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ANÁLISE FINANCEIRA DO PROJETO EGI

 Introdução
A análise de custo e benefício de projetos de investimento é explicitamente exigido pelos
novos regulamentos da União Europeia (UE) que regem os Fundos Estruturais (FE), o Fundo de
Coesão (FC) e o Instrumento Estrutural de Pré-Adesão (ISPA) no caso de projetos cujos
orçamentos são superiores, respetivamente, a 50, 10 e 5 milhões de euros.
Um investimento é uma entrega de recursos no presente que permite receitas para o futuro.
O planeamento de investimentos e o processo de identificação de metas financeiras e conversão
através da construção de um plano. Começa com a identificação de metas e objetivos.
Como a análise é financeira, é importante conhecer as Receitas e despesas, ou seja, saber o
fluxo de caixa.
Embora não haja um tempo definido, é aconselhável usar um tempo limite de 5 anos, 10
anos, 25 anos ou 50 anos.
Se queremos tirar o dinheiro do Banco e convertê-lo em capital circulante e investir nos
projetos que compõem o negócio, teremos de fazer algumas perguntas sobre esses projetos: um
novo projeto a longo prazo será lucrativo? Quando? O dinheiro seria mais bem investido noutro
projeto? Devo investir em mais um projeto ou é tempo para reduzir as perdas?

 Fatores de Avaliação do Projeto


A avaliação de projetos de investimento deve ser baseada na identificação de entradas e
saídas exclusiva da decisão de investimento.
Dado que todos os investimentos competem na alocação de fundos disponíveis para investir,
todas as pro conhecimento devem ser avaliadas de acordo com um critério uniforme
incomparável.
Este critério uniforme constituirá um comum e permitirá a comparação de propostas de
investimento com as mais diversas características e propósitos.
Ajudar a avaliação de qualquer investimento é necessariamente estimar os fatores na base a
partir da qual a avaliação será realizada.
Entre estes, destacam-se os seguintes:

- Valor dos recursos aplicados no projeto


- Vida útil do investimento e o seu valor residual
- Receitas e despesas diferenciais
- Amortização e tributação
- Escalonamento temporal de receitas e despesas (Cash-Flow)
- Efeitos macroeconómicos do investimento

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.1 Valor dos fundos aplicados

a realização do investimento envolve a saída de recursos (saída de fundos) por meio de 4 tipos
de aplicações:
- Despesas de investimento capitalizadas em imobilizado fixo: mobiliário, equipamento
de escritório, viaturas, edifícios, terrenos, etc)
- Despesas Necessárias para Iniciar o Projeto: custos do proprietário, licenças, licenças
ambientais, etc)
- Custo de Capital Fixo: durante a construção do projeto e/ou da compra de
equipamentos (antes do início da operação).
- Mudanças no Fundo de Maneio: o fundo de maneio foi presente o valor que está a ser
aplicado na atividade da empresa. o fundo de maneio é uma ferramenta útil para os gestores
fornecerem informações sobre a eficiência operacional, o tamanho da empresa e o capital
necessário para manter a empresa a funcionar.

.2 Vida do Investimento e o seu Valor Residual

Este componente será, em princípio, limitado por um dos 3 fatores a seguir:


- Vida física dos equipamentos e/ou instalações: o período de tempo em que o capital
fixo será usado a uma certa taxa de produtividade.
- Vida tecnológica: o período de tempo que decorrerá até à sua obsolescência.
- Vida económica: o período de tempo previsto de uso do equipamento e/ou instalações
para o fim a que se destinam.
A vida do investimento é geralmente determinada pelo menor dos 3 tipos de vida descritas
acima, e é claro que cada um destes fatores terá um efeito diferente sobre o valor residual do
investimento.
Um valor residual de um investimento e um investimento pode ser revendido no final da sua
vida útil, após a depreciação completa. Em geral, este cálculo é usado para stocks. O valor
obtido será considerado como receita para o investidor.
Quanto menor o valor residual, menor o imposto a ser pago pela empresa. Além disso, para os
itens que requerem cobertura de seguro, o custo de contratação do serviço também é reduzido.

.3 Diferencial receitas e despesas

as consequências económicas do investimento serão apenas as decorrentes e sua realização e


qualquer tipo de receita e/ou custo. Entre os fatores que devem ser previstos nesta fase de
avaliação, destacam-se os seguintes:

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- Preço ou fabricação do produto.
- Tamanho do mercado e a sua capacidade de absorver novas unidades fabris.
- Os custos de manutenção e reparação associados ao projeto.
- Necessidades de estruturas administrativas de suporte ao projeto (encargos de estrutura
adicionais).
- Quaisquer outras receitas ou despesas decorrentes da exploração do projeto.
As estimativas dos fluxos de caixa gerados pela operação de projeto também são necessários,
ou seja, previsões de aumentos de receita e/ou diminuição de custos.
este caráter diferencial (aumentos e/ou decréscimos) das estimativas é justificado pelo facto
de existirem sempre pelo menos 2 alternativas em estudo: executar ou não o projeto.

.4 Amortizações, Depreciações e Tributação

A Amortização (componente incorpóreo), nada a sua influência no fluxo de caixa e na


determinação dos rendimentos sujeitos a impostos, deve ser considerada com especial cuidado,
tendo em conta as taxas de amortização legalmente permitidas.
A Depreciação (componente corpóreo) consiste na perda de valor de um ativo como resultado
do seu uso, desgaste natural, perda de utilidade ou obsolescência. os principais bens que estão
sujeitos à depreciação são computadores, equipamentos de empresas e fábricas, prédios, carros
e camiões, por exemplo.
A maior ou menor importância da Tributação dependerá do regime estabelecido pela
empresa.

.5 Escalonamento de Receitas e Despesas

A importância fundamental deste componente, entendido como a distribuição sobre momento


dos fluxos de caixa derivados do projeto na avaliação do investimento, reside no mecanismo de
atualização que, normalmente, fundamenta o método a ser utilizado.

.6 Efeitos macroeconómicos do investimento

A necessidade de considerar os efeitos macroeconómicos na avaliação do investimento de


projetos é particularmente importante dependendo da natureza da empresa.
Dentre os efeitos macroeconómicos, destacam-se os relativos à influência no equilíbrio de
pagamentos (fluxos de divisas), na empregabilidade, no valor acrescentado e na distribuição
geográfica da atividade económica.

 Investimento e Fluxos Financeiros


A decisão de fazer um investimento depende essencialmente da sua rentabilidade futura,

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para a empresa e para os investidores, com base em previsões e estimativas de desempenho
futuro.

A rentabilidade de um projeto, por mais simples que seja, deve ser avaliada com vista a uma
melhor utilização dos fundos à disposição da empresa: ou o custo de capital para a empresa com
base mínima, ou oportunidades de investimentos externos em mercados de risco semelhantes.
A realização ou não de um projeto de investimento dependerá da capacidade de gerar fluxos
financeiros (receitas) num futuro mais ou menos próximo de forma a cobrir as despesas
incorridas com a sua realização e operação.
É necessário determinar quais os fluxos anuais gerados pela operação do projeto e compará-
los com as despesas incorridas.
Estes fluxos anuais ao longo projeto de investimento são convencionalmente denominados de
Fluxo de Caixa e são obtidos anualmente através da soma da receita, reintegração técnica e/ou
amortização, provisões não utilizadas e cobranças.
Mas como valor residual normalmente dá origem a libertação de fluxo de caixa, isso deve ser
adicionado ao último fluxo de caixa previsto, caso ocorra a libertação de recursos.
 Capital Investido: mede a quantidade de recursos que a empresa dedica à realização de
um projeto de investimento. o valor investido compreende maioritariamente custos de aquisição
e construção, mas também todos os custos para colocar o equipamento em operação, como
transporte, custos de instalação e montagem, estudos e formação de pessoal também devem ser
incluídos. Por outro lado, é preciso somar ao valor investido, os acréscimos de fundo de maneio
necessários para enfrentar o aumento da produção.
EXEMPLO (1000€):
Infraestrutura 100 €
Construção 750 €
Equipamentos 400 €
Transporte 25 €
Custos de instalação 50 €
Estudos e Projetos 25 €
Necessidade de Fundo de Maneio 50 €
TOTAL (Capital Investido) 1400 €

 Quais são os custos fixos? Este tipo de custo é aquele que permanece estável. Mesmo
com a variação do volume de produção de uma industria, este valor continuará o mesmo.
Os custos fixos são apenas aqueles que tendem a apresentar pouca ou nenhuma variação, num
determinado período de tempo, mesmo que o volume de produção ou vendas diminua.
Exemplos de custos fixos: aluguer, serviços de segurança e proteção, serviços de Internet,
serviços de limpeza, trabalho laboral, manutenção de equipamento, contas da luz e telefone,

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seguros e custos de propriedade e estrutura.

 Quais são os custos variáveis de uma empresa? Diferente do custo fixo, o custo variável
oscila de acordo com as atividades da empresa. Variará de acordo com a produção ou a
prestação de serviços da organização. Como por exemplo, podemos dizer que se houver um
crescimento nas vendas naquele período específico de tempo, os custos variáveis também
aumentarão.
Exemplos de custos variáveis: eletricidade e água (se a produção depender disso), horas
extras, matérias-primas, custos logísticos e de entrega, comissão de vendas e taxas de envio.
 Custo Médio Ponderado do Capital (WACC - Working Average Capital Cost): é
normalmente referido como custo de capital a empresa. É enfatizar que este custo é ditado pelo
mercado externo e não pela gestão.
Representa o custo médio de capital a Paris os impostos também empresa de todas as Fontes,
incluindo ações ordinárias, ações preferenciais, títulos e outras formas de dívida. O WACC é a
taxa média que uma empresa espera pagar para financiar os seus ativos.
O WACC também é usado como taxa de atualização para fluxos de caixa futuros na análise dos
fluxo de caixa atualizados.
 Provisões: é uma reserva de um valor para fazer face às despesas previstas. A provisão é
destinada a cobrir uma despesa já considerada certa ou de alta probabilidade de ocorrer. as
provisões representam perdas esperadas de ativos ou estimativas de valores a serem executados
que, apesar de ainda não se materializarem financeiramente, daí vão da contabilidade
desencadeando eventos que já ocorreram.
A partir do momento em que estas perdas de ativos ou obrigações ficam totalmente definidas,
deixam de ser consideradas como provisões, por exemplo: a provisão para férias passa a ser
salários a pagar, a provisão para o imposto de renda passa a ser excluir o imposto de renda.

.1 Diferenças entre Capital Fixo e Fundo de Maneio

- Capital fixo é a parte do capital total da empresa que é investido em ativos a prazo. O fundo
de maneio refere-se ao capital usado para administrar as negócios diários e as operações que são
convertidas em dinheiro.
- Os investimentos em capital fixo incluem bens duráveis que permanecerão em negócios por
mais do que um período contábil. O fundo de maneio é composto por ativos e passivos de curto
prazo do negócio.
- Capital fixo tem baixa liquidez, pois não pode ser facilmente convertido em dinheiro. O
fundo de maneio, por outro lado, são rapidamente convertidos em dinheiro.
- Capital fixo é usado para comprar ativos não circulantes para o negócio, enquanto o fundo
de maneio é usado para financiamentos a curto prazo.

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- Os investimentos de capital fixo atendem os objetivos estratégicos, ou seja, planos a longo
prazo. os benefícios dos investimentos em ações fixas são distribuídos ao longo de vários anos.
Por outro lado, os investimentos em fundo de maneio atendem a objetivos operacionais, ou seja,
a atividades de negócio.
- O âmbito de um investimento de capital fixo estende-se por vários anos enquanto o
investimento em fundo de maneio corresponde a um período contábil específico.

.2 Definições

EBIT e EBITDA são medidas da lucratividade de um negócio.


EBIT é o lucro líquido antes da dedução de juros e impostos.
EBITDA exclui adicionalmente depreciação e amortização.
EBIT é frequentemente usado como uma medida de lucro operacional.

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Fluxo de Caixa Operacional (OCF – Operating Cash Flow) = EBIT (Earning before Interest
and Taxes) + Depreciações – Impostos
Fluxo de Caixa de Investimento = Investimento Capital Fixo + Fundo de Maneio - Valor
Residual do Investimento
Fluxo de Caixa Operacional = Lucro Líquido + Amortizações Depreciações + Provisões + Taxas
de Juro
Fluxo de Caixa Líquido = Fluxo de Caixa Operacional –Fluxo de Caixa de Investimento

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 Critérios de Análise de Projeto
Uma vez que as características económicas, financeiras e sociais um investimento foram
identificadas, é importante determinar o seu valor para a empresa que irá realizá-lo, para o qual
é necessário instala ser um ou mais critérios para avaliação individual do projeto de
investimento.

.1 Período de Reembolso

é o período de tempo necessário ao reembolso recuperação do investimento, ou o período de


tempo que decorre entre a data de aplicação dos fundos para o projeto de investimento IA data
em que os fluxos de caixa derivados do projeto compõem o valor inicial do investimento.
o período de retorno avalia a liquidez de um determinado investimento e indica se o
investimento será executado ou não.
PR=I /CFm
T

∑ CF t=I
t =0

CFm = Fluxo de caixa médio durante a exploração do investimento


I = Valor do investimento
PR = período de reembolso

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Este critério tem a comodidade de ser fácil de calcular.
É capaz de eliminar projetos que não cumpram os objetivos definidos de acordo com os
valores disponíveis para investir.
No entanto, não está a ter em conta o que acontece além da recuperação período de capital
investido e o planeamento dos fluxos de caixa ao longo do tempo não é tido em consideração.
Favorece a disponibilidade sobre a rentabilidade económica do projeto.

.2 NPV (Net Present Value) ou VAL (Valor Atual Liquido)

O método do valor atual líquido ou fluxo de caixa atualizados leva o valor do tempo do
dinheiro em conta:
- traduzindo todos os fluxos de caixa futuros (benefícios) para o dinheiro atual.
- somando o investimento atual e os valores presentes de todos os fluxos de caixa.
Se o valor atual líquido de um projeto for positivo, vale a pena prosseguir pois cria valor para
a empresa.
É soma dos valores dos fluxos de caixa positivos e negativos gerados para um projeto
finalizado onde a taxa de atualização representa o custo de oportunidade dos recursos a serem
investidos.
O Valor Atual Líquido mede portanto o preço máximo disponível de imediato para gastar num
determinado projeto de investimento.
n m
R−D I
VAL=∑ t
−∑ k
t =0 (1+i) k=0 (1+i)
n
Fluxo de Caixa Líquido
VAL=∑
t =0 (1+i)t

R: Receitas
D: Despesas
R-D: Cash-Flow Exploração
i: Taxa Referência (custo oportunidade)
I: Investimento

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.3 Taxa Interna de Rentabilidade (TIR)

A TIR é a taxa de atualização que anula o VAL (VAL=0)


É a taxa de atualização que iguala o valor atualizado dos fluxos de caixa positivos com o valor
atualizado dos fluxos de caixa negativos.
A TIR representa a taxa de juros máxima que a empresa poderia estar disposta a pagar para
financiar integralmente o projeto em questão, usando o fluxo de caixa gerado pelo investimento
para cobrir o empréstimo.

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Equação VAL igual a zero e resolve na ordem da taxa de atualização (r = TIR)

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 Critérios de Avaliação do Projeto
O VAL é um indicador que mostra o verdadeiro valor em termos monetários que o projeto
gerará para os investidores, considerando o custo de oportunidade do capital.
A TIR é uma medida relativa, expressa em percentagem, que demonstra quanto ganhará um
projeto de investimento, considerando a taxa máxima a que pode devolver o capital inicial, sem
comprometer a cobertura de investimento inicial.

Improvement Ideas:
Project A1: Cut upfront investment by $100
Project A2: Find additional benefits $25/year
Project A3: Extend benefits to year 5: $100

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