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Análise Financeira e de Riscos nos Agronegócios

Facilitador: Victor Mutepa


Objectivos

No final desta unidade temática espera-se que os formandos possam:

 Dominar a tipologia de projectos e investimentos agrícolas;

 Conhecer os principais documentos financeiros do negócio agrícola;

 Analisar a viabilidade financeira dos agronegócios com base em vários


critérios;

 Analisar os riscos nos agronegócios


Tópicos:
 Introdução ao estudo de projectos;
 Tipologia dos investimentos;
 Etapas e ciclo de um projecto;
 Planificação contábil na actividade agrária;
 Parâmetros essenciais na análise de viabilidade de um projecto de
investimento;
 Indicadores de avaliação financeira baseados em rácios;
 Indicadores de avaliação financeira baseado em fluxo de caixa;
 Análise de risco como ferramenta para viabilidade nos negócios
agrários risco;
Metodologia

 Exposição e Discussão de Conteúdos;


 Estudos de Caso;
 Exercícios de Aplicação.
Introdução ao estudo de projectos: conceitos e definições

Projecto

Podemos associar o conceito a um esforço


concertado (eventos ou tarefas
correlacionadas) realizado num determinado
tempo e mediante um dado conjunto de
recursos para atingir um objectivo
Cont.

• Um PROJECTO é uma proposta de aplicação de recursos escassos


(materiais, humanos, financeiros) num processo produtivo com
objectivo de melhorar ou ampliar a capacidade produtiva em termos
de qualidade e quantidade e ainda aumentar a eficiência produtiva
diminuindo os custos.
INVESTIMENTO

Implica comprometer recursos na


expectativa de obter benefícios
futuros.
TIPOLOGIA DOS INVESTIMENTOS

Os investimentos podem ser categorizados de


acordo com diferentes critérios. A classificação
do tipo de investimento pode determinar os
métodos e técnicas de análise do mesmo, pelo
que importa enquadrar o projecto de
investimento em estudo para que seja avaliado
com os instrumentos adequados.
Cont.

Genericamente e de modo sucinto, podemos categorizar os projectos de acordo


com as seguintes classificações:

1-Quanto ao objectivo a alcançar

• Investimentos de reposição/substituição: a empresa pretende manter a sua


capacidade produtiva atual, substituindo equipamentos usados por equipamentos
novos com características técnicas similares. Neste tipo de projecto, analise
consiste em mensurar os resultados do projecto, através de comparação da
“situação sem projecto” e a “situação com projecto”. Analisam-se custos e
benefícios incrementais.
Investimentos de expansão
O objectivo é aumentar a capacidade produtiva da empresa, de forma a
corresponder ao aumento da procura. Neste caso, a empesa tenciona
aumentar o seu volume de negócios de diversas formas:
a. Ocupação de segmentos de mercado por explorar, ou que sendo
explorado a procura aumentou;
b. b. Introdução de um ou mais produtos a par dos já produzidos.
Colocando-se sempre o risco da alternativa da concorrência ocupar
terreno no mercado em caso da renuncia.
Neste tipo de projectos, a analise é elaborada tendo em conta a
alternativa de fazer-ou-comprar e que tais decisões não se resumem na
quantificação de custos e benefícios, podendo, considerar factores
qualitativos.

As vezes aspectos qualitativos ditam as decisões dos gestores. Por


exemplo a coca-cola não faz outsourcing da Producao de concentrado
para manter o segredo da sua formula.
Investimentos de modernização

Consistem na substituição de equipamentos


usados por novos equipamentos, com
características técnicas melhoradas e
inovadoras. O nível de produção mantém-se,
contudo garante uma melhoria na eficiência
(menores custos) e/ou na qualidade do produto
ou da prestação do serviço.
Investimentos de inovação: perante a mudança nas preferências e na
exigência dos consumidores, a empresa opta por diversificar a sua
actividade através da produção de novos produtos.

Investimentos estratégicos: enquadram-se no plano estratégico da


empresa a longo prazo, com o objectivo de assegurar o futuro da
mesma. Nesta fase, consideram-se investimentos que permitam reduzir
o risco do negócio, e ao mesmo tempo expandir a actividade.
Toma-se como exemplos: diversificação de actividades, integração
vertical – que permite absorver as margens da cadeia de valor e
aumentar a dimensão da empresa, aquisição de concorrentes,
quota de mercado.

Investimentos obrigatórios: são necessários para que a empresa


cumpra a legislação legal em vigor.
Classificação quanto à Dependência

a) Investimentos independentes

Investimentos cujas características técnicas e financeiras não estão relacionadas,


podendo ser implementados em simultâneo.

b) Investimentos dependentes

Mutuamente Exclusivos - Perante dois investimentos mutuamente exclusivos, a


escolha de um deles determina a rejeição do outro.

Ex:Produção de mel e extração de carvão vegetal


Quanto a distribuicao temporal de receitas e despesas.

Investimentos não convencionais - são constituídos por sequências de


fluxos negativos e positivos que alternam entre si durante o período
considerado. Pode dever-se ao facto de serem realizados investimentos
faseados.
Demonstração:
Classificação quanto à relação com a produção

a) Investimentos directamente produtivos


b) Investimentos não directamente produtivos. Ex: cluster industry
• Quanto a origem – Nacional e ou estrangeiro
• Quanto a dimensão – pequenos, médios ou grandes.
• Quanto a financiamento – com recurso a credito nacional,
estrangeiro, autofinanciamento, misto, donativos.
• Quanto a inserção sectorial – agrícola, florestal, industrial,
multissectorial.
Etapas e Ciclo de um Projecto
Etapas e Ciclo de um Projecto

CONCEPCAO (Preparação o elaboração) - Identificação de


necessidades, identificação de possíveis alternativas, estudo de
viabilidade, submeter proposta e obter aprovação pra avançar.

PLANEAMENTO - Conduzir estudos, selecionar equipamentos,


reconfirmar cálculos, desenvolver orçamento, calendarização, fundo de
maneio, preparar apresentação de versão final e obter aprovação para
implementação.
EXECUSÃO - Definir a organização e especificações finais, rever o design,
contratar serviços necessários, verificar o desempenho e assegurar a
qualidade, introduzir alterações necessárias.

CONCLUSÃO - Libertar recursos, documentar resultados. OBS - quanto


mais se aproxima a fase final, mais recursos são despendidos e se torna
difícil fazer alterações ou correções. Aconselhasse concentrar-se mais na
faze de conceção em projectos com grandes volumes de investimento. E
preferível gastar um pouco mais na fase de conceção do que gastar
muito dinheiro pra corrigir erro na fase de implementação.
Exercícios de consolidação
Planificação contábil na actividades agrária

O objectivo desta unidade não é de expor técnicas de montagem de um


plano de contas, muito menos, apresentar conceitos e comentários
genéricos sobre ele, já que se parte do pressuposto de que, pelo menos
de forma teórica, o formando domina este assunto. A meta a ser
atingida é uma abordagem mais detalhadas dos grupos de contas,
especificamente balanço patrimonial, demonstração de resultados de
exercícios que são mais afetados pelas particularidades da actividade
agraria.
Património: conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a
uma pessoa singular ou coletiva em determinado momento do período
Património = Bens + Direitos – Obrigações

Activos: Bens e direitos (estes elementos valorizam positivamente o


património)

Passivos: Obrigações (estes elementos valorizam negativamente o


património)
Situação Liquida/Capital próprio: Activo - Passivo
Aspectos a considerar na contabilidade agrária:

•Na empresa agrícola a receita é normalmente obtida, durante ou logo


após a colheita. Ao contrário de outras actividades cujo a
comercialização se distribui ao longo de doze meses, a produção
agrícolas é sazonal, concentra-se em alguns dias de um ano;

•Ao termino da colheita e quase sempre da comercialização dessa


colheita, temos o encerramento do ano agrícola. Ano agrícola é o
período em que se planta, colhe e normalmente se comercializa a safra
agrícola;
•Algumas empresas armazenam a safra para melhor preço. Neste caso
considera-se ano agrícola o termino da colheita. Ora, não existe melhor
momento de medir o resultado se não depois da colheita;

•Há empresas que diversificam as suas culturas e apresentam colheitas


em períodos diferentes, neste caso, o ano agrícola deve fixar-se em
função da cultura de maior valor económico.
Resumo dos principais itens que compõem o balanço patrimonial e a
demonstração de exercícios de uma empresa industrial
Adequação de alguns itens para empresa agrícola

•Matéria prima – na industria significa material empregue na fabricação de um


produto. Na agricultura compõe produtos: sementes, herbicidas, etc No plano
de contas é denominado “insumos”.

•Produto em elaboração - na industria significa produto inacabado, em


andamento. Na agricultura significa cultura temporária em formação ou colheita
em andamento.

•Produto acabado – na industria produto terminado e pronto para venda, da


mesma forma na agricultura significa produção colhida ou seja produto agrícolas
pronto para venda. No plano de contas é denominado “Produtos agrícolas”.
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Folha de rendimento
Folha de rendimento
É um documento de demostra as receitas e despesas durante uma campanha
agrícolas
A folha de rendimentos pode ser apresentada de duas maneiras:
• Único estagio, arrolando as despesas e receitas e determinando a renda liquida.
•Múltiplos estágios, as despesas são descontadas passo a passo até chegar a renda
liquida.
•Para melhor conhecer a renda da empresa, aconselha-se o uso de múltiplo estagio,
pois permite ter o domínios das diferentes rubricas da empresa.
•Nota: A elaboração da folha de rendimento, providencia o valor da empresa e
informação sobre a capacidade de pagamento e ou de cumprir com as suas
obrigações.
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Exercícios de consolidação

Operações realizadas no negocio de soja em Nampula:


• Venda de mercadoria a pronto pagamento no valor 500,00mt que haviam custado por
425,00mt.
• Dinheiro no Caixa: 1689
• Contas a pagar : 7000
• Contas a receber: 5000
• Financiamento: 10000
• Equipamento:
• Contas por pagar
a. Pede-se: determinação da situação liquida do negocio.
Analisar a viabilidade financeira dos agronegócios
Paramêtros essênciais na análise de viabilidade de um
projecto de investimento
• Antes de decidir se avança ou não com projecto devem ser analisados os seguintes
aspectos:

1. Mercado ;
2. Tecnologia;
3. Localização (vantagens comparativas e competitivas);
4. Dimensão;
5. Enquadramento Jurídico
1.Mercado ;
• O Mercado de um projecto é uma das condições básicas de viabilidade de um
empreendimento. Um bom modelo de negocio responde questões básicas como: quem
são os clientes do projecto? Oque os clientes valorizam? Qual a logica económica que
justifica que o projecto pode criar valor?.

• Neste contexto, as informações analisadas servem para dimensionar o mercado e


escalonar os investimentos de preojecto. A analise de mercado, consiste
essencialmente na analise das duas principais forcas dos mercado: oferta e procura.
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Analise de oferta
Analise da procura
• Métodos de Projecção da procura
• Abordagem da população.
O estudo de mercado mostra que a distribuição dos consumidores de um dado bem e a
seguinte:
• Ensino superior (25% da população);
• Homem (50% da população);
• Alto rendimento (50% da população);
• População urbana (50% da população);
FONTE: BM, 2022
Cont.
Estimação

Cada consumidor compra em média 2 unidades por semana a um preço de 2 $

2 unid x $ 2 x 52 Semanas = $ 208 limite superior


Potencialidade de mercado
$ 208 /ano/pessoa x 3937500 (grupo alvo) = $819 milhões
Caso market share seja de 20%, as vendas serão:
$819 milhões x 0,2 = $163,8 milhões
Abordagem de consumo
• Caso os dados mostrem que o consume per capita de certo produto é 2kg por ano
numa cidade de 830 mil habitantes
2kg/per capita x 830 mil habitantes = 1666 mil kg

Conhecendo o preço medio, temos a seguinte potencialidade para o mercado:


1666 mil kg x $4 = $6640.000
Previsão de venda, conhecendo o market share: 10%
$6640.000 x 0,1 = $664.000
Exercícios de consolidação
• Estime a previsão de venda de farinha milho na cidade de Mocuba, utilizando
os seguintes dados:
• Consumo per capita 55kg/ano -------DNDR, 2016
• População: 76.676 ------PEDD -2012/2016 baseado no Censo de2007
• Market square:15% --- hipotético
• Preco medio no retalho =34.19 mt -----MIC,
Localização (vantagens comparativas e
competitivas);
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Exercícios de consolidação
I. Represente de forma esquemática o cluster de um produto agrícola a sua
escolha.

II. Senhora Conceicao acabou de voltar dos EUA e considera a possibilidade de


replica o modelo de negocio da McDonalds na Localidade de Muaringue. Tendo
em conta as caracteristicas do produto, critique a localizacao do projecto com
base no conceito de clusters industriais.
Indicadores de avaliação financeira baseados em rácios;

METODOS DE RACIOS PARA ANALISE FINANCEIRA


•Estes métodos permitem a comparação dos documentos financeiros ao longo dos anos e dos indicadores
financeiros entre negócios ou empresas do mesmo ramo.

INDICADORES FINANCEIROS BASEADOS EM RACIOS


•solvência de curto prazo: mede a habilidade do negocio em satisfazer as suas obrigações de curto
prazo. Ele nos mostra o quão o negocio de fluxo para satisfazer os seus compromissos financeiros
•Solvência de longo prazo: mede a habilidade do negocio em controlar os seus investimentos em activos
•Alavancagem financeira ou autonomia financeira: Mede o quanto a empresa depende de capital alheio ou
empréstimos para financiar os seus investimentos.
•Profitabilidade ou lucratividade: Mede o quanto a empresa ou negocio produz lucros.
INDICADORES DE SOLVENCIA – Cont.

•Rácio corrente = Activos correntes / Total de passivos correntes


Para uma melhor saúde financeira, o negocio deve ter maior activo corrente em relação
ao passivo corrente, assim, o rácio deve ser maior que 1.
•Curtissimo prazo = activos de maior liquidez / total de passivos correntes
Para uma melhor saúde financeira, o negocio deve ter maior activo corrente em relação
ao passivo corrente, assim, o rácio deve ser maior que 1. Se tiver maior rácio que o
primeiro rácio, a sua capacidade de liquidez é maior.

Activo de longo prazo = Activo total /Passivo Total


Cont.
•Contas a receber = Total das receitas de operação / medias das contas a receber
Ajuda a entender o período medio para receber dividas por forma a garantir a
sustentabilidade do negócio.
Indicadores de alavancagem financeira

•Grau de alavancagem financeira = Total de passivos / Total de activos

Este indicador deve ser menor que 1,caso contrário, demonstra que o negocio tem
grande dependência do passivo ou capital alheio.

•Multiplicador de capital próprio = Total de activos / Total de capital próprio


Mostra o quão o capital próprio se multiplica em activos
Indicadores de lucratividade

•Margem de lucro = lucro total / Receita total x 100%


Deve ser maior que zero para se tornar melhor quando estiver
próximo a 1
•Margem da receita = Renda bruta / renda da exploração;

•ROA (Retorno Liquido dos Activos) = Renda liquida/ media total dos
activos
Exercícios de consolidação

Activo Valor (Mt) Passivo Valor (Mt)


Dinheiro e equivalente 1672 Contas a pagar 7000
Contas a receber 2000 Contas a pagar 2000
Produtos agrarios a venda 5000 Passivo de longo prazo 10000
Terra 5000
Equipamento 1500
Indicadores de avaliação financeira baseado em fluxo de caixa;

• Neste quisito existem duas ópticas de Avaliação de investimentos.

• 1- Óptica macroeconomica

• 2-Óptica empresarial
Cont.

Avaliação macroeconómica, não se preocupa com objectivo do promotor, mais sim


efeitos directos ou indirectos do projecto na economia e sociedade. Se preocupa em
saber:

• - Se o projecto se insere num sector estratégico para economia nacional,

• - Se contribui para o desenvolvimento do sector;


Cont.

• Se a distribuição de rendimento e compatível com politica social do pais,

• - Quais grupos sociais mais beneficiados ;

• - Contribuição para o bem estar social.

NOTA: Ao se responder estas questões pode-se deduzir que o que é bom pra promotor
nem sempre é bom para a colectividade.
Cont.
• -Óptica empresarial

Preocupa-se com a rendibilidade financeira (lucros) e a sua analise tem como


base a qualidade tecnica e comercial, este e de interesse do promotor
(BENIFICIOSMAIOR CUSTOS).
Cont.
Óptica empresarial (Análise Financeira) Basea-se em:

• Rendibilibilidade,
• Liquidez e
• Risco
Cont.

• Análise de rendibilidade

Verifica se projecto gera execedente liquido (lucro) suficiente para tornar viavél financeiramente, para
isso deve determinar os fluxos de caixa (Cash-flow). Os lucros gerados são medidos atravês de uma
série de critérios de rendibilidade:

-Payback

- VAL

-TRS (Lucrativide)

-TIR -R-C/B
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NOÇÃO E DETERMINAÇÃO DO CASH FLOW

Durante o seu período de vida útil, o projecto gera fluxos financeiros decorrentes da
exploração da actividade inerente. (deferenca entre entradas e saidas).

C-F = RAJAIR-IRPC = LL+(AR)

Mas, não se deve confundir com lucro contabilistico.


Cont.

• O lucro contabilístico é facilmente manipulável e o seu valor depende dos critérios


contabilísticos e de valorimetria utilizados.

• Além disso, na determinação do lucro são considerados os proveitos e as


despesas, que normalmente envolvem receitas e pagamentos, conceitos que
diferem dos benefícios e custos económicos considerados no cálculo do cash flow.
Cont.

• Não se considera ainda os momentos em que ocorrem esses recebimentos e


pagamentos, o que se torna inadequado na perspectiva económica, já que deve ser
considerado o valor temporal do dinheiro. (ABECASSIS & CABRAL, 1988).

• Assim, comparativamente ao resultado liquido, o método dos cash flows assume maior
rigor e objectividade no âmbito da avaliação de um projecto, além de considerar o valor
temporal do dinheiro.
Cont.
Cont.
ANALISE DE RISCO COMO FERRAMENTA PARA VIABILIDADE NOS NEGOCIOS
AGRARIOS
Cont.
RISCO

Significado de risco

Um risco é uma situação em que a pessoa tem que fazer uma escolha entre duas ou mais alternativas que
poderem resultar em recompensas em caso de sucessos e em penalidades em caso de fracasso. Quando um
empresário resolve assumir riscos e se sai bem, obtém lucros. Quando falha sofre prejuízos.

Tipos de riscos:
•Existem basicamente três tipos riscos:
•i. Riscos pequenos;
• ii. Riscos moderados e Riscos moderados
Alguns exemplos de riscos que os empresários entram nos negócios em gerais e agrícolas
em particular:
 Mudança de gostos de clientes, concorrem para o risco de perder o mercado;
 Mudanças de tecnologias que tornam obsoletas as técnicas de produção e os produtos, implicando, assim, o risco de ter
que se retirar do negocio;
 Mudanças no grau de concorrência no mercado; resultando no risco de ficar fora da concorrência;
 Escassez de insumos, matéria prima, energia, implicando falhas na produção;
 Incêndio, roubo e outras calamidades naturais que podem beneficiar de um seguro.
 Perecibilidade de produtos, implicando perdas de receitas;
 Mudanças climáticas, doenças e pragas impactando no volume da produção;
 Mudança de preço de factores, produto e insumos,
 Aumento de custo de projecto;
 Demoras na implementação de projectos ;
 Variação de niveis de produção desejada ocasionada por factores naturais e ou biológico.
Conhecendo as variaçðes conhecem-se os riscos.
Avaliação de riscos no agronegócio:

A avaliação de riscos envolve a determinação do potencial de sucesso ou perda potencial. Geralmente


nos negócios, quanto maior o risco, mais elevados são os lucros e vice-versa. Os riscos podem ser
avaliados com base nos seguintes factores:;
 Experiencias e capacidades para conduzir o negócios;
 Viabilidade da ideia;
 Existência de um mercado;
 Politicas e estratégias de preços;
 Fluxo de fundos;
 Flexibilidade do negocio;
• Honestidade e confiança
Gestão de riscos nos negócios agrários
Existem no mínimo dois métodos, que o empresário pode utilizar para
gerir riscos de negócios:
i. Minimização de riscos:
 Admitir pessoal com experiencia na produção da cultura ou na
criação na criação animal selecionada;
 Investir em insumos melhorados (sementes, variedades, espécies,
etc…);
 Manter e atualizar a tecnologia de produção;
 Formação intensiva do empresário e do seu potencial em matéria de
novas tecnologias, equipamento e procedimentos;
 Manter os serviços de guarda e segurança adequados.
ii. Substituição dos riscos:

O ónus de ter que suportar os riscos pode ser transferido para as


seguradoras, efetuando-se um seguro adequado contra incêndios,
roubo, acidentes e outros riscos seguráveis
Fim
Setembro de 2023

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