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Resumo
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Asbtract:
This work was proposed within the scope of the Accounting for Decision Support course
and aims to analyze the advantages and disadvantages of the main methodologies for
evaluating investment decision. The objective of investment decision evaluation models
is to provide a systematic framework for analyzing and making more informed decisions
on how to allocate financial resources to projects. The main objectives we can highlight
include analyzing profitability, assessing risks, making informed decisions, facilitating
project comparisons, considering the cost of capital, supporting strategic decisions, and
maximizing value for shareholders. These models are recognized as critical tools that
assist companies in contributing to their long-term growth and profitability.
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Índice
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Índice de Figuras
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Lista de abreviaturas
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1. Introdução
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2. Modelo de avaliação de investimento
O modelo de avaliação de investimento trata-se de uma abordagem que é utilizada para analisar
e determinar se um investimento é viável ao nível financeiro. De acordo com Menezes (2003)
e Martins (1996), os métodos de avaliação de investimentos dividem-se em dois grandes
grupos: os métodos tradicionais ou empíricos e os métodos científicos. A grande diferença entre
estes dois métodos resume-se ao facto de dos métodos empíricos, contrariamente aos
científicos, não recorrerem à atualização das séries anuais de recebimentos e pagamentos.
Como métodos científicos temos, o Valor Atual Líquido (VAL), a Taxa Interna de Retorno
(TIR) e o Payback Period (Período de Recuperação de Investimento).
Neste tipo de modelos, regra geral, é importante analisar os Cash Flows e fazer a sua projeção
para o futuro, aplicar técnicas de avaliação fidedignas, mas também ter em consideração os
fatores de risco, para se poder determinar se o projeto de investimento que está sob analise é
viável e se traz para a empresa o retorno financeiro que é esperado.
Neste sentido, podemos dizer que existem várias metodologias e modelos que podem ser
utilizados como base, de acordo com as preferências da empresa e também de acordo com as
características do investimento.
No entanto e apesar de se tratar de metodologias que têm vindo a ser bastante utlizadas para
uma base sustentável na tomada de decisão, estas apresentam sempre as suas vantagens e
desvantagens e a escolha da metodologia irá depender sempre das características do projeto que
está em análise, mas também depende claramente dos objetivos da empresa.
Ainda assim, é muito comum as empresas utilizarem mais que do que uma metodologia, pois,
desta forma conseguem ter uma visão mais clara, informada e abrangente sobre a viabilidade
financeira do projeto que têm em estudo.
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1.1. Valor Atual Líquido
O VAL é conhecido por ser uma das principais métricas utlizadas para a análise das decisões
de investimento. Trata-se do indicador mais utilizado, e universalmente aquele que mais é aceite
pelos autores desta matéria. Tem como objetivo, avaliar se um projeto de investimento é viável
e se porventura trará o retorno financeiro que é expectável para a empresa. Este baseia-se
fundamentalmente no valor do investimento no tempo, ou seja, esta métrica de avaliação
reconhece que o valor monetário no momento zero, vale sempre mais do que em qualquer outro
momento no futuro (Esperança e Matias, 2005).
𝐶𝑛
𝑉𝐴𝐿 = −𝐶0 + ∑
(1 + 𝑖)𝑛
Traduzindo:
𝐶0 : Cash Flow Inicial
𝐶𝑛 : Cash Flow no ano n
𝑖 : Taxa de atualização (é utilizada para que os fluxos de caixa sejam atualizados para o valor
presente)
Assim para se calcular o VAL, é necessário efetuar a soma de todos os Cash Flows atualizados
para o momento inicial, subtraindo o Cash Flow inicial.
Assim, podemos dizer que o VAL mede o “sobre-lucro” em termos monetários, gerado após
remunerado o Capital Próprio aplicado pelos investidores.
Ao analisar o VAL, podemos dizer que, quando maior for o valor que se obtém no momento
em que o VAL é calculado, mais vantajoso irá ser o projeto.
No entanto, se o VAL, for inferior a zero o projeto não é considerado viável para a empresa,
uma vez que, o valor que irá trazer para a empresa não será suficiente para cobrir o investimento
que foi feito. Caso o VAL seja zero, também não é aconselhável que o projeto seja considerado,
uma vez que não irá trazer qualquer lucro, remunerando apenas o capital que foi investido.
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Como se trata de uma metodologia de avaliação decisões de investimento tem claramente as
suas desvantagens e vantagens. Como vantagens podemos dizer que, o facto de ter que se
atualizar todos os Cash Flows para o momento zero, faz como que seja uma metodologia sólida.
Esta métrica permite não só analisar um projeto, como vários projetos em simultâneo, ajuda a
ter uma precessão clara do valor absoluto do projeto em termos monetários e por último, ajuda
na tomada de decisão ao fornecer uma medida direta no que toca ao risco de um projeto.
No entanto tal como foi dito, também podem ser apontadas algumas desvantagens a esta
metodologia. Para o cálculo do VAL é necessário ter uma visão clara daqueles que vão ser os
Cash Flows futuros, o que por vezes se podem ser muito difíceis de prever. É necessário
também que seja aplicada uma taxa de atualização especifica o que acabada por ser muito
subjetivo. Pois, o cálculo da taxa de atualização (custo de oportunidade do capital próprio) não
é simples, e muitas vezes requer informações de mercado para empresas que operem em
sectores similares, o que nem sempre é fácil de obter.
O cálculo do VAL pressupõe que os Cash Flows gerados são reinvestidos a uma taxa igual ao
custo de oportunidade do capital.
E por último, esta métrica só é aconselhada para Cash Flows tradicionais (Kim et al, 1986).
Ainda assim, podemos dizer que o VAL é uma ferramenta versátil e muito utilizada na avaliação
de decisão de investimentos, sendo uma parte essencial em todo o processo de decisão, pois
ajuda as empresas a avaliar o risco e a alocar os recursos da maneira mais eficiente.
Primeiramente importa analisar e perceber o que é o Custo Médio Ponderado de Capital ou,
Weighted Average Cost of Capital. O WACC é uma métrica financeira que representa a taxa de
atualização que uma determinada empresa deve atingir para conseguir fazer face aos custos dos
seus mais variados financiamentos.
É calculada como uma média ponderada considerando os custos de Capital Próprio e Capital
Alheio após impostos com o peso relativo de cada fonte de financiamento na estrutura de
financiamento do projeto (Ferreira et al, 2014).
É usado com frequência como taxa de atualização em análises cujo objetivo é avaliar a
viabilidade financeira dos projetos de investimento.
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𝐶𝑃 𝑃
𝑊𝐴𝐶𝐶 = 𝑥 𝐾𝑒 + 𝑥 𝐾𝑑 𝑥 (1 − 𝑡)
𝐴𝐿 𝐴𝐿
Onde:
CP: Capital Próprio
AL: Ativos Líquidos
Ke: Custo de Capital Próprio
Kd: Custo de Capital Alheio
t: Taxa efetiva de Imposto sobre o Rendimento
O WACC pode variar ao longo do tempo à medida que as condições do mercado e a estrutura
de capital da empresa também variam. No entanto a sua determinação envolve várias suposições
e simplificações o que pode dificultar a sua análise, pois pode estar sujeito a várias abordagens.
Mas é uma métrica que ajuda as empresas a avaliar a rentabilidade de investimentos e projetos
em relação ao seu capital total.
A relação estreita entre o WACC e VAL prende-se quando falamos na taxa de atualização. Ou
seja, o WACC representa o custo médio ponderado do capital de uma empresa, considerando o
Capital Próprio e o Capital Alheio. Considerando que, o VAL é uma métrica que é utlizada para
calcular os Cash Flows de um investimento, estes têm que ser atualizados para o momento
presente, para que tal seja possível é necessário que se utilize uma taxa de atualização e é nesta
fase que o WACC pode ser utlizado como essa taxa de atualização.
Assim, a taxa de atualização utlizada para o cálculo do VAL é frequentemente representada
pelo WACC. Ainda assim, estes dois indicadores têm uma relação inversa, pois, se o WACC
aumenta, a taxa de atualização utilizada no cálculo da VAL também aumenta, o que pode
reduzir o valor dos Cash flow quando são atualizados para o momento presente. O WACC é
ajustado para refletir a estrutura de capital da empresa, incluindo o custo de Capital Próprio e
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os valores em divida e estas ponderações influenciam diretamente o custo total do capital e por
sua vez, também vai influenciar a taxa de atualização utlizada no VAL.
Com isto podemos dizer que o WACC é imprescindível para a determinação da taxa de
atualização, pois a análise do VAL usando o WACC, como taxa de atualização é considerada
uma abordagem padrão na avaliação dos investimentos permitindo assim que seja feita uma
análise mais adequada da rentabilidade do projeto.
A TIR é uma métrica de avaliação bastante importante no que toca à avaliação de projetos de
investimento e decisões financeiras. É uma métrica que expressa a rendibilidade de um projeto
com uma taxa percentual. A TIR é a taxa de atualização que iguala o VAL a zero, ou seja, é a
taxa que faz com que os Cash Flows futuros de um projeto sejam iguais ao investimento inicial.
Em termos mais precisos, corresponde à taxa máxima de remuneração do capital que o projeto
suporta, sem perder potencial de criação de riqueza.
A fórmula de calculo da TIR resulta na seguinte equação, isto porque a taxa que pretendemos
é desconhecida (Menezes, 2003).
𝐶𝑛
𝑇𝐼𝑅: − 𝐶0 + ∑ =0
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑛
Assim:
Como a TIR representa a taxa máxima a que possível remunerar o capital investido e é também
é considerada um indicador de viabilidade do investimento, se a TIR for igual ou superior ao
Custo de Oportunidade de Capital (COC) da empresa, o projeto é economicamente viável, mas
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se a TIR for inferior ao COC o projeto não é economicamente viável. Assim podemos dizer
que, quanto maior for a TIR em relação ao COC da empresa mais vantajoso será o projeto de
investimento (Ferreira et al, 2014).
Considerando que a TIR é uma métrica de avaliação decisões de investimento à semelhança de
outras métricas já identificadas apresentas as suas vantagens e desvantagens.
A TIR é uma métrica importante para a análise de projetos de investimento, por várias razões.
Como é calculada a nível percentual é fácil de se comparar e também fácil de se compreender.
É frequentemente utilizada como critério de decisão, porque tal como foi mencionado acima,
se a TIR foi superior à taxa de atualização a empresa pode avançar com o projeto porque este
vai ser certamente favorável. Por último, a TIR permite que seja feita a comparação entre
projetos independentemente de terem tamanhos ou escalas diferentes.
Já no que toca às limitações desta métrica, é importante ter em atenção que pode levar a
conclusões ambíguas, quando se estão a analisar Cash Flows mais complexos.
Nem todos os projetos permitem o cálculo de uma TIR. Por regra, somente os projetos ditos
convencionais permitem o cálculo deste indicador. No caso dos projetos não convencionais
podemos ter mais do que uma TIR ou mesmo a TIR ser inexistente.
A TIR não leva em consideração o tamanho dos investimentos, o que pode dificultar a análise
de projetos de diferentes tamanhos (Kim et al, 1986). O seu método de cálculo é complexo, o
que acaba por determinar algumas limitações na sua utilização corrente.
Contudo, a análise da TIR apresenta um pressuposto simplificador e relevante que tem a ver
com o facto de os Cash Flows libertados pelo projeto serem reinvestidos a uma taxa equivalente
à TIR ((Geraldes, 2023).
Mas, ainda assim e mesmo com estas limitações a TIR é uma ferramenta imprescindível para a
avaliação de decisão de investimentos.
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Importa referir que, esta métrica não é um indicador de rendibilidade, mas sim um indicador de
risco (Brealey e Myers, 1998), isto porque os Cash Flows obtidos após o período de recuperação
são ignorados, não sendo possível mensurar em termos absolutos a riqueza gerada (Geraldes,
2023). Ou seja, determina-se apurando os Cash Flows atualizados acumulados em cada ano do
período de vida útil do investimento até ao ano em que o Cash Flow acumulado é positivo, o
ano em que é feita a recuperação total do projeto de investimento (Ferreira et al, 2014).
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝑃𝑒𝑟𝑖𝑜𝑑 =
𝐶𝑎𝑠ℎ 𝐹𝑙𝑜𝑤 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙
Assim:
Investimento Inicial: Representa o montante a ser investido inicialmente no projeto
Cash Flow Anual: Representa o Cash Flow gerado a cada ano pelo projeto
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último, esta métrica é aconselhada para analisar projetos de curto prazo e situações onde a
recuperação rápida do investimento é crucial (Kim e Song, 1990).
No entanto, e apesar destas limitações, o Payback Period continua a ser muito utilizado,
especialmente em setores onde se pretende que a recuperação do investimento seja rápida.
Como se trata de uma métrica muito simples, é também muito utilizada como complemento a
outras métricas de analise de investimento, que são mais abrangentes, como a TIR e o VAL.
Desta forma é possível ter uma visão mais completa da viabilidade e rentabilidade de um projeto
(Menezes, 2003)
Tal como referido anteriormente, o VAL representa o valor económico gerado pelo projeto,
após a amortização do capital investido e a remuneração do capital investido à taxa de custo do
capital. Por outro lado, temos a TIR, que se trata de uma taxa de rendibilidade implícita do
investimento, corresponde à taxa de custo de oportunidade do capital, para o qual o VAL seria
zero (limiar de viabilidade) e representa a taxa máxima do custo de capital admissível para
financiar um projeto, de forma que este seja viável.
A relação entre o VAL e TIR suscita alguma reflexão, ou seja, nos investimentos convencionais,
ambos os indicadores convergem na mesma decisão. Sempre estas métricas são comparadas,
podem surgir três tipos de situações. Se o VAL é igual a zero, então a TIR é igual ao COC,
quando o VAL é superior a zero, a TIR é superior ao COC e por último, se o VAL é inferior a
zero, conclui-se que a TIR é inferior ao COC.
Nas duas primeiras situações, tanto a TIR como o VAL apontam para a viabilidade do projeto
que está em análise. Contrariamente à última situação descrita, esta indica que o projeto deverá
ser rejeitado pois economicamente não é considerado viável (Ferreira et al, 2014)
Assim, é possível estabelecer uma relação entre os indicadores de avaliação de investimentos
VAL e TIR em termos gráficos:
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Figura 5 - Comparação gráfica entre o VAL e a TIR
Conclui-se então que, para investimentos em que a TIR é superior ao custo de oportunidade de
capital, o VAL é positivo, sendo o investimento viável em termos económicos. Se tal não
ocorrer, então o investimento não é viável em termos económicos, dado que a remuneração
exigida é superior à taxa máxima que o investimento suporta.
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4. Conclusão
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Referências Bibliográficas
KIM, Suk H; Crick, Trevor e Kim, Seung H. (1986) “Do executives practice what academics
preach?”, in Management Accounting, November: 49-52.
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