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FACULDADE

CURSO

Artigo cientifico com 12 paginas

ALUNO/A

PRINCIPAIS MÉTODOS PARA CALCULAR OS RISCOS OPERACIONAIS NAS


INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS:
ESTUDO DE CASO

CIDADE/ESTADO
2020
ALUNO/A

PRINCIPAIS MÉTODOS PARA CALCULAR OS RISCOS OPERACIONAIS NAS


INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS:
SUBTÍTULO

Artigo apresentado a FACULDADE, como


parte dos requisitos necessários para obtenção
do título de FORMAÇÃO.

Orientador: Prof.

CIDADE/ESTADO
2020
PRINCIPAIS MÉTODOS PARA CALCULAR OS RISCOS OPERACIONAIS NAS
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS:

Zeca1

RESUMO

Este artigo busca discutir os fundamentos dos principais métodos para calcular os riscos
operacionais em instituições financeiras. Como método, parte-se de uma pesquisa bibliográfica,
na modalidade de uma revisão de literatura narrativa, buscando alicerçar o substrato teórico e
empírico para dar sustentação a discussão proposta neste trabalho. Constata-se que os métodos
são muito variados e que o método adequado depende do contexto do mercado e das
especificidades da organização financeira, suas principais fragilidades, pontos fortes, etc.

PALAVRAS-CHAVES: Risco operacional. Contabilidade. Banco. Mercado.

ABSTRACT

This article seeks to discuss the fundamentals of the main methods for calculating operational
risks in financial institutions. As a method, it starts from a bibliographic research, in the
modality of a review of narrative literature, seeking to support the theoretical and empirical
substrate to support the discussion proposed in this work. It appears that the methods are very
varied and that the appropriate method depends on the market context and the specifics of the
financial organization, its main weaknesses, strengths, etc.

KEYWORDS: Operational risk. Accounting. Bank. Market.

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E-mail:.
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1 INTRODUÇÃO

Este artigo discute as principais metodologias de banco de dados, as técnicas mais


avançadas para avaliar e priorizar o risco operacional e as vantagens e desvantagens dos
principais acadêmicos da área. Porque esses são os elementos básicos. Medindo o risco
operacional. Este trabalho é apropriado porque os gerentes precisam abordar o leque de opções
metodológicas existentes e as melhores práticas a serem aplicadas à evolução da organização.
Esses procedimentos foram necessários para alcançar os objetivos do artigo de
apresentar, analisar e discutir contribuições teóricas para os elementos fundamentais para a
mensuração do risco operacional. Como avaliar e priorizar o risco operacional.

1 METODOLOGIA

Este artigo é caracterizado como um ensaio teórico e consiste em comentários lógicos e


reflexivos, com ênfase na discussão e interpretação pessoais. Portanto, busca fornecer uma
alternativa viável para a evolução da pesquisa nesse campo, por meio do aprofundamento crítico
e reflexivo resultante dessa análise sistemática da realidade.
Para tanto, foi realizada pesquisa exploratória utilizando fontes bibliográficas e
documentais disponíveis em site, livros e periódicos. A pesquisa exploratória, segundo Andrade
(2008) visa, entre outras coisas, fornecer mais informações sobre os sujeitos investigados e
facilitar a separação dos sujeitos da pesquisa.
Além disso, o estudo também é caracterizado como bibliografia. Köche (2001) define
pesquisa bibliográfica como o desenvolvimento de tentativas de explicar problemas usando o
conhecimento adquirido a partir das teorias apresentadas em livros e trabalhos semelhantes.

2 A CONTABILIDADE E INSTABILIDADE DO MERCADO FINANCEIRO

O mercado global está mudando constantemente e a contabilidade agora enfrenta os


desafios complexos associados à medição de eventos probabilísticos. Foi assim que
especialistas e estudiosos de campo descobriram maneiras de fornecer aos usuários informações
confiáveis.
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No entanto, esse modelo de gerenciamento está em desenvolvimento para muitas


organizações. Como Trapp e Corrar (2005) declararam, um grande estudo de caso de instituição
financeira constatou que estava em um estágio intermediário no desenvolvimento do
gerenciamento de riscos operacionais. No entanto, observou-se que esta questão ainda está em
seus estágios iniciais, não apenas no Brasil, mas também internacionalmente. Portanto, outras
instituições financeiras podem ter esse processo em um nível anterior, principalmente para
medir o risco operacional.
Iudícibus (2000) enfatiza que o principal objetivo da contabilidade é fornecer
informações econômicas relevantes para que cada usuário possa tomar suas próprias decisões.
No entanto, os contadores enfrentam dificuldades em tentar fornecer essas informações. Esse
problema geralmente é causado pela falta de um banco de dados de perdas e pela dificuldade
em separar essas perdas em diferentes categorias de risco. Isso ocorre porque alguns desses
eventos podem ter características que podem ser categorizadas em diferentes tipos de risco.
Hendriksen e Breda (1999) afirmam que a previsão de objetos ou eventos futuros deve
ser fornecida ou permitida para que os dados contábeis sejam relevantes. No entanto, essas
informações incluem análises probabilísticas complexas e nem sempre indicam boa confiança.
Nesta tentativa de conter e melhorar os controles contábeis, se costuma achar evidências
de atividades de alto risco, que há muito tempo eram gerenciadas apenas por meio de contatos
de seguro. No entanto, essas atividades atualmente apresentam um alto grau de complexidade
e diversificação para esse tipo de contrato. Como resultado, muitas instituições financeiras e
outras empresas que reconhecem a importância dessa administração estabeleceram setores
específicos para identificação, avaliação, monitoramento, controle ou mitigação.
Dessa forma, modelos teóricos e métodos probabilísticos a serem testados são
estabelecidos entre as várias opções que visam mudar a cultura da organização diante dos riscos.
No entanto, ainda não existe uma metodologia aplicada específica que seja compatível com
todas as instituições financeiras. Segundo McGraw (2007), regulamentos e controles que se
concentram cada vez mais no risco operacional não são prescritivos. Isso significa que as
organizações são livres para escolher a solução para seus problemas.
A volatilidade dos mercados financeiros, representada pela volatilidade das taxas de
juros e das taxas de câmbio e a expansão da atividade financeira para outros países, levou à
necessidade de desenvolver mecanismos que proporcionem maior estabilidade aos mercados
financeiros e, portanto, a seus investidores, clientes e governos (TRAPP e CORRAR, 2005).
Em 1988, o Comitê da Basiléia sobre Fiscalização Bancária anunciou o "Primeiro
Acordo de Capital de Basileia", com o objetivo de fortalecer a solidez e a estabilidade do
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sistema bancário internacional. Este documento define o capital mínimo para suportar o risco
de crédito presente nos negócios e a Comissão posteriormente incorporou o risco de mercado
aos requisitos da definição de capital mínimo (TRAPP e CORRAR, 2005).
No entanto, as atividades intermediárias financeiras específicas de bancos têm uma
extensa lista de riscos associados a elas. Por exemplo, risco de taxa de juros, risco de mercado,
risco de crédito, risco extrapatrimonial, risco cambial, risco de liquidez, risco soberano, entre
outros. Além disso, eles estão sujeitos a riscos decorrentes de procedimentos internos
inadequados, como riscos técnicos, humanos, de documentação e fraude. Portanto, o risco
bancário pode ser dividido em dois grandes grupos: risco de intermediação financeira e risco
operacional (TRAPP e CORRAR, 2005).
Nesse sentido, na década de 1990, o sistema financeiro internacional enfrentou uma
onda de desastres financeiros com foco no risco operacional, além dos riscos já mencionados
no 1º Acordo de Capital da Basiléia. Como resultado, o primeiro Acordo de Capital da Basiléia
que foi emitido em 2001 e suas diretrizes deverão ser implementadas até o final de 2006. Entre
as mudanças, o risco operacional necessário para alocar capital a perdas esperadas e inesperadas
devido a eventos relacionados (TRAPP e CORRAR, 2005).
Assim, há uma necessidade internacionalmente reconhecida de criar mecanismos para
prever e combater as possibilidades de riscos operacionais para sobrevivência da empresa e
para auxiliar os órgãos superiores sejam eles internacionais ou nacionais (TRAPP e CORRAR,
2005).

3 GESTÃO E CONTROLE DOS RISCOS OPERACIONAIS E SUA IMPORTÂNCIA

O gerenciamento do risco operacional é essencial para evitar a exposição a fraudes e


erros. O risco operacional inclui vários fatores, como pessoas, processos, sistemas, eventos
internos e externos, questões trabalhistas, interrupções de atividades e fraudes. No relatório de
desempenho do Banco do Brasil referente ao terceiro trimestre de 2011, o risco operacional é
tratado como perda possível devido a processos internos, humanos, falhas no sistema, defeitos,
inadequação ou eventos externos. Essa definição inclui a possibilidade de perdas decorrentes
de riscos legais associados à inadequação ou falta de contratos assinados pela instituição, bem
como multas por não conformidade com as disposições legais e a terceiros devido a atividades
realizadas pela instituição.
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Coimbra (2006) explica que, após as fraudes e escândalos financeiros dos anos 90
chamarem a atenção para o risco operacional das instituições financeiras, ele começou a se
tornar mais relevante para outros tipos de risco. Existe globalização, desregulamentação e
aumento da concorrência. Existem fusões e aquisições, aumentando a complexidade de
produtos e operações. Avanços em tecnologia da informação, comunicações e comércio
eletrônico.
A realidade atual da economia global coloca as empresas em maior risco e não há como
evitar, mas através da introdução e aprimoramento de técnicas de gerenciamento de riscos, é
preciso conhecer os riscos inerentes às suas atividades. Parcerias entre áreas de controle interno
e risco devem ser estabelecidas para permitir a identificação e o gerenciamento de riscos.
Segundo Camilo (2006, p. 56), o gerenciamento de riscos visa avaliar e gerenciar as
incertezas naturais enfrentadas por uma organização como uma maneira de criar valor,
estratégias, processos, pessoas, tecnologia e abordagem sistemática e disciplinada para
coordenar o conhecimento.
No gerenciamento de riscos, é importante identificar objetivos de negócios e
implementar procedimentos de gerenciamento que cumpram esses objetivos. Com base na
identificação dos objetivos de negócios, as atividades relevantes são validadas, as rotinas de
execução são descritas por meio de mapeamentos de processos e os riscos existentes podem ser
verificados e criados para reduzi-los e controlá-los. É necessária uma infraestrutura técnica
apropriada para monitorar e integrar outras funções da agência, como auditoria, controle e
comercialização, tanto para gerenciamento de riscos quanto para controle interno. A estrutura
de gerenciamento de riscos ajuda as organizações a antecipar e planejar mudanças regulatórias,
treinar os funcionários sobre o conhecimento de políticas e procedimentos internos e confiar
em clientes e acionistas.
No caso da resolução número 3.380 de 2006, esta trata da implementação de estruturas
de gerenciamento de risco operacional em instituições financeiras e outras instituições
autorizadas a operar pelo Banco Central do Brasil. A 3380 de 2006 estabelece que a estrutura
deve atender à natureza e complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas
da instituição.
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4 CÁLCULO E MENSURÇÃO

Medir o risco operacional envolve estimar a probabilidade de ocorrência de um evento


de perda e o tamanho potencial da perda. Levine e Hoffman (n.d.) argumentam que muitas
instituições financeiras desconhecem a magnitude das perdas anuais devido ao risco
operacional, mas o problema se torna tão grande que não pode ser ignorado. As instituições que
começaram a registrar perdas consideraram os custos muito altos. O autor dá o exemplo do
Daiwa Bank, que acumulou US $ 1 bilhão em perdas apenas em 1984-1995 como resultado de
transações fraudulentas por um de seus operadores (PEDOTE, 2002).
Os estudos realizados por esses autores registraram mais de 75 perdas individuais de
mais de US $ 500.000 e mais de 250 perdas individuais de mais de US $ 100.000 cada uma
somente nos anos 90. Como resultado da pesquisa, os autores escreveram um artigo resumindo
os vários métodos utilizados pelas instituições financeiras para medir o risco operacional. O
conjunto desses métodos se torna um processo chamado de criação de perfil de risco. O objetivo
é adquirir imagens históricas e atuais para prever estimativas de exposição ao risco operacional
(PEDOTE, 2002).
Levine e Hoffman argumentam que o primeiro passo para medir o risco operacional é
quantificar as perdas que já ocorreram. Para traçar um perfil do passado, uma instituição precisa
fazer uma lista de incidentes e perdas. O inventário de incidentes deve incluir todos os eventos
que possam resultar em perda financeira ou de reputação, mas que não funcionaram por algum
motivo. O inventário de perdas inclui todos os eventos que resultam direta ou indiretamente em
perdas monetárias e/ou econômicas. Esses eventos também incluem ações de perda de
reputação e outros tipos de perdas difíceis de mensurar. Em parte, o formato do inventário de
incidentes e perdas foi montado (PEDOTE, 2002).
O aumento do uso de intranets por instituições financeiras permite a automação de
formas de incidentes e perdas, acelerando a coleta e a integração de informações (PEDOTE,
2002).
As instituições agora podem optar por criar seu próprio banco de dados de incidentes.
Banco de dados de perda ou compra disponível no setor. Levine e Hoffman alertam que a
natureza dos dados coletados pode variar de instituição para instituição. Para que sejam úteis,
sua integridade, largura e série deve ser compatível com o perfil de gerenciamento de risco
operacional adotado pela agência em questão. O fato que dificulta a coleta de dados é que as
classes de risco operacional não seguem os mesmos critérios de outras categorias de risco. Estes
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possuem características únicas, considerações de causalidade complexas e variáveis de controle


subjetivas (PEDOTE, 2002).
Para monitorar o presente, Levine e Hoffman sugerem o uso de indicadores de risco em
combinação com ferramentas de auto-avaliação e mapeamento de riscos. Os dados relacionados
a esses indicadores geralmente já estão disponíveis internamente, mas são distribuídos por
diferentes unidades da instituição. É de responsabilidade do Diretor de Risco Operacional
coletar essas informações em um banco de dados comum (PEDOTE, 2002).
A seleção dos indicadores de risco deve ser feita pelo Comitê de Risco Operacional para
garantir que esses dados representem as atividades de uma instituição financeira nos produtos
da linha de negócios e nos processos da área de suporte. Com um banco de dados completo, as
instituições financeiras podem fazer projeções sobre sua exposição ao risco operacional
(PEDOTE, 2002).
Algumas instituições financeiras argumentam que a mensuração do risco operacional
precisa estar ligada ao valor agregado aos acionistas e à remuneração dos empregados no
chamado “ciclo virtuoso” que envolve alocação de capital com base no risco operacional
(PEDOTE, 2002).
Quando as medidas de risco estão ligadas ao desempenho, os profissionais envolvidos
no processo de gerenciamento de riscos operacionais são compensados ou “punidos”,
dependendo da ausência ou ocorrência de perdas operacionais. A adoção desse tipo de
mecanismo pode justificar a decisão de alocar recursos para os acionistas (PEDOTE, 2002).
Conforme documento da BASEL CO.Ml \ 1ITTEE (1998), a maior parte instituições
financeiras está quase sempre nos estágios iniciais do processo de medição de risco operacional.
Segundo o documento, as propriedades experimentais dos vários modelos de medição
desenvolvidos refletem alguns problemas. A métrica de risco operacional normalmente
escolhida por uma instituição é uma métrica de desempenho interno, como volume de
transações, rotatividade de pessoal, volatilidade na receita, taxa de erro ou falha, conforme
mostrado no processo de criação de perfil de risco por Levine e Hoffman. Ainda não há
consenso no setor financeiro em relação à escolha dessas variáveis (PEDOTE, 2002).
A incerteza sobre quais indicadores são importantes na mensuração do risco operacional
decorre da falta de uma relação direta entre essas variáveis e da magnitude e frequência dos
eventos de perda experimentados pelo esquema. Isso contrasta com o que acontece na
mensuração do risco de mercado, onde as mudanças nos preços dos ativos têm uma relação
clara com o valor da carteira de uma instituição financeira. Outra questão é o custo da coleta de
informações para identificar a causa de um evento de perda e a adoção de medidas para impedir
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o evento futuro resultante. Em alguns casos, esses custos são maiores que o tamanho da própria
perda e, dependendo do tamanho da instituição e do valor de sua receita, não é prático fazer o
investimento necessário para medir o risco operacional (PEDOTE, 2002).
Segundo a pesquisa da RMA (2000), a implementação de estruturas de gerenciamento
tende a evoluir em cinco estágios.
Critérios tradicionais: O risco operacional é inerente a todas as atividades de uma
instituição financeira; portanto, o primeiro passo na implementação de sua administração é
considerado a existência de controles internos sob a responsabilidade dos gerentes da linha de
negócios e da área de suporte sobre olhar da Auditoria Interna (PEDOTE, 2002).
Conscientização: chega ao estágio em que o Conselho promove a discussão do risco
operacional como uma categoria separada e nomeia a pessoa responsável por sua estrutura de
gerenciamento. A seguir, o processo de avaliação de risco operacional começa com a definição
de políticas internas e a adoção de ferramentas para identificar a fonte de risco (PEDOTE,
2002).
Supervisão: é o estágio em que as estratégias de gerenciamento de risco operacional são
definidas e a implementação dos métodos de medição e controle começa. O foco atual é
determinar o nível de exposição ao risco operacional e validar a eficácia dos mecanismos de
controle interno. As medidas de exposição ao risco são integradas usando scorecards. Nessa
etapa, as áreas de negócios tendem a reconhecer a relevância dos processos de gerenciamento
e fornecer recursos dedicados para o monitoramento de indicadores de risco (PEDOTE, 2002).
Quantificação: À medida que uma instituição obtém uma melhor compreensão do estado
atual de sua exposição ao risco operacional, pode fazer estimativas de sua exposição futura. Em
seguida, é implementado um método quantitativo que permite uma análise empírica das causas
e fatores atenuantes das perdas operacionais (PEDOTE, 2002).
Integração: Nesta fase, o valor agregado do gerenciamento de riscos operacionais já foi
alcançado, e o foco do Comitê de Riscos Operacionais é integrar vários processos e ferramentas
e compartilhar informações e experiências com outros comitês de gerenciamento sobre gestão
do risco, tais como mercado e crédito (PEDOTE, 2002).
Os bancos medem o risco de crédito e de mercado, de acordo com Keck e Jovic (1999),
porque podem e não apenas porque precisam. Além do novo acordo de Basileia e alocação de
capital, existem razões comerciais sólidas além dos requisitos regulatórios para avaliar o risco
operacional. No cálculo dos projetos de investimento, a realidade da taxa de risco e do retorno
do investimento ainda não é conhecida, a menos que o impacto do risco operacional seja levado
em consideração.
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Na visão de Jameson (2002), os processos de implementações e o redesenho do projeto


devem considerar fatores que levam em conta como o perfil de risco operacional do processo é
afetado. Dessa maneira, o impacto do risco operacional pode tornar os resultados do projeto
mais claros e ajudar os gerentes a estabelecer as bases para a tomada de decisões. Nesse sentido,
Horn e Muller (2001) afirmam que, em vez de comparar mudanças nos preços de mercado, um
conjunto de variáveis precisa ser levado em consideração para quantificar as possíveis perdas
operacionais. Isso depende da probabilidade de ocorrência de perda, dependendo da
probabilidade da causa subjacente e da eficácia dos controles e determina a eficácia das medidas
de mitigação que devem ser consideradas antes de atingir o número final de perdas potenciais.
No entanto, a ameaça real é uma correlação de várias fontes de risco que são combinadas com
relações causais não lineares. Portanto, a relação puramente linear de causa, controle, mitigação
de riscos e perda faz parte da história, mas não é tudo.
Miccolis e Shah (2002) mencionam o método de sistemas dinâmicos, teoria dos
conjuntos bayesiana e lógica difusa para quantificar riscos operacionais, entre outros. Dada a
posição intermediária entre dados subjetivos e históricos, esses métodos oferecem o maior
potencial de modelagem de risco operacional para instituições financeiras até que o setor
amadureça o armazenamento e a manutenção de dados de risco operacional.
Portanto, conforme descrito em Anders (2002), a coleta de perdas nos processos de
negócios e projetos deve considerar quatro pontos: Identifique registros de perda de conta;
Identifique a pessoa responsável; Substitua os processos manuais existentes que resultam em
perda operacional; Coordenação entre auditoria interna, seguro e conformidade.
Portanto, o armazenamento de perdas não precisa ser mais do que apenas uma estatística
por si só, mas é importante informar o departamento de gerenciamento de riscos operacionais
da perda imediatamente para mitigar e antecipar as consequências mais graves.
Segundo Jameson (2002), o documento de trabalho sobre o tratamento regulatório do
risco operacional emitido pelo Comitê da Basiléia em setembro de 2001 é insuficiente para
evitar a recorrência de perdas. Assistir a eventos casuais é a chave para o gerenciamento de
riscos. No entanto, de acordo com Hussein (2000), entender as relações causais e priorizar
riscos requer entender as interdependências dos processos de negócios do banco. Portanto, os
bancos de dados de perdas internas dos bancos e as abordagens de medição só terão êxito se
entenderem completamente o processo.
O método probabilístico é baseado em medidas estatísticas de duas variáveis principais
para medir o risco operacional. Probabilidade de ocorrência e gravidade da perda. A relevância
estatística probabilística é garantida na medida calculada do risco operacional se já existirem
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dados de perda interna de dimensões suficientemente grandes. Devido à quantidade variável de


dados, esses dois parâmetros (frequência e gravidade dos danos) são frequentemente modelados
separadamente.
Segundo Anders (2002), a probabilidade e a gravidade do risco podem ser derivadas ou
detectadas por meio de parâmetros do modelo, por isso é importante para a maioria dos bancos
processar esses números para determinar o Valor de Risco (VaR). É o risco operacional de cada
um dos processos. Isso determinará o capital econômico apropriado para cobrir o risco de
exposição na maioria dos eventos de perda. Essa lógica é a base para medir o impacto das
mudanças dos fatores de risco no valor de carteira.
O VaR é um valor de carteira que não pode ser excedido se exceder uma certa
porcentagem (também chamada de intervalo de confiança). Portanto, esse número representa o
maior risco que os bancos devem suportar em quase todos os eventos de perda, com o intervalo
de confiança mais comum sendo de 95% ou 99% (JORION, 2001).
É fácil perceber por que o valor de risco é do interesse dos bancos para colocar números
em risco operacional. Eles já sabem disso por risco financeiro, e essa técnica tem sido bem
recebida nos últimos anos. A função de confiabilidade foi desenvolvida em pesquisa
operacional e é considerada uma adição valiosa ao calcular a taxa de erro (evento de perda) de
um único processo e sistema durante um período de tempo.
Portanto, de acordo com McConnell, Blacker (2000), algumas etapas são necessárias.
Temos o aprendizado, onde as altas taxas de falhas resultam inicialmente de problemas de
experiência e qualidade, mas a eficácia do aprendizado colaborativo reduz significativamente a
frequência de falhas. Temos a maturidade onde as deficiências aleatórias pouco frequentes,
pequenas melhorias são feitas e a frequência das deficiências diminui lentamente. E temos
também a utilização, referente a maior ocorrência de falhas nos componentes do processo que
estão desgastados e exigem substituição ou “reciclagem”.
Portanto, a identificação proativa de riscos revela os principais fatores de risco
operacional para determinar a eficiência do processo e é usada como parâmetro da função de
confiabilidade. Todas as medidas para prevenir e mitigar o risco operacional podem ser
refletidas nessa abordagem e os parâmetros relevantes podem ser ajustados. O processo
principal, Valueat-Risk, pode ser calculado usando os processos das funções de confiabilidade
e perda. Esses processos calculam a probabilidade de perder uma certa quantia quebrando um
subprocesso específico (McConnell, Blacker, 2000).
No entanto, essa abordagem também tem eventos de baixa e média frequência como seu
principal objetivo. No entanto, a distribuição assumida pela função de perda não representa
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adequadamente sérios riscos, falhas catastróficas do sistema, fraude em massa, processos de


colapso e desastres naturais (McConnell, Blacker, 2000).
Outro método probabilístico e baseado em processos, a Modelagem Bayesiana, é uma
abordagem promissora para abordar a subjetividade inerente ao risco operacional. Isso ocorre
porque o teorema de Bayes mostra como as crenças sobre os valores dos parâmetros devem ser
atualizadas à luz das evidências.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo buscou discutir os métodos para análise de riscos operacionais a partir de
uma discussão teórica embasada na contribuição de diversos autores, a partir de uma sucinta
revisão de literatura narrativa para construção do substrato teórico a ser utilizado auxiliarmente.
A racionalização do mercado, aliado ao aumento da competitividade e da complexidade
das variáveis ambientais e internas as organizações fazem com que o “mundo dos negócios”
tenda a se tornar imprevisível. Dentro desse contexto, as Ciências Contábeis, aliada a uma boa
Administração, junto com outras ciências, desenvolveram métodos avançados para medição e
previsão de riscos operacionais.
Constata-se que existem diversos métodos e que a escolha de um deles para determinada
organização ou Banco depende de análise prévia realizada por profissionais que conheçam não
apenas um método, mas diversos. Isto porque embora haja métodos que possam ser aplicados
a diversas situações e diversas organizações financeiras, as especificidades da empresa e do
mercado precisam ser levadas em consideração na escolha do método mais adequado.

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