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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS

3º ano

III Bloco

Avaliação Financeira e Tomada de Decisões em Projectos de


Investimento

Massiquete Alfredo Mutombene – 71210237

Quelimane
2023
Massiquete Alfredo Mutombene – 71210237

Avaliação Financeira e Tomada de Decisões em Projectos de


Investimento

Trabalho de Pesquisa de Analise de Projectos e


Investimentos de Carácter avaliativo,
desenvolvido no Campo a ser submetido na
Coordenação do Curso de Licenciatura em
Gestão de Empresas da UNISCED.

Tutor: Msc. Jorge Serrão

Quelimane
2023
Índice

1.Introdução ..............................................................................................................................4

1.1.Objectivos ...........................................................................................................................4

1.1.1.Geral ................................................................................................................................4

1.1.2.Específicos .......................................................................................................................4

1.1.3.Metodologia .....................................................................................................................4

2.Avaliação Financeira e Tomada de Decisões em Projectos de Investimento........................5

2.1.Orçamentação de capital.....................................................................................................5

2.2.Fluxo de caixa.....................................................................................................................5

2.2.1.Fluxo da caixa descontado ...............................................................................................5

2.2.2.Etapas do Fluxo de Caixa de Desconto ...........................................................................6

2.3.Valor Atual Liquido7

2.4.Taxa Interna de Retorno – TIR ...........................................................................................7

2.5.Tempo de Retorno do Investimento – Payback..................................................................8

2.6.Tempo de Retorno Descontado – Payback Descontado ....................................................8

3.Conclusão ..............................................................................................................................9

4.Referencias Bibliograficas ...................................................................................................10


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1. Introdução

A avaliação financeira e a tomada de decisões em projetos de investimento são aspectos


cruciais na gestão empresarial. Essa área da literatura financeira, conhecida como
orçamentação de capital, envolve a análise criteriosa de projetos de longo prazo com o
objetivo de maximizar a riqueza dos acionistas da empresa. Para isso, são utilizados diversos
métodos e técnicas que consideram o fluxo de caixa ao longo do tempo, levando em conta
fatores como o valor do dinheiro no tempo e os riscos envolvidos.

Nesse contexto, o fluxo de caixa descontado é uma abordagem fundamental, que avalia os
benefícios líquidos gerados pela operação do projeto, levando em consideração tanto os
investimentos iniciais quanto as receitas e custos operacionais ao longo do tempo.

Além disso, existem outros critérios, como o tempo de retorno do investimento (Payback),
que indica o período necessário para recuperar o capital investido, e o tempo de retorno
descontado (Payback Descontado), que considera o valor do dinheiro no tempo. Cada um
desses métodos tem suas vantagens e limitações, e a escolha entre eles depende das
características específicas do projeto e das preferências da empresa.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Realizar uma avaliação financeira abrangente de projetos de investimento para apoiar
a tomada de decisões estratégicas da empresa
1.1.2. Específicos
 Determinar o VPL de cada projeto, considerando todos os fluxos de caixa
associados, para avaliar sua rentabilidade;
 Calcular a TIR de projetos considerados viáveis pelo critério do VPL;
 Analisar o Payback Descontado de projetos de longo prazo.
1.1.3. Metodologia

O trabalho foi feito com base nos procedimentos da pesquisa bibliográfica.


De acordo com Gil (2002, p.44) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
As abordagens apresentadas no desenvolvimento deste estudo foram extraídas em diferentes
referencias bibliográficas.
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2. Avaliação Financeira e Tomada de Decisões em Projectos de Investimento


2.1.Orçamentação de capital

A área da literatura de finanças que trata da análise de projetos de investimentos, em geral,


recebe a denominação de “orçamentação de capital” (em inglês, capital budgeting). Tópico
este, contido na chamada teoria tradicional de finanças. “Orçamento de capital é o processo
de avaliação e seleção de investimentos de longo prazo compatíveis com o objetivo de
maximização da riqueza do proprietário da empresa” (GITMAN, 2004, p.304).
2.2. Fluxo de caixa

O fluxo de caixa representa entradas e saídas financeiras de um projeto ao longo do tempo.


Para avaliá-lo considerando o valor do dinheiro no tempo e riscos, é necessário determinar
uma taxa de desconto, usada para calcular indicadores econômicos do projeto.(ROSS et al,
2002).

2.2.1. Fluxo da caixa descontado

O fluxo de caixa descontado esta apresentado pelo Oldcorn como um método que esta
baseado nos mais importantes princípios da economia financeira (vida útil do projeto, timing
de receitas e pagamentos) (OLDCORN, 1998).

Segue Barros (BARROS, 2002), o fluxo da caixa apresenta a variável que determina a
rentabilidade, capacidade do projeto gerar lucros. Barros identifica três tipos de fluxo de
caixa:
 Fluxo de Caixa de Investimento (FCI): apresenta as despesas associadas ao
investimento do projeto e tem o seguinte calcula de modo seguinte:
𝐹𝐶𝐼= 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝐹𝑖𝑥𝑜+𝐹𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑀𝑎𝑛𝑒𝑖𝑜−𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑛𝑡𝑜
 Fluxo da Caixa de Exploração (FCE): apresenta as receitas liquidas associados a
exploração do projeto.
𝐹𝐶𝐸=𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐸𝑥𝑝𝑙𝑜𝑟𝑎ç𝑎𝑜+𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎ç𝑜𝑒𝑠 𝑑𝑜
𝐸𝑥𝑒𝑟𝑐𝑖𝑐𝑖𝑜+𝑃𝑟𝑜𝑣𝑖𝑠𝑜𝑒𝑠 𝑑𝑜 𝐸𝑥𝑒𝑟𝑐𝑖𝑐𝑖𝑜+𝐸𝑛𝑐𝑎𝑟𝑔𝑜𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠

 Fluxo da Caixa Liquido (FCL): apresenta os benefícios líquidos gerados de


exploração do projeto de investimento e apresenta a diferença entre o Fluxo da Caixa
de Exploração e Fluxo da Caixa de Investimento:
𝐹𝐶𝐿=𝐹𝐶𝐸−𝐹𝐶𝐼
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2.2.2. Etapas do Fluxo de Caixa de Desconto

Segundo Fortes (2014), o processo de avaliação do FCD pode ser estratificado em 5 etapas:
 Estimativa dos fluxos de caixa esperados (investimentos, receitas, custos
operacionais, impostos e taxas);
 Determinação do custo de oportunidade de capital (ou taxa de desconto);
 Cálculo dos indicadores econômicos;
 Reconhecimento da abrangência e limitações do modelo, e reconhecimento dos
fatores qualitativos e intangíveis do projeto;
 Tomada de decisão da viabilidade (ou não) do projeto e suas alternativas.

De acordo com Brealey et al (2013), o fluxo de caixa de um projeto pode ser decomposto em
seus componentes:
 Investimento: Custos de investimento são todos dispêndios necessários à compra e
preparação para operação de ativos. Investimentos em equipamentos devem ser
totais, incluindo serviços, equipamentos devem estar aptos a operar;
 Custos operacionais Fixos: Dispêndios advindos das atividades de operação de um
projeto e não proporcionais a produção;
 Custos Operacionais variáveis: Dispêndios advindos das atividades de operação,
mas que seriam proporcionais à produção da empresa;
 Receita Operacional: Seria o somatório da produção e preço de venda dos produtos
(FORTES, 2014). Devem ser incluídas outras receitas do projeto, como por exemplo,
venda de subprodutos gerados no processo de produção, ou receitas devidas a
compartilhamento de capacidades.
 Tributos e taxas: A tributação e a taxas incidentes a determinado projeto varia
conforme país e região que o projeto é implantado ou operado (BREALEY et al,
2013).
 Benefícios Fiscais: Podem ocorrer benefícios fiscais ao projeto a depender da
legislação vigente do país ou região geográfica. A Depreciação, que é um gasto não
desembolsável, é entendida como uma espécie de benefício fiscal do investimento
pois reduz o resultado tributável (BREALEY et al, 2013).
 Variação do Capital de Giro: Em alguns casos, a implantação de um projeto pode
gerar necessidade de capital de giro adicional para empresa. A necessidade de capital
de giro adicional deve ser considerada no fluxo de caixa do projeto (ROSS et al,
2002).
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 Valores Residuais: Ao fim de dado projeto de investimento há equipamentos e


materiais que podem ser vendidos e/ ou disponibilizados a outros projetos.
(BREALEY et al, 2013).
 Gastos de Abandono: Os gastos de abandono referem-se a dispêndios ocorridos,
geralmente, no fim da vida de um projeto. Para Brealey et al (2013) em projetos de
exploração de recursos naturais, esses custos, em sua maior parte, decorrem de
recuperação ambiental da área explorada.

2.3. Valor Atual Liquido

Valor Atual Liquido – conhecido como a diferença entre a soma dos fluxos da caixa
atualizados e a soma dos custos operacionais e investimentos atualizados, durante de
exploração do projeto de investimento. O vantagem do método e o facto que permite
calcular o valor presente do investimento somando os fluxos da caixa atualizados por cado
período (OLDCORN, 1998).

O método do VAL, apresenta as seguintes vantagens:


 O VAL apresenta o resultado final do projeto, e engloba a razão financeira por qual
se pretende executar o projeto;

 O VAL permite analisar todos os fluxos da caixa durante do período da exploração


do projeto;

 No VAL esta considerado o custo do capital, que permite avaliar o custo de


exploração do investimento especifico para o negocio presente;

Segundo Brealey et al (2013), as características-chave do VPL seriam:


 Reconhece que o valor de um dólar hoje é superior ao valor de um dólar amanhã;
 O VPL depende unicamente dos fluxos de caixa estimáveis do projeto e do custo de
oportunidade do capital (não leva em conta preferências e subjetividades);
 Os valores presentes são quantificados em moeda de hoje, logo podem ser somados.
Essa propriedade, chamada de propriedade da aditividade, tem implicações
importantes.
2.4. Taxa Interna de Retorno – TIR

De acordo com Ross et al (2002), a taxa interna de retorno é a alternativa mais importante
em relação à metodologia do VPL, representando o mais próximo que pode se chegar do
VPL em termos de avaliação dentro da orçamentação de capital.
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Nesse processo, a TIR é a taxa de retorno implícita no fluxo de caixa, que só depende da
relação entre os valores positivos e negativos, a qual iguala esses desembolsos às receitas,
isto é, torna o VPL igual à zero. “A taxa de retorno do projeto é a taxa de desconto que
fornece um VPL igual a zero.”

𝐸 𝐶𝐹
𝐼𝑅 ∑
𝐼𝑅

Onde:
E=Valor Esperado CFk=Valor Genérico do Fluxo de Caixa líquido no período k, TIR=Taxa
interna de retorno K=Período no instante K do fluxo de caixa j=Posição do vetor (início de
período=0;meio=0,5 ;fim=1).

Segundo Brealey et al (2013) e Ross et al (2002), o critério de decisão para a TIR seria:
 Aceitar o projeto, em que a TIR seja maior que o custo de oportunidade de capital
(ou TMA);
 Rejeitar o projeto, em que a TIR seja menor que o custo de oportunidade de capital
(ou TMA);

2.5. Tempo de Retorno do Investimento – Payback

Ross et al (2002) explicam que o tempo de retorno do investimento indica o tempo


necessário para a recuperação do capital investido, ou seja, quanto tempo é necessário para
se atingir o ponto de equilíbrio do investimento em questão. O critério de decisão, de acordo
com Ross et al (2002), seria selecionar um certo período de corte, por exemplo três anos, e
aceitar os projetos que tenham tempo de retorno igual ou menor que o período estabelecido.

2.6. Tempo de Retorno Descontado – Payback Descontado

O método do tempo de retorno descontado calcula o tempo necessário para que o valor
presente acumulado dos benefícios de um projeto pague o valor presente dos investimentos,
considerando a importância do valor do dinheiro no tempo. No entanto, ele ainda
compartilha problemas do tempo de retorno, como a falta de consideração dos fluxos de
caixa após o período de corte e a arbitrariedade na escolha desse período. Embora não aceite
projetos com Valor Presente Líquido (VPL) negativo, tende a rejeitar projetos de longo
prazo e é usado como um indicador complementar. Sua principal característica é mostrar a
liquidez do projeto. (ROSS et al, 2002).
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3. Conclusão

Em gesto de Em conclusão, a avaliação financeira e a tomada de decisões em projetos de


investimento desempenham um papel fundamental na gestão empresarial. Através de
métodos como o Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR), o Payback
e o Payback Descontado, as empresas podem avaliar a rentabilidade, a liquidez e a eficiência
de seus investimentos de longo prazo.

A análise financeira cuidadosa permite às empresas tomar decisões informadas sobre a


alocação de recursos, identificando projetos viáveis que contribuam para a maximização da
riqueza dos acionistas. É essencial considerar fatores como o valor do dinheiro no tempo e
os riscos associados aos projetos.

Assim, a orçamentação de capital e a avaliação de projetos de investimento são processos


críticos para o sucesso e a sustentabilidade das organizações, garantindo que os recursos
sejam alocados de forma eficaz e estratégica. Em última análise, a aplicação desses
princípios financeiros sólidos contribui para o crescimento e a prosperidade das empresas no
longo prazo.
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4. Referencias Bibliograficas
 BREALEY, R. A.; MYERS, S. C.; ALLEN, F. Princípios de Finanças
Corporativas. 10. Ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
 FORTES, E. S. Análise de Investimentos. São Paulo: Saint Paul, 2014.
 Gil, A. C., (2008) Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, 6a Edição, São Paulo,
Editora Atlas S.A
 GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 10.Ed. São Paulo:
Pearson Addison Wesley, 2004.
 ROSS, S. The Arbitrage Theory of Capital Asset Pricing. Journal of economic
Theory, v.13, p.341-360, 1976.

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