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Instalações
Hidrossanitárias
Prof. João Marcos Bosi Mendonça de Moura
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. João Marcos Bosi Mendonça de Moura
M929p
ISBN 978-65-5663-156-1
ISBN Digital 978-65-5663-152-3
CDD 620
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico! Seja muito bem-vindo ao livro da disciplina Práticas
de Instalações Hidrossanitárias. Buscaremos aqui construir conhecimentos
teóricos e práticos sobre instalações prediais de água fria, esgoto e preventivo
de incêndio, com ênfase em construções residenciais. É com muita alegria
que apresento a você atividades que possam contribuir para uma formação
profissional comprometida com a qualidade e a sustentabilidade dos projetos
de engenharia. Trilharemos este percurso por meio de três Unidades, levando
sempre em conta a importância que as instalações hidrossanitárias possuem
para a segurança e o conforto dos usuários da edificação.
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, você já deve ter sentido os efeitos indesejados da falta de
água, não é? Se já sentiu, então pode imaginar a importância de uma instalação
hidráulica adequada e bem suprida para uso da edificação. A água é um elemento
fundamental para vida e estudaremos aqui como fornecê-la adequadamente nas
construções.
TUROS
ESTUDOS FU
3
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
4
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
NOTA
FONTE: ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12218 – Projeto de redes
de distribuição para abastecimento público. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
5
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
6
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
Cd = P . q (I)
7
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
Em que:
Cd = consumo total diário de água fria na construção para fins de projeto (litros/
dia);
P = taxa de ocupação estimada da construção (nº de usuários);
q = consumo unitário diário de água fria (litros/usuário.dia).
NOTA
8
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
DICAS
Taxa de ocupação e consumo unitário diário para outros usos podem ser con-
sultados no livro de Carvalho Júnior (2014).
Dúvidas também com relação ao padrão das residências? Consulte o Manual de valores
de edificações de imóveis urbanos do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Enge-
nharia de São Paulo (IBAPE-SP). Acesse e confira atualizações do documento: https://www.
ibape-sp.org.br/adm/upload/uploads/1543595741-VEIU%202017.pdf.
9
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
4 DIMENSIONAMENTO DE ALIMENTADOR
Como já observamos na introdução deste tópico, o alimentador (residencial
ou predial) é a tubulação responsável por distribuir a água da saída do hidrômetro
até a construção. Quando há na residência o sistema direto de distribuição de
água, seu dimensionamento pode ser realizado como se fosse um “barrilete”. Por
esta razão, nos aprofundaremos em seu dimensionamento no Tópico 3.
10
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
DICAS
Sendo:
Qalimentador = vazão de projeto do alimentador (litros/s);
Cd = consumo total diário de água fria na construção (litros/dia);
Δt = número de segundos em 1 dia = 86 400 s.
A vazão do alimentador, desta forma, representa a vazão mínima
(suficiente) que a rede deve possuir para que seja possível abastecer a construção
por 24h (BOTELHO; RIBEIRO JUNIOR, 2014). A partir da equação II e da equação
da continuidade, podemos deduzir a equação III para determinar o diâmetro do
alimentador de uma construção com sistema indireto de distribuição (BOTELHO;
RIBEIRO JUNIOR, 2014).
Em que:
11
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
Sendo:
v = velocidade da água no alimentador (entre 0,6 e 1,0 m/s);
Dadotado = diâmetro adotado do alimentador residencial ou predial (m);
Qalimentador = vazão de projeto do alimentador (m3/s);
π = 3,1415.
12
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
a) O consumo total diário de água fria desta construção para fins de projeto (Cd).
b) Dimensione e especifique o diâmetro do alimentador predial, considerando a
existência de um sistema indireto de distribuição de água (obs.: a especificação
consiste em definir o tipo de material e o diâmetro comercial, ou seja, diâmetro
disponível no mercado). Não se esqueça de verificar a velocidade da água na
tubulação.
Objetivos: aqui você será capaz estimar um consumo total diário de água fria para
fins de projeto, bem como dimensionar e especificar um alimentador residencial/
predial de uma construção.
13
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
Objetivos: aqui você será capaz estimar um consumo total diário de água fria
“real” e confrontar os dados obtidos com aqueles recomendados aos projetos.
Mês Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Consumo
13,5 12,6 9,9 8,1 9,0 9,0 9,9 9,9 10,8 8,1 13,5 16,2
total (m³)¹
Consumo per
capita diário 150 140 110 90 100 100 110 110 120 90 150 180
(L/dia)
14
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
Exemplo de ações para a redução do consumo de água: uso de descarga com caixa
acoplada, inspeção das instalações (verificação de infiltrações), reuso da água da
máquina de lavar roupas para lavagem de áreas comuns e conscientização dos
usuários no que se refere ao tempo no banho e outras atividades de consumo.
15
RESUMO DO TÓPICO 1
16
AUTOATIVIDADE
17
18
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior, observamos que sistemas de distribuição indireta
fazem uso de reservatórios com ou sem bombeamento. Estudamos também que
a função dos reservatórios é garantir regularidade no fornecimento de água sem
prejuízo a sua potabilidade (BOTELHO; RIBEIRO JUNIOR, 2014).
Agora estamos preparados para estudar aspectos práticos dos reservatórios
e de sistemas de bombeamento. Estará incluso no nosso estudo, o dimensionamento
de tubulações intermediárias, conhecidas como tubulações de recalque e sucção.
Elas farão o papel de conectar o sistema de bombeamento ao reservatório.
19
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
NOTA
Você sabe o que é barrilete? Segundo a NBR 5626 (ABNT, 1998), o barrilete no
sistema de distribuição indireto é uma tubulação de saída do reservatório em que derivam
as demais tubulações de distribuição de água na residência. Já no sistema direto, sem
reservatório, ele faz também o papel de alimentador.
20
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
2 DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIO
Qual será o tamanho adequado para o reservatório da construção?
Segundo Tachini (2015), é recomendável que o volume total de reservação não
seja inferior ao consumo diário estimado e previsto em projeto, desconsiderando
a reserva técnica de incêndio. Assim, espera-se que qualquer reservatório esteja
preparado para suprir um desabastecimento com pelo menos 24 horas de duração
(ABNT, 1998).
Em que:
22
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
Em que:
RI = volume do reservatório inferior (litros);
CR = capacidade mínima total do reservatório da construção (litros);
RTI = reserva técnica de incêndio, quando aplicável (litros).
Em que:
NOTA
Ainda seria possível destacar alguns pontos importantes e práticos que lhe
ajudarão a elaborar um projeto econômico, integrado e, tecnicamente, eficiente
para o reservatório superior (CARVALHO JÚNIOR, 2014):
23
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
ATENCAO
24
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
25
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
FONTE: O autor
26
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
NOTA
Em que:
27
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
4 CONJUNTO MOTOBOMBA
Creder (2006) descreve a bomba hidráulica utilizada nas instalações de
água fria como uma máquina movida a energia elétrica (ou a combustão) destinada
a elevar a água para o reservatório superior da edificação. Recomenda-se que o
projeto de edificações contemple o uso de pelo menos dois conjuntos motobomba
(duas bombas), de modo que um sistema permaneça na “reserva”, suprindo a
edificação em eventuais falhas da bomba “principal” (TACHINI, 2015).
28
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
NOTA
FIGURA 7 – RESERVATÓRIO INFERIOR COM: (1) BOMBA “AFOGADA” E (2) BOMBA NÃO “AFOGADA”
29
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
Em que:
Sendo:
NOTA
30
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
31
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
Em que:
∑Δh = perda de carga na tubulação de recalque ou sucção (m);
Lr = comprimento real da tubulação de recalque ou sucção (m);
Lperdas = comprimento equivalente de perdas (ver Tabela 5)(m);
J = perda de carga unitária (m/m).
32
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
Observações:
a – Os valores acima estão de acordo a NBR 5626/98 e Tabela de Perda de Targa
da Tigre para PVC rígido e cobre, e NBR 92/80 e Tabela de Perda de Carga Tupy
para ferro fundido galvanizado, bronze ou latão.
b – (*) Os diâmetros indicados referem-se à menor bitola de reduções
concêntricas, com fluxo da maior para a menor bitola, sendo a bitola maior uma
medida acima da menor. Ex.: 1 ¼” x 1" – 1 ½” x 1 ¼”
c – Diâmetro nominal em pol e sua aproximada equivalência em mm: 3/4” = 25
mm; 1” = 32 mm; 1 ¼” = 40 mm; 1 ½” = 50 mm; 2” = 60 mm; 2 ½” = 75 mm; 3” =
85 mm; 4” = 110 mm; 5” = 125 mm.
FONTE: Adaptada de Schneider Motobombas (2006, p. 35)
Em que:
33
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
NOTA
34
RESUMO DO TÓPICO 2
35
AUTOATIVIDADE
36
- Calcule ∑hr por meio do comprimento real e do comprimento virtual da
tubulação de recalque. Determine nesta condição a perda de carga unitária
(J).
37
38
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, até aqui abordamos aspectos práticos de projeto e
dimensionamento de alimentadores, reservatórios e sistemas de bombeamento.
No início do Tópico 1, vimos também os principais elementos de uma instalação
de água fria de uso doméstico. Agora, focaremos nossa atenção nas tubulações,
que farão o papel de distribuir a água do reservatório para os aparelhos sanitários
da construção, assim, classificados em três tipos:
• barriletes;
• colunas (ou prumadas);
• ramais e sub-ramais.
39
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
40
TÓPICO 3 — DIMENSIONAMENTO E ESPECIFICAÇÕES DE RAMAIS, COLUNAS E BARRILETES
Em que:
41
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
NOTA
A pressão estática da água pode ser calculada pelo desnível geométrico entre
dois pontos analisados na instalação de água fria. A pressão dinâmica da água levará em
conta também a perda de carga que a água “sofre” em movimento.
DICAS
2 SUB-RAMAIS E RAMAIS
Os sub-ramais, tubulações ligadas diretamente com as peças de utilização,
tratam-se de elementos dimensionados empiricamente, ou seja, sem cálculo ou
equações físicas. A partir da Tabela 7 podemos adotar seu diâmetro (BOTELHO;
RIBEIRO JUNIOR, 2014). Na falta de alguma orientação específica, Tachini (2015)
recomenda adotar um diâmetro de 25 mm para todos os sub-ramais (3/4”).
42
TÓPICO 3 — DIMENSIONAMENTO E ESPECIFICAÇÕES DE RAMAIS, COLUNAS E BARRILETES
Diâmetro
Peças de utilização
DN (mm) Ref. (pol.)
Aquecedor de alta pressão 20 1/2
Aquecedor de baixa pressão 25 3/4
Banheira 20 1/2
Bebedouro 20 1/2
Bidê 20 1/2
Caixa de descarga 20 1/2
Chuveiro 20 1/2
Filtro de pressão 20 1/2
Lavatório 20 1/2
Máquina de lavar pratos ou roupas 25 3/4
Mictório autoaspirante 32 1
Mictório não aspirante 20 1/2
Pia de cozinha 20 1/2
Tanque de despejo ou de lavar roupa 25 3/4
Válvula de descarga 40* 1¼
* Quando a pressão estática de alimentação for inferior a 30kPa (3 m.c.a, recomenda-se instalar
a válvula de descarga em sub-ramal com diâmetro nominal de 50 mm (1 1/2").
43
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
DICAS
Confira uma dica importante da NBR 5626 sobre o método do consumo pro-
vável:
44
TÓPICO 3 — DIMENSIONAMENTO E ESPECIFICAÇÕES DE RAMAIS, COLUNAS E BARRILETES
Em que:
Q = vazão total do ramal (l/s);
ΣP = soma dos pesos relativos de todas as peças de utilização alimentadas pelo
ramal dimensionado.
45
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
3 COLUNAS DE DISTRIBUIÇÃO
Como você viu na introdução desse tópico, as colunas são tubulações
verticais que se conectam e abastecem os ramais. Seu dimensionamento consiste
em aplicar os mesmos procedimentos adotados para o cálculo de ramais (equação
XIV, Tabela 9 e Figura 10). Leva-se em conta, portanto, o somatório de pesos de
cada peça de utilização abastecida pela coluna.
Diâmetro
(mm)
46
TÓPICO 3 — DIMENSIONAMENTO E ESPECIFICAÇÕES DE RAMAIS, COLUNAS E BARRILETES
NOTA
4 BARRILETES
Já tivemos a oportunidade de conhecer o barrilete em outros tópicos. Vimos
que “trata-se de um encanamento que liga entre si as duas seções do reservatório
superior ou dois reservatórios superiores, e do qual pertencem ramificações para
as colunas de distribuição” (MACINTYRE, 1996, p. 68).
47
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
• Pressão estática: calculada pela diferença geométrica de nível entre dois pontos
(Figura 11).
• Pressão dinâmica: resultante da subtração entre a diferença geométrica de
nível entre dois pontos e a perda de carga total do sistema (Figura 11).
DICAS
48
TÓPICO 3 — DIMENSIONAMENTO E ESPECIFICAÇÕES DE RAMAIS, COLUNAS E BARRILETES
FIGURA 11 – PRESSÕES
49
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
a) Resultados.
b) Fórmulas.
Legenda:
A = dados retirados da Tabela 9 de acordo com o número de aparelhos da
residência; B = calculado pela equação XIII;
C = nomograma da Figura 10;
D = velocidade determinada pela equação XIV;
E1, E2, E3 = comprimento real da tubulação;
F1, F2, F3 = somatório do comprimento equivalente devido à perda de carga
localizada (Tabela 5);
G1, G2, G3 = calculado por meio da equação XII para PVC;
H1, H2, H3 = perda de carga total da tubulação (equação XI);
I1, I2, I3 = desnível geométrico entre o ponto a jusante e montante;
J1, J2, J3 = pressão disponível/dinâmica no ponto a jusante (início do trecho);
L = pressão disponível/dinâmica mínima requerida para o aparelho sanitário.
FONTE: O autor
50
RESUMO DO TÓPICO 3
51
AUTOATIVIDADE
52
TÓPICO 4 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, até aqui abordarmos os principais critérios, métodos e
componentes de uma instalação hidráulica de água fria. Chegamos ao último
tópico da Unidade 1 e esperamos que ao final, você obtenha um repertório
técnico consistente para sua atuação profissional. Teremos agora a importante
missão de integrar os conhecimentos até aqui adquiridos por meio da atividade
de elaboração, avaliação e supervisão de projetos.
• Valorização da técnica.
• Atenção às singularidades de cada cliente/usuário.
• Visão integrada.
• Sustentabilidade: qualidade e economia.
53
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
54
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO DE INSTALAÇÃO DE ÁGUA FRIA
DICAS
55
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
DICAS
Você sabe como funciona um vaso/bacio sanitário com caixa acoplada? Veja o
vídeo do link abaixo e confira como é sua instalação, regulagem e funcionamento.
Acesse em: <https://www.youtube.com/watch?v=2XvHAuEsuC4>
56
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO DE INSTALAÇÃO DE ÁGUA FRIA
Altura Altura
Ponto Sigla Ponto Sigla
(cm) (cm)
Bacia sanitária c/ caixa Máquina de lavar
BCA 20 MLL 60
acoplada louça
Ducha higiênica DC 50 Pia PIA 110
Bidê BI 20 Tanque TQ 115
Banheira de
BH 30 Torneira de limpeza TL 60
hidromassagem
60
Chuveiro ou ducha CH 220 Torneira de jardim TJ
• Memorial descritivo.
• Memorial de cálculo.
• Normas e literatura técnica adotada.
• Plantas, isométricos, esquemas (detalhes construtivos), enfim, todos os detalhes
necessários ao perfeito entendimento do projeto.
• Documentos complementares para a elaboração do manual de uso e manutenção
da edificação (se necessário).
57
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
58
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO DE INSTALAÇÃO DE ÁGUA FRIA
59
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
60
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO DE INSTALAÇÃO DE ÁGUA FRIA
LEITURA COMPLEMENTAR
PROBLEMAS COMUNS
61
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
construções mais antigas, os defeitos geralmente estão nas prumadas, uma vez
que já atingiram sua vida útil e não receberam as manutenções necessárias, o que
causa vazamentos e infiltrações.
REFORMA TOTAL
62
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO DE INSTALAÇÃO DE ÁGUA FRIA
FONTE: <https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/como-prevenir-vazamentos-e-infiltracoes-
-no-sistema-hidraulico_17619_10_19>. Acesso em: 10 ago. 2020.
63
RESUMO DO TÓPICO 4
CHAMADA
64
AUTOATIVIDADE
65
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 12218. Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento
público: procedimento. 2017. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/
norma.aspx?ID=370933. Acesso em: 9 set. 2020.
ABNT. NBR 5626: Instalação predial de água fria. 1998. Disponível em: https://
ecivilufes.files.wordpress.com/2013/06/nbr-05626-1998-instalac3a7c3a3o-predial-
de-c3a1gua-fria.pdf. Acesso em: 11 ago. 2020.
66
NARCHI, H. A demanda doméstica de água. Revista DAE, v. 49, n. 154, p. 1-7,
jan./mar. 1989.
67
68
UNIDADE 2 —
PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE
ESGOTO SANITÁRIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em 4 tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
69
70
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
O consumo de água na construção gera vários benefícios para o usuário
e cria novos desafios para os projetistas. Você pode imaginar quais? Se por um
lado, garantimos o fornecimento e o consumo de água com padrões adequados
em termos de vazão, pressão, velocidade e potabilidade, por outro, surge a
necessidade de gerenciar todo o esgoto produzido.
71
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
NOTA
• aparelho sanitário;
• caixa/ralo sifonado;
• ramal de descarga;
• ramal de esgoto;
• tubo de queda;
• coluna de ventilação;
• caixa de inspeção;
• caixa de gordura;
• subcoletores e coletor predial.
72
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO: ASPECTOS GERAIS
2.1 BANHEIROS
De acordo com Botelho e Ribeiro Junior (2014, p. 195, grifo do autor), a
instalação de esgoto sanitário pode ser descrita a partir de seus elementos como:
RAMAL DE DESCARGA
COLUNA DE
VENTILAÇÃO
BACIA SANITÁRIA
73
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
NOTA
74
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO: ASPECTOS GERAIS
75
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
Botelho e Ribeiro Junior (2014) afirmam que toda edificação deve possuir
no mínimo um tubo ventilador de diâmetro nominal (DN) 100 mm (pode ser
reduzido para DN 75 no caso de edificações residenciais com até três vasos
sanitários). No topo das colunas de ventilação deve-se prever uma proteção para
que não haja entrada da água de chuva (Figura 4). É recomendável a colocação de
uma tela de nylon na saída da tubulação.
76
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO: ASPECTOS GERAIS
77
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
NOTA
78
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO: ASPECTOS GERAIS
FONTE: O Autor
NOTA
• Cada elemento da instalação de esgoto sanitário deve ser projetado a partir dos
princípios da física e da hidráulica.
80
AUTOATIVIDADE
a) Sifão de lavatório
Correta ( )
Incorreta ( )
Por quê?__________________________________________
b) Sifão de lavatório
Correta ( )
Incorreta ( )
Por quê? ___________________________________________
81
c) Caixa sifonada
Correta ( )
Incorreta ( )
Por quê?________________________________________
82
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 1, conhecemos os principais elementos da instalação predial de
esgoto, agora teremos a oportunidade de estudar o seu dimensionamento. Para
esta etapa destacamos dois parâmetros importantes: a declividade das tubulações
e a Unidade Hunter de Contribuição.
83
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
NOTA
• ramal de descarga;
• ramal de esgoto;
• tubo de queda;
• subcoletores e coletor predial;
• ramal e coluna de ventilação;
84
TÓPICO 2 — INSTALAÇÃO DE ESGOTO SANITÁRIO: COMO DIMENSIONAR?
• caixa/ralo sifonado;
• caixa de gordura;
• caixa de inspeção.
TABELA 2 – UHC DOS APARELHOS SANITÁRIOS E DIÂMETRO NOMINAL MÍNIMO DOS RAMAIS
DE DESCARGA
Diâmetro
Número de
Aparelho Sanitário nominal
UHC
mínimo
Bacia sanitária 6 100
Banheira de residência 2 40
Bebedouro 0,5 40
Bidê 1 40
Residencial 2 40
Chuveiro
Coletivo 4 40
Residencial 1 40
Lavatório
Uso geral 2 40
Válvula de descarga 6 75
Caixa de descarga 5 50
Mictório
Descarga Automática 2 40
De calha 2* 50
Pia de cozinha residencial 3 50
Preparação 3 50
Pia de cozinha industrial
Lavagem (panelas) 4 50
Tanque de lavar roupas 3 40
Máquina de lavar louças 2 50**
Máquina de lavar roupas 3 50**
* Mictório (por metro de calha) – considerar como ramal de esgoto
** Devem ser consideradas as recomendações dos fabricantes
FONTE: Adaptado de ABNT (1999, p. 16)
85
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
86
TÓPICO 2 — INSTALAÇÃO DE ESGOTO SANITÁRIO: COMO DIMENSIONAR?
87
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
88
TÓPICO 2 — INSTALAÇÃO DE ESGOTO SANITÁRIO: COMO DIMENSIONAR?
Tubo de Número
queda de UHC
TQ 1 77
TQ 2 144
TQ 3 56
TQ 4 72
TQ 5 70
FONTE: Botelho e Ribeiro Junior (2014, p. 229)
Contribuições: Diâmetro
Número total
Subcoletor tubos de queda e nominal
de UHC
subcoletores DN
A TQ 1 77 100
B TQ 2 144 150
C SB 1 + SB 2 77 + 144 = 221 150
D SB 3 221 150
E TQ 4 72 100
F TQ 5 70 100
G SB 5 + SB 6 72 + 70 = 142 100
H TQ 3 56 100
I SB 7 + SB 8 142 + 56 = 198 150
COLE SB 9 + SB 4 198 + 221 = 419 150
FONTE: Botelho e Ribeiro Junior (2014, p. 229)
89
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
2.4 VENTILAÇÃO
Na Figura 9, observa-se um exemplo de instalação de ramais e colunas de
ventilação. Toda instalação conectada ao vaso sanitário deve possuir ligação com
pelo menos uma coluna de ventilação (BOTELHO; RIBEIRO JUNIOR, 2014).
90
TÓPICO 2 — INSTALAÇÃO DE ESGOTO SANITÁRIO: COMO DIMENSIONAR?
91
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
40 8 46 - - - - - - -
40 10 30 - - - - - - -
50 12 23 61 - - - - - -
50 20 15 46 - - - - - -
75 10 13 46 317 - - - - -
75 21 10 33 247 - - - - -
75 53 8 29 207 - - - - -
75 102 8 26 189 - - - - -
100 43 - 11 76 299 - - - -
100 140 - 8 61 229 - - - -
100 320 - 7 52 195 - - - -
100 530 - 6 46 177 - - - -
150 500 - - 10 40 305 - - -
150 1.100 - - 8 31 238 - - -
150 2.000 - - 7 26 201 - - -
150 2.900 - - 6 23 183 - - -
200 1.800 - - - 10 73 286 - -
200 3.400 - - - 7 57 219 - -
200 5.600 - - - 6 49 186 - -
200 7.600 - - - 5 43 171 - -
250 4.000 - - - - 24 94 293 -
250 7.200 - - - - 18 73 225 -
250 11.000 - - - - 16 60 192 -
250 15.000 - - - - 14 55 174 -
300 7.300 - - - - 9 37 116 287
300 13.000 - - - - 7 29 90 219
300 20.000 - - - - 6 24 76 186
300 26.000 - - - - 5 22 70 152
*Considera-se o ramal de esgoto no caso de construção com somente um pavimento.
a) Despejos provenientes de apenas uma cozinha pode ser instalada caixa pequena
ou simples, com as seguintes dimensões mínimas:
Pequena (cilíndrica): Diâmetro interno de 0,30 m. Parte submersa do septo com
0,20 m. Capacidade de retenção (volume total) de 18 L e diâmetro nominal de
saída de 75 mm.
Simples (cilíndrica): Diâmetro interno de 0,40 m. Parte submersa do septo com
0,20 m. Capacidade de retenção (volume total) de 31 L e diâmetro nominal de
saída de 75 mm.
b) Para esgotos provenientes de uma ou duas cozinhas pode ser instalada caixa
simples ou dupla, que possui as seguintes dimensões mínimas:
Simples (cilíndrica): Diâmetro interno de 0,40 m; Parte submersa do septo com
0,20 m. Capacidade de retenção (volume total) de 31 L e diâmetro nominal de
saída de 75 mm.
Dupla (cilíndrica): Diâmetro interno de 0,60 m. Parte submersa do septo com
0,35 m. Capacidade de retenção (volume total) de 120 L e diâmetro nominal de
saída de 100 mm.
93
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
V = (2xN) + 20 (I)
Em que:
V = Volume da caixa de gordura (L).
N = número de pessoas servidas pelas cozinhas contribuintes.
94
RESUMO DO TÓPICO 2
95
AUTOATIVIDADE
SIGLA ESPECIFICAÇÃO
RD Ramal de descarga
RE Ramal de esgoto
CV Coluna de Ventilação
TQ Tubo de queda de esgoto
VS Vaso sanitário
LV Lavatório banheiro
RS Ralo sifonado
CS Caixa sifonada
CH Chuveiro
96
Descrição dos procedimentos:
• Determine o UHC dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal mínimo
dos ramais de descarga pela Tabela 2.
• Determine o diâmetro do ramal de esgoto através da soma dos pesos dos
aparelhos contribuintes (obtidos na Tabela 2) e determine o ramal por meio
da Tabela 4.
• Determine o diâmetro do tubo de queda através da soma dos pesos dos
aparelhos contribuintes (Tabela 2) e determine o diâmetro por meio da
Tabela 5.
SIGLA ESPECIFICAÇÃO
RD Ramal de descarga
PIA Pia de cozinha
MLL Máquina de lavar louça
CG Caixa de gordura
SC Subcoletor
97
c) Instalação de uma lavação residencial localizado no pavimento térreo:
dimensione os trechos: RD1, RD2, RE1, RE2.
SIGLA ESPECIFICAÇÃO
RD Ramal de descarga
RE Ramal de esgoto
TT Torneira de Tanque
MLR Máquina de lavar roupa
CS Caixa sifonada
98
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
(SNIS), 49,7% dos brasileiros não têm acesso ao sistema de tratamento de esgoto
sanitário. São aproximadamente 100 milhões de brasileiros sujeitos a graves
problemas de saúde e bem-estar (BRASIL, 2017). Também são preocupantes os
danos ao meio ambiente, devido ao despejo de esgoto não tratado, especialmente
para os ecossistemas aquáticos (TSUTIYA; ALEM SOBRINHO, 1999).
Afinal, o que fazer quando o município não possui uma rede coletiva de
coleta e tratamento do esgoto sanitário? A solução adotada para estes casos é o
tratamento individual. Os sistemas de tratamento individual de esgoto sanitário
podem contemplar o uso de tanque séptico, filtro anaeróbio, vala de filtração,
filtro aerado e wetlands (lagoas com plantas aquáticas que “biofiltram” e tratam o
esgoto sanitário).
NOTA
99
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
DICAS
Recomendamos a leitura completa das normas NBR 7229 e NBR 13969 para a
elaboração de projetos (ABNT, 1993; 1997), embora, neste livro didático, sejam apresentadas
as principais diretrizes para o dimensionamento e o detalhamento das unidades de
tratamento.
100
TÓPICO 3 — TRATAMENTO INDIVIDUAL DE ESGOTO SANITÁRIO
FONTE: O autor
101
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
Sendo:
102
TÓPICO 3 — TRATAMENTO INDIVIDUAL DE ESGOTO SANITÁRIO
Contribuição Tempo de
diária = N. C detenção
(L/dia) (dias) (horas)
< 1500 1,00 24
De 1501 a 3000 0,92 22
De 3001 a 4500 0,83 20
De 4501 a 6000 0,75 18
De 6001 a 7500 0,67 16
De 7501 a 9000 0,58 14
> 9000 0,50 12
FONTE: Adaptado de ABNT (1997, p. 5)
103
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
TABELA 14 – TAXA DE ACUMULAÇÃO TOTAL DE LODO (K), EM DIAS, POR INTERVALO ENTRE
LIMPEZAS E TEMPERATURA AMBIENTE (MÉDIA DO MÊS MAIS FRIO)
Profundidade Profundidade
Volume útil
útil mínima útil máxima
(m³) (m) (m)
< 6,0 1,2 2,2
De 6,0 a 10,0 1,5 2,5
> 10,0 1,8 2,8
FONTE: ABNT (1997, p. 5)
104
TÓPICO 3 — TRATAMENTO INDIVIDUAL DE ESGOTO SANITÁRIO
E
IMPORTANT
105
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
Em que:
Vútil = volume útil (L);
N = número de usuários da construção – casa ou edifício (pessoas);
C = contribuição de despejos (litros/pessoa.dia) (Tabela 12);
T = tempo de detenção (Tabela 16).
Tempo de detenção – T
Contribuição
diária = N . C
Temperatura ambiente (ºC)
(L/dia)
t < 15 15 ≤ t ≤ 25 t >25
< 1500 1.17 1.0 0.92
De 1501 a 3000 1.08 0.92 0.83
De 3001 a 4500 1.00 0.83 0.75
De 4501 a 6000 0.92 0.75 0.67
De 6001 a 7500 0.83 0.67 0.58
De 7501 a 9000 0.75 0.58 0.50
> 9000 0.75 0.50 0.50
FONTE: Adaptado de ABNT (1997, p. 7)
106
TÓPICO 3 — TRATAMENTO INDIVIDUAL DE ESGOTO SANITÁRIO
H = h + h1 + h2 (IV)
Em que:
H = altura total interna do filtro anaeróbio (m);
h = altura total do leito filtrante (m);
h1 = altura da calha coletora (m);
h2 = altura sobressalente (variável) (m);
3 RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS
O projeto de um sistema de tratamento individual de esgoto sanitário
deve atender preferencialmente todas as recomendações da NBR 7229 (ABNT,
1993), NBR 13969 (ABNT, 1997) e suas correlatas. Botelho e Ribeiro Junior (2014)
e Creder (2006) destacam que é necessário que os projetos de tanques sépticos e
filtros anaeróbios considerem os seguintes aspectos:
• Deve-se prever a futura instalação de uma rede coletora pública de esgoto por
meio de uma derivação a montante do sistema de tratamento individual.
• O tanque séptico deve-se localizar na frente do terreno, próxima ao logradouro
público, de forma que permita o acesso de empresas especializadas na limpeza
das unidades de tratamento.
• O sistema não deve comprometer manancial, lençol freático e a estabilidade de
construções próximas devido à falta de estanqueidade.
NOTA
107
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
108
TÓPICO 3 — TRATAMENTO INDIVIDUAL DE ESGOTO SANITÁRIO
109
RESUMO DO TÓPICO 3
110
AUTOATIVIDADE
111
Objetivo: dimensionar tanques sépticos e filtros anaeróbios sob diversas
condições construtivas.
Descrição dos procedimentos: ler os enunciados; descrever os dados de
“entrada”; determinar volume e altura útil do tanque séptico; determinar
volume e altura útil do filtro anaeróbico.
a) Tanque séptico e filtro anaeróbio circulares, de câmara única, para uma
residência de alto padrão com 3 suítes. A temperatura média do mês mais
frio é de T = 13,2 ºC e a limpeza do tanque será realizada a cada 2 anos.
b) Tanque séptico e filtro anaeróbio prismáticos de base retangular, de câmara
única, para uma residência de baixo padrão com 1 suítes e 1 quarto. A
temperatura média do mês mais frio é de T = 20 ºC e a limpeza do tanque
será realizada a cada 3 anos.
112
TÓPICO 4 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, nos primeiros três tópicos da Unidade 2, abordarmos
os principais requisitos, critérios, métodos e componentes de uma instalação de
esgoto sanitário. Aspectos de projeto referente ao tratamento individual de esgoto
sanitário também foram estudados.
DICAS
114
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO
SIGLA ESPECIFICAÇÃO
DN Diâmetro nominal
UHC Unidade Hunter de contribuição
RD Ramal de descarga
RE Ramal de esgoto
RV Ramal de ventilação
CV Coluna de Ventilação
SB Subcoletor
LCP Ligação ao coletor público
TQ Tubo de queda de esgoto
S Sifão
VS Vaso sanitário
LV Lavatório banheiro
PD Pia de despejo
TT Torneira de tanque
CH Chuveiro
MLL Máquina de lavar louça
MLR Máquina de lavar roupa
R Ralo
RS Ralo sifonado
CP Caixa de passagem
CS Caixa sifonada
CI Caixa de inspeção
CG Caixa de gordura
TS Tanque séptico
FONTE: Adaptado de Creder (2006, p. 224-229)
115
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
116
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO
117
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
LEITURA COMPLEMENTAR
118
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO
120
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO
Ainda, a ausência de plug no sifão da caixa sifonada pode ser uma das
causas deste problema. Deve-se observar se a caixa sifonada está sem o plug do
sifão, e caso não possua, instalar o plug no sifão da caixa sifonada.
FONTE: Adaptado de TIGRE S. A. M294 Manual técnico tigre: orientações técnicas sobre
instalações hidráulicas prediais. Joinville: Tigre, 2013. Disponível em: https://tigrecombr-prod.
s3.amazonaws.com/default/files/2019-08/Tigre_Manual+Tecnico.pdf. Acesso em: 18 jun. 2020.
121
RESUMO DO TÓPICO 4
CHAMADA
122
AUTOATIVIDADE
b) Qual o nome que se dá para a área fechada destinada aos tubos de queda
dos banheiros?
123
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8160: instalações
prediais de esgoto sanitário. Rio de Janeiro, 1999.
124
NEVILLE, A. M.; BROOKS, J. J. Tecnologia do concreto. 2. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2013.
TIGRE S.A. Caixa de gordura: ficha técnica. 2018. Disponível em: https://
tigrecombr-prod.s3.amazonaws.com/default/files/produtos/ficha-tecnica/FT_
Caixa%20de%20Gordura-compactado%20%281%29.pdf. Acesso em: 23 set. 2019.
TIGRE S.A. M294 Manual técnico tigre: orientações técnicas sobre instalações
hidráulicas prediais. Joinville: Tigre, 2013.
125
126
UNIDADE 3 —
PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES
DE PREVENÇÃO E COMBATE
AO INCÊNDIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
127
128
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, graves e tristes acontecimentos como o incêndio da
Boate Kiss em Santa Maria (Rio Grande do Sul, ano de 2013) nos relembram da
importância da engenharia. A existência de adequados sistemas e instalações
de prevenção e combate ao incêndio são fundamentais para que se garanta a
segurança dos usuários e a estabilidade das construções.
NOTA
129
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
130
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO: ASPECTOS GERAIS
NOTA
131
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
132
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO: ASPECTOS GERAIS
energias caloríficas que poderiam ser liberadas pela queima completa de todos os
materiais e a área total construída da edificação (equação II).
Em que:
DICAS
133
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
NOTA
Materiais de
Água Carga
Combate Neblina Gás Pó
em jato Soda- Espuma
de água carbônico carboquímico
denso ácido
Classe de incêndio
Materiais sólidos,
fibras, madeiras, A Sim Sim Sim Sim Sim1 Sim1
papel etc.
Líquidos
inflamáveis
B Não Não Sim Sim2 Sim Sim
derivados de
petróleo
Maquinaria
elétrica, motores,
C Não Não Não Sim2 Sim Sim
geradores,
transformadores
Gases inflamáveis,
D Não Não Não Não3 Não3 Sim
sob pressão
1
Indicado somente para princípios de incêndio e incêndios de pequena extensão.
2
Indicado somente após análise prévia das condições de incêndio.
3
Embora não indicado, existem possibilidade de emprego após estudo prévio e consulta ao
Corpo de Bombeiros.
FONTE: Adaptada de Bucka (apud MACINTYRE, 1996, p. 326)
135
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
136
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO: ASPECTOS GERAIS
137
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
ANEXO A
TABELA 3 – VALORES DE REFERÊNCIA – POTENCIAL CALORÍFICO ESPECÍFICO (HI)
138
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO: ASPECTOS GERAIS
ANEXO B
QUADRO 1 – INSTRUÇÕES NORMATIVAS DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO – BRASIL
Unidades
Acesso às Instruções Normativas / Instruções Técnicas1
Federativas
https://sogi8.sogi.com.br/Arquivo/Modulo113.MRID109/
Acre Registro1239186/portaria%20cbm-ac%20n%C2%B0%2049,%20
de%2023-03-2016%20.pdf
Alagoas https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=350207
https://sistemas.cbm.ap.gov.br/site_v2/index.php/atividades-
Amapá
tecnicas
https://dstcbmam.wordpress.com/2017/05/23/legislacao-
Amazonas
tecnica/
Bahia http://www.cbm.ba.gov.br/legislacao
https://www.cepi.cb.ce.gov.br/download/normas-tecnicas-
Ceará
vigentes/
Distrito Federal https://www.cbm.df.gov.br/regulamentacao
Espírito Santo https://cb.es.gov.br/normas-tecnicas
https://www.bombeiros.go.gov.br/normastecnicas-revisao/
Goiás
normas-tecnicas.html
https://cbm.ssp.ma.gov.br/index.php/2013/06/05/normas-de-
Maranhão 139
seguranca/
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
http://www.bombeiros.mt.gov.br/
Mato Grosso
legislacaoSegurancaIncendioPanico.php?id=405
Mato Grosso
https://www.bombeiros.ms.gov.br/normas-tecnicas-cbmms/
do Sul
http://www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/
Minas Gerais
article/471-instrucoes-tecnicas.html
Pará https://www.bombeiros.pa.gov.br/instrucoes-tecnicas/
Paraíba https://bombeiros.pb.gov.br/normas-tecnicas/
http://www.bombeiros.pr.gov.br/Pagina/Legislacao-de-
Paraná
Seguranca-Contra-Incendio
Pernambuco http://www.bombeiros.pe.gov.br/web/cbmpe/coscip
Piauí http://www.cbm.pi.gov.br/it.php
Rio de Janeiro http://www.cbmerj.rj.gov.br/notas-tecnicas
http://www.cbm.rn.gov.br/Conteudo.
Rio Grande do
asp?TRAN=ITEM&TARG=184961&ACT=&PAGE=0&
Norte
PARM=&LBL=SAT
Rio Grande do
https://www.bombeiros.rs.gov.br/resolucoes-tecnicas
Sul
http://www.rondonia.ro.gov.br/cbm/institucional/1-servicos-
Rondônia
tecnicos/leis-decreto-e-instrucoes-tecnicas/
Roraima http://www.bombeiros.rr.gov.br/portal/downloads.php
https://dat.cbm.sc.gov.br/index.php/pt/cidadao/instrucoes-
Santa Catarina
normativas-in
São Paulo2 http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/
Sergipe https://dat.cbm.se.gov.br/portal/downloads
Tocantins https://distec.bombeiros.to.gov.br/pags/menu/legi/
1
Verificar possíveis atualizações de acesso.
2
Ir em “Segurança Contra Incêndio” – “Instruções para Regularização”.
FONTE: O autor
140
RESUMO DO TÓPICO 1
• Há fatores que formam o risco de incêndio em uma edificação e eles podem ser
evitados por meio de sistemas contra incêndio.
141
AUTOATIVIDADE
142
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, as instalações de prevenção e combate ao incêndio são exigidas
para todos os tipos de edificações residenciais multifamiliares, empresariais,
comerciais e industriais. Poderão existir exceções vinculadas à área construída
e aos usos com baixo risco. Neste tópico, veremos os dois principais sistemas de
prevenção e combate ao incêndio para edificações de uso residencial e comercial
simples, são eles:
E
IMPORTANT
143
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
2 EXTINTORES
A utilização de extintores no combate aos incêndios é muito conhecida,
sendo presente em edificações com risco de incêndio leve, médio e elevado.
Extintores são vasos de pressão que podem armazenar diversos tipos de
substâncias em função do tipo de incêndio que se deseja combater. A seguir,
listam-se seus principais tipos (CBPMESP, 2011, p. 19, grifo do autor):
144
TÓPICO 2 — SISTEMAS HIDRÁULICOS DE COMBATE AO INCÊNDIO
FIGURA 1 – TIPOS DE EXTINTORES CONFORME NBR 12693 (ABNT, 1993): TIPO 1 SEM RODAS E
TIPO 2 COM RODAS
145
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
O acesso a esses extintores deve ser seguro e não obstruído por materiais
(poderá estar associado a uma sinalização específica). A distância máxima a ser
percorrida pode ser determinada em relação ao ponto mais desfavorável do
ambiente (mais distante). Fique atento, porque em alguns casos se exigem dois
extintores em um pavimento, independente da sua capacidade extintora.
146
TÓPICO 2 — SISTEMAS HIDRÁULICOS DE COMBATE AO INCÊNDIO
FONTE: O autor
TUROS
ESTUDOS FU
147
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
instalação contra incêndio. A norma (ABNT, 2000) também prevê três tipos de
sistemas contra incêndios. Os sistemas variam conforme o grau de complexidade,
tipo e número de elementos hidráulicos utilizáveis.
Tipos de sistema
Materiais
1 2 3
Abrigo(s) Sim Sim Sim
Mangueira(s) de incêndio Não Sim Sim
Chaves para hidrantes, engate rápido Não Sim Sim
Esguicho(s) Sim Sim Sim
Mangueira semirrígida
Sim Sim* Não
(“mangotinho”)
* Consultar dispostos no anexo D da NBR 13714/2000
Mangueira
Tipo de Vazão
Esguicho Saída
sistema Diâmetro Comprimento (l/min)
(mm) máximo (m)
80 ou
1 Regulável 25 ou 32 30 1
100*
Jato compacto Ø 16
2 40 30 2 300
mm ou regulável
Jato compacto Ø 25
3 63 30 2 900
mm ou regulável
148
TÓPICO 2 — SISTEMAS HIDRÁULICOS DE COMBATE AO INCÊNDIO
E
IMPORTANT
FONTE: <https://dat.cbm.sc.gov.br/images/arquivo_pdf/IN/Em_vigor/IN_007_
SHP_01ago2017.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2020.
a) b)
c) d)
149
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
Em que:
Sendo:
Coeficiente de
Material
rugosidade (C)
Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno 100
Aço preto (sistema de tubo molhado) 120
Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno 150
Cobre ou plástico 140
FONTE: Adaptada de ABNT (2000)
Em que:
151
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
Em que:
152
TÓPICO 2 — SISTEMAS HIDRÁULICOS DE COMBATE AO INCÊNDIO
153
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
FIGURA 5 – MANGUEIRAS
a) b)
a) b)
a) Esguicho regulável.
b) Esguicho de jato compacto.
FONTE: Zeus do Brasil (2019a)
154
TÓPICO 2 — SISTEMAS HIDRÁULICOS DE COMBATE AO INCÊNDIO
3.3 RESERVATÓRIOS
A água destinada a combater incêndios é armazenada na Reserva Técnica
de Incêndio (RTI) (Figura 7). Você lembra que comentamos sobre ele na Unidade
1? A reserva técnica de incêndio é definida pela NBR 13714 (ABNT, 2000, p.
3) como sendo o “[...] volume de água destinado exclusivamente ao combate a
incêndio”, em nenhuma hipótese projetaremos o sistema para outro fim.
Em que:
155
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
E
IMPORTANT
156
TÓPICO 2 — SISTEMAS HIDRÁULICOS DE COMBATE AO INCÊNDIO
157
RESUMO DO TÓPICO 2
158
AUTOATIVIDADE
159
160
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Destacamos na Figura 2 a presença de um reservatório inferior e de uma
bomba de recalque. Afinal, por que haveriam estes equipamentos no sistema
hidráulico de combate ao incêndio? Eles são independentes? Ou utilizados nas
instalações de água fria?
161
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
Em que:
162
TÓPICO 3 — BOMBAS EM SISTEMAS DE COMBATE AO INCÊNDIO
Em que:
163
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
164
TÓPICO 3 — BOMBAS EM SISTEMAS DE COMBATE AO INCÊNDIO
No que diz respeito à pressão e vazão, a NBR 13714 (ABNT, 2000) relata que
estas devem ser suficientes para suprir à demanda dos hidrantes e mangotinhos,
não sendo recomendada a instalação de bombas que proporcionem a rede pressão
superior a 100 mca (1000 kPa).
Quanto ao painel de sinalização das bombas, deve ser instalado onde haja
possibilidade de constante monitoramento (normalmente, é instalado na cabine
da zeladoria ou vigilância). O painel deve ser dotado de uma botoeira manual
com sinalização visual e acústica (ABNT, 2000).
a) nome do fabricante;
b) número de série;
c) modelo da bomba;
d) vazão nominal;
e) pressão nominal;
f) rotações por minuto de regime;
g) diâmetro do rotor.
Isso também vale para motores elétricos, que devem possuir placa de
identificação com as seguintes especificações (ABNT, 2000, p. 15):
165
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
a) nome do fabricante;
b) tipo;
c) modelo;
d) número de série;
e) potência, em CV;
f) rotações por minuto sob a tensão nominal;
g) tensão de entrada, em volts;
h) corrente de funcionamento, em ampères;
i) frequência, em hertz.
O painel de comando que serve como proteção e partida automática do
motor elétrico da bomba deve ser protegido e localizado próximo do motor. Deve
ser selecionado conforme a potência do motor da bomba e possuir desenhos
dimensionais, layout, diagrama elétrico, régua de bornes, diagrama elétrico
interno e uma lista com os materiais aplicados. Se desligado, o alarme acústico do
painel deve funcionar normalmente para um novo evento (ABNT, 2000).
166
TÓPICO 3 — BOMBAS EM SISTEMAS DE COMBATE AO INCÊNDIO
a) nome do fabricante;
b) tipo;
c) modelo;
d) número de série;
e) potência em CV, considerado o regime contínuo de funcionamento;
f) rotações por minuto nominal.
167
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
168
RESUMO DO TÓPICO 3
169
AUTOATIVIDADE
170
FIGURA – SISTEMA HIDRÁULICO DE COMBATE AO INCÊNDIO COM BOMBA DE RECALQUE
171
Observação importante: para fins didáticos, despreze a pressão do reservatório
de escorva e a necessidade de diferentes diâmetros de sucção e recalque.
Sendo assim, determine:
172
TÓPICO 4 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Ao longo da Unidade 3 deste livro, abordamos os principais requisitos,
critérios e elementos de uma instalação de prevenção e combate ao incêndio.
No final deste Tópico 4, esperamos que você, acadêmico, possa aprender e se
apropriar das técnicas de concepção e elaboração de projetos contra incêndio.
173
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
NOTA
174
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO E INSPEÇÃO
FONTE: O autor
• Extintores.
• Hidráulico preventivo.
• Instalações de gás (GLP & GN).
• Saída de emergência.
• Iluminação de emergência.
• Alarme e detecção de incêndio.
• Sinalização para abandono de local.
• Sistema de chuveiros automáticos (sprinklers).
• Rede pública de hidrantes.
175
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
DICAS
176
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO E INSPEÇÃO
Para sistemas com extintores deve-se respeitar o que está disposto na NBR
12693 (ABNT, 1993, p. 8), a qual recomenda:
177
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
178
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO E INSPEÇÃO
NOTA
180
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO E INSPEÇÃO
181
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
FONTE: O autor
182
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO E INSPEÇÃO
FIGURA – PLANTA BAIXA DE UMA EDIFICAÇÃO COMERCIAL (PAVIMENTO ÚNICO) – COM RESPOSTA
FONTE: O autor
Legenda:
183
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
LEITURA COMPLEMENTAR
Luara Prado
Por sua vez, a NBR 7195, datada do ano de 1993, tem como objetivo fixar
as cores a serem utilizadas para a prevenção de acidentes, sendo empregadas na
identificação e advertência contra os mais variados riscos.
184
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO E INSPEÇÃO
Cores
A NBR 13434-2 define ainda que a cor da segurança deve cobrir pelo
menos 50% da área do símbolo, com exceção ao símbolo de proibição, no qual a
área ocupada deve ser de, no mínimo, 35% da área da placa.
Dimensões
A > L² / 2000
185
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO
Em que:
A, corresponde à área total da placa, dada em metros quadrados;
L, é a distância do observador, também em metros.
h > L / 125.
Em que:
h, é a altura de cada letra, dada em metros;
L, é a distância do observador, em metros.
As letras ainda devem ser grafadas em caixa alta, com fonte Univers 65
ou, então, Helvetica Bold.
Formas
FONTE: PRADO, L. Conheças as normas da ABNT para placas de sinalização. 2019. Disponível
em: http://blog.artplacassp.com.br/conhecas-as-normas-da-abnt-para-placas-de-sinalizacao/.
Acesso em: 2 ago. 2020.
186
RESUMO DO TÓPICO 4
CHAMADA
187
AUTOATIVIDADE
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
188
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 15575-1: Edificações Habitacionais – Desempenho Parte 1:
Requisitos gerais. 2013. Disponível em: https://360arquitetura.arq.br/wp-
content/uploads/2016/01/NBR_15575-1_2013_Final-Requisitos-Gerais.pdf.
Acesso em: 13 ago. 2020.
189
BUCKA. Você sabe o que é capacidade extintora? 2012. Disponível em: https://
www.bucka.com.br/voce-sabe-o-que-e-capacidade-extintora/. Acesso em:24 out.
2019.
G1. Em novo cálculo, polícia conclui que boate Kiss estava superlotada. 2013.
Disponível em: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/03/em-
novo-calculo-policia-conclui-que-boate-kiss-estava-superlotada.html. Acesso
em: 14 nov. 2019.
190
HODAN, G. Extintor de incêndio vermelho. 2019. Disponível em: https://www.
publicdomainpictures.net/pt/view-image.php?image=67832&picture=extintor-
de-incendio-vermelho. Acesso em:10 nov. 2019.
191