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Construção de
Edificações II
Profa. Madeleing Taborda Barraza
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Profa. Madeleing Taborda Barraza
B269t
ISBN 978-65-5663-092-9
Impresso por:
Apresentação
Estimado acadêmico! Seja bem-vindo ao mundo da tecnologia
da construção civil. Pretendemos que, durante as próximas folhas, seu
conhecimento, compreensão e interesse pelos diferentes materiais e técnicas
utilizadas para dar forma às edificações continue crescendo, estruturando-
se da mão das normatividades que envolvem a instalação dos diferentes
componentes nas edificações. Lembrando que este conteúdo será um guia
para você continuar pesquisando mais e novas possibilidades durante a
instalação dos componentes, tendo a certeza de que não existe um único
caminho para atingir os objetivos, porém é necessário conhecer as diversas
possibilidades para escolher a melhor. Isso, para questões de engenharia, se
traduz no melhor desempenho com um custo razoável.
Bons estudos!
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
VI
Sumário
UNIDADE 1 - IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES........................1
VII
2 REVISÃO DE CONCEITOS................................................................................................................47
2.1 MEDIÇÃO E CONTROLE DO SOM-RUÍDO...............................................................................50
3 TRANSMISSÃO DO SOM..................................................................................................................55
4 O MATERIAL ISOLANTE SONORO...............................................................................................56
5 MATERIAIS ADICIONAIS E SUAS PROPRIEDADES................................................................57
6 ISOLAMENTO ACÚSTICO................................................................................................................58
6.1 ISOLAMENTO SONORO EM PAREDES E FACHADAS..........................................................58
7 REFERÊNCIAS NORMATIVAS.........................................................................................................59
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................61
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................65
AUTOATIVIDADE..................................................................................................................................66
VIII
TÓPICO 2 - INSTALAÇÕES DE SISTEMAS DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO..........99
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................99
2 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES..........................................................................................99
2.1 NORMATIVIDADE DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO..............................................100
2.2 RESISTÊNCIA E COMBATE AO FOGO.....................................................................................102
2.3 SISTEMA DE PROTEÇÃO E COMBATE CONTRA INCÊNDIO............................................103
2.3.1 Convergência De Sistemas...................................................................................................104
2.4 PROTEÇÕES ESTRUTURAIS.......................................................................................................107
2.4.1 Em estruturas de aço.............................................................................................................107
2.4.2 Em estruturas de madeira ...................................................................................................108
2.5 ESQUEMATIZAÇÃO DA REDE DE PREVENÇÃO.................................................................109
CONTRA INCÊNDIO....................................................................................................................109
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................110
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................111
TÓPICO 1 - REVESTIMENTOS..........................................................................................................141
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................141
2 REVISÃO DE CONCEITOS..............................................................................................................141
2.1 REVESTIMENTO DE ARGAMASSA .........................................................................................142
2.1.1 Revestimento de argamassa por camadas.........................................................................142
2.2 ESPECIFICAÇÕES DE ARGAMASSA .......................................................................................144
2.3 REVESTIMENTO INTERNO-EXTERNO....................................................................................148
2.3.1 Revestimento com cerâmica . ..............................................................................................148
2.4 REVESTIMENTO A GESSO .........................................................................................................150
2.5 REVESTIMENTO COM ESCAIOLA ..........................................................................................150
3 REVESTIMENTO ESPECIAL PARA PAREDES EXTERNAS.....................................................151
3.1 REVESTIMENTO COM PEDRAS NATURAIS...........................................................................151
IX
3.2 REVESTIMENTO COM PRODUTOS ESPECIAIS.....................................................................152
4 ENSAIOS SOBRE REVESTIMENTOS ..........................................................................................153
4.1 RESISTÊNCIA À ABRASÃO.........................................................................................................153
4.2 RESISTÊNCIA A MANCHAS.......................................................................................................153
4.3 RESISTÊNCIA AO ATAQUE QUÍMICO.....................................................................................154
4.4 ABSORÇÃO DE ÁGUA E RESISTÊNCIA MECÂNICA...........................................................154
5 CUIDADOS NA EXECUÇÃO...........................................................................................................155
6 PATOLOGIAS RELACIONADAS COM O REVESTIMENTO..................................................156
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................158
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................159
TÓPICO 2 - ESQUADRIAS..................................................................................................................161
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................161
2 CONCEITOS BÁSICOS.....................................................................................................................161
3 MATERIAIS UTILIZADOS...............................................................................................................162
4 EXIGÊNCIAS DE DESEMPENHO...................................................................................................163
5 TIPOS DE ESQUADRIAS..................................................................................................................164
5.1 ESQUADRIAS DE PORTAS .........................................................................................................164
5.2 ESQUADRIAS DE JANELAS........................................................................................................168
5.3 ESQUADRIAS EM COBERTURAS..............................................................................................170
5.4 ESQUADRIAS EM ESCADAS......................................................................................................171
5.5 ESQUADRIAS DE FACHADAS...................................................................................................172
6 ASSENTAMENTO...............................................................................................................................174
7 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS...............................................................................................176
8 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS......................................................................................................176
9 VISUALIZAÇÃO.................................................................................................................................177
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................178
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................179
TÓPICO 3 - PISOS..................................................................................................................................181
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................181
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS..........................................................................................................181
3 BASE DE CONTRAPISO...................................................................................................................182
4 TIPOS DE PISO....................................................................................................................................183
4.1 CERÂMICO ....................................................................................................................................183
4.2 CONCRETO.....................................................................................................................................184
4.3 MADEIRA........................................................................................................................................185
4.4 PISO DE PEDRA NATURAL – ALTA RESISTÊNCIA..............................................................187
4.5 BLOCOS PRÉ-MOLDADOS..........................................................................................................189
5 CUIDADOS NA EXECUÇÃO – NORMAS....................................................................................190
6 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS...............................................................................................191
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................192
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................195
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................196
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................197
X
UNIDADE 1
IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO
NAS EDIFICAÇÕES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da
unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A água tem um papel fundamental durante a execução dos projetos
de construção. Sempre visando ter o controle sobre ela, em quantidade e em
finalidade. Quando esta começa a se introduzir de modo aleatório e supersaturar
materiais que não têm proteção da sua ação, ou aos componentes diluídos nela,
podem ser registrados danos que, como Lima, Passos e Costa (2013) inferem,
comprometem a vida útil do componente, expondo-os a agentes agressivos. É
por isso que se indica a necessidade de aplicar impermeabilização em todos os
componentes da construção, desde a aplicação de silicone em juntas de esquadrias
até a adição de aditivos dentro de misturas de concreto ou argamassa, passando
pelo recobrimento de reservatórios de água e a instalação de sistemas coletores
de água de chuva.
2 REVISÃO DE CONCEITOS
De acordo com Salgado (2012), impermeabilizar pode ser definido como
um procedimento que pretende evitar a influência da água nos projetos de
construção. É necessário indicar que não se especifica simplesmente se é dentro
das construções, uma vez que quando se tem projetos de pavimentação associados
a residências, a devida condução da água evitará transtornos de assentamentos
no solo.
3
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
Conforme Soares (2014), existem aspectos que devem ser garantidos com
a implementação de uma impermeabilização completa:
4
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
De modo específico, a água sob pressão é aquela água que fica exercendo
pressão sobre o componente estrutural de modo lateral, podendo ser confinada ou
não. Em vista do grande volume de água que fica em contato com o componente,
esta gera uma pressão sobre ele. A pressão hidrostática pode ser superior a 1 kPa
(NBR 9575:2010).
A água capilar é aquela que depois de ser absorvida pela superfície tem a
propriedade de migrar pelos poros do componente (DINIS, 1997).
3 CLASSIFICAÇÃO DE IMPERMEABILIZANTES
Existem diferentes formas de categorizar os impermeabilizantes, que
Bauer, Vasconcelos e Granato (2007) classificam segundo as características
de: flexibilidade; metodologia de aplicação; solicitação de água; exposição ao
intemperismo; e aderência ao substrato.
Para esse caso, tomar-se-á como referência a flexibilidade, que pode misturar
categorias, porém permitem diferenciar substancialmente a forma de aplicação,
da mesma maneira que classifica a NBR 9575:2010. Quando os componentes
podem ser integrados ou não à estrutura da edificação, podem ser definidas
várias categorias (rígidos, semiflexíveis e flexíveis) da sua natureza.
3.1 RÍGIDOS
Como o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI) indica, um sistema
de impermeabilização rígido caracteriza-se por ser implementado a componentes da
estrutura que, teoricamente, não sofrem deformação, ficam em contato com o solo e não
recebem sol de modo direto. Claramente, refere-se a todo tipo de impermeabilizantes
que não apresentam características de flexibilidade frente ao componente construtivo.
De acordo com a NBR 9575:2010, esses são os tipos de materiais que podem ser
implementados:
• subsolos;
• poços de elevadores;
• muro de arrimo;
• baldrames e alicerces;
• paredes internas e externas;
• pisos frios em contato com o solo;
• reservatórios de água potável;
• piscinas de concreto enterradas;
• estruturas sujeitas à infiltração do lençol freático;
• revestimento anterior ao assentamento de pisos cerâmicos;
• sob carpete e revestimentos de madeira em contato com o solo;
• pintura na face de aderência de granitos, evitando manchas de umidade.
7
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
Pode ser observado que esses tipos de produtos são de natureza inorgânica,
adicionados às misturas comumente usadas de argamassa ou concreto. De acordo com
o exposto anteriormente, deve ser garantida a boa aplicação do substrato para que os
pequenos defeitos no processo não comprometam o desempenho da mistura.
3.2 SEMIFLEXÍVEIS
Da mesma forma que Lima (2012) indica, esse tipo de sistemas não se encaixa
nem no sistema rígido nem no sistema flexível, tendo características de baixo
módulo de elasticidade, assim eles podem absorver pequenas movimentações e
suportar pressões positivas e negativas. Exemplo desses materiais são:
3.3 FLEXÍVEIS
De modo contrário aos sistemas rígidos, esses componentes têm a
capacidade de registrar alongamento frente à movimentação dos componentes
da estrutura, intemperismo e trepidação (AECWEB, 2010). Assim, a camada
deve ser submetida a um ensaio específico de estanqueidade (NBR 9575:2010), os
materiais desse grupo aprovados pela mesma normativa são os seguintes:
• lajes;
• banheiros, cozinhas, caixas d’agua;
• terraços;
• reservatórios elevados.
9
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
E
IMPORTANT
4 APLICAÇÃO E USO
A escolha do sistema de impermeabilização a ser empregado leva
em consideração os seguintes fatores: pressão hidrostática, exposição ao sol,
possíveis deformações no substrato e fluxo de usuários (SABBATINI et al. 2003).
A seguir, indica-se a forma de abordar a impermeabilização em três componentes
importantes da estrutura, assim como os sistemas neles usados.
10
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
• produtos cristalizantes;
• argamassa impermeável;
• cimento polimérico;
• ou mantas asfálticas (quando as fundações são pequenas);
• ou mantas de PVC (quando as fundações são robustas).
11
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
ATENCAO
Os sistemas que podem ser implementados nas coberturas são, entre outros:
5 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
A NBR 9575:2010 aponta a necessidade de um especialista em
impermeabilização que analise os projetos básicos da obra e indique as áreas que
necessitam de tratamento com impermeabilizantes, assumindo a responsabilidade
técnica para diferenciar os tipos de impermeabilizantes a serem usados e sua
devida execução. Essa informação se consolida no chamado projeto básico de
impermeabilização, que dá o detalhamento dos sistemas a serem utilizados
(BERNHOEFT; MELHADO, 2010).
13
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
16
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
• altura da edificação.
• clima externo, diferencial de umidade.
17
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
Procedimento:
18
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
19
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
20
AUTOATIVIDADE
21
22
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A separação de ambientes dentro das edificações é uma atividade comum
nas últimas décadas, dessa forma é oferecida ao usuário a possibilidade de
experimentar diferentes temperaturas sem sair da sua área de trabalho, estudo ou
residência. Essa necessidade humana está associada à variação da temperatura do
ambiente, sua umidade e presença de vento, que claramente é capaz de modificar
os pequenos ambientes internos criados pelo homem. Esse fato se manifesta pela
busca de um equilíbrio térmico que pode ser ajustado de modo simples pela troca
na vestimenta (NICOL; HUMPHREYS, 2001) ou de uma forma geral e fixa com
a instalação de sistemas que facilitem o ajuste ambiental, tais como sistemas de
isolamento térmico.
2 REVISÃO DE CONCEITOS
Isolamento térmico consiste em prover de resistência à edificação durante
a influência térmica do exterior, impedindo a passagem de calor ou frio, fato que
é alcançado quando são incorporados materiais isolantes (REVCOSPAIN, 2012).
23
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
(1)
24
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
25
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
(2)
Em que:
E – espessura da camada (m);
K – condutividade térmica do material (W/m.K).
(3)
26
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
(4)
Sendo:
= constante de Stefan-Boltzmann com valor de 5,67 × 10-8 W/ (m2. K4);
A = área da superfície em m2;
T = temperatura absoluta em K.
28
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
Por sua vez, o ganho de calor devido à radiação solar consiste numa
somatória de vários componentes, como “Radiação solar direta (onda curta),
Radiação solar difusa (onda curta), Radiação solar refletida pelo solo e pelo
entorno (onda curta), Radiação térmica emitida pelo solo aquecido e pelo céu
(onda longa) e a Radiação térmica emitida pelo edifício (onda longa)” (PINTO,
2000, p. 20).
(5)
Sendo:
H = coeficiente de transferência de calor em W/ (m2. K);
= é a temperatura da superfície em K;
= é a temperatura do fluido afastado da superfície em K;
A = área da superfície através da qual se processa a transferência de calor, em m2.
Por último, o calor por condução está transmitido através do contato físico
dos componentes e, portanto, é proporcional à diferença de temperatura das
superfícies, sendo que claramente uma delas possui um nível energético superior
à outra. A representação desse sistema obedece à Lei de Fourier:
(6)
Sendo:
K = condutividade térmica do material em W/ (m. K);
= é a diferença de temperatura entre as superfícies em K;
E = espessura em m;
A = área da superfície em m2.
29
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
(7)
(8)
30
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
(9)
Dessa forma, aplicando a continuidade do calor para as equações (7), (8) e (9):
E lembrando que:
(10)
31
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
FONTE: <https://www.atex.com.br/blog/materiais/como-melhorar-isolamento-termico/>.
Acesso em: 11 set. 2019
32
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
33
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
Material Propriedades
• k: 0,043 W/m.K
• É muito resistente e um regulador
Lã de carneiro (origem natural)
de umidade muito eficiente, fato
Apresentação: fibras ou flocos
que contribui enormemente para o
conforto no interior das edificações
35
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
• Incombustível
• Imputrescível
• Leve e flexível
Lã de rocha ou lã mineral (Origem • Resistente a vibrações
natural)
• Alta resistência ao fogo
Apresentação: painéis rígidos ou
• É um excelente material para
semirrígidos, aglomerados com
resinas, feltros, mantas e coquilhas isolamento acústico em construção
leve, para pavimentos, tetos e
paredes interiores
• k: 0,030 a 0,041 W/(m.K.)
• Incombustível
Argilas expandidas (origem
• Natureza microporosa
natural)
• Deve ser espalhada até atingir uma
Vermiculita
camada de 5-10 cm ou incorporada
Apresentação: bolinhas
ao concreto
• Leves
• De fácil instalação
Fibras de madeira (origem natural)
• Alta resistência a impactos
Apresentação: painel
• Não emitem gases tóxicos ao queimar
• Estanqueidade à água
• Baixa densidade
• Alguns devem ser protegidos da
radiação ultravioleta
Espuma plástica:
• K: 0,045 a 0,034 W/m·K
• Poliestireno
• Resistencia à absorção de água líquida
• Poliuretano
• Alguns devem incorporar retardantes
• Polipropileno
de chama durante sua produção
• Polietileno
• Alguns podem gerar ácido cianídrico
Apresentação: blocos ou painéis
durante sua queima, o que é tóxico
• O último da lista tem maior resistência
química e térmica, útil para tubulações
de processos químicos
36
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
• Incombustível
• Ideal para aplicações em tubulações e
Silicato de cálcio equipamentos, em altas temperaturas,
• Leve e com resistência mecânica,
insolubilidade
• Composta de borracha sintética de
alta densidade
Espuma elastomérica
• Resistência ao fogo
Apresentação: tubos, mantas e fitas
• Baixa permeabilidade ao vapor de
autoadesivas
água
• Grande flexibilidade
FONTE: Adaptado de Salgado (2012) e <https://bityli.com/26Ib0>. Acesso em: 12 set. 2019
37
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
DICAS
Em algumas ocasiões, as lajes que não são tipo cobertura também podem
incorporar elementos isolantes, segundo a sua funcionalidade, essa ideia requer um
desdobramento de atividades e materiais especificados que se traduzem em custos.
Conheça a viabilidade técnica e financeira desse empreendimento lendo o seguinte artigo:
Piso Aquecido Auxilia No Conforto Térmico Da Edificação. Acesse:
https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/piso-aquecido-auxilia-no-conforto-termico-da-
edificacao_17292_10_0
7 NOVOS MATERIAIS
Existem vários materiais que além de prover isolamento térmico também
atribuem isolamento acústico, sendo conhecidos como isolantes termoacústicos
e, inclusive, sistemas que ajudam a impermeabilização e isolamento térmico da
edificação. Nessas categorias são comuns o uso de:
• Telhado verde, que além de permitir gestão de águas de chuva também agrega
valor ecológico na paisagem e atua como inibidor de áreas de calor. “Telhados
verdes apresentam ainda potencial de proteger a cobertura contra a ação dos
raios ultravioletas, extremos de temperatura, efeitos do vento no telhado e
contração e retração estrutural, o que aumenta a vida útil das estruturas do
telhado” (TASSI et al., 2014, p. 141).
40
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
• “Novogesso”, placas do tipo “Light Steel frame” que dispensam o uso de tijolos
para as paredes e que, registrando resistência mecânica e estanqueidade, podem
ser aplicadas às edificações pré-fabricadas para melhorar seu isolamento térmico-
acústico, facilitam a velocidade de levantamento de paredes e eliminam o
desenvolvimento de possíveis trincas na superfície. Esse produto foi desenvolvido
pelo LCM-IFSC-USP e confeccionado pela empresa Inovamat Ltda.
8 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Quando se trata de atribuir desempenho térmico e acústico às edificações,
exige-se mais da qualidade dos materiais empregados, afinal, estes farão parte de
forma conjunta à proteção de componentes importantes da edificação. E pensando
em possíveis acidentes como um incêndio, eles seriam os primeiros a serem
queimados ou consumidos pelo fogo, portanto, a redução de possíveis efeitos
secundários deve ser levada em conta quando forem feitas as especificações de
compra ou instalações deste.
41
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
42
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
43
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
44
AUTOATIVIDADE
45
46
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O ambiente onde está inserida a edificação está sujeito aos efeitos
climáticos e às consequências antropogênicas, e nas grandes cidades, onde o
desenvolvimento industrial, residencial e comercial é uma constante, também se
tem o incremento proporcional do ruído no ambiente. Lamentavelmente, sua fácil
propagação no ar, dentro e fora das edificações, dificulta o bem-estar humano.
O som que pode ser propagado pelo ar, a água e ser percebido pelo ouvido
humano registra característica de harmonia, intensidade e frequência. Quando a
intensidade do som supera o nível de tolerância auditiva, começa a gerar um
grau de desconforto nos usuários, que mesmo tendo as barreiras físicas como
objetos, árvores ou paredes ao seu redor, podem sentir o desconforto. Quando a
intensidade do ruído é suficientemente alta são necessárias estruturas adicionais
para reduzir sua intensidade ou a inclusão de equipamentos personalizados.
2 REVISÃO DE CONCEITOS
O som, segundo Silva Filho (1997), pode ser considerado uma vibração
ou perturbação física e ao mesmo tempo ser considerado uma sensação sonora,
que pode ser ou não percebido pelo ouvido humano. Em termos físicos é uma
onda mecânica que faz vibrar as partículas do ar, que ao ser chocadas entre elas
acabam produzindo um efeito em cadeia ou efeito dominó, até que a energia
envolvida seja dissipada no meio. A Figura 29 mostra um elemento gerador
de som perceptível ao ouvido humano, registrando zonas de compressão de
partículas e rarefação:
47
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
Em que:
é frequência em unidades de hertz (Hz);
T é o período em segundos.
48
• Potência sonora (P) é a taxa de emissão de energia acústica de uma fonte sonora,
expressa em Watts (W), e depende apenas da fonte que emite o som. O grito
de uma pessoa, por exemplo, pode emitir uma potência sonora de 1/1000 W.
• A intensidade sonora é diretamente proporcional à potência e inversamente
proporcional à área de propagação. Para o caso de propagação esférica em
campo livre, a intensidade sonora pode ser expressa por:
Em que:
é a intensidade sonora dada em ;
é a potência sonora (watt);
é a distância entre a fonte e o receptor (em metros).
49
2.1 MEDIÇÃO E CONTROLE DO SOM-RUÍDO
O intervalo de valores de pressão sonora de interesse no estudo da acústica
de edificações, relacionado à sensibilidade do ouvido humano, vai de 2x10-5 a
1Pa. Considerando que esse intervalo é bastante amplo, é conveniente utilizar a
escala logarítmica ao invés da escala linear para representar o nível de pressão
sonora ou NPS, medido em decibel e definido conforme a seguir:
é a pressão sonora;
é a pressão de referência.
51
FIGURA 33 – TIPOS DE RUÍDO
Dn-t-w
Classe de ruído Localização da habitação
dB
52
Habitação localizada em áreas
sujeitas a situações de ruído
II ≥ 25
não equadráveis nas classes I
e III.
Habitação sujeita a ruído
intenso de meios de transporte
III e de outras naturezas, desde ≥ 30
que esteja de acordo com a
legislação.
Especificações: Não há requisitos específicos para vedação externa de salas, cozinhas,
lavanderias e banheiros. Mas no caso de estádio, aeroportos, locais de eventos esportivos,
rodovias e ferrovias devem ser realizados estudos específicos.
FONTE: NBR 15575-3 (2013, p. 56)
Dn-t-w
Elemento
dB
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede
de geminação), nas situações onde não haja ambiente ≥ 40
dormitório.
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede
de geminação), no caso de pelo menos um dos ambientes ≥ 45
ser dormitório.
Parede cega de dormitórios entre uma unidade
habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, como ≥ 40
corredores e escadaria nos pavimentos.
53
FIGURA 34 – REDUÇÃO DE PROPAGAÇÃO DO RUÍDO É UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA
3 TRANSMISSÃO DO SOM
Quando o som incide em uma determinada superfície (uma parede, por
exemplo), parte dele é refletido, parte é absorvido dentro do material e parte é
transmitido através dele. A energia sonora absorvida pela parede é, em geral,
dissipada em forma de vibração mecânica, como apresenta a Figura 35.
Em que:
é a onda do som incidente em que o meio de propagação é o ar;
é a reflexão da onda sonora emitida, esta acontece quando ela encontra
um obstáculo duro ou liso (parede com faces lisas) e retorna para o meio de origem
de propagação;
é a refracção da onda emitida, acontece quando uma onda atinge uma
região que separa dois meios e a atravessa, passando a se propagar no outro meio.
Dessa forma há alteração na velocidade de propagação, o que gera uma alteração
no comprimento de onda, mas sem que haja alteração na frequência.
é a onda transmitida, o total de onda que consegue chegar ao outro meio.
55
4 O MATERIAL ISOLANTE SONORO
A capacidade de isolamento de um componente tem como principal
indicador a perda de transmissão (PT), que é a razão entre a potência sonora
incidente e a transmitida de um ambiente ao outro através de um dispositivo
isolador. Valores altos da perda de transmissão têm como significado físico uma
baixa transmissão de energia acústica e vice-versa.
56
FIGURA 36 – VARIAÇÃO DO ISOLAMENTO ACÚSTICO COM A INCORPORAÇÃO DE
DIFERENTES ELEMENTOS INTEGRADORES
E
IMPORTANT
58
TÓPICO 3 | ISOLAMENTO SONORO EM EDIFICAÇÕES
7 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Em relação ao isolamento acústico, muitas normas e prescrições são baseadas em
conceitos de qualidade internacional, por isso são do tipo ISO. Não obstante é
regulamentada a forma das medições de campo para determinação de ruído
acústico ou tratamento do espaço segundo a funcionalidade da edificação. A
seguir serão indicadas as mais conhecidas:
59
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
60
TÓPICO 3 | ISOLAMENTO SONORO EM EDIFICAÇÕES
LEITURA COMPLEMENTAR
61
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
62
TÓPICO 3 | ISOLAMENTO SONORO EM EDIFICAÇÕES
63
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES
FONTE: <http://www.proacustica.org.br/publicacoes/cases-sobre-acustica/edificacao-colegio-
renascenca-tem-paredes-de-blocos-de-concreto-19-cm-garantem-isolamento.html>. Acesso
em: 11 nov. 2019.
64
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
65
AUTOATIVIDADE
66
UNIDADE 2
INSTALAÇÕES PREDIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
67
68
UNIDADE 2
TÓPICO 1
INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS
1 INTRODUÇÃO
A distribuição da água mediante tubulações até cada edificação é uma
grande conquista para todos nós (VIANNA, 1998), com muitos benefícios. São
muitas as modificações realizadas para chegarmos a este ponto. No Brasil e no
mundo, estima-se que o abastecimento da população não consegue chegar a 8%
em nível mundial (FOLEGATTI et al., 2010), a condução da água em diversas
apresentações (fria, quente, esgoto) tem gerado condições facilitadoras de higiene
e conforto. Da mesma forma, o componente sanitário permite canalizar as águas
poluídas até lugares que não causem problemas de saúde.
2 ABASTECIMENTO DE ÁGUA
As redes de abastecimento de água potável compreendem as adutoras, as
linhas alimentadoras e as linhas distribuidoras (MACINTYRE, 1996). As adutoras têm
a grande responsabilidade de transportar a água da fonte (rio, manancial) até as
estações de tratamento, que possuem, por sua vez, reservatórios principais que
69
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
71
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
4.2 ALIMENTADOR
Baseados nos conceitos indicados por Garcez (1974), NBR 5626:1998,
Carvalho Júnior (2011), Creder (2006) e Silva (2019) são explicados os seguintes
componentes do sistema de distribuição de água potável dentro das edificações:
4.2.1 Barrilete
A NBR 5626:1998 define o barrilete como a tubulação que nasce do
reservatório e permite a alimentação as tubulações distribuidoras. Existe a
possibilidade de instalar um barrilete com menor número de ramais, desta forma,
será reconhecido como um ramal concentrado.
73
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
Misturador (água
Bidê 0,10 0,1
fria)
Chuveiro ou Misturador (água
0,20 0,4
ducha fria)
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,1
Lavadora de
pratos ou de Registro de pressão 0,30 1,0
roupas
Torneira ou mistura-
Lavatório 0,15 0,3
dor (água fria)
Válvula de descarga 0,50 2,8
Mictório cerâmico Caixa de descarga,
registro de pressão ou 0,15 0,3
válvula de descarga
Caixa de descarga
Mictório tipo 0,15 por metro de
Ou registro de 0,3
calha calha
pressão
Torneira elétrica mis- 0,25 0,7
Pia
turador (água fria) 0,10 0,1
Tanque Torneira 0,25 0,7
Torneira de
jardim ou de Torneira 0,20 0,4
lavagem em geral
FONTE: NBR 5626 (1998, p.13)
• Vazão.
• Velocidade.
• Perda de carga.
• Pressão.
75
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
4.3 RESERVATÓRIOS
Quando o sistema de distribuição de água é por distribuição indireta
ou mista, se contará com a presença de reservatórios. Esses equipamentos de
armazenamento de água terão uma capacidade em relação ao consumo médio
diário e devem ser projetados e construídos de modo que:
76
TÓPICO 1 | INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS
4.3.3 Dimensionamento
Baseados na NBR 5626:1998, o dimensionamento dos reservatórios está
definido pelo abastecimento; durante dois dias do consumo habitual da edificação,
ainda que alguns autores acham um pouco exagerado ter toda essa capacidade
armazenada (BORGES, 1992) e ter acréscimo de volume entre o 15-20% para
reserva por incêndio. Se a rede possui os dois reservatórios é fraccionado em
3/5 (60%) do consumo para o reservatório inferior e 2/5 (40%) faltantes para o
reservatório superior. Se não puder ser assim, então, a totalidade por um dos
reservatórios instalados.
Procedimento:
77
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
4.4 MATERIAIS
Para a instalação dos reservatórios há duas opções: o reservatório
moldado in loco e o reservatório industrializado. Para o primeiro é utilizado
concreto armado ou alvenaria reforçada, considerando as especificações da
norma NBR 6118. Para o caso do segundo se têm materiais como polietileno, fibra
de vidro, metal, PVC ou fibrocimento, com capacidade entre 1-15 m3, porém em
capacidades extraordinárias podem ser fabricados sobre encomenda. Cada um
destes se diferencia por ter:
• Menor manutenção.
• Superfícies internas lisas.
• Densidade do material (facilidade na instalação e/ou transporte).
DICAS
E
IMPORTANT
Com frequência são realizados testes sobre a água captada nos corpos de
água, para manter a condição de potabilidade. Assim, existem certos resultados que devem
ser registrados constantemente e são publicados na conta de água que chega nos nossos
lares. É preciso ficar de olho nestes parâmetros de conteúdo de sólidos, turbidez e dureza.
78
TÓPICO 1 | INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS
79
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
4.5.3 Dimensionamento
Vários parâmetros devem ser considerados para dimensionamento do
sistema de água quente, uma parte obedece a preferências do usuário e depois
especificações técnicas do equipamento, contudo, em geral, pode ser especificado
o seguinte (CARVALHO JÚNIOR, 2011):
4.5.4 Materiais
Os materiais que são empregados nesta rede devem, por razões óbvias,
resistir a altas temperaturas e pressões, ou possuir reduzidos coeficientes de
dilatação. O cobre, o policloreto de vinila clorado (CPVC), o polipropileno
Copolimero Radom (PRR), o polietileno reticulado (PEX) e alguns metais por
suas vantagens de aquecimento rápido.
81
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
• Bacias sanitárias.
• Bidês.
• Lavatórios.
• Mictórios.
• Tanques.
FONTE: <https://www.guiadaengenharia.com/wp-content/uploads/2019/04/ligacao.jpg>.
Acesso em: 4 nov. 2019
82
TÓPICO 1 | INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS
• Dimensionamento:
FONTE: <http://www.guiadaengenharia.com/wp-content/uploads/2019/04/unidade-hunter-1.
jpg>. Acesso em: 6 nov. 2019
83
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
84
TÓPICO 1 | INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS
FIGURA 8 – POSSÍVEIS DESVIOS NO TUBO DE QUEDA (EM AZUL): A) COM ÂNGULO MENOR
DE 45⁰; B) COM ÂNGULO SUPERIOR A 45⁰
85
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
• Dimensionamento:
FONTE: <http://www.guiadaengenharia.com/wp-content/uploads/2019/04/tudo-queda.jpg>.
Acesso em: 19 mar. 2020
86
TÓPICO 1 | INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS
• Dimensionamento:
ATENCAO
Sobre a rede de esgoto e sobre a rede de água potável são realizados ensaios
de estanqueidade, para evitar vazamentos que possam contaminar o entorno ou a própria
água. Esses ensaios são contemplados pela NBR 15952:2011.
• Dimensionamento:
Em que:
88
TÓPICO 1 | INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS
TABELA 11 – CONTRIBUIÇÃO DIÁRIA DE ESGOTO (C) E DE LODO FRESCO (LF) POR TIPO DE
PRÉDIO E DE OCUPANTE, EM LITROS
Tempo de detenção
Contribuição diária (L)
Dias Horas
Até 1500 1 24
De 1501-3000 0,92 22
De 3001-4500 0,83 20
De 4501-6000 0,75 18
De 6001-7500 0,67 16
De 7501-9000 0,58 14
Acima de 9000 0,50 12
FONTE: NBR 7229 (1993, p. 5)
89
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
TABELA 13 – TAXA DE ACUMULAÇÃO TOTAL DE LODO (K) EM DIAS, POR INTERVALO ENTRE
LIMPEZAS E TEMPERATURA DO MÊS MAIS FRIO
Volume útil (m3) Profundidade útil (m) Profundidade útil máxima (m)
Até 6,0 1,20 2,20
De 6,0 a 10,0 1,50 2,50
Mais que 10,0 1,80 2,80
FONTE: NBR 7229 (1993, p. 5)
• Dimensionamento:
Em que:
Contribuição Contribuição de
Prédio Unidade de esgoto (L/ carga orgânica
dia) DBO
1. Ocupantes
permanentes
Residência: 160 50
Padrão alto 130 45
Padrão médio 100 40
Padrão baixo 100 30
Pessoa
Hotel (exceto lavanderia
e cozinha)
Alojamento provisório 80 30
2. Ocupantes temporá-
rios
70 25
Fábrica em geral Pessoa
50 25
Escritório Pessoa
50 25
Edifícios públicos ou co- Pessoa
merciais
Escolas (externatos) e lo- Pessoa
50 20
cais de longa permanên-
cia Pessoa
6 6
Bares Refeição
25 25
Restaurantes e similares Lugar
2 1
Cinema, teatro e locais
de curta permanência Bacia sani-
480 120
Sanitários públicos tária
FONTE: NBR 13969 (1997, p. 7)
91
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
92
TÓPICO 1 | INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS
4.7.2 Calhas
Coletam as águas chuvas dos telhados, estando, normalmente, nos seus
limites.
• Dimensionamento:
Em que:
93
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
Q, Vazão em litros/min.
I, intensidade pluviométrica, mm/h.
A, área de contribuição, m2.
4.7.3 Condutores
São canalizações aproximadamente verticais que transportam a água
coletada pelas calhas e pelos ralos, até os coletores.
• Dimensionamento:
94
TÓPICO 1 | INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS
95
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
ATENCAO
96
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
97
AUTOATIVIDADE
Odor:
Cor:
Turbidez máxima:
Dureza total:
pH e alcalinidade máxima:
Sólidos totais:
VANTAGENS DESVANTAGEMS
ELÉTRICOS
A GÁS
SOLARES
98
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Incêndio é uma eventualidade frequente em edificações, que, necessitando
de sistemas de proteção, a maioria à base de água, permite a conservação da
estrutura e da vida das pessoas dentro delas. Para prevenir o incêndio devem
existir formas de indicar à população a forma de ser gerado e combatido. Um
sistema de prevenção e combate ao incêndio é instalado no auxílio dessas
eventualidades. Sua eficiência depende de aplicar corretamente os conceitos de
isolamento, redução e abafamento do fogo com ferramentas apropriadas.
99
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
• Imóvel de baixa complexidade: área < 750m²; até 3 pavimentos; com escada
comum; até 250 litros de líquido inflamável ou combustível; até 90 kg de GLP;
com lotação ≤ 100 pessoas, para reunião de público; e não exercer a fabricação,
o comércio ou depósito de: pólvora, explosivos, fogos de artifício, artigos
pirotécnicos, munições, detonantes ou materiais radioativos.
• Imóvel de alta complexidade: são todos aqueles que não são imóveis de baixa
complexidade.
I- advertência;
II- multa;
III- embargo de obra;
IV- interdição de imóvel e
V- cassação de atestado de vistoria.
Instruções normativas:
101
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
102
TÓPICO 2 | INSTALAÇÕES DE SISTEMAS DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO
103
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
FONTE: A autora
104
TÓPICO 2 | INSTALAÇÕES DE SISTEMAS DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO
DICAS
105
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
CARGA MÍNIMA DE
AGENTE EXTINTOR CAPACIDADE
AGENTE EXTINTOR
Água 2A 10 litros
Dióxido de carbono 5B : C 4 kg
Pó BC 10B : C 4 kg
Pó ABC 2A : 10B : C 4 kg
FONTE: <http://www.fontalextintores.com.br/wp-content/uploads/2018/06/altura_extintor.
png>. Acesso em: 20 nov. 2019
106
TÓPICO 2 | INSTALAÇÕES DE SISTEMAS DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO
107
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
FONTE: <https://www.sinatersl.com/wp-content/uploads/2019/04/20190109_132035.jpg>.
Acesso em: 25 mar. 2020
110
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Certo.
b) ( ) Errado.
111
112
UNIDADE 2 TÓPICO 3
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
1 INTRODUÇÃO
A rede de instalação elétrica é de suma importância para qualquer
projeto de edificação. Para definir dimensões de cabos e materiais é necessário
saber as especificações técnicas de iluminação e equipamentos. Assim, será
possível dimensionar e localizar, de maneira racional, os equipamentos e outros
componentes necessários a fim de proporcionar, de modo seguro e efetivo, a
transferência de energia da fonte até os pontos de utilização.
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
É necessário conhecer alguns conceitos básicos para o entendimento técnico
dos materiais e procedimentos que envolve a rede elétrica e seu fornecimento
(CARVALHO JÚNIOR, 2014; FREITAS, 2001; CREDER, 1986) tais como:
113
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
Fd = Dmax / Pinst
3 FORNECIMENTO DE TENSÃO
As edificações são enquadradas em função da carga instalada e demanda
calculada. As concessionárias atendem a seus consumidores residenciais,
fornecendo energia elétrica na classe de tensão mono, bi e trifásico, de acordo
com suas necessidades, em função da carga total instalada na edificação.
115
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
com mais de 2 kVA e da classe 220 V com mais de 10 kVA ou máquina de solda
trifásica com retificação em ponte com potência superior a 30 kVA; aparelho de
raios X da classe de 220 V com potência superior a 1500 W, ou trifásicos com
potências superior a 20 kVA.
117
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
118
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Para ligação com carga instalada trifásica acima de 25 até 75 kW, deverá
ser efetuado o cálculo da demanda para dimensionamento dos componentes,
a critério e responsabilidade do projetista ou técnico responsável.
O ramal de ligação deverá ser fixado no ponto de entrega por meio alça
pré-formada fixada em armação secundária com isolador roldana.
119
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
Condutores
Eletrodutos
Os eletrodutos devem:
Ramal de carga
Caixas de Passagem
121
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
Total = 7400 W
Definição mediante:
122
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
123
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
124
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
125
AUTOATIVIDADE
126
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
A instalação da rede de gás dentro de edificações, definida após
planejamento e distribuição de pontos de consumo, deve prover o fornecimento
de gás combustível com segurança e sem interrupções dentro das edificações.
Neste tópico, registram-se diferenças no tipo de gás que pode ser fornecido,
o dimensionamento com base ao tipo e quantidade de equipamentos ligados ao
sistema interno e a conexão até a central de gás própria de casa edificação. As
normas que acompanham as especificações de materiais permitidos para uso e as
condições de controle após o sistema entrar em funcionamento.
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Dentro desta indústria também se registram componentes e conceitos
próprios que permitem compreender a singularidade das instalações tais como:
127
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
E
IMPORTANT
Dentro desta central não pode passar tubulação diferente a gás, nem pontos
de coleta de lixo. Adicionalmente devem contar com unidades de extintores próximas.
128
TÓPICO 4 | INSTALAÇÕES DE REDE DE GÁS
Considerações de projeto
• 2. Separação da rede em duas partes: uma rede primária (que vai desde o
primeiro estágio até o segundo (150 kPa), pressão do gás) e uma rede secundária,
que vai deste segundo estágio – seu regulador – até o ponto de consumo.
ATENCAO
129
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
FONTE: A autora
130
TÓPICO 4 | INSTALAÇÕES DE REDE DE GÁS
Procedimento:
FONTE: A autora
3.2 MATERIAIS
Normalmente, é usada uma tubulação de cobre rígido com ligas de
cobre nas conexões, para condução de gás, apesar que, ultimamente, tem sido
empregada uma tubulação flexível em polietileno ou polietileno reticulado, que
possui multicamada, com resistência de pressões até 1 bar, acompanhadas de
respectivas válvulas e reguladores de pressão.
3.3 NORMATIVA
O Brasil conta com várias normas que pretendem atribuir segurança à
rede e aos operadores que fazem intervenção ou reparação sobre elas. Isso define
garantia de que o serviço chegará até o usuário na quantidade necessária. São
nomeadas algumas principais:
133
UNIDADE 2 | INSTALAÇÕES PREDIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
134
TÓPICO 4 | INSTALAÇÕES DE REDE DE GÁS
1. Especificação dos kits hidráulicos na fase inicial de projeto: isso diminui custos
e permite um dimensionamento mais seguro.
2. Um bom projeto deve indicar como devem ser feitas as verificações e os ensaios
dos componentes, assim como a frequência, para garantir o desempenho
estabelecido pela NBR 15.575. Deve conter também a dimensão das tubulações,
para que os pontos de consumo recebam o volume correto de água.
3. Escolha adequada do fornecedor: se o fabricante não inclui todas as peças e
acessórios para uma boa execução, isso pode comprometer todo o sistema.
4. Programação adequada da entrega dos kits: um cronograma bem ajustado entre
o fornecedor e a construtora evita problemas logísticos, de desabastecimento
ou de geração de estoque.
5. Identificação adequada dos componentes do kit hidráulico e a indicação do
local de aplicação.
6. Particularidades de execução: se for executado em drywall, steel frame ou
shafts, há a fixação dos quadros metálicos nos montantes pré-definidos. Nas
estruturas de alvenaria, o produto é embutido.
7. Recomendação na execução: respeitar rigorosamente as alturas dos pontos
projetados e as passagens da tubulação, onde os kits serão interligados com as
prumadas, ramais ou sub-ramais.
FONTE: <https://www.estudeae.com.br/kits-hidraulicos-industrializados-7-vantagens-e-7-
cuidados-tecnicos/>. Acesso em: 20 mar. 2020.
135
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
136
AUTOATIVIDADE
137
138
UNIDADE 3
REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E
PISOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – REVESTIMENTOS
TOPICO 2 – ESQUADRIAS
TÓPICO 3 – PISOS
CHAMADA
139
140
UNIDADE 3
TÓPICO 1
REVESTIMENTOS
1 INTRODUÇÃO
A falta de criação de um projeto específico para o revestimento é uma
prática muito comum na execução de obras. Lamentavelmente, muitas coisas são
especificadas durante a execução o que conduz a constantes falhas e problemas
patológicos junto ao desperdício de materiais e retrabalho (BAÍA; SABBATINI,
2008). Quando o revestimento é bem feito, cumpre sua função de proteção à
intempérie como vento, chuva, sol, variação de umidade entre outros (SALGADO,
2009). O revestimento empregado na construção de edificações faz referência a
três tipos:
• Revestimento de argamassa.
• Revestimento cerâmico.
• Revestimento em pedra.
2 REVISÃO DE CONCEITOS
Como Borges (1975) afirma, em muitas cidades não é aconselhável deixar
as paredes sem proteção, a não ser que seja utilizado um tijolo-bloco especial
de baixa porosidade e de acabamento à vista, o que pode resultar mais caro que
aplicar um revestimento. Isso ratifica a importância do revestimento, de prover
proteção as paredes de modo que seja assegurada a durabilidade de partes
estruturais importantes.
141
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
143
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
ATENCAO
144
TÓPICO 1 | REVESTIMENTOS
Interno, base
1 média lavada
para reboco
Interno, base
1 1,25 média lavada
para cerâmica
Interno, para
Emboço 1 2 9 média lavada
tetos
Externo, base
1 2 9 média lavada
para reboco
Externo, base
1 2 8 média lavada
para cerâmica
Interno, base
1 4 fina lavada
para pintura
Externo, base
1 3 fina lavada
para pintura
Reboco
Barra lisa 1 1,5 fina lavada
Interno, para
tetos, base para 1 2 fina lavada
pintura
Base
regularizadora 1 5 grossa lavada
para cerâmicas
Base
regularizadora
1 3 grossa lavada
Pisos para pisos
monolíticos
Colocação de
1 0,5 5 média lavada
cerâmica
Colocação de
1 3 fina lavada
alisados
FONTE: Aurich e Leggerini (2009, p. 4)
145
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
146
TÓPICO 1 | REVESTIMENTOS
147
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
148
TÓPICO 1 | REVESTIMENTOS
• Durabilidade.
• Baixa permeabilidade.
• Prove de isolamento térmico.
• Não propaga o fogo.
• Custo-benefício razoável.
149
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
A pasta de gesso acontece similar em tetos e paredes, sendo que nos tetos
deve contar a presença de um chapisco (do tipo rolado) para melhorar a aderência e
a ancoragem da pasta. Assim, a pasta é aplicada inicialmente pelo teto até continuar
com a metade superior das paredes (QUINALIA, 2005).
ATENCAO
150
TÓPICO 1 | REVESTIMENTOS
151
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
FONTE: <https://www.homify.com.br/livros_de_ideias/1640613/12-maneiras-para-revestir-as-
paredes-com-pedras-decorativas>. Acesso em: 13 dez. 2019
152
TÓPICO 1 | REVESTIMENTOS
153
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
154
TÓPICO 1 | REVESTIMENTOS
5 CUIDADOS NA EXECUÇÃO
Tomando as considerações de Baía e Sabbatini (2008) pode ser resumido
de forma geral que durante a execução dos revestimentos de argamassa:
155
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
ATENCAO
Desta forma fica claro ressaltar que se existe todo uma indicação das
características dos revestimentos comercialmente, não é difícil escolher o
revestimento cerâmico correto. Ora, quando se trata de revestimento de argamassa,
mesmo contando com produtos industrializados existe toda uma metodologia de
execução que está sujeita a condições humanas, o que gera dependência total do
processo empregado. Isso explicaria por que duas paredes estando nas mesmas
condições de exposição registram estados patológicos diferentes.
157
RESUMO DO TÓPICO 1
158
AUTOATIVIDADE
159
160
UNIDADE 3
TÓPICO 2
ESQUADRIAS
1 INTRODUÇÃO
Certos espaços da edificação necessitam de entrada de luz ou ar, o
que comumente interrompe a continuidade dos fechamentos, mas sem eles
a edificação seria um presídio. Essas aberturas, contempladas desde o projeto
arquitetônico, são posteriormente fechadas com ajuda de outros materiais
para prover conforto, beleza, além de garantir a segurança. Essas unidades de
fechamento são conhecidas como esquadrias, que têm diferentes posicionamentos
dentro da edificação e podem ser utilizadas também para comunicar espaços.
2 CONCEITOS BÁSICOS
De modo específico, Salgado (2009) define as esquadrias como uma armação
na qual são fixadas portas, janelas, veneziana entre outros. Cuja função é facilitar
a iluminação, ventilação, isolamento e acessibilidade com unidades armadas para
o usuário. Geralmente, a composição da esquadria é uma parte fixa e a outra que
permite o deslocamento da unidade, assim podemos encontrar vidro e alumínio
ou vidro e aço, tal como pode ser visto na Figura 10. Esta parte fixa é chamado de
caixilho, que sustenta a unidade de fechamento (PINHAL, 2009).
161
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
• Estanqueidade do ar.
• Controle no fluxo de ar.
• Estanqueidade à água.
• Isolamento acústico.
• Controle na incidência da radiação solar.
• Resistência a cargas de contorno.
3 MATERIAIS UTILIZADOS
Segundo a informação registrada por De Toni et al. (2014), o 25% das
esquadrias utilizadas na construção civil são de alumínio, 42% são de aço, 38%
são de madeira e 5% de outros materiais, incluindo o Policloreto de Vinila (PVC).
Dados entregues pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e
estimaram que, para 2016, o volume de esquadrias de alumínio ultrapassaria o
volume das esquadrias de madeira. O que é uma realidade para o ano de 2019.
• Janelas.
• Portas, portões.
• Fachadas.
• Coberturas.
• Combinados.
4 EXIGÊNCIAS DE DESEMPENHO
A norma NBR 15575-4:2013 define requisitos do usuário sobre as
esquadrias a serem utilizadas pois somente desta forma poderá ser garantida a
funcionalidade da peça. Essas exigências são indicadas no quadro a seguir e são
independentes do tipo do material, porém, para madeiras são especificadas mais
adiante.
163
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
5 TIPOS DE ESQUADRIAS
A instalação das esquadrias acontece na etapa final da obra e por elas são
identificados problemas que podem ter passados desapercebidos, o que levará
a execução de retrabalho, tais como falta de prumo, nivelamento e alinhamento.
Maia (2018a) aponta que a palavra esquadria é genérica para designar todos
os sistemas vedação de vãos, tais como portas, janelas, persianas e venezianas,
executados em madeira ou plástico e o caixilho especifica a vedação de vãos
realizados em materiais metálicos.
164
TÓPICO 2 | ESQUADRIAS
De modo mais aproximado, pode ser vista uma conexão entre a parede e a
porta na Figura 13, sendo que este contato é valido para portas em madeira e sua
espessura está definida pela espessura da própria parede, são indicadas medidas
estimadas de alguns componentes.
165
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
166
TÓPICO 2 | ESQUADRIAS
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UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
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TÓPICO 2 | ESQUADRIAS
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UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
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TÓPICO 2 | ESQUADRIAS
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UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
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TÓPICO 2 | ESQUADRIAS
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UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
ATENCAO
6 ASSENTAMENTO
Antes de fazer a instalação das esquadrias vários procedimentos devem
ser feitos, alguns indicados por Araújo (2003):
174
TÓPICO 2 | ESQUADRIAS
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UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
7 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Em virtude da exposição às variações de umidade, variações de
temperatura, poeira e outros, é comum que os componentes da construção ao
longo da sua vida útil manifestem certas irregularidades. Estas começam a
evidenciar-se no contato da esquadria com a alvenaria onde foram instaladas,
aberturas, irregularidade nos marcos, as mais comuns são indicadas (AECWEB,
2019):
8 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
O uso de alto desempenho em esquadrias depende da finalidade da obra
e sua funcionalidade arquitetônica, assim, em edificações residências simples
não é necessária a instalações de “mega portas ou janelas”, não obstante, existem
diversidades comerciais para todos os desejos. Sendo que podem ser incorporados
as seguintes propriedades, adicionais ao uso convencional de esquadrias (LIMA
et al., 2017):
176
TÓPICO 2 | ESQUADRIAS
9 VISUALIZAÇÃO
Diferentes empresas fazem investimento em definir espessuras de vidraria
com propriedades de refletivas à luz solar e facilidade de limpeza em tamanhos
maiores, assim pode ser coberta uma área maior e ter ao mesmo tempo ganho de
altura. Devido a isso é possível instalar esquadrias de grande altura em fachadas, que
atribuem um diferencial no ambiente. É apresentado um exemplo de configuração
de fachada numa edificação, tal como acontece com o EZ Tower na cidade paulista,
cuja visualização permite dar continuidade com ambiente externo (Figura 24).
177
RESUMO DO TÓPICO 2
• Este tipo de material requer uma manutenção com maior frequência pois é
facilmente manipulado pelos usuários.
178
AUTOATIVIDADE
179
180
UNIDADE 3
TÓPICO 3
PISOS
1 INTRODUÇÃO
É muito comum observar que as cidades e suas edificações crescem de
forma vertical. Este fato é possível pela geração constante de pavimentos na
mesma área, que basicamente dão espaço de uso para diversas atividades. Desta
forma, é possível enxergar os pisos como corredores de uso pelos usuários e é
necessário que estes possuam condições de regularização na sua superfície, junto
com propriedades de durabilidade e resistência (mecânica e química).
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Baseados nos conceitos da NBR 9817:1987, a execução de pisos consiste no
constante acondicionamento de superfícies, que em sequência são estruturados para
dar suporte ao material que receberá o tráfego de pessoas ou veículos. O quadro a
seguir registra as diferentes camadas e suas posições para estruturar o piso.
Nome da Material
Posição Definição
Camada usado
Substrato a ser recoberto,
Material
geralmente uma laje à base
Inferior Base próprio da
de concreto armado ou pré-
laje
fabricado.
Constituída por um ou vários
Cimento
componentes permite regularizar
Polímeros
a base, impermeabilizá-la,
Intermédio Intermediária Aditivos
aplicar os possíveis isolamentos
Lãs
e cobrimento de possíveis
minerais
tubulações.
181
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
3 BASE DE CONTRAPISO
Tal como Salgado (2009) indica, independentemente do tipo de piso a ser
instalado o solo de base deve ser bem preparado, e este deve cumprir que:
182
TÓPICO 3 | PISOS
4 TIPOS DE PISO
A seguir, são especificados os tipos de pisos mais comuns, as variações
dentro do próprio grupo (se existir) e os procedimentos mais relevantes a indicar
durante sua instalação, resumidos na Figura 26.
4.1 CERÂMICO
Da mesma forma que o revestimento cerâmico em paredes (azulejo), a
instalação de placas cerâmica no piso (porcelanato) requer o acondicionamento
de camadas para receber o revestimento cerâmico que pode ser constituído por
algum destes tipos (SALGADO, 2009, p. 188):
183
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
4.2 CONCRETO
Na construção de unidades pré-fabricadas, é comum ter menor intervenção
nos acabamentos das edificações. Algumas acabam por aproveitando a própria
superfície dos pré-fabricados para não realizar novos trabalhos, tal como a Figura
28 registra. Para aproveitar a superfície, é realizada uma manutenção com maior
frequência e recebe algum tipo de pintura oleosa para impermeabilizar.
184
TÓPICO 3 | PISOS
FONTE: <https://www.pisoart.com.br/imagens/onde-encontro-restauracao-de-piso-concreto.
jpg>. Acesso em: 15 dez. 2019
4.3 MADEIRA
A madeira é um material que registra bom desempenho térmico, desta
forma, é comum andar sobre pisos de madeiras sem pensar no risco de deslizamento
ou registro de aquecimento. Sua versatilidade tem promovido a adequação de
ambientes, tanto que são muitos os materiais que fazem imitação, donde surgem
os pisos laminados, NBR 14833-1:2014, controla suas especificações.
185
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
186
TÓPICO 3 | PISOS
DICAS
• No armazenamento e manuseio:
187
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
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TÓPICO 3 | PISOS
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UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
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TÓPICO 3 | PISOS
6 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Da mesma forma que no revestimento em paredes, o revestimento nos
pisos pode manifestar certos desajustes ao longo do seu uso. Comumente estes
são:
• Desgaste superficial.
• Manchas.
• Fissuras.
• Delaminação.
• Juntas esborcinadas e juntas frias.
DICAS
191
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
LEITURA COMPLEMENTAR
O porcelanato líquido se trata de uma pintura resinada que pode ser empregada em qualquer
ambiente (foto: Photographee.eu_Stock/Shutterstock)
Quando usado com cor única, o piso deixa de ser o foco arquitetônico do
projeto, passando a ter função completamente oposta. “Dessa forma, as pessoas
podem se concentrar em outros elementos que compõem o ambiente. Podemos
ver isso, por exemplo, em museus com pisos resinados que não atrapalham a
experiência dos visitantes, permitindo que as obras em exposição sejam o ponto
de atenção”, destaca Cardoso.
192
TÓPICO 3 | PISOS
PORCELANATO LÍQUIDO 3D
APLICAÇÃO
“A tarefa demanda alguns cuidados para que o piso fique liso, contínuo
e sem falhas. O profissional que irá realizá-la tem que ser experiente e estar
acostumado a lidar com esse tipo de produto”, ressalta a designer de interiores.
Já de acordo com Cardoso, existe certa dificuldade em localizar aplicadores
devidamente preparados. “Quando temos uma novidade no mercado, não é fácil
achar quem realmente faça com maestria o trabalho”, diz.
193
UNIDADE 3 | REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS
Por ser mais leve do que as opções convencionais, a solução pode ser
aproveitada na reforma de edifícios residenciais. “Ao escolher o porcelanato
tradicional, é preciso consultar um engenheiro para verificar a carga que será
aplicada sobre a estrutura da edificação. Já o líquido não fornece quase nenhuma
carga. Essa pode ser considerada uma grande vantagem para quem não quer ter
problemas”, exemplifica Cardoso.
194
RESUMO DO TÓPICO 3
CHAMADA
195
AUTOATIVIDADE
196
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