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Construções: Estruturas
Isostáticas
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. André Valmir Saugo Ribeiro
R484e
ISBN 978-85-515-0385-0
CDD 624.171
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo! Para a disciplina proposta, Estática
das Construções: Estruturas Isostáticas, foram produzidas três unidades,
servindo como base para o aprendizado dos alunos.
Aproveite o material!
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES.......................................................................... 1
TÓPICO 1 – VIGAS................................................................................................................................ 63
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 63
2 CONCEITOS......................................................................................................................................... 63
3 VIGA BIAPOIADA SIMPLES.......................................................................................................... 64
RESUMO DO TÓPICO 1...................................................................................................................... 70
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 71
VII
TÓPICO 3 – APOIO GERBER.............................................................................................................. 87
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 87
2 APOIO GERBER EM VIGAS............................................................................................................ 87
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 95
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 96
VIII
TÓPICO 5 – LINHAS DE INFLUÊNCIA (LI).................................................................................... 175
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 175
2 LINHAS DE INFLUÊNCIA EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS PLANAS............................ 175
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 181
RESUMO DO TÓPICO 5...................................................................................................................... 186
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 187
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 189
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudo está dividida em três tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades, estas que reforçarão o conteúdo
apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1 INTRODUÇÃO
Uma estrutura pode ser dimensionada para estar em um sistema em
equilíbrio ou em movimento. O dimensionamento de uma estrutura leva em
consideração sua utilização, como edifícios, pontes, pórticos, estruturas que
são dimensionadas para haver equilíbrio. Eixos de motores são exemplos de
estruturas que são dimensionadas para movimento.
2 NOÇÕES FUNDAMENTAIS
O primeiro conceito a ser abordado é o conceito de força, que pode ser
definido como uma ação mecânica de um corpo sobre um ponto material. A ação
pode ser representada por um vetor (força interativa) que é aplicado no ponto
(LINDENBERG NETO, 1996). Matematicamente, a força interativa é apresentada
por um par constituído por um vetor e por um ponto: uma força W é aplicada no
ponto Y (Y, W), por exemplo.
3
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
E
IMPORTANT
Assim:
MO = W P x d
Em que:
E
IMPORTANT
5
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
6
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
7
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
FONTE: O autor
8
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
FONTE: O autor
9
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
FONTE: O autor
FONTE: <https://www.bibliocad.com/pt/biblioteca/portico-de-concreto_7818/>.
Acesso em: 29 abr. 2019.
10
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
FONTE: <https://www.novesengenharia.com.br/tipos-de-lajes-lajes-de-madeira/>.
Acesso em: 29 abr. 2019.
11
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
FONTE: O autor
ℓ1 ℓ1
ℓ3
ℓ2 bw = ℓ3
ℓ2
ℓ3
h = ℓ3 ℓ2
ℓ1 ℓ2
ℓ1
12
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
EXEMPLO 1
Verificamos que há três reações dos apoios (RAH; RAV; RBV). Essas três
reações serão determinadas através das três equações fundamentais da estática
para uma estrutura plana:
∑ FH = 0
∑ FV = 0
∑ MO = 0
EXEMPLO 2
FONTE: O autor
13
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
E
IMPORTANT
FONTE: O autor
∑ FH = 0
∑ FV = 0
∑ MO = 0
Portanto, há uma equivalência nas equações a serem utilizadas com o
número de incógnitas a ser determinado. Assim, conclui-se que a estrutura do
Exemplo 2 é uma estrutura isostática.
EXEMPLO 3
FIGURA 22 – EXEMPLO
10.0 kN
20.0 kN
FONTE: O autor
14
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
10.0 kN
20.0 kN
FONTE: O autor
Verificamos que há três reações de apoio (Rax, Rbx e Rby) e, para determiná-
las, serão utilizadas as mesmas três equações de equilíbrio dos Exemplos 1 e 2.
Portanto, infere-se que a estrutura do Exemplo 3 é isostática, pois o número de
equações é igual ao número de reações dos apoios a serem determinados.
15
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
16
AUTOATIVIDADE
a)
b)
c)
d)
17
e) 10.00 kN/m
f) 10.00 kN/m
g) 10.00 kN/m
h) 10.00 kN/m
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, será demonstrado o método de como calcular as reações de
apoio dos elementos estruturais. Além disso, será abordada a estrutura treliça e
demonstrado o cálculo da sua isostaticidade.
2 CONCEITOS
Estruturas reticulares são estruturas geralmente formadas por barras de
eixo reto, ligadas por rótulas ou articulações. Exemplos de estruturas reticulares
são as treliças e as grelhas. Quando estas são submetidas a cargas aplicadas nos
nós apenas, as barras são submetidas a esforços axiais.
19
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
W=E
W = 3 + 11 = 14
E = 2 x número de nós
E = 14
3 EQUILÍBRIO ESTÁTICO
Como já fora supracitado, para obter uma estrutura isostática deve-se
ter o número de incógnitas a ser determinado igual ao número de equações de
equilíbrio que será utilizado para determinação das incógnitas. Para se obter
uma estrutura em equilíbrio isostático, deve-se ter feito o cálculo das equações
de equilíbrio:
∑ FH = 0
∑ FV = 0
∑ MO = 0
20
TÓPICO 2 | ISOSTATICIDADE EM TRELIÇAS E DETERMINAÇÃO DAS REAÇÕES DE APOIO EM ESTRUTURAS
EXEMPLO 1
25 KN
1,5 m 4,5 m
FONTE: O autor
E
IMPORTANT
21
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
Número de equações = 3
∑ FH = 0
∑ FV = 0
∑ MO = 0
Número de incógnitas a ser calculado pelas equações:
∑ FH = 0
Como não temos nenhuma força atuando no eixo x, a força de reação do
apoio B no eixo x deve ser 0, RBH = 0. Segunda equação:
∑ FV = 0
Verificamos que há três componentes verticais de força, RAV, RBV e 25KN.
Assim:
RAV + RBV – 25 = 0
Como temos duas incógnitas para uma equação, vamos utilizar a última
equação de equilíbrio. É preciso tentar descobrir, pelo menos, uma das incógnitas
e, assim, determinar os valores. Portanto, aplicamos o ponto de origem em B e a
equação de equilíbrio do momento fletor em relação ao ponto de origem B.
∑ MB = 0
Com a origem em B, temos duas forças aplicando o momento em relação
ao ponto: a RAV e 25 KN. A força RBV está aplicada sobre o ponto de origem B
e, assim, não exerce momento na estrutura a partir do ponto B. A força 25 KN
gera um momento positivo em relação ao ponto B, já que gera um momento no
sentido anti-horário. A força RAV gera um momento negativo no sentido horário
em relação ao ponto B. Assim:
22
TÓPICO 2 | ISOSTATICIDADE EM TRELIÇAS E DETERMINAÇÃO DAS REAÇÕES DE APOIO EM ESTRUTURAS
− RAVx6 + 25 x 4,5 = 0
25 x 4,5 = RAVx6
25 x 4,5
RAV =
6
RAV = 18,75 KN
RAV + RBV – 25 = 0
RAV + RBV = 25
RBV + 18,75 = 25
RBV = 6,25 KN
FONTE: O autor
EXEMPLO 2
FIGURA 27 – EXEMPLO
FONTE: O autor
23
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
FONTE: O autor
Número de equações = 3
∑ FH = 0
∑ FV = 0
∑ MO = 0
∑ FH = 0
∑ FV = 0
∑ MO = 0
Sabemos que não há forças externas aplicadas na direção da força da
reação Rax. Portanto, o valor é igual a 0, Rax = 0. Para que possamos encontrar a
reação Rby, aplicamos o somatório dos momentos em relação ao ponto A.
24
TÓPICO 2 | ISOSTATICIDADE EM TRELIÇAS E DETERMINAÇÃO DAS REAÇÕES DE APOIO EM ESTRUTURAS
∑ MA = 0
20.3, 25.3, 25
Rby.3, 25 − 0
=
2
105, 625
Rby =
3, 25
Rby = 32,5 KN
∑ FV = 0
Rby + Ray – 20 . 3,25 = 0
Ray = 32,5 KN
FONTE: O autor
EXEMPLO 3
25
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
FONTE: O autor
E
IMPORTANT
∑ FH = 0
∑ FV = 0
∑ MO = 0
26
TÓPICO 2 | ISOSTATICIDADE EM TRELIÇAS E DETERMINAÇÃO DAS REAÇÕES DE APOIO EM ESTRUTURAS
FONTE: O autor
∑ FH = 0
Rax + 20 = 0
Rax = –20 KN
Como o resultado da força de reação Rax foi negativo, deverá ser feita a
inversão no sentido da força, indicando ser no sentido oposto ao da força externa
aplicada na estrutura e no sentido oposto ao adotado no sistema inicial.
∑ MA = 0
Rby . 1,95 – 20 . 1,81 = 0
Rby = 18,56 KN
27
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
∑ FV = 0
Ray + Rby – 30 = 0
Ray = 11,44 KN
FONTE: O autor
28
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
29
AUTOATIVIDADE
a) 25.00 kN/m
1.95 m
b) 25.00 kN/m
1.95 m
c)
30.0 kN
1.02 m
1.95 m
d) 30.0 kN/m
1.95 m
e)
60.0 kN
20.0 kN
1.95 m
1.09 m
30
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, serão abordados os conceitos de isostaticidade em
algumas estruturas espaciais e os conceitos e cálculos dos esforços solicitantes
em estruturas planas.
2 CONCEITOS
Conforme Lindenberg Neto (1996), uma estrutura pode ser chamada de
estrutura espacial quando os eixos das diversas barras não estão contidos em
um mesmo plano. Quando uma estrutura é considerada espacial, englobará três
dimensões. Suas condições isostáticas são muito parecidas com as condições
das estruturas planas, porém com uma equação de equilíbrio a mais. A seguir, é
ilustrada uma estrutura espacial.
4tf
D
2tf
RCZ
RCX
C
RAX RBX
A B RCY
RAZ RBZ
RAY RBY
31
Verificamos que existem três apoios fixos com três reações cada (Rax; Ray;
Raz; Rbx; Rby; Rbz; Rcx; Rcy; Rcz), três cabos e quatro nós. A isoestaticidade é
determinada pelo número de apoios fixos multiplicado pelo número de incógnitas
a ser determinado e somado pelo número de cabos ou barras. O resultado deve ser
igual ao número de nós multiplicado pelo número ocupado dimensionalmente
pela estrutura. Assim, verifica-se que:
W = 3 x 3 + 3 = 12
E = 3 x 4 = 12
4.00m
3.00m
5.00m Y
Rax Max X
Raz Ray
Z
Maz
May
∑ Fx = 0
∑ Fy = 0
∑ Fz = 0
∑ Mx = 0
∑ My = 0
∑ Mz = 0
32
O número de equações de equilíbrio e a quantidade de incógnitas (forças/
momentos de reação) geradas pelo apoio (Rax; Ray; Raz; Max; May; Mas) são
seis. Assim, verifica-se que a condição de isoestaticidade da estrutura é satisfeita.
3 ESFORÇOS SOLICITANTES
Para caracterizar o estado de tensão dos pontos de uma estrutura constituída
por barras, é preciso determinar as tensões que atuam nos três planos perpendiculares
entre si, dois a dois. Para o caso de barras, um dos planos sempre será o plano da
seção transversal. Portanto, a determinação das tensões nas seções transversais das
barras é um dos temas que será estudado (LINDENBERG NETO, 1996).
Pela Lei da Ação e Reação, a ação que uma parte da seção exerce sobre a
outra é representada pelas tensões, que são as forças distribuídas nos pontos da
seção transversal, não sendo estas representadas pelos esforços solicitantes, que
são os esforços concentrados (LINDENBERG NETO, 1996).
33
Segundo Lindenberg Neto (1996), a seção mais perigosa de uma
estrutura formada por barras é, portanto, a seção na qual há a combinação mais
desfavorável de esforços solicitantes, havendo as maiores tensões na estrutura.
Em uma estrutura formada por barras, determina-se a seção crítica por meio dos
diagramas de esforços solicitantes.
EXEMPLO 1
FIGURA 35 – EXEMPLO
15.0 kN
3.00 m
8.12 m
FONTE: O autor
3.00 m
8.12 m
FONTE: O autor
34
As reações de apoio serão determinadas com as seguintes equações de
equilíbrio:
∑ Fx = 0
∑ Fy = 0
∑ MO = 0
Primeiramente, vamos aplicar a equação do momento com o ponto de
origem em A e, então, determinar a reação de apoio Rcy. Temos:
∑ MA = 0
Rcyx8,12 − 15 x3 =
0
45
Rcy =
8,12
Rcy = 5,54 KN
∑ Fy = 0
Ray + Rcy − 15 =0
Ray + 5,54 − 15 =
0
Ray + 5,54 − 15 =
0
Ray = 9, 46 KN
35
Os sinais dos esforços solicitantes (Normal, Cortante e Momento Fletor)
são demonstrados a seguir.
FONTE: O autor
-5.5
FONTE: O autor
36
TÓPICO 3 | ESTRUTURAS ESPACIAIS, ESFORÇOS SOLICITANTES E TEOREMA FUNDAMENTAL
28.4
FONTE: O autor
4 TEOREMA FUNDAMENTAL
É constituído pela forma mais simples, rápida e segura para determinar
os esforços solicitantes que atuam em uma seção transversal de uma barra
(LINDENBERG NETO, 1996).
FIGURA 40 – EXEMPLO
37
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
FIGURA 41 – RESOLUÇÃO
∑ Ms = 0
Ms + 60 − 30 + 170 =
0
Ms = −200 KN.m
38
TÓPICO 3 | ESTRUTURAS ESPACIAIS, ESFORÇOS SOLICITANTES E TEOREMA FUNDAMENTAL
∑ Fx = 0
∑ Fy = 0
As forças aplicadas na componente vertical são as forças de 85KN, força
positiva, pois está sendo aplicada no sentido positivo do eixo Y (para cima), e
30Kn, força negativa, pois está sendo aplicada no sentido negativo do eixo Y
(para baixo). As duas forças aplicadas na componente horizontal são as forças de
85KN. Assim, temos:
Fsy +85 − 30 =0
Fsy = −55 KN
Fsx − 85 + 30 =
0
Fsx = 55 KN
39
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
FIGURA 43 – EXEMPLO
170.0 kNm
55.0 kN
55.0 kN
FONTE: O autor
55.0 kN
267.7 kNm
55.0 kN
FONTE: O autor
40
TÓPICO 3 | ESTRUTURAS ESPACIAIS, ESFORÇOS SOLICITANTES E TEOREMA FUNDAMENTAL
-55.0 -55.0
-55.0
-30.0
-30.0 -30.0
FONTE: O autor
-55.0 -55.0
30.0
-30.1
0.1
-30.0 -30.0
FONTE: O autor
41
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
90.1
90.1
146.3
201.4
29.7
29.7
30.1
29.8
30.1
29.8
FONTE: O autor
EXEMPLO 2
FIGURA 48 – EXEMPLO
15.0 kN
3.00 m
8.12 m
FONTE: O autor
42
TÓPICO 3 | ESTRUTURAS ESPACIAIS, ESFORÇOS SOLICITANTES E TEOREMA FUNDAMENTAL
15.0 kN
FONTE: O autor
∑ Fx = 0
∑ Fy = 0
∑ MO = 0
Assim, afirma-se que a estrutura é isostática. Como não há forças externas
aplicadas no eixo horizontal X, a reação do apoio A (Rax) é igual a 0.
∑ MA = 0
Rby.8,12 − 15.3 =
0
Rby = 5, 54 KN
∑ Fy = 0
Ray + Rby − 15 =0
Ray= 15 − 5,54
Ray = 9, 46 KN
43
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
15.0 kN
3.00 m
8.12 m
FONTE: O autor
Esforço cortante para o trecho B até S, sendo que x varia de 0 até 5,12.
Qs = Rby
Qs = –5,54 KN
Momento fletor para o trecho B até S, sendo que x varia de 0 até 5,12.
Ms = Rby.x
Para x = 0:
Ms = 0 KN.m
Para x = 5,12:
Ms = 28,36 KN.m
Esforço cortante:
Qs = + 9,46 KN
Momento fletor:
44
TÓPICO 3 | ESTRUTURAS ESPACIAIS, ESFORÇOS SOLICITANTES E TEOREMA FUNDAMENTAL
Ms = Ray.x
Ms = 9,46.x
Para x = 0:
Ms = 0 KN.m
Para x = 3:
Ms = 28,38 KN.m
E
IMPORTANT
-5.5
FONTE: O autor
28.4
FONTE: O autor
EXEMPLO 3
O próximo exemplo será feito com uma carga distribuída em uma viga
biapoiada:
45
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
FIGURA 53 – EXEMPLO
50.00 kN/m
2.00 m
FONTE: O autor
∑ Fx = 0
∑ Fy = 0
∑ MO = 0
A primeira equação da estática não será aplicada no exemplo porque não
se tem força externa no eixo X. Assim, a reação do apoio A no eixo X será 0.
∑ MA = 0
− 50.2.2
+ Rby.2 =
0
2
Rby = 50 KN
∑ Fy = 0
Ray − 50.2 + Rby =
0
= 100 − Rby
Ray
= 100 − 50
Ray
Ray = 50 KN
46
TÓPICO 3 | ESTRUTURAS ESPACIAIS, ESFORÇOS SOLICITANTES E TEOREMA FUNDAMENTAL
2.00 m
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Q = –50.x + 5
Quando x = 0:
Q0 = 50 KN
Quando x = 1:
Q1 = 50 KN
Quando x =2:
Q2 = –50 KN
47
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
0.2
-49.9
2.00 m
FONTE: O autor
x2
−50. + 50.x
Ms =
2
Quando x=0:
Ms = 0 KN.m
Quando x=1
Ms = + 25 KN.m
Quando x=2
Ms = 0 KN.m
24.9
2.00 m
FONTE: O autor
48
TÓPICO 3 | ESTRUTURAS ESPACIAIS, ESFORÇOS SOLICITANTES E TEOREMA FUNDAMENTAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Viga em balanço
Figura 6.1
w0
A
B
C D
x1
x2
x3
Figura 6.2
w(x)
Figura 6.3
50
TÓPICO 3 | ESTRUTURAS ESPACIAIS, ESFORÇOS SOLICITANTES E TEOREMA FUNDAMENTAL
Procedimento de análise
Reações de apoio
51
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
w(x)∆x
w(x)
k(∆x)
F1 F2 V
w(x)
M
M+∆M
O N A
C V+∆V
M1 M2 ∆x
x ∆x Diagrama de corpo Área da seção
livre do segmento ∆x transversal do segmento
(a) (b)
Figura 6.10
+ ↑ ∑ Fy 0;
= ( x)∆x − (V + ∆V ) 0
V − w=
∆V =− w( x)∆x
∑ Mo 0;
(+= − V ∆x − M + w( x)∆x[k (∆x)] + ( M =
+ ∆M ) 0
∆M = V ∆x − w( x)k (∆x) 2
dV
= − w( x)
dx
(6.1)
declive do = – intensidade
diagrama de cisalhamento da carga distribuída
em cada ponto em cada ponto
dM
=V
dx
(6.2)
declive do = cisalhamento
diagrama de momento em cada
em cada ponto ponto
52
TÓPICO 3 | ESTRUTURAS ESPACIAIS, ESFORÇOS SOLICITANTES E TEOREMA FUNDAMENTAL
As equações 6.1 e 6.2 também podem ser reescritas sob a forma dV = -w (x)
dx e dM = Vdx. Observando que w (x) dx e V dx representam áreas infinitesimais
sob a carga distribuída e o diagrama de força cortante, respectivamente, podemos
integrar as áreas entre quaisquer dois pontos C e D da viga (Figura 6.11d) e escrever:
∆V =− ∫ w( x)dx
(6.3)
mudança de = – área sob a
força cortante carga distribuída
∫ V ( x)dx
∆M =
(6.4)
mudança de = área sob o diagrama
momento de força cortante
53
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
w
w = w (x) B
(a) (d)
A B C D
C D
V
V
0
–wC
VA –wD ∆V
(e)
x
(b) x C D
–VB
M –wB M
VD 0 ∆M
VC
VA (f)
–VB x
(c) C D
x
Figura 6.11
+ ↑ ∑ Fy 0;
= V − F − (V + ∆V ) 0
=
∆V =−F (6.5)
(+ ∑ Mo 0;
= V ∆x − M 0
M + ∆M − M 0 −=
Fazendo ∆x → 0, temos:
∆M =
M0
(6.6)
54
TÓPICO 3 | ESTRUTURAS ESPACIAIS, ESFORÇOS SOLICITANTES E TEOREMA FUNDAMENTAL
A Tabela 6.1 ilustra a aplicação das equações 6.1, 6.2, 6.5 e 6.6 em alguns
casos comuns de carregamento. Nenhum desses resultados deve ser memorizado.
Em vez disso, devem ser estudados cuidadosamente para que você fique bem
informado. Valem a pena o tempo e o esforço gastos.
P w=0 V2
M1 M2 P w=0 V1
V1
V2 M2
M1
V1 V2 A força P de cima para baixo faz
V 'saltar' para baixo de V1 para V2+ O declive constante muda de V1 para V2+
V
M1 M0 M2 w=0 V
V V M1 M2
V V Não há mudança na força cortante visto Declive positivo constante, M0 no sentido
que o declive w = 0. anti-horário faz M 'saltar' para baixo.
V2
w0 -w0
M1 M2 V1
V1 M2
V2 M1
V1 V2 Declive negativo constante. Declive positivo que diminui de V1 para V2+
w2
-w1 V2
w1
M1 M2 -w2 V1
V1 M2
V2 M1
V1 Declive negativo que aumenta Declive positivo que diminui
V2
de -w1 para -w2+ de V1 para V2+
w1
-w1 V2
w2
M1 -w2
M2 V1 V1
M2
V2 M1
V1
V2 Declive negativo que diminui Declive positivo que diminui
de -w1 para -w2+ de V1 para V2+
Tabela 6.1
Procedimento de análise
55
UNIDADE 1 | ESTÁTICA DAS CONSTRUÇÕES
Reações de apoio
FONTE: HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais. São Paulo: Pearson Educação, 2006. p. 199-211.
56
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
57
AUTOATIVIDADE
a) 80.0 kN
3.29 m
8.01 m
80.0 kN
b)
4.48 m
7.00 m
c)
d)
58
e) 150.00 kN/m
4.06
f) 150.00 kN/m
5.85
59
60
UNIDADE 2
VIGAS E PÓRTICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudo está dividida em cinco tópicos. No decorrer da
unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – VIGAS
TÓPICO 5 – PÓRTICOS
61
62
UNIDADE 2
TÓPICO 1
VIGAS
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico será abordado o elemento estrutural viga. Serão
apresentados os diferentes tipos de vigas em situação de projeto e como calcular
tais elementos.
2 CONCEITOS
Como já explicado na primeira unidade, vigas são elementos estruturais
que têm a função de distribuir as cargas de um elemento estrutural para outro.
Estas podem ser apresentadas em um projeto da seguinte maneira:
FONTE: O autor
E
IMPORTANT
EXEMPLO 1
2.40 m
4.50 m
FONTE: O autor
∑ FH = 0
∑ FV = 0
∑ MO = 0
Há três incógnitas: Rax, Ray e Rby. Assim, o número de incógnitas a ser
determinado é igual ao número de equações utilizado para determinação das
incógnitas. Após, serão determinadas as reações dos apoios.
∑ FH = 0
E
IMPORTANT
2.40 m
4.50 m
FONTE: O autor
∑ MA = 0
Rby.4,5 − 40.2, 4 =
0
40.2, 4
Rby =
4,5
Rby = 21, 33 KN
65
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
∑ FV = 0
Rby − 40 + Ray =
0
= 40 − 21,33
Ray
Ray = 18,67 KN
2.40 m
4.50 m
FONTE: O autor
66
TÓPICO 1 | VIGAS
2.40 m
FONTE: O autor
Qs = +18,67 KN
MA = 0 KN.m
Ms = +44,81 KN.m
E
IMPORTANT
67
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
FONTE: O autor
44.
FONTE: O autor
2.10 m
FONTE: O autor
Qs = – 21,33 KN
E
IMPORTANT
68
TÓPICO 1 | VIGAS
Ms = – 21,33.x
MB = 0 KN.m
Ms = + 44,81 KN.m
-21.3
FONTE: O autor
44.8
FONTE: O autor
69
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
70
AUTOATIVIDADE
a)
b)
c)
d)
e)
71
72
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Vimos estruturas com uma única carga atuante ou com cargas que não
interferem uma na outra em relação aos diagramas de esforços solicitantes. Agora,
veremos um exemplo de mais de uma carga atuando e interferindo no traçado
dos diagramas de esforços solicitantes e sendo dependente de mais de uma carga
para traçar um mesmo diagrama. Assim, teremos uma superposição de efeitos
devido ao fato de mais de uma carga ter efeito em um mesmo esforço solicitante.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
73
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
FONTE: O autor
2 CÁLCULOS
Começaremos fazendo o cálculo das reações dos apoios presentes na
estrutura, dos esforços solicitantes na viga em questão, estes ocasionados pelas
cargas e, por fim, vamos desenhar os diagramas de esforços solicitantes. Podemos
dividir a estrutura em duas estruturas com as cargas atuantes.
FONTE: O autor
74
TÓPICO 2 | VIGAS COM SUPERPOSIÇÃO DOS EFEITOS
∑ MA = 0
35.5.5
Rby.5 − 80.2, 61 − 0
=
2
Rby = 129, 26 KN
∑ Fy = 0
Rby + Ray − 80 − 35.5 =
0
Ray = +125, 74 KN
FONTE: O autor
75
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
FONTE: O autor
Qs = 125,74 – 35.x
Para x= 0, ponto A:
QA = + 125,74 KN
Qs = 125,74 – 35.x
Qs = 34,4 KN
E
IMPORTANT
Os valores dos esforços cortantes são positivos, pois o valor do esforço solicitante
maior é o esforço com movimento horário. Como a equação para determinar o esforço cortante
é uma de primeiro grau, a representação do esforço no diagrama será feita por uma reta.
76
TÓPICO 2 | VIGAS COM SUPERPOSIÇÃO DOS EFEITOS
125.9
34.8
2.61 m
FONTE: O autor
x2
=Ms 125, 74.x − 35.
2
MA = 0 KN.m
Ms = 209 KN.m
209
FONTE: O autor
77
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
FONTE: O autor
Qs = – 129,26 + 35.x
Qb = –129,2 KN
Qs = – 45,2 KN
E
IMPORTANT
125.9
34.8
-45.2
-129.2
FONTE: O autor
78
TÓPICO 2 | VIGAS COM SUPERPOSIÇÃO DOS EFEITOS
x2
−129, 26 x + 35.
Ms =
2
Mb = 0 KN
Ms = 209 KN
E
IMPORTANT
209.3
FONTE: O autor
Assim:
79
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
FONTE: O autor
Para a determinação das reações dos apoios A e B, como não temos força
externa atuante na direção horizontal, Rax = 0.
∑ MA = 0
Rby.5 − 80.2, 61 =
0
Rby = 41, 76 KN
∑ FV = 0
Ray − 80 + 41, 46 =
0
Rby = 38, 24 KN
Qs = 38,24
Ms = 38,24.x
Qs = –41,46
Ms = 41,46.x
80
TÓPICO 2 | VIGAS COM SUPERPOSIÇÃO DOS EFEITOS
FONTE: O autor
Rax = 0
Ray = 87,6 KN
Rby = 87,6 KN
Qs = 87,6 – 35.x
x2
Ms 87, 6 x − 35.
=
2
Esforço cortante, em que x varia de 0 a 2,39 a partir de B:
Qs = – 87,6 + 35.x
x2
Ms 87, 6 x − 35.
=
2
Após, são somadas as equações para a determinação dos esforços
solicitantes finais. Por fim, é preciso traçar os diagramas da estrutura real.
81
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
QA = 125,9 KN
QS1 = 34,49 KN
QB = – 129,1 KN
QB = – 45,4 KN
-45.2
-129.2
FONTE: O autor
x2
Ms = 87, 6 x − 35. + 38, 24 x
2
Para x=0 metros:
MA = 0 KN.m
82
TÓPICO 2 | VIGAS COM SUPERPOSIÇÃO DOS EFEITOS
x2
+ 87, 6 x − 35.
Ms = + 41, 46.x
2
MB = 0 KN.m
MB = 209,2 KN.m
209.3
FONTE: O autor
83
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Quando temos mais de uma carga atuante em uma viga, pode ser aplicado o
princípio da superposição dos efeitos.
84
AUTOATIVIDADE
a)
10.0 kN
40.00 kN/m 40.00 kN/m
4.23 m
9.98m
b)
10.0 kN
4.65 m
11.51m
20.0 kN
6.74 m
10.05 m
85
86
UNIDADE 2 TÓPICO 3
APOIO GERBER
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, será abordado o conceito de apoio Gerber, realizado o
cálculo de estruturas que contêm o apoio Gerber, além da construção de seus
diagramas de esforços solicitantes.
A B C D
P 5 P6
HC C D
P2 VC VD
P1 P3 P4
VC
A HC
B C
87
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
A B C D
FONTE: Adaptado de Sussekind (1996, p. 74)
∑ Fx = 0
∑ Fy = 0
∑M = 0
∑ Mc = 0
São quatro equações de equilíbrio da estática para determinar quatro
incógnitas (reações dos apoios): Rax, Ray, Rby e Rdy. Assim, considera-se a
estrutura a ser analisada isostática.
EXEMPLO
88
TÓPICO 3 | APOIO GERBER
FONTE: O autor
50.0 kN
FONTE: O autor
FONTE: O autor
89
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
∑ MB = 0
20.5,5.5,5
Ray.5,5 − 0
=
2
Ray = 55 KN
∑ Fy = 0
Ray − 20.5,5 + Rby =
0
Rby = 55 KN
Esforço Cortante:
Qs = 55 – 20.x
QA = 55 KN
QA = –55 KN
Momento Fletor:
x2
= 55 x − 20.
Ms
2
Para x=0 metros:
MA = 0 KN.m
Para x=2,75 metros (momento máximo para uma viga biapoiada com
carga distribuída uniforme):
MB = 0 KN.m
55.0
FONTE: O autor
75.6
FONTE: O autor
E
IMPORTANT
FONTE: O autor
91
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
∑ Fx = 0
Rcx = 0 KN
∑ MD = 0
−55.10, 49 + Rcy.5,5 − 50.2,54 =
0
Rcy = 128 KN
∑ Fy = 0
33,58 − 55 − 50 + Rdy =
0
Rdy = −23, 0 KN
Após a determinação das reações de apoio, serão feitas duas seções para
determinar os esforços solicitantes: uma imediatamente antes do apoio C a partir
do ponto B, uma imediatamente antes da carga concentrada de 50 KN e uma
imediatamente antes do apoio C, ambas a partir do ponto D. Os valores de x variarão
de 0 a 4,99 metros, de 0 a 2,54 metros e de 0 até 2,96 metros, respectivamente.
FONTE: O autor
Esforço Cortante:
Qs = –55 KN
Momento Fletor:
Ms = –55.x
92
TÓPICO 3 | APOIO GERBER
X=0 metros:
MB = 0 KN.m
X=4,99 metros:
MC = –269,5 KN.m
Segundo trecho:
FONTE: O autor
Esforço Cortante:
Qs = 23 KN
Momento Fletor:
Ms = – 23.x
X=0 metros:
MD = 0 KN.m
X = 2,54 metros:
93
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
FONTE: O autor
Esforço Cortante:
Qs = 73 KN
Momento Fletor:
X=0 metros:
X=2,96 metros:
MC = –274,4 KN.m
– 55.0
FONTE: O autor
58.4
75.6
FONTE: O autor
94
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
95
AUTOATIVIDADE
a) 50.0 kN
30.00 kN/m
5.55 m
2.83 m
10.02 m 50.0 kN
b)
30.00 kN/m
5.99 m
5.99 m
1.82 m
11.99 m
96
UNIDADE 2
TÓPICO 4
VIGAS INCLINADAS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, será abordado o conceito de vigas inclinadas. Aprenderemos
a calcular os esforços solicitantes desse tipo de estrutura e a traçar o diagrama dos
esforços solicitantes.
97
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
EXEMPLO
98
TÓPICO 4 | VIGAS INCLINADAS
m
k N/
.00
50
274 m
4.19 m
FONTE: O autor
cateto oposto
Tgα =
cateto adjacente
2, 74
Tgα =
4,19
2, 74
Tgα =
4,19
2, 74
α = Tg −1
4,19
α 33,18 °
=
Cargaparalela = 50.sena
Cargaparalela = 50.cosa
99
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
∑ Fx = 0
Rax = 0 KN
∑ MA = 0
( 5, 006 )
2
−50cosα . + Rby.4,19 =
0
2
Rby = 125, 2 KN
∑ Fy = 0
−50.5, 006 + Rby + Ray =
0
Ray = 125, 2 KN
Após a determinação das reações de apoio, será feita uma seção na viga,
em que x terá o valor de 0 até 5,006 (comprimento total da viga). Contudo, é
preciso saber que as reações de apoio são oblíquas ao eixo da viga, assim, devem
ser decompostas nos eixos paralelo e perpendicular. Com a seção inserida, serão
determinados os esforços solicitantes para o traçado dos diagramas.
Esforço Normal:
Ns = 50.sena.x – 125,2.sena
NA = – 68,6 KN
Ncarga = – 0,03 KN
NB = 68,6 KN
100
TÓPICO 4 | VIGAS INCLINADAS
FONTE: O autor
Esforço Cortante:
Qs = –50.cosa.x + 125,2.cosa
QA = 105,03 KN
Qcarga = 0,04 KN
QB = – 104,71 KN
.9
-104
9
104.
FONTE: O autor
101
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
Momento Fletor:
x2
−50.cosα . + 125, 2.cosα .x
Ms =
2
Para x=0 metros, a partir do ponto A:
NA = 0 KN.m
Mcarga = 131,2 KN
MB = 0 KN
1.4
13
FONTE: O autor
102
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• Para o cálculo dos esforços solicitantes, deve ser feita a análise da carga aplicada
para ser feita ou não a decomposição das cargas na estrutura.
• É muito importante lembrar que deve ser feita a análise da carga em relação à
estrutura, e não o contrário.
103
AUTOATIVIDADE
a)
m
N/
00k
50.
2.41 m
4m
5.3
4.77 m
b)
/m
0 kN
40.0
1.79 m
m
5.99
5.72 m
c)
40.0 kN
1.65 m
5.52 m
m
3.48
5.77 m
104
UNIDADE 2 TÓPICO 5
PÓRTICOS
1 INTRODUÇÃO
Pórticos planos são estruturas estáveis bidimensionais em um
determinado plano. São compostos por elementos estruturais conectados entre si
(normalmente, vigas e colunas). Os elementos estruturais do pórtico trabalham
em conjunto como uma única peça estrutural e não individualmente.
2 PÓRTICOS SIMPLES
Pórticos simples são estruturas formadas por barras verticais e
horizontais, podendo ter rótulas e/ou elementos estruturais inclinados. A seguir,
são ilustrados e calculados os diagramas de esforços solicitantes de um pórtico
simples biapoiado.
4.00 m
FONTE: O autor
105
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
∑ MA = 0
20.4.4
Rby.4 − 0
=
2
Rby = 40 KN
∑ FV = 0
−20.4 + 40 + Ray =
0
Ray = 40 KN
FONTE: O autor
106
TÓPICO 5 | PÓRTICOS
Esforço Normal:
Ns = –40 KN
FONTE: O autor
Esforço Normal:
Ns = 0 KN
Esforço Cortante:
Qs = 40 – 20.x
QHI = 40 KN
QHF = –40 KN
Momento Fletor:
x2
= 40 x − 20.
Ms
2
107
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
Para x =0 metros:
MHI = 0 KN.m
QHmeio = 40 KN.m
MHF = 0 KN.m
-40.0
FONTE: O autor
-40.0
FONTE: O autor
108
TÓPICO 5 | PÓRTICOS
39.9
FONTE: O autor
3 PÓRTICOS COMPOSTOS
Pórticos compostos são estruturas compostas pela associação de pórticos
simples. Ao menos um dos pórticos tem estabilidade própria e os demais podem
ser capazes de apenas transmitir esforços de (SUSSEKIND, 1996). A seguir, é
ilustrado um exemplo de pórtico composto.
F
E G
P2 P5
C H
D I
P1 P6
A B J K
Após a explanação da definição e como deve ser feito o cálculo, serão calculados
os esforços solicitantes de um pórtico composto e o traçado de seus diagramas.
109
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
20.0 kN/m
2.50 m
2.49 m 2.05 m
FONTE: O autor
20.0 kN
2.50 m
2.05 m
FONTE: O autor
∑ Fx = 0
Rcx − 20 =0
Rcx = 20 KN
∑ Fy = 0
Rcy − Re y =
0
Rcy = Rey
∑ Mc 110= 0
Rcy − Re y =
0
Rcy = Rey
TÓPICO 5 | PÓRTICOS
∑ Mc = 0
Rey.2, 05 = 0
Rey = 0 KN
A única força que será transmitida será a força Rcx = 20KN. Agora, será
resolvido o pórtico estável com a transmissão da carga Rcx.
2.49 m
FONTE: O autor
∑ Fx = 0
Rax − 20 =
0
Rax = 20 KN
∑ MA = 0
40.2, 49.2, 49
Rdy.2, 49 − + 20.2,5 =
0
2
Rdy = 29, 8 KN
∑ Fy = 0
Ray + Rdy − 40.2, 49 =
0
Ray = 69, 8 KN
Trecho AB
Esforço Normal:
Ns = – 69,8 KN
Esforço Cortante:
Qs = – 20 KN
Momento Fletor:
Ms = – 20.x
MA = 0 KN.m
MB = – 50 KN.m
Trecho BC
Esforço Normal:
Ns = – 20 KN.m
Esforço Cortante:
Qs = 69,8 – 40.x
Qs = 69,8 KN
Qs = – 29,8 KN
Qs = 69,8 – 40.x
0 = 69,8 – 40.x
x = 1,75 metros
Momento Fletor:
112
TÓPICO 5 | PÓRTICOS
x2
−20.2,5 + 69,8.x − 40,
Ms =
2
Para x=0 metros:
MB = – 50 KN.m
MB = 11 KN.m
MB = 0 KN.m
Trecho CD
Esforço Normal:
Ns = – 29,8 KN
Esforço Cortante:
Qs = 0 KN
Momento Fletor:
Ms = 0 KN
Trecho CE
Esforço Normal:
Ns = – 20 KN
Esforço Cortante:
Qs = 0 KN
Momento Fletor:
Ms = 0 KN.m
113
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
–20.0 –20.0
–69.9
–29.9
FONTE: O autor
–29.9
–20.0
FONTE: O autor
11.2
FONTE: O autor
4 ARCOS
Os tipos de pórticos simples supracitados podem ser apresentados com as
barras curvas ao invés de barras retas (SUSSEKIND, 1996).
114
TÓPICO 5 | PÓRTICOS
P
C
S
R
A θ B
P P
VA = VB =
2 2
R
Va ( R − R.cosθ ) =
Ms = P. (1 − cosθ )
2
P
Qs = . senθ
2
P
Ns = . cosθ
2
A θ θ B
115
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
P
+
2
Psenθ
+
2
C Psenθ
−
2
P
−
2
A θ θ B
P
− cosθ P
2 C − cosθ
2
θ θ
P A B P
− −
2 2
FONTE: Sussekind (1996, p. 125)
116
TÓPICO 5 | PÓRTICOS
LEITURA COMPLEMENTAR
PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO
P1
P
P2
d1
d d2
(a) (b)
Figura 4.10
117
UNIDADE 2 | VIGAS E PÓRTICOS
x dA
x
0
Figura A.5
I x = ∫ A y 2 dA
I y = ∫ A x 2 dA
2
J=
o ∫A
r dA= I x + I y
FONTE: HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais. São Paulo: Pearson Educação, 2006. p. 102-103.
118
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você aprendeu que:
119
AUTOATIVIDADE
a) 80.00 kN/m
10.0 kN
2.48 m
2.53 m
b)
60.0 kN
40.0 kN
10.0 kN
2.63 m
2.54 m
c) 80.00 kN/m
10.0 kN
6.02 m 20.0 kN
3.21 m
6.53 m 3.02 m
120
2 Determine o DMF para o arco a seguir:
a)
A B
121
122
UNIDADE 3
TRELIÇAS, PRINCÍPIO
DOS TRABALHOS VIRTUAIS
E LINHAS DE INFLUÊNCIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudo está dividida em cinco tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades, estas que reforçarão o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – TRELIÇAS
123
124
UNIDADE 3
TÓPICO 1
TRELIÇAS
1 INTRODUÇÃO
No presente capítulo será abordado o conceito de treliças: o que são tais
elementos estruturais? Como são ilustrados em projeto? Como se apresentam na
prática e como se realizam os cálculos dos esforços solicitantes nos elementos?
2 DEFINIÇÃO
Treliças planas são estruturas formadas por barras dispostas, formando
uma rede de triângulos. Essas barras são interligadas entre si, por meio de pinos,
soldas ou parafusos. Essa interligação visa formar uma estrutura rígida, tendo a
finalidade de resistir a esforços normais. É denominada treliça plana devido ao fato
de todos os elementos pertencerem ao mesmo plano (SOUZA; DE RODRIGUES;
MASCIA, 2008). Um exemplo de treliça de cobertura é ilustrado a seguir.
FONTE: O autor
125
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
FONTE: O autor
A análise deve ser iniciada por um nó, este com duas incógnitas (deve-se
começar pelo nó em que há os esforços normais atuantes). Deve ser estendida aos
demais, sempre em uma ordem com duas incógnitas para determinação em cada
um dos nós (SUSSEKIND, 1981).
126
TÓPICO 1 | TRELIÇAS
E 1 F 3P
2 4 6
3 5
HA = 3P A 7 8 9 D
B C
3P
VA = 2P VD = P
a a a
Assim, os nós a serem escolhidos para o início da análise devem ser os dos
pontos A ou D, já que o sistema fornece as forças atuantes e há duas incógnitas
para a determinação. Os sinais das forças atuantes nos nós são determinados
por meio da verificação se a força atuante está comprimindo (sinal negativo) ou
tracionando o nó (sinal positivo).
E
IMPORTANT
E N1 N1 C 3P N6
N3
N2
N4 N4 N6
A N7 N2 N3 N7 N5
N8 D
3P 2P B N9
VD P
127
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
EXEMPLO
R + B = 2n
Em que:
Assim:
13 + 3 = 2.8
16 = 16
A Estrutura é isostática!
∑ Ma = 0
Vb.14 − 2.3 − 2.7 − 2.11 − 1.14 =
0
Vb = 4 KN
∑ Fy 128
=0
Vb.14 − 2.3 − 2.7 − 2.11 − 1.14 =
0
Vb = 4 KN TÓPICO 1 | TRELIÇAS
∑ Fy = 0
Vb − 2 − 2 − 2 − 1 − 1 + Va =0
Va = 4 KN
O ângulo formado pelo ponto A e por NC é 26,56°. Esse ângulo foi encontrado
fazendo a tangente: cateto oposto = 4 metros pelo cateto adjacente = 8 metros.
∑ Fv = 0
4 − 1 + Nc.sen 26,56° =0
Nc = −6, 71 KN
129
4 − 1 + Nc.sen 26,56° =0
Nc = −6, 71 KN
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
∑ Fx = 0
Nh − Nc.cos 26,56° =0
Nh = + 6, 01 KN
∑ Fy = 0
−2 + Nc.sen 26,56 − Ng .cos 26,56 + Nd .sen 26,56 =0
=Ng 1,117 + 0, 499 Nd
∑ Fx = 0
Nc.cos 26,56 − Ng .sen 26,56 + Nd .cos 26,56 =
0
Nd = −5, 82 KN
Sabe-se que:
Ng = 1,117 + 0,499 Nd
Ng = –1,8 KN
130
TÓPICO 1 | TRELIÇAS
∑ Fy = 0
− Ng .sen63, 44° + Ni.sen53,13 = 0
Ni = + 2, 00 KN
∑ Fx = 0
− Nh + Ng .cos 63, 44 + Ni.cos53,13 + Nj = 0
−6 + 1,8.cos 63, 44 + 2.cos53,13 + Nj =0
Nj = + 4 KN
131
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
∑ Fy = 0
Nt = 0 KN
∑ Fx = 0
0
Nj − Ne =
Ne = +4 KN
Nt = 0 KN
132
RESUMO DO TÓPICO 1
• O Método de Cremona é de fácil aplicação e deve ser iniciado pelo nó com mais
informações.
133
AUTOATIVIDADE
6m
F 2t
E
6m
C D 2t
6m
A B 6t
6t 6t
6m 6m
50 KN 100 KN 50 KN
2 metros 2 metros
D
B C
2 metros
45 o
A E
HE
F
VA VE
VB
HB B
C 40 KN
20 KN
26,57 o
26,57
HA A E
D
o
2 2
134
4 Calcule os esforços solicitantes na estrutura e suas reações de apoio pelo
Método dos Nós.
VB
HB
B5
2t
2t
2t
26.57 o
A
45
HA 1 2 3 4
o
2 2 2
135
136
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Verifica-se que não há apenas um método para o cálculo dos esforços
solicitantes em uma treliça. No tópico anterior, foi mostrado como realizar o
cálculo desses esforços em uma treliça por meio do Método de Cremona. No
presente tópico, será mostrado como realizar o cálculo dos esforços solicitantes
por meio do Método de Ritter.
E
IMPORTANT
EXEMPLO
137
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
10 KN
2.00 m 2.00 m
R + B = 2n
3 + 7 = 2.5
10 = 10
A estrutura é isostática!
Determinando h:
h
Tg 53° =
1
h = 1,33 metros
∑ Ma = 0
Vb.4 − 10.2 =
0
Vb = 5 KN
∑ Fy = 0
Vb + Va − 10 =
0
Va = 5 KN
138
TÓPICO 2 | MÉTODO DAS SEÇÕES OU DE RITTER
∑ Fy = 0
5 KN + F1.sen53° =0
F 1 = −6, 26 KN ( compressão )
∑ Fx = 0
F 2 − F1.cos53° =0
F 2 = +3, 77 KN ( tração )
139
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
F4
F3
F2
∑ ME = 0
F 4.1,33 + 5.2 =
0
F 4 = −7, 52 KN ( compressão )
∑ Fy = 0
− F 3.sen53° + 5 = 0
F 3 = +6, 26 KN ( tração )
F7 = F1 = -6,26 KN
F6 = F2 = 3,77 KN
F5 = F3 = 6,26 KN
140
RESUMO DO TÓPICO 2
• Para o cálculo dos esforços solicitantes de uma treliça, pode-se utilizar o Método
de Cremona ou o Método de Ritter.
141
AUTOATIVIDADE
36.00 kN
18.00 kN
142
4 Calcule os esforços solicitantes na estrutura e suas reações de apoio pelo
Método das Seções.
50 KN 100 KN 50 KN
2 metros 2 metros
D
B C
2 metros
45 o
A E
HE
F
VA VE
143
144
UNIDADE 3
TÓPICO 3
TRELIÇAS ESPACIAIS
1 INTRODUÇÃO
Nos tópicos anteriores, foram mostradas treliças planas e, neste tópico,
será mostrado um panorama geral sobre treliças espaciais. Será abordado o
cálculo dessa estrutura para verificar sua isostaticidade, além de um exemplo de
como calcular os esforços solicitantes de uma estrutura como essa.
2 TRELIÇA ESPACIAL
Segundo Souza e Gonçalves (2006), a treliça espacial ou tridimensional é
um caso especial de uma estrutura reticulada tridimensional. É formada por duas
ou mais malhas planas. Normalmente, essas malhas são paralelas, além de serem
ligadas por diagonais verticais ou inclinadas.
∑ Fx = 0
∑ Fy = 0
∑ Fz = 0
∑ Mx = 0
∑ My = 0
∑ Mz = 0
Para a condição de isoestaticidade, se tem:
R + B = 3n
Em que:
145
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
EXEMPLO
FONTE: <https://pt.slideshare.net/pablobelchor/trelia-espacial-1-exerccio-resolvido>.
Acesso em: 18 set. 2019.
R + B = 3n
9 + 6 = 3n
15 = 15
F = – 200i + 400j + 0k
146
TÓPICO 3 | TRELIÇAS ESPACIAIS
−1i − 2 j − 2k
FDA = FDA 2
1+ 4 + 4
FDA −0,33 FDAi − 0, 66 FDA j − 0, 66 FDA k
=
5i + 1,5 j − 2k
FDB = FDB
25 + 2, 25 + 4
2
1i − 1,5 j + 2k
FCD = FCD
1 + 2, 25 + 4
2
Com as quatro forças conhecidas, faz-se a soma das forças aplicadas nas
mesmas direções do plano. Assim, há três equações:
0 (1)
−200 − 0,33 FDA + 0,89 FDB + 0,37 FCD =
0 ( 2)
+400 − 0, 66 FDA + 0, 26 FDB − 0,55 FCD =
0 ( 3)
0 − 0, 66 FDA − 0,35 FDB + 0, 74 FCD =
147
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
0 (1)
−200 − 0,33 FDA + 0,89 FDB + 0,37 FCD =
−200 − 0,33 FDA + 0,89 ( −655, 74 + 2,11FCD ) + 0,37 FCD =
0
−200 − 0,33 FDA − 583, 60 + 1,88 FCD + 0,37 FCD =
0
−0,33 FDA =783, 60 − 2, 25 FCD
783, 60 − 2, 25 FCD
FDA =
−0,33
FDA −2374, 54 + 6, 81FCD
=
−655, 74 + 2,11FCD
FDB =
FDB = +188, 74 N ( tração )
148
TÓPICO 3 | TRELIÇAS ESPACIAIS
−2374,54 + 6,81FCD
FDA =
FDA = +351, 02 N ( tração )
−i + 1,5 j − 2k
FCD = 400, 23
1 + 2, 25 + 4
2
Com as quatro forças conhecidas, faz-se a soma das forças aplicadas nas
mesmas direções do plano. Assim:
FCB − 148, 08 =
0
FCB = +148, 08 N ( tração )
− FcA + 220,12 =
0
FcA = +220,12 N ( tração )
FCE − 296,17 =
0
FCE = +296,17 N ( compressão )
149
RESUMO DO TÓPICO 3
• O cálculo dos esforços solicitantes deste tipo de treliça é mais complexo quando
comparado com o cálculo de uma treliça plana.
150
AUTOATIVIDADE
D
2tf
RCZ
RCX
C
RAX RBX
A B RCY
RAZ
RBZ
RAY RBY
151
152
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Após feito o estudo das estruturas planas isostáticas (vigas, pórticos e
treliças) e das forças invariáveis com o tempo, iremos estudar o princípio dos
trabalhos virtuais (PTV). O conceito será explicado e aplicado em estruturas
planas isostáticas na área da construção civil.
2 PTV
O PTV estabelece o equilíbrio de um determinado sistema a partir de seus
possíveis deslocamentos. O princípio dos trabalhos virtuais tem como premissa
o trabalho virtual realizado pelas forças externas, e este é equivalente ao trabalho
virtual produzido pelas forças internas.
153
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
154
TÓPICO 4 | PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS (PTV)
∑Pidδ = ∫ ∑i σ d ε dV
i σ ε v ,
∑Piδ i + ∑Rjδ
i j
pj = ∑
∫v σ ,ε dV
σ d ε
∑Pid δ i + ∑Rjd δ
i j
j 0
=
155
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
FIGURA 20 – EXEMPLO
δr δp
=
a b
δr
δp = . b ( 2)
a
Pδ r
RAδ r + .b =
0
a
Pδ
RAδ r = − r .b
a
P
RA = − .b
a
156
TÓPICO 4 | PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS (PTV)
δr δp
=
a a+b
δr
δp
= . ( a + b )( 3)
a
P
− .( a + b )
R=
a
157
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
tb
th th
tb
A carga virtual foi aplicada no ponto D2, já que é preciso encontrar o valor
do deslocamento no ponto D2. O sistema virtual é diferente do sistema real, com
diferentes reações de apoio e diferentes gráficos de esforços solicitantes.
159
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
p δ
F=1
Ruj
160
TÓPICO 4 | PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS (PTV)
EXEMPLO 1
FIGURA 27 – EXEMPLO 1
px 2
M =−
2
V = − px
FIGURA 28 – EXEMPLO
F=1
F=1
Viga da esquerda:
Mu = –x
Vu = –1
Viga da direita
Mu = –1
Vu = 0
161
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
l l
1 px 2 1
=δ
EI ∫
0
2
.x dx +
GAv ∫0
px dx
A 6
Av = e F= para a seção retangular.
F 5
pl 4 pl ²
+ δ
=
8 EI 2GAv
1296 p 36 p
=δ +
8 E 0, 2.0, 6 3
(2. )
0, 2.0, 6
12 1, 2 E
2, 4
45000 p 432 p
= δ +
E E
E
IMPORTANT
45432 p
δ=
E
162
TÓPICO 4 | PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS (PTV)
l
1 px 2
θ=
EI ∫
0
2
dx
pl 3
θ=
6 EI
10000 p
θ=
E
Para facilitação dos cálculos de integrais, podem ser feitas análises a partir
dos gráficos de esforços solicitantes. Ainda, é possível combinar a área produzida
pelos gráficos da estrutura em questão.
1
Ma Mb
FIGURA 29 – TABELA PARA COMBINAÇÃO DOS 13 GRÁFICOS
13 M a M b
1 Ma Mb
Mb 13 M a M b
3 M aaM bb
ℓ 312
12 M a M b
1 Ma Mb
1 2 Ma Mb
Mb 2 Ma Mb
162
1 Ma Mb
Mb 16 M a M b
166 M a M b
Ma M (2M b b +M c )
Ma 16
Mb Mc 16 a M (2M b +M c )
ℓ 1 M a (2M b +M c )
16 M a (2M b +M c )
Mb 16 M a M (2M b b
+M c )
136 M a M b
3
13 a b M M
Parábola quadrática
1 Ma Mb
Mb 13 M a M b
31 M aaM bb
314 M a M b
Parábola quadrática 142 M a M b
1 Ma Mb
Mb 114 Ma Mb
4 M aa M bb 1+ b
a b 1664 a M b bi
M
16 M a M b 1+ bi
1 M a M b 1+ b
M 16 M aa M
aM b 1+ bi
M
M 16 M Ma M
aa M
b
b 1+ i
Mb 6 MMa (2M b +Mi c)
b b
M
6a b
b
1
1
1M M (M bb +M )
Mb Mc M aaaa (M
11222 M (M b +M
+M ccc ))
M aM(Mbb +M cc )
32
a b
Ma Mb 2
22 M a M b
M aa M
M bb
Parábola quadrática 12333 M
M a
a Mb
b
ℓ 34 M a M b
Mb 11
1 M aa M
Parábola quadrática 13 M Ma MM bbb
31 M aa M bb b
3
3 M a M b 1+
6 i
Mb 11
M
1 aa M bb M
12 M M aa M bb
a b 2
2 Ma Mb
2
FONTE: Soriano (2006, p. 33)
163
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
EXEMPLO 2
164
TÓPICO 4 | PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS (PTV)
165
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
166
TÓPICO 4 | PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS (PTV)
Li
Nab = ∫ 40.0, 66667 dx
0
Li
∫ 40 . −0, 66667dx
Ncd =−
0
= δ Nab + δ Ncd
soma
soma = 186, 67 KN
167
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
li
1
EA ∫0
δN = Nu.N dx
1
δN = .186, 67
2, 747.106
δ N = 6, 7954.10-5 m
3306, 7
δM =
5,9887.104
δ M = 5, 5216.10-2 m
168
TÓPICO 4 | PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS (PTV)
li
1
GAv ∫0
δV = Vu.V dx
400
δV =
3, 0615.105
δ V = 1, 3065.10-3 m
δ = δ N + δ V +δ M
δ = 0, 0056589 mm
δ = ∫ N α T dx+ ∫ M α g T dx
x u x u
FONTE: Adaptado de Soriano (2006)
Em que:
Ti −T s
gt =
h
169
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
FIGURA 42 – ATUAÇÃO DE TS E TI
EXEMPLO 3
Com o sistema real apresentado, será ilustrado o sistema virtual das forças
com suas reações de apoio.
170
TÓPICO 4 | PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS (PTV)
171
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
É de conhecimento que:
Ti −T s
gt =
h
15 − 10
gt =
0,35
gt = 14, 286°C / m
3 lj lj
10 + 15 1
=θ A 10−5. . ( −0,16667.4 + 0,16667.3) + 10−5.14, 286. −1.4 − .1.6
2 2
θ A = 1, 0208.10-3 rad
172
RESUMO DO TÓPICO 4
• Para o cálculo desses princípios, devem ser utilizados sistemas virtuais com
uma força virtual aplicada, que geralmente tem o valor de 1.
• Podem ser determinadas as reações de apoio através desse princípio, além dos
gráficos de esforços solicitantes de cada sistema.
173
AUTOATIVIDADE
F=1
x
F=1
174
UNIDADE 3
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, será abordado o conceito de linhas de influência.
Primeiramente, é preciso trazer a definição do conceito e sua importância para,
depois, tratar de sua aplicação com ênfase em vigas isostáticas planas.
–b
L.I.MS
a
FONTE: Sussekind (1981, p. 301)
175
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
Ms = a, para P =1 em A
Ms = -b, para P=1 em B, e assim sucessivamente.
EXEMPLO 1
FIGURA 48 – EXEMPLO 1
176
TÓPICO 5 | LINHAS DE INFLUÊNCIA (LI)
Esforço Cortante
Momento Fletor
177
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
EXEMPLO 2
Reações de apoio:
∑ Ma = 0
−1.x + Ma =
0
Ma = x
∑ Fy = 0
Va − 1 =0
Va = 1
Assim, temos:
x = 0 → Ma = 0; Va = 1
x = L → Ma = L; Va = 1
45o
VA MA
A B A B
178
TÓPICO 5 | LINHAS DE INFLUÊNCIA (LI)
x < c → Qs = 0
x > c → Qs = 1
Assim:
x < c → Ms = 0
x ≥ c → Ms = -1 (x-c) (tração na face superior)
179
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
Substituindo os valores em x:
x = c → Ms = 0
x = L → Ms = -1(L-c) = -d
180
TÓPICO 5 | LINHAS DE INFLUÊNCIA (LI)
LEITURA COMPLEMENTAR
LINHA ELÁSTICA
Se a linha elástica da viga for difícil de traçar, sugere-se desenhar antes seu
diagrama de momento fletor. Segundo a convenção de sinal estabelecida na seção
6.1, o momento fletor interno positivo tende a curvar a viga com a concavidade
para cima (Figura 12.2a). O momento fletor negativo, ao contrário, tende a curvar
com a concavidade para baixo (Figura 12.2b).
181
UNIDADE 3 | TRELIÇAS, PRINCÍPIO
Ponto de inflexão
182
TÓPICO 5 | LINHAS DE INFLUÊNCIA (LI)
Ponto de inflexão
Linha elástica
Relação momento-curvatura
Antes da Após a
deformação deformação
1 ε
=−
ρ y
1 M
=
ρ EI
Sendo:
184
TÓPICO 5 | LINHAS DE INFLUÊNCIA (LI)
1 σ
= −
ρ Ey
Tanto a Equação 12.2 quanto a 12.3 são válidas para raios de curvatura
pequenos ou grandes. Entretanto, o valor de ρ é quase sempre calculado como
uma quantidade muito grande.
FONTE: HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais. São Paulo: Pearson Educação, 2006. p. 449-452.
185
RESUMO DO TÓPICO 5
186
AUTOATIVIDADE
187
188
REFERÊNCIAS
BASTOS, P. S. dos S. Estruturas de concreto armado. São Paulo: Universidade
Estadual de São Paulo, 2014.
190