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CENÁRIOS, MACROECONOMIA E IMPACTOS NA

CONSTRUÇÃO CIVIL

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4

2. CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL........................................................................4

3. MACROECONOMIA.............................................................................................10

3.1 Principais conceitos................................................................................13

3.2 Temas de macroeconomia......................................................................18

4. ATIVIDADE ECONÔMICA.................................................................................20

REFRÊNCIAS............................................................................................................28

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1. INTRODUÇÃO

O setor da construção civil movimenta-se em direção à industrialização e


mecanização de processos a passos lentos, se fizermos uma comparação com
outros setores da economia.

A indústria metalúrgica, por exemplo, situa-se muito a frente quando o


assunto é agilidade, qualidade e operacionalização de atividades.

Dentre os principais fatores que contribuem para esse atraso na cadeia


produtiva, podemos destacar:

• Condições de trabalho severas e nas mais diversas situações adversas,


que são muitas vezes imposições da própria natureza ou obstáculos físicos
característicos das construções;

• Mão-de-obra sem especialização técnica, advinda de outros setores da


economia em que houve rejeição por diversos motivos;

• Baixa produtividade da mão-de-obra;

• Ausência de tecnologias adequada para alguns processos construtivos;

• Variedade de insumos e recursos que dificultam uma integração na


execução das tarefas;

• Tecnologias retrógradas e ultrapassadas;

• Falta de comprometimento para evitar o desperdício que atinge patamares


muito altos.

O alento é que não só de pontos negativos vive a construção civil. Ainda


que na maioria das obras ainda impere os sistemas convencionais, corajosos
empreendedores estão mudando alguns quadros e já sinalizam com um percentual
relevante de avanços em algumas etapas do processo construtivo.

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Já possuímos sistemas mecanizados e processos construtivos
industrializados, que conferem às obras a agilidade e controle de desperdícios, bem
como reaproveitamento de materiais antes descartados.

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2. CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

As fontes de financiamento das empresas são provenientes de capital


próprio (de acionistas e lucros retidos) e de dívidas. Essas fontes são sempre
permeadas pela relação risco e retorno, e, de acordo com a moderna teoria de
finanças, a precificação correta de ativos pode sinalizar para estruturas mais
eficientes de financiamento, que podem variar entre as empresas e entre os setores
produtivos. Knight (1921 apud Kishtainy, 2012, p.163) diferenciou risco de
incerteza.

Segundo ele, há risco quando os resultados não são conhecidos, mas


podese determinar a probabilidade de resultados potenciais. Entretanto, de acordo
com Knight, a incerteza não pode calculada, pois não se conhece a função de
probabilidade dos resultados.

Em finanças, conforme salienta Damodaran (2004), risco se refere à


probabilidade de recebimento de um retorno sobre um ativo que seja diferente do
esperado.

O risco total pode ser decomposto em dois tipos de risco: diversificável e


não diversificável. Segundo Gitman (2010), risco diversificável, também chamado
de risco não sistêmico, é a parte do risco de um ativo que é atribuível a causas
aleatórias e específicas à empresa e que pode ser eliminado por meio da
diversificação.

O risco não diversificável, também intitulado sistêmico, é a porção relevante


do risco de um ativo, atribuível a fatores de mercado que afetam todas as empresas
e que não pode ser eliminado por meio da diversificação. Como qualquer investidor
pode criar uma carteira de ativos que elimine o risco específico, o único risco
relevante é o risco sistêmico, e a mensuração desse tipo de risco é de suma
importância nas decisões empresariais. Markowitz (1952), percursor da teoria de
portfólios, marcou a história da área de finanças com base na concepção de
diversificação de ativos, criando os princípios teóricos para as decisões de

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investimento em condições de incerteza. Brealey e Myers (1998) denominaram o
risco de Markowitz como risco de covariância, no qual o risco de um ativo é
analisado em função de sua contribuição ao risco total da carteira.

Apesar de teoricamente embasados, os procedimentos apresentados por


Markowitz eram complexos, contribuindo para que essas ideias ficassem
“adormecidas” por quase 20 anos. Sharpe (1963) concentrou seus esforços para
superar as dificuldades impostas pelo cálculo das covariâncias apresentadas na
moderna teoria de portfolio e propôs que os retornos de todas as ações fossem
relacionados a um índice, ao qual a grande maioria deles está correlacionada.

Conforme salienta Bruni (1998), o modelo resultante desse trabalho ficou


conhecido como modelo de índice único (single index model) e tem duas virtudes:
um dos mais simples que poderiam ser construídos e com considerável evidência
de que ele capturaria a maior parte das inter-relações entre os ativos.

Considerando que os preços de um determinado ativo possam ser


relacionados com um índice, sendo este um indicador de mercado, é possível
expressar os retornos esperados de um ativo de acordo com a seguinte expressão:
β = Covx,y / Varx (1) Sendo: β = coeficiente beta, que mede a sensibilidade do
retorno de um ativo às variações dos retornos de uma carteira representativa do
mercado; Covx,y = covariância entre o retorno de um ativo e os retornos
proporcionados pela carteira de mercado; Varx= variância dos retornos da carteira
de mercado.

O Modelo de Precificação de Ativos Financeiros – CAPM, desenvolvido por


Sharpe (1964) e Lintner (1965), baseado nos pioneiros estudos de Markowitz, adota
esta concepção de risco e constitui o principal modelo utilizado para cálculo do
custo do capital próprio. O CAPM considera que o retorno esperado de um ativo
deve constituir de uma taxa de juros livre de risco, adicionada a um prêmio, sendo
este corrigido pelo risco da empresa (beta).

O CAPM pode ser escrito da seguinte forma: E(Ri) = RF + β (RM - RF) (2)
Sendo: E(Ri) = retorno esperado de um ativo; RF = taxa livre de risco; β = beta do

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ativo; (RM – RF) = prêmio de risco do mercado, que é a diferença entre o retorno
do mercado e a taxa livre de risco. Assim, com base na equação (2), o custo do
capital próprio é a taxa de retorno que os investidores exigem para realizar o
investimento. O CAPM tem sido objeto de severas criticas, sendo as mais notórias
aquelas decorrentes dos resultados dos estudos de Fama e French (1992).

Recentemente, Fernandez (2014) desenvolveu um estudo levantando os


problemas das estimativas de beta, tendo concluído que o CAPM é um modelo
absurdo.

Mas as críticas não abalam a convicção de economistas. Domesticamente,


por exemplo, Póvoa (2012) e Assaf Neto (2010) salientam que apesar da
simplificação aparentemente excessiva do modelo, a relação custo/benefício de se
adotar algo mais complexo é desfavorável, por isso, o método é usado largamente
pelos analistas.

No âmbito internacional, Brigham e Ehrhardt (2008) veem o CAPM como


um importante modelo conceitual, pois propõe o foco no risco de mercado em
oposição ao risco isolado, fazendo com que o modelo seja uma metodologia útil.

Para Campbell, Lo e Mackinlay (1997), o CAPM permanece como uma


ferramenta largamente utilizada em finanças. Damodaram (2010) vai ainda mais
longe e sustenta que o CAPM ainda não está morto, muito antes pelo contrário.

E de acordo com este autor a utilização criteriosa do modelo, sem excessos


de confiança em dados históricos, ainda é a maneira mais efetiva de lidar com o
risco no âmbito das modernas finanças corporativas.

Outros modelos, como o APT (Arbitrage Pricing Theory) desenvolvido por


Ross (1976), demandam mais esforços e não necessariamente produzem
resultados marginais positivos para a análise. Em última análise, a sobrevivência
do CAPM como padrão de risco em aplicações reais é a prova de seu apelo intuitivo
e da falha de modelos mais complexos em promover melhorias significativas em
termos de estimativas de retornos esperados.

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Estrutura de capital e o uso da dívida Durand (1952) foi um dos pioneiros
na investigação de que a escolha de uma estrutura de capital ótima é capaz de
maximizar o valor das empresas.

O autor afirmou que, admitindo-se o método de precificação da empresa,


baseado em seu fluxo de caixa esperado trazido a valor presente, é possível que a
empresa tenha seu valor aumentado por meio da redução da taxa de desconto, que
pode ser vista como o custo de oportunidade do capital empregado.

Contrapondo a visão dos tradicionalistas, Modigliani e Miller (1958),


publicaram um trabalho reconhecido como o marco fundamental da moderna teoria
de finanças e popularmente conhecido como “M&M”.

Os autores afirmavam que a estrutura de capital era irrelevante, já que o


valor da empresa independe da forma como são financiados seus ativos e está
relacionado exclusivamente com o retorno esperado dos projetos da companhia.
Apesar de alguns pressupostos assumidos por Modigliani e Miller serem pouco
realistas, as conclusões dos autores receberam aclamação generalizada.
Entretanto, a presunção da ausência de impostos, dentre outros aspectos, limita a
obra de M&M.

A principal objeção foi corrigida por Modigliani e Miller (1963) que


propuseram nova formulação para o caso da existência de uma alíquota de imposto
corporativo maior que zero. Nesse trabalho, os autores concluíram que a
alavancagem aumenta o valor da empresa, aumento esse que ocorre pelo fato de
os juros serem despesas que geram uma dedução fiscal (veja, também, Miller
1988).

Contrapondo as teorias de M&M sobre os benefícios fiscais, que implicam


que o valor da empresa pode aumentar elevando seu nível de endividamento,
Baxter (1967) afirmou que um alto grau de alavancagem aumenta o risco de
falência, reduzindo, assim, os benefícios do capital de terceiros.

Quanto mais endividada estiver a empresa, maiores serão as taxas de juros


cobradas pelos seus empréstimos, abrindo assim um novo campo de estudo sobre

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a estrutura de capital, denominado custos de falência. Myers (1984) formulou o
modelo do tradeoff, que é baseado na compensação entre custos e benefícios do
endividamento, mantidos constantes os ativos e os planos de investimento da
empresa.

O limite para o uso de capital de terceiros se dá quando os custos gerados


pelo endividamento passam a ser maiores que os benefícios recebidos.

Outros fatores poderiam inibir o uso do capital de terceiros, e alguns autores


como Jensen e Meckling (1976) trouxeram para o debate os “Custos de Agência”.
O destaque é o relacionamento entre o principal e o agente, em que o primeiro
contrata o segundo para a execução de algum tipo de serviço. Se cada uma das
partes busca maximizar sua utilidade, as ações do agente nem sempre atendem
aos interesses do principal, o que acaba gerando custos de agência, que surgem
em decorrência da separação entre administração e controle (KAYO, 2002).

Em suma, conforme salientam Locatelli, Nasser e Mesquita (2015), teoria


e estudos aplicados mostram que o uso adequado de dívida proporciona benefícios
e pode criar valor aos acionistas.

No entanto, o endividamento em excesso e sem controle pode ser perigoso,


pois pressiona o fluxo de caixa, eleva os riscos percebidos e, em casos extremos,
pode ocasionar a falência da empresa. 2.3 Custo de Capital, Desempenho
Operacional e Geração de Valor O princípio financeiro fundamental de toda
empresa é oferecer um retorno aos investimentos que cubra, pelo menos, a
expectativa mínima de ganho por parte dos proprietários do capital.

Sendo assim, teoricamente, toda decisão de investimento que promova um


retorno maior do que seu custo de capital cria valor (riqueza) a seus proprietários.
Assaf Neto, Lima e Araújo (2008) mencionam que o custo de capital é estabelecido
pelas condições com que a empresa obtém seus recursos financeiros no mercado
de capitais, sendo, geralmente, determinado por uma média dos custos de
oportunidade do capital próprio (acionistas) e capital de terceiros (credores),
ponderados pelas respectivas proporções utilizadas de capital, e líquidos do

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imposto de renda, resultando na seguinte fórmula: WACC= Ke (E/ (D+E)+ Kd.(1 –
Tc) x (D / D+ E) (3) Sendo: WACC = Custo médio ponderado do capital; Kd = Custo
do capital de terceiros (Despesa Financeira/Dívida); Tc = Alíquota de impostos
sobre o resultado; E = Capital próprio (E); D = Dívida (D) Ke = Custo do capital
próprio.

A gestão das empresas vem passando por importantes avanços, saindo de


uma postura convencional de busca do lucro e rentabilidade para um enfoque
preferencialmente voltado à riqueza dos acionistas.

Nesse contexto, surge a gestão baseada no valor, cujo objetivo é criar


riqueza para os acionistas, produzindo um retorno que supere o custo de
oportunidade do capital próprio. Sobre o tema, Copeland, Koller e Murrin (2013)
discorrem que o valor de cada empresa depende de seu potencial intrínseco em
promover esse retorno em excesso.

Criar valor para uma empresa ultrapassa o objetivo de cobrir os custos


explícitos identificados nas vendas. Incorpora o entendimento e o cálculo da
remuneração dos custos implícitos (custo de oportunidade do capital investido), não
cotejado pela contabilidade tradicional na apuração dos demonstrativos de
resultados, e, consequentemente, na quantificação da riqueza dos acionistas.

No presente estudo foi utilizada a metodologia EVA, um conceito antigo e


muito utilizado pelos economistas clássicos e que foi popularizado pela empresa
de consultoria Stern & Stewart Co. Young e O’Byrne (2003) apresentam o cálculo
do EVA da seguinte forma: EVA = [ROIC – WACC] x Capital Investido (4) Sendo:
ROIC = Retorno sobre o capital investido, que é o resultado da divisão do NOPLAT
(resultado operacional líquido após a dedução de imposto de renda) pelo capital
investido. WACC = Custo Médio Ponderado de Capital. Em que pesem tantos
elogios sobre o EVA, é válido ressaltar que os investidores devem estar atentos a
inúmeros outros índices em relação à empresa, uma vez que uma empresa pode
ter excelentes resultados no EVA, mas um resultado nada agradável em relação à
dinâmica de mercado.

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3. MACROECONOMIA

A macroeconomia estuda a economia em geral analisando a determinação


e o comportamento dos grandes agregados como renda e produtos, níveis de
preços, emprego e desemprego, estoque de moeda, taxa de juros, balança de
pagamentos e taxa de câmbio.

O enfoque macroeconômico pode omitir fatores importantes, mas


estabelece relações entre grandes agregados e permite compreender algumas
interações relevantes. A macroeconomia se preocupa com aspectos em curto prazo
como desemprego, por exemplo.

A macroeconomia possui algumas metas como aumentar o nível de


empregos, estabilizar os preços, distribuir renda, crescer a economia, solucionar
conflitos de objetivos. A estrutura macroeconômica se compõe de cinco mercados:

• Mercado de Bens e Serviços: Determina o nível de produção agregada


bem como o nível de preços.

• Mercado de Trabalho: Admite a existência de um tipo de mão-de-obra


independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de
emprego.

• Mercado Monetário: Analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma


pelo Banco Central que determina a taxa de juros.

• Mercado de Títulos: Analisa os agentes econômicos superavitários que


possuem um nível de gastos inferior a sua renda e dificitários que possuem gastos
superiores ao seu nível de renda.

• Mercado de Divisas: Depende das exportações e de entradas de capitais


financeiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.

Macroeconomia é uma das divisões da ciência econômica dedicada ao


estudo, medida e observação de uma economia regional ou nacional como um todo

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individual. A macroeconomia é um dos dois pilares dos estudos da economia,
sendo o outro a microeconomia.

O estudo macroeconômico surgiu como forma de oposição ao


sistema mercantilista vigente na Europa, este movimento foi chamado
por Keynes de Revolução Clássica. Os dois dogmas mercantilistas atacados pelos
clássicos eram, o metalismo (a crença de que a riqueza e o poder de uma nação
estava no acúmulo de metais preciosos), e a crença na necessidade de intervenção
estatal para direcionar o desenvolvimento do sistema capitalista.

O primeiro trabalho clássico foi A Riqueza das Nações, 1776 de Adam


Smith, sendo considerado a partir desta publicação o início da ciência econômica.

O termo macroeconomia teve origem na década de 1930 a partir da Grande


Depressão iniciada em 1929, onde foram intensificadas a urgência do estudo das
questões macroeconômicas, sendo a primeira grande obra literária
macroeconômica o livro Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda,
do economista britânico John Maynard Keynes, dando origem a Revolução
Keynesiana que se opôs à ortodoxia da Economia Clássica.

A macroeconomia concentra-se no estudo do comportamento agregado de


uma economia, ou seja, das principais tendências (a partir de
processos microeconômicos) da economia no que concerne principalmente
à produção, à geração de renda, ao uso de recursos, ao comportamento
dos preços, e ao comércio exterior. Os objetivos da macroeconomia são
principalmente: o crescimento da economia, o pleno emprego, a estabilidade de
preços e o controle inflacionário.

Um conceito fundamental à macroeconomia é o de sistema econômico, ou


seja, uma organização que envolva recursos produtivos

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Estrutura macroeconômica

A estrutura macroeconômica se compõe de cinco mercados:

• Mercado de Bens e Serviços: determina o nível de produção agregada


bem como o nível de preços;

• Mercado de Trabalho: admite a existência de um tipo de mão-de-obra


independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de
emprego;

• Mercado Monetário: analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma


pelo Banco Central que determina a taxa de juros;

• Mercado de Títulos: analisa os agentes econômicos superavitários que


possuem um nível de gastos inferior a sua renda e deficitários que possuem gastos
superiores ao seu nível de renda;

• Mercado de Divisas: depende das exportações e de entradas de capitais


financeiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.

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3.2 Principais conceitos

Agregados macroeconômicos

A expressão agregados macroeconômicos designa, genericamente, os


resultados da mensuração da atividade econômica como um todo. As palavras que
estão por trás dessa expressão são conjunto, totalização, agregação. A dimensão
total da economia é a referência do cálculo agregativo. Para sistematizá-lo
desenvolveram-se diferentes Sistemas de Contabilidade Social.[2]

Os principais agregados macroeconômicos são produto


(economia), renda e despesa.

Produto - é a produção total de bens e serviços finais que são produzidos


por uma sociedade num determinado período.

Renda - renda pessoal ou consumo das famílias - somatório das


remunerações recebidas pelos proprietários dos fatores de produção como
retribuição pela utilização de seus serviços na atividade produtiva. Ex: salário,
aluguéis, juros, lucros. Renda pessoal disponível (RPD) é a renda com que as
famílias contam para poderem consumir.

Poupança (S) é a parte da RPD que não foi consumida.

Renda(D) = C + S

W - salários - remuneração do fator de produção trabalho (comissões,


honorários de profissionais liberais, ordenados dos executivos, mesmo que não
assalariados)

J - juros - prêmio pago aos detentores de recursos por abrir mão da


preferência pela liquidez

A - aluguéis - remuneração dos proprietários dos recursos naturais

L - lucros - remuneração do fator de produção capital

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Renda(D) = W + J + A + L

Despesas - é o total dos gastos efetuados pelos agentes econômicos na


aquisição de bens e serviços produzidos pela sociedade.

Investimento - refere-se às despesas voltadas para a ampliação da


capacidade produtiva da economia. Ex. construção de uma hidroelétrica, a
construção ou ampliação de uma fábrica, a aquisição de novas máquinas e
equipamentos por uma firma, etc..

Investimento Bruto = Formação bruta de Capital fixo + Variação de Estoque

Ib = Fbkf + VarEst

Investimento bruto é compra de bens de capital - somente produtos novos.


Representam um acréscimo ao estoque de capital da economia. Bens de
investimento e bens de capital são sinônimos.

Formação bruta de capital fixo refere-se à ampliação da capacidade


produtiva futura de uma economia por meio de investimentos correntes em ativos
fixos, ou seja, bens passíveis de utilização repetida e contínua em outros processos
produtivos, por tempo superior a um ano, sem serem consumidos ao longo desses
processos.

Trata-se, portanto, de acréscimos ao estoque de bens duráveis destinados


ao uso das unidades produtivas, realizados em cada ano, visando ao aumento da
capacidade produtiva do país.

Variações positiva de estoque são bens produzidos e não vendidos no


período, para serem vendidos no futuro. Por significarem um acréscimo ao
patrimônio da sociedade, tais variações são computadas como investimentos.

Investimento bruto

(-) depreciação

(=) Investimento Líquido

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Iliq = Ib - Dep

Depreciação - uma parte dos bens de capital em uso na economia poder


sofrer desgastes física ou obsolescência. Isso configurará um decréscimo no
estoque de capital denominado depreciação.

Renda = consumo + poupança

R=C+S

Despesa = Consumo + Investimento

D=C+I

Como PRODUTO = RENDA = DESPESA

C+I=C+S

I=S

Taxa de câmbio e regimes cambiais

Taxa de Câmbio é o preço da moeda estrangeira medido em unidades da


moeda nacional. E de compra é o preço que o banco aceita pagar pela moeda
estrangeira. Em um regime de câmbio flexível (flutuante) ela se forma pela
interação entre a oferta e a demanda de moeda. Em um regime de câmbio fixo, ela
é definida pelo Banco Central.

Modelo keynesiano simples

O Modelo Keynesiano Simples, ou Básico, é um dos chamados regimes


mistos da Macroeconomia. Este modelo veio substituir os modelos clássicos, e está
calcado na rigidez de preços e salários no curto prazo e flexibilidade no longo prazo.

Segundo os keynesianos, a Demanda Agregada determina a Produção.


Keynes cunhou o termo "Demanda Efetiva", para descrever esse processo. Quanto
maior a Demanda Efetiva de uma economia, maior será o crescimento econômico
e o emprego dos fatores de produção, sobretudo do fator trabalho. Nesse sentido,

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a teoria poderia ser assim resumida:

Para os Clássicos: A Oferta Agregada determina a Demanda Agregada (Lei


de Say: "toda oferta cria sua própria demanda");

Para os keynesianos: A Demanda Agregada determina a Oferta Agregada


e o ritmo da produção.

Nesse sentido, vale destacar que Keynes concordou com as ações do


presidente americano Roosevelt no contexto da crise econômica mundial de 1929:
utilização de grandes recursos do Estado para emprego dos fatores produtivos
disponíveis - e o principal deles era a mão-de-obra, já que o desemprego
apresentava altas taxas para o padrão americano.

Essa intervenção positiva de Roosevelt na economia americana foi


fundamento para a afirmação de Keynes de que o Estado deveria intervir na
economia para que esta funcionasse adequadamente e apresentasse crescimento
mesmo em períodos de crise, contrariamente ao que diziam os clássicos, de que o
Estado não deveria intervir na economia, deixando agir a "mão invisível", descrita
por Adam Smith.

Para Keynes, poupança e consumo competem por recursos. Assim,


quando um aumenta, o outro, necessariamente, tem de diminuir. No Modelo
Keynesiano Simples o nível de Poupança é expressão da Renda menos Consumo.
Matematicamente temos:

S=Y-C

Em que:

S: Poupança

Y: Renda

C: Consumo

O nível de Consumo é dependente da propensão marginal a consumir.

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Este, por sua vez, é dado como complementar da propensão marginal a poupar:

c+s=1

Em que:

C: Propensão Marginal a Consumir

S: Propensão Marginal a Poupar

Modelo keynesiano generalizado ou modelo IS-LM

Gráfico do modelo IS/LM

A análise IS-LM procura sintetizar, em um só esquema gráfico, muitas


situações da política econômica, por meio de duas curvas: As curvas IS e LM.
O Modelo IS/LM resume os pontos de equilíbrio conjunto do lado monetário e do
lado real da economia, entre a taxa de juros e o nível de renda nacional.

Curva IS:

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A curva IS é o conjunto de combinações de i (taxa de juros) e y (renda) que
equilibram o mercado de bens e serviços.

Curva LM:

A curva LM é o conjunto de combinações de i (taxa de juros) e y (renda)


que equilibram o mercado monetário (oferta por moeda igual a demanda por
moeda) e o mercado de títulos, ou seja, as combinações de taxas de juros e níveis
de renda que tornam iguais a demanda por moeda e a oferta de moeda .

3.2 Temas de macroeconomia

Crescimento e economia do desenvolvimento

Gráfico do PNB per capita por região ao longo dos últimos 2000 anos. O
PNB per capita é uma forma resumida de se medir o desenvolvimento econômico
no longo prazo.

A economia do desenvolvimento estuda fatores que explicam

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o crescimento econômico – o aumento na produção per capita de um país ao longo
de um extenso período de tempo. Os mesmos fatores são usados para explicar
diferenças no nível de produção per capita entre países. Fatores muito estudados
incluem a taxa de investimento, crescimento populacional, e mudança tecnológica.
Que estão representados em formas empíricas e teóricas (como no modelo de
crescimento neoclássico) e na contabilidade do crescimento.

O campo distinto da economia do desenvolvimento examina aspectos


econômicos do processo de desenvolvimento em países de baixa renda focando
em mudanças estruturais, pobreza, e crescimento econômico. Abordagens em
economia do desenvolvimento frequentemente incorporam fatores políticos e
sociais.

Sistemas econômicos

Sistemas econômicos é o ramo da economia que estuda os métodos


e instituições pelas quais sociedades determinam a propriedade, direção e
alocação dos recursos econômicos e as suas respectivas trajetórias
de desenvolvimento econômico. Um sistema econômico de uma sociedade é a
unidade de análise.

Entre sistemas contemporâneos em diferentes partes do espectro


organizacional são os sistemas socialistas e os sistemas capitalistas, nos quais
ocorre a maior parte da produção, respectivamente em empresas estatais e
privadas. Entre esses extremos estão as economias mistas.

Um elemento comum é a interação de influências políticas e econômicas,


amplamente descritas como economia política. Sistemas econômicos
comparados é a área que estuda a performance e o comportamento relativos de
diferentes economias ou sistemas.

Contabilidade nacional

A contabilidade nacional é um método para listar a atividade econômica


agregada de uma nação. As contas nacionais são sistemas contábeis de partidas

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dobradas que fornecem informações detalhadas sobre a atividade econômica de
um país. Essas incluem o produto nacional bruto (PNB), que fornece estimativas
para o valor monetário da produção e da renda por ano ou por trimestre.

O PNB permite que se acompanhe a performance de uma economia e seus


componentes ao longo de ciclos econômicos ou períodos históricos. Dados de
preços podem permitir a distinção entre valores reais e nominais, isto é, corrigir
totais monetários para refletir as variações nos preços ao longo do tempo.

As contas nacionais também incluem aferições do estoque de


capital, riqueza de uma nação, e fluxos internacionais de capital

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4. ATIVIDADE ECONÔMICA

Análise econômica

Num primeiro momento, o objeto da atividade econômica confunde-se com


a sua finalidade, ou seja, a produção de bens para a satisfação de necessidades é
o objeto e, ao mesmo tempo, a finalidade da atividade econômica. A ciência ou a
técnica criada para a reflexão sobre o fenômeno econômico é intitulada análise
econômica.

Qualquer raciocínio cuja finalidade seja a constatação de algum efeito de


natureza econômica será, na verdade, uma análise que levará em consideração
todas as variáveis possíveis para que o resultado previsto seja confirmado.

A concretização da atividade econômica não depende diretamente da


preocupação com o fomento da produção ou do incentivo ao consumo, mas da
criação de uma verdadeira infraestrutura para que o sistema econômico funcione
eficientemente; para tanto, a modernização de portos e o investimento no
transporte público podem ser decisões muito importantes para a realização da
atividade econômica de determinada coletividade.

O trabalho hoje exigido para diagnosticar e solucionar problemas na


realização da atividade econômica chama-se análise econômica. De uma forma
superficial, a análise econômica é realizada por todo e qualquer agente econômico.

Não há dúvidas de que existem análises econômicas mais e menos


complexas, mas o que a caracteriza é a ponderação de fatores para se decidir
economicamente.

Análises microeconômica e macroeconômica

A análise microeconômica tem por objeto a dimensão dos efeitos da


escolha, quando analisados nos limites ocasionados a um indivíduo ou a um agente

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econômico. Referida análise desconsidera os possíveis efeitos da decisão aos
outros agentes econômicos e a todo o sistema econômico.

Dessa forma, se alguém resolve guardar parte de seu salário para a


realização de uma viagem no final do ano, tal decisão apenas refletirá para a análise
microeconômica se mantiver na esfera individual deste agente econômico. Por sua
vez, a dimensão que extrapola a preocupação individual dos agentes econômicos
faz parte da análise macroeconômica.

Em síntese, a microeconomia é o estudo de como as famílias e empresas


tomam decisões e de como elas interagem em mercados específicos. A
macroeconomia é o estudo de fenômenos que englobam toda a economia. 10

Variável econômica

O sistema econômico chegou a um momento de tamanha complexidade,


que mesmo os atos que não sejam de consumo ou de produção podem trazer
resultados benéficos ou não para a atividade econômica; são conhecidos tais
eventos como “variáveis econômicas”.

Em outras palavras, para ser tomada uma decisão econômica (o que


produzir, o que consumir, quando produzir etc.), leva-se em consideração uma série
de fatos, como o custo de produção, a demanda pelo produto, as condições
climáticas.

Entretanto, como nem todas essas condições podem ser antecipadas,


poderá ocorrer algum fato não esperado que modifique os efeitos econômicos da
decisão tomada. Dessa forma, quando se toma qualquer decisão econômica, deve-
se considerar a maior quantidade possível de eventos que possam alterar o
resultado do que se espera economicamente, pois qualquer evento não esperado
poderá variar as consequências da decisão tomada; tais eventos são chamados de
variáveis econômicas.

As consequências econômicas de tais eventos podem ser distribuídas de


forma distinta entre os participantes de qualquer ato econômico. Se o governo toma

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uma medida econômica que resulta em efeitos imediatos na cotação de certa
moeda estrangeira, certamente os que possuem dívidas em tal moeda poderá ser
inversamente beneficiados ou prejudicados em razão dos que possuem crédito.

Todas as novas variáveis que se agregaram às já existentes fazem com


que a economia seja afetada por um grau de instabilidade sem precedentes. Deve-
se sempre lembrar que as dificuldades enfrentadas por um agente econômico
qualquer podem comprometer todo o funcionamento de um sistema econômico, se
a compensação pelo ganho de um outro não for compatível para equilibrar as
perdas ocorridas.

A compensação da ocorrência de eventos que possam desequilibrar uma


situação econômica qualquer funciona como um mecanismo de autossustentação
do sistema econômico de determinada comunidade.

A estabilidade tão importante e perseguida nos mercados deve resultar dos


mecanismos de compensação nas relações econômicas.

Organização dos meios de produção

O agente econômico que produz, ao planejar o desenvolvimento de sua


atividade-fim, deve identificar quais são os meios ou fatores que interferirão nos
resultados almejados por sua atividade econômica. Fatores como capital, trabalho,
tecnologia, entre outros, devem ser organizados e explorados pelo agente
econômico que empreende.

A atividade econômica compreende, inicialmente, a preocupação com a


melhor maneira de organizar os fatores de produção. Alguns instrumentos para
constatar a eficiência da organização dos meios de produção já foram
desenvolvidos, sendo que a análise econômica pode contribuir de forma
determinante para constatar o funcionamento eficiente ou não da atividade
econômica.

O estudo do sistema econômico deve envolver todos os elementos que de


alguma forma interferem na realização da atividade econômica, como a ordem

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econômica na Constituição Federal, as políticas econômicas, a legislação
complementar e ordinária, a análise econômica etc.

O sistema econômico compreende um conjunto coerente de instituições


jurídicas e sociais, de conformidade com as quais se realiza o modo de produção e
a forma de repartição do produto econômico. Para fins de classificação teórica é
importante identificar a forma adotada quanto à propriedade dos meios de
produção, verificando se há propriedades privadas ou se é adotada a propriedade
coletiva dos meios de produção.

As classificações dos sistemas econômicos podem provocar um certo


desencontro entre os pressupostos teoricamente propostos e que caracterizam e
individualizam o sistema econômico e o que de fato será empiricamente encontrado
no normal desenvolvimento da atividade econômica por seus agentes.

Não há, portanto, uma tipologia fechada que não admite a existência de
características que pareciam não lhe fazer parte. A economia, atualmente, é por
demais complexa para contemplar características estanques e uniformes no que
diz respeito, por exemplo, a processos de produção, participação de agentes
públicos ou privados na realização da atividade econômica, entre outros.

Os Sistemas mais estudados são o capitalista (propriedade privada dos


meios de produção e do resultado da produção, livre-iniciativa e concorrência dos
agentes econômicos) e o socialista, mas numa rápida verificação histórica podemos
constatar que por outros modos e por outras características os sistemas
econômicos foram classificados ou nominados de acordo diversos pressupostos,
para tanto, basta lembrar-se do sistema mercantilista, por exemplo.

Sistema capitalista

O modelo capitalista pressupõe a liberdade ou o liberalismo econômico e a


propriedade dos bens de produção. O regime jurídico, portanto, deverá assegurar
esses dois pressupostos com que trabalha o sistema capitalista de economia,
sendo certo que esse núcleo normativo comporá (ao lado de outros elementos) o
Direito Econômico.

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O referido sistema possui como características basilares a garantia ao
direito de propriedade (propriedade privada) e a liberdade de iniciativa e de
competição. De forma geral, o capitalismo é o sistema cujo mote é a “liberdade”
dos agentes na tomada de decisões econômicas.

O regulador natural da medida dessa liberdade é o mercado, daí a


denominação sinônima: sistema de livre mercado. O agente econômico suportará,
nesse sistema, os reflexos lucrativos ou não da atividade que desenvolver,
garantindo o Estado o direito de propriedade sobre os bens de produção e o
resultado da produção. No sistema capitalista, a escolha compete ao agente
econômico, o qual determinará o que produzir, como produzir e para quem produzir.

Mesmo assim, essa escolha não será totalmente livre, pois o mercado
influenciará na hora da decisão econômica. Da mesma forma, não existe liberdade
plena nesses regimes, já que a intervenção do Estado na economia ocorre das
mais variadas formas.

Sistema socialista

Por sua vez, no sistema socialista as características básicas contrastam


frontalmente com as do capitalismo, uma vez que o direito de propriedade privada
é substituído pela propriedade coletiva dos meios de produção.

A natureza contestatória dos infortúnios do sistema capitalista é clara no


sistema socialista, sendo praticamente a sua negação, entretanto, sem promover
os cânones da sua forma de produção econômica, que passa a ser obrigação do
Estado e o seu resultado dividido entre todos.

Foi, contudo, com Karl Marx e Friedrich Engels que se construiu uma
proposta mais acabada de socialismo. Para Marx, o proletariado aparecia como a
única classe social capaz de destruir de uma vez por todas a exploração do homem
pelo homem, ao destruir o capitalismo, chegando ao poder pelo caminho da
revolução.

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No poder, os trabalhadores se encarregariam de eliminar as diferenças
sociais, o que assinalaria a passagem do socialismo ao comunismo, incluindo o fim
do Estado.

O sistema socialista reúne, dessa maneira, aspectos gerais da forma de


produção, o que será determinado de modo específico de acordo com o modelo
econômico adotado que poderá variar em algumas características.

Os sistemas econômicos estudados nos tópicos anteriores são formados


devido à reunião de características comuns de alguns importantes modelos
econômicos, ou seja, em cada um dos sistemas econômicos principais podem ser
desenvolvidos modelos econômicos distintos.

Os sistemas e os modelos econômicos são, portanto, uma forma de pensar


o desenvolvimento da atividade econômica, uma vez que promovem a reflexão
sobre as possíveis consequências de determinada organização para a produção.
Em razão da utilização frequente e das características bem torneadas de um
modelo econômico, ele poderá vir a ser tratado como um sistema econômico. Na
verdade, os sistemas econômicos nada mais são do que modelos de
desenvolvimento da atividade econômica, todavia, o modelo econômico pode variar
dentro de um mesmo sistema, o que torna verdadeira a conclusão de que um
mesmo sistema pode compreender modelos econômicos diferentes.

Os modelos estão contidos nos sistemas, que de alguma forma um dia


foram classificados como modelos, e devido a sua importância e coesão acabaram
constituindo um sistema que passa a admitir o desenvolvimento de outros modelos
em seu interior.

A criação de modelos econômicos tornou-se um instrumento facilitador da


análise econômica, pois reproduz uma realidade qualquer para investigar os
possíveis efeitos decorrentes de uma decisão econômica. A importância de se
conhecer os modelos econômicos é que os possíveis candidatos a agentes
econômicos de produção poderão avaliar o seu possível desempenho.

Em outras palavras, quando o empresário sabe que uma das

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características do modelo do mercado no qual pretende ingressar é a competição,
que o seu sucesso estará ligado à inovação e à diminuição dos custos de produção,
sem os quais provavelmente não terá condições de suportar a concorrência dos
outros ofertantes, terá melhores condições de acertar.

Modelo liberal

Quando o principal controlador da atividade econômica é o próprio


mercado, o grau de liberdade dos agentes econômicos é maior. A atividade
econômica realizada sob esse modelo recebe a denominação de economia de
mercado ou de sistema capitalista de produção.

O modelo liberal desencadeou a constituição do sistema capitalista; mesmo


assim, é bom ressaltar que com ele não se confunde, pois o grau de liberdade na
economia pode variar o modelo de capitalismo.

Dessa forma, o grau de liberdade na produção econômica funciona apenas


como um marcador para a análise de alguns modelos econômicos.

A expressão liberalismo pode ser utilizada para significar o Estado Liberal,


o Sistema Econômico e qualquer modelo de análise econômica. No caso, estamos
a analisar o modelo de mercado liberal, que foi caracterizado teoricamente em 1776
a partir da obra de Adam Smith.

O liberalismo se fixa na decisão política, econômica, cultural que deve ser


franqueada ao povo, ao cidadão, sobretudo. Dessa maneira, o liberalismo é o
oposto do autoritarismo e do absolutismo. Os modelos que privilegiam um maior
grau de liberdade nas escolhas econômicas são classificados como modelos
liberais e podem assumir particularidades distintas de acordo com outros
marcadores econômicos e sociais.

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REFRÊNCIAS

FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. 18ª ed. Rio


de Janeiro, Qualliymark, 2011.

 LEI 4.595,
 LEI 9.613,
 LEI 9.307,
 LEI 7.730,
 LEI 6.385,
 LEI 12.683,
 LEI 12.154,
 LEI 10.683

Decreto 3.088

Decreto Lei 73,

Decreto Lei 168 IN CVM 554, IN CVM 539 Circular 3.119, Circular 2.698,
Circular 2.900, Circular 3.461

 Resolução 2.554,
 Resolução 2.025,
 Resolução 2.682

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E PARTICIPANTES DO MERCADO

Bodie, Kane e Marcus. Investments. 2007.

Cavalcante, Misumi e Rudge. Mercado de Capitais: O que é, como


funciona. 6ª edição - Rio de Janeiro: Campus, 2005.

Fortuna, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 14ª edição –


Rio de Janeiro: QualityMark Ed, 2000.

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Sites utilizados:

 www.bcb.gov.br,
 www.cetip.com.br,
 www.cvm.gov.br,
 www.bovespa.com.br,
 www.bmf.com.br,
 www.andima.com.br,
 www.anbid.com.br,
 www.tesourodireto.gov.br.

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