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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
URBANOS E RURAIS E DE
RECURSOS NATURAIS
E AMBIENTAIS
Rosangela Bomtempo de Siqueira
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
2
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Juliana Caramigo Gennarini
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Mariana Gerardi Mello
Revisor
Wilson Clivati Neto
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-65-87806-40-2
CDD 577.56
____________________________________________________________________________________________
Raquel Torres – CRB 6/2786
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
3
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS E RURAIS E DE
RECURSOS NATURAIS E AMBIENTAIS
SUMÁRIO
Introdução aos conceitos da avaliação de imóveis urbanos e rurais e de
recursos naturais e ambientais e suas classificações_________________ 05
4
Introdução aos conceitos da
avaliação de imóveis urbanos e
rurais e de recursos naturais e
ambientais e suas classificações
Autoria: Rosangela Bomtempo de Siqueira
Leitura crítica: Wilson Clivati Neto
Objetivos
• Estudar os princípios para a carreira de avaliador.
5
1. Introdução aos conceitos da avaliação de
imóveis urbanos e rurais e de recursos naturais
e ambientais e suas classificações
1.1 Introdução
6
Por sua vez, os bens tangíveis são aqueles bens concretos, que podem
ser tocados, como:
• Imóveis.
• Móveis e utensílios.
• Semoventes.
• Culturas (plantações).
Por outro lado, os bens intangíveis são aqueles difíceis de serem tocados
e serem mensurados a olho nu, como:
• Direitos autorais.
• Marcas e patentes.
• Software.
• Empresas.
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Figura 1 – Foto de uma casa padrão
Fonte: ucpage/iStock.com.
Fonte: tomch/iStock.com.
8
Na Figura 1 temos um bem tangível recorrente nos trabalhos de
avaliação, uma casa; já na Figura 2 temos um bem intangível, a marca
Google. Note que a forma e facilidade de mensurar cada uns desses
bens é diferente.
9
Art. 1º–Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente
às diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia
em nível superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes
atividades: [...]
10
Engenheiro de Automóveis ou ao Engenheiro Industrial modalidade
mecânica:
11
• Auxiliar vendedores a determinar um valor justo de mercado para
negociações.
• 14.653-4–Avaliação de Bens–Empreendimentos.
12
• 14.653-5–Avaliação de Bens–Máquinas, equipamentos, instalações
e bens industriais em geral.
Por sua vez, o valor do bem pode ser dividido em cinco categorias:
econômico, patrimonial, em risco, de liquidação forçada e sinérgico.
13
Como a norma também trata do tipo de mercado, é importante que
o avaliador conheça os tipos de mercado o qual o bem a ser avaliado
poderá ser inserido, sendo eles:
14
• Avaliação de recursos naturais e ambientais, trabalho realizado
especificamente pelo engenheiro ambiental e engenheiro florestal.
O custo tem relação com o total dos gastos diretos e indiretos necessários
à produção ou aquisição de um bem, fruto ou direito. (ABNT, 2019a, p. 7,
grifo nosso)
15
econômica, com seus efeitos sobre o poder aquisitivo na sociedade,
ou específico, como mudanças tecnológicas e urbanísticas ou eventos
ambientais impactantes”. (ABNT, 2019a, p. 8)
16
1.3 Avaliação de imóveis urbanos
17
Quanto ao tipo do imóvel
Terreno (lote Apartamento Casa Escritório Loja
ou gleba) (sala ou
andar
corrido)
Galpão Vaga de Misto Hotéis e Escola
garagem Motéis
Cinemas e Clubes Prédios
Teatros Recreativos industriais
Quanto ao agrupamento
Loteamento Condomínio Prédio de Conjunto Conjunto
de casas apartamentos habitacional de salas
(casas, comerciais
prédios ou
mistos)
Prédio Conjunto Conjunto de Complexo
comercial de prédios unidades industrial
comerciais comerciais
18
• Característica do terreno, relevo e natureza predominante do solo.
19
é muito importante que o avaliador conheça na íntegra o que será
avaliado.
20
a. denominação;
b. dimensões – área registrada e área levantada topograficamente,
quando existente;
c. limites e confrontações;
d. situação;
e. destinação;
f. recursos naturais;
g. sistema viário interno;
h. telefonia; rede de energia elétrica interna;
i. utilização econômica atual e condicionantes legais. (ABNT, 2019c,
p. 7-8, grifo nosso)
a. dimensões e quantidade;
b. aspectos qualitativos e tecnológicos;
21
c. estado de conservação, idade aparente, vida útil;
d. aspectos funcionais;
e. condicionantes legais. (ABNT, 2019c, p. 9, grifo nosso)
22
os demais, a norma que contempla esse trabalho é a NBR 14.653-6–
Recursos naturais.
2. Conclusão
23
torna relevante, pois através dele o avaliador conhecerá alguns fatores
importantes.
Referências Bibliográficas
ABUNAHMAN, S. A. Curso básico de engenharia legal e de avaliações. 4. ed. São
Paulo: Pini, 2008. ISBN 978-85-7266-202-4.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS–ABNT. NBR 14.653-1: avaliação de
bens – Parte 1–Procedimentos Gerais. Rio de Janeiro: ABNT, 2019a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS–ABNT. NBR 14.653-2: avaliação de
bens – Parte 2–Imóveis Urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2019b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS–ABNT. NBR 14.653-3: avaliação de
bens – Parte 3–Imóveis Rurais. Rio de Janeiro: ABNT, 2019c.
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA–
CONFEA. Resolução n° 218, de 29 de junho de 1973. Rio de Janeiro: Confea, 1973.
24
Disponível em: http://normativos.confea.org.br/downloads/0218-73.pdf. Acesso em:
9 set. 2020.
FERREIRA, A. B. de H. Mini Aurélio: dicionário da língua portuguesa. 8. ed. Curitiba:
Positivo, 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO
– IBAPE/SP. Valoração de área ambiental. São Paulo: IBAPE/SP, 2015.
25
Procedimentos metodológicos
para identificar valores e custos
de um bem imóvel
Autoria: Rosangela Bomtempo de Siqueira
Leitura crítica: Wilson Clivati Neto
Objetivos
• Entender os procedimentos normativos para
avaliação de bens.
26
1. Procedimentos metodológicos para
identificar valores e custos de um bem imóvel
1.1 Introdução
27
Logo, esse trabalho deve ser extremamente fundamentado nas análises
desse “todo”, em que o perito-avaliador coletará dados para montar sua
amostra representativa e, com base nela, especificará sua probabilidade
de erro. A partir disso, ao longo dos trabalhos, o avaliador desenvolverá
o raciocínio indutivo de suas coletas de dados, a fim de determinar o
que será ou não aproveitado em seu trabalho.
R$ MUITO ESTRADA
9 110.000,00 RESIDENCIAL LAMBARI JACAREÍ AMAGAI
5.500.000,00 BOM LAMBARI, 1230
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2. Metodologias científicas aplicáveis
29
Cozinha Sim Não Forro de PVC Sim Não
Escritório Sim Não Forro de gesso Sim Não
Mezanino Sim Não Piso cerâmico Sim Não
Parte interna Sim Não Piso polido Sim Não
dividida em Piso Sim Não
drywall porcelanato
Número de pavimentos: Valor locatício atual:
Quantidade de banheiros: Valor locatício ano anterior:
Testada:
Profundidade:
Fonte: elaborado pela autora.
30
nas demais partes que compõem a NBR 14653, com o objetivo de retratar
o comportamento do mercado por meio de modelos que suportem
racionalmente o convencimento do valor.
31
Figura 1 - Exemplo de Dados coletados do mercado para formação
do campo amostral
32
Figura 2 – Representação de aderência das amostras
33
a. Fator contemporaneidade
b. Fator fonte
Esse fator pode ser chamado de FF. Ele é tratado como uma correção
do valor (um desconto), uma vez que alguns anúncios permeiam não
somente os interesses dos compradores, mas também dos anunciantes,
ao possibilitar uma margem para negociação, que são colocadas nos
anúncios.
c. Fator testada
34
d. Fator profundidade
e. Fator melhoramentos
35
Neste método de avaliação, a receita provável em cima da
comercialização desses imóveis/terrenos é considerada para a obtenção
do preço justo de mercado.
36
Na imagem anterior, temos o exemplo de um terreno em que
funcionava uma fábrica, mas que hoje é objeto de estudo de viabilidade.
No ato da avaliação, o perito-avaliador considerou que essa área é
passível de tornar-se um loteamento imobiliário. Dessa forma, ao
considerar que na região existem empreendimentos semelhantes,
com terrenos nos padrões 10x25, o perito fundamentou sua análise e
transformou essa gleba, inserida em área industrial, em uma prospecção
de gleba urbanizável com lotes padrões, conforme diretrizes do
município à serem ofertados junto ao mercado.
VI = (VT + CA) . FC
Onde:
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CA é o custo de reedição das benfeitorias
FC é o fator de comercialização
CA – VI / FC – VT
VT = VI / FC – CA.
38
Observe o exemplo a seguir, nele, o perito avaliador adotou uma forma
singular para suas avaliações, utilizando o Método evolutivo, com
destaque para a análise de reedição das benfeitorias.
Valor
Item ** % Valor Total
Unitário
Valor
Item Qte Un. Valor Total
Unitário
-
D - Custos adicionais referente a custos não incidentes + 36,5% de custos indiretos -
A+B+C 3.303.800,13
A+B+C+d 3.303.800,13
Idade Aparente
Tipologia
Nova 0-10 10-20 20-30
Grande Estrutura 25% 25%-21% 25%-13% 13%-0%
Pequena estrutura e residencial de luxo 15% 15%-12,5% 12,5%-7,8% 7,8%-0%
Industria e residencial médio 10% 10%-8,4% 8,4%-5,2% 5,2%-0%
Residencial modesto e proletárias 5% 5%-4,2% 4,2%-2,6% 2,6%-0%
*percentuais retirados do livro Sérgio A. Abunahman - Curso Básico de Eng. Legal e de Avaliações - 2ª edição - pag 311
39
2.4 Método da capitalização da renda
40
4. Avaliação de imóveis rurais
41
VUD = Valor de uso direto | VUI = Valor de uso indireto.
6. Conclusão
42
Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS–ABNT. NBR 14.653-1: avaliação de
bens – Parte 1–Procedimentos Gerais. Rio de Janeiro: ABNT, 2019a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS–ABNT. NBR 14.653-2: avaliação de
bens – Parte 2–Imóveis Urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2019b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS–ABNT. NBR 14.653-3: avaliação de
bens – Parte 3–Imóveis Rurais. Rio de Janeiro: ABNT, 2019c.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS–ABNT. NBR 14.653-6: avaliação de
bens – Parte 6–Recursos naturais e ambientais. Rio de Janeiro: ABNT, 2019d.
DANTAS, R. A. Engenharia de avaliações: uma introdução à metodologia científica.
3. ed. São Paulo: Pini, 2012.
ROCHA, S. Estatística geral e aplicada para cursos de engenharia. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2015.
43
Procedimentos específicos como:
desapropriações, servidões,
glebas urbanizáveis, avaliação de
aluguéis e liquidação forçada
Autoria: Rosangela Bomtempo de Siqueira
Leitura crítica: Wilson Clivati Neto
Objetivos
• Entender os distintos vieses da profissão do
avaliador.
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1. As vertentes da carreira de perito-avaliador
• Ações apropriatórias.
• Ações de demarcações.
• Ações de desapropriações.
• Ações de despejos.
• Ações de partilha/divisões.
• Ações de inventário.
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Essas ações podem tramitar tanto nas varas cíveis, criminais, famílias,
fazendas públicas ou empresariais/falimentar. Além disso, elas podem
tramitar no âmbito extrajudicial, onde ainda não foi constituído um
processo, assim, como nas esferas estaduais ou federais.
1.1 Desapropriações
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que a população do bairro pudesse usufruir (creche, escola, posto de
saúde etc.). Porém, três pessoas invadiram o terreno e construíram
suas casas neste local, no total, há três casas distintas nesta área, com
diferentes metragens e disposições no terreno.
47
edificações no terreno, por meio do método evolutivo é possível avaliar
as construções, conforme seus estados de conservação e as técnicas
construtivas empregadas.
Dessa forma, se cada casa tiver suas dimensões aferidas in loco, será
possível ter as metragens de todos os imóveis. Desse modo, é possível
multiplicar o valor de cada metragem individual pelo valor do metro
quadrado obtido no valor do terreno. Feito isso, ele consegue somar o
valor apurado nas edificações com o valor individual de cada terreno e,
desta forma, obter além do valor do terreno completo sem edificações,
mas obter o valor particular de cada edificação, ou seja, o valor
individual das três casas.
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Como perito-avaliador, o importante não é a sentença da lide, mas se
o trabalho foi capaz de oferecer ao juiz todas as possibilidades que ele
terá para sentenciar a ação.
Para que esse trabalho fosse realizado, uma área de fazenda precisaria
ser desapropriada. Em negociação com o proprietário, o município fez
os levantamentos e identificou que o valor de indenização seria de XXX
mil reais e, assim, elaborou uma oferta ao proprietário que, por sua vez,
a aceitou.
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No entanto, na hora de executar o projeto, o município desapropriou
muito mais do que pagou ao proprietário e, na época, embora o
proprietário tenha exaustivamente falado que estava sendo lesado
na tomada de desapropriação de suas terras, ele foi ignorado e os
trabalhos continuaram. O resultado desse embate foi uma ação de
indenização por desapropriação indevida.
Com isso, é preciso avaliar o valor daqueles terrenos caso não existisse
um anel viário construído e o objeto pudesse se tornar um loteamento
urbano. Dessa forma, é bem fácil obter o valor do metro quadrado
do terreno pelo Método comparativo direto de dados de mercado.
Feito isso, é hora de aplicar o valor da metragem quadrada obtida ao
percentual de área desapropriada e não ressarcida ao proprietário.
50
Figura 2 – Exemplo de área desapropriada para construção de anel
viário
Dessa forma, fica claro que avaliar situações de desapropriação não foge
da regra e das metodologias empregadas no mercado de avaliações
que estão listadas na NBR 14.653, partes 1, 2 e 3 (ABNT, 2019a; 2019b;
2019c).
51
desapropriadas pela marinha, pela aeronáutica, pelo meio ambiente,
pelo governo federal, entre outras possibilidades.
52
quadrado, assim, uma loja pequena na Rua 25 de Março pode ter o
metro quadrado mais caro que uma loja grande. Mas atenção, não nos
referimos ao valor de aluguel final, mas sim em metro quadrado, então,
é muito importante para o avaliador entender a situação e o contexto do
imóvel avaliando.
53
para realização de um bom trabalho, assim, como perito, você terá a
possibilidade de realizar esse pedido.
Vale lembrar que, diante desse cenário, seu trabalho passa a ser sigiloso
e as informações devem ser tratadas com máxima responsabilidade
e o resultado final deverá ser exposto somente no processo, sem a
divulgação do laudo no mercado. Dessa forma, você evidencia aquilo
que no mercado é tratado como segredo comercial, os distintos valores
locatícios.
Outra maneira de avaliar uma loja, ou quaisquer bens que gerem renda,
é por meio do Método da Remuneração de Capital. Neste método,
após avaliar um bem, como uma loja de rua, aplica-se uma taxa de
rendimento sobre o valor de mercado obtido.
O valor de mercado da loja de rua (Vi), por sua vez, pode ser determinado
por meio do método comparativo direto de dados de mercado ou do
método evolutivo. Neste último, o valor é obtido a partir da conjugação
de métodos, a partir do valor do terreno e considerando o custo de
reprodução das benfeitorias devidamente depreciado e o fator de
comercialização: Vi = (Vt + Vb) x Fc.
54
1.3 Avaliação de glebas urbanizáveis
• Serviços de projetos.
• Serviços de topografia.
• Serviços de pavimentação.
55
Dessa forma, o perito não irá simplesmente prever que ali poderá
haver um loteamento, mas pensar em todos os vieses para que esse
loteamento possa se tornar, algum dia, real.
56
Por fim, é importante ressaltar que isso não é uma regra, cada banco
possui sua metodologia de avaliação e ele quem a determinará. No
entanto, ao avaliador cabe o conhecimento e discernimento de para
quando e como seu trabalho será destinado. Caso seja para venda
imediata, o Método da liquidação forçada é uma das maneiras mais
eficientes e bem absorvidas no mercado financeiro.
1.5 Servidões
• Tráfego de veículos.
• Linhas de transmissão.
57
dele uma passagem de drenagem pluvial de um bairro. Essa faixa de
servidão deverá ser preservada e nesse espaço não haverá fundações
para as edificações por cima, apenas estacionamento.
2. Conclusão
58
Ao avaliar, o perito-avaliador deve se atentar as particularidades de
seu trabalho e deter-se ao conhecimento específico que o determinado
projeto exige.
Portanto, tão logo isso comece a ser feito, cada experiência será um
aprendizado diferente, levando-o ao aprimoramento continuo das suas
habilidades específicas, podendo, com o passar dos anos, se tornar uma
figura notória na sociedade, por seu entendimento em avaliações de
forma contínua, responsável e diligente de seu trabalho.
Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS–ABNT. NBR 14.653-1: avaliação de
bens – Parte 1–Procedimentos Gerais. Rio de Janeiro: ABNT, 2019a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS–ABNT. NBR 14.653-2: avaliação de
bens – Parte 2–Imóveis Urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2019b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS–ABNT. NBR 14.653-3: avaliação de
bens – Parte 3–Imóveis Rurais. Rio de Janeiro: ABNT, 2019c.
D’AMATO, M.; ALONSO, N. R. P. Imóveis urbanos: avaliação de aluguéis – aspectos
práticos e jurídicos. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Livraria e Editora Universitária de
Direito, 2013.
DANTAS, R. A. Engenharia de avaliações: uma introdução à metodologia científica.
3. ed. São Paulo: Pini, 2012.
LISPORONI, A. S. Posse e domínio: aspectos pertinentes à perícia judicial. 3. ed. São
Paulo: Livraria e Editora Universitária de Direito, 2017.
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Elaboração de Laudos de
Avaliações
Autoria: Rosangela Bomtempo de Siqueira
Leitura crítica: Wilson Clivati Neto
Objetivos
• Entender a sistemática de elaboração de laudos de
avaliação conforme procedimentos normativos.
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1. Laudo de avaliação, o resultado final
61
diante de situações judiciais, por não serem laudos verdadeiros, mas
uma opinião de mercado.
62
l. qualificação legal completa e assinatura do(s) responsável(is) técnico(s) pela
avaliação;
m. local e data da elaboração do laudo;
n. outros requisitos previstos nas demais partes desta Norma.
63
Logo, no início do trabalho é preciso identificar o cliente, o solicitante,
o objetivo da avaliação, a finalidade da avaliação, a identificação e
caracterização do bem avaliando e a documentação utilizada para
avaliação. Essas informações englobam os itens de “a” a “e” solicitados
no procedimento normativo, que podem ser apresentados em uma
única página, da forma como o perito-avaliador desejar. A seguir,
apresentamos um exemplo de como essas informações podem ser
organizadas:
RESPONSÁVEL LEGAL:
Nome do proprietário
CPF do proprietário
Telefone do proprietário
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Objetivo: Avaliação de Bens – Determinação de valor justo
de mercado para fins de Recuperação Judicial
Finalidade: Judicial
Data-base: Outubro/2019
65
imóvel, dependendo da situação, o trabalho fica enriquecido com a
caracterização através de imagens.
66
Quadro 2 – Como caracterizar a região em que o imóvel está
inserido, exemplo referente a uma avaliação de imóvel urbano (tipo
industrial – terreno + galpão)
Uso predominante: Industrial
Densidade de ocupação: Médio
Padrão econômico: Médio
Distribuição da ocupação: Horizontal
Área sujeita a enchentes: Não
Melhoramentos públicos: Água, esgoto, energia elétrica, telefone,
asfalto, guia/sarjeta, gás, iluminação
pública, transporte coletivo, águas pluviais
e arborização/jardins
Transportes coletivos: Ônibus, metrô e trem
Equipamentos Cemitério, escola, igreja, aquário,
comunitários: supermercado e hospital
Intensidade de tráfego: Tráfego baixo no logradouro
Nível de escoamento: Bom
Principais polos de Aquário e Carrefour
influência:
Principais vias de acesso: Av. Jacu Pêssego e Rodoanel Mario Covas
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Quadro 4 – Exemplo de caracterização do logradouro
Logradouro Mão Largura Pistas Traçado Pavimentação Calçadas Guias Sarjetas
direção Qtd.
Ruas Hisaji Única 6m Duas Retilíneo Asfalto/Terra Não Sim Sim
Morita
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Refeitório, sanitários, sala de
treinamento, escritórios, vestiários,
Equipamentos:
cozinha, estacionamento, guarita e áreas
externas
69
Figura 4 – Exemplo de como indicar os métodos
Dessa forma, fica claro como você realizou seu trabalho para quem
recebê-lo. Além disso, caso tenha como assistente um profissional
qualificado como você, quem recebe-lo poderá compreender como o
laudo foi elaborado, as técnicas utilizadas, o raciocínio desenvolvido,
bem como toda a análise e contextualização da atividade de avaliação.
70
cada profissional escolhe sua forma de trabalhar e a expõe no laudo da
maneira que achar mais esclarecedora.
71
Fonte: acervo da autora.
Essa informação é importante, pois, desta forma, seu trabalho não será
utilizado para outros fins, o que mitiga a possibilidade de aplicação do
trabalho de forma incorreta no mercado.
72
2. Conclusão
73
Logo, para cada avaliação uma norma detalhará as diretrizes básicas
para o trabalho e, ao seguir essas instruções, o resultado final será
satisfatório.
Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS–ABNT. NBR 14.653-1: avaliação de
bens – Parte 1–Procedimentos Gerais. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.
74
Bons estudos!
75