relação ao conforto térmico, gestão de águas pluviais e biodiversidade urbana. Essa
solução demonstra um compromisso com a sustentabilidade e pode servir de
exemplo para outras instituições e projetos de construção na região (SETTA, 2017).
No que diz respeito à viabilidade Freitas (2021) constatou que a
implementação do telhado verde é tecnicamente possível na cidade. As condições
climáticas da região, caracterizadas por altas temperaturas e grande incidência de
chuvas, oferecem um ambiente propício para o crescimento das plantas utilizadas
nos telhados verdes. Além disso, foram identificados materiais e sistemas de
drenagem adequados para lidar com as condições específicas da cidade.
Ainda mesmo autor, no que se refere à viabilidade econômica, observou-se
que a implantação de telhados verdes pode gerar benefícios econômicos a longo
prazo. O telhado verde atua como isolante térmico, reduzindo a necessidade de uso
de sistemas de refrigeração, resultando em economia de energia elétrica. Além
disso, o telhado verde contribui para a redução dos impactos das chuvas,
minimizando problemas de drenagem e evitando gastos com obras de infraestrutura.
Segundo estudo de Sá (2018) foi observado que o telhado verde é
tecnicamente possível de ser implementado na região. Apesar das condições
climáticas adversas, como alta temperatura e baixa umidade, foram identificadas
espécies de plantas resistentes e adaptadas ao clima semiárido que podem ser
utilizadas nos telhados verdes. Além disso, foram identificados materiais e sistemas
de irrigação adequados para garantir a sobrevivência das plantas.
No que diz respeito à viabilidade econômica, constatou-se que a
implementação de telhados verdes pode trazer benefícios financeiros a longo prazo.
Os telhados verdes atuam como isolantes térmicos, reduzindo a necessidade de uso
de sistemas de refrigeração, o que resulta em economia de energia elétrica. Essa
redução no consumo de energia pode levar a uma diminuição significativa nos
custos de operação do edifício ao longo do tempo (SÁ, 2018).
O sistema de telhado verde desempenha um papel importante na melhoria da
qualidade do ar ao absorver dióxido de carbono e outros poluentes atmosféricos.
Além disso, os telhados verdes podem ajudar a mitigar os efeitos das chuvas
escassas ao reter a água, contribuindo para a conservação dos recursos hídricos em
regiões semiáridas (SÀ, 2018)
De acordo com Vier (2017) Os telhados verdes apresentam diversas
vantagens econômicas, incluindo a redução dos gastos com energia elétrica. Esses
sistemas atuam como isolantes térmicos naturais, diminuindo a necessidade de
aquecimento e resfriamento artificial, o que resulta em economia de energia. Além
disso, eles ajudam a reduzir os custos de manutenção e reparos, pois protegem a
estrutura do telhado contra os efeitos climáticos e prolongam sua vida útil.
Para mesmo autor, outro aspecto importante é a possibilidade de diminuição
dos custos com água. Os telhados verdes têm a capacidade de reter a água da
chuva e utilizá-la para a irrigação das plantas, o que contribui para a
sustentabilidade hídrica e reduz a dependência de recursos hídricos externos.
Além dos benefícios econômicos, a implementação de telhados verdes em
habitações de interesse social também oferece vantagens sociais e ambientais. Eles
melhoram a qualidade de vida dos moradores, proporcionando um ambiente mais
confortável e saudável. Além disso, os telhados verdes promovem a biodiversidade
urbana, fornecendo habitat para plantas e animais, e ajudam a reduzir o impacto
ambiental, mitigando o efeito das ilhas de calor e absorvendo poluentes atmosféricos
(VIER, 2017).
Os telhados verdes apresentam benefícios significativos tanto do ponto de
vista econômico quanto social e ambiental. Como isolantes térmicos naturais, esses
sistemas reduzem a necessidade de aquecimento e resfriamento artificial,
resultando em economia de energia. Além disso, eles desempenham um papel
crucial na proteção da estrutura do telhado contra os efeitos climáticos, o que reduz
os custos de manutenção e reparos, prolongando sua vida útil (SCHMITT, 2020).
A implementação de telhados verdes em habitações de interesse social
oferece vantagens adicionais, contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos
moradores. Esses sistemas proporcionam um ambiente mais confortável e saudável,
ao mesmo tempo em que promovem a biodiversidade urbana, fornecendo habitat
para plantas e animais. Além disso, os telhados verdes desempenham um papel
importante na redução do impacto ambiental das áreas urbanas, ajudando a mitigar
o efeito das ilhas de calor e absorvendo poluentes atmosféricos, o que resulta em
benefícios tanto para a comunidade local quanto para o meio ambiente em geral.
A viabilidade econômica da implementação de telhados verdes em unidades
do programa Minha Casa Minha Vida na cidade de Campo Mourão, PR. Foi
constatado que, apesar do investimento inicial necessário para a instalação dos
telhados verdes, os benefícios a longo prazo superam os custos (NASCIMENTO,
2014).
Assim, Nascimento (2014) verifica que ntre os principais benefícios
econômicos identificados, destaca-se a redução dos gastos com energia elétrica. Os
telhados verdes atuam como isolantes térmicos, reduzindo a necessidade de
aquecimento e resfriamento artificial das unidades habitacionais, o que resulta em
economia de energia ao longo do tempo. Além disso, a implementação dos telhados
verdes contribui para a redução dos custos de manutenção e reparos das unidades.
Os telhados verdes protegem a estrutura das edificações contra os efeitos
climáticos, como a incidência direta do sol e a ação das chuvas, prolongando a vida
útil dos telhados e reduzindo os gastos com manutenção.
Para Justo (2022) as coberturas verdes são viáveis tecnicamente para serem
implementadas em diversos tipos de edificações, abrangendo desde residências até
prédios comerciais e institucionais. O estudo identificou materiais adequados,
sistemas de irrigação e métodos construtivos que garantem o bom funcionamento
das coberturas verdes, considerando as condições climáticas e as características
específicas de cada edifício.
Segundo mesmo autor, uma das principais contribuições das coberturas
verdes é a redução do impacto das ilhas de calor urbano. Ao oferecer uma superfície
vegetada, as coberturas absorvem parte da radiação solar e realizam a
evapotranspiração, resultando em temperaturas mais amenas no entorno das
edificações. Esse efeito ajuda a melhorar o conforto térmico e a qualidade do
ambiente urbano.
Além disso, as coberturas verdes desempenham um papel importante na
melhoria da qualidade do ar. Elas atuam como filtros naturais, retendo poluentes e
capturando dióxido de carbono, o que resulta em um ambiente mais saudável e
sustentável. Esses benefícios ambientais contribuem para a promoção da saúde e
do bem-estar dos ocupantes das edificações e para a construção de cidades mais
sustentáveis e resilientes (SAVI, 2012).

5.2 A DURABILIDADE E A MANUTENÇÃO DE TELHADOS VERDES COMO


PARTE DA INFRAESTRUTURA VERDE URBANA

Segundo Freitas (2021) a durabilidade dos telhados verdes na área urbana


depende de vários fatores, incluindo o projeto adequado, a seleção adequada de
materiais e plantas, a manutenção regular e o ambiente urbano em que são
instalados. Embora os telhados verdes possam enfrentar desafios específicos nas
áreas urbanas, existem estratégias para garantir sua durabilidade.
Em estudo realizado por Oliveira (2013) comenta que um dos fatores-chave
para a durabilidade é a seleção adequada do sistema de telhado verde, incluindo a
escolha dos materiais de impermeabilização, a camada de drenagem e o substrato.
Os materiais de alta qualidade e adequados às condições locais são essenciais para
garantir a integridade do sistema e a proteção da estrutura do edifício contra a
umidade.
Nesse sentido, A seleção das plantas também desempenha um papel
importante na durabilidade do telhado verde. É necessário escolher espécies que
sejam adaptadas ao clima local, capazes de resistir às condições urbanas, como
poluição atmosférica, ventos fortes e variações de temperatura. Plantas nativas ou
resistentes podem ser preferíveis, pois estão mais adaptadas às condições da área
(PEDROSA, 2021).
De acordo com Savi (2012) a manutenção regular é fundamental para garantir
a durabilidade do telhado verde. Isso inclui a remoção de ervas daninhas, a
inspeção e limpeza das calhas de drenagem, a poda adequada das plantas e a
verificação da integridade dos materiais. A manutenção preventiva e a resolução
rápida de problemas podem ajudar a evitar danos e prolongar a vida útil do sistema.
O ambiente urbano também pode afetar a durabilidade dos telhados verdes. A
poluição atmosférica, a exposição a produtos químicos, o tráfego intenso e outros
fatores urbanos podem representar desafios adicionais. No entanto, a escolha de
materiais resistentes, a proteção adequada das plantas e a manutenção regular
podem ajudar a minimizar os efeitos negativos do ambiente urbano.
Estudo de Filho (2018) têm demonstrado que, quando projetados, construídos
e mantidos corretamente, os telhados verdes podem ter uma vida útil semelhante ou
até mesmo superior aos telhados convencionais. Com a abordagem adequada,
considerando todos os aspectos mencionados, os telhados verdes podem ser
duráveis e funcionar efetivamente na área urbana, proporcionando benefícios
ambientais, estéticos e funcionais ao longo do tempo.
Os telhados verdes desempenham um papel importante na infraestrutura
urbana, pois oferecem uma abordagem inovadora para o desenvolvimento
sustentável das cidades. Eles podem ser considerados como parte integrante da
infraestrutura verde, que busca melhorar a qualidade de vida dos habitantes urbanos
e promover a sustentabilidade ambiental. s plantas e o substrato dos telhados
verdes atuam como isolantes térmicos, reduzindo a temperatura na área e
proporcionando um microclima mais ameno. Isso pode ajudar a reduzir a demanda
por sistemas de refrigeração, melhorando a eficiência energética dos edifícios e
reduzindo as emissões de gases de efeito estufa (BEZERRA, 2013).
Outro benefício dos telhados verdes na infraestrutura urbana é a promoção da
biodiversidade. As áreas verdes criadas pelos telhados verdes oferecem habitats
para plantas, insetos, aves e outros animais, contribuindo para a conservação da
fauna e flora urbana. Além disso, os telhados verdes podem atuar como corredores
verdes, conectando diferentes áreas verdes da cidade e promovendo a
conectividade ecológica (SOUZA, 2011).
Em termos estéticos, os telhados verdes trazem um elemento visualmente
agradável para a paisagem urbana. Eles transformam telhados convencionais em
espaços verdes, oferecendo uma visão mais atraente e contribuindo para a melhoria
da qualidade de vida dos moradores da cidade. Para incorporar os telhados verdes
na infraestrutura urbana de forma efetiva, é necessário um planejamento adequado
e a cooperação entre diferentes partes interessadas, como arquitetos, engenheiros,
urbanistas e autoridades municipais. É fundamental considerar os aspectos técnicos,
legais e de manutenção ao projetar e implementar telhados verdes em áreas
urbanas (AUGUSTO; SANTOS, SAMPAIO, 2011).
Segundo Gonçalves (2017) os telhados verdes desempenham um papel
crucial na infraestrutura urbanística, proporcionando benefícios ambientais, sociais e
estéticos. Eles contribuem para a mitigação das mudanças climáticas, melhoram a
gestão de águas pluviais, promovem a biodiversidade urbana e tornam as cidades
mais agradáveis e sustentáveis. Ao considerar os telhados verdes como parte
integrante da infraestrutura urbana, as cidades podem avançar em direção a um
futuro mais resiliente e ecologicamente equilibrado.
A manutenção dos telhados verdes deve envolver um monitoramento regular
para garantir que o sistema esteja funcionando corretamente. Isso pode incluir a
verificação do sistema de irrigação, a inspeção visual das plantas em busca de
sinais de estresse ou doenças, e a limpeza de quaisquer detritos acumulados. Além
disso, é importante realizar a limpeza regular dos telhados verdes para remover
quaisquer detritos, folhas caídas ou galhos que possam se acumular. Isso ajuda a
evitar o bloqueio de drenos e garante a livre circulação da água (AMORIM, 2010).
Para Alberto (2012) os resultados dos estudos ressaltam a relevância da
integração da infraestrutura verde e dos telhados verdes no planejamento e
desenvolvimento urbano sustentável. Eles evidenciam a importância de políticas
públicas e regulamentações que incentivem e promovam a adoção dessas soluções,
bem como a conscientização e participação da sociedade na construção de cidades
mais sustentáveis e resilientes. Os estudos destacam como a inclusão de elementos
naturais, como áreas verdes, parques, corredores ecológicos e sistemas de
drenagem sustentável, pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida da
população, impulsionando a sustentabilidade ambiental, a saúde, o bem-estar e a
resiliência das cidades.
Os artigos investigam o conceito e a relevância da infraestrutura verde em
áreas urbanas. Eles enfatizam como a integração de elementos naturais, como
áreas verdes, parques, corredores ecológicos e sistemas de drenagem sustentável,
desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida da população,
ao promover a sustentabilidade ambiental, a saúde, o bem-estar e a resiliência das
cidades (BERARDI, 2013).
A implementação de coberturas verdes em Volta Redonda foi constatada
como capaz de proporcionar uma série de benefícios. Entre eles, destacam-se a
redução da temperatura ambiente, o aumento da eficiência energética dos edifícios,
a mitigação do efeito de ilhas de calor, a melhoria da qualidade do ar e a diminuição
do escoamento de águas pluviais. Adicionalmente, o estudo revelou que os telhados
verdes podem desempenhar um papel importante na promoção da biodiversidade
urbana, ao fornecer habitats para plantas e animais. Além disso, eles contribuem
para a redução do impacto de chuvas intensas, funcionando como reservatórios
temporários de água (VIER, 2017).
Nesse sentido, os resultados de Vier (2017) indicaram que a adoção de
políticas públicas que incentivem a implementação de coberturas verdes em Volta
Redonda pode trazer vantagens ambientais significativas, além de promover a
conscientização e a participação da população na construção de uma cidade mais
sustentável.
A implementação de coberturas verdes pode desempenhar um papel
fundamental na redução do efeito de ilhas de calor. Isso ocorre porque as plantas e
o substrato utilizados nesses telhados absorvem parte da radiação solar e evaporam
a água por meio da transpiração, resultando em uma diminuição da temperatura da
superfície e do entorno. Essa estratégia tem se mostrado eficiente para a gestão de
águas pluviais, uma vez que retêm a água da chuva e a liberam gradualmente,
reduzindo a carga nos sistemas de drenagem e minimizando o risco de enchentes
(FERREIRA; SANTOS, 2013).
Além disso, os telhados verdes têm sido destacados como uma forma eficaz
de aumentar a biodiversidade urbana, fornecendo habitats para plantas e animais.
Eles também contribuem para a criação de corredores verdes, que promovem a
conectividade ecológica entre áreas urbanas. Vale ressaltar que os telhados verdes
podem trazer benefícios socioeconômicos, como a redução dos custos de energia.
As plantas atuam como isolantes térmicos, reduzindo a necessidade de sistemas de
refrigeração e aquecimento, o que resulta em economia de energia.
Foi ressaltado em estudo de Pereira, Martins e Martins (2019) imenso
potencial da infraestrutura verde para melhorar a qualidade de vida da população,
proporcionando espaços de lazer e recreação, promovendo a biodiversidade e
contribuindo para mitigar o efeito de ilhas de calor. No estudo, identificou-se um
elevado potencial para a implementação de práticas de infraestrutura verde ao longo
da bacia de drenagem do córrego Belini, como a construção de áreas verdes,
parques e jardins pluviais.
De acordo com mesmo autor, essas intervenções têm o objetivo de reduzir o
volume e a velocidade do escoamento das águas pluviais, minimizando o risco de
enchentes e melhorando a qualidade da água. Além disso, as áreas verdes
desempenham um papel importante como filtros naturais, removendo poluentes e
promovendo a saúde do ecossistema local.
Pereira, Martins e Martins (2017) destaca-se a importância de políticas
públicas e regulamentações que incentivem e orientem a implementação da
infraestrutura verde na bacia de drenagem do córrego Belini. Isso inclui a
conscientização da população, a participação ativa da comunidade e a colaboração
entre diversos atores envolvidos na gestão das águas pluviais. Tais medidas são
cruciais para garantir o sucesso e a sustentabilidade dessas iniciativas de
infraestrutura verde.
Segundo Oliveira (2013) os resultados da análise indicaram que a
implementação do sistema de telhado verde extensivo é uma solução viável e
altamente benéfica em termos de sustentabilidade ambiental e econômica. Esse
sistema pode desempenhar um papel fundamental na mitigação de problemas
urbanos, como o aumento da temperatura e a sobrecarga do sistema de drenagem,
ao mesmo tempo em que promove a qualidade do ar e o bem-estar dos moradores.
Pedrosa et al. (2021) resultado significativo observado foi a melhoria da
qualidade do ar proporcionada pelos telhados verdes. As plantas presentes nesse
tipo de sistema atuam como filtros naturais, absorvendo poluentes e partículas
suspensas, o que contribui para a redução da poluição atmosférica e para a
promoção de um ambiente mais saudável.
Ainda mesmo autor, relata que os resultados demonstraram que o sistema de
telhado verde extensivo é viável e apresenta diversos benefícios. Foi constatado que
esse tipo de telhado é eficiente na redução do efeito de ilhas de calor, uma vez que
as plantas e o substrato ajudam a absorver parte da radiação solar e a dissipar o
calor, contribuindo para a diminuição da temperatura na área urbana.

5.3 ASPECTOS CONSTRUTIVOS E TÉCNICOS RELACIONADOS À


IMPLEMENTAÇÃO DE TELHADOS VERDES

Ao escolher o telhado verde, é importante saber qual é o resultado desejado,


isso ajudará você a escolher o tipo correto de cobertura para instalar. O termo
"cobertura verde" é dividido em duas categorias: extenso e intensivo. Todos eles têm
os mesmos benefícios, a única diferença está no custo de manutenção, no tipo de
vegetação, nos substratos e na estrutura que será responsável pelo excesso de
carga da capa (ARQUITETURA E SUSTENTABILIDADE, 2012).
Souza (2009) refere que tentar otimizar a adaptação do telhado é o objetivo
verde para os vários planos existentes, especificamente por causa das diferentes
espécies de plantas e dos diferentes regimes de água, Ecotelhado, uma empresa do
Porto Alegre/RS, criou três métodos diferentes de utilização de ecotelha são
descritos. Eles são o Sistemas: modular, alveolar e laminado. Esses sistemas são
realizados pela empresa ecotilada.
Um tipo de telhado verde é o design intensivo, que tem uma grande
quantidade de plantio e requer um peso pesado, é caro e precisa de manutenção,
rega e fertilização constantes, também pode ser usado para playgrounds (IGRA,
2012). Como resultado, embora o telhado verde intensivo exija uma estrutura que
suporta um peso maior e seja mais caro, pode -se dizer que, além do benefício que
a vegetação proporcionará ao meio ambiente, o espaço que será colocado servirá
como um recreação e espaço de passeio, isso levará a uma mudança positiva no
edifício.
Uma alternativa para combater as ilhas de calor e melhorar o conforto térmico
urbano é a adição de telhados verdes, que são categorizados em dois tipos: extenso
e intensivo (JAFFAL, ORLBOUKHTINE; BELARDI 2012). Calil, Bernard e Righes
(2014) discutem os benefícios do uso de uma análise SWOT. Ambas as
classificações de telhados verdes são compostos por uma camada de solo
preparada em uma base, essa camada é composta por uma superfície superior
Impermeável, com vegetação plantada e canais para água da chuva (OLIVEIRA,
2009).
Em relação aos sistemas intensivos, eles empregam especies de porte mais
avançado e podem ser convertidos em arbustos ou árvores, respectivamente que
utilizam um volume maior de substrato (entre 20 e 60 cm), eles exigem abordagem
de rotina, um sistema de drenagem e irrigação de água (PECK et al., 1999).
O substrato usado para esse tipo de tecnologia pode ter propriedades
diferentes, denso, dependendo do sistema específico a ser implementado, no
entanto, sua espessura e a composição do sistema intensivo é essencialmente a
mesma, participando de sua formação: solo (terra) e matéria orgânica (SCHERER;
ALVES; REDIN, 2018) explica isso, outras substâncias que podem ser incorporadas
ao substrato são úteis. são: areia, cascalho, tijolos ralados e turfas, que por sua vez
podem suprimir possuindo um maior valor nutricional (PECK et al., 1999).
Em telhados verdes intensivos, a profundidade de o solo é mais significativo
(15-90 cm), por isso facilita o cultivo de colheitas maiores do que aqueles
empregados no método extensivo, arbustos e árvores maiores podem ser
empregados. Dependendo do projeto, eles podem destinados ao esporte, lazer ou
apenas para apreciar a paisagem, recreação, e muitas vezes são confundidos com
os jardins naturais devido a uma aparência natural seguindo o conceito idêntico de
cobertura também extensiva, mas a camada de drenagem. A retenção costuma ser
mais longa e os telhados intensivos normalmente têm um dedicado para irrigação ou
armazenado para uso futuro onde a água que fica na drenagem pode ser
aproveitada e empregado para regar as culturas (TASSI, 2014).
Tassi (2014) como resultado em seu estudo, telhados densamente povoados
seriam apropriados. como um meio mais eficaz de combater o volume de água de
escoamento pluvial. No entanto, isso não é prático na maioria dos casos por causa
disso. a magnitude da sobrecarga; empregados em telhados inclinados e têm
requisitos semelhantes aos de telhados planos. o mesmo nível de manutenção que
é empregado em jardins.
Na extensa camada, a pressão suportada está entre 70 e 170 kg.m-2, e a
camada do solo com o substrato tem 5 a 15 centímetros de espessura, normalmente
composto de gramíneas (HENEINE, 2008). Atualmente no topo do edifício
intensivamente, a pressão suportada está entre 290 e 970 kg. m-2, a profundidade
do substrato está localizada entre 15 e 21 cm, e a vegetação plantada requer mais
atenção, rega, poda e fertilização (CORSINI, 2013).
Os espaços com sistemas extenso têm profundidade superficial (com uma
profundidade entre 5 e 15 cm), têm pequenas espécies que são tolerantes
flutuações climáticas, como ventos fortes e secos, o que resulta em falta de
significado para estrutura e, em muitos casos, não é necessário implementar um
Irrigação (TASSI, 2014).
Coberturas caras e leves são chamadas de sistemas extensivos destinam-se
a ajudar as plantas que são resistentes a condições meteorológicas severas,
demonstrando qual maneira melhor respondem na diminuição do escoamento de
águas superficiais (YANG; YU; GONG, 2008), diminuindo os efeitos das ilhas de
calor urbanas (ROSENZWEIG; GAFFIN; PARSHALL, 2006) e devido ao aumento da
umidade do ambiente (PINTO, 2007). Em termos de fisicalidade, é limitado a
profundidade do solo (5-15 cm), em seguida, elevando levemente em comparação
com a estrutura que o suporta. No entanto, as plantas devem ter diferentes
resistências a diferentes eventos, condições ambientais, como seca, geada e ventos
fortes.
A água fica retida no substrato, por isso o solo está sempre úmido. a base do
solo, ou camada de drenagem, é adequada atender às necessidades hídricas das
plantas; no entanto, um sistema de irrigação pode ser empregado. empregados para
garantir o bem-estar a presença de vegetação por longos períodos de tempo seca.
Quando a vegetação é aplicada estrategicamente, Os sistemas de irrigação não são
projetados para ter uma longa vida útil. necessário, exceto em climas
excepcionalmente severos.
No entanto, com base em minhas observações durante a inspeção e os
resultados alcançados por outros estudiosos (CARTER; BUTLER, 2008), o
aparecimento de plantas que são plantadas em telhados os greens extensos não
têm um papel significativo nas interceptações, são praticamente inexistentes em
oposição a outros procedimentos.
Em comparação com o telhado tradicional, o solar tem as vantagens de
redução média de espaço verde em um telhado foi de 62% em média, a drenagem
superficial de volumes é adicionalmente levada em consideração a incentivar o
atraso no início do fluxo superficial. O valor está de acordo com o que foi encontrado
anteriormente. um estudo realizado na Carolina do Norte, América Unidos, com uma
estrutura modular semelhante, o que levou a na queda típica de 60% no volume
descartado (MORAN, 2004). A quantidade de dinheiro ganho também está incluída
sendo bastante semelhante aos achados de um estudo com o grande telhado verde
da cidade de Porto Alegre, RS (com condições semelhantes às descritas na seção
de clima) da experiência), embora com uma abordagem construtiva (CASTRO;
GOLDENFUM, 2010).
Ferraz e Leite (2011) fizeram um estudo que envolveu um grande telhado
verde que era extenso. O capim-amendoim é nativo da cidade de São Paulo,
observou-se que este tipo de vegetação possui as seguintes características: a maior
sensibilidade durante o período mais seco, necessitando de rega, apesar de ser
simples de conduzir. Destaca a capacidade térmica do substrato como resultado da
configuração horizontal da folha, adicionalmente ele fornece um lugar para viver
para vários tipos de animais de pequeno e médio porte.
Enquanto a aplicação da cobertura verde, Para Karczmarczyk, Baryla e Bus
(2014), os telhados verdes podem ser aplicados em áreas urbanas para aumentar
o armazenamento de águas pluviais e retardar o escoamento e também devem
ajudar a proteger a qualidade da água. Os telhados verdes são importantes
porque fornecem condicionamento passivo para edifícios e outras estruturas,
mantendo o ambiente ao redor mais fresco e fresco. Podem ser utilizados em
organizações, prédios comerciais, casas e outras estruturas (MAGALHAÉS,
2015).
Tassie et al. (2014, p. 141) observaram que os telhados verdes são
conhecidos por transformar a superfície de um telhado tradicional e devem ser
aplicados em um espaço multifuncional para o qual a vegetação é utilizada. Os
ecotelhados são ancorados em estruturas convencionais, que podem ser de
fibrocimento, telhas metálicas ou cerâmicas, lajes de concreto impermeabilizadas,
etc (RIGHI et al., 2016).
Eles podem ser entendidos como uma estrutura que permite a aplicação de
várias camadas que se sobreponham para criar vegetação adequada, permitindo
que seja construída sobre diferentes estruturas e materiais, como lajes e
coberturas com leves declives (LOPES, 2014). Ferraz (2012) mostrou que pode
haver telhados verdes não planejados, desenvolvidos sem intervenção humana,
dada a deposição de matéria orgânica e sementes na superfície das estruturas.
Não são recomendados, pois podem aparecer em estruturas incompatíveis, não
são impermeáveis e não suportam peso excessivo.
Em locais com temperaturas mais amenas, os telhados verdes promovem o
isolamento do ar frio, tendo em vista que a vegetação retarda sua chegada aos
espaços interiores das habitações, por isso é muito utilizado na Europa e outras
regiões com invernos rigorosos (RIGHI et al., 2016 ).
No caso dos telhados verdes, devido a ação filtrante exercida pelas
camadas de substrato, camadas de areia e cascalho este fato tem os resultados
obtidos por Köhler e Schmidt (2003) mostram a retenção de sólidos grosseiros,
finalmente, alguns contaminantes têm tamanhos médios de partícula mais baixos,
além de o telhado verde atuar como um filtro biológico, melhorando muito a
qualidade da água com a aplicação de coberturas verdes com captação de água
da chuva (THOMAZ, 2005).
A manutenção do telhado verde, deve ser cuidadosamente inspecionada e
mantida. Se houver danos ou vazamentos, é essencial realizar os reparos
necessários de forma adequada e oportuna para evitar problemas estruturais e
infiltrações de água. É importante adotar medidas para controlar o crescimento de
ervas daninhas nos telhados verdes. Isso pode ser feito por meio de técnicas de
manejo integrado, como a remoção manual ou o uso de herbicidas apropriados, se
necessário. No entanto, é fundamental utilizar métodos que sejam seguros para as
plantas e o meio ambiente (FILHO, 2018).
A escolha de como usar um telhado verde depende da localidade e sua
eficácia depende da adequação do sistema, pois ele exige manutenção, pois são
água, luz solar e o solo adequado para se manter saudável e cumprir seu
propósito. Segundo Mello et al. (2010), esse tipo de relato também contribui para
reduzir o escoamento superficial, uma vez que intercepta parte da precipitação
podendo ser aplicado em larga escala para reduzir os problemas de inundação
tornou-se comum em grandes cidades, devido para um alto nível de
impermeabilidade do solo.
Estimular a inovação técnica dos empreendimentos da indústria da
construção civil é uma forma Resultados satisfatórios em sustentabilidade
ambiental (STRAPASSON e outros, 2010).
Os materiais e métodos que os projetos de telhado verde são projetados
para usar tenham impacto mínimo sobre o meio ambiente durante sua vida útil,
incluindo execução, visando uma melhor integração dos espaços urbanos,
cidadãos e natureza (VECCHIA, 2005). Para Tomaz (2008), por implementar
telhado verde, a premissa é prestar atenção na inclinação do telhado, pois as
aplicações de telhados verdes são normalmente realizadas em inclinações de
cerca de 5° para que a água não escorra muito rápido (THOMAZ, 2008). Segundo
o autor, para implantar um telhado verde na cobertura para ângulos superiores a
20°, devem ser tomadas medidas como barreiras ou outra estrutura que
interrompe todo o fluxo de água.
As plantas dos telhados verdes podem exigir podas regulares para controlar
o seu crescimento, remover partes danificadas e promover a saúde das plantas.
Além disso, a fertilização adequada pode ser necessária para fornecer os
nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas. A manutenção
adequada dos telhados verdes em projetos de construção contribui para a sua
longevidade, preservando seus benefícios ambientais e estéticos. Ao planejar e
implementar estratégias de manutenção desde o início, é possível garantir que os
telhados verdes permaneçam saudáveis, funcionais e visualmente atraentes ao
longo do tempo (FREITAS, 2021).
6 CONSIDERAÇÔES FINAIS

Os telhados verdes apresentam uma viabilidade promissora como uma


solução sustentável para construções urbanas. Através de estudos de viabilidade
técnica, econômica e ambiental, ficou evidente que os telhados verdes são
tecnicamente viáveis, com materiais e sistemas adequados para garantir seu bom
desempenho. Além disso, eles trazem benefícios econômicos a longo prazo, como
economia de energia elétrica e redução dos custos de manutenção.
Os telhados verdes contribuem para a redução das ilhas de calor urbanas,
melhoram a qualidade do ar ao filtrar poluentes e capturar carbono, e promovem a
biodiversidade urbana. Esses benefícios não apenas tornam o ambiente mais
saudável e sustentável, mas também contribuem para a criação de cidades mais
resilientes e adaptadas às mudanças climáticas.
A correta escolha e instalação dos sistemas de irrigação também são
fundamentais para manter a saúde das plantas e o bom funcionamento do telhado
verde. É necessário considerar as condições climáticas e o tipo de vegetação a ser
utilizada, a fim de estabelecer um sistema de irrigação eficiente e sustentável.
Além disso, a integração de profissionais qualificados e experientes no projeto
e construção do telhado verde é essencial para garantir o sucesso da
implementação. É importante considerar a estrutura do edifício e as cargas
adicionais que o telhado verde pode exercer sobre ele, bem como garantir a correta
manutenção e acompanhamento ao longo do tempo.
A consideração cuidadosa dos aspectos construtivos e técnicos é crucial para
a implementação bem-sucedida do telhado verde. Com a devida atenção a esses
aspectos, é possível criar telhados verdes duráveis, eficientes e esteticamente
agradáveis, que contribuam para a sustentabilidade e melhoria do ambiente urbano.
A durabilidade dos telhados verdes está diretamente relacionada à seleção
adequada dos materiais utilizados, como a escolha de membranas
impermeabilizantes de qualidade e substratos adequados para o crescimento das
plantas. Além disso, a manutenção regular, incluindo a remoção de detritos, a
inspeção de possíveis danos e o cuidado com a irrigação e fertilização das plantas,
são cruciais para garantir a saúde e a longevidade do sistema.
A manutenção dos telhados verdes na área urbana deve ser realizada por
profissionais capacitados, que possuam conhecimento sobre as necessidades
específicas das plantas e dos sistemas de irrigação. É importante considerar os
fatores climáticos e ambientais locais, bem como implementar estratégias de manejo
integrado de pragas e doenças, para garantir que o telhado verde permaneça
saudável e em boas condições ao longo do tempo.
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