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Avaliação de projetos

Slide 36-49
Parâmetros económicos fundamentais
Duração do Investimento/ Vida útil do projeto (VUP)- horizonte temporal para o qual
um sistema é projetado (a fim de atender aos requisitos estabelecidos nessa norma.
A escolha da vida útil do projeto é baseada em diversos fatores:
 Área de negócio
 Duração do ciclo de vida de negócio
 Natureza do projeto – o período de vida económica (valor de referência) varia
com o setor do investimento
 Período de vida útil dos bens (ativos) mais significativos para a sua
implementação – quando se atinge o tempo de vida útil de um assume-se a
liquidação dos ativos (vide valor residual) ou a sua continuidade (vide valor de
continuidade.)
Estudos de mercado
Devem ser realizados de modo a avaliar o sucesso que o produto teria se fosse
introduzido no mercado. Deve analisar a procura desse produto, analisando os
interesses dos possíveis consumidores e a oferta desse produto, ou seja, investigar as
empresas concorrentes no mercado. Também, deve abranger uma análise do setor de
atividade da empresa, o produto/serviço, circuitos de distribuição bem como os
parâmetros respetivos à produção como as matérias primas usadas e a mão de obra
especializada.
Estudo da tecnologia
Efetua-se de modo a obter a maior eficiência possível no que toca a produção (reduzir
gastos de produção, aumentar os rendimentos) e minimizar os custos de exploração
futuros.
Estudo da dimensão
Analisa-se a capacidade física anual de produção, número total de trabalhadores,
despesas totais de investimento e o volume anual de vendas. É extremamente
importante para avaliar a rentabilidade da capacidade de produção, por exemplo se a
capacidade produtiva instalada for muito maior do que a capacidade produtiva utilizada,
o que pode ser prejudicial para a empresa. Contudo, o professor deu o exemplo em aula
de marcas de cereais que vendiam o seu excedente de produção às marcas brancas
(marcas dos supermercados) – não garante uma margem de lucro tão grande, mas atenua
os encargos e despesas da produção, nomeadamente os custos fixos. Há ainda o caso de
uma sobrecapacidade instalada inicial, por forma a garantir custos de exploração
reduzidos no futuro, de acordo com o potencial de desenvolvimento da empresa e o que
esta espera vir a produzir.
Estudo da localização:
Fatores determinantes para a localização
 Acessibilidade ao mercado consumidor e maior proximidade produto-cliente
 Proximidade das fontes de energia, matérias-primas
 Natureza da atividade
 Estímulos e benefícios de natureza financeira (subsídios…)

Despesas de investimento (relembrar contabilidade)


Ativos fixos tangíveis (AFT)- Terrenos, recursos naturais, edifícios….

Ativos (fixos) intangíveis (AFI)- Patentes, licenças (tipo de software) ….

Métodos de previsão de procura- objetivo


Analisar o valor e evolução do volume de negócios de um investimento, que se insere
como a variável de maior importância num projeto dessa natureza.
Métodos de previsão de procura- Empírico
Recorre à experiência de pessoas envolvidas no ramo do negócio, que estimam
subjetivamente o volume de vendas tendo por base as reações e interesse dos
consumidores e histórico de consumo.
Utilizados em horizontais temporais inferiores a um ano por ser subjetivo.
Mercados de bens industriais cujos compradores são fáceis de identificar. O mercado é
simulado (construído) a partir de informação sobre as empresas existentes e calculado o
potencial de compra de cada uma.

Método da previsão da procura- Correlação


Estabelece um grau de correlação entre 2 variáveis
Exemplo: Ser estudante universitário e gostar de cerveja tem uma forte correlação r=[-
1,+1]
Desvantagens:
 Dificuldade em encontrar o R por falta de dados históricos
 Deficiente relação causa-efeito entre variáveis

Métodos de previsão de procura- Taxa média de crescimento anual

TMCA=

N−1 YN
Y1
−1

Yn- Volume de vendas feitos em n anos


Y1- Volume de vendas no ano1
Exemplo:

Limitações dos métodos de previsão:


Grau de incerteza implícito nos seus resultados, derivado de bruscas e significativas
mudanças no meio envolvente, o que não os permite ser fiáveis, sobretudo a médio e
longo prazo.
Outras considerações
São geralmente usados em horizontes temporais até 5 anos, como complemento de
outros estudos com finalidades idênticas (estudos de mercado, demográficos, etc).

Apro CAP2

Slide 50-59
Projeto de investimento- Proposta de ação que a partir da utilização dos recursos
disponíveis (humanos, financeiros, materiais, tecnológicos…), com o objetivo de gerar
lucro (recuperar integralmente o valor investido e obter excedente financeiro) ou obter
vantagens sociais no decurso de um período minimamente longo
O horizontal temporal distingue dois tipos de aplicações:
Investimento- Perspetiva de longo prazo
Especulação- Perspetiva de curto prazo

Investimentos financeiros- Aplicações efetuadas tanto por indivíduos como


organizações em que a responsabilidade pela gestão não está presente (depósito
bancário, compra de ações…)
Investimento reais- É necessário ter uma certa dimensão do controlo ou de capacidade
de gestão que avalia a rendabilidade futura. Ex: Equipamentos (eletrónicos, máquinas
industriais), carros, edifícios)
Distinção entre projetos públicos e privados:

Tipos de contratos:
Aquele em que o contratado não partilha o risco do projeto- Preço fixo, reembolso dos
custos
Contratado partilha o risco do projeto-
Parcerias Público-Privadas (PPP):
Projetos Design-Build- Contratado responsável pelas fases de design e operações
Projetos Design-Build-operate-maintain-finance- O fornecedor faz a gestão do projeto-
Governo obtém financiamento para o projeto

Categoria dos recursos utilizados nos projetos:


Investimentos de natureza:
Financeira- Para projetos raiz, é a mais usada.
Humana- Utilização de mão de obra especializada por exemplo
Patrimonial- Aquisição de um edifício por exemplo.

Nível de inovação
Investimento autónomos- Resultam de uma diferenciação tecnológica, comercial ou
competitividade de empresa. (Ex: 1º iphone, a Apple era uma empresa de informática
antes)
Investimentos induzidos- Aproveitamento de fatores favoráveis como benefícios
fiscais, aquisição de determinados fatores produtivos, flutuação de preço de matérias
primas.
Ex: Restantes iphones, ipods, ipads. A empresa aproveitou a fama q teve c o primeiro
iphone para ir criando outros modelos não muito diferentes aos anteriores.
Tipos de projetos
Projetos de raiz- Projetos não integrados em empresas em funcionamento e que muitas
vezes são geradores de novas empresas
Projetos integrados em empresas (projetos adicionais/incrementais) —São projetos
lançados por empresas em atividade e incorporam determinada finalidade em função da
qual se podem reconhecer.

Classificação de investimentos
Risco
Investimento de substituição- Objetivo manter o potencial produtivo, substituir
- equipamento mais antigo por um mais recente. À priori, o mais fácil de analisar o risco
de investimento (análise idêntica ao negócio da empresa.
Investimento de modernização- Visam a melhoria da produtividade de trabalho e
redução dos custos de produção, frequentemente, combinam-se investimentos de
substituição. No plano de risco, tem um nível de risco similar ao negócio atual da
empresa.
Investimento de expansão- Projetos que permitem as empresas aumentar a sua
capacidade produtiva ou de comercialização de produtos atuais. À priori, o risco
continua a ser o de negócio atual, visto que é realizado por existir uma oportunidade de
crescimento.
Investimento de inovação- Introdução de novas tecnologias nas linhas de produção, de
melhoria nos produtos ou serviços ou lançamento de novos produtos ou serviços.
Avalia-se este investimento pelo impacto que este tenha no desenvolvimento da
empresa. São mais arriscados (alguns gestores podem aceitar um projeto sem
viabilidade económica sem acharem que é a melhor forma de entrar em mercados com
elevado potencial de crescimento.
Investimento Estratégico- Servem de suporte às restantes áreas da empresas (não são
avaliados numa ótica de rendibilidade). “Ninguém faz esse investimento porque quer
mas sim porque tem que fazer” - Cândido.
+
Ex do Cândido- A fábrica da Danone em Castelo Branco não tinha uma ETAR (acho q
era isso) por perto e era preciso para produzirem os iogurtes. Então, a empresa construiu
a ETAR e o que não utiliza a Câmara de Castelo Branco usa (e paga o que usa como é
óbvio)

Resumos de Apro slide 60 ao 67


Tipos de Investimento – Classificação de Investimentos
Classificação com base dos cash-flows

Normalmente os investimentos, são caracterizados de acordo com o escalonamento


dos cash-flows operacionais.
a) Point input – Point Output – Este é
caracterizado por dois cash-flows, um de
entrada e outro de saída, ou seja, ambos
acontecem num dado momento da atividade
de exploração.

b) Point input – Continuos Output – Este é


caracterizado por vários cash-flows, sendo
que apenas um deles é de entrada, e vários
seguidos de saída, claro que até ao fim de
vida útil do projeto. Ou seja, este tipo de
investimento, normalmente caracteriza o de
uma fábrica, visto que, “gasta-se” dinheiro
para a construir e depois tiram-se proveitos contínuos e derivados da produção
da mesma.

c) Continuos Input – Point Output – Este é


exatamente ao contrário do que está descrito na
alínea anterior. Normalmente Vem de
Construção Naval, visto que a construção de um
barco, por exemplo, é um processo demorado,
logo tem que existir uma contínua injeção de
capital de investimento.

d) Continuos Input – Continuos Output –


Este representa digamos a junção de
todos, ou seja, existe injeção de dinheiro
ao longo do projeto, bem como proveitos da
mesma, até fim do período de vida útil do
projeto.

Classificação com base na relação entre


projetos

Antes de tomar uma decisão final sobre algum projeto, é extremamente necessário que
seja feito um estudo da sua possível dependência com outro projeto, caso seja o caso, ou
seja, uma empresa que já tem um projeto a decorrer e pensa em iniciar outro para a
mesma empresa.

Independentes - Em termos práticos, o resultado do projeto A em nada depende do


resultado do projeto B e vice-versa. Não são relacionados a nível técnico, financeiro e
comercial.
Nota: Ou seja, a decisão de implementar projetos dependentes, apenas dependem da avaliação do próprio
projeto e complementariamente de limitações de capital.

Dependentes - Em termos práticos significa que o resultado do projeto A depende do


resultado do projeto B.

Complementares - Quando existe um boost no projeto A devido ao projeto B. Estes


boosts tanto podem ser de nível técnico, por exemplo reaproveitamento de matérias-
primas por exemplo do projeto B, ou a nível comercial, por exemplo se os produtos
produzidos do projeto A complementam os do B, o que pode levar os consumidores a se
decidirem comprar o produto B, sintam a necessidade também de comprar o produto A.
Concorrentes - Quando os cash-flows do projeto A refletem um efeito negativo no
projeto B, ou seja, produtos substitutos.
Mutuamente exclusivos - Correspondem a casos extremos de projetos, onde a
realização de um projeto, exclui completamente a realização do outro.

Período de vida útil de um Projeto de investimento.

O período de vida físico - este é definido no momento de venda, pelos fabricantes.


O período de vida económico - corresponde ao período durante o qual o equipamento
possui funcionalidade para assegurar uma produção competitiva.
O período de vida útil do projeto - este tem carácter subjetivo, uma vez que é
ponderado junto dos investidores e financiadores, tendo em conta o risco associado.
Nota: O período de vida útil de um projeto deve corresponder sempre ao menor período de tempo de vida
técnica, por exemplo, o menor tempo que irei fabricar um tipo de produto e ao menor tempo de vida
económica dos equipamentos mais importantes, por exemplo o tempo de vida de uma máquina, que
produz o produto principal do projeto.

Horizonte Temporal - Corresponde ao período de tempo para o qual se estimam os


cash-flows esperados e é o período de tempo para o qual os investidores esperam que
haja criação de riqueza.
Nota: Geralmente o “horizonte temporal” coincide com a “vida útil do projeto”. Porém em certos casos,
para comparação de projetos, com diferentes horizontes temporais, existe a extensão de uma parte
imaginária com n réplicas.

O sucesso de decisão de um futuro projeto, depende da capacidade de diagnosticar os


fatores que influenciarão os cash-flows futuros, ou seja, depende da experiência e
intuição do gestor decisor.

Os projetos que maior dimensão apresenta nível de incerta na organização elevado,


normalmente são projetos de expansão ou inovação, isto porque e se expandir
demasiado e ficar com produção a mais nos armazéns? Ou e se eu quiser inovar,
mas o produto fica uma bosta e não traz necessidade para o consumidor?

Logo estes tipos de projeto necessitam de ser criteriosamente elaborados e servir como
instrumento de controlo, no caso de o projeto ir avante.
Slide 68 ao 76
O ciclo do projeto descreve o processo desencadeado desde a ideação até à sua
concretização física, suscetível de gerar resultados. Identificam-se três fases principais:

Pré- Investimento – etapas de ideação


Desenvolver uma ideia capaz de atrair investidores, de modo a que o projeto possa ser
concretizado e colocado no mercado.
Formulação da ideia
 Analisar e comparar o que está a ser desenvolvido noutros países,
 Levantamento de inputs especialistas no setor e inquéritos aos possíveis
consumidores para aferir se esta vai ser bem ou não aceite pelo mercado
 Pesquisar em áreas de atividades não desenvolvidas
Investimento – efetivação do planeado
 Project design stage – análise do plano de operações a executar
 Construção - Preparação dos elementos necessários ao projeto como, terreno,
edifício, montagem e instalação de equipamentos ou ainda formação de mão de
obra.
 Arranque - última fase onde tudo se já está alinhado, o que implica processos
de produção testados, mão de obra preparada e proximidade aos custos
orçamentados (em linguagem comum “sem deslizes orçamentais”).

Exploração – etapas da concretização


Período de arranque do projeto com os últimos testes, a implantação do
produto/serviço e o aprofundamento do conhecimento do mercado. Além disso:
 tarefas de carácter operacional (compras, produção, vendas, etc.);
 revê-se todo processo de preparação e aprovação do projeto;
 controlam-se os desvios de exploração;
 desenvolve-se o período de funcionamento, que atingirá o ano cruzeiro
(capacidade instalada integralmente utilizada - geralmente em finais do
terceiro ou quarto ano de exploração);

Slides 77-86
2.2 Cash-Flows e Resultados Contabilísticos
Cash-Flow Do Projeto E Resultados Contabilísticos
Os métodos contabilísticos (DR) não são desejáveis:
 Resultado influenciado por critérios contabilísticos subjetivos (políticas de
provisões, critérios de valorimetria e de consolidação)
 Rúbricas não comparáveis com o investimento inicial (perspetiva de custos e
proveitos e não numa perspetiva de receitas e despesas)
Em alternativa, recorre-se então ao CASH-FLOW
 Mais objetivo
 Menos dependente de critérios contabilístico fiscais
 Apresenta uma situação mais realista e temporalmente adequada da tesouraria da
empresa.
Na ótica da empresa, o investimento resulta de uma decisão estratégica e consiste, em
geral, na afetação de recursos financeiros humanos e materiais com a finalidade de criar
mais riqueza para os empresários.
A. Quando um projeto é implementado por uma empresa que já existe e esteja a
laborar, podem ocorrer impactos sobre as atividades atuais e estes devem ser
atribuídos ao projeto.
B. Não se devem imputar ao projeto os gastos ou proveitos que a empresa teve (ou
vai ter), independentemente da implementação ou não do projeto.
Disto resulta que os cash-flows do projeto devem corresponder à diferença entre os
cash-flows da empresa com o projeto e os cash-flows da empresa sem o projeto.
Este é o racional dos cash-flows incrementais, perspetiva sob a qual os cash-flows de
um projeto de investimento devem ser determinados.

Cash-Flow Do Projeto

meios libertos de exploração do projeto=¿ Resultado antesimpotos × (1−taxaimposto sobre lucros ) + Amortizaçõe

Cash−flow do Investimento=¿ Investimento capital fixo + Investimento FM necessário −Desinvestimentoscapital fixo e FM nec

Cash-flow Operacional
Método indireto
A não inclusão das depreciações e amortizações deve-se ao facto de não originarem
fluxos de caixa
• No cálculo do cash-flow não são consideramos os encargos financeiros com
dívida. (procedimento comum na análise de projetos de investimento).
 Primeiro, procedemos à análise do projeto numa ótica de viabilidade económica
assumindo que é integralmente financiado com capital próprio (logo não existem
encargos financeiros). Posteriormente, incluem-se os efeitos resultantes do projeto
ser na realidade financiado, geralmente, com capital próprio e dívida.
A primeira aproximação ao Cash-Flow Operacional é o EBITDA. Isto equivale a
assumir apenas as rúbricas da composição do resultado contabilístico que originam
fluxos de tesouraria (pagamentos e recebimentos).
Porque adicionamos e voltamos a retirar a rúbrica depreciações, amortizações e
provisões? Porque, a existência destas rúbricas não desembolsáveis, mas fiscalmente
consideradas como gastos, diminuem o resultado e, concomitantemente, o imposto a
pagar (originam uma poupança de imposto). – o nosso cash flow operacional é capital
real e não contabilístico

Necessidades de Fundo de Maneio (Working Capital)


Necessidades possuir matérias primas ou mercadorias
operativas conceder crédito como prática comercial

Recursos cíclicos possibilidade obter crédito concedido pelos fornecedores de


forma recorrente

Estado impostos e contribuições a receber e ou a pagar que resultam da


execução do projeto, exceto IRC (que não conta para as nossas contas!)

Necessidades de
Fundo de Maneio
Diferença entre as necessidades de fundos que inclui os saldos devedores do
Estado menos recursos cíclicos que inclui os saldos credores do Estado.
espaço entre o momento de pagamento e recebimento

Análise Da Estrutura Financeira - Balanço Esquemático


A construção do Balanço Esquemático exige uma rigorosa classificação dos vários itens
do Ativo e do Passivo de curto prazo, sendo de destacar:
 A autonomização das rubricas associadas ao Ciclo de Exploração;
2 tipos de investimento KPEX (ativos fixos)e OPEX fundo de maneio)- a
confirmar
 A identificação das Necessidades e dos Recursos Cíclicos de exploração como
os valores que normalmente deveriam integrar os Balanços das empresas,
remetendo os respetivos excessos e/ou insuficiências para Elementos Ativos e
Passivos de Tesouraria;
 A consideração como cíclicas (apesar de serem extraexploração) de rubricas
aparentemente associadas a movimentos pontuais de Tesouraria, desde que
tenham características de renovação.
 Empresa funcionamento pega se no balanço
Necessidades De Fundo De Maneio - Equilíbrio Financeiro (Análise
Patrimonial)

1º Regra do Equilíbrio Financeiro


grau de exigência dos recursos=disponibilidade ou liquidez das aplicações
(financia o ativo não corrente com capitais
permanentes e o corrente com o passivo
corrente)
De onde vem q e o que fiz com o dinheiro
Objetivo: Minimização de ruturas de tesouraria
– ativos iguais aos passivos que os financiam (ou
preferencialmente superiores para cobrir
imprevistos).

Necessidades ciclicas:renovam-se no
funcionamento normal do ciclo de exploração (stock) cada vez que o stock diminui
produzimos para o aumentar
Caixa é acíclica porque quando acaba não há necessidade de a repor para a exploração
comercial pela entidade

Análise Da Estrutura Financeira - Equilíbrio Financeiro

Fundo de Maneio (FM): é a diferença entre os capitais permanentes e o ativo não


corrente.
FM =CP− ANC

 FM=0 ➔ Equilíbrio Financeiro (pode


não ser condição necessária nem
suficiente para que a entidade seja
financeiramente equilibrada)
 FM>0 ➔ Excesso de Capitais
 FM<0 ➔ Insuficiência de Capitais
Apro 87-96
Necessidade de Fundo de Maneio (NFM) – “Necessidade de possuir matérias-primas ou
mercadorias bem como a necessidade de conceder crédito, originam necessidades de
fundos “. O FM só serve para cobrir as necessidades.
Razões para empresários recorrerem aos apoios à tesouraria são as necessidades de
fundo de maneio, ou seja, a falta de liquidez da empresa (necessitam de fundos para
manter o ciclo operacional da empresa. Ocorrem necessidades de fundo de maneio
sempre que existe um desfasamento entre compras e vendas e entre vendas e
recebimentos.
Financiar fundo de maneio- Reforçar capitais da empresa (aumentar capitais ou reter
resultados transitados)
Componentes principais da NFM
Prazo médio de recebimentos (PMR) – Crédito concedido aos clientes com base no
PMR aplicado na indústria
Prazo médio de pagamento (PMP)- Crédito obtidos de fornecedores com base no
PMP aplicado na indústria
Prazo médio de existências (PME) – Volume de existência

Se o PMP<PMR - Necessidades de liquidez da empresa (necessita de cumprir com as


suas responsabilidades juntos dos fornecedores antes de receber dos seus clientes)

Algumas das rubricas do ativo e do passivo estão em constante atualização (permanente


renovação), ou seja, estão constantemente a ser modificadas (aumenta o ativo (cliente Y
finalmente pagou), diminui o ativo (concedemos ao cliente W crédito) etc etc). A cada
novo vencimento cria-se um ativo ou passivo de características idênticas.
A rubrica da Caixa é não renovável, acíclica. A conta de Inventários é cíclica.
Alteração destas rubricas:
 Clientes- Empresa concede crédito aos clientes. Os créditos são liquidados e são
originados novos créditos pelas vendas.
 Fornecedores- Empresa deve ao fornecedor
 Estado- Encargos a pagar ao Estado, impostos, contribuições (IVA, IRS, etc)
 Stocks- Necessidade de ter stocks permanentemente no sentido de evitar ruturas
nas vendas
Necessidades- Ativo de curto prazo
Recursos- Passivo de
curto prazo

Necessidades de Exploração- Diferimento permanente de valores a receber,


imobilização permanente de capitais: Clientes e Stocks
Recursos de exploração- Meios que são postos à disposição da empresa- Fornecedores
e Estado
NFM (Necessidade de FM/Working Capital)= Necessidades- Recursos
EX: Excesso de fundo de maneio quando não pagam a pronto aos fornecedores, mas os
seus clientes pagam logo. Logo recursos > necessidades.
Gestão financeira de curto prazo- Gestão de Tesouraria
Necessidade de fundo de maneio- Espaço entre o recebimento e pagamento sendo
preciso arranjar dinheiro para suportar esse espaço temporal (ciclo de tesouraria)
Menor período de stocks- Barra de baixo encolhe
Ativos e passivos de exploração, necessidades e recursos, constantemente renováveis,
numa estreita ligação com o ciclo operacional e mantendo-se dependente de vendas.
“A gestão de tesouraria é a prática de compreender, qualificar e dar o melhor uso às
participações financeiras da sua empresa. Uma boa gestão de tesouraria minimiza os
riscos operacionais e financeiros e fornece aos gestores elementos para saberem o que
está disponível para colocar, para investir ou para desembolsar. A gestão financeira é o
fiel escudeiro da tesouraria, ou seja, é o que permite o planeamento, a direção, a
monitorização, a organização e o controlo do dinheiro para atingir os objetivos de
negócio e devolver máximo valor aos stakeholders.”
A reserva de fundos depende da empresa. Menor facilidade em o banco atribuir
financiamento à empresa é melhor ter uma reserva maior.
Vendendo mais, mantendo o mesmo prazo, o stock de clientes vai dilatar. Evolução de
volume de vendas positiva, vai requerer uma NFM maior (maior stock de inventários,
maior stock de fornecedores).

Ciclo de exploração (operacional da empresa demora tempo a completar. Tem a


ver com as tais rubricas em constante renovação
Empresa adquire mercadorias/matérias que não vende ou consume de imediato. Estar
constantemente a substituir mercadorias à medida que são vendidas/consumidas, logo
existe um permanente volume de existências para evitar rutura. A empresa tem de
imobilizar meios no respetivo financiamento para pagar aos fornecedores.
Empresa vende, mas não recebe logo, sendo assim está a conceder crédito aos clientes.
Mantém em permanência um montante de crédito concedido (enquanto uns finalmente
pagam, já concedeu a outros créditos). Logo essa imobilização de meios tem que ser
financiada.
Empresa usufrui do crédito concedido pelos fornecedores. O montante do crédito não
precisa de ser financiamento, mas conta como financiamento feito à empresa por parte
de fornecedores.
Manter reserva de disponibilidades (reserva de dinheiro) como segurança. Conta como
imobilização de fundos da empresa

Slides do 97 ao 107

Necessidades de Fundo Maneio


Necessidades de Fundo Maneio – NFM – Fundos que são necessários para financiar o
seu ciclo operacional, ou seja, digamos que é a gasolina (dinheiro) para meter um motor
(fábrica) a trabalhar e fazer o carro (empresa) a andar.

No início de vida de um investimento, as NFM são o custo de investimento, uma vez


que, é necessário esse montante para arrancar com a produção.

As NFM, têm carácter variável, uma vez que, o seu valor pode variai de período para
período. Haverá períodos em que a atividade aumenta, o que faz com que as NFM,
aumente, e por isso terá que ser feito um investimento adicional. Noutras, onde a
atividade diminui, a empresa pode ou não prescindir das NFM e diminuir as mesmas,
ou seja, um desinvestimento.

O capital desinvestido/investido em NFM, num determinado período de tempo, reflete


as variações de NFM em relação ao período anterior.
CI ( NFM )n =NFM n−NFM n−1

Nota1 : Diz-se Capital desinvestido, quando o valor da fórmula é negativo e capital investido quando
esta é positiva.

Nota2 : A partir do final do primeiro período, o que é dado como custo de investimento não é as NFM
mas sim a sua respetiva variação.

Exemplo: Se no ano 0 eu tenho que gastar 5000 euros para uma m

Análise da Estrutura Financeira – Decisões Estratégicas e Correntes

Estratégia Financeira
 Política de Investimento (Tipo e
(Quantidade de investimento)
 Política de Financiamento Políticas que
(Forma e tipo de financiamento) diretamente
 Política de Dividendos relacionadas e
(Quantos e como são distribuídos) com influência no
Fundo de maneio
Decisões Correntes
- Controlo do ciclo de Exploração
- Controlo e gestão de tesouraria

No final do projeto, todo o dinheiro que foi


investido na tesouraria, irá estar presente, uma vez
que esse dinheiro previamente investido, apenas foi usado naquele momento porque
existiam entidades ou indivíduos que deviam e não tinham pago no momento que era
necessário. Ou seja, pode-se pensar que o dinheiro de investimento apenas foi um canal
de transição e não definitivo.

Valor Residual do Investimento


NOTA: estes valores apenas se referem a equipamentos e nada de NFM.

No final do período de vida económica do projeto, alguns ativos tendem a possuir um


período de vida superior, mantendo assim valor – valor residual.

Logo é necessário e benéfico contabilizar o valor residual do projeto como uma receita
“final”, ou seja, contabilizar o valor que permanece comigo após ter feito tudo aquilo
que me propus a fazer com o projeto.

Determinação do Valor Residual:

Nesta fórmula a única componente que pode variar é o Valor de Venda do Bem, isto
porque:

- Este pode ser avaliado com alguma fiabilidade, caso exista algum tipo de mercado
onde sejam transacionados ativos do mesmo tipo e usados.

- Ou então, em caso de falta de informação, assume-se que o Valor de Venda do Bem


corresponde ao Valor Contabilístico, ou seja, corresponde ao valor que falta
amortizar.

- Ao working capital (Necessidades de Fundo Maneio e o seu investimento) também se


atribui o seu valor contabilístico, uma vez que o valor a considerar, é aquele que foi
sempre considerado ao longo do projeto. Para melhor visão, os valores contabilísticos
usam-se para dentro do projeto, ou seja NFM, e os valores de mercado para o que já está
fora, Valor Residual.
Até aqui foi tomada como premissa, que ao fim do período de vida económica, estes
bens fossem vendidos, mas como alternativa pode-se considerar a continuidade da
empresa.

Valor de Continuidade

Sendo assim calculado o Valor de Continuidade, como uma perpetuidade, com base no
Cash-flow do último ano projetado, assumindo uma taxa de crescimento a longo prazo,
determinada à priori.
CF n∗1
VC= g – taxa de crescimento dos futuros cash-flows
(r−g)

Cálculo do Cash_Flow para o Valor de Continuidade

Em caso de crescimento zero do cash-flow após o ano n, o valor do EBIT e do


working capital, manter-se-ão inalterados, uma vez que isso significa as mesmas
vendas, mesma matéria consumida e mesma matéria comprada. O investimento de
capital fixo, será apenas o necessário para fazer um match às depreciações.

Atenção! : Não existe Valor de Continuidade e Valore Residual ao mesmo tempo, ou


vendes ou continuas.

Logo o Cash-flow no ano n+1 será:

CF n∗1=EBIT n (1−t)

Em caso de crescimento positivo, o investimento em capital fixo terá que ser o


suficiente para fazer face à inflação, ou seja fazer face à desvalorização do capital
existente na empresa, como também permitir o crescimento do stock de capital das
amortizações, de acordo com a taxa de crescimento da empresa. Contundo o working
capital terá também que crescer à mesma proporção que essa taxa de crescimento, de
forma a garantir a estabilidade dos rácios de exploração. Não é a prática mais comum,
uma vez que, é errado muitas vezes assumir que o cresci mento contionua a ser positivo.

Neste caso o cálculo do Cash-flow será da forma:


O procedimento habitual consiste em projetar os vários cash-flows de forma a que o
crescimento do ano n-1 até ao ano n seja igual à taxa de crescimento a longo prazo, g.
Sendon enrtão o mais usual, uma vez que erros prováveis serão menores.
Neste caso o Cash-flow é determinado da seguinte forma:

Outros Conceitos Gerais e Convecções

No matter what da natureza, forma ou importância de um investimento, o cálculo da sua


rendibilidade deve assentar num raciocínio marginal: (Pontos importantes, na escolha
entre dois projetos.)

 A escolha entre 2 projetos deve ter em conta a comparação de rendibilidades para


a empresa.

 Sempre que se faça um desinvestimento, deve-se considerar a continuação do


mesmo ou cedê-lo; ou seja, ver se continua viável a sua continuação.

 A política de crescimento terá que ser em relação a sua dimensão e não apenas em
valores numéricos, uma vez que o crescimento de 1% numa empresa grande
significa muito menos do que numa empresa mais pequena. Isto porque a maior tem
mais meios para crescer mais... i guess... confirmar com professor.

 No momento de tomada de decisões os valores com primazia são os de mercado e


económicos e não os contabilísticos e historial de aquisição; Tem que se estar
sempre o mais próximo da realidade!
 A análise financeira de um projeto deve ser completamente independente das
fontes de financiamento; O projeto tem que ser sustentável on his own!

 O estudo do projeto deve considerar o máximo de variantes e situações possíveis,


de forma a diminuir o risco.

 A vida económica de um projeto é identificável com a vida económica dos


equipamentos, por estes assumirem uma maior expressão monetária.

 Todos os cash-flows de cada período, são tratados no final do exercício (final de


cada ano). Ou seja, na óptica do projeto, todos os cash-flows são gerados no
final do ano. Ou seja falo em anos e não em meses.

 O projeto tem uma duração limitada de tempo, normalmente de 5 a 8 anos.


- O valor Residual do investimento representa:
- Valor de Liquidação – caso a atividade cessar;
- Valor de Continuação – Corresponde ao somatório dos cash-flows
posteriores, no caso de existir continuação da exploração.

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