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GESTÃO FINANCEIRA II
UNIDADE DIDÁTICA Nº 7
ORÇAMENTO DE CAPITAL
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UNIDADE DIDÁTICA Nº 7
ORÇAMENTO DE CAPITAL
Introdução ....................................................................................................................... 3
1. Conceituação do Orçamento de Capital .................................................................... 6
2. Importância do Orçamento de Capital....................................................................... 6
3. Classificação e Diferenciação de Projectos de Investimento ..................................... 6
4. Principais Elementos a Considerar na Elaboração e Análise de Projectos de
Investimento.................................................................................................................... 9
5. Fases Metodológicas de Análise dos Investimentos ................................................. 9
6. Fluxograma das Fases de Desenvolvimento de Projectos de Investimento .............. 11
7. Tipos de Avaliação de Projectos de Investimento ................................................... 11
8. Parámetros Económicos Essenciais à Decisão Económica de Investimentos ........... 13
9. As Despesas Totais dos Investimentos e sua Determinação .................................... 13
10. Semelhanças entre Análise de Investimentos e Valoração de Títulos ................... 14
11. Critérios ou Regras de Decisão da Análise de Investimentos (ou Orçamento de
Capital) ......................................................................................................................... 15
12. Avaliação dos Métodos de Avaliação e Decisão Sobre os Investimentos ............. 32
13. Interacções Entre Projectos de Investimentos ...................................................... 34
14. Selecção de um Programa de Investimentos com Recursos Limitados ................. 50
Bibligrafia ..................................................................................................................... 51
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UNIDADE DIDÁTICA Nº 7
ORÇAMENTO DE CAPITAL
Introdução
Na unidade didática nº 1 (Capítulo 1), da disciplina de Gestão Financeira I, estabelecemos
que um dos elementos constituintes da essência da Função Financeira é o Investimento, e
que um dos conteúdos da Função Financeira é a Decisão sobre os Investimentos e de
Financiamentos. Ademais, ainda em capítulos específicos de Gestão Financeira I vimos
como os investidores avaliam os títulos da empresa e como eles determinam as taxas de
retorno requeridas; de igual maneira, no capítulo sobre a Rendibilidade da empresa e a
Gestão da Tesouria, em Gestão Financeira II, vimos como os gestores adoptam decisões
sobre Capital Circulante, incluindo-se decisões para aumentar os activos circulantes.
Agora, nesta unidade Didática (ou Capítulo), trataremos das decisões de investimento
envolvendo activos fixos (ou imobilizados). Com efeito, o capítulo aprofunda os conceitos,
conteúdos, etapas e as acções no processo de preparação de uma decisão de investimento
bem assim as principais classificações de projectos de investimentos com base em alguns
critérios comuns. Ademais são discutidos e aplicados os vários critérios de avaliação,
escolha e decisão sobre os projectos do investimento. São ainda analisadas e discutidas as
inter-relações entre os métodos de avaliação de projectos de investimento e o seu impacto
na decisão. Finalmente, apresentam-se soluções para decisões sobre projectos de
investimento com recursos limitados.
Objectivos
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Palavras Chaves
Capital
Orçamento
Desembolso
Activo Fixo
Activo Cireculante Líquido
Fundo de Maneio
Fundo de Maneio Necessário
Custo de Oportunidade
Taxa de Desconta
Taxa de Actualização
Taxa de Tetorno Necessária
Taxa de Retorno Exigida ou Requerida
Tempo de Vida do Projecto
Avaliação do Projecto
Investimento
Fluxo de Caixa
Fluxo de Caixa Anual Eqivalente
Fluxo de Caixa Incremental
Fluxo de Caixa Relevante
Custo Anual Equivalente
Actualização
Perído de Recuperação
Valor Actual Líquido
Taxa Interna de Retorno
Índice de Rendibilidade
Valor Residual
Valor de Mercado
Valor Contabilístico
Análise Cenária
Análise de Sensibilidade
Análise de Simulação
Simulação “Monte Carlo”
“Suank Cost”
Risco Beta
Distribuição de Probabilidades
Inflacção
Expanção
Substituição
Mercado
Tecnologia
Localização
Independente
Dependente
Mutuamente Exclusivo
Conflito
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O orçamento de capital é uma estimativa dos dispêndios a incorrer na aquisição dos activos
imobilizados, ou neles investir, e a elaboração do orçamento de capital constitui todo o
processo de análise de projectos e a decisão se estes deveriam ser incluídos no orçamento
de capital. Conforme sintetiza o Brigham (524; 2.000): “elaboração do orçamento de
capital é o processo de planear gastos sobre activos, cujos fluxos de caixa estendam-se
além de um ano”.
Orçamento, é um plano que detalha as entradas e saídas projectadas durante algum período
futuro.
Ora, ligando as definições dos termos capital e orçamento, podemos também definir o
orçamento de capital de modo seguinte:
Para o nosso estudo, de entre várias outras classificações, adoptaremos apenas as seguintes:
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3.1.3 - Projectos de Inovação para Introdução de Novos Produtos e/ou Novos Mercados
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A decisão de investir neste tipo de projectos depende do seu tamanho e não de garantia
de retornos positivos directos.
Outros Projectos são aqueles que não tendo impacto directo na produção ou venda, a
sua importância para melhorar a eficiência operacional, através de controlo do
desperdícios de tempo para satisfazer necessidas associadas, é muito relevante, e, por
isso, contribuem indirectamente para melhoria da rendibilidade da empresa.
a) Independentes
b) Dependentes
c) Mutuamente Exclusivos
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4.7. A Gestão e o controlo dos Investimentos - é uma fase tão importante quanto as
anteriores seis, pois da gestão correcta depende o sucesso de todo o esforço
empreendido nas fases anteriores. Uma má gestão pode levar a grandes desastres
tanto económicos como Financeiros.
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Identificação do Projecto
- Estdo de Mercado
- Rede de Distribuição
- Publicidade
Formalização de Variantes
(Prâ-Viabilidade)
- Tecnologia
- Capacidade Produtiva
Formalização do Projecto
- Localização
(Viabilidade)
- Lay-out
Implementação
1. Avaliação Financeira;
2. Avaliação Técnica;
3. Avaliação Comercial
4. Avalaiação Institucional;
5. Avaliação Económica;
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6. Avaliação Social;
7. Avaliação Ambiental.
- A distribuição do rendimento;
- A fixação da população no território;
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1. Os mercados;
2. A tecnologia;
3. A dimensão;
4. A localização.
As despesas totais dos investimentos são a totalidade de gastos com: estudos, decisão,
preparação da informação periódica de gestão, arranque, rítimo cruzeiro e termo da vida
útil; incluíndo a aquisição do activo imobilizado e do fundo de maneio de exploração (ou
activo circulante).
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6. Por fim, o valor presente dos fluxos de caixa futuras é comparado ao custo do
investimento; se o valor actual dos fluxos de caixa positivos excede o custo do
projecto do investimento, então, este é aceite, o contrário o projecto é rejeitado
Alternativamente a taxa de retorno esperada de um projecto pode ser
calculada, e se ela excede a taxa de retorno requerida (custo do capital) então
o projecto é aceite.
Assim, e como o diz Brigham (529; 2000) “Se um investidor individual identifica e investe em
uma acção ou obrigação cujo preço de mercado é inferior ao seu valor real, o valor da carteira
do investidor aumentará. Da mesma forma, se uma empresa identifica (ou cria) uma oportunidade
de investimento com um valor presente maior do que o seu custo, o valor da empresa aumenta.
Assim, há um elo muito directo entre a elaboração do orçamento de capital e os valores das acções.
Quanto mais efectivos os procedimentos de elaboração de orçamento de capital da empresa, mais
alto o preço das acções”.
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Para avaliar os investimentos (ou projectos) e dicidir se devem ou não ser aceites para a
inclusão num orçamento de capital são essencialmente usados cinco Critérios ou Regras
de Decisão da Análise de Investimentos (ou também designadas Técnicas “científicas”de
Avaliação da Elaboração do Orçamento de Capital):
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Por outro lado, dois métodos podem ser usados para o cálculo do Payback seja com
os fluxos de caixa descontados ou não descontados. Os referidos métodos são:
Decisão: Dado que não é indicado qualquer PB exigido pelos investidores, aceitar-se-ia o
Projecto “B” por ter menor período de recuperação do investimento (PBᴃ < PBᴀ). Se fosse
indicado um período exigido pelos investidores para recuperação do investiemento, então
optar-se-ia por aquele projecto que cumpre com a exigência dos investidores. Caso ambos
projectos observassem o referido período de recuperação exigido, então ter-se-ia que saber
se são ou não mutuamente exclusivos. Sendo mutuamente exclusivos, e embora ambos
cunpram com o prazo máximo de recuperação exigido, investir-se-ia no do menor período
de recuperação entre ambos. Sendo Independentes, ambos seriam aceites por cumprirem
as exigências do investidor.
2º. Identificar o ano em que ocorre a mudança do sinal, de negativo para positivo;
3º. Adicionar o quociente entre o último valor negativo e o valor (fluxo de caixa)
do ano (ou período) imediatamete a seguir, ao número de períodos em que a soma
dos fluxos de caixa (fluxos de caixa acumulado) permaneceu negativa devido ao
sinal negativo do investimento inicial (e subsequentes se existirem).
Ilustração:
Ilustração:
c) Uso da Fórmula
Tabela 4 - Fluxos de Caixa Líquidos esperados
(USD)
𝑰ₒ Fact. de
𝑷𝑩 = 𝒙𝒏 Actuali
∑𝑛𝑡=1 𝐹𝑐ₜ/(1 + 𝑘 )ᵗ Ano Proj. A Proj. B
zação
1.000
K =10%
PBᴀ = 1.079 𝑥 4 = 3,71 𝑎𝑛𝑜𝑠 Do ano Actuali Do ano Actuali
zado zado
1.000 0 1,00000 (1.000) (1.000) (1.000) (1.000)
PBᴃ = 1.050 𝑥 4 = 3,81 𝑎𝑛𝑜𝑠 1 0,90909 500 455 100 91
2 9,82645 400 331 300 248
3 0,75131 300 225 400 301
Decisão: uma vez que não 4 0,68301 100 68 600 410
T(1 a 4) 1.079 1.050
é indicado qualquer PB exigido pelos investidores, aceitar-se-ia o Projecto “A” por ter
menor período de recuperação do investimento (PBᴀ < PBᴃ). Se fosse indicado um período
exigido pelos investimento para recuperação do investiemento, então optar-se-ia por aquele
projecto que cumpre com a exigência dos investidores. Caso ambos projectos observassem
o referido período de recuperação exigido, então ter-se-ia que saber se são ou não
mutuamente exclusivos. Sendo mutuamente exclusivos, e embora ambos cumpram com o
prazo máximo de recuperação exigido, investir-se-ia no do menor período de recuperação
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entre ambos. Sendo Independentes, ambos seriam aceites por cumprirem as exigências do
investidor.
Ora, comparando os resultados do Payback obtido com o seu cálculo sem actualização dos
fluxos de caixa (Fcx) do obtido tendo em conta o valor do dinheiro no tempo, isto é, com
fluxos de caixa descontados, notamos que o PB é menor quando os Fcx não são
actualizados e maior quando o são. Este é o efeito e a importância de se ter em conta o
conceito do “valor do dinheiro no tempo” quando as análises financeiras se destinam a
tomar qualquer decisão com impactos económico-financeira. Portanto, o uso de fluxos de
caixa descontados aproxima mais os resultados aos esperados.
O Payback é um indicador de Risco, porque quanto menor for o PB, menor é o risco do
projecto, pois a incerteza de ocorrência futura de fenómenos económicos danosos torna-se
reduzida e, por conseguinte, reduz a preocupação de não recuperar pelo menos o valor
investido no projecto.
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1º. Ocorre com o cálculo do PB sem actualizar os fluxos de caixa. Se não a fizer
ignora o factor tempo no valor do dinheiro, levando em consideração apenas
implicitamente o momento da ocorrência dos fluxos de caixa;
2º. Ocorre quer actualize ou não os fluxos de caixa. Consiste no facto de não
reconhecer fluxos de caixa que ocorrem apôs o período de payback; podendo, por
isso, optar por um investimento (projecto) que realmente oferece menores retornos
adicionais (os que se dão apôs o payback) que o alternativo rejeitado.
O payback dos projectos adoptando o método progressivo e sem actualização dos fluxos
de caixa é de 2 e 3 anos, para os Projectos “Y”e “Z”, respectvamente. Ora, nestas
condições, pelo PB, escolhe-se o Y. Porêm, considerando os fluxos de caixa posteriores,
Z gera maiores excedentes (700 mil MT) que Y (120 mil MT). Portanto, escolheu-se um
projecto que menos contribui para o aumento da riqueza dos accionistas em determento
daquele que mais contribui para o aumento da sua riqueza e, consequentemente, do preço
das suas acções.
3ª. O payback é uma medida de risco, logo é sempre aconselhável utilizá-lo pelo
menos como suplemento das outras medidas de decisão (VAL ou TIR);
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O VAL pode ser calculado com o recurso às formulas matemáticas e suplementadas pelas
tabelas financeiras e uma calculadora normal; método informático, adoptando as funções
financeiras constantes do excel (aplicação da Macrosoft); e o uso das calculadores
financeiras. Em todo o momento os desembolsos efectuados na aquisição ou construção
de um activo fixo são considerados fluxos de caixa negativos (assumem sinal negativo)
enquanto que os fluxos gerados pelo investimentos são considerados positivos.
Ao usar a formula pode ser interessante verificar se os fluxos de caixa são mistos
(desiguais) ou são constantes.
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Ilustração:
Anos 0 k 1 2 3 4
k = 10% (1.000) 500 400 300 100
455
331
225
68
79
Projecto “B”
Anos 0 1 2 3 4
k = 10% (1.000) 100 300 400 600
91
248
301
410
50
Note, contudo, que o uso da calculadora financeira constitui a forma mais eficiente de
encontrar o VAL. Todas as calculadoras financeiras têm uma secção de memória chamada
de “registo do fluxo de caixa” (“cash flow register”) que é empregada para fluxos de caixa
mistos (desiguais) como dos projectos A e B, do nosso exemplo, (em contraste com os
fluxos de caixa iguais, ou constantes).
Para o cálculo o VAL pela calculadora financeira, basta você digitar, na calculadora, os
fluxos de caixa (tendo em atenção os sinais) juntamente com o valor de k (ou i, noutras
calculadoras). A essa altura, você tem (em sua calculadora) a equação seguinte, por
exemplo, para o projecto A:
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Repare que, feitas as substituícões na equação acima, ela tem apenas uma incógna, VAL.
Ora, para obter a resposta que precisa, basta pressionar a tecla VAL (em algumas
calculadoras, a tecla é “NPV”; “VPL” ou; “compute”, etc) na sua calculadora financeira e,
no visor da calculadora aparecerá ".
Finalmente, lembre-se das lições sobre o uso da calculador financeira dadas em “Gestão
Financeira I”.
Para o exemplo que temos vindo a usar como ilustração prática, “Projectos A e B”, os
dois projectos devem ser aceites se forem independentes, mas A deveria ser o escolhido
se forem mutuamente exclusivos, pois apresenta um VAL maior do que do B (VALᴀ 79
mil MT > VALᴃ 50 mil MT).
1. Um VAL Nulo (VAL= 0), significa que os fluxos de caixa do projecto são exacta e
exclusivamente suficientes para:
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2. Se o VAL é positivo (VAL > 0), significa que os fluxos de caixa geram um
excedente financeiro líquido a favor dos accionistas, já que o retorno dos credores
é fixo. Por esta via (VAL > 0) o valor da empresa aumenta e consigo a dimensão e
o preço das acções – cumpre-se com o objectivo estratégico (permordial) da
empresa: “a maximização do seu Valor”. Em nosso exemplo, a riqueza dos
accionistas aumentaria em 79 mil MT se a empresa invistisse no Projecto A, mas
apenas 50 mil MT, se invistisse no Projecto B. Fica desta forma clara a razão da
escolha do Projecto A, e igualmente preceptível a lógica da abordagem do VAL.
3. Se o VAL é negativo (VAL < 0), significa o inverso da situação em que o (VAL >
0).
Como deve estar lembrado, em “Gestão Financeira I”, Capítulo sobre “Modelos de
Valoração de Títulos” estudamos os procedimentos para calcular a taxa de retorno até o
vencimento ou taxa de retorno de um título “Yield to Maturity” (YTM), ou seja, o retorno a
ser ganho caso se invista no título até o vencimento. Adicionalmente, no ponto 10, anterior,
falamos das semelhanças entre “Análise de Investimentos” e “Valoração de Títulos”.
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de desconto que leva o valor actual (VA) das
entradas de caixa de um projecto de investimento a se igualar ao valor actual das saidas de
caixa (desemblsos pelo investimento).
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Tal como o VAL, a Taxa Interna de Retorno (TIR) pode ser calculada com o recurso às
formulas matemáticas e suplementadas pelas tabelas financeiras e uma calculadora normal
(podendo levar, ou não a interpolação para se chegar à taxa exacta); método de cálculo
progressiva; método informático, adoptando as funções financeiras constantes do excel
(aplicação da Macrosoft) e o uso das calculadores financeiras. Em todo o momento os
desembolsos efectuados na aquisição ou construção de um activo fixo são considerados
fluxos de caixa negativos (assumem sinal negativo) enquanto que os fluxos gerados pelo
investimentos são considerados positivos.
𝑛 𝑛
𝐹𝑐ₜ 𝐹𝑐ₜ
∑ (. ) − 𝑭𝒄ₒ = 𝟎 Ou ∑ (. )=0
(1 + 𝑇𝐼𝑅)ᵗ (1 + 𝑇𝐼𝑅)ᵗ
𝑡=1 𝑡=0
Ilustração:
Anos 0 TIR 1 2 3 4
k = 10% (1.000) 500 400 300 100
Total Fc 1.000
___
VAL __0
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Projecto “B”
Anos 0 1 2 3 4
k = 10% (1.000) 100 300 400 600
Total Fc 1.000
___
VAL __0
Com o critério progressivo a base para o cálculo da TIR é o payback (PB). Na adopção
deste critério os procedimentos mudarão conforme o comportamento dos fluxos de caixa
ao longo da vida do projecto de investimento conforme se segue:
2º. Multiplica-se o factor obtido no passo 1º., amterior, pelo fluxos de caixa anual
(pois são iguais para todos os anos ou períodos) e calcula-se a TIR, fazendo-se as
interpolações, se necessárias.
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1º. Determinar a média dos fluxos de caixa positivos (entradas) (MFc) e assemelha-
se-a à uma anuidade;
𝒏
∑𝑭𝒄ₜ
𝑀𝐹𝑐 = 𝒕 = 𝟏
𝑛
4º. Comparar a entrada média de caixa (MFc) e as entradas nominais (reais) dos
primeiros anos. Ajustar a TIR alguns pontos percentuais acima, se MFc menor que
os primeiros fluxos de caixa;
5º. Usar a taxa optada no passo 4º., anterior, para calcular o VAL com base nos
valores reais dos fluxos de caixa do projecto (é o mesmo que ensaiar aquela taxa
em 4º., anterior);
7º. Repetir o passo 5º., anterior, para uma nova taxa menor ou maior, conforme a
situação decidida no passo 6º., anterior; podendo depois interpolar para obter a taxa
TIR exacta.
Ilustração:
Calcule a TIR para os nossos dois Projectos A e B, que verificam a situação de fluxos de
caisa desiguais.
Projecto “A”
1º. Passo
1300
𝑴𝑭𝒄 = = 325
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2º. Passo
PBᴀ = 2,9511
3º. Passo
PVIFA para 4 anos próximo do PB calaculado no passo 3º., anterior:
PVIFA (PB) para 14% 2,9137
PVIFA (PB) para 15% 2,8550
4º. Passo
Dado que a MFc é de 325, menor que os primeiros Fc do Projecto
A (500 e 400) então ajuste alguns pontos percentuias à taxa 14%
por ser aquela de cujo “PVIFᴀ” é mais proximo do PB encontrado
no 2º. Passo, por exemplo, tome 14,5%, para ensaiar;
5º. Passo
Com o resultado obtido neste ensaio, concluimos que a TIR do Projecto A (TIRᴀ)
é de 14,5%
Para uma fácil utilização da Calculadora financeira para obter TIRs, deve-se seguir
procedimentos idênticos aos usados para achar o VAL:
1º. Digitar (entrar) os fluxos de caixa, conforme a sua ordem na linha do tempo, na
calculadora, por exemplo:
500 400 300 100
−1.000 + + + + =0
(1 + 𝑇𝐼𝑅)ⁱ (1 + 𝑇𝐼𝑅)² (1 + 10%)³ (1 + 𝑇𝐼𝑅)⁴
2º. Já que a única incôgnita na equação do 1º. Passo, anterior, é a TIR, pressinar a
tecla “IRR” na máquina calculadora. De seguida, a calculadora encontra a TIR e a
mostra no visor.
Ora, seguindo estes passos para os dois projectos do nosso exemplo, terá o seguinte
resultado sobre as respectivas TIRs:
TIRᴀ= 14,5%
TIRᴃ = 11,8%
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Assim, se o projecto tiver uma TIR maior ou igual ao seu custo de capital (TIR ≥ k) deve
ser aceite (veja a seguir a lógica da TIR).
Havendo mais do que um projecto em análise, a decisão é tomda em resultado da
comparação das Taxas Internas de Retorno (TIRs) desses projectos tendo em conta a
relação existente entre eles (Independentes ou mutuamente exclusivos). Assim,
Para o exemplo que temos vindo a usar como ilustração prática, “Projectos A e B”, os
dois projectos devem ser aceites se forem independentes, pois suas TIRs são maiores do
que o custo de capital (k), mas A deveria ser o escolhido se forem mutuamente
exclusivos, pois apresenta uma TIR maior do que a do B (TIRᴀ 14,5% > TIRᴃ 11,8%).
1. Uma TIR igual ao custo de capital (TIR= K), significa que a taxa de retorno
esperada do projecto (TIR) apenas compensa o custo dos recursos utilizados para o
financiamento do projecto e, portanto, nenhum valor adicional resulta do projecto,
isto é, (VAL = 0), mas permite tão somente:
2. Se a TIR é maior em realção ao custo de capital (TIR > k), significa que um
excedente financeira (superávit) fica depois de pagamento de capital, e esse
excedente é destinado aos accionistas da empresa, assegurando o aumento da sua
riqueza. Em outras palavras, se a (TIR> k) o valor actual liquido será positivo (VAL
> 0).
3. Se a TIR é menor ao custo de capital (TIR < k), significa o inverso da situação em
que a (TIR > K). Isto é, a aceitação do projecto acarrecta um custo aos accionistas
actuais.
Tal como notamos, acima, em relação ao VAL, e mesmo considerando que é a característica
de “equilíbrio” que torna a TIR proveitosa na avaliação dos projectos, é importante notar
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𝒏
∑𝑭𝒄ₜ
𝐼𝑅ₒ = 𝒕 = 𝟏
𝐼ₒ
Ilustração:
Note que, em geral, o cálculo do índice de rendibilidade basea-se nos resultados, e não nos
fluxos de caixa, como a seguir é feita:
1.300
Projecto A 𝐼𝑅ₒ = = 1,3
1.000
1.400
Projecto B 𝐼𝑅ₒ = = 1,4
1.000
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1.079
Projecto A 𝐼𝑅ₒ = = 1,09
1.000
1.050
Projecto B 𝐼𝑅ₒ = = 1,05
1.000
Para o exemplo que temos vindo a usar como ilustração prática, “Projectos A e B”, os
dois projectos devem ser aceites se forem independentes, mas B deveria ser o escolhido
se forem mutuamente exclusivos, e sem actualização dos fluxos de caixa (IRₒᴃ = 1,4 >
IRₒᴀ = 1.3), enquanto que o A é o que deveria ser aceite se os fluxos de caixa são
actualizados (IRₒᴀ = 1,09 > IRₒᴃ = 1.05).
a) Vantagens
b) Desvantagens
1º. Está ligado ao facto de usar dados contabilísticos e não fluxos de caixa. Ora,
são fluxos de caixa que vão pagar as despesas da empresa, e não os lucros
contabilísticos. Porêm o uso de fluxos de caixa médios superam este
inconveniente;
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Tanto o método do VAL como o da TIR são largamente usados na avaliação e decisão sobre
projectos de investimentos. Todavia, em alguns casos uma decisão tomada pelo método do
VAL pode ser diferente daquela que seria tomada caso o método da TIR fosse usado. À esta
divergência é designada por “Conflito entre o VAL e a TIR”, como mais tarde
aprofundaremos. Entretanto, tendo em conta que o objectivo da empresa é o de maximizar
o seu valor, então a decisão tomada com base no VAL é sempre melhor, daí que, por vezes,
um projecto com uma TIR mais baixa pode ser preferível a um com uma TIR mais alta.
Uma apresentação gráfica dos Perfís do VAL pode melhorar a sua compreenção desta
relação.
O Perfíl do VALé o gráfico que relaciona o VAL de um projecto com a taxa de actualização
usada para calcular o VAL. Assim, o gráfico a seguir mostra os perfís dos prjectos A e B,
que temos vindo a usar como exemplo dos diversos tópicos deste capítulo. Para a sua
construção deve ser feito uma tabela com VALs obitidos a partir de um certo número de
taxas conforne ilustrado na tabela 6, igualmente a seguir. Os Perfís dos projectos podem
ou não verificar o cruzmento. Havendo curzamento, então significa a existência de conflito
entre o VAL e a TIR na hora da decisão.
Tabela 6 – VAV e k
k VALᴀ VALᴃ
0% 300 400
2% 250 318
4% 203 242
6% 159 172
TIRᴀ = 14,5% 8% 118 108
10% 79 50
12% 42 -6
14% 8 -56
7,2%
16% -24 -103
TIRᴃ = 11,8% 18% -55 -147
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O valor de uma empresa pode aumentar ao longo do tempo, mesmo que ela invista
em projectos com VAL igual a zero ou mesmo negativo. Deve-se lembrar que o
VAL de um projecto de investimento é negativo quando a TIR é inferior ao custo
de capital.
Mas, a razão de não realizar projectos com um VAL igual a zero ou negativo tem a
ver com os custos de oportunidade dos accionistas.
No caso de um VAL < 0, teriamos uma situação de expansão. No caso do VAL >
0, teriamos uma situaão de crescimento, a única que pode satisfazer os interesses
dos accionistas.
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Realizados os cálculos, vamos encontrar duas taxas internas de retorno (TIR): TIR₁
= 25% e TIR₂= 400%.
Para ilustrar uma situação de um projecto verificando inversão nos fluxos de caixa
gerados ao longo do tempo considere o exemplo seguinte do Projecto “N” (em mil
MT):
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𝑛
𝐹𝑐ₜ
∑ (. ) − 𝑭𝒄ₒ = 𝟎
(1 + 𝑇𝐼𝑅)ᵗ
𝑡=1
Falemos, a seguir, sobre o que acontece com a adoptação dos critérios do VAL e da TIR
para a decisão de Projectos Independentes e de Projectos Mutuamente Exclusivos.
Se dois, ou mais, projectos são independentes, então os critérios do VAL e da TIR sempre
levam a mesma decisão de aceitação ou rejeição. Isto é, um projecto aceite pelo critério
do VAL é igualmente aceite pelo critério da TIR. Para averiguar porque é que é assim,
retorne ao gráfico do perfíl do VAL apresentado nas páginas anteriores para os Projectos A
e B, focalize o perfíl do Projecto B e observará:
1) que o critério da TIR para a aceitação é que o custo de capital é inferior (ou o k está
à esquerda da TIR), e;
2) que seu VAL é positivo sempre que o custo de capital é inferiror à TIR. Assim, em
qualquer custo de capital inferior a 11,8%, o Projecto B será aceitável tanto pelos
critérios do VAL como da TIR, enquanto os dois métodos rejeitam o projecto se o
custo de capital for superior a 11,8%. O Projecto A – e todos os outros projectos
independentes sob consideração – poderia ser analisado similarmente e, sempre que
o método da TIR disser “aceito”, o mesmo ocorrá com o método do VAL.
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A análise da interacção entre projectos mutuamente exclusivos pode ser feita de várias
dimensões. De entre essas dimensões, apenas abordaremos as seguintes:
Como já referido, pode haver conflito entre o VAL e a TIR, como métodos de decisão de
investimentos entre Projectos alternativos Mutuamente Exclusivos. Há, essencialmente,
duas razões que podem estar na origem de um conflito entre o VAL e a TIR:
A diferença entre os dois projectos (C e D) pode ser analisada como um novo projecto “E”,
com o investimento (Iₒ) de 700.000,00 MT e o VAL de 100.000,00 MT.
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36
A opção pelo Projecto D, só porque tem uma TIR superior, corresponderá a prescindir de
um investimento de 700.000,00 MT a que corresponde um VAL positivo de 100.000,00
MT.
A distribuição dos fluxos de caixa dos projectos no tempo pode originar diferentes
inclinações das respectivas curvas do VAL. Portanto, a existência ou não do conflito entre
o VAL e a TIR como critérios de decisão dependerá da posição relativa (no gráfico perfíl
do VAL) do custo de capital (k), em comparação com a taxa de indiferença (equilíbrio) (kᵢ).
Só para taxas de custo de capital (k) superiores à taxa de indiferença (kᵢ), é que não
existirá qualquer conflito.
Ilustração:
Desta forma, nota-se que há um conflito se o custo de capital for inferior à taxa de
intersecção: o VAL indica que que B, mutuamente exclusivo, deveria ser escolhido,
enquanto a TIR indica que A deveria ser escolhido.
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Como se referiu nas ocasiões anteriores deste capítulo, em particular no tópico sobre
“comparação dos métodos do Val e o da TIR”, a lógica sugere que o método do VAL é
melhor, já que selecciona o projecto que mais aumenta a riqueza do accionista.
No método da TIR, o pressuposto é que os fluxos de caixa gerados pelo projecto são
reinvestidos à própria TIR.
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Ignorando a taxa de reinvestimento a TIRF = 23,40%, caso contrário, teriamos cinco taxas
internas de retorno (TIRs), tantas quantos os valores futuros encontrados (TIRF):
3
1
5.000 ∑ (. ) − 10.000 = 0
(1 + 𝑇𝐼𝑅)ᵗ
𝑡=1
Note que o contributo para o valor da empresa é o valor futuro do projecto, actualizado à
taxa de custo de capital (6%)
O pressuposto do reinvestimento à taxa do custo de capital, que está implícito, como vimos,
no critério VAL, é o mais adequado. Isto torna o método do VAL mais adequado na análise
de investimento, pois, dificilmente a TIR será uma taxa relevante para reinvestimento.
Assim, podemos usar o conceito do Valor Futuro para redifinir o VAL e a TIR:
𝑉𝐹 𝑉𝐹
𝐕𝐀𝐋 = − Iₒ − Iₒ = 0
(1 + 𝑘 )𝑛 E a TIR: (1 + 𝑘 )𝑛
Neste caso o VF é determinado com base nas melhores taxas de reinvestimento a que um
investidor pode ter acesso.
Conclusão: por todas as razões apontadas e, ainda, pelo facto de só o VAL atender ao efeito
do custo de capital, o método do VAL é o mais indicado para a decisão de projectos de
investimento (salvo excepções que veremos, mais a seguir, em que ainda que conhecido o
VAL, recomendar-se-á o uso da anuidade equivalente ou mesmo do Índice de
Rendibilidade).
No entanto, alguns gestores afirmam que a TIR é mais fácil de visualizar e interpretar do
que o VAL.
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Fluxos de Caixa Convencionais- consistem numa saída inicial de caixa, seguida de entradas
sucessivas de caixa ao longo da vida de um projecto de investimento. Exemplo:
Fluxos de Caixa não Convencionais- São aquele em que uma saída inicial de caixa não é
seguida por uma série de entradas de caixa. As entradas são alternadas com uma ou mais
saidas. Exemplo:
Fluxos de Caixa Incrementais- são fluxos de caixa (RL + AR) obtidos pela diferença entre
fluxos de uma máquina actual (a substituir) e o fluxos gerados por uma outra que se
programa comprar.
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Sunk Cost- o conjunto de custos suportados antes do projecto de investimento que não
influem na acitação ou rejeição desse projecto de investimento.
Alteração no Capital Circulante Líquido – consite nos aumentos no capital circulante por
virtude do uso de novo equipamento de maior capacidade produtiva. Esta alteração
correspondente a saída de caixa no início do projecto, e entrada de caixa no fim do mesmo.
Simulação – “Monte Carlo” (conceito que vem do Estado MONACU – estado minúsculo governado
por um Rei) – consiste na utilização de diferentes fluxos de caixa e as probabilidades de sua
ocorrência currigidos segundo vários números rendômicos (aleatórios).
Risco Beta- é a análise do risco sob a óptica do risco total e ajuda-nos a decidir sobre a
aceitação ou rejeição de um projecto de investimento. Contudo, a análise é mais subjectiva
que objectiva no sentido de que não especifica qual o projecto que deve ser aceite ou
rejeitado.
O Risco Beta, mede, apenas, o risco de ponto de vista do investidor que detêm uma carteira
devidamente diversificada.
Feita a revisão dos conceitos passemos, a seguir, às técnicas de análise e decisão por
projectos de substituição. Com efeito, abordaremos duas técnicas de abordagem:
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3º. Encontrar o valor actual entradas de caixa incrementais (que podem ser
anuidades constantes ou variáveis);
4º. Adicionar o valor actual residual esperado ao valor actual do fluxo de caixa
total;
Decisão
Se VAL > 0 e/ou a TIR > k, a substituição pode ser feia, caso contrário não.
Ilustração:
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Resolução:
Fc = RL + AR
Fcᵢ = Fc Nova Máquina – Fc Velha Máquina
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43
4º. Passo – Adicionar o valor actual residual esperado da nova máquina ao valor actual
total das entradas de caixa incrementais (Fcᵢ)
Note que a vida útil do projecto é de 10 anos determinado pelo tempo restante de vida da
velha máquina, apesar de a vida útil da nova máquina ser de 12 anos:
𝑉𝐹 2.000
VAr = VAr = = 771 𝑐𝑡𝑠
(1 + 𝑘 )𝑛 (1 + 10%)10
VAL = (VAFcᵢ + VAr) – Fcₒᵢ = (12.289,2 +771) - 9.400 = 3.661, 2 cts > 0
Os passos anteriormente seguidos podem ser resumidos num quadro como o seguinte:
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Nota Importante:
Para o cálculo dos Fcᵢ, também se pode usar a seguinte fórmula simplificada:
Como foi referido, a decisão pode ser tomada com base no Método da TIR. Portanto, no
5º. passo, em vez do cálculo do VAL poder-se-á optar pela TIR.
𝑛
1 𝑉𝐹
𝐹𝑐 ∑ (. )+ − 𝑭𝒄ₒ = 𝟎
(1 + 𝑇𝐼𝑅)ᵗ (1 + 𝑘 ) 𝑛
𝑡=1
10
1 2.000
2.000 ∑ (. )+ − 9.400 = 𝟎
(1 + 𝑇𝐼𝑅)ᵗ (1 + 𝑇𝐼𝑅)10
𝑡=1
TIR = 18% > 10%, pelo que pode ser comprada a nova máquina para a substituição da
velha.
Você está a utilizar uma máquina já velha e da qual se espera um fluxo de caixa de
tesouraria líquido de 4.000 cts no próximo ano e mais 4.000 cts no seguinte. Depois
disso, “dará berro”. Poderá substituí-la agora por uma máquina nova, que custa
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15.000 cts, mas que é muito mais eficiente e que proporciona um fluxo positivo de
tesouraria de 8.000 cts por ano, durante 3 anos. O Custo de oportunidade é de 6%.
Resolução:
𝑛 3
1 1
𝑽𝑨𝑳 = 𝐹𝑐ᴀ ∑ (. ) 𝟔. 𝟑𝟖𝟒 = 𝐹𝑐ᴀ ∑ (. ) ; Fcᴀ = 2.388
(1 + 𝑘)ᵗ (1 + 6%)ᵗ
𝑡=1 𝑡=1
Decisão: A Máquina Velha não deve ser substituida porque a Nova gera, apenas, 2.388
cts de fluxos de tesouraria anuais, enquanto que a Velha gera maiores fluxos (4.000
cts/ano).
Note, porêm que a resolução acabada de ser feita não considera valores residuais da velha
máquina.
Para ilustrar a respostá àquela questão, considere que o presente valor residual da
máquina velha é de 8.000 cts e que no próximo ano será de 7.000 cts.
Receberá 7.000 cts, mas perderá o valor residual de hoje mais a rendibilidade
decorrente de aplicação da quantia durante o ano (8.000 cts x 6% = 8.480 cts).
Em que medida é que o ter considerado os valores residuais da velha máquina afecta a
decisão previamente tomada?
A decisão previamente tomada não muda uma vez que o diferencial entre o fluxo
de caixa anual da velha máquina com o prejuizo líquido do valor residual perdido
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(4.000 – 1.840 = 2.520 cts) continua maior que o fluxo anual gerado pela nova
máquina (2.388 cts).
Um projecto pode ter um VAL > 0 sem que isso signifique que agora é o melhor momento
para investir. Igualmente, um projecto pode ter um VAL < 0, agora, mas se em vez de
investir já, esperamos um pouco e, realizá-lo mais tarde, a situação mude.
2º. Calcular o Valor Líquido Futuro do Investimento (VLFt) para cada uma das
datas;
𝑉𝐿𝐹𝑡
VAL =
(1 + 𝑘 )𝑡
Você possui um terreno com árvores inacessíveis. O acesso nele envolve uma
grande despesa de investimento em estradas e outros serviços. Quanto mais tempo
esperar, maior será o investimento necessário. Por outro lado, os preçaos da
madeira vão aumentando enquanto espera, e as árvores continuarão a crescer,
embora a uma taxa gradualmente decrescente.
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Note que, quanto mais tempo adiar o corte da madeira, maior será o VFL. Todavia,
uma questão se levanta:
Através da tabela, acima, dos VALs podemos ver que o momento óptimo para o
corte da madeira é o ano 4, pois aí maximiza o valor. E até o ano 4, o VFL aumenta
em mais de 10%. Depois do ano quatro o ganho em valor absoluto é positivo, mas
menor que o custo do capital: (9,4% < 10%).
O Exemplo que acabou de acompanhar não toma em conta a seguinte situação prática
Quanto mais depressa abater os primeiros árvores, mais depressa terá uma
segunda plantação a crescer. Assim, o valor das seguintes depende da altura
em que corta as primeiras.
Este problema , mais complexo e realista, poderá ser resolvido de uma das seguintes
maneiras:
1º. Determinar a data de abate que maximiza o valor actual de uma série de cortes,
tomando em consideração as diferentes taxas de crescimento das árvores novas e
velhas;
2º. Repita os nossos cálculos, tendo em conta o valor futuro de mercado do terreno
limpo de árvores como parte dos rendimentos do primeiro corte de árvores. O valor
do terreno limpo inclui o valor atual de todos os cortes subsequentes.
A segunda situação é de longe mais simples, se conseguir prever o valor do terreno limpo
de árvores.
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Ilustração:
Suponha que tem de escolher entre duas máquinas, A e B. As duas máquinas têm
uma concepção diferente, mas têm capacidades idênticas e executam a mesma
função.
- A máquina A custa 15.000 cts e tem uma duração de 3 anos. O seu funcionamento
custa 4.000 cts/ano. A máquina B é um módelo “eonómico”que custa apenas
10.000 cts, mas só dura 2 anos e o seu funcionamento custa 6.000 cts/ano. Estes
são fluxos de caixa reais: os custos são previstos em cts de poder de compra
constante. A taxa de desconto é de 6%.
A tabela seguinte, ilustra o cálculo do Valor Actual do Custo com base na f’rmula:
𝑛
1
𝑽𝑨ⅽ = 𝐹𝑐ᵢ ∑ (. )
(1 + 𝑘)ᵗ
𝑡=0
Assim, uma máquina com o Valor Actual Total (custo) de 21.000 cts distribuidos por três
anos (0 a 2) não é necessariamente melhor do que uma máquina competitiva com Valor
Actual Total (custo) de 25.692 cts distribuidos por quatro anos (0 a 3).
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Deste modo, temos de converter o Valor Actual Total (custo) num custo anual. Isto é,
teremos de determinar qual deveria ser a justa renda anual (ou Custo Anual Equivalente
(CAe)) que seria paga a partir do ano 1 caso a máquina fosse alugada, de modo que o valor
actual dos mesmos seja igual ao Valor Actual Total do Custo (CAⅽ) da máquina, ao mesmo
tempo que nos certifiquemos que as vendas resultantes igualam à esse CAe
Lembre-se que a anuidade (custo anual, no caso) é determinada pela fórmula seguinte:
𝑛
1
𝐂𝐀𝐞 = 𝑽𝑨⧸ ∑ (. )
(1 + 𝑘)ᵗ
𝑡=0
Conclusão: A máquina A é melhor, porque o seu CAe é menor (9.612 Cts) versus
11.454 cts da máquina B). Ou seja, a máquina A poderia ser arrendada para o
gestor da produção por menos do que a máquina B.
Este método, que não pode ser abrangente por tão simples que é, pressupõe que
determinada máquina será substituída por outra igual – que nenhuma máquina mais barata
surgirá nos anos 2 e 3. Se esta surgisse, então a escolha entre as máquinas A e B no ano
zero (0) teria de ter em conta a outra máquina por que a escolhida deveria ser substituida.
Ora, lembre-se também que a razão ou a necessidade dos Custos Anuais Equivalentes deve-
se ao facto de que A e B serão substituídas no futuro em datas diferentes; portanto, a escolha
entre elas irá afectar decisões decisões futuras de investimento.
Não é necessário o CAe se as decisões futuras não forem afectadas pela escolha inicial.
Assim, não havendo substituição de qualquer máquina, teremos que ter em conta a receita
suplementar gerada pela máquina A, no seu terceiro ano, quando ainda está a funcionar, ao
contrário da B.
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Limitações do Método
Ilustração:
Suponhamos que o limite orçamental de 10 mil cts se aplica aos fluxos de caixa em
cada um dos anos 0 e 1 e que a nossa lista de projectos é assim ampliada:
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Aquí neste exemplo falhou a hierarquisação com base no IRₒ, porque os recursos são
restritos em cada um dos dois períodos. Aliás, o método do IRₒ é inadequado sempre que
haja qualquer outra restrição à escolha de projectos. Daí que este se não aplique quando os
projectos são mutuamente exclusivos, ou quando um projecto depende de outro (Projectos
Dependentes).
Bibligrafia
Brigham, Eugene F.; Weston, Fred J (2000), Fundamentos da Administração Financeira, 10ª edição,
MAKRON Books do Brasil Editora Lda, São Paulo, Brasil
Brigham, Eugene F.; Gapenski, Louis C.; Ehrhardt, Michael C.(2008), Administração Financeira,
Teoria e Prática, 1ª edição, Editora Atlas S.A, São Paulo, Brasil
Brealey, Richard A.; Myers, Stewart C. (1998), Princípios de Finanças Empresariais, 5ª edição,
MCGraw Hill, Portugal.
Weston, Fred J.; Copeland, T. (1988), Managerial Finance, HRW International Editions, The
Dryden Press, EUA.
Gitman, Lawrence J. (1988), Principles of Managerial Finance, Harper & Row, Publishers, New
York.
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