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31/10/2023, 08:31 Projeções Orçamentárias

Projeções Orçamentárias
Prof. Cristóvão Marinho

Descrição

Projeção, a partir do orçamento, do resultado e da situação patrimonial


no final do período considerado, e previsão do comportamento dos
fluxos financeiros durante a execução orçamentária.

Propósito

Elaborar demonstrações financeiras projetadas é o propósito final do


processo orçamentário e é extremamente eficaz para a prevenção de
revezes financeiros de uma empresa.

Objetivos

Módulo 1

Demonstrações contábeis
projetadas

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Analisar três tipos de demonstrações contábeis: balanço patrimonial,


demonstração do resultado do período (exercício) e demonstração
dos fluxos de caixa.

Módulo 2

Análise das demonstrações


contábeis projetadas

Aplicar as principais técnicas de análise das demonstrações


contábeis.

Introdução
Demonstrações contábeis, também chamadas de demonstrações
financeiras, são relatórios que evidenciam a situação patrimonial de
uma empresa em determinada data e seus desempenhos,
econômico e financeiro, em determinado período. Em outras
palavras, pode-se dizer que as demonstrações contábeis mostram,
de forma consolidada, a situação dos bens, dos direitos e das
obrigações de uma empresa em determinada data, bem como os
fluxos de entrada e saída de recursos financeiros do caixa e o
resultado do confronto entre receitas e despesas em determinado
período.

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1 - Demonstrações contábeis projetadas


Ao fim deste módulo, você será capaz de analisar três tipos de
demonstrações contábeis: balanço patrimonial, demonstração do
resultado do período (exercício) e demonstração dos fluxos de caixa.

Primeiras palavras
Projetar as demonstrações contábeis é uma das mais relevantes
aplicações da contabilidade, pois uma das grandes dificuldades “dos
gestores de empresas é prever, com antecedência, quais os gastos
financeiros incorridos nas atividades operacionais. A contabilidade tem
uma contribuição específica (importantíssima) para tais projeções”
(SOUZA, 2014, p. 251).

Além disso, ter um bom conhecimento das demonstrações contábeis é


importante porque as informações delas extraídas são o principal meio
de comunicação da empresa, tanto no ambiente interno quanto no
externo.

Projeção das
demonstrações contábeis
As demonstrações contábeis projetadas são elaboradas por meio da
compilação dos dados e das inter-relações entre todas as partes que
compõem o orçamento, formando um ambiente informacional que

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permite aos gestores realizarem diversas simulações, representando


uma das grandes vantagens do planejamento estratégico.

A adoção de premissas vinculadas a cenários de mercado (oferta e


procura), política de crédito, política de estoque, configurações da
capacidade instalada, opções de investimentos, configurações de
qualidade e custo dos produtos e serviços são alguns exemplos de
variáveis que podem ser simuladas.

Cada peça que compõe o orçamento traz as informações necessárias


para que sejam projetadas as demonstrações contábeis. Entretanto,
existem outros dados que também devem ser considerados no
processo de elaboração das projeções, por exemplo (PADOVEZE, 2015):

arrow_downward Previsão de equivalência patrimonial.

arrow_downward Ajustes de avaliação patrimonial.

arrow_downward Resultados de outras receitas e despesas.

arrow_downward Outros resultados abrangentes.

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arrow_downward Impostos sobre o lucro.

arrow_downward Distribuição de resultados.

arrow_downward Saldo de caixa.

arrow_downward Bancos e aplicações financeiras.

arrow_downward Saldo de impostos a recuperar.

arrow_downward Saldo de impostos a recolher sobre lucros.

arrow_downward Outras contas a receber ou a realizar não objeto de


orçamentos anteriores.

arrow_downward Outras contas a pagar não objeto de orçamentos


anteriores.

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circle Dividendos ou lucros a pagar, além das


informações contidas nas peças orçamentárias.

Com base nos resultados das simulações, os gestores podem promover


ajustes finos nos planos orçamentários, na perspectiva de atingir
melhores resultados.

Por meio das


simulações, são
geradas as condições
para alterar as
estratégias, senão
antes dos
concorrentes, pelo
menos em conjunto
com eles, e essa
agilidade trará maior
competitividade à
empresa, gerando
maior facilidade de
adaptação no
ambiente de
negócios.
(BERNARDINELLI et al., 2007, p. 3)

A projeção das demonstrações contábeis conclui o processo


orçamentário e produz três relatórios clássicos da contabilidade:
balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício e

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demonstração dos fluxos de caixa, que sintetizam e antecipam os


possíveis impactos da execução dos orçamentos sobre o resultado e o
patrimônio da empresa.

O gráfico 1 apresenta o esquema conceitual do processo de elaboração


das demonstrações contábeis projetadas:

Gráfico 1: Projeção das demonstrações contábeis: esquema conceitual.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Atenção!

Deve-se observar que a projeção das demonstrações contábeis se refere


ao orçamento financeiro e, portanto, envolve somente valores
monetários. Ou seja, os cálculos das quantidades, os rateios e as
apropriações dos custos aos produtos já foram feitos quando o
orçamento operacional foi elaborado.

Vamos a um exemplo que engloba os conceitos de orçamento.

Premissas do exemplo (planejamento)

Os gestores e os investidores consideram satisfatório o histórico dos


resultados operacionais que a empresa XYZ apresentou até o ano de
20XX e entendem que existe uma boa perspectiva de expansão dos
negócios em decorrência de três principais fatores:

looks_one O aumento do consumo dos produtos da empresa


ocorrido nos últimos três anos.

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looks_two A previsão de ingresso, no mercado nacional, de um


novo fornecedor do principal insumo utilizado no
processo produtivo, que atualmente é importado de
países asiáticos.

looks_3 A sinalização de aumento dos valores dos fluxos de


caixa, com boas perspectivas de capitalização e
retorno sobre os investimentos.

Com base nessas perspectivas, o conselho de administração da


empresa aprovou, para o ano de 20XX, a aquisição de um imóvel próprio,
a ser ocupado pela própria empresa, e a substituição/modernização de
todas as máquinas do parque produtivo.

Orçamento de vendas
A elaboração do orçamento de vendas é uma das etapas mais
importantes do planejamento orçamentário, pois esse orçamento é a
maior fonte de receitas da empresa e não se pode conceber um negócio
sem vendas. O orçamento de vendas indica as bases do orçamento de
produção, ou seja, determina o volume de atividade que a empresa terá
durante o período a que se refere.

Premissas do exemplo

Com base no exercício financeiro de 20XX, já encerrado, estima-se que,


para o período de 20XX+1 a 20XX+3, as vendas sejam anualmente
incrementadas em 5,3%, 8,3% e 27% respectivamente, com destaque
para o último período, que considera os efeitos decorrentes do
investimento que será realizado em 20XX+2 (substituição das
máquinas).

Esses percentuais foram obtidos com base em entrevistas realizadas


com os integrantes das equipes de vendas, com os executivos da
empresa e com analistas de mercado e já consideram um aumento

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médio de 4,0% a.a. nos preços, referente à variação da inflação


projetada com base no Índice de Preços por Atacado (IPCA). A tabela 1
apresenta o orçamento de vendas da empresa XYZ:

XYZ - Orçamento de vendas


20XX a 20XX+3 (em R$ mil)

Realizado Projetado
Produto / Ano
20XX 20XX+1

Produto A 1.300 1.400

Produto B 600 610

Produto C 500 550

Produto D 600 600

Produto E 800 840

Total 3.800 4.000

Variação % anual - 5,3%

Tabela 1: Orçamento de vendas XYZ.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Orçamento de produção
Com base no orçamento de vendas, elabora-se o orçamento de
produção, que engloba três suborçamentos:

matérias-primas (tabela 3);

mão de obra direta (tabela 5); e

custos indiretos de fabricação (tabela 7).

Orçamento de matérias-primas

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Normalmente, o orçamento de matérias-primas é elaborado a partir do


orçamento de vendas e é iniciado com a especificação dos tipos, das
quantidades e dos preços de compra das matérias-primas que
compõem cada produto. A tabela 2 exemplifica a especificação do
Produto A, bem como as quantidades que foram consumidas em 20XX.

Produto A

Especificação técnicas

Tipo de matéria-
Quantidade (taxa) Unidade de med
prima

MP01 3 metro

MP02 5 metro

MP03 4 quilograma

Total

Tabela 2: Especificação das matérias-primas do Produto A.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Premissas do exemplo

Para o início de 20XX+2 está previsto o ingresso, no mercado nacional,


de um novo fornecedor do principal insumo utilizado no processo
produtivo, que atualmente é importado de países asiáticos. Com isso,
prevê-se uma redução de 15% no preço do insumo, com impacto de -8%
no custo médio dos produtos.

Além das matérias-primas que compõem o Produto A, os demais


produtos são compostos por diversas outras matérias-primas. Dessa
forma, considere que as projeções de gastos com matérias-primas
(Tabela 3) representam valores gerais, derivados da consolidação de
diversas considerações como preções específicos de determinados
insumos e simulações feitas pelos gestores, com destaque para aqueles
que atuam no setor de compras da empresa.

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XYZ - Orçamento de matérias-primas


20XX a 20XX+3 (em R$ mil)

Realizado Projetado
Produto / Ano
20XX 20XX+1

Produto A 520 560

Produto B 240 250

Produto C 200 220

Produto D 180 180

Produto E 240 250

Total 1.380 1.460

Tabela 3: Orçamento de matérias-primas.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

A etapa seguinte consiste em calcular o orçamento de mão de obra


direta (tabela 7).

Orçamento de mão de obra direta


(MOD)
No que se refere ao objetivo de preparar as demonstrações contábeis
projetadas, a elaboração do orçamento de mão de obra direta consiste,
basicamente, em sintetizar as estimativas dos custos referentes à força
de trabalho diretamente envolvida com os processos produtivos.

A elaboração do orçamento de MOD passa por três etapas:

looks_one Estimar a quantidade de mão de obra necessária.

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looks_two Projetar as taxas horária e de custos.

looks_3 Calcular o custo total.

Em alguns casos, estimar os custos com MOD pode ser trabalhoso por
envolver diferentes departamentos e categorias de trabalhadores, com
salários e jornadas diferenciadas (noturna, fim de semana, feriados) e
implicações nos cálculos.

Com o objetivo de facilitar os cálculos envolvidos no orçamento de


MOD, são utilizados dois tipos de taxa:

access_time
Taxa de tempo
Representa o tempo médio que cada departamento gasta para fabricar
uma unidade do produto, considerando a compilação dos tempos dos
diversos processos envolvidos.

monetization_on
Taxa de valor
Representa, por departamento, o custo médio da hora de MOD,
considerando a compilação dos custos das diferentes categorias de
trabalhadores envolvidos na produção.

A tabela 4 evidencia as taxas aplicadas aos cálculos dos custos de MOD


em 20XX:

Departamento Taxa Produto A

Tempo -
Corte e montagem R$/hora -
Custo R$ -

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Departamento Taxa Produto A

Tempo 0,40
Pintura R$/hora 5,20
Custo R$ 2,08

Tempo 0,50
Acabamento R$/hora 7,50
Custo R$ 3,75

Horas/minutos 00:54
Total
Custo R$ 5,83

Quantidade produzida 34.700


Custo total do produto com MOD R$ 202.301,00

Custo total com MOD R$ 953.151,00

Tabela 4: Aplicação de taxas de MOD.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Atenção!

Repare que o valor do custo total com MOD em 20XX (R$953.151) é a


base para projeção do orçamento de MOD para o período de 20XX+1 a
20XX+3 (vide tabela 5).

Repare também que, na tabela 4, os totais relativos aos tempos de


produção foram convertidos do padrão decimal (base 10) para o padrão
sexagesimal (base 60).

Ainda com base na tabela 4, é possível verificar que o Produto A demora


54 minutos para ser produzido e tem um custo R$5,83 de MOD; o
Produto B demora 1 hora e 24 minutos para ser produzido e tem um
custo R$9,25, e assim sucessivamente.

Premissas do exemplo

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A projeção do orçamento de MOD considerou os gastos com 45


funcionários, englobando salários, encargos sociais e benefícios. Os
salários foram reajustados anualmente em 5,45%, sempre no mês de
março. O percentual de reajuste tomou por base a média dos cinco
últimos dissídios coletivos da categoria.

Em janeiro de 20XX+1 foi considerada a concessão de um abono de


3,5% sobre o salário e foi considerado um reajuste anual de 4,0% para os
benefícios. Também foi orçada a demissão de dois funcionários em
janeiro de 20XX+2 e a contratação de quatro em janeiro de 20XX+3.

Após considerar todas as variáveis envolvidas, chega-se à tabela 5, que


evidencia o orçamento de MOD:

XYZ - Orçamento de mão de obra direta (MOD)


20XX a 20XX+3 (em R$ mil)

Realizado Projetado
Produto / Ano
20XX 20XX+1

Vencimentos 772,00 840,39


Salário bruto 706,50 768,64
Abono natalino 65,50 71,75

Encargos sociais 123,12 104,14


Férias + 1/3 54,36 29,23
INSS 25,36 27,63
FGTS 43,4 47,28

Benefícios 58,03 60,97


Auxílio alimentação 42,10 43,78

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XYZ - Orçamento de mão de obra direta (MOD)


20XX a 20XX+3 (em R$ mil)

Auxílio transporte 11,35 12,40


Seguro 4,58 4,79

Total MOD 953,15 1.005,50

Tabela 5: Orçamento de mão de obra direta.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Saiba mais

Uma questão controversa acerca da MOD é a classificação que deve ser


dada aos encargos sociais. Existem duas correntes de pensamento:
uma entende que os custos com encargos sociais devem ser
considerados MOD porque todos os custos relacionados com pessoal
devem ser incluídos; e a outra defende que esses custos sejam
considerados como indiretos de fabricação porque não influenciam na
natureza do trabalho executado e a inclusão desses encargos aumenta
os custos administrativos de controle (SANVICENTE, 2009).

Orçamento de custos indiretos de


fabricação (CIF)
Quanto à possibilidade de identificação e apropriação aos produtos, os
custos de fabricação se dividem em diretos e indiretos. Veja:

Custos diretos
São aqueles que podem ser apropriados com precisão aos produtos
porque há uma medida objetiva de seu consumo no processo de
fabricação.

Custos indiretos
Aqueles que não se consegue identificar com exatidão a que produtos
pertencem e dependem de rateio para serem apropriados. O parâmetro
utilizado para apropriar os CIF é o “critério de rateio”.

O orçamento de CIF é um dos mais complexos, devido à


heterogeneidade dos itens envolvidos e à dificuldade para se

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correlacionar o montante de custos indiretos aos volumes de produção


(SANVICENTE, 2009).

Para apropriar os CIF é preciso que se estabeleça um critério de rateio.


Entretanto, deve-se ter em mente que, por mais preciso e bem elaborado
que seja, qualquer critério de rateio adotado tem, em maior ou menor
grau, certo nível de arbitrariedade.

Os rateios podem assumir determinado grau de complexidade


notadamente quando são aplicados a produtos que passam por
diversificadas etapas de produção em diferentes setores
(departamentos).

Atenção!

Considerável parte do trabalho da contabilidade de custos é dedicada à


busca de critérios de rateio que minimizem o nível de arbitrariedade na
alocação dos custos, a fim de dotar os produtos do mais exato valor de
custo possível. Esse custo é um dos fatores preponderantes para que se
possa estabelecer os preços de venda, notadamente em mercados
competitivos com estreitas margens de ganho.

Um critério bastante simplista, aqui apresentado para efeito didático, é


ratear os CIF proporcionalmente ao total dos custos diretos. A tabela 6
apresenta a aplicação desse critério de rateio e sintetiza os custos dos
três suborçamentos que compõem o orçamento de produção (matérias-
primas, MOD e CIF) para o exercício encerrado em 31/12/20XX:

Custos diretos

Matérias-primas MOD

Produto A 520,00 202,30

Produto B 240,00 203,50

Produto C 200,00 192,40

Produto D 180,00 121,20

Produto E 240,00 233,75

Total 1.380,00 953,15

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Tabela 6: Rateio dos CIF.
Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Premissas do exemplo

Com exceção da depreciação, os itens que compõem o orçamento de


CIF foram anualmente reajustados em 4,0%, referentes ao IPCA médio
anual previsto para o período. Em 20XX+3, os gastos com aluguel
cessarão em função da aquisição de um imóvel a ser ocupado pela
empresa e, no mesmo ano, está prevista também a redução dos gastos
com manutenção e energia elétrica, em função da aquisição de novas
máquinas. A tabela 7 apresenta o orçamento de CIF:

XYZ - Orçamento de custos indiretos de fabricação (CIF)


20XX a 20XX+3 (em R$ mil)

Realizado Projetado
Item de CIF
20XX 20XX+1

Aluguel do galpão 55,00 57,20

Energia elétrica 83,00 86,32

Manutenção
15,00 15,60
(máquinas/equipamentos)

Limpeza e conservação 18,00 18,72

Combustíveis e
35,00 36,40
lubrificantes

Supervisores e auxiliares 45,00 46,80

Depreciação 14,00 15,00

Total 265,00 276,04

Tabela 7: Orçamento de custos indiretos de fabricação.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Orçamento de produção

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consolidado

Somando-se os custos com matérias-primas (MP) e mão de obra direta


(MOD) com os custos indiretos de fabricação (CIF), obtém-se o custo
total do orçamento de produção, conforme apresentado na tabela 8:

Orçamento de produção
20XX a 20XX+3 (em R$ mil)

Realizado Projetado
Tipo de custo / Ano
20XX 20XX+1

MP 1.380,00 1.460,00
MOD 953,15 1.005,50
CIF 265,00 276,04
Total 2.598,15 2.741,54

Tabela 8: Orçamento de produção.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Orçamento de despesas
O orçamento de despesas inclui a previsão de todos gastos necessários
para a gestão e o funcionamento da empresa, exceto aqueles referentes
às operações de produção. Trata-se de um orçamento amplo, que
normalmente é elaborado por departamento e com a participação de
todos os gestores.

Os itens que compõem o orçamento de despesas são


predominantemente fixos, pois não estão vinculados
aos volumes de produção.

O orçamento de despesas é parte integrante do orçamento operacional


e inclui quatro diferentes grupos de despesas de mesma natureza:

build
Despesas administrativas
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account_balance_wallet
Despesas comerciais

description
Despesas tributárias

monetization_on
Despesas financeiras

Despesas administrativas

Aluguel; celular; internet; energia elétrica; água; limpeza; segurança;


salários, encargos e benefícios do pessoal administrativo (auxílios
alimentação, refeição e transporte) etc.

Despesas comerciais

Esse orçamento está intimamente ligado ao orçamento de vendas e


pode ser subdividido em dois subgrupos:

Despesas de vendas
Publicidade; divulgação; brindes; diárias e passagens; assessoria
de imprensa; salários e comissões de vendedores etc.

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Despesas de distribuição
Combustível e lubrificantes; manutenção de veículos;
depreciação de veículos; salários e encargos; fretes; seguros etc.

Despesas tributárias
Impostos e taxas em geral.

Despesas financeiras

Juros, multas e taxas bancárias.

Premissas do exemplo

As projeções das despesas administrativas de vendas acompanharam o


incremento anual das vendas no período, que foi de 5,3%, 8,3% e 27%,
respectivamente. Entretanto, a partir do exercício de 20XX+3, o
crescimento das despesas administrativas foi suavizado em função do
investimento feito na aquisição de um imóvel que será ocupado pela
empresa e acarretará a cessação do pagamento dos aluguéis.

A projeção das despesas de vendas não incidiu sobre o item


depreciação, calculado em função da vida útil das máquinas e
equipamentos, tampouco sobre a inadimplência, estimada em 2% do
volume anual de vendas. Com o financiamento, estima-se um aumento
de 25% das despesas financeiras a partir de 20XX+2. Considerando-se
todas as premissas, chega-se ao orçamento de despesas apresentado
na tabela 9:

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Orçamento de despesas
20XX a 20XX+3 (em R$ mil)

Realizado Projetado
Despesa
20XX 20XX+1

Despesas
150,00 157,96
administrativas

Aluguel 18,00 18,95

IPTU 2,80 2,95

Celular e internet 5,40 5,69

Energia elétrica 8,40 8,85

Água 4,30 4,53

Limpeza 8,20 8,63

Segurança 16,90 17,80

Salários 37,00 39,00

Encargos sociais 10,00 10,50

Refeição 21,00 22,11

Transporte 18,00 18,95

Despesas
216,00 227,55
comerciais

Despesas de
142,30 149,81
vendas

Publicidade 19,80 20,85

Eventos de
9,50 10,00
divulgação

Diárias e
11,30 11,90
passagens

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Orçamento de despesas
20XX a 20XX+3 (em R$ mil)

Assessoria de
8,70 9,16
imprensa

Salários e
28,80 30,30
comissões

Encargos sociais 7,20 7,60

Inadimplência 57,00 60,00

Despesas de
73,70 77,74
distribuição

Combustível e
15,00 15,80
lubrificantes

Manutenção de
5,60 5,90
veículos

IPVA 2,50 2,63

Depreciação de
1,80 2,02
veículos

Salários 26,80 28,04

Engcargos
6,00 6,50
sociais

Fretes 12,00 12,64

Seguros 4,00 4,21

Despesas
426,00 443,58
tributárias

Simples Nacional 426,00 443,58

Despesas
54,00 56,92
financeiras

Juros 45,00 47,39

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31/10/2023, 08:31 Projeções Orçamentárias

Orçamento de despesas
20XX a 20XX+3 (em R$ mil)

Multas 7,00 7,42

Taxas 2,00 2,11

Total 846,00 886,00

Tabela 9: Orçamento de despesas.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Orçamento de capital
O orçamento de capital está intimamente relacionado ao planejamento
estratégico de longo prazo, pois envolve decisões de investimentos com
valores expressivos que agregam elementos ao ativo permanente,
tendem a aumentar a capacidade produtiva e a competitividade, bem
como influenciam os fluxos de caixa e os demais orçamentos,
produzindo efeitos que podem se estender por muitos exercícios
financeiros.

Atenção!

Em ambientes competitivos, muitas vezes os gestores têm que alterar a


estratégia de atuação da empresa em função de mudanças no
ambiente.

Para implementar tais alterações, normalmente é necessário que sejam


realizados investimentos que impactam o capital de giro e a estrutura
que garante a liquidez.

Nessa perspectiva, a decisão de investir em ativos permanentes se


contrapõe à manutenção do nível de liquidez, pois imobilizar ativos
tende a reduzir a solvência a curto e médio prazos.

Por envolver valores expressivos, influenciar o nível de


liquidez e produzir efeitos de longo prazo, as opções
de investimentos em ativos permanentes são avaliadas
por meio de técnicas como payback descontado, taxa
interna de retorno e valor presente líquido.

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31/10/2023, 08:31 Projeções Orçamentárias

Premissas do exemplo

Alinhado com o planejamento estratégico de longo prazo, no orçamento


de investimentos foram incluídos recursos para aquisição, no ano de
20XX+2, de um imóvel que será ocupado pela empresa e de um
conjunto de novas máquinas que substituirá o atual.

Os gestores esperam que a partir de 20XX+3 os investimentos


aumentem em 15% o volume de vendas. Os investimentos serão
realizados por meio de financiamento bancário. A tabela 10 apresenta
os investimentos orçados para o período 20XX a 20XX+3:

Orçamento de investimentos
20XX a 20XX+3 (em R$ mil)

Realizado Projetado
Item
20XX 20XX+1

Imóvel 750,00
Máquinas 450,00

Tabela 10: Orçamento de investimentos.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Elaboração das
demonstrações contábeis
projetadas
Estando prontos os orçamentos projetados, o passo seguinte é projetar
a DRE, o balanço patrimonial e a demonstração dos fluxos de caixa.

Demonstração do resultado do
período (exercício) projetada

A demonstração do resultado do período, comumente chamada de


demonstração do resultado do exercício (DRE), engloba todas as

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31/10/2023, 08:31 Projeções Orçamentárias

receitas e os gastos incorridos pela empresa no período a que se refere,


normalmente um ano, e é elaborada no final do exercício financeiro.

A demonstração do resultado orçada (DRO) nada mais é do que uma


projeção da DRE. Entretanto, há uma diferença fundamental entre as
duas, pois enquanto a DRE mostra o que aconteceu (realizado), a DRO
evidencia o que deverá acontecer em decorrência da execução dos
planos orçamentários (previsto).

Mais do que uma obrigação imposta pela Lei das Sociedades Anônimas
(Lei nº 6.404/1976) para as organizações brasileiras que possuem
acionistas, a elaboração da demonstração do resultado do exercício é
uma necessidade das empresas em geral, pois sua estrutura permite
conhecer, de forma clara e objetiva, qual foi o resultado obtido pela
empresa em determinado período.

A tabela 11 (com valores em R$ mil) apresenta a DRE do exercício de


20XX e as DRO para os três exercícios compreendidos entre os períodos
de 20XX+1 a 20XX+3, indicando as fontes das quais os dados foram
extraídos.

Demonstração do resultado orçado - 20XX a 20XX+3


(Valores em R$ mil)

DRE
Item Fonte
20XX

RECEITA BRUTA DE
Tab. 1 3.800,00
VENDAS

(-) Tributos sobre


Tab. 9 426,00
vendas

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Demonstração do resultado orçado - 20XX a 20XX+3


(Valores em R$ mil)

= RECEITA LÍQUIDA 3.374,00

(-) Custos dos


Tab. 8 2.598,15
produtos vendidos

= RESULTADO
775,85
BRUTO

(-) Despesas de
vendas e Tab. 9 216,00
distribuição

(-) Despesas
Tab. 9 150,00
administrativas

(-) Despesas
Tab. 9 54,00
financeiras líquidas

= RESULTADO
355,85
OPERACIONAL

Tabela 11: DRE 20XX - DRO 20XX+1 a 20XX+3.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Demonstração dos fluxos de caixa

A projeção dos fluxos de caixa é uma importante atividade que, com


maior ou menor nível de formalização, é realizada pela maioria das
empresas. Essa projeção tem como principal objetivo prever os efeitos
que a execução do orçamento pode causar sobre a liquidez da empresa
e indicar o ritmo de sincronização que deve ser mantido entre os
desembolsos e os ingressos de recursos no caixa, para que haja
equilíbrio financeiro.

Um fluxo de caixa bem projetado é capaz de impedir que ocorram


insuficiências e excessos de recursos financeiros, um aspecto
fundamental da boa gestão empresarial, pois a falta ou o excesso de
recursos em caixa são duas situações diametralmente opostas que
podem provocar adversidades e perdas às organizações.

Atenção!

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31/10/2023, 08:31 Projeções Orçamentárias

É por intermédio da gestão do orçamento de caixa que as empresas


conseguem liquidar suas operações, conduzir suas estratégias e
determinar o rumo dos negócios.

De forma objetiva, projetar o fluxo de caixa consiste em estimar os


valores e os momentos em que ocorrerão as entradas e as saídas de
caixa, promovendo a compatibilização entre o regime contábil de
competência, característico do orçamento, e o regime de caixa.

Regime contábil
Regime contábil é um procedimento que estabelece as regras para registro
das variações ou alterações patrimoniais. Os regimes contábeis podem ser:

• Regime de caixa: estabelece que as receitas e as despesas sejam


reconhecidas no momento do efetivo ingresso e da efetiva saída dos
recursos financeiros do caixa, respectivamente.

• Regime de competência: estabelece que as receitas e as despesas sejam


reconhecidas quando ocorrerem os seus respectivos fatos geradores,
independentemente do momento do ingresso ou da saída dos recursos
financeiros no caixa.

Premissas do exemplo

O saldo inicial de 20XX refere-se ao valor final disponível apresentado no


balanço patrimonial encerrado em 31/12/20XX-1, que não faz parte do
escopo do exemplo. Os recebimentos de clientes consideram uma
inadimplência de 2%.

Em 20XX+2 foi feita uma distribuição de lucros no valor de R$1,2 milhão


e, no mesmo ano, foram registradas duas entradas extraordinárias: uma
de R$375 mil referente à venda das máquinas que foram substituídas
por novas; e outra, no valor de R$1,2 milhão, referente ao empréstimo
bancário contratado para compra do imóvel e das máquinas. Ainda em
20XX+2 foi registrada uma saída de R$1,2 milhão referente ao
pagamento do imóvel e das máquinas.

Finalmente, no ano de 20XX+3, observa-se um aumento do item


financiamento, em função do início da amortização do empréstimo
contratado para compra do imóvel e das máquinas. A tabela 12 (valores
em R$ mil) apresenta o fluxo de caixa da empresa XYZ:

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Demonstração dos fluxos de caixa - 20XX a 20XX+3


(Valores em R$ mil)

Realizado
Despesa Fonte
20XX

SALDO INICIAL 150

ENTRADAS 3.724

Recebimento de
Tab. 1 3.724
clientes

Venda das
Premissa -
máquinas

Financiamento Tab. 10 -

SAÍDAS 3.444

Gastos
Tab. 8 1.645
operacionais

Folha de
Tab. 8 953
pagamento

Despesas
Tab. 9 150
administrativas

Despesas
Tab. 9 216
comerciais

Despesas
Tab. 9 426
tributárias

Despesas
Tab. 9 54
financeiras

Financiamento Tab. 9 -

Compra imóvel e
Tab. 10 -
máquinas

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Demonstração dos fluxos de caixa - 20XX a 20XX+3


(Valores em R$ mil)

Distribuição de
Planejamento -
lucro

TOTAL 430

Tabela 12: Demonstração dos fluxos de caixa.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Balanço patrimonial

O balanço patrimonial (BP) é uma demonstração contábil que tem como


finalidade evidenciar, quantitativa e qualitativamente, o patrimônio e o
patrimônio líquido de uma empresa em determinada data. Funciona
como se fosse uma “fotografia” do conjunto de bens, direitos e
obrigações que uma empresa tem em determinado instante.

Por isso, dizemos que o BP é uma


demonstração estática.

Além de ser uma exigência legal, o BP é uma importante ferramenta de


análise gerencial que permite:

looks_one Saber a posição financeira e patrimonial de uma


empresa em um determinado momento.

looks_two Conhecer as fontes dos recursos que financiam a


empresa.

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looks_3 Fornecer informações relevantes para as partes


interessadas no negócio da empresa.

looks_4 Conhecer o tamanho da entidade (pequena, média


ou grande).

looks_5 Identificar a parte do patrimônio que pertence aos


proprietários.

looks_6 Identificar a parte do patrimônio que pertence a


terceiros.

Saiba mais

Embora, comumente, o balanço patrimonial seja relacionado às


empresas, esse tipo de demonstração pode se referir a qualquer
entidade a que possa ser associado um patrimônio, por exemplo,
organizações não governamentais, pessoas físicas, fundações,
autarquia etc.

O BP é constituído por duas partes. A primeira é composta pelo ativo


(bens e direitos); e a segunda pelo passivo (obrigações) e pelo
patrimônio líquido (diferença entre o ativo e o passivo).

As contas que compõem o BP são classificadas e ordenadas visando


facilitar a interpretação e a análise dos elementos patrimoniais, por
parte dos usuários que têm interesse na situação econômica e
financeira da empresa.

Premissas do exemplo

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São muitas as considerações acerca do BP.

Do ativo

looks_one As disponibilidades foram baseadas nos fluxos de


caixa e levaram em conta uma inadimplência média
de 2% (tabela 12).

looks_two O contas a receber teve origem nas vendas e


considerou um prazo médio de recebimento de 60
dias (tabela 1).

looks_3 O estoque de matérias-primas considerou um giro


de 60 dias e foi baseado no orçamento de consumo
(tabela 3).

looks_4 Considerou-se que, em média, o estoque de


produtos acabados corresponde a 10% dos
produtos destinados à venda (tabela 1).

looks_5 Considerou-se que o ativo imobilizado sofre uma


depreciação em torno de 2 e 3% a.a., com pequenas
variações, cabendo registrar que em 20XX+2 a
empresa substituiu suas máquinas e adquiriu um
imóvel para uso próprio (tabela 10).

Do passivo

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A obrigação para com fornecedores considera um prazo médio de


pagamento de 60 dias e foi calculado com base no orçamento de
consumo de matérias-primas (tabela 3).

XYZ - Balanço patrimonial - 20XX a 20XX+3


(Valores em R$ mil)

ATIVO 20XX 20XX+1

ATIVO
1.673 2.032
CIRCULANTE

Disponibilidades 430 722

Contas a receber
633 667
(clientes)

Estoques 610 643

Matérias-primas 230 243

Produtos
380 400
acabados

ATIVO NÃO
510 493
CIRCULANTE

Imobilizado 510 493

Veículos 120 118

Máquinas e
390 375
equipamentos

Imóveis - -

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XYZ - Balanço patrimonial - 20XX a 20XX+3


(Valores em R$ mil)

TOTAL DO ATIVO 2.183 2.525

Tabela 13: Balanço patrimonial.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

video_library
Projeção das
demonstrações contábeis
No vídeo, após a exposição das estruturas orçamentárias que você
assistirá, será apresentado um caso em que é elaborada uma DRE
projetada.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

O orçamento traz as informações necessárias para que sejam


projetadas as demonstrações contábeis. Entretanto, existem outros
dados que também devem ser considerados no processo de
elaboração das projeções, como

A a taxa interna de retorno dos concorrentes.

B o balanço patrimonial dos concorrentes.

C a DRE dos concorrentes.

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D a política social do país.

E a distribuição de resultados.

Parabéns! A alternativa E está correta.

Os dados das demonstrações contábeis divulgadas pelos


concorrentes não são considerados no processo de elaboração das
demonstrações contábeis projetadas, tampouco a política social do
país em que elas estão sendo elaboradas. Entretanto, a distribuição
de resultados é uma informação que não consta do orçamento,
mas deve ser considerada na elaboração das projeções, pois reduz
o nível de liquidez da empresa, com reflexos na demonstração dos
fluxos de caixa e no balanço patrimonial.

Questão 2

Entre as alternativas a seguir, assinale a que melhor relata os


efeitos da falta ou do excesso de recursos em caixa, duas situações
diametralmente opostas.

Sobrar dinheiro no caixa é sempre bom, pois


A possibilita atender a qualquer imprevisto que venha
a ocorrer e garante a liquidez da empresa.

Falta de dinheiro no caixa não é problema, pois


atualmente as empresas dispõem de diversas
B
fontes de financiamento que podem ser utilizadas
para suprir as suas necessidades.

Falta de dinheiro no caixa pode levar à redução da


liquidez e o excesso pode levar à perda de
C
oportunidades de investimentos e causar
desvalorização do dinheiro.

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D Em empresas que não são bem administradas, os
ritmos de entrada e saídas de recursos no caixa são
sincronizados, razão pela qual os saldos de caixa
são quase sempre muito baixos.

Sobrar dinheiro no caixa indica que a empresa é


financeiramente saudável e bem administrada, pois
E
a tendência é que nunca falte dinheiro em empresas
desse tipo.

Parabéns! A alternativa C está correta.

As boas práticas de gestão das disponibilidades financeiras


recomendam que o saldo mantido em caixa deve ser o menor
possível. Ou seja, não deve haver falta nem excesso de dinheiro no
caixa. Quando falta dinheiro no caixa, há redução do nível de
liquidez, o que faz com que a empresa procure fontes de
financiamento. Além disso, nessa situação, quase sempre ocorrem
atrasos nos pagamentos, acarretando juros e multas. Quando há
excesso de dinheiro no caixa, sem utilização, a empresa
normalmente perde oportunidades de realizar investimentos que
poderiam melhorar o resultado; há também a redução do poder
aquisitivo do dinheiro, principalmente em economias com inflação
elevada.

2 - Análise das demonstrações contábeis


projetadas

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Ao fim deste módulo, você será capaz de aplicar as principais
técnicas de análise das demonstrações contábeis.

Primeiras palavras
Estando prontas as demonstrações contábeis projetadas, os gestores
se dedicam a analisá-las, visando atenuar os riscos e as incertezas das
decisões. Tal ação de análise, sob o ponto de vista da administração
científica, instrumentaliza tecnicamente o processo de tomada de
decisões.

A análise das demonstrações


financeiras constitui um dos
estudos mais importantes da
administração financeira e desperta
enorme interesse tanto para os
administradores internos da
empresa, como para os diversos
segmentos de analistas externos.

(ASSAF NETO, 2021, p. 77)

Dominar as principais técnicas de análise das demonstrações contábeis


é um diferencial fundamental na formação de profissionais que atuam
ou pretendem atuar em áreas direta ou indiretamente relacionadas à
contabilidade, como é o caso da área orçamentária.

Principais técnicas de
análise das demonstrações
contábeis
As demonstrações contábeis projetadas antecipam para os gestores
uma visão dos resultados do negócio, permitindo que sejam realizadas
avaliações e alterações anteriores à implementação dos orçamentos,

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visando atingir os resultados planejados. Nessa perspectiva, as


demonstrações contábeis assumem especial importância,
principalmente porque sinalizam, entre outros aspectos, as expectativas
da evolução patrimonial e do retorno que será obtido em decorrência
dos investimentos realizados na empresa.

De acordo com Ribeiro (2018), a tarefa do analista contábil começa


quando termina a tarefa do contador, sendo que o processo de análise
se inicia a partir das demonstrações contábeis, das quais o analista
coleta dados para calcular indicadores, que serão posteriormente
interpretados.

O analista de demonstrações
contábeis não é vidente nem
adivinho. O que ele faz é analisar
dados concretos, aplicando
fórmulas, de acordo com sua
experiência contábil, e, a partir
disso, é capaz de avaliar o presente
com base no passado e projetar o
futuro, fundamentando-se sempre
no desempenho dos últimos
períodos analisados.

(RIBEIRO, 2018, p. 4)

Para analisar as demonstrações contábeis podem ser utilizadas


algumas técnicas, por exemplo: relação custo, volume e resultado;
análise vertical; análise horizontal; e análise de indicadores (índices).

Análise da relação custo /


volume / resultado (CVR)
A análise custo/volume/resultado (CVR), também chamada de
custo/volume/lucro (CVL) é uma técnica que possibilita a compreensão
da relação existente entre os produtos, seus custos, o volume produzido

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e o resultado, gerando informações de interesse dos gestores da


empresa, do investidor e do mercado em geral.

Em mercados competitivos, calcular e controlar custos ganha


relevância, o que faz com que as empresas dediquem especial atenção
à gestão de custos que, nesse contexto, ficam sendo uma das variáveis
com maior poder de manipulação.

Para lidar com a gestão de custos, a CVR apresenta-se como uma


técnica eficiente e prática que pode ser utilizada por qualquer empresa,
possibilitando que os gestores tenham uma compreensão dos efeitos
que o mercado pode causar sobre a sua produção (FIORIN; BARCELLOS;
VALLIN, 2014).

A análise CVR está diretamente relacionada à intenção que as empresas


normalmente têm de produzir o volume máximo que o mercado é capaz
de absorver dos produtos, observando a capacidade instalada
disponível e os custos envolvidos, tendo como objetivo maximizar o
retorno sobre o capital investido — o resultado.

De forma objetiva, o uso da técnica CVR traduz-se no cálculo do ponto


de equilíbrio, cujo uso pode aumentar sensivelmente o entendimento e a
utilidade de estimativas e procedimentos orçamentários, fornecendo
informações valiosas para vários tipos de decisões administrativas
(WELSCH, 1985).

Um importante conceito relacionado ao cálculo do ponto de equilíbrio é


o de margem de contribuição. Trata-se de um dos mais importantes

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indicadores, pois apresenta o valor destinado à cobertura dos custos


fixos.

Ponto de equilíbrio
Também é chamado de break-even point ou ponto de ruptura.

A margem de contribuição é representada pela


diferença entre o preço de venda e a soma dos custos
e das despesas variáveis, e pode ser calculada para
cada unidade ou no total.

Por unidade, a margem de contribuição reflete a diferença entre o preço


de venda e a soma dos custos e despesas variáveis unitários do
produto. A margem de contribuição total é o resultado da multiplicação
da margem de contribuição unitária pela quantidade vendida.

A margem de contribuição (MC) é calculada por meio da seguinte


fórmula:

MC = Valor das vendas - (Custos variáveis +


Despesas variáveis)

Existem três diferentes tipos de ponto de equilíbrio:

contábil (PEC);

financeiro (PEF); e

econômico (PEE).

Ponto de equilíbrio contábil (PEC)

O ponto de equilíbrio representa o momento no qual as receitas totais se


igualam aos gastos totais. Acima desse ponto há lucro e abaixo,
prejuízo operacional (ASSAF NETO, 2021). O PEC considera os dados
decorrentes dos registros oficiais da empresa.

O ponto de equilíbrio contábil (PEC) é calculado por meio da seguinte


fórmula:

Cust os e despesas fixas


PEC =
Margem de cont ribuição

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Ponto de equilíbrio financeiro


(PEF)

O ponto de equilíbrio financeiro não considera nos cálculos os itens de


gastos que não geram desembolso, como a depreciação, a amortização
e a exaustão que diminuem o patrimônio, mas não geram saída do
caixa.

Por excluir das despesas e dos custos fixos os valores que não
representaram saídas de recursos do caixa, o ponto de equilíbrio
financeiro é atingido com volumes de produção e vendas menores que
os necessários para atingir os outros dois pontos de equilíbrio: contábil
e econômico.

[...] ocorre de nem sempre os custos


e despesas fixos serem
desembolsáveis, como é o caso das
depreciações. Assim, pode ocorrer
de, mesmo debaixo do Ponto de
Equilíbrio contábil, ser possível à
empresa arcar com seus encargos
que exigem desembolso. Tem-se aí
o Ponto de Equilíbrio financeiro.

(ASSAF NETO, 2021, p. 203)

O ponto de equilíbrio financeiro (PEF) é calculado por meio da seguinte


fórmula:

( Cust os fixos + Despesas fixas ) − Cust os e despesas n ão desembolsáveis


PEF =
Margem de cont ribuição unit ária

Ponto de equilíbrio econômico


(PEE)
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O ponto de equilíbrio econômico considera o retorno mínimo desejado


pela empresa, representado pelo custo de oportunidade do investimento
feito, ou seja, um lucro mínimo que compense o investimento realizado
(ASSAF NETO, 2021).

O ponto de equilíbrio econômico (PEE) é calculado por meio da seguinte


fórmula:

( Cust os fixos + Despesas fixas ) + Ret orno esperado


PEE =
Margem de cont ribuição unit ária

Exemplo de aplicação de CVR

A relação CVR envolve os conceitos volume e custos, fixos e variáveis, e


sua aplicação pode ser mais bem representada por meio de um exemplo
simplificado.

A empresa XYZ tem uma capacidade de produzir 150 mil unidades. A


DRE projetada para o exercício financeiro de 20XX indica os valores
apresentados na tabela 14, e o diretor comercial deseja saber o ponto de
equilíbrio e os potenciais de lucro e prejuízo:

Previsões

(+) Receita bruta com vendas (100.000 unidades a R$ 40 cada)

(-) Custos e
Fixos Variáveis
despesas

Matéria-prima
900.000
direta

Mão de obra
600.000
direta

Custos indiretos
500.000 700.000
de fabricação

Despesas com
200.000 550.000
venda

Outras despesas 100.000 250.000

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Previsões

Total 800.000 3.000.000

Resultado
operacional

Tabela 14: Custos e despesas


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

( Cust os fixos + Despesas fixas ) + Ret orno esperado


PEE =
Margem de cont ribuição unit ária

Volume Cust. + Desp.


Receita R$
(quantidade) Variáveis

0 0 0

10.000 400.000,00 300.000,00

20.000 800.000,00 600.000,00

30.000 1.200.000,00 900.000,00

40.000 1.600.000,00 1.200.000,00

50.000 2.000.000,00 1.500.000,00

60.000 2.400.000,00 1.800.000,00

70.000 2.800.000,00 2.100.000,00

80.000 3.200.000,00 2.400.000,00

90.000 3.600.000,00 2.700.000,00

100.000 4.000.000,00 3.000.000,00

110.000 4.400.000,00 3.300.000,00

120.000 4.800.000,00 3.600.000,00

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31/10/2023, 08:31 Projeções Orçamentárias

Volume Cust. + Desp.


Receita R$
(quantidade) Variáveis

130.000 5.200.000,00 3.900.000,00

140.000 5.600.000,00 4.200.000,00

150.000 6.000.000,00 4.500.000,00

Tabela 15: Evolução da relação custo/volume/resultado.


por: Cristóvão Marinho.

Gráfico 2: Relação custo/volume/lucro.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Na tabela 15, é possível observar que, quando a empresa produzir e


vender 80 mil unidades, o valor das receitas será de R$3,2 milhões e se
igualará ao valor dos custos e despesas (R$3,2 milhões), gerando um
resultado nulo. Esse é o ponto de equilíbrio contábil!

O potencial de prejuízo está na faixa entre R$10 se a quantidade


produzida e vendida for de 79.999 unidades (uma unidade abaixo do
ponto de equilíbrio) e R$800 mil se nenhuma unidade for produzida e
vendida.

• Receita = R$40 x 79.999 un. = R$3.199.960


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• Custo e despesa variável unitário = R$3.000.000 ÷ 100.000 un. = R$30

• Custo e despesa variável total = R$30 x 79.999 un. = R$2.399.970

• Custos e despesas fixos = R$800.000

• Receita – Custos e despesas = R$3.199.960 - R$2.399.970 - R$800.000


= - R$10

Sob a ótica gerencial, os gestores devem avaliar se o retorno satisfaz as


expectativas dos investidores diante do capital investido (R$3,8
milhões) e dos riscos envolvidos.

No exemplo, para um volume de vendas estimado em 100 mil unidades,


o resultado operacional previsto é de 5,26% (R$200.000 ÷ R$3.800.000 =
0,0526).

Como a capacidade instalada é de 150 mil, havendo demanda, os


gestores podem considerar elevar a produção para esse nível. Nesse
caso, o resultado seria:

• Receita = R$40 x 150.000 un. = R$6.000.000

• Custo e despesa variável unitário = R$3.000.000 ÷ 100.000 un. = R$30

• Custo e despesa variável total = R$30 x 150.000 un. = R$5.300.000

• Custos e despesas fixos = R$800.000

• Receita – Custos e despesas = R$6.000.000 - R$5.300.000 =


R$700.000

Nesse caso, para um volume de vendas estimado em 150 mil unidades,


o resultado operacional previsto é de 13,21% (R$700.000 ÷ R$ 5.300.000
= 0,1321).

Repare que um aumento de 50% na produção e nas vendas (de 100 mil
para 150 mil) provoca um acréscimo de 151% no resultado (de 5,26%
para 13,21%).

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Para além das importantes informações propiciadas pela análise CVR, o


processo de tomada de decisão deve levar em conta, entre outros
fatores, a capacidade de investimento, os fluxos de caixa, as despesas e
receitas não operacionais, a incidência de impostos, as contribuições e
as participações.

Análise horizontal (AH)


A principal finalidade da análise horizontal é evidenciar o
comportamento (crescimento ou redução) de itens das demonstrações
contábeis durante determinado período, por exemplo: receita de vendas,
resultado, passivo, ativo, disponibilidades etc.

O nome análise horizontal remete à ideia de se avaliar, ao longo do


tempo (normalmente anos ou meses), a evolução dos saldos das contas
que são apresentadas nas linhas das demonstrações contábeis.

Resumindo

Em outras palavras, pode-se dizer que a análise horizontal promove a


comparação entre os diferentes valores assumidos por um mesmo item
de uma demonstração contábil em diferentes instantes.

Com base na análise horizontal, gestores e investidores conseguem


avaliar o desempenho da empresa ao longo do tempo, em termos de
crescimento ou redução, expresso em percentual, e compará-lo com o
desempenho dos concorrentes.

A análise horizontal é realizada por meio da aplicação da seguinte


fórmula:

AH = (valor atual da conta/valor base da


conta) - 1 x 100

Vejamos agora um exemplo de AH e, para isso, suponha a série do saldo


inicial da conta disponibilidade apresentada a seguir:

Conta 20XX 20XX+1

Disponibilidade 430 722

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20XX+1 + 20XX 20XX+2 + 20XX+1 20XX+3 + 20XX+

(722 ÷ 430) - 1 x (559 ÷ 722) - 1 x (1458 ÷ 559) - 1


100 = 67,9% 100 = -22,6% 100 = 160,8%

Tabela 16: Exemplo de análise horizontal.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

No que se refere ao comportamento do disponível no período analisado,


a análise horizontal indica que ocorreram as seguintes variações: de
20XX para 20XX+1 houve um aumento de 67,9%; de 20XX+1 para
20XX+2 houve um aumento de 22,6%; e de 20XX+2 para 20XX+3 houve
um aumento de 160,8%.

Análise vertical (AV)


A análise vertical, também conhecida como análise de estrutura, é
utilizada para identificar a porcentagem de participação de determinado
item no resultado, em se tratando da análise de uma demonstração de
resultado ou, na composição do patrimônio, em se tratando da análise
de um balanço patrimonial.

O nome análise vertical remete à ideia de avaliar as colunas das


demonstrações contábeis, medindo percentualmente a participação de
cada conta em relação ao todo a que pertence, o que permite verificar o
nível de importância (peso) de cada conta dentro da demonstração
financeira a que pertence.

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Realizando-se a análise vertical dos balanços patrimoniais e das


demonstrações dos resultados de períodos anteriores é possível
identificar as variações relativas ocorridas ao longo do tempo, tanto em
termos de composição patrimonial quanto de resultado.

Assim procedendo-se, horizontaliza-se a análise vertical, o que torna


possível não apenas identificar a eventual existência de itens
discrepantes em relação às proporções médias normais, mas também
balizar a elaboração das demonstrações projetadas.

A análise vertical é realizada por meio da aplicação da seguinte fórmula:

It em
AV = × 100
Grupo do It em

Exemplo de AV

Suponha os seguintes dados do grupo ativo circulante, extraídos do


balanço patrimonial de 20XX da empresa XYZ:

Grupo/Item Valor R$ mil Cálculo

ATIVO
1.673 1.673 ÷ 1.673 x
CIRCULANTE

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Disponibilidades 430 430 ÷ 1.673 x 10

Contas a receber
633 633 ÷ 1.673 x 10
(clientes)

Estoques 610 610 ÷ 1.673 x 10

Matérias-primas 230 230 ÷ 610 x 100

Produtos
380 380 ÷ 610 x 100
acabados

Tabela 17: Exemplo de análise vertical.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

A AV indica a participação percentual de cada item que compõe o Ativo


Circulante. Repare que o item Estoque pode assumir a condição de
grupo, para efeito de análise dos dois itens que o compõem: Matérias-
primas e Produtos acabados.

É possível calcular também a participação percentual de itens de


qualquer nível em relação a qualquer grupo, desde que esteja contido
nele.

No exemplo, o subitem Matérias-primas representa 37,7% do grupo


Estoque e 13,7% do grupo Ativo Circulante (230 ÷ 1.673 x 100).

A AV permite a elaboração de gráficos que conseguem rapidamente dar


uma visão da composição dos grupos que compõem as demonstrações
contábeis, como demonstrado por meio dos Gráficos 3 e 4, referentes
aos dados da Tabela 16:

Gráfico 3: Distribuição % do Ativo Circulante e Gráfico 4: Distribuição % dos Estoques.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Análise de indicadores

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Indicadores, também chamados de índices, são quocientes obtidos por


meio da divisão entre os valores que constam em contas, subgrupos ou
grupos de contas que compõem as demonstrações contábeis, tais
como ativo circulante, disponível, estoques, receitas, passivo circulante,
capital próprio etc. Os quocientes sinalizam aspectos referentes à
condição econômico-financeira da empresa, em termos da viabilidade e
continuidade do negócio.

A técnica de análise financeira por


quocientes é um dos mais
importantes desenvolvimentos da
Contabilidade, pois é muito mais
indicado comparar, digamos, o ativo
corrente com o passivo corrente do
que simplesmente analisar cada um
dos elementos individualmente.

(IUDÍCIBUS, 2017, p. 203)

Conforme a sua natureza e aplicação, os indicadores se dividem em


diversos grupos, por exemplo: liquidez, atividade, endividamento e
rentabilidade. Nesse sentido, Assaf Neto (2021, p. 78) afirma: “Para
melhor compreensão do significado dos indicadores econômico-
financeiros, assim como visando estabelecer melhor metodologia de
avaliação dos diversos aspectos do desempenho da empresa, dividem-
se os índices em grupos homogêneos de análise”.

Indicadores de liquidez

Medem a capacidade de pagamento de uma empresa. Para que se


possa realizar uma análise mais consistente da condição financeira da
empresa, deve-se levar em conta o conjunto de indicadores de liquidez
como um todo.

Liquidez corrente expand_more

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Refere-se à relação entre o ativo circulante e o passivo


circulante. Mede a capacidade de pagamento da empresa em
curto prazo.

At ivo circulant e
Liquidez corrent e =
P assivo circulant e

Liquidez seca expand_more

Esse indicador é semelhante ao de liquidez corrente, mas sem


considerar os estoques e as despesas pagas antecipadamente,
que são itens do ativo circulante sem liquidez imediata. Se esse
indicador apresentar um valor baixo, pode significar que o
volume dos estoques está elevado e que a empresa necessita de
mais capital de giro.

At ivo circulant e − Est oque − Despesa


Liquidez seca =
P assivo circulant e

Liquidez imediata expand_more

Refere-se à relação entre os recursos financeiros disponíveis e as


obrigações de curto prazo. Mede a capacidade de pagamento da
empresa com base no dinheiro disponível em caixa, bancos e
aplicações de liquidez imediata.

Disponibilidades
Liquidez imediat a =
P assivo circulant e

Liquidez geral expand_more

Refere-se à capacidade de pagamento da empresa a longo


prazo.

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At ivo circulant e + Realizável a longo p


Liquidez geral =
P assivo circulant e + Exigível a longo p

Indicadores de atividade

Demonstram o tempo médio que a empresa demora para receber suas


vendas, pagar suas compras e renovar seus estoques. Colocando nas
palavras de Assaf Neto (2021), os indicadores de atividade medem os
tempos envolvidos em um ciclo operacional, que vão desde a aquisição
de insumos básicos ou mercadorias até o recebimento das vendas
realizadas.

Prazo médio de estocagem (PME) expand_more

Indica o tempo médio necessário para que estoques da empresa


se renovem completamente. Serve como medida de eficiência da
gestão dos estoques.

Est oque m édio


PME = ∗ 360
Cust o do produt o vendido

Prazo médio de recebimento (PMR) expand_more

Indica o tempo médio em que a empresa recebe suas vendas


realizadas a prazo.

Cont as a receber das vendas a prazo (m édia)


PMR = ∗3
Vendas anuais a prazo

Prazo médio de pagamento (PMP) expand_more

Indica o tempo médio que a empresa demora para pagar aos


fornecedores as obrigações (dívidas) decorrentes das compras
feitas a prazo.

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Cont as a pagar a fornecedores ( m édia )


PMP = ∗ 360
Compras anuais a prazo

Indicadores de endividamento
(estrutura de capital)

Medem a composição da estrutura das fontes passivas de recursos de


uma empresa, em termos da participação dos recursos de terceiros em
relação ao capital próprio, indicando o nível de endividamento e a
capacidade que a empresa tem de honrar os compromissos financeiros.

Participação de capitais de terceiros sobre os recursos


totais expand_more

Indica, em termos percentuais, o endividamento da empresa


perante terceiros. Representa também a fração do ativo total
financiada por recursos de terceiros.

Exigiv
P art . cap. t erc. sobre recursos t ot ais =
Exigivel t ot al + P

Participação de capitais de terceiros sobre o capital


próprio expand_more

Indica a dependência da empresa em relação a recursos de


terceiros. Iudícibus (2017) esclarece que se esse indicador,
durante vários anos, for consistente e acentuadamente maior
que um, sinaliza uma dependência exagerada de recursos de
terceiros.

Exigível t ot al
P art . cap. t erc. sobre capit al pr óprio =
P at rim ônio líquid

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Participação das dívidas de curto prazo sobre o


endividamento total expand_more

Indica a composição do endividamento total, destacando a


fração do endividamento total que vence a curto prazo.

P assi
P art . d ív. curt o prazo sobre endividament o t ot al =
Ex

Indicadores de rentabilidade

Mostram a rentabilidade de uma empresa em relação aos capitais


investidos, evidenciando o grau de êxito econômico-financeiro. A
rentabilidade é medida em função dos investimentos dos proprietários
(capital próprio) e de terceiros (capital de terceiros). Os indicadores de
rentabilidade são calculados com base em valores extraídos do balanço
patrimonial e da demonstração do resultado do exercício.

Os indicadores de rentabilidade são fundamentais para se saber o real


desempenho econômico-financeiro de uma empresa, pois demonstrar a
rentabilidade em termos absolutos tem uma utilidade bastante reduzida.

Afirmar que a General Motors teve


um lucro de, digamos, R$5 bilhões
em 2015, e que a empresa Zafira
Ltda. teve um lucro de R$200 em
2015 pode impressionar no sentido
de que todo mundo vai perceber que
a General Motors é uma empresa
muito grande e a outra muito
pequena, e só; não refletirá, todavia,
qual das duas deu maior retorno
relativo.

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(IUDÍCIBUS, 2017, p. 119)

Marion (2019) alerta que tanto o valor do ativo como o patrimônio


líquido, utilizados para cálculo dos indicadores de rentabilidade, devem,
preferencialmente, ser a média do período. Isso porque não foi o ativo
final, tampouco o ativo inicial que gerou o resultado, mas suas
respectivas médias no período que se está analisando. Idem para o
patrimônio líquido.

Taxa de retorno sobre investimentos (TRI) expand_more

Evidencia a rentabilidade da empresa no período ao qual a


apuração do lucro líquido se refere.

Na literatura, é comum que a taxa de retorno sobre investimento


(TRI) seja referenciada em inglês como return on investment
(ROI).

Lucro líquido
TRI =
At ivo t ot al

Taxa de retorno sobre o patrimônio líquido (TRPL) expand_more

Evidencia a rentabilidade dos proprietários no período ao qual a


apuração do lucro líquido se refere.

Na literatura, a taxa de retorno sobre o patrimônio líquido (TRPL)


é comumente referenciada em inglês, como return on equity
(ROE).

Lucro líquido
T RP L =
P at rim ônio líquido

Giro do ativo expand_more

Evidencia a proporção entre o volume das vendas realizadas em


determinado período e os investimentos totais efetuados na
empresa no mesmo período (média do ativo total). Em outras

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palavras, pode-se dizer que esse indicador demonstra quanto a


empresa vendeu para cada R$1 de investimento total, em
determinado período.

Vendas líquidas
Giro do at ivo =
At ivo t ot al

Margem líquida expand_more

Evidencia, em determinado período, quanto a empresa obteve de


lucro líquido para cada R$1 vendido.

Lucro líquido
Margem líquida =
Vendas líquidas

Exemplo prático de análise de


indicadores

O diretor financeiro da empresa XYZ solicitou que, com base no balanço


patrimonial de 20XX, nos balanços projetados para o período de 20XX+1
a 20XX+3 e na DRO projetada para o mesmo período, fossem calculados
os seguintes indicadores: liquidez seca; prazo médio de estocagem;
participação do capital de terceiros sobre recursos totais; e taxa de
retorno sobre investimentos. Vejamos novamente as tabelas 11 e 13.

Demonstração do resultado orçado - 20XX a 20XX+3


(Valores em R$ mil)

DRE
Item Fonte
20XX

RECEITA BRUTA DE
Tab. 1 3.800,00
VENDAS

(-) Tributos sobre


Tab. 9 426,00
vendas

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Demonstração do resultado orçado - 20XX a 20XX+3


(Valores em R$ mil)

= RECEITA LÍQUIDA 3.374,00

(-) Custos dos


Tab. 8 2.598,15
produtos vendidos

= RESULTADO
775,85
BRUTO

(-) Despesas de
vendas e Tab. 9 216,00
distribuição

(-) Despesas
Tab. 9 150,00
administrativas

(-) Despesas
Tab. 9 54,00
financeiras líquidas

= RESULTADO
355,85
OPERACIONAL

Tabela 11: DRE 20XX - DRO 20XX+1 a 20XX+3.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

XYZ - Balanço patrimonial - 20XX a 20XX+3


(Valores em R$ mil)

ATIVO 20XX 20XX+1

ATIVO
1.673 2.032
CIRCULANTE

Disponibilidades 430 722

Contas a receber
633 667
(clientes)

Estoques 610 643

Matérias-primas 230 243

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XYZ - Balanço patrimonial - 20XX a 20XX+3


(Valores em R$ mil)

Produtos
380 400
acabados

ATIVO NÃO
510 493
CIRCULANTE

Imobilizado 510 493

Veículos 120 118

Máquinas e
390 375
equipamentos

Imóveis - -

TOTAL DO ATIVO 2.183 2.525

Tabela 13: Balanço Patrimonial.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Liquidez seca
At ivo circulant e − Est oque − Despesas ant ecipadas
LS =
P assivo circulant e

Indicador
Ano Cálculo
(quociente)

(1.673 - 610) ÷ 613


20XX 1,73
=

(2.032 - 643) ÷ 542


20XX+1 2,56
=

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Liquidez seca
At ivo circulant e − Est oque − Despesas ant ecipadas
LS =
P assivo circulant e

(2.316 - 675) ÷ 660


20XX+2 2,48
=

(3.688 - 855) ÷ 678


20XX+3 4,18
=

Tabela 18: Cálculo do índice de liquidez seca.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Prazo médio de estocagem


Est oque m édio
PME = ∗ 360
Cust o do produt o vendido

Indicador
Ano Cálculo
(quociente)

((610 + 610) ÷ 2) ÷
20XX 85 dias
2.598 x 360 =

((610 + 643) ÷ 2) ÷
20XX+1 82 dias
2.741 x 360 =

((643 + 675) ÷ 2) ÷
20XX+2 87 dias
2.753 x 360 =

((675 + 855) ÷ 2) ÷
20XX+3 88 dias
3.167 x 360 =

Tabela 19: Cálculo do prazo médio de estocagem.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Atenção!

Como não foi informado o estoque do ano 20XX-1, para 20XX


considerou-se o estoque do ano. Entretanto, sempre que for possível,
visando obter maior precisão dos cálculos, deve-se considerar a média.

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Participação do capital de terceiros sobre os recursos totais

Exigível T ot al
P art .cap.t erc.rec.t ot ais =
Exigível T ot al + P at rim ônio Líqu

Indicador
Ano Cálculo
(quociente)

(613 + 290) ÷ (613 +


20XX 0,41
290 + 1.280)

(542 + 318) ÷ (542 +


20XX+1 0,34
318 + 1.665)

(660 + 1.164) ÷ (660 +


20XX+2 0,50
1.164 + 1.807)

(678 + 1.271) ÷ (678 +


20XX+3 0,39
1.271 + 3.028)

Tabela 20: Cálculo da participação o capital de terceiros sobre os recursos totais.


Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Taxa de retorno sobre o investimento (TRI)

Lucro líquido
T RI =
At ivo t ot al

Indicador
Ano Cálculo
(quociente)

356 ÷ ((2.183 +
20XX 0,16
2.183) ÷ 2)

372 ÷ ((2.183 +
20XX+1 0,16
2.525) ÷ 2)

598 ÷ ((2.525 +
20XX+2 0,19
3.631) ÷ 2)

1.159 ÷ ((3.631 +
20XX+3 0,27
4.977) ÷ 2)

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31/10/2023, 08:31 Projeções Orçamentárias
Tabela 21: Cálculo da taxa de retorno sobre investimento.
Elaborado por: Cristóvão Marinho.

Atenção!

Como não foi informado o valor do ativo total do ano 20XX-1, para 20XX
considerou-se o ativo total do ano. Entretanto, sempre que for possível,
visando obter maior precisão dos cálculos, deve-se considerar a média.

video_library
Análise das demonstrações
contábeis projetadas
No vídeo, após a exposição das técnicas de análise das demonstrações
financeiras projetadas, é apresentado um caso prático de análise de um
balanço patrimonial projetado. Confira!

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

A empresa X fabrica um único produto: cadeiras para escritório.


Embora sua capacidade instalada seja de 100 mil unidades por ano,
em 20XX+1, as projeções apontam para uma venda de 40 mil
unidades.

O preço unitário previsto de venda é de R$1.000, as estimativas dos


custos e despesas variáveis unitários atingem R$500, e os custos e
despesas fixos totais R$10.000.000:

O diretor de vendas solicitou que fosse calculada a quantidade no


ponto de equilíbrio contábil. Marque a alternativa correta.

A 20 mil unidades

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B 25 mil unidades

C 30 mil unidades

D 35 mil unidades

E 40 mil unidades

Parabéns! A alternativa A está correta.

Para calcular o valor no ponto de equilíbrio contábil, aplica-se a


fórmula:

Cust os e despesas fixas 10.000.000


PEC = M C = 1.000 − 500 20.000 =
Margem de cont ribuição 1000 − 500

Questão 2

Em relação às demonstrações contábeis, o que a análise horizontal


evidencia?

A O resultado em determinado período.

B A consolidação das demonstrações do período.

C O giro de estoque do período.

D Os riscos aos quais a empresa está submetida.

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E O crescimento ou redução dos itens.

Parabéns! A alternativa E está correta.

A análise horizontal caracteriza-se por evidenciar, em termos


percentuais, o crescimento ou a redução dos itens (contas) das
demonstrações contábeis durante um determinado período. Os
itens analisados podem ser dos mais variados tipos, por exemplo:
receita de vendas, resultado, passivo, ativo, disponibilidades,
estoques, patrimônio líquido, custo da mercadoria vendida, ativo
permanente etc.

Considerações finais
Com este estudo, foi possível perceber a grande importância que
representa para a formação profissional saber ler, projetar, analisar e
interpretar as demonstrações contábeis.

Conhecemos as principais técnicas de análise das demonstrações


contábeis, vimos alguns exemplos de aplicações do ponto de equilíbrio,
da análise horizontal, da análise vertical e da análise de indicadores.
Ainda, percebemos que o processo de análise e interpretação não deve
levar em conta dados isolados, mas sim o conjunto composto por todas
as informações produzidas pelas técnicas de análise.

Finalmente, vimos que, além das informações trazidas pelos diferentes


orçamentos, para que sejam projetadas as demonstrações contábeis,
são necessárias outras informações, providas pela contabilidade, que
encontra na projetação das demonstrações contábeis uma das suas
mais relevantes aplicações.

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Projeção e análise de
demonstrações contábeis
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31/10/2023, 08:31 Projeções Orçamentárias

Neste podcast, o especialista desenvolve uma narrativa acerca da


elaboração e análise das demonstrações contábeis projetadas,
destacando a interação com o processo de tomada de decisões.

Explore +
Pesquise o artigo Planejamento estratégico e orçamento empresarial
como ferramentas de controle e gestão em uma empresa do setor
alimentício, de Clari Schuh, Tanise Wickert Schuh, Taciana Rodrigues de
Souza, Redvânia Vieira Xavier e Clóvis Antônio Kronbauer, e veja como o
planejamento estratégico e orçamentário é utilizado como ferramenta
de gestão e controle e como a projetação das demonstrações contábeis
se insere nesse contexto.

Para saber mais sobre a utilização das técnicas de análise das


demonstrações contábeis, leia o artigo Análise das demonstrações
contábeis: Um estudo comparativo da rentabilidade de três instituições
financeiras listadas na B3, de Pâmela dos Santos da Silva, Antonielle
Pagnussat, Elizeu Martins de Oliveira Júnior, Daniele Romanin da Silva
Cunha, publicado na Revista Científica da Ajes.

Lendo o artigo Análise financeira e o processo decisório nas


microempresas: o caso de uma indústria metalúrgica, de Deise Helen
Fim, Edicreia Andrade dos Santos e Simone Soares, pode-se perceber
como a análise das demonstrações contábeis é importante para as
microempresas.

Referências
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 8. ed. São Paulo: Atlas,
2021.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03391/index.html# 65/67
31/10/2023, 08:31 Projeções Orçamentárias

BERNARDINELLI, A. B. et al. A utilização das demonstrações financeiras


projetadas e simuladas e suas contribuições ao processo decisório -
segundo a percepção dos gestores de uma indústria química. In:
CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 7., São
Paulo, 2007. Anais [...]. São Paulo: USP, 2007, p. 1-16.

FIORIN, I.; BARCELLOS, S. S.; VALLIM, C. R. Gestão de custos através da


análise CVL: um estudo de caso em uma agroindústria de laticínios. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS - ABC, 11., Natal, 2014. Anais [...].
[S. l.]: ABC, 2014.

IUDÍCIBUS, S. de. Análise de balanços. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis. 8. ed. São Paulo:


Atlas, 2019.

PADOVEZE, C. L. Planejamento orçamentário. 3. ed. São Paulo: Cengage


Learning, 2015.

RIBEIRO, O. M. Estrutura e análises de balanços. 12. ed. São Paulo:


Saraiva Educação, 2018.

SANVICENTE, A. Z.; SANTOS, C. C. Orçamento na administração de


empresas: planejamento e controle. 2. ed. 19. reimpr. São Paulo: Atlas,
2009.

SOUZA, A. B. de. Curso de administração financeira e orçamento:


princípios e aplicações. São Paulo: Atlas, 2014.

WELSCH, G. A. Orçamento empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1985.

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