Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Faculdade de Economia
2
Introdução
É com base neste estudo de viabilidade (quando bem elaborado) que o promotor do
projecto pode tomar uma decisão consistente sobre se deve ou não avançar com a
implementação do projecto. Por outro lado, este mesmo estudo de viabilidade
constitui uma peça fundamental para que uma instituição financeira (bancária ou
não) possa tomar a decisão de conceder ou não um financiamento para a
implementação do projecto; isto no caso do promotor do projecto recorrer a capital
alheio (o que acontece na maioria dos casos).
O que foi dito acima leva-nos a depreender que a análise e avaliação de um projecto
pode e deve fazer-se relativamente a diferentes aspectos relevantes, dando origem
a diferentes tipos de avaliação. Importa também referir que em muitos casos, o tipo
de informação de base é o mesmo para algumas avaliações.
4
TEMA II: OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS À AVALIA-
ÇÃO FINANCEIRA DE UM PROJECTO
(Extraído de PROJECTOS - Planeamento, Elaboração, Análise -2ª edição; Análise Económica e
Financeira de Projectos – 2ª edição, Fernando Abecassis e Nuno Cabral)
5
Introdução
Neste capítulo, iremos detalhar e discutir alguns dos aspectos associados aos
quadros financeiros que compõem a sequência normalmente seguida para a
elaboração de um estudo de viabilidade. Por outras palavras, trata-se de ordenar e
sistematizar os vários e diferentes elementos previamente recolhidos referentes á
decisão de investir, de modo que se possa proceder à sua análise.
Plano de Investimentos;
Plano de Exploração;
Plano de Financiamentos.
PLANO DE INVESTIMENTOS:
6
É importante então assegurar um controlo permanente da qualidade dos dados que
estão a ser colectados e utilizar todos os recursos disponíveis para assegurar a sua
qualidade e confiabilidade.
7
Veja a seguir um exemplo de um Mapa-síntese de Investimentos:
Ano:..................... Ano:........................
Mercado Importa- Mercado Impor-
nacional ção TOTAL nacional tação TOTAL
1. Activo F. Corpóreo:
Terreno e respectivos
arranjos;
Infra-estruturas de água,
energia, etc.
Edifícios e construções;
Máquinas e equipamentos e
respectivos encargos de
compra e montagem;
Veículos e material de
transporte e respectivos
encargos de aquisição;
Móveis e Utensílios e
máquinas de escritório;
Equipamento informático
.....
2. Activo F. Incorpóreo:
3. Activo Circulante:
Stocks a constituir
Créditos normais sobre
clientes menos Débitos a
fornecedores;
Disponibilidades normais
8
Quadro 2: Calendário de Execução dos Investimentos e Repartição Percentual de Custos Previstos
(Exemplo para um investimento a ser efectuado em 20 meses)
MESES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A. Estudos e projectos
B. Construções:
- de infra-estruturas (10) (30) (30) (30)
- de edifícios (20) (20) (10) (10) (10) (10) (10) (5) (5)
- de instalações e máq. (30) (30) (30) (10)
C. Aquisições:
- de terrenos e infraest. (100)
- de edifícios (100)
- de instalações e máq.
(20) (20) (30) (30)
- de veículos, móv. e ut. (10) (30) (60)
D. Montag. e Arranque
- montagens (33) (33) (33)
- ensaios de arranque (10) (30) (60)
9
O Uso de Valores de Contingência no Investimento:
PLANO DE EXPLORAÇÃO:
11
Quadro 3: Conta de Exploração Previsional
Em 1.000 U.M
N.º de Designação Ano:........................... Ano:......................
ordem Merc. Merc. TOTAL Merc. Merc. TOTAL
Int. Ext. Int. Ext.
1 Vendas de produtos e serviços
2 Venda de mercad. e embalagens
3 Devoluções, descontos, etc.
SOMA
10 Resultado antes dos Impostos
(8 – 9)
11 Impostos sobre lucros
12
o cálculo isolado, em base previsional, da exploração da actividade do projecto,
inteiramente nova ou simplesmente ampliada ou modificada;
b) O “Cash-Flow” de Exploração:
PLANO DE FINANCIAMENTOS:
Para a análise de projectos, os elementos básicos a que nos vamos ater, são os
seguintes:
a) Orçamento de Tesouraria
13
mesmo, ventilados por períodos temporais curtos (mês ou trimestre),
consubstanciando-se no orçamento de tesouraria o qual pressupõe a elaboração,
também para períodos temporais curtos, de outros orçamentos da empresa
(orçamentos de aprovisionamento, de produção e de vendas). Paralelamente, os
activos de exploração, i.e. os stocks e os créditos da actividade corrente são por
vezes financiados a curto prazo e por isso são também incluídos nesta peça.
N.º de Trimestres
ordem Discriminação ... ... ...
1 SALDO ACUMULADO DO TRIMESTRE ANTERIOR
2 RECEBIMENTOS DO TRIMESTRE:
- De vendas de produtos e mercadorias
- De serviços e trabalhos prestados
- De subsídios, indemnizações, bónus
- De rendimentos financeiros
- De empréstimos contraídos
- De realização ou aumento de capital
- De suprimentos
- Outros recebimentos
...
TOTAL DE RECEBIMENTOS DO TRIMESTRE
3 PAGAMENTOS DO TRIMESTRE:
- Compras de matérias-primas, subs. e mat. De consumo
- Gastos com subcontratos e fornecimentos e serviços
de terceiros
- Gastos com pessoal e encargos sociais
- Impostos, taxas, licenças
- Gastos de investimento
- Reembolsos de empréstimos (juros e capital)
- Reembolsos de suprimentos (juros e capital)
- Reduções de capital
- Pagamento de dividendos
- Outras despesas e encargos
...
TOTAL DE PAGAMENTOS DO TRIMESTRE
4 SALDO ACUMULADO QUE PASSA (1 + 2 – 3)
14
b) Fundo de Maneio Corrente
O cálculo do Fundo de Maneio Anual, para projectos produtivos, pode ser feito da
seguinte maneira:
Matérias-primas e subsidiárias:
Produtos fabricados:
Uma forma expedita de cálculo do fundo de maneio é baseada nas rotações usuais
para o tipo de actividade do projecto. Tomando-se então o valor previsto de vendas
e de compras, ter-se-á:
Existências
- Rotação de Existências (rE).......................
Vendas
Clientes
- Rotação de Clientes (rC)............................
Vendas
Fornecedores
- Rotação de Fornecedores (rF)....................
Compras
16
Os fundos tanto podem ser aplicados no investimento propriamente dito, como na
sua exploração. Por isso é frequente encontrar-se o capital alheio classificado em
capital de financiamento e capital de funcionamento. O primeiro capital destina-se
em regra a reembolsar a terceiros a médio e longo prazos e o segundo a capital a
reembolsar a terceiros, a curto prazo.
17
Quadro 5: Mapa de Origens e Aplicações de Fundos
Nº de Anos
ordem DISCRIMINAÇÃO ... ... ...
APLICAÇÕES DE FUNDOS
2 Outros investimentos:
- Estudos, projectos, fiscalização
- Formação de pessoal
- Outros gastos de investimento
3 Capital Circulante:
- Matérias-primas e subsidiárias
- Produtos semi-fabricados
- Produtos acabados
- Créditos correntes a clientes
4 Reembolsos de Capital
- De empréstimos
- De suprimentos
- Reduções de capital social
7 Capital Social
- Realização inicial
- Aumentos
8 Autofinanciamento
- Amortizações e Provisões
- Lucros retidos (reservas)
10 Outras Origens
11 TOTAL DE ORIGENS
18
d) Balanços Previsionais
19
Reservas: determinam-se tendo em atenção os resultados previstos (contas de
exploração) e a política de distribuição de dividendos definida.
1 – ACTIVO
Disponível
Realizável
- Clientes
- Existências
Imobilizações
Amortizações (-)
TOTAL
2 – PASSIVO
Exigível a curto prazo
Exigível a médio e longo prazos
SUB-TOTAL
3 – SITUAÇÃO LÍQUIDA
Capital social
Reservas
Resultado líquido
Resultados acumulados
SUB-TOTAL
TOTAL (2 + 3)
20
TEMA III: A ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS
NA ÓPTICA FINANCEIRA OU EMPRESARIAL
Noções fundamentais
21
Introdução
4. O Cash-Flow
Várias são as definições que podem ser dadas para este importante conceito, todas
elas significando o mesmo.
23
A vantagem do cash-flow relativamente ao lucro é que o cash-flow é um conceito
objectivo, claramente definido, que é registável de forma inequívoca. Na definição
do cash-flow é importante não só identificar os recebimentos e pagamentos do
projecto em numerário, mas também, o período de tempo em que se verifica esse
fluxo, dado que o dinheiro tem valor no tempo. O conceito de cash-flow é
desagregável em termos do processo sequencial do projecto de investimento, em:
CASH-FLOW DE INVESTIMENTO;
CASH-FLOW DE EXPLORAÇÃO.
24
4.1 A Estimação dos “Cash-Flows” segundo o Tipo de Investimento (Extraído de
“Concepção e Análise de Projectos de Investimento” – de Albertino Marques e “Manual de Elaboração
de Projectos, de Hélio Barros)
25
ANO Ia Ib
1 4.000 1.000
2 4.000 2.000
3 2.000 4.000
4 1.000 4.000
5 1.000 1.000
12.000 12.000
Até agora só nos temos referido aos “cash-flows” brutos, ou seja, sem a incidência
de operações com efeito fiscal, como por ex.: alienação de activos, beneficiação de
subsídios, etc. Contudo, toda a receita adicional de exploração de uma empresa
está sujeita a um imposto.
_________________________________________________________________________
Na perspectiva empresarial:
26
dos respectivos lucros e correspondentes impostos a pagar. Ao serem admitidas
como custos de exploração de cada exercício, beneficiam de um tratamento fiscal
especial, que permite a sua contabilização, como custo de desgaste do activo
imobilizado na actividade de exploração de cada exercício e, nessa medida, fazem
diminuir os lucros e os correspondentes impostos. Destinam-se a possibilitar às
empresas uma reserva diluída no fundo de maneio com vista á reposição futura dos
investimentos.
Os impostos sobre lucros não são custos de exploração em termos fiscais. São
determinados em função dos lucros brutos, mas são um custo e uma despesa
empresarial a considerar na determinação dos resultados líquidos.
27
para ser aplicado na cobertura dos riscos para que foram constituídos. De forma
análoga, as amortizações e reintegrações não dão origem a um fluxo de saída de
numerário da empresa.
i: Taxa de actualização
t: período
Sendo o investimento financiado com capital próprio (K) e capital alheio (D), tem-se
que: I = D + K
Re - Ce
Cash-Flow = -D–K
t=1 (1 + i)t
28
A
D= com A sendo o fluxo de rendimento que remunera o capital,
t
t=1 (1+r)
Re – Ce A
Nesta situação tem-se: Cash-flow = - - K
t= 1 (1+ i)t (1+ r)t
+ Cash-Flow de Exploração
- Cash-Flow de Investimento
Cash-Flow Líquido do Projecto
+ Resultado Líquido
+ Amortizações e Reintegrações do Exercício
+ Provisões do Exercício
+ Encargos Financeiros
+ CASH-FLOW DE EXPLORAÇÃO
- CASH-FLOW DE INVESTIMENTO
Conclui-se que os dois conceitos são distintos e medem coisas distintas. Para evitar
confusões é aconselhável utilizar o conceito de “Cash-Flow” quando se pretende
medir a rendibilidade e utilizar o conceito de “Fluxo de Tesouraria ou Tesouraria
Líquida quando se pretende medir a solvabilidade.
O valor de mercado dos itens a considerar varia de item para item. Por exemplo, o
valor dos terrenos e construções tende a aumentar com o decorrer do tempo, ao
passo que o valor dos equipamentos, utensílios, etc. devido ao menor período de
vida técnica, tende a diminuir. Na determinação do valor residual do investimento
em capital fixo, há-que distinguir as diferentes rubricas para que a estimativa que
se obtém, reflicta adequadamente o valor dos diferentes itens.
O período de vida assim fixado é baseado em dados técnicos, além dos dados
facultados pela experiência. Contudo, num meio industrial dinâmico, a depreciação
qualitativa, também chamada “desactualização ou obsolescência”, inerente ao
progresso técnico e ao “processo de destruição criativa”, vem abreviar a duração
da vida física e dar lugar a um período de duração inferior chamado de período de
“vida económica”.
31
8. Os Custos de Oportunidade e os Custos Irrecuperáveis
Esta preferência pelo presente, permite afirmar que o dinheiro tem valor no tempo e
que uma unidade monetária actual é equivalente a um múltiplo dessa unidade num
período posterior. Uma unidade monetária actual e uma unidade monetária no ano
seguinte são dois bens financeiramente diferentes, não se podendo compará-los e
muito menos adicioná-los.
32
9.1 O processo de capitalização de uma só aplicação
Considera-se que o ano zero (0) é o do início do investimento e em que não é gerado
ainda nenhum proveito, nem suportada inflação, pois é o ano-base. Portanto, sendo
o ano inicial, não é susceptível de capitalização. Neste ano, os preços correntes são
coincidentes com os preços constantes. Exemplo:
Vt
V0 = , tendo as variáveis, os mesmos significados anteriores
t
(1 + i)
Exemplo:
35.775 35.775
V0 = = = 20.300 unid.monetárias (valor actual)
5
(1 + 12%) 1,7623
33
Esta operação designa-se por “actualização” e é a operação inversa da
capitalização, permitindo projectar no presente (actualmente) fluxos de
rendimentos futuros.
Estas fórmulas são aplicáveis aos casos em que se verifica apenas uma só
aplicação de capital ou a cada uma das várias aplicações não uniformes em termos
de tempo e/ou de valor. Quando o investimento de um projecto é efectuado de uma
só vez ou em vários anos, com valores diferentes, a fórmula é aplicada aos
investimentos, outros custos e proveitos de cada ano ou aos respectivos saldos
para actualização dos “cash-flows”, conforme é demonstrado a seguir:
It Ct Rt Cash- t -t Cash-Flows
(1+i) (1+i)
Anos Investimen- Custos de Benefícios Flows com Coef.de Actualiza.
tos Exploração brutos Anuais i=12% Actualização
0 – 1985 20 (20) 1.000 1.000 (20)
1 – 1986 40 (40) 1.120 0,893 (35.72)
2 – 1987 30 10 15 (25) 1.254 0,797 (19.93)
3 – 1988 40 30 (10) 1.405 0,712 (7.12)
4 – 1989 60 70 10 1.574 0,864 8.64
5 – 1990 60 90 30 1.762 0,568 17.04
6 – 1991 58 90 32 1.974 0,507 16.22
VLA = - 40.87
Neste caso, o valor líquido actualizado (VLA) deste projecto é bastante negativo e
portanto, aponta para uma análise financeira muito desfavorável.
Aplicações x x x x x x
Períodos 0 1 2 3 n-1 n Cn
( 1+ i)n - 1
(1 + i )n - 1 e a fórmula a aplicar será: Cn = x
i i
34
( 1 + i)n - 1 (1,12)5 - 1
Cn = x = 100 = 100 x 6,3528 = 635,28
i 0,12
Supondo-se que se conhece um valor futuro final Cn, resultante de uma série de
aplicações uniformes, a uma taxa i, o seu equivalente anual presente x será dado
pelo inverso da fórmula anterior. Portanto, o factor de actualização é:
i
(1 + i)n – 1 e define-se como o factor de anuidade equivalente a um
i
x = Cn
(1 + i )n - 1
0,12
x= 635,28 x = 635,28 x 0,15741 = 100
5
(1,12) - 1
O capital inicial aplicado (C0), pode crescer pela aplicação de juros, ou seja, pela
aplicação de uma taxa de capitalização, segundo duas modalidades: regime de
juros simples ou de juros compostos.
36
Valor de C4 Com juros simples Com juros compostos
Ano 0 (início) 100 100
No fim do 1º ano C1= C0 + (i x C0)= C1= C0 + (i x C0)=
=100 + (0,10 x 100) = 110 = 100 + (0,10 x 100)= 110
No fim do 2º ano C2 = C1 + (i x C0)= C2 = C1 + (i x C1)=
= 110 + (0,10 x100) = 120 = 110 + (0,10 x110) = 121
No fim do 3º ano C3 = C2 + (i x C0)= C3 = C2 + (i x C2) =
= 120 + (0,10 x100) = 130 = 121 + (0,10 x121) = 133
No fim do 4º ano C4 = C3 + (i x C0)= C4 = C3 + (i x C3) =
= 130 + (0,10 x100) = 140 =133 + (0,10 x133)= 146,41
Cash-flow Actualizado:
Períodos: t0 t1 t2 t3
Cash-flow Actualizado: x x x x
1+ i (1+i)2 (1+i)3
1 + in
i= - 1, onde:
1 + id
As taxas de juro nem sempre se reportam ao período de uma ano. É frequente haver
taxas de juro mensais, trimestrais, semestrais ou outros períodos inferiores a 1 ano,
o que implica a capitalização dos juros durante o ano (juros compostos). Portanto,
nestes casos, ao longo do ano, os juros vencidos no fim de cada dia, mês ou
trimestre, começam também a vencer juros, juntamente com o capital inicial.
Este facto conduz-nos às noções de taxa de juro nominal (rn), a que é efectivamente
aplicada ao período menor que um ano, e taxa de juro efectiva (ra), a que resulta
efectivamente em termos anuais decorrente da capitalização dos juros vencidos
nos subperíodos em que se divide o ano. Portanto, a taxa de juro efectiva é maior
que a taxa de juro nominal. Neste contexto, quando o período de capitalização é
inferior a 1 ano, a resolução dos problemas que envolvem cálculo financeiro,
implica a necessidade de transformar a taxa de juro do período m, (menor que um
ano), na taxa de juro anual n equivalente ou inversamente. Vejamos os seguintes
exemplos:
Sejam:
t= taxa de juro, em que r = taxa em %
i= taxa em decimais
m= período de capitalização inferior a 1 ano, mês, trimestre ou semestre
rm= taxa de juro por períodos de capitalização inferiores a 1 ano
rn = taxa de juro nominal, em %
in= taxa de juro nominal, em decimais
38
Se a taxa de juro por períodos inferiores a 1 ano for rm, e se houver m períodos de
capitalização por ano (o ano é dividido em m períodos). A taxa nominal r n ou in é
definida pela seguinte expressão:
Exercício:
rn 24%
Se n= 12 m, teremos: rm = = = 2%
m 12
rn 36%
rm = rs = = = 18%
m 2
36%
A taxa de juro trimestral, será: rm = r4= = 9%
4
a) Determinar a taxa anual efectiva (ia), sabendo que a taxa mensal im é de 1,5%
Resolução: ia = (1 + im)m – 1, em que m= 12 meses
Ia=(1 + 0,015)12 – 1 ia = (1,015)12 – 1= 1,1956 – 1 ia= 0,1956=19,56%
Resolução:
a) In = m x im in = 12 x 0,025= 0,3 = 30%
b) Ia= (1 + im)m - 1 ia = (1 + 0,025)12 – 1 ia= 0,3449 = 34,49%
c) Para n= 1 Cn= C0 (1 + ia)= 100 x 1,3449 = 134,49 unidades monetárias.
Ou Cn = C0 (1 + im)m C0(1 + 0,025)12 = 100x (1,025)12= 100 x 1,3449=
= 134,49 unidades monetárias.
OBS: Existem tabelas financeiras que dão a taxa efectiva por leitura directa.
Uma avaliação a preços constantes é uma avaliação em que os preços relativos dos
diferentes bens e serviços se mantém constantes ao longo do período, variando
apenas as quantidades. Exemplo:
ITENS T0 T1
Benefício P0 x Q0 P0 x Q1
Custo P0x Q’0 P0 x Q’1
Resultado P0 (Q0 – Q’0) P0(Q1 – Q’1)
40
Avaliação a Preços Correntes:
ITENS T0 T1
Benefício P0 x Q0 P1 x Q1
Custo P0x Q’0 P1 x Q’1
Resultado P0 (Q0 – Q’0) P1 (Q1 – Q’1)
Como, geralmente, é difícil prever a evolução dos diferentes preços relativos dos
diferentes bens, alguns autores defendem a aplicação de uma taxa de inflação
uniforme a todas as rubricas; mas tal procedimento é incorrecto porque os preços
relativos dos diferentes bens se mantêm, o que faz com que o resultado seja
idêntico ao definido a preços constantes incorporados da inflação. De facto,
quando todos os custos e benefícios são expressos a preços constantes e
devidamente descontados pela taxa de juro real, a inflação geral não terá qualquer
influência na selecção dos projectos. Isto significa que, se todos os preços dos
“inputs” e dos “outputs” forem submetidos à mesma taxa de inflação, o VLA
aumentará com a mesma taxa (o VLA manter-se-á com certeza o mesmo em termos
reais).
41
TEMA III: A ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS
NA ÓPTICA FINANCEIRA OU EMPRESARIAL
42
Introdução
Por outro lado, a avaliação de um projecto pode realizar-se com base num ou vários
critérios e medidas de rendibilidade, separada ou conjuntamente. Dizem-se
monocritérios quando utilizados separadamente e de análise multicritério quando,
na avaliação, se utilizam simultaneamente e de forma conjugada vários desses
critérios.
Rendibilidade do Investimento:
43
Rendibilidade Anual do Investimento:
44
2. A taxa de inflação id implícita nas previsões de proveitos e custos do
projecto.
1 + in
i= - 1, onde:
1 + id
Os Mono-critérios de Avaliação:
Entretanto, esta análise revela-se muito simplista, uma vez que existem outros
efeitos do projecto para além do aspecto da sua rendibilidade. Eventualmente, um
projecto poderá apresentar fraca rendibilidade, mas gerar outros efeitos positivos
importantes que aconselhem a sua implementação. Claro está que este aspecto é
da alçada da política económica e não do promotor privado que só está interessado
na rendibilidade. Neste caso, poderão ser concedidos benefícios fiscais e
financeiros ou outros que estimulem o promotor a realizar o projecto.
Então: B Rt Ct + It
C = (1 + i) ÷
t
(1 + i)t
Entre dois ou mais projectos concorrentes, deve optar-se pelo que possuir maior
rácio B/C.
46
b) O Valor Líquido Actualizado (V.L.A) ou “Cash-Flow” Actualizado
t Cash-flow Líquido
VLA =
0 ( 1 + i )t
t Rn
Pode ainda ser representado por: VLA= - I
t
0 ( 1 + i)
t R - D
VLA = - I, sendo:
t
0 (1+ i)
t R - D t I
VLA = -
t
0 (1 + i) 0 (1 + i)t
VLA
0, pelo que quanto maior for a taxa de actualização, menor será o
i VLA.
47
taxa i, recupera o investimento inicial e gera um excedente
correspondente ao VLA;
VLA 0: os benefícios gerados pelo projecto são inferiores aos que seriam
gerados na alternativa de referência (i). Logo, neste caso, o projecto
deve ser rejeitado na perspectiva da rendibilidade.
48
c) A Taxa Interna de Rendibilidade (TIR)
t Rt – Ct t It
r= - =0
t 0 t
0 (1 + i ) (1 + i )
Representação gráfica:
VLA
VLA 3
i1 i2 i3 i (taxa de actualização)
O significado da TIR:
49
Determinação da TIR por Interpolação Linear
No caso de escolhermos uma taxa que torne negativo o VLA, então teremos que
fazer uma interpolação para calcular o valor exacto da TIR, e temos neste caso:
N1
TIR = i1 + (i2 - i1 ) x em que:
(N1 + N2 )
VLA A B
VLAB
VLA A
VLA A = VLA B
VLA A
i4
VLA B COC e TIR
i1 i2 i3
2. Para i1, o VLAB VLAA ; Para i3, o VLAB = 0; Para i3, o VLAB VLAA Significa
que i3 é a TIR do projecto B. Mas neste ponto, o VLAA é positivo. Para i4, o
VLAA = 0. Significa que i4 é a TIR do projecto A. Para esta taxa, o VLAB é
negativo.
50
3. Para o mesmo i à esquerda do ponto de encontro das curvas dos projectos A
e B, o projecto B tem maior VLA. Logo, neste intervalo, é mais vantajoso
escolher o projecto B. Para o mesmo i à direita do ponto de encontro, o
projecto A tem maior VLA. Neste intervalo, deve escolher-se o projecto A.
Portanto:
- Se for feita com base no critério do VLA, esta selecção depende do valor da
taxa i. À esquerda de i2 selecciona-se B e à direita selecciona-se A.
t It t Rt - C t
= , sendo:
k=0 (1 + i )t k=0 (1 + i)
t
I + F + Vr
PR =
(Rt - Ct)
Aceita-se o projecto quando PR que o período de vida útil do projecto. É um
critério muito utilizado mas falso, na medida em que é neutro em relação a todos os
benefícios que ultrapassam o período de recuperação do investimento.
Suponhamos que temos um projecto que tem uma vida útil de 6 anos. Se ao fim de
três anos, o investimento for recuperado totalmente, ficam por analisar os
benefícios ou cash-flows dos outros três anos seguintes. É um critério muito
simples e adequado à avaliação de projectos em contextos de grande risco ou com
51
ciclos de vida curta, mas não é adequado á avaliação de projectos de longa
duração.
1º membro da equação:
t=3 It
= 80 + 27,3 + 16,6 = 123,9
t
t =0 (1 + i)
2º membro da equação:
t=3 Bt
= 54,6 + 41,5 + 30,0 = 126,1
t
t=0 (1 + i)
52
3. Para cobrir o déficit do cash-flow acumulado do ano 2, serão necessários
27,8: 2,5 = 11,12 meses do ano 3 e 0,12 x 30 dias = 3,6 dias
CF
q* =
(PVu – CVu)
53
ITEMS Ano 0 Anos 1 a 10
Receitas 375
Custos (300)
Margem Bruta Vendas 75
Custos Administrativos (30)
Amortizações (15)
Res. antes de Impostos 30
Imposto, t= 50% (15)
Res. depois de Imposto 15
Reembolsos 15
Investimento (150)
Cash-Flow Líquido (150) 30
30 + 15
q* = = 60 unidades
(3,75 – 3,00)
Resolução numérica:
Resolução gráfica:
Este critério de análise consiste em encontrar uma quantidade que faça com que o
VLA (NPV) seja igual a 0. Neste caso, essa quantidade é o número mínimo de
vendas que corresponde à situação em que:
t t
(Rt x Vt) - (Dt x Vt) = 0
n=0 n=0
CF 196.084
q* = = = 85.106
PVu – CVu 11.521 – 9.217
Quantidades
vendidas 0 100 200
2270
Breakeven
Point VLA = 0
2000
Zona de rejeição
do projecto
196
57
CRITÉRIOS DE SELECÇÃO DE PROJECTOS MUTUAMENTE EXCLUSI-
VOS
Período
t0 t1 t2 t3 VLA TIR Rácio B/C
Projecto (10%) (10%)
Verificamos que os dois projectos têm a TIR e o rácio B/C idênticos, mas o VLA do
projecto A é superior ao do projecto B; como o objectivo do investimento é criar a
máxima riqueza possível, opta-se pelo projecto A, a não ser que seja possível optar
pelo projecto B e investir os restantes 9.000 num projecto com uma taxa de
rendibilidade idêntica ou superior. A opção do projecto B consiste em admitir-se
que se implementa o projecto B mais o projecto (A – B).
Período
t0 t1 t2 t3 VLA TIR
Projecto (10%)
58
Conclui-se portanto que o investidor ou implementa o projecto A ou implementa o
projecto B, incluindo o projecto (A-B) de forma que implementar o projecto B + (A-B)
é o mesmo que implementar o projecto A, uma vez que B+ (A-B)= A
Admitamos agora que o projecto de menor dimensão (B) tem uma rendibilidade
superior.
Período
t0 t1 t2 t3 VLA TIR
Projecto (10%)
Qual o projecto a optar? De acordo com o VLA opta-se pelo projecto A; de acordo
com a TIR, opta-se pelo projecto B. Calculando o VLA e a TIR do projecto
diferencial, tem-se:
Período
t0 t1 t2 t3 VLA TIR
Projecto (10%)
O investidor tem duas opções: opta pelo projecto A de acordo com o VLA, opta pelo
projecto B + (A – B) de acordo com o critério da TIR, mas B + (A –B) = A, pelo que se
conclui que a TIR ignora a escala do projecto, devendo adoptar-se neste contexto, o
critério do VLA.
Período
t0 t1 t2 VLA TIR Rácio B/C
Projecto (10%) (10%)
Este método consiste em determinar o fluxo anual equivalente que é, como o nome
indica, um fluxo médio anual que se obtém achando previamente os VLA’s dos cash-
flows dos projectos dados inicialmente, transformando-os depois, através de
processo especial de reactualização, ou melhor, de transformação de um valor
acumulado (que é o VLA), em fluxos médios anuais que passam a ser comparáveis
entre si, visando seleccionar o melhor, como veremos no exemplo a seguir:
PROJECTOS X Y
Investimentos 5.000 8.000
Receitas líquidas/ano 1.672 1.594
Períodos de vida 5 anos 10 anos
Tal como anteriormente referido, começa-se por calcular os VLA’s dos projectos
com base nos cash-flows dados inicialmente, tendo em conta os seus períodos de
vida diferentes:
VLA (X)= (5.000)+1.672 x a510% = (5.000) + 1.672 x 3,7908= 1338, com i=10%
Factor de actualização
VLA (Y)= (8.000)+1.594 x a1010%= (8.000) + 1.594 x 6,1446= 1794, com i=10%
Factor de actualização
60
Em seguida, determinam-se os fluxos anuais equivalentes (F.A.E’s). Então:
FAE (X) = VLA (X) x a510% = 1338 x 0,2638 = 353, com i= 10%;
Factor de equivalência
FAE (Y) = VLA (Y) x a1010%= 1794 x 0,1627 = 292, com i= 10%;
Factor de equivalencia
Através dos resultados obtidos, conclui-se que, como FAE (X) > FAE (Y), aceita-se o
projecto X e rejeita-se o projecto Y.
i (1 + i)n
C= Ix
( 1 + i)n - 1
Período
t0 t1 t2 t3 VLA TIR
Projecto (10%)
Se o investidor não optar pelo projecto A, optará pelo projecto B mais o projecto
diferencial (A – B), de forma que sendo B + (A-B) =A, o investidor está de facto a
optar pelo projecto A. Como o projecto (A-B) é aceitável de acordo com o VLA e de
acordo com a TIR, o investidor opta por B + (A – B), i.e., pelo projecto A.
61
TEMA III: A ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS
NA ÓPTICA FINANCEIRA OU EMPRESARIAL
A Análise de Sensibilidade
62
Introdução
Veremos mais adiante a problemática da análise do risco. Por ora, comecemos por
analisar a questão da análise da sensibilidade.
Decréscimo Cash-flow
T Rt de 5% no P.V Rt Dt Rt - Dt t Actualizado
(1 +i)
0 --- --- --- I0= 40 (40) 1.0000 (40)
1 30 0,95 28,5 50 (21,5) 0.9259 (19,907)
2 55 --- 52,25 60 (7,75) 0.8573 (6,644)
3 75 --- 71,25 65 6,25 0.7938 4,961
4 105 --- 99,75 75 24,75 0.7350 18,191
5 105 --- 99,75 75 24,75 0.6806 16,845
65 30,25
VR=5 --- 4,75 ---- 4,75 0,6302 2,993
=(29,547)
65
Neste cenário, em que se admitiu uma diminuição de 5% nos preços de venda,
relativamente aos inicialmente estimados, o VLA já é negativo, uma vez que VLA=
- 4, 497), enquanto que com os preços inicialmente estimados, o VLA já era positivo.
Neste caso, a avaliação financeira segundo o critério do VLA é favorável, mas com
a hipótese do primeiro cenário admitido seria desfavorável.
Portanto, este projecto é muito sensível às variações que possam ocorrer nos
preços de venda dos seus produtos, o que exigiria especial cuidado nos estudos de
mercado neste domínio. Uma simples hipótese de diminuição de 5% nos preços de
venda dos produtos inviabilizaria o projecto.
Incêndios;
Inundações;
Irrecuperabilidade de créditos, entre outros
Comportamentos subjectivos;
Condições naturais;
Evoluções nos custos de investimento e de exploração;
Comportamento dos mercados, etc.
66
c) Pela redução do período de vida útil previsto para o investimento. É uma
óptica de prudência em que se reduz mais ou menos drasticamente o período
de análise, conforme o grau de risco e incerteza seja maior ou menor.
Exemplo:
Projecto I:
Nestas condições, pretende-se saber qual dos dois projectos será mais vantajoso.
Resolução:
Em 1.000 unid. monetárias
Variáveis Projecto I Projecto II
Capital a investir 1.200 1.200.
Objectivos Redução dos custos Campanha publicitária
Ganho esperado:
Ano 1: 1.000 x 0,99= 990 1.000 x 0,8= 800
67
800 3.000
Projecto II: E(VLA): - 1.200 + + = -1.200+727,3+2.479,3 = 2006,6
2
1,1 (1,1)
Em primeira análise, o cash-flow médio de cada ano K seria obtido a partir da média
das suas componentes independentes, isto é:
n n
(X) =
2
Pj Xj – ( Pj Xj )2
2
j=1 j=1
69
Tomemos um exemplo de dois projectos A e B (hipotéticos) a que corresponde um
investimento inicial idêntico e três hipóteses diferenciadas de cash-flow nos seus
dois anos de vida útil:
O valor esperado do VLA é igual para os dois projectos A e B, ou seja, E(VLA)= 562.
O cálculo das variâncias irá permitir chegar-se a uma conclusão sobre a melhor
opção de projecto. Assim, o cálculo das variâncias para vários anos é feito segundo
a fórmula:
1 1 1 2
(VLA) = E
2
(X1- Ex1 ) + (X2 – Ex2) + ... + (Xn - Exn)
2 n
(1 + i) (1+i) (1+i)
1.000 2.000
+ 2.000 562 0,333
2
1,1 1,1
500 3.000
+ 2.000 187 0,333
2
1,1 1,1
Projecto B:
2
1,1
1.200 2.000
+ 2.000 744 0,333
2
1,1 1,2
1.800 1.000
+ 2.000 463 0,333
2
1,1 1,2
71
TEMA IV: A ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS
NA ÓPTICA ECONÓMICA E SOCIAL
72
Introdução (Apresentação do problema):
75
2.1 EFEITOS DO PROJECTO EM TERMOS DE VALOR ACRESCENTADO:
IM + ID I
= onde:
(VX – CM) + (VD – CD) VAB
I= Investimento
IM= Investimento Importado
ID= Investimento de origem nacional
VX= Vendas do projecto para o mercado externo
CM= Compras para o projecto no mercado externo
VD= Vendas do projecto para o mercado interno
CD= Compras para o projecto no mercado interno
Na Óptica da Produção:
em que:
+ Valor dos bens de capital fixo produzidos para uso da própria empresa;
+ Valor dos trabalhos executados pela empresa por conta alheia;
+ Eventual valor de electricidade ou outros vendida;
+ Valor dos resíduos de laboração vendidos a terceiros;
+ Valor dos produtos em vias de fabrico no final do ano;
_ Valor dos produtos em vias de fabrico no início do ano
76
CI = Matérias-primas utilizadas
Na Óptica do Rendimento:
+ Remunerações do capital
+ Remunerações dos empresários
+ Amortizações e Reintegrações
+ Impostos s/lucros
ou seja:
77
O inverso do coeficiente capital/produto, também permite aferir a eficácia do uso de
capital na criação de rendimento ou VAB. É o “Coeficiente de Intensidade
Capitalista” (VAB/I), o qual traduz o produto do projecto por unidade de capital
investido.
“A Taxa Interna Social” (TIS) é o i = TIS, que torna a relação a seguir indicada igual a
zero, com os valores reportados aos anos de vida útil do projecto, actualizados. A
TIS traduz a eficiência ou produtividade social do investimento no projecto.
Portanto, deve ser comparada com a taxa de crescimento do produto no Sector de
inserção do projecto, programada e explicitada no Plano. Se for igual ou superior à
taxa de crescimento programada para o produto do Sector, conclui-se que o
projecto tem interesse para a economia, por contribuir para a aceleração de
crescimento do produto nacional.
t VABt – It
TIS = =0
0 ( 1 + TIS)t
Uma primeira medida dos efeitos neste domínio pode ser dada pelo n.º de postos de
trabalho criados pelo projecto. Contudo, em valores absolutos, esta medida tomada
isoladamente, pode nada representar quanto ao interesse social do projecto.
Assim, é necessário referenciar os postos de trabalho criados com desagregações
adequadas, e por outro lado, relacioná-los com o investimento:
78
Em princípio, as opções recaem mais favoravelmente para o projecto que
apresenta maior produtividade média da mão-de-obra (W/L) e melhor efeito
distributivo (W/VAB). Contudo, em economias caracterizadas por desemprego ou
sub-emprego, preferir-se-ão os projectos com maior intensidade de mão-de-obra
para igual volume de produto.
t (Ed –Md)t – Id
VLA divisas =
0 (1 + i)t
Esta relação dá-nos um saldo actualizado líquido de divisas originado pelo projecto,
em que:
79
Quadro 7: Análise do Coeficiente Capital/Produto em Divisas
ANOS
RUBRICAS …….
ENTRADA DE DIVISAS (Ed)
Investimento directo de capital
estrangeiro no projecto
Receitas líquidas de exportação
Empréstimos externos
Outros
SAÍDAS DE DIVISAS (Md)
Importações de bens de investimento
para o projecto
Importações de bens e serviços
destinados à exportação do projecto
Reembolsos e juros de empréstimos
Dividendos distribuídos para o
estrangeiro
80
3. Determinação dos Efeitos do Projecto, segundo Metodologias Mais
Globalizantes
81
ID + 1,2IM
Y= -----------------------------------
(VD – CD) + 1,2 (VX – CM)
Para ultrapassar estas limitações, vários autores têm contribuído com os seus
estudos, mais ou menos complexos, mais ou menos exequíveis para um tratamento
progressivamente mais adequado desta matéria. Neste contexto, destacam-se
pelas suas contribuições pioneiras Rosenfeld, Prow, e Chervel ao proporem uma
metodologia em que procuram integrar e medir esses dois tipos de efeitos. Numa 1ª
linha, fazem repousar a avaliação em critérios conformes com os objectivos
programados nos planos; numa 2ª linha, vão no sentido de procurar medir os efeitos
diversos nas outras unidades e agentes económicos a montante e a jusante da
empresa promotora que com ela tem laços tecnológicos, económicos e
sociológicos. Nesta perspectiva, procuram contabilizar e avaliar os efeitos do
projecto em todos eles e consolidar o resultado numa medida que reflicta o ganho
ou a perda social decorrente da implementação do projecto. Estes autores, numa
óptica de separação por sectores ou agentes em que se produzem os efeitos do
projecto, classificam-nos de acordo com a seguinte tipologia, conhecida pelo
método dos efeitos:
82
a) Efeitos primários directos:
c) Efeitos secundários:
d) Efeitos induzidos:
83
previamente definidos. Neste contexto, a ONUDI toma como padrão de valor, o
Consumo Agregado, a OCDE, o Rendimento Liberto para Investimento e o Banco
Mundial, o Rendimento Nacional.
Considerações Gerais:
84
decréscimos da riqueza nacional. Por outro lado, devem ser considerados todos os
reais enriquecimentos ou empobrecimentos da colectividade originados
pelo projecto, muito embora alguns não se reflictam na contabilidade do promotor
por não corresponderem a despesas ou a receitas.
86
♦ Os custos na avaliação económica têm a sua tradução monetária no valor dos
recursos que são aplicados no projecto, valorados a preços de eficiência
económica;
87
em divisas, mas expressos em moeda nacional. Contudo, como já se viu
anteriormente, alguns desses recursos não são objecto de comércio internacional
e, por isso, designam-se por bens e serviços não transaccionáveis com o exterior
(BNT). A determinação dos preços de eficiência económica referidos á fronteira
para estes bens e serviços (devido á necessidade de homogeneidade de
tratamento) oferece algumas dificuldades, por falta de elementos que permitam o
seu cálculo directo ou por ser demasiado trabalhoso. Quando isso acontece,
utilizam-se coeficientes ou factores específicos de conversão, que terão de ser
calculados ou previamente fornecidos. Um factor de conversão é dado pela
relação:
Cada factor representa a média ponderada dos preços dos bens ou serviços
considerados naquela relação. Além dos factores específicos para os BNT,
determina-se também ou é previamente fornecido um factor geral de conversão
para os BT (a ser utilizado nos casos em que não se justifica fazer os cálculos por
ser demasiado trabalhoso ou nos casos em que há falta de elementos para chegar
aos preços de referência através das correcções anteriormente referidas).
88
Metodologia de Determinação do Factor Geral de Conversão (FGC) e Outros
Os factores que alteram esses preços de fronteira para preços de mercado interno
são as tarifas/taxas de importação e os subsídios de exportação.
Tendo:
M= Importações
X= Exportações
TARIM = Tarifas de importação
Subsídios= Subsídios à exportação
PM = Preços de mercado interno
Obtemos:
Para M:
PM = Valor a preços CIF + TARIM
Para X:
PM = Valor a preços FOB + Subsídios X.
89
A relação TCS = Premium, implica que:
TOC
a) Premium = TCS ;
TOC
TCS
b) TCS = Premium x TOC; c) TOC= Premium
Premium= Prémio para a economia que as trocas externas implicam, pelo facto de
haver importantes tarifas de importação e subsídios à exportação que condicionam
essas trocas externas.
1 1
PF = PM x ----------- ----------- = FGC; Logo: PF = PM x FGC
Premium Premium
Admitamos também que incide uma taxa aduaneira de 30% sobre a importação
dessa mercadoria. Então: TARIM = 30% de 150.00 =Kzs 45.00. Teremos assim:
PM= Kzs 150.00 + Kzs 45.00 = Kzs 195.00. Quer dizer que, ao introduzir-se um
direito de importação, houve uma sobrevalorização da mercadoria:
195.00 (TCS)
Premium = -------------------- = 1,3
150.00 (TOC)
90
Anteriormente, viu-se já que o FGC dos preços no mercado interno em preços na
fronteira é o inverso do Premium. Neste caso será:
1 1
FGC = ---------- = ------ = 0, 769 ; Logo: 195 Kzs x 0,769=Kzs 150
Premium 1,3
a) As Amortizações Técnicas:
91
b) A Componente Financeira
92
Quadro Resumo dos Critérios de Avaliação Económica de Projectos
93