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das Estruturas
2019
1 Edição
a
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Lucas Onghero
Onghero, Lucas
ISBN 978-85-515-0322-5
CDD 624.171
Impresso por:
Apresentação
Caros alunos, sejam bem-vindos ao curso de mecânica das estruturas,
nesta disciplina busca-se capacitar os alunos a analisar as estruturas
reticuladas no geral, sendo estas hiperestáticas, isostáticas ou hipostáticas.
Será dada maior ênfase às estruturas planas, determinando suas reações de
apoios e esforços internos pelos diferentes métodos existentes, aplicando
cada um com sura devida particularidade.
Bons estudos!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS..................................................... 1
VII
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 77
2 ANÁLISE DE ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS: ESFORÇOS E DESLOCAMENTOS.............. 77
2.1 DIAGRAMA DOS ESFORÇOS SOLICITANTES......................................................................... 78
2.2 GRÁFICOS DE ESFORÇOS SOLICITANTES............................................................................... 82
3 ANÁLISE DE TRELIÇAS .................................................................................................................... 88
3.1 ESTATICIDADE E ESTABILIDADE DAS TRELIÇAS................................................................. 90
4 MÉTODO DOS NÓS............................................................................................................................ 90
5 MÉTODO DE CREMONA................................................................................................................... 94
6 MÉTODO DE RITTER OU MÉTODO DAS SEÇÕES................................................................... 99
6.1 PROCEDIMENTO DE ANÁLISE................................................................................................... 99
RESUMO DO TÓPICO 1...................................................................................................................... 103
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 104
VIII
2.1.1 Viga engastada-apoiada ...................................................................................................... 199
2.1.2 Viga biengastada.................................................................................................................... 201
2.1.3 Viga contínua......................................................................................................................... 205
2.1.4 Treliças – barra de material homogêneo e seção transversal constante
submetida à carga axial........................................................................................................ 210
2.1.5 Treliças – barra composta de duas hastes de materiais, comprimentos e seções
diferentes submetidas a carregamento axial...................................................................... 211
2.2 RESUMO DO MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS PARA ESTRUTURAS
RETICULADAS DIVIDIDAS EM ELEMENTOS....................................................................... 215
2.3 CÁLCULO DA MATRIZ DE RIGIDEZ....................................................................................... 216
2.4 ELEMENTO DE TRELIÇA PLANA............................................................................................. 220
2.5 ELEMENTO DE PÓRTICO PLANO............................................................................................ 222
2.6 REGRA DA CORRESPONDÊNCIA............................................................................................ 228
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 234
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 235
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 249
IX
X
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À ANÁLISE
DE ESTRUTURAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividia em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A estabilidade de uma edificação se dá devido a um projeto estrutural
bem elaborado, em que são apresentadas todas as partes resistentes de maneira
otimizada para as cargas consideradas.
• projeto arquitetônico;
• aspectos funcionais (dimensões, iluminação, limitação do espaço);
• aspectos estéticos;
• carregamentos atuantes (permanentes ou acidentais);
• condições de fabricação, transporte e montagem da estrutura;
• material estrutural a ser utilizado.
Dessa forma, essa disciplina tem como objetivo proporcionar aos alunos o
conhecimento teórico necessário para dimensionar e analisar a concepção estrutural
adotada em projeto. Nessa disciplina serão abordados os conceitos fundamentais,
necessários para desenvolver a análise dos esforços e dos deslocamentos sofridos pela
estrutura com o carregamento previsto. Portanto, esse livro didático busca apresentar
estes conceitos de maneira prática e sistemática, apresentando um passo a passo.
3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
ATENCAO
2 NOÇÕES FUNDAMENTAIS
Para efetuar a análise de estruturas é necessário ter o conceito de força
bem assimilado. A força é definida pelo 3º Princípio da Mecânica Clássica: “em
cada instante, a ação mecânica de um corpo sobre um ponto material pode ser
representada por um vetor aplicada no ponto”. Desta forma, é possível afirmar
que a força aplicada sobre um ponto em um corpo rígido pode ser representada
por vetores aplicados em pontos sólidos.
Esta ação entre sólidos pode se manifestar a distância ou por contato direto
entre os corpos, podendo ser citado como exemplo a força gravitacional (ação de
forças de volume) e a força que o asfalto exerce nas rodas do carro (ação por contato).
4
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM ANÁLISE
P
FONTE: Neto (1996, p. 2)
O momento de ação de uma força (P, F ) em relação a um ponto O é um
vetor passando por O e definido matematicamente por M= 0 0 P Λ F , e apresenta
como característica as seguintes propriedades:
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
De acordo com a Figura 2 é possível afirmar que OP sin α é igual a d
(Figura 3a e b), ou seja, a distância do ponto O à linha de ação de força (P, F ) e,
desta maneira, então é possível escrever a equação de momento sendo M O = F . d
e, para esta distância d se dá o nome de braço de momento (ou braço de alavanca).
a) b)
FONTE: <https://docplayer.net/docview/81/83229432/#file=/storage/81/83229432/83229432.
pdf>. Acesso em: 23 maio 2019.
6
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM ANÁLISE
O sentido de momento F é determinado da seguinte maneira:
• No plano que contém a linha de ação de (P, F ) e é perpendicular a π, coloque a
mão direita com a palma voltada para a reta “r” e com os dedos no sentido de F .
• Deixe o polegar perpendicular aos demais dedos.
• O sentido de M O é então apontado pelo polegar da mão direita (ver Figura 4).
A equação
M O = F . d apresenta que a intensidade do momento de uma
força (P, F ) em relação a um ponto O é o produto de duas grandezas, sendo a
intensidade da força atuante e a distância entre a sua linha de ação e o ponto
aplicado. Portanto, desta equação é possível obter as seguintes propriedades:
M O 0 para
= = F 0=
ou d 0
7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
FONTE: <https://docplayer.net/docview/81/83229432/#file=/storage/81/83229432/83229432.pdf>.
Acesso em: 23 maio 2019.
1- Se (P, F ) e (Q, F ) têm a mesma linha de ação, então seus momentos em relação
a um mesmo ponto são iguais.
{( P, F ) , ( P, F ) , ( P, F ) ,…, ( P, F )} tem-
=
Dado um sistema de forças S 1 2 3 n
se que:
n
R = ∑ Fi
i =1
M0 = Σ0P Λ F,
n=1
8
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM ANÁLISE
M = F. b
9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
{( )}
=
A Redução de um sistema de forças S )(
P, F1 , P, F2 , P, F3 , …, P, Fn )( ) (
em
um ponto A consiste em aplicar neste ponto dois vetores: R e M A . Nota-se que
R é a resultante do sistema de forças S e este componente independe do ponto
de redução.
A redução de um mesmo
sistema
de forças S em dois pontos distintos A e B
pode ainda levar aos momentos M A e M B , tendo sua relação descrita pela fórmula:
MB = MA + BA Λ R
Essa fórmula mostraque o momento M B é a soma vetorial de M A com o
momento que a resultante R aplicada em A tem em relação a B, ou seja, quando
se reduz em B um problema previamente reduzido em A, consistem em aplicar
em B uma força ( R ) e dois momentos ( M A ) e o momento de (A, R ).
Após o exposto acima, deve-se ressaltar outra propriedade dos vetores,
quando a resultante R de um sistema de forças é nula, então o momento M B
independe da posição do ponto B de redução, e a recíproca dessa situação também
M
se faz verdadeira, ou seja, sendo o momento B independe do ponto B de redução
(para qualquer ponto B), então a resultante R é nula. Essa
afirmação pode ser
mostrada matematicamente da seguinte maneira: R= 0 ⇔ M B .
10
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM ANÁLISE
a)
FONTE: Neto (1996, p. 9) b)
R= 20i − 50i = − 30i
MA = −20.2k + 50.4k = 160k
a) b)
c)
FONTE: Neto (1996, p. 11)
A redução
de ambos
os sistemas de forças no centro de massa (G) leva a
um valore de R = 0 e R = − 30i . Porém se as barras se encontram em repouso no
instante da solicitação dos esforços, elas irão se deformar, uma vez que se trata
de elementos deformáveis e permanecerão com sua configuração deformada, em
repouso, desde que seja mantida a configuração de carregamento nela aplicada.
12
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM ANÁLISE
a) b)
c) d)
FONTE: O autor
NOTA
13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
O momento de redução é
M Q = P.x − P. ( l − x )
a) b)
FONTE: Neto (1996, p. 18)
M Q = P.x − P. ( l − x ) = 0
2 P.x − P. l =
0
l
x=
2
14
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM ANÁLISE
− P.l =
MA = −2.P.x
l
x=
2
FONTE: O autor
−30.2 − 40.3 =
MA = −180 kN .m
15
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
FONTE: O autor
−180 kN .m =
MA = −90.x
−180
=x = 2m
−90
Portanto:
FONTE: O autor
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Toda força aplicada em um plano irá gerar um binário em outro ponto qualquer
diferente do qual a força é aplicada.
• Todo carregamento apresentado por uma estrutura pode ser reescrito em uma
forma mais simplificada, formando um sistema equivalente.
17
AUTOATIVIDADE
FONTE: O autor
b)
FONTE: O autor
c)
FONTE: O autor
c)
FONTE: O autor
c)
FONTE: O autor
18
2 Substitua o sistema de forças que atua sobre a viga por uma força e um
momento equivalente no ponto B.
3 Substitua as três forças atuantes no cano por uma única força resultante.
Especifique onde a força atua, utilizando a extremidade B como referência.
19
5 Substitua o carregamento distribuído por uma força equivalente resultante,
especifique sua localização medida a partir do ponto A.
20
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A estática dos sistemas materiais planos estuda o equilíbrio das estruturas
contidas no mesmo plano que as forças que atuam no sistema, através das
equações de equilíbrio apresentadas adiante, no Quadro 1.
2 EQUILÍBRIO
Um sistema estrutural se encontra em equilíbrio quando ele estiver em
repouso em relação a um ponto de referência, ou seja, se qualquer ponto contido
em seu sistema não varia de posição em relação a esse referencial adotado.
No plano No espaço
ΣFx =0 ΣFx=0
ΣFy =0 ΣFy=0
ΣMx =0 ΣFZ=0
ΣMy =0 ΣMx=0
ΣMy=0
ΣMz=0
FONTE: O autor
Toda vez que essas equações são aplicadas, se faz necessário traçar o
diagrama de corpo livre do sistema, o qual será abordado nos subtópicos a seguir.
2.1 REVISÃO
Equilíbrio: quando todas as forças que atuam sobre o ponto material
têm força resultante nula, podendo este corpo estar em repouso ou se movendo
com velocidade constante. Para realizar essa análise se faz necessário o estudo
do diagrama de corpo livre, que nada mais é que o contorno da forma do ponto
material, mostrando todas as forças com suas intensidades e sentidos conhecidos
e desconhecidos.
22
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS SISTEMAS MATERIAIS
2- Equações de equilíbrio:
• Usar as equações escalares de equilíbrio ∑Fx = 0, ∑Fy = 0 e ∑Fz =0 nos casos em
que seja fácil decompor cada força em seus componentes x, y, z.
• Se a geometria tridimensional parecer difícil, primeiro expressar cada força
como vetores cartesianos e depois substituir pelos vetores na equação de ∑F=0,
igualando a zero os componentes i,j,k.
• Se a solução der resultado negativo, isso indica que o sentido da força é oposto
ao mostrado no diagrama de corpo livre.
3 APOIOS
Todos os esforços atuantes em um sistema podem ser classificados em
esforços externos ativos e reativos, ou seja, as ações atuantes (peso próprio dos
elementos, pressão de vento, cargas de uso da edificação etc.)
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Reações (impedimento
Tipo de Apoio Representação Plano
do movimento)
Apoio Simples ou de primeiro
Rx=0; Mz=0; Ry ≠ 0 X-Y
gênero
Articulação, rótula ou apoio do
Rx ≠ 0; Mz=0; Ry ≠ 0 X-Y
segundo gênero
Engaste Rx ≠ 0; Mz≠0; Ry ≠ 0 X-Y
FONTE: O autor
E
IMPORTANT
24
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS SISTEMAS MATERIAIS
Em que:
• r = número de componentes de reação;
• n = número de partes seletiva dos membros através do diagrama de corpo livre.
Em que:
• gh = grau de estaticidade ou hiperestaticidade
• C1 = número de vínculos da 1ª classe
• C2 = número de vínculos da 2ª classe
• C3 = número de vínculos da 3ª classe
• m = número de hastes presentes na estrutura
25
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Exemplos:
Exemplo:
26
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS SISTEMAS MATERIAIS
Tirantes (C1)
Articulação ou
Rótula (C2)
Ligação engastada
27
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Exemplos:
I- ∑Fx=0
HA + 6kN = 0 . . HA = –6kN
II- ∑Fy=0
29
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
III- ∑MA=0
I- ∑Fx=0
II- ∑Fy=0
VA + VB = 60kN
III- ∑MA=0
I- ∑Fx=0
–HB + 12 – 4 = 0 . . HB = 8kN
II- ∑Fy=0
VA + VB = 14kN
III- ∑MA=0
4
( 4.4 ) + (8.1,5) − (12.2 ) − 3.VA =0 ∴ 3VA =16 + 12 − 24 kN ∴VA = =1,33 kN
3
31
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
I- ∑Fx=0
HA + HB + 20 – 12 . . HA + HB = –8kN
II- ∑Fy=0
VA + VB – (10.4) = 0 . . VA + VB = 40kN
III- ∑MA=0
IV- ∑MC=0
Por se tratar de uma rótula, nesse ponto da estrutura o momento fletor deve
ser sempre nulo. Portanto é possível continuar a análise da estrutura separando-a
em duas partes, passando o ponto de divisão pela rótula e escolhendo um dos
lados para ser analisado, conforme exemplo a seguir.
32
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS SISTEMAS MATERIAIS
33
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
34
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS SISTEMAS MATERIAIS
r + b = 3n . . 9 + 3 = 3.4 . . 12 = 12
FIGURA 25 – EQUILÍBRIO DO NÓ
35
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Nesse caso, temos três incógnitas (N1, N2, N3) e três equações (somatório das
forças em x, y e z). Após conhecer os valores desses esforços, é possível selecionar
os nós que possuem os apoios e calcular o valor das reações de cada apoio.
• 6 incógnitas;
• 6 equações de equilíbrio;
• restringida.
I- ∑Fx =0;
36
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS SISTEMAS MATERIAIS
V- ∑My =0;
37
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• No caso de cargas e/ou apoios inclinados, a direção dos esforços deve ser
indicada no diagrama de corpo livre.
38
• Para encontrar os valores da resultante, utiliza-se o método das seções e as
equações de equilíbrios:
◦ ∑Fy=0
◦ ∑Fx=0
◦ ∑Fz=0
◦ ∑My=0
◦ ∑Mx=0
◦ ∑Mz=0
39
AUTOATIVIDADE
a)
40
e)
a)
41
b)
42
f)
FONTE: O autor
g)
FONTE: O autor
h)
FONTE: O autor
i)
FONTE: O autor
43
j)
FONTE: O autor
k)
FONTE: O autor
l)
44
FONTE: Hibbeler (2010, p. 218)
45
6 Determine o componente horizontal vertical da reação no pino A e a reação
no rolete B, necessária para apoiar a treliça. Considere F = 600 kN.
46
9 O anteparo AD está sujeito às pressões da água e do aterramento. Supondo
que AD esteja ‘fixado por pinos’ ao solo em A, determine as reações horizontal
e vertical nesse ponto e a força do reforço BC necessária para manter o
equilíbrio da estrutura. Considere que o anteparo possui massa de 800 kg.
10 A lança AC é apoiada por uma junta esférica em A e por dois cabos BDC e CE.
O cabo BDC é contínuo e passa pela polia em D. Calcule a força nos cabos e
os componentes de reação x, y, z em A, se o engradado tem peso de 80 lb.
47
12 Determine os componentes x, y, z na parede fixa A. A força de 150 N é
paralela ao eixo z e a força de 200 N é paralela ao eixo y.
48
UNIDADE 1
TÓPICO 3
O CONCEITO DE TENSÃO
1 INTRODUÇÃO
Até o presente momento, foram apresentadas e recordadas algumas
noções de estática dos corpos rígidos. Agora, iremos adentrar no estudo dos
sólidos utilizados na mecânica das estruturas, os sólidos deformáveis, ou seja,
estruturas que mudam de forma quando solicitadas por esforços.
49
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
50
TÓPICO 3 | O CONCEITO DE TENSÃO
Em
que:
∆ F
ρ == tensão
m
∆A média;
F ∆F = resultante da força distruída atuando na região;
ρ m =ρ∆
m =
∆A ∆ =Aárea.
A tensão ρ m é um vetor com direção e sentido de ∆F e intensidade ∆F
/ ∆A , comprovando o conceito físico apresentado, tendo sua dimensão de uma
força dividida por uma área. No Sistema Internacional, a unidade de medida de
tensão é o pascal (Pa), onde 1 Pa = 1 N/m².
51
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Então, como é possível ver, há uma distinção dos estados de tensões nas
duas situações apresentadas, sendo submetido à compressão em uma direção no
caso da prensa e nas três direções no caso submerso.
52
TÓPICO 3 | O CONCEITO DE TENSÃO
3 ESFORÇOS SOLICITANTES
Na análise e resistência de materiais são utilizados modelos idealizados
constituídos por barras, e para conseguir caracterizar o estado de tensão dos
pontos das estruturas, se faz necessário conhecer as tensões que atuam nos três
planos perpendiculares entre si. No caso de barras, um dos planos é a seção
transversal, que contém o ponto cujo o estado de tensão se pretende conhecer.
53
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
54
TÓPICO 3 | O CONCEITO DE TENSÃO
55
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
56
TÓPICO 3 | O CONCEITO DE TENSÃO
ATENCAO
57
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
58
TÓPICO 3 | O CONCEITO DE TENSÃO
Exemplo:
a)
59
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
ΣFy=0
ΣFy = Ra – 50 – 30 – 90 + Rb = 0
Ray + Rby = 50 + 30 + 90 = 170
Como Rby =110 kN, então:
ΣFx = 0
Rax = 0
ΣMA = 0
(50.4) + (30.8) + (90.11) – Rby.13 =0
13Rby = 1430 . . Rby = 110kN
Portanto, os esforços externos atuantes nessa estrutura são os apresentados
na seguinte figura:
Seção 1: Para 0 ≤ x ≤ 4
60
TÓPICO 3 | O CONCEITO DE TENSÃO
ΣFy = 0
RS1 + 60 = 0 . . RS1y = –60kN
ΣFx = 0
RS1x = 0
ΣMS1 = 0
MS1 – 60.x = 0 . . MS1 = 60.x
Seção 2: Para 4 ≤ x ≤ 8
61
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
∑F y =0
RS 2 + 60 − 50 =0 ∴ RS 2 y =10kN
∑F x =0
4m=
−
. 0x−4
∑ MS 2 = 0
MS 2 − 60.x + 50( x − 4) =0 ∴ MS 2 =60.x − 50 x + 200 =10 x + 200
Seção 3: Para 8 ≤ x ≤ 11
∑F y =0
RS 3 + 60 − 50 − 30 =0 ∴ RS 3 y =20kN
∑F x =0
RS 3 x = 0
∑M S3 =0
M S 3 − 60.x + 50( x − 4) + 30( x − 8) =0 ∴ M S 3 =60.x − 50 x + 200 − 30.x =10 x + 240
−20.x + 440
M S3 =
62
TÓPICO 3 | O CONCEITO DE TENSÃO
Uma observação: a equação interna da seção 3 pode ainda ser feita através
da análise da parte esquerda da estrutura, conforme visto no decorrer da unidade
e como pode ser visto na sequência.
Para 0 ≤ x ≤ 2:
∑F y =0
RS 3 + 110 =
0 ∴ RS 3 y =
−110kN
∑F x =0
RS 3 x = 0
∑M S3 =0
M S 3 + 110.x =
0∴ M S3 =
−110.x
63
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
64
TÓPICO 3 | O CONCEITO DE TENSÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
I- EQUILÍBRIO INTERNO
65
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
As resultantes nas seções de corte de ambos os lados devem ser tais que
reproduzam a situação original quando as duas partes forem ligadas novamente,
ou seja, pelo princípio da ação e reação devem ser de mesmo módulo, mesma
direção e sentidos opostos.
66
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
67
AUTOATIVIDADE
a)
68
d)
69
g)
70
j)
FONTE: O autor
71
n)
FONTE: O autor
o)
FONTE: O autor
p)
FONTE: O autor
q)
FONTE: O autor
72
r)
FONTE: O autor
73
4 Determine a força normal, a força de cisalhamento e o momento na seção
que passa pelo ponto C. Suponha que o apoio em A possa ser considerado
como um pino e B, como um rolete.
74
UNIDADE 2
INTRODUÇÃO À ANÁLISE
DE ESTRUTURAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividia em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 3 – PÓRTICOS
75
76
UNIDADE 2
TÓPICO 1
ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
1 INTRODUÇÃO
Conforme visto na unidade anterior, as estruturas são classificadas em
isostática, hiperestática e hipostática, de acordo com a quantidade de restrições
que são impostas às estruturas no momento da realização do projeto.
Portanto, ao final deste tópico, o aluno deverá ser capaz de avaliar observar
a estrutura a ser analisada e escolher o método de análise mais conveniente
para encontrar os internos e deslocamentos sofridos pela estrutura ao receber o
carregamento de trabalho.
Para ficar mais claro, será demonstrado um exemplo de uma viga isostática
e pelo método das seções será encontrado o seu deslocamento.
77
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
• Exemplo:
Reações de apoio:
78
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
1º Corte:
–V – 6.X + 13,8 = 0
V = –6.X + 13,8
79
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
X
− M − 6. X .
+ 13,8 =0
2
X
−6. X . + 13,8
M=
2
E
IMPORTANT
2º Corte:
80
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
−V − 18 + 13,8 =0
v = −4, 2kN
NOTA
3º Corte:
Observação:
• qc – carga concentrada;
• qd – carga concentrada do carregamento distribuído.
81
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
-V – 6 – 18 + 13,8 = 0
V = –10,2 kN
• Cortante (V-kN)
82
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
FIGURA 6 – CORTANTE
O método das seções acaba sendo uma solução sistêmica, uma vez que o
aluno só precisa plotar os pontos das equações conforme os respectivos trechos.
Exemplo:
83
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
FIGURA 9 - TRAMO CD
FIGURA 10 - TRAMO DE
84
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
FIGURA 11 - TRAMO EB
FIGURA 12 - TRAMO IH
FIGURA 13 - TRAMO HG
85
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
FIGURA 15 - TRAMO BF
FIGURA 16 - TRAMO AB
86
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
87
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
3 ANÁLISE DE TRELIÇAS
Por definição, treliças são estruturas reticuladas, ou seja, formadas por
barras em que se tem uma direção predominante, apresentam eixo reto, ligadas
por rótulas ou articulações, formando unidades triangulares. As forças externas
e reações são consideradas, de maneira simplificada, aplicadas nesses pontos,
chamadas de nós.
88
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
89
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Portanto, para uma estrutura de treliça isostática temos que r+b = 2.n,
conforme a Figura 10.
r + b = 3 + 11 = 14
2n = 2 x 7 = 14
FONTE: Valle; Rovere; Pillar (2013, p. 29)
90
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
• traçar o diagrama de corpo livre do nó, tendo pelo menos uma força conhecida
e no máximo duas desconhecidas (para os nós que estejam nos apoios, primeiro
deve-se calcular as reações de apoio desses pontos);
• usar um dos métodos citados para estabelecer o sentido da força desconhecida;
• os eixos x e y devem ser orientados de maneira que as forças no diagrama de
corpo livre possam ser facilmente decompostas;
• aplicar as equações de equilíbrio;
• repetir o processo para todos os demais membros, lembrando sempre que um
membro comprimido “empurra” o nó e um membro tracionado “puxa” o nó.
Exemplo 1
91
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
FIGURA 23 - TRELIÇA
Nó A:
y
FAG
∑ Fy =
0; 4 − Fag sin 30 =
0
A x Fag = 8 kN (compressão)
FAB
4 kN
∑ Fx =0; Fab − 8cos 30 =0
FONTE: Hibbeler Fab = 6,928 kN (tração)
(2013, p. 67)
Nó G:
y
3 kN
30º
x
∑=
Fy 0; Fgb sin 60 − 3cos=
30 0
FGF
60º
Fgb = 3 kN (compressão)
8 kN
G FGB
∑ Fx =
0;8 − 3sin 30 − 3cos 60 − Fgf 0 0
==
Fgf = 5kN (compressão)
FONTE: Hibbeler
(2013, p. 68)
92
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
Nó G:
y
FBF ∑=
Fy 0; Fbf sin 60 − 3sin=
30 0
3,00 kN Fbf = 1, 73 kN (tração)
30º 60º
6,928 kN B FBC
x ∑ Fx = 0; Fbc + 1, 73cos 60 − 3cos 30 − 6,938 = 0
FONTE: Hibbeler Fbc = 3, 46kN (tração)
(2013, p. 68)
Exemplo 2
FIGURA 25 – NÓ A
93
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
FIGURA 26 – NÓ B
5 MÉTODO DE CREMONA
O Método de Cremona é um método de análise gráfica que consiste
em encontrar os esforços internos graficamente a partir dos nós da treliça. O
procedimento de análise consiste em:
Exemplo 1:
94
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
95
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
FIGURA 29 – NÓ A
FIGURA 30 – NÓ B
FIGURA 31 – NÓ C
96
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
Exemplo 2:
97
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
FIGURA 34 – NÓ A
FIGURA 35 – NÓ D
FIGURA 36 - NÓ B
98
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
Uma vez que a treliça inteira esteja em equilíbrio, cada uma das duas partes
resultantes do corte também precisa estar em equilíbrio e, para determinar as forças
dos membros para que a estrutura esteja em equilíbrio, utiliza-se as equações de
equilíbrio, determinando assim as forças dos membros na seção de corte.
Exemplo 1:
99
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Suponha que queira determinar os esforços nas barras 3, 6 e 10. Para isso
é possível dividir a estrutura em duas partes, particionando essas barras com
a seção SS. Se considerarmos a parte da esquerda, deve-se colocar os esforços
internos axiais que surgem nas barras para estabelecer o equilíbrio:
100
TÓPICO 1 | ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
Exemplo 2:
101
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Membro CF:
FKJ 1200 N
1,155m
FGJ
600 N
∑M I =0
G −( FGJ sin 30).(2) + 1200.(1,155) =
0
I
30º FGH
2m 4637 N
FGJ = 1386(compressão)
FONTE: Hibbeler (2013, p. 75)
Membro GC:
1200 N FOP
1,155 m
600 N FCO
∑M A =0
30º
A FCO .(2) − 1200.(1,155) =
0
C FCD
2m FGJ = 693 N (tração)
4637 N
FONTE: Hibbeler (2013, p. 76)
102
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Através das equações dos esforços, é possível encontrar o valor de cada um dos
esforços em qualquer lugar da estrutura.
• Há uma relação entre a equação de esforço cortante e momento fletor, sendo que
as equações de esforço cortante é a derivada da equação do momento fletor.
• A análise de treliça isostática pode ser realizada através dos equilíbrios dos
nós, método cremona ou método de Ritter.
103
AUTOATIVIDADE
104
FONTE: Teles (2013e, p. 5)
105
6 Determine a força em cada membro da treliça do tipo tesoura mostrada na
figura, informando se eles estão comprimidos ou tracionados.
a) 700N
C
800N B
D
F
60º 60º
A 45º 45º
E
30º 30º
3m 3m
Ay=502 N (a) Ey=764 N
FONTE: Hibbeler (2013, p. 68)
b)
D
3m
A B
3m
FONTE: Hibbeler (2013, p. 70)
106
d) D C
60º
2m 8kN
A B
2m
FONTE: Hibbeler (2013, p. 71)
e)
H G F
2m
E
A
B C D
2m 2m 2m 2m
600N 600N
800N
FONTE: Hibbeler (2013, p. 71)
f)
8kN
8kN 8kN
F
4kN G E 4kN
2m
A
D
B C
4m 4m
107
g)
G F
E
3m
A B C D
2m 2m 2m
5kN 5kN 5kN
FONTE: Hibbeler (2013, p. 72)
h)
F
G E
60º
30º 60º 60º 60º
A D
B C
2m 2m
2kN 2kN
FONTE: Hibbeler (2013, p. 72)
i)
15kN
10kN H
15kN
G
3,6m F
A
E
B C D
3m 3m 3m 3m
FONTE: Hibbeler (2013, p. 72)
j)
6kN
8kN F
8kN G
2m
H
E
1m
A
B C D
2m 2m 2m
FONTE: Hibbeler (2013, p. 71)
108
7 Encontre os esforços internos das treliças a seguir através do Método de
Cremona e classifique se são esforços de tração ou compressão:
a)
2tf
G
2tf 2tf
2m
F H
1tf 1tf
2m
A C D E B
VA=4tf VB=4tf
4m 1m 3m 3m 1m 4m
6m
E F 2tf
6m
C D 2tf
6m
B 6tf
A
6tf 6m 6m 6tf
109
c)
D C
60º
2m 8kN
A B
2m
FONTE: Hibbeler (2013, p. 71)
d)
H G F
2m
E
A
B C D
2m 2m 2m 2m
600N 600N
800N
FONTE: Hibbeler (2013, p. 71)
e)
8kN
8kN 8kN
F
4kN G E 4kN
2m
A
D
B C
4m 4m
a)
110
b)
111
e)
I- Os esforços nas barras (2), (7), (16), (23) usando o método de Ritter.
II- Os esforços em todas as barras por método gráfico.
112
10 Obter os esforços atuantes através do Método de Ritter;
113
114
UNIDADE 2 TÓPICO 2
VIGAS ISOSTÁTICAS
1 INTRODUÇÃO
Até o presente momento, nós calculamos os esforços e diagramas de vigas
através do método das seções, em que a estrutura é dividida em diferentes seções,
sempre que houver alteração de carregamento.
2 MÉTODO DIRETO
Através do método das seções é possível verificar que o equacionamento
das estruturas resulta em alguns padrões dependentes exclusivamente do tipo de
carregamento aplicado, ou seja, cada tipo de carregamento terá uma característica
de forma e comportamento durante o trecho e seu ponto de transição.
Exemplo:
115
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
116
TÓPICO 2 | VIGAS ISOSTÁTICAS
dM ( x )
= Q ( x) M ( x ) = ∫ Q ( x ) dx
dx
• Nn = Nn–1 ± ∑Fxext
• Qn = Qn–1 ± ∑Fyext
• Mn = Mn–1 + área do diagrama de esforço cortante entre pontos (n–1) e (n)
Observações:
117
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Exemplo 1:
DEN (kN):
118
TÓPICO 2 | VIGAS ISOSTÁTICAS
DEC (kN):
DMF (kN.m):
Exemplo 2:
DEN (kN):
119
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
DEC (kN):
DMF (kN.m):
Exemplo 3:
DEN (kN):
120
TÓPICO 2 | VIGAS ISOSTÁTICAS
DEC (kN):
DMF (kN.m):
I- Isola-se a viga que não apresenta estabilidade própria e resolve esta viga.
II- O diagrama do elemento já pode ser traçado separadamente, juntando as
demais partes no final da análise.
III- As rótulas transmitem os esforços verticais e horizontais, porém não
transmitem momento para as demais partes da estrutura, portanto nos pontos
rotulados dos DMF devem ser nulos.
IV- Basta que um dos apoios da viga resista às forças horizontais na Viga Gerber.
V- Apenas as cargas verticais provocam esforço cortante e momento fletor,
portanto, na decomposição, não há a necessidade de distinguir os apoios
entre 1º e 2º gêneros.
122
TÓPICO 2 | VIGAS ISOSTÁTICAS
Exemplo 1:
123
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
MBesq = -6 x 2 = -12
MCesq = -6 x 5 + 9,33 x 3 – 12 x 1,5 = -20
MDesq = -6 x 7 + 9,33 x 5 – 20 x 2,5 + 22,67 x 2 = -0,01 ≈ 0, portanto, OK.
O momento fletor na rótula é sempre nulo, a não ser que haja um binário
aplicado na rótula.
MEdir = -36 + 18 x 3 – 12 x 1,5 = 0 OK
MFdir = -36
Quando, na rótula, não há força concentrada:
Vdesq = Vddir
Veesq = Vedir
124
TÓPICO 2 | VIGAS ISOSTÁTICAS
125
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
DEN:
126
TÓPICO 2 | VIGAS ISOSTÁTICAS
127
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
128
TÓPICO 2 | VIGAS ISOSTÁTICAS
129
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Exemplo 1:
130
TÓPICO 2 | VIGAS ISOSTÁTICAS
Exemplo 2:
131
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Assim como no método de Ritter, existe relação entre o DEC e DMF, onde o valor
de máximo para o trecho analisado é a área do diagrama de esforço cortante.
• Vigas Gerber são vigas que apresentam rótulas em sua composição de forma a
tornar o sistema da estrutura estaticamente determinável.
• A análise das vigas Gerber é iniciada pelo trecho que não apresenta estabilidade
própria, ou seja, onde há a presença de rótulas.
132
AUTOATIVIDADE
a)
133
d)
a)
134
d)
I- A posição da rótula.
II- Reconstrua o carregamento aplicado nessa viga.
III- Trace o diagrama de momento fletor.
135
136
UNIDADE 2 TÓPICO 3
PÓRTICOS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico será aplicado os métodos de análises vistos até agora em
estruturas de pórticos, arcos e cabos, apresentando em cada estilo de estrutura
suas particularidades.
Pórticos são estruturas lineares constituídas por barras retas ligadas entre
si. Eles podem ser planos (bidimensionais) ou espaciais (tridimensionais). Em
nosso estudo, estaremos limitados a análise de pórticos planos.
2 DIAGRAMAS DE ESFORÇOS
A ligação entre as barras dos pórticos é realizada através de engastes ou
rótulas internas para permitir que a sua estrutura trabalhe em conjunto, e não
como ocorre em colunas e vigas, onde cada elemento trabalha isoladamente.
137
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
NOTA
Exemplo:
138
TÓPICO 3 | PÓRTICOS
Reações:
∑Fx = 0 . . RAx = 1tf
∑Fy = 0 . . RAy = 3 + 1.4 + 1
RAy = 8 tf
∑MA = 0 . . 3.2 – 1.4.2 – 1.1 + 1.2 + MA = 0
MA = 1 tf.m
139
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
140
TÓPICO 3 | PÓRTICOS
141
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Diagramas:
142
TÓPICO 3 | PÓRTICOS
143
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
144
TÓPICO 3 | PÓRTICOS
Decompondo:
Decompondo:
∑Fx = 0 . . HC = 30 kN
∑Fy = 0 . . VA + VC = 80 kN
∑MA = 0 . . 8.VC + 4.HC – 80.4 – 30.2 = 0
VC = 32,5 kN VA = 47,5 kN
∑Fx = 0 . . HD + HG + 30 = 0
∑Fy = 0 . . VD + VG = 20 + 32,5 + 80
VD + VG = 132,5 kN
∑MD = 0 . . 8.VG – 20.5 – 80.4 – 30.4 = 0
VG = 67,5 kN VD = 65 kN
MCD = 0 . . 4.HD = 0
HD = 0 HG = -30 kN
145
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Diagramas:
146
TÓPICO 3 | PÓRTICOS
3 CABOS
Os cabos são estruturas flexíveis, lineares e capazes de resistir apenas aos
esforços de tração, sem apresentar resistência aos demais esforços. Sua utilização
se dá de diversas maneiras na construção civil, sendo desde pontes pênseis à
teleféricos portantes, linhas de transmissão de energias, entre outros.
Trapezoide
Polígono
147
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Parábola
Catenária
148
TÓPICO 3 | PÓRTICOS
ΣFx = 0
Ax – Bx = 0, logo Ax = Bx = H (empuxo horizontal)
ΣMA = 0
PL / 3 + P (2L / 3) – By.L = 0, portanto By = P
ΣFy = 0
Ay + By = 2P, então Ay = 2P – By = P
149
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
ΣMc = 0
- H.f + (P.L) / 3 = 0, portanto H = (P. L) / 3f.
ATENCAO
150
TÓPICO 3 | PÓRTICOS
Cabos
Viga de substituição
DMF
ATENCAO
Esta analogia é válida para outros tipos de carregamentos, fica como desafio
ao acadêmico provar estas relações.
151
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
152
TÓPICO 3 | PÓRTICOS
5 ARCOS
Os arcos são estruturas que podem ser utilizadas para reduzir os
momentos fletores em estruturas que possuem vãos muito grandes. A atuação
do arco na estrutura é a inversa de um cabo, ou seja, ele recebe a sua carga
fundamentalmente em compressão. Ao contrário dos cabos, os arcos são rígidos,
portanto, necessitam resistir aos momentos fletores e esforços cortantes que agem
na estrutura carregada.
153
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Nos arcos, para cada tipo e intensidade de carregamento existirá uma forma
funicular para a qual os momentos serão nulos para todas as seções transversais.
Esta forma funicular é chamada “linha de pressão” de um carregamento sempre
que a geometria de um arco coincidir com a linha de pressão do carregamento
aplicado sobre o arco, os únicos esforços atuantes serão de compressão, com Ms=0
e Vs=0. Além disso, independentemente de o arco estar submetido exclusivamente
a esforços de compressão ou não, os empuxos horizontais nas extremidades do
arco têm sentido de aproximação das extremidades equilibrando a tendência de
o arco deformar-se com o afastamento dos apoios.
Exemplo:
154
TÓPICO 3 | PÓRTICOS
Equação do Arco:
(x-16)2 + [y + (R-3)]2 = R2
Derivando em relação a x:
2(x-16) + 2 [y + (R-3)] dy/dx = 0
Teremos que:
q.l 8.32
V=
a = = 128 kN
2 2
* q.l 2 8.328
M= g = = 1024 kN
8 8
H= M*g/f = 1024/3 = 341,33 Kn
155
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Diagramas:
156
TÓPICO 3 | PÓRTICOS
LEITURA COMPLEMENTAR
R. C. Hibbeler
Procedimento de análise
Qualquer um dos dois procedimentos a seguir pode ser usado para construir
a linha de influência em um ponto específico P em um membro para qualquer função
(reação, cortante ou momento). Para ambos os procedimentos consideraremos que
a força em movimento tem uma magnitude de unidade adimensional.
157
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Valores tubulados
158
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O momento fletor e o esforço cortante nos cabos são nulos, estes apresentando
apenas esforços de tração.
• Como os arcos são rígidos, eles precisam resistir à momentos fletores e esforços
cortante.
159
AUTOATIVIDADE
a)
160
c)
161
FONTE: Valle; Rovere; Pillar (2013, p. 107)
4 Uma passarela, que liga duas edificações afastadas de 15,0 m, possui 3,0 m de
largura e deve suportar uma sobrecarga de 5 kN/m2 além de seu peso próprio,
também estimado em 5 kN/m2. A passarela será suspensa por dois cabos com
uma flecha de 3 m. Determine a força normal máxima que tracionará o cabo.
162
5 O cabo de aço de uma ponte pênsil de 600 m em vão, cujos pontos de
suspensão estão no mesmo nível, deve suportar uma carga total máxima
uniformemente distribuída de 3,5 kN/m. Se a flecha do cabo é de 90 m:
163
9 Calcule o valor de f para que o arco triarticulado AGB tenha a geometria da
linha de Pressões do carregamento indicado e para que o esforço normal
máximo valha 200 kN (compressão). Pede-se também:
164
11 O triarticulado AGB deve coincidir com a geometria da Linha de Pressões
do carregamento indicado, de tal forma que o esforço normal seja 100 kN
(compressão). Pede-se:
I- Valor de p.
II- Equação da Linha de Pressões.
III- Abscissa da seção que tem o esforço normal mínimo.
IV- Equação da tangente da Linha de Pressões com a horizontal.
165
166
UNIDADE 3
ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividia em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
167
168
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O início de todo projeto estrutural consiste em estabelecer um modelo
estrutural a ser adotado na análise. As estruturas podem ser tratadas globalmente
ou divididas em diversos elementos. Essas estruturas podem receber diferentes
classificações, conforme vimos nas unidades anteriores, mas, resumidamente são:
169
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
E
IMPORTANT
Nesta unidade será adotado o método do princípio dos trabalhos virtuais (PTV),
o qual pode ser executado através de integração ou das tabelas de Kurt-Beyer.
170
TÓPICO 1 | MÉTODO DAS FORÇAS
171
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
172
TÓPICO 1 | MÉTODO DAS FORÇAS
173
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
174
TÓPICO 1 | MÉTODO DAS FORÇAS
A rotação δ11 e o deslocamento δ21 provocado por X1=1, nas direções dos
vínculos eliminados para a criação do SP, são conhecidos como coeficientes de
flexibilidade, sendo definidos como:
175
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
176
TÓPICO 1 | MÉTODO DAS FORÇAS
Estes valores encontrados fazem com que a rotação no ponto A seja nula,
assim como o deslocamento horizontal no ponto B, atingindo a solução correta
para a estrutura, pois satisfazem às equações de equilíbrio e de compatibilidade.
Desta forma:
M=M 0 + M1 X1 + M 2 X 2
177
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
{δ 0 } + [δ ]{ X } =
{0}
Em que:
178
TÓPICO 1 | MÉTODO DAS FORÇAS
179
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
180
TÓPICO 1 | MÉTODO DAS FORÇAS
181
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
Cálculo de δ10:
3l
1 1
=δ10 = ∫
EI viga
MMdx
EI ∫0
M 1M 0 dx
3l l 2l 3l
182
TÓPICO 1 | MÉTODO DAS FORÇAS
Cálculo de δ20:
3l
1 1
=δ 20 = ∫
EI viga
MMdx
EI ∫0
M 2 M 0 dx
3l l 2l 3l
∫M 2 M 0 dx = ∫M 2 M 0 dx + ∫M 2 M 0 dx + ∫M 2 M 0 dx
0 0 1 2l
3l
1 5ql 4
EI ∫0
δ 20 = M 2 M 0 dx = −
24 EI
183
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
Cálculo de δ11:
3l
1 1
=δ11 = ∫
EI viga
MMdx
EI ∫0
M 1M 1dx
3l l 2l 3l
∫M M dx = ∫M M dx + ∫M M dx + ∫M M dx
0
1 1
0
1 1
1
1 1
2l
1 1
3l
1 4ql 3
EI ∫0
=δ11 = M 1 M 1 dx
9 EI
184
TÓPICO 1 | MÉTODO DAS FORÇAS
3l
1 1
=δ 21 = ∫
EI viga
MMdx
EI ∫0
M 2 M 1dx
3l
1 1
=δ12 = ∫
EI viga
MMdx
EI ∫0
M 1M 2 dx
Cálculo de δ22:
185
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
3l
1 1
=δ 22 = ∫
EI viga
MMdx
EI ∫0
M 2 M 2 dx
3l l 2l 3l
∫M
0
2 M 2 dx = ∫M 2 M 2 dx + ∫M 2 M 2 dx + ∫M 2 M 2 dx
0 1 2l
3l 3
1 4ql
=δ 22 = ∫
EI 0
M 2 M 2 dx
9 EI
186
TÓPICO 1 | MÉTODO DAS FORÇAS
M = M0 + M1X1 + M2X2
187
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
188
TÓPICO 1 | MÉTODO DAS FORÇAS
189
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
1 1 ql 2
3l
1 ql 3
( )
EI ∫0
δ10 = M 1 M 0 dx = . − . 1 . .l =
−
EI 3 8 24 EI
δ 20 = 0
1 1 1 2l
δ=
11 )
. . (1) . (1) . ( l ) + . (1) . (1) . ( l =
EI 3 3 3EI
1 1 l
δ=
12 δ=
21 )
. . (1) . (1) . ( l =
EI 6 6
1 1 1 2l
δ 22=
EI 3 . (1) . (1) . ( l ) + 3 . (1) . (1) . ( l )=
3EI
190
TÓPICO 1 | MÉTODO DAS FORÇAS
ql 2
1X =
15
2
X = − ql
2
60
191
QUADRO 1 – TABELA DE KURT BEYER
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
192
FONTE: <https://engcivil20142.files.wordpress.com/2017/03/tabela-kurt-beyer.jpg>.
Acesso em: 24 maio 2019.
RESUMO DO TÓPICO 1
• Para a análise estrutural completa deve levar em consideração três grupos básicos:
condições de equilíbrio e condições as pelas leis constitutivas dos materiais.
• A para essa estrutura isostática dá-se o nome de Sistema Principal (SP), onde
as forças ou momentos associados aos vínculos liberados são incógnitas do
problema e são denominados hiperestáticos.
• Para resolver este pórtico hiperestático pelo método das forças, é realizado
a superposição de soluções isostáticas criando-se uma estrutura isostática
auxiliar (SP) através da estrutura original.
193
AUTOATIVIDADE
a)
194
2 Determine os esforços e trace os diagramas para as seguintes estruturas:
a)
195
196
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Esse é o método mais adequado para implementação computacional, desta
forma, é o mais utilizado atualmente na maioria dos programas computacionais.
197
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
198
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
199
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
q.l 2 4.E.I
− + .B =
0
12 l
unitário na direção 1.
200
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
FEP + S11.d11 = A1
Em que:
201
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
1 q.l 2 q.l 3
EI δ10 =
EI δ 20 =
− .l. =−
3 8 24
1
EI
= δ11 EI
= δ 22 .l
3
1
EI
= δ12 EI
= δ 21 .l
6
δ1 =
δ10 + δ11. X 1 + δ12 . X 2 =
0
δ2 =
δ 20 + δ 21. X 1 + δ 22 . X 2 =
0
202
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
1 1 q.l 3
.X1 + .X 2 =
3 6 24
1 1 q.l 3
.X1 + .X 2 =
6 3 24
203
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
EI
= δ10 EI
= δ 20 0
1
EI
= δ11 EI
= δ 22 .l
3
1
EI δ12 = EI δ 21 = − .l
6
204
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
1 1
.X1 + .X 2 = E.I
3 6
1 1
− .X1 + .X 2 = 0
6 3
4.E.I
X1 =
l
2.E.I
X2 =
l
205
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
206
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
Em que:
Para a viga mostrada a seguir, em que a rigidez à flexão das barras (EI) é
igual a 73x103 kNm2. Trata-se de um sistema de 2 graus de liberdade, submetidos
às ações nodais mostradas na figura.
207
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
4
{FEP } =
−10
208
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
Nó B:
Nó C:
4 168 36 3 d1 −12
+ .10 . d =
−10 36 72 2 0
168 36 3 d1 −16
36 72 .10 . d = 10 ,
2 então
d1 −0,14 x10−3 rad
=
d 2 0, 21 x10 rad
−3
209
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
210
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
P P.l
u=
1 =
k E. A
S11.u1 + S12.u2 = A1 = 0
S21.u1 + S22.u2 = A2 = P
211
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
k1 + k2 −k2 u1 0
−k . =
2 k2 u2 P
212
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
213
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
214
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
NOTA
{FEP } + [ S ] .[ D ]
* * *
{ }
A*
=
215
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
Em que:
• [ S ]* = ∑ elementos [ Sg ]*
{D} = [S]-1.{A–FEP}
216
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
4 EI 2 EI
=S 22 = e S 42
l l
217
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
4 EI 2 EI
− −
l l = 6 EI 6 EI
=S32 ∴− 2 e S12
l l l2
∑MJ=0:
6 EI 2 + 6 EI 2
l l 12 EI
−
S31 = =− 3
l l
∑Fx=0:
12 EI
S11 =
−S31 = 3
l
218
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
6 EI 6 EI
S 23 =− 2 ; S 43 = − 2
l l
S31 =
S13 = −
(
6 EI 2 + 6 EI 2
l l =
)
−12 EI
l l3
e
12 EI
S33 =
− S13 =3
l
12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
l3 −
l2 l3 l2
6 EI 4 EI 6 EI
− 2
2 EI
l2 l l l
[ Sl ]4 x 4 =
− 12 EI 6 EI
− 2
12 EI 6 EI
− 2
l3 l l3 l
6 EI 2 EI 6 EI 4 EI
2 − 2
l l l l
Essa matriz de rigidez é singular, portanto, não pode ser inversível. Desta
forma, para ser possível a resolução do sistema de equações de equilíbrio faz-se
necessário restringir o elemento. Ou seja, não há uma matriz de flexibilidade
para elementos não restringidos.
Deve-se ressaltar que os coeficientes da diagonal principal da matriz de
rigidez são sempre positivos.
219
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
S11 = EA
l
220
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
∑Fx=0:
EI
S31 =
−S11 =
−
l
S33 = EA
l
∑Fx=0:
EA
S13 = −
l
221
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
EA EA
l 0 0
l
0 0 0 0
[ Sl ]4 x 4 =
EA EA
0 0
l l
0 0 0 0
222
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
EA EA
l 0 0 − 0 0
l
0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
0 −
l3 l2 l3 l2
0 6 EI 4 EI 6 EI 2 EI
0 − 2
l2 l l l
SL =
EA EA
− 0 0 0 0
l l
12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
0 − − 0 − 2
l3 l2 l3 l
6 EI 2 EI 6 EI 4 EI
0 l2 l
0 − 2
l l
223
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
uL1 uG1
Sendo que a resultante dos vetores de translação uL 2 = uG 2 é a mesma e
que uL3=uG3 e uL6 = uG6, pois a rotação nos nós J e K é a mesma no plano local e no
plano global. Matricialmente, pode ser escrito:
• Para o nó J:
• Para o nó K:
uL1
u cosθ senθ 0 0 0 0 uG1
L 2 − senθ cosθ 0 0 0 0 uG 2
u L 3
0 0 1 0 0 0 uG 3
uL 4 = .
u 0 0 0 cosθ senθ 0 uG 4
L5 0 0 0 − senθ cosθ 0 uG 5
u L 6
0 0 0 0 0 1 uG 6
Uma vez que cos(-θ) = cos(θ) e sen(-θ) = - sen(θ), é observado que [ℜ]-1
= [ℜ]T, ou seja, uma matriz [ℜ] é uma matriz ortogonal, dessa forma, {uG} = [ℜ]-
1
.{uL} = [ℜ]T.{uL}.
Em casos de treliça plana, há apenas dois graus de liberdade por nó. Não
se considera o grau de liberdade de rotação dos nós dos elementos, uma vez que
eles não resultam em esforços na barra, devido à presença de rotulação na junção
dos elementos de barra.
cosθ senθ 0 0
− senθ cosθ 0 0
[ ]4 x 4 =
0 0 cosθ senθ
0 0 − senθ cosθ
225
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
{ AL } = [ℜ].{ AG }
{ AG } = [ℜ] .{ AL } = [ℜ] .{ AL }
−1 T
{ AL } = [ S L ].[ℜ].{uG }
{ AL } = [ Spor
Multiplica-se os dois lados da expressão L ] .[ ℜ ] .{uG }
T
:
Portanto:
{ AG } = [ℜ] .[ S L ].[ℜ].{uG }
T
{SG } = [ ℜ ] .[ S L ] .[ ℜ ]
T
Para a forma não restringida (sem apoios), esta forma pode ser reescrita
como:
226
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
{A}*={FEP}*+[S]*[D]*
[ S ] "=
∑ [SL ] . " " ∑ [S ] "
* i (i) i
= G
i=1 i =1
227
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
{SG } = [ ℜ ] .[ S L ] .[ ℜ ]
T
228
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
GL da Estrutura GL do
Elemento
(2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) elemento
(i)
1-3 2-4 3-4 3-5 4-6 5-6 5-7 6-7 {uG}
3J-2 1 4 7 7 10 13 13 16 1
3J-1 2 5 8 8 11 14 14 17 2
3J 3 6 9 9 12 15 15 18 3
3k-2 7 10 10 13 16 16 19 19 4
3k-1 8 11 11 14 17 17 20 20 5
3k 9 12 12 15 18 18 21 21 6
FONTE: O autor
229
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
EA EA
−
L
[ S L ] = LEA EA
−
L L
230
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
10 −10 0 10 −10 0
−10 10 + 30 −30 =
[S ] =
*
−10 40 −30
0 −30 30 0 −30 30
NOTA
Ao ser realizado o exercício anterior, é percebido que temos incógnitas nos dois
lados da equação, portanto, para solucionar totalmente o problema deve-se considerar o
sistema de equilíbrio para a estrutura restringida.
231
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
P/2
Pl / 8
{ EPG } { EPL }
F
= F
=
P/2
− Pl / 8
P
2 S11
* * *
S12 S13 S14 D1 A1 R1
Pl
8 S 21 S 22 S 23 S 24 D A R
2 2
+ . 2 = =
P 2 S31 S32 S33 S34 D3 A3 0
S 41 S 42 S 43 S 44 D4 A4 − Mo
− Pl
8
Sabendo que D1 e D2 são nulos, os coeficientes da coluna 1 e da coluna 2 da
matriz [S]* serão multiplicados por zero, podendo então ser eliminadas. Desta forma,
obtém-se o sistema de equilíbrio para a estrutura restringida, em relação apenas aos
graus de liberdade livres.
P S * *
2 33 S34 D 0
+ . 3 =
− Pl S 43 S 44 D4 − Mo
8
Portanto, para obter os valores dos deslocamentos D3 e D4, basta resolver o
sistema de equações acima. E, as reações de apoio da estrutura podem ser encontradas
utilizando os resultados obtidos nas equações (i) e (ii):
2 11 ( 12) ( 13 3) (
P + S * x 0 + S * x 0 + S * .D + S * .D =
14 4 A1* =) (
R1 ( i ) )
8 21 ( 22) ( 23 ) (
Pl + S * x0 + S * x0 + S * .D + S * .D =
3 24 4 ) (
A2* =R2 ( ii ) )
2 31 ( 32) ( 33 3) (
P + S * x0 + S * x0 + S * .D + S * .D =
34 4 ) (
A3* =R3 ( iii ) )
− Pl + S 41
8
*
( *
x0 + S 42) ( *
x0 + S 43 ) ( *
.D3 + S 44 ) (
.D4 =A4* =R4 ( iv ) )
Exemplo: seja a viga analisada no exercício anterior e impondo-se as condições de
contorno no sistema de equações de equilíbrio da estrutura não restringida, obtendo:
232
TÓPICO 2 | MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS OU
4 168 36 3 D4 −12
+ .10 . D =
−10 36 72 6 0
168 36 3 D4 −12 − 4
36 72 .10 . D = 0 + 10
6
−1
D4 −3 −16 168 36
= 10 . .
D6 10 36 72
D4 −0,14 −3
= .10 rad
D6 0, 21
Com esses valores obtidos de D4 e D6 é possível encontrar as reações de apoio
inserindo os valores dos deslocamentos nas equações para a estrutura não restringida:
233
RESUMO DO TÓPICO 2
• A única estrutura que não pode ser analisada por este método é a viga bi-
engastada quando modelada por uma única barra.
• O esforço axial das estruturas pode ser desprezado quando a magnitude dos
deslocamentos neste sentido não for significativa. Quando existirem forças
horizontais aplicadas nas vigas, estas devem ser modeladas como pórticos.
• A teoria da superposição sugere que seja calculado os esforços totais e estes que
devem estar em equilíbrio com as forças externas que estão aplicadas na estrutura.
234
AUTOATIVIDADE
235
236
UNIDADE 3
TÓPICO 3
MÉTODO DE CROSS
1 INTRODUÇÃO
O método de Cross trata-se de um método aproximado e baseado no método
de deslocamento, em que as estruturas são classificadas em indeslocáveis (nós fixos)
ou deslocáveis (nós móveis), considerando-se indeslocável o nó sem deslocabilidade
de translação — normalmente é desprezado o efeito da deformação axial.
NOTA
2 PROCESSO DE CROSS
Este processo de análise é baseado no método dos deslocamentos e nas
equações de equilíbrio de forças em torno de um nó.
237
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
238
TÓPICO 3 | MÉTODO DE CROSS
4EI
k=
l
MA 1
tA
= =
MB 2
239
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
(k1 + k2 + k3) . φ = M
Uma vez que o binário aplicado e os coeficientes de rigidez das barras (k)
são conhecidos, é possível descobrir o valor da rotação ocorrida em A.
M
ϕ=
∑ ki
M
M
= 1 1 .ϕ
k= k1.
∑ ki
M
M
= 2 2 .ϕ
k= k2 .
∑ ki
M
M
= 3 3 .ϕ
k= k3 .
∑ ki
240
TÓPICO 3 | MÉTODO DE CROSS
Exemplo:
241
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
+20. ( 7,5 )
2
MA = = +93, 75 kN .m
12
−20. ( 7,5 )
2
MD = = −93, 75 kN .m
12
4 EI
k1
= = 24
5
4 EI
k2 = 40
=
3
4 EI
k3 = 16
=
7,5
24
β=
1 = 0,30
80
40
β=
2 = 0,50
80
16
β=
3 = 0, 20
80
FIGURA 72 – EQUILÍBRIO DO NÓ
242
TÓPICO 3 | MÉTODO DE CROSS
243
UNIDADE 3 | ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
R. C. Hibbler
FONTE: HIBBELER, R.C, Análise estrutural. 12. ed., São Paulo: Editora Pearson, 2003. p.361-362
244
RESUMO DO TÓPICO 3
• Este método consiste em obter os esforços das barras por meio do equilíbrio de
nó, distribuindo o momento total no nó de acordo com a rigidez das barras.
• Supõe-se inicialmente que os nós não sofrem rotação, supondo que os nós
estejam bloqueados.
• Para uma estrutura com um único nó, a solução é exata, mas para mais de um
nó, a solução é aproximada, dependendo de um processo iterativo.
245
AUTOATIVIDADE
a)
246
f)
247
248
REFERÊNCIAS
BEER, F. P.; JOHNSTON JR., E. R. Resistência dos materiais. 2. ed. São Paulo:
McGraw-Hill, 1989. Disponível em: https://www.estudocerteiro.com/single-
post/2017/07/23/Resistencia-dos-Materiais---Ferdinand-Beer---3-Edicao---
Download. Acesso em: 21 maio. 2019.
HIBBELER, R. C. Análise das estruturas. 12. ed. São Paulo: Editora Pearson,
2013. Disponível em: https://vdocuments.site/analise-estrutural-hibbelerpdf.
html. Acesso em: 21 maio. 2019.
249
SUSSEKIND, J. C. Curso de análise estrutural. v. 1, 6. ed. Porto Alegre: Ed.
Globo, 1983. Disponível em: https://biblioteca.unilasalle.edu.br/docs_online/
livros/curso_de_analise_estrutural_1.pdf. Acesso em: 21 maio. 2019.
SUSSEKIND, J. C. Curso de análise estrutural. v. 2, 11. ed. São Paulo: Ed. Globo,
1994a. Disponível em: https://www.academia.edu/7891808/Sussekind_Curso_
de_analise_estrutural_II. Acesso em: 21 maio. 2019.
250