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PLANEJAMENTO E CONTROLE DE
PROJETOS
Dentro das citadas prerrogativas existem paradoxos, que devem ser resolvidos com
a experiência e a análise das aplicações:
¾ Clientes X Investidores
¾ Tempo X Custo
¾ Qualidade X Custo
¾ Funcionalidade X Produção X Montagem
¾ Normalização X Agilidade
De certa maneira é obvio que a satisfação dos clientes é obtida com o máximo de
qualidade com o menor preço possível para o produto, enquanto os investidores pensam na
maximização do lucro, ou seja, querem distanciar o preço final do produto dos custos de
fabricação.
Outro conflito está no redução dos tempos de fabricação que exige a compra de
novas máquinas e a contratação de funcionários, aumentando os custos do produto.
O planejamento pode ser definido como: “um processo desenvolvido pela empresa,
para o alcance de uma situação desejada, de modo mais eficiente e efetivo, com a melhor
concentração de esforços e recursos disponíveis, que pressupõe a necessidade de um
processo decisório, com ocorrência antes, durante e depois de sua elaboração e
implementação”.
Resumidamente o planejamento pode ser entendido como: saber o que fazer,
quando fazer, como fazer e quem deve fazer.
A atividade de planejamento é complexa, pois visa o alcance de estados futuros
desejados e a avaliação de ações alternativas para o sucesso do empreendimento, dentro
de um contexto ambiental interdependente e mutável.
As mudanças de contexto exigem um novo planejamento, ou a revisão de algumas
metas, sendo assim é fundamental monitorar o sistema fazendo um controle dos desvios e
se necessário for traçar outros caminhos. Este processo todo é bem conhecido dentro do
ambiente da qualidade, e é denominado como PDCA – Plan Do Check Act, conforme pode
ser vizualizado na figura 1.1.
A administração de projetos surgiu no período de grande expansão industrial do pós-
guerra, e adquiriu sua maioridade com os projetos de grande porte da industria bélica e
aeroespacial americana, responsáveis ainda hoje pelo “estado da arte” nesta área de
conhecimento.
Diante de tantas variáveis, com então fazer o tal planejamento? O primeiro passo
está em conhecer os requisitos gerais para o desenvolvimento de um novo produto. São
eles:
A) Necessidade: O novo produto deve ser uma solução para necessidades individuais
ou coletivas. Um bom levantamento das necessidades começa com a “Pesquisa de
Mercado”.
B) Exeqüibilidade física: O processo de obtenção deve ser factível, assim como o
produto em si.
C) Viabilidade Econômica: A utilidade para o cliente deve ser igual ou superior ao
preço de venda. O custo deve trazer lucro para o fabricante.
D) Viabilidade Financeira: Os investimentos iniciais para desenvolvimento do projeto,
produção e distribuição devem ser suportados pela instituição executora.
E) Otimização: Escolha da melhor entre várias alternativas.
F) Critérios de Projeto: Equilíbrio entre os diversos requisitos conflitantes.
G) Sub-Projetos: Problemas novos que aparecem durante o desenvolvimento, devem
ser sub-divididos.
H) Aumento da Confiança: Em cada etapa a confiança no sucesso deve aumentar,
senão o projeto deve ser interrompido.
I) Apresentação: Confiabilidade nos documentos de projeto, tais como desenhos,
relatórios, maquetes e/ou protótipos.
J) Requisitos Ambientais: Um bom projeto não deve conter elementos agressivos ao
homem, ou ao meio ambiente.
Fase 1: Planejar e
definir o programa
¾ Metas de Projeto
¾Metas de Confiabilidade
¾Plano de Garantia do Produto
¾ Elaborar um plano ¾Lista Preliminar de Materiais
de ação ¾Cronogramas: Diagramas de Gantt, PERT,
CPM.
¾Listagem Preliminara das características-chave
críticas
¾ Desenhos de Engenharia
¾ Desenvolver aspectos
¾Especificações de Engenharia
e características do
¾Lista de Materiais
Projeto
¾Alterações de Desenhos
Fase 3: Projeto e
Desenvolvimento
do Processo
¾ Assegurar que os ¾ Padrões de Embalagem
sistemas de ¾Matiz de Características
fabricação atendam ¾Plano de Controle de Pré-lançamento
os requisitos do ¾Especificações de Embalagem
cliente ¾Apoio da Administração
¾ Identificar
preocupações
adicionais
A) Desempenho:
B) Recursos:
C) Conformidade:
D) Confiabilidade:
E) Durabilidade:
F) Estética:
Aqui também há dois aspectos técnicos que podem ser avaliados. O primeiro
deles diz respeito ao estilo do produto, e sofre grande influência de
tendências ao longo dos tempos. Formas arredondadas ou retas, alongadas
ou achatadas, cores quentes ou mais discretas, vão e voltam dependendo da
G) Atendimento:
H) Qualidade percebida:
Concluindo, o bom planejamento não trata apenas de etapas e datas, mas sim e
fundamentalmente sempre pensando no cliente, e pensar assim é respeitar também as
dimensões da qualidade. Fazendo isso certamente o projeto alcança o status de “projeto de
sucesso”.
1) O produto tem boa aceitação no mercado. Se sim quais os requisitos que o levam a
ele?
2) A empresa respeita os requisitos gerais para desenvolvimento de novos produtos?
Se sim quais? Se não, quais seriam os mínimos necessários para melhorar os
produtos da empresa? Por que?
3) No desenvolvimento de novos produtos existem etapas claras e bem definidas? Se
sim quais são elas? Se não, quais as necessárias na sua opinião?
4) O produto em questão tem ciclos de produção e consumo bem definidos? Quais São
os canais de distribuição, descarte e recuperação?
5) Observando as oito dimensões da qualidade, o que poderia ser feito para melhorar a
qualidade dos produtos de sua empresa?
Análise Provável
Fatores
econômica lucro?
econômicos
Fatores Análise
Há fundos?
financeiros financeira
Como foi dito o primeiro ponto é a definição da necessidade do produto, para que
esta tarefa seja realizada com sucesso, deve-se primeiramente conhecer quais os tipos de
“necessidades” que levam um consumidor a procurar um determinado bem de consumo.
Estas são descritas a seguir.
B) Necessidades Culturais
Toda sociedade humana desenvolve um padrão de crenças, hábitos, práticas,
etc. Tais padrões fornecem à sociedade certos elementos de estabilidade:
sistema de leis, costumes, tabus, símbolos de status e assim por diante. O
sucesso de um produto também depende da obediência a essas leis culturais.
Como exemplo pode-se citar os automóveis, que além da necessidade de
locomoção promovem a satisfação de status ou não.
C) Necessidades implícitas
Neste tipo vale o espírito empreendedor da empresa, ou seja, o cliente não
tinha a necessidade pelo simples fato do produto não existir. Quem poderia
ter expressado a necessidade de um “walkman” antes de estes aparelhos
surgirem no mercado?
D) Necessidades Percebidas
A percepção que o cliente tem sobre o produto pode diferir da percepção do
fabricante. Este último pode tirar proveito disso agregando valores aos
produtos. Alguns exemplos são:
Lojas de roupas de grife: Algumas roupas tem o mesmo processo de
fabricação, ou seja, mesma qualidade. O que muda é a marca colocada no
fim da linha, agregando uma imagem que valoriza o produto.
Fabricantes de chocolate: O mesmo tipo de doce pode ser embalado em
modestas caixas de papelão, ou em caixas de madeira forradas de cetim, que
vão para as lojas de grife. Este procedimento pode resultar em uma diferença
de preços considerável.
Considera-se o produto como uma “caixa-preta” (ver figura 2.2), que recebe entradas e
produz saídas. Esta análise permite a identificação de quais as características desejáveis e
indesejáveis no produto, ambas servem para direcionar o projeto, de forma a se gerar as
diversas alternativas.
B) Especificação Técnica
O problema a ser solucionado pelo produto deve ser totalmente identificado e formulado,
antes que as etapas subseqüentes sejam iniciadas. Para isso deve-se combinar:
Tecnologia, Exigências do Projeto e Necessidades dos Clientes.
As características técnicas do projeto são um conjunto de requisitos funcionais,
operacionais e construtivos a ser atendido pelo produto (ver figura 2.3).
• Requisitos funcionais:
o Desempenho: Motor com 70 W e Max RPM 16000
o Conforto: Nível de ruído máximo de 40 dB
o Segurança: Grade de proteção, desligamento automático em caso de
curto
o Transporte: Alça localizada na direção do centro de gravidade do
aparelho
• Requisitos Operacionais:
o Voltagem: 127V ou 220V
o Durabilidade: Vida útil de mias de 3 anos com uso diário
o Confiabilidade: Nenhuma falha nos primeiros 3 anos. Este será o
período de garantia.
• Requisitos construtivos:
o Peso máximo: 2,8 Kg
o Material: corpo e hélice em polipropileno
o Dimensões máximas: 20x30x40 cm
FUNÇÕES A B C
I – Sistema de 1 – Número de 3 4 2
ventilação pás
2 – Formato das Pás elípticas Pás elípticas Pas elípticas
pás recortadas recortadas
Na tabela 2.1 encontra-se grifada em amarelo uma das possíveis combinações das
características técnicas, que poderiam perfeitamente ser utilizadas para compor o produto
final.
Após a síntese técnica do projeto, a próxima etapa consiste no que é chamado de
projeto básico, onde será escolhida a alternativa mais viável para compor o produto final. As
técnicas necessárias para esta escolha serão apresentadas no próximo capítulo.
1) Cite o exemplo de algum produto que tenha sido um fracasso de mercado, quais as
razões você acredita terem sido o motivo do mesmo?
3) Faça a especificação técnica de uma máquina de lavar roupas, ou outro produto qualquer
de sua escolha.
ATRIBUTO PESO
nota nota x nota nota x nota nota x nota nota x nota nota x
peso peso peso peso peso
Como já foi dito no projeto básico o produto deve ser representado através de
modelos. Estes podem ser classificados de diferentes maneiras:
Como o próprio nome indica, cada uma destas classes de programas destinam-se a uma
etapa diferenciada no desenvolvimento do produto. Posteriormente estudar-se-á com
maiores detalhes as ferramentas de CAD e CAE. Estas são as mais importantes no
desenvolvimento do produto que é o objetivo deste curso.
A união dos diversos recursos relacionados a automação industrial, e ao sistema de
informações forma o CIM: Computer Integrated Manufacturing, ou Sistema Integrado de
Manufatura (ver figura 3.2).
Todo produto está sujeito a alterações em suas variáveis de entrada, devido ao meio
que o circunda. Estas alterações podem ser de ordem catastrófica, tais como:
• um terremoto em um edifício;
• turbulências na asa de um avião;
• um grande buraco na pista afetando o sistema de suspensão do carro;
• um grande aquecimento, entre outros.
3.7 – Otimização
Exercícios propostos
Nota-se que todo o procedimento para amarrar o controle do tempo, após o seu
devido planejamento, tem um ponto nebuloso, que é o processo de “tomada de
decisões”, do qual depende o acerto ou erro de todas as etapas posteriores. Para se
ter qualidade nestes processos existem algumas técnicas comentadas
posteriormente.
Na figura 4.1 o caminho crítico é apresentado através das atividades com flecha
vermelha. Nota-se que nos eventos componentes do mesmo, a primeira data de término e a
última data de término são iguais.
Para calcular os “cedos” e “tardes” dos eventos mostrados na figura 4.1, adota-se o
procedimento descrito nos próximos parágrafos.
Parte-se do evento 1 para o evento 2 e calcula-se sua data mais cedo, somando-se a
duração da atividade A à data mais cedo do evento 1, no caso:
t2 = 0 + 3 = 3
Repete-se o procedimento análogo para os eventos 3 e 4.
O evento 5 é alcançado através de três atividades diferentes:
B Æ t5 = 3 + 4 = 7 ;
D Æ t 5 = 7 + 4 = 11 ;
Atividade fantasma t 5 = 7 .
Assim o evento 5 não pode ser atingido antes de 11 semanas, sendo esta portanto a
sua data mais cedo.
Os cedos, ou primeira data de início, dos eventos 6 e 7 são calculados de forma
semelhante.
Para o cálculo das datas mais tarde, faz-se o caminho inverso. Fixa-se o tarde, ou
última data de término, do evento 7 como sendo 20. O tarde do evento 6 será de:
tt 6 = 20 − 9 = 11 .
O tarde do evento 5 será de:
tt 5 = 20 − 6 = 14 .
Para calcular o tarde do evento 4, há dois caminhos:
Atividade fantasma Æ tt 4 = 14 − 0 = 14 ;
A 0 3 7 10
B 3 7 10 14
C 0 7 3 10
D 7 11 10 14
E 11 17 14 20
F 0 7 0 7
G 7 11 7 11
H 11 20 11 20
Folga livre
Folga Total
Para finalizar, deve ser enfatizado que a confecção de um bom cronograma depende
bastante da experiência do planejador. O conhecimento do projeto como um todo, da
dificuldade de cada atividade, e portanto do tempo consumido em cada uma delas tem
influência na porcentagem de acertos do tempo total do projeto, influenciando também no
cálculo dos custos do mesmo. No ambiente competitivo do mundo atual, um erro de cálculo
pode levar ou a perda do negócio, ou a prejuízos no desenvolvimento do produto, ambos
fatores são extremamente indesejáveis para a empresa.
Fundações: 4
Cercas: 2
Arruamentos: 3
Acabamentos: 4
Limpeza: 1
Alvenaria: 4
Instalações: 6
Estruturas: 4
Todos os anos as grandes empresas tem de computar, além dos custos fixos, alguns
milhares de dólares com prejuízos. Além da flutuação cambial, da inflação, erros na
aplicação do capital financeiro, decisões políticas mal elaboradas por parte do governo, uma
destas fontes de prejuízo são os projetos e processos mal elaborados. Estes levam a uma
porcentagem alta de refugos e também de retorno do produto com reclamações de garantia.
Outros defeitos mais graves podem levar a riscos de segurança e para a saúde dos usuários
do produto, acarretando em longas brigas judiciais, além de uma péssima imagem da
empresa com relação aos consumidores.
Com o intuito de estes gastos e problemas foram desenvolvidas técnicas para prever
e prevenir problemas antes que os mesmos ocorram. Uma destas técnicas, muito utilizada
na indústria automobilística de uma forma geral é o FMEA – Failure Mode and Effects
Analysis – ou Análise dos Modos de Falha e Efeitos.
Segundo Palady em 1995, o FMEA é uma técnica que oferece três funções distintas:
Como ferramenta, o FMEA é uma das técnicas de baixo risco mais eficientes para
prevenção de problemas e identificação das soluções mais eficazes em termos de custos, a
fim de prevenir estes problemas.
Atuando com procedimento, o FMEA oferece uma abordagem estruturada para
avaliação, condução e atualização do desenvolvimento de projetos e processos em todas as
disciplinas da organização. Pode ser utilizado para associar e manter vários outros
documentos da organização.
Como um diário, o FMEA inicia-se na concepção do projeto, processo ou serviço, e
se mantém através da vida de mercado do produto. Qualquer modificação durante esse
período, que afete a qualidade ou a confiabilidade do produto, deve ser avaliada e
documentada no FMEA.
Ainda segundo Palady, existem dois tipos distintos de FMEA, que surgiram
desde o seu desenvolvimento, em meados da década de 60:
A diferença entre FMEA de projeto e processos está nos objetivos, cada um tem
finalidades diferentes que podem ser identificadas através de perguntas. No DFMEA deve-
se perguntar:
Para que a função do FMEA de diário seja observada, deve-se incluir no cabeçalho
do mesmo as seguintes informações:
2) As funções
Deve-se perguntar o que este projeto deve fazer para satisfazer os clientes? Essa
pergunta pode ser reformulada: Quais são todas as funções?
Os problemas na prática surgem quando:
Como exemplo pode-se citar um copo descartável: a função “tomar café” não é
única, nem concisa ou exata. Alguns exemplos de funções são:
i. Armazenar líquido;
ii. Isolar termicamente;
iii. Ter boa aparência;
A equipe responsável pelo FMEA deve ter uma sensibilidade aguçada pois em certos
casos para que a descrição da função seja mais concisa e exata deve-se subdividi-la, como
por exemplo a função “isolar termicamente” pode ser divida em:
É obvio que uma queimadura é muito mais grave que apenas o resfriamento do café.
Esses efeitos diferentes talvez não tivessem aparecido com a função genérica de
“isolamento térmico”.
Um outro ponto que pode ser levantado é a semelhança entre as funções “conter
líquido” e “armazenar líquido”. Se a equipe não chegar a um acordo sobre este ponto deve-
se incluir as duas funções no formulário final. A justificativa pode ser feita lembrando-se o
provérbio “é melhor prevenir do que remediar”.
A equipe deve sempre lembrar de que o produto está sendo desenvolvido para o
consumidor final, portanto uma estratégia importante é “ao definir as funções para a análise
dos efeitos e modos de falha, a equipe deve sempre perguntar: de que forma os clientes
usam correta ou incorretamente esse projeto?”
3) Os modos de falha
Neste caso existem dois tipos de abordagem. A primeira é a funcional (F) onde deve-
se perguntar: como este projeto deixa de desempenhar todas as funções que se esperam
dele? O segundo tipo de abordagem é abordagem de Hardware, que exige a listagem e
Ser segurado nas mãos Não pode ser segurado por crianças com menos de um
ano de idade
4) Os Efeitos
Alguns tipos de FMEA fazem a distinção entre tipos diferentes de efeitos que se
referem a categorias como efeitos locais, efeitos globais, efeitos de nível superior, etc. Mas
esta tática somente aumenta a confusão. Para clarear é interessante que a equipe esteja
focada apenas nos efeitos globais e sistêmicos.
O exemplo abaixo mostra claramente a intensidade do efeito quando se olha o ponto
de vista do cliente. Trata-se de uma agulha para suturas cirúrgicas:
Funções Modos de Falha L) Efeitos M) Severidade
Dor acentuada 6
Injúria 10
Cicatrizes
5) Severidade
Qual a gravidade do efeito do modo de falha? Essa avaliação é feita em uma escala
de 1 a 10, uma sugestão se encontra na tabela 5.1 a seguir. Um valor alto na coluna de
severidade significa que:
• A segurança dos clientes corre risco.
• O custo da falha será extremamente alto a ponto de ameaçar o bem estar
financeiro da organização.
Os modos de falha com severidade igual ou superior a 9 devem receber uma
consideração especial nos seguintes procedimentos:
• Plano de Inspeção
• Plano de Controle de Fabricação
• Planta do Projeto
• Contrato da Qualidade no Acordo de Compra
Efeito Bastante insignificante, percebido pelo cliente; entretanto não faz com que o cliente procure o 2
serviço.
Efeito insignificante, que perturba o cliente, mas não faz com que procure o serviço. 3
Efeito bastante insignificante, mas perturba o cliente, fazendo com que procure o serviço. 4
Efeito menor, inconveniente para o cliente; entretanto não faz com que o mesmo procure o serviço. 5
Efeito moderado, que prejudica o desempenho do projeto levando a uma falha grave que pode 7
impedir a execução das funções do projeto.
Efeito significativo, resultando em falha grave; entretanto, não coloca a segurança do cliente em risco 8
e não resulta em custo significativo da falha.
Efeito crítico que provoca a insatisfação do cliente, interrompe as funções do projeto, gera custo 9
significativo de falha e impõe leve risco de segurança (não ameaça a vida nem provoca incapacidade
permanente) ao cliente.
6) As causas
Nesta etapa deve-se listar, para cada modo de falha potencial, todas as causas ou
razões possíveis que poderiam resultar nesse modo de falha.
Os erros comuns cometidos nesta etapa são:
Certos procedimentos de FMEA dizem que a busca das causas deve ser limitada ao
projeto, isso pode levar a soluções ineficazes ou impedir totalmente a verdadeira solução.
Desta forma, ao se desenvolver o FMEA do projeto, a origem das causas que contribuem
para um modo de falha devem ser buscadas: no Projeto, nos Fornecedores, no Processo,
no Cliente, no Ambiente ou qualquer lugar entre o projeto e o cliente.
Existem dois “tempos” onde se pode prevenir as causas de falhas nos projetos: nos
níveis iniciais ou posteriores. Estes últimos são revelados abordando as causas de
processos antes de implementar as mudanças no projeto, ou enrijecendo os controles nos
níveis posteriores do processo. Os níveis iniciais são controlados através da mudança ou
atualização do projeto, ou enrijecendo o controle da qualidade das causas que entram no
processo. Normalmente o controle inicial é uma estratégia mais cara.
O segundo erro mais comum cometido com freqüência ao desenvolver a coluna
causa é a inclusão de todas possíveis no formulário. Nem todas as causas contribuem
igualmente para o modo de falha potencial, somente algumas delas, denominadas de
“causas básicas”, tendem a contribuir com a maior parte do modo de falha. Utilizando o
diagrama de Pareto (ver figura 5.2), a equipe de FMEA pode quantificar ou avaliar a
contribuição de cada causa com o modo de falha.
Modos de Falha
30
25
20
15
10
5
0
a b c d e f g
Causa
No exemplo dado na figura 5.2, as causas “a”, “b” e “c” contribuem com 80% dos
modos de falha e portanto maior atenção deve ser dada as mesmas.
Uma outra estratégia adequada, caso não se tenha o Diagrama de Pareto disponível
é dada nos passos a seguir:
Modo de
Falha
Com que freqüência o modo de falha ocorre? Há duas abordagens a ser utilizadas
neste tópico:
A. Com que freqüência o modo de falha ocorre? Os esforços para tentar reduzir
este número podem levar a investigação das causas básicas.
B. Com que freqüência a causa do modo de falha ocorrerá? Nem sempre se
traduz na ocorrência estimada do modo de falha pois o defeito pode estar
distribuído em diversas causas.
8) As formas de controle
Deve-se ter em mente que nem sempre é possível prever todo problema potencial no
projeto, portanto existem controles que são estrategicamente colocados nos processos de
desenvolvimento do projeto e fabricação, a fim de detectar possíveis problemas que não
foram previstos pela equipe.
9) A Detecção
Qual é a chance de detectar o modo de falha ou das causas que resultam neste
modo de falha? Deve-se ter sempre em foco dois tipos distintos de detecção:
• Rótulos de Advertência
• Ruídos internos de alerta para mostrar a deterioração interna do sistema
• Sistema automático que desliga a máquina antes da falha
Nesta coluna deve-se descrever o que está sendo feito no momento para avaliar a
viabilidade das ações recomendadas. Freqüentemente estas ações são implementadas sem
a avaliação adequada dos custos de implementação e benefícios da qualidade e
confiabilidade resultantes das referidas ações. Seguindo a filosofia do PDCA, a toda ação
deve haver um modo de controle, sendo este o objetivo nesta etapa.
• Talha transportadora
• Retroprojetor
• Caldeira a lenha
• Redutor
O grupo deve eleger um responsável pela coordenação das atividades e um relator. Ambos
podem ser a mesma pessoa.
• Mechanical Desktop
• Pro-Engineer
• SolidWorks
• SolidEdge
• CATIA
• Unigraphics
Exercício proposto
A partir deste ponto é importante deixar claro que o método dos elementos finitos,
nada mais é do que uma metodologia para solução de equações diferenciais complexas,
pois estas são a base para prever o comportamento físico de todos os sistemas práticos.
No âmbito das Engenharias Mecânica e Civil, um dos métodos mais populares é o
direto, e portanto, este será exemplificado no próximo item, a fim de clarear como os
softwares comerciais trabalham.
Exercício proposto
Eficiência no uso dos recursos humanos e materiais Muito boa Boa Fraca
O Planejamento estratégico é um conceito que vem sendo cada vez mais explorado
no mercado, os princípios do mesmo, são listados de forma resumida, a seguir:
+ Processo
inovador Inovativos
Nova
geração de
Alteração do processos Plataforma
processo de
fabricação
Adição ou
subtração de
uma etapa
do processo
_
Derivativos
Pequenas
melhorias
Controladoria
S uprimentos
Engenharia
Com erci al
Marketing
Produção
Logística
Deci sões
Diretoria
Captação de Idéias
Análise de Idéias
Viabilidade
Projet o do produto
Protótipo / amostras / testes
Desenvolviment o de fornecedores
Desenvolviment o do proces so
Definição da embalagem
Solic itação de marcas e pat entes
Aquis ição dos meios de produção
Implantação
Filho, Nelson Casarotto; Fávero, José Severino; Escosteguy, João Ernesto; “Gerência de
Projetos / Engenharia Simultânea”; Editora Atlas; São Paulo; 1999.
Palady, Paul; “FMEA – Análise dos Modos de Falha e Efeitos”; Editora IMAM; São Paulo;
1997.
Garvin, D. A.; “Competing on the Eight Dimensions of Quality”; Harvard Business Review,
vol. 65, número 6, páginas 101-109; Inglaterra; 1987.
Foley, Van Dam; Feineir, Hughes; “Computer Graphics: Principles and Practice”, Second
Edition in C; Editora Addison-Wesley.