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Da jardinagem
ao Paisagismo
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sobre o curso
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Estrutura, módulos e critérios de avaliação.
O curso de jardinagem Pró-Jardim STIHL foi feito para quem é jardineiro e quer crescer
ainda mais neste mercado tão importante, para quem está procurando uma nova forma de
empreender e também para os apaixonados pela natureza. O conteúdo está dividido em
quatro módulos compostos de conteúdos práticos, além dos assuntos comuns do
cotidiano da jardinagem. Cada módulo é composto por videoaulas e material didático,
como essa apostila que você está lendo, que fazem parte da nossa biblioteca de
conteúdos.
A jardinagem é uma atividade que exige experiência e conhecimentos sobre plantas, solos,
manejo da água, limpeza de jardins, ferramentas e vários outros assuntos. Além de temas
básicos, como implantação, manutenção e reforma de jardins, temos um módulo focado em
poda, visando capacitar ainda mais os jardineiros para as tarefas no dia a dia.
Desejamos que você tenha uma ótima jornada na busca por conhecimento e uma
excelente experiência na realização da jardinagem. Conte com a STIHL para lhe apoiar
em seu processo de crescimento.
Atenciosamente,
Equipe STIHL
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Introdução
ao Paisagismo
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CADA JARDIM É ÚNICO!
Este módulo é para inspirar você com referências dos principais estilos de jardins e do
mundo do paisagismo. Aumente suas possibilidades de atuação profissional, entendendo
as peculiaridades e oportunidades deste mercado. Aproveite este conteúdo para se tornar
um profissional mais completo.
Introdução ao paisagismo
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O paisagismo pode ser estudado nos cursos superiores de Agronomia, Biologia,
Engenharia ambiental, Engenharia florestal e Arquitetura e Urbanismo, os quais certificam
para o título profissional de Paisagista.
Um imóvel quando vendido na planta, ou seja, ainda em fase de construção e entrega pela
construtora, possui um valor. Quando há paisagismo envolvido, com um projeto que
envolve plantas, elementos de natureza, área verde de lazer e circulação, o imóvel passa a
ter seu valor agregado mais valorizado. Este valor é variável conforme as características do
imóvel, como localização, infraestrutura e relação custo-benefício, e também conforme as
características do projeto paisagístico.
Quanto maior o tamanho das plantas, quanto mais raras as espécies e quanto mais bem
instalado for o projeto, mais irá valer e, consequentemente, passa a ter maior valor
agregado.
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Com essa perspectiva, os investidores passaram a agregar projetos de paisagismo para
seus empreendimentos, com o objetivo de valorizar os imóveis.
• Já em imóveis usados, a oferta e a competitividade são tão grandes que todo upgrade
feito na edificação faz a diferença na hora da venda e atrai novos clientes.
• O paisagismo funciona como um cartão de visitas, podendo causar uma boa impressão,
impulsionando a venda, ou uma má impressão, dificultando-a. Por isso é importante um
bom projeto de paisagismo aliado à manutenção do jardim.
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Principais tendências, conceitos e dicas para jardinagem e
paisagismo
Jardim clássico
Os jardins clássicos surgiram com força no território europeu após a Idade Média e
durante o período de Renascimento italiano, que foi do século XV ao XVII.
Influenciado pelos grandes espaços de jardins planejados dos egípcios e persas, o jardim
clássico seguiu com a tradição dos grandes pátios, porém agora com novos estilos,
técnicas e ornamentos. O jardim clássico representava um sinal de poder. Quanto mais
rico, maior e mais elaborado era o jardim. As plantas passaram a ser tratadas como
esculturas, e o jardim passou a ser um lugar para contemplar e admirar. Fontes, esculturas
e bancos são alguns dos itens que ajudam a compor esses espaços suntuosos. Os estilos
de um jardim clássico acabam variando bastante entre os países da Europa, sendo os
principais o italiano e o francês
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Plantas com formatos através da poda de topiaria.
Jardim inglês
Inicialmente os jardins ingleses seguiram a linha de raciocínio dos jardins renascentistas,
como aconteceu na Itália e na França. Porém, já no final dessa época, os ingleses
resolveram abordar novas linguagens que influenciaram totalmente na composição desses
jardins. Os jardins ingleses passam então a ser marcados pelo período do Romantismo,
séc. XVIII. Essa nova linguagem de jardim ia contra as linhas geométricas tão presentes na
Itália e na França, procurando criar linhas mais naturais e canteiros mais harmônicos. O
objetivo dos ingleses deixou de ser a expressão e representação do poder através da
natureza, mas sim a expressão da natureza pela natureza, procurando reproduzir a
paisagem natural de um ambiente. Esses jardins passam a ser conhecidos como jardins
naturalistas ou paisagistas.
O planejamento de um jardim inglês era bastante formal, já que as espécies eram sempre
escolhidas a dedo. Por outro lado, o crescimento desses jardins acontecia bem mais
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informalmente, possibilitando o crescimento livre das espécies. Flores silvestres, forrações,
árvores e muitas espécies nativas eram quase regra para um jardim inglês, que mantinham
uma assimetria, sempre buscando causar surpresas durante seus caminhos. É comum
encontrar elementos posicionados de forma central no espaço, podendo ser um lago ou
alguma grande árvore.
Plantas com aspectos naturais, mais solto, de aspecto espontâneo. Com ar romântico.
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Jardim italiano
O jardim italiano era suntuoso e elaborado. A maioria desses jardins era de casas de
campo, situadas em um ponto alto de colina, sempre em locais frescos e muito amplos. As
casas eram quase sempre acessadas por grandes escadarias e os jardins faziam a função
de criar um caminho até elas. As janelas das residências e as varandas eram todas voltadas
à grande área verde.
Uma das características principais dos jardins italianos foi a introdução da topiaria. As
formas geométricas deixam de ser usadas somente no desenho dos canteiros e passam a
ser introduzidas nas próprias espécies de vegetação.
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Villa Adriana - Tivoli, Itália Villa Adriana - Tivoli, Itália
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Jardim francês
Os jardins franceses sem dúvida estão entre os maiores símbolos de poder e influência
na sociedade, na época do século XVII. Ocupavam áreas imensas, porém sua maior
característica era a organização e perfeição com que eram desenhados os caminhos,
os canteiros e a disposição das espécies. Um jardim marcado pela simetria e formas
geométricas. A implantação desses jardins é extremamente geométrica, cada área é
perfeitamente simétrica.
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Jardim tropical
Seguindo com os séculos, os jardins tropicais surgem com força entre os séculos XIX e XX,
sendo um dos estilos de jardins mais recentes desenvolvido pelo homem. Muito procurado
até hoje, o jardim tropical busca reproduzir o que o nome já diz: o plantio de espécies
típicas dos trópicos. A imagem que se associa a um jardim tropical é a de uma vegetação
exuberante, em tons vibrantes, misturada com água, grandes espaços de sombra, dife-
rentes tons de verde e texturas de espécies. Algo totalmente refrescante e acolhedor. De
certa maneira, é exatamente isso que buscamos ao tentar reproduzir esse tipo de jardim,
tons exóticos, espécies únicas, de maneira a reproduzir aquilo que acontece naturalmente
na natureza. Não por acaso, o maior paisagista desse estilo foi Roberto Burle Marx, repre-
sentando o Brasil com uma das maiores misturas culturais e ambientais do mundo.
Os canteiros de um jardim tropical são quase sempre orgânicos, já que o objetivo é repro-
duzir a natureza. Para criar um contexto ainda mais natural, são misturadas espécies de
portes diferentes, quase sempre em níveis (mais baixas na frente e mais altas atrás). As
folhagens recebem um destaque maior na composição desse estilo de jardim, ficando
quase sempre acima das flores. Porém, quando dispostas em blocos e grandes maciços,
as flores também são capazes de criar lindos efeitos.
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Plantas que são rústicas e nativas de ambientes tropicais. Remetem a florestas e ambientes
refrescantes, de clima úmido, de altas temperaturas. Exuberância e sofisticação em cada
planta. Este é um dos estilos de jardins mais procurados atualmente.
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Jardim árido
Quando pensamos em um jardim árido, quase sempre a primeira imagem que vem à
cabeça é a de um ambiente desértico. Um jardim árido é um jardim que se comporta
idealmente em um clima extremamente seco, como nos desertos. Dessa maneira, as
espécies usadas devem aguentar a exposição ao sol pleno e receber pouca água.
Esses jardins acabam sendo complementados por alguns materiais que remetem bastante
a esse contexto, como pedras, areia e pedriscos, usados para demarcar caminhos e definir
áreas de permanência; substituindo o gramado tradicional.
3 elementos básicos
do jardim árido
Entre as plantas mais usadas nos jardins áridos estão as plantas que consomem menos
água entre o reino vegetal, as famosas suculentas e cactos. Tais jardins estão conquistando
cada vez mais admiradores, por precisarem de pouca manutenção.
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Jardim sustentável/reciclável
A sustentabilidade ambiental é o cuidado com o meio ambiente do nosso planeta. Dessa
maneira, engloba todas as atitudes que mantenham a qualidade ambiental. O leque é
amplo e vai desde o cuidado para não poluir as águas até o reaproveitamento de objetos
que seriam descartados.
Quando se trata de um jardim, podemos tomar algumas atitudes que tornam seu uso e
concepção muito mais sustentáveis. Nem toda área verde é uma área sustentável. Um
jardim sustentável é aquele que não desperdiça os recursos, como por exemplo a água.
É válido procurar agrupar espécies que necessitam de rega semelhante, e também buscar
utilizar espécies nativas e adaptadas ao clima em questão. Dessa maneira, os cuidados
serão mais naturais e efetivos.
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Jardim zen
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Jardim sensorial
Um jardim sensorial tem como objetivo despertar os cinco sentidos do corpo humano: tato,
olfato, visão, paladar e audição; sendo as plantas as grandes protagonistas e responsáveis
por cumprir esse papel. Também são usados elementos como água, madeira, pedras, areia
e objetos de decoração para explorar os sentidos, compondo ambientes que funcionem
como recantos de apreciação do meio ambiente.
A ideia de um jardim sensorial é promover um encontro com a natureza. É a conexão do
corpo, mente e ambiente através dos sentidos e interação com o jardim.
Tato
Crie áreas de experimentação, com bancadas ou plantios em alturas que facilitem o toque
às plantas. Cultive um mix de espécies que possam ser tocadas e que tenham texturas
diferentes, como peixinho-da-horta, trapoeraba-peluda, violeta, entre outras.
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Olfato
Para o olfato, devemos pensar em uma composição de plantas perfumadas e aromáticas.
Plantas variadas e flores como jasmins, gardênias, cravos e tantas outras que florescem em
diferentes épocas ao longo de todo o ano.
Visão
Para a visão, nada mais, nada menos que a beleza do jardim! A mistura das cores, dos tons,
dos tamanhos de folhas. Os contrastes, os nuances de cada planta. Os diferentes
acabamentos e materiais usados, chamando atenção para cada detalhe planejado.
Surpreenda através de elementos inesperados e explore ao máximo as plantas com folhas
coloridas e desenhadas, com bordas recortadas naturalmente ou mesmo as que possuem
mais de uma cor na mesma planta.
Cróton, mil-cores, periquito, costela-de-Adão, calateia e maranta são algumas das espécies
que podem ser usadas nesta composição. Lembre de entender e respeitar as demandas
de luz para cada espécie se desenvolver melhor.
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Audição
Pense em objetos que façam sons com o movimento dos ventos. Promova a vinda de
pássaros cantores.
Plante espécies que façam sons com o balançar, como taquaras e palmeiras. Explore
elementos decorativos como pêndulos de bambu, madeira e outras partes de plantas.
O ideal é deixar que esse jardim cresça livremente, atraindo insetos, pássaros, o próprio
som divino da natureza!
Paladar
Explore este sentido com plantas condimentares, temperos, flores comestíveis. Crie seu
jardim comestível, com espécies que possam ser colhidas e utilizadas na gastronomia.
Lembre de seguir às demandas de cultivo de cada planta (tipo de substrato, condição de
luz, manejo da água na irrigação, épocas de plantio e formas de colheita). A grande maioria
das plantas comestíveis são cultivadas em sol pleno, ou seja, devem receber pelo menos
quatro horas de sol diariamente.
As plantas de sombra podem ser tóxicas quando ingeridas, portanto, busque conhecer a
espécie para o consumo seguro.
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Vânia Cândida Chassot Angeli
Engenheira Agrônoma (CREA RS242743) responsável pela curadoria técnica do conteúdo
do curso.