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Corpos Rígidos
Prof. Sandro Elias Braun
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Sandro Elias Braun
B825d
ISBN 978-85-515-0336-2
CDD 531.3
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico! Neste Livro Didático estudaremos a Dinâmica
de Corpos Rígidos, isto é, as relações existentes entre as forças que atuam
num corpo rígido, a forma e a massa do corpo e o movimento produzido.
Anteriormente estudamos relações semelhantes, supondo então que o
corpo podia ser considerado um ponto material, isto é, a massa estava
concentrada num único ponto e todas as forças estavam atuando nesse
ponto. Agora, levaremos em consideração a forma do corpo, bem como a
exata localização do ponto de aplicação de cada uma das forças. Além disso,
não nos preocuparemos apenas com o movimento do corpo como um todo,
mas também com seu movimento em torno do seu centro de massa.
Bons estudos!
Prof. Sandro Elias Braun
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS................................................ 1
VII
4 MOVIMENTO DE UM GIROSCÓPIO............................................................................................. 67
5 PRECESSÃO ESTACIONÁRIA DE UM GIROSCÓPIO............................................................... 71
6 MOVIMENTO DE UM CORPO DE REVOLUÇÃO SUBMETIDO APENAS AO
SEU PESO................................................................................................................................................ 74
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 78
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 81
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 83
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 177
VIII
UNIDADE 1
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Como introdução a este tópico, faremos uma revisão sobre o movimento
de sistemas de pontos materiais, isto é, o movimento de um número grande
de pontos materiais tomados em conjunto. Na primeira parte consideraram-se
sistemas formando um conjunto bem-definido de pontos materiais. Já na segunda
parte analisaram-se sistemas com ganho e/ou perda de pontos materiais.
• Forças Efetivas
n n
∑ Fi = ∑ mi ai
=i 1 =i 1
(1I)
n n
i∑ (r x F ) = ∑ (r x m a )
i
=i 1 =i 1
i i i (2I)
n
L = ∑ mi vi (3I)
i =1
n
H 0 = ∑ (ri x mi vi ) (4I)
i =1
3
UNIDADE 1 | MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS
Com essas definições, as equações (3I) e (4I) podem ser substituídas por:
.
ΣF =L (5I)
.
ΣM 0 =
H0 (6I)
n
mr = ∑ mi ri (7I)
i =1
L = mv (8I)
.
L = ma (9I)
ΣF =ma (10I)
4
TÓPICO 1 | PRINCÍPIO DE TRABALHO E ENERGIA
FONTE: <https://kupdf.net/download/livro-mec-acirc-nica-vetorial-para-engenheiros-cinem-
aacute-tica-e-din-acirc-mica-5-ordf-edi-ccedil-atilde-o-beer_58e3e7afdc0d60496ada980e_pdf>.
Acesso em: 13 jun. 2019.
n n
=HG i i i
=i 1 =i 1
∑=
(r x m v ) ∑ (r
, ,
i x mi v,i ) (11I)
E, por conseguinte:
.
ΣM G =
HG (12I)
Como será visto mais adiante, esse resultado é fundamental para o estudo
do movimento de corpos rígidos.
5
UNIDADE 1 | MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS
1 n
T= ∑
2 i =1
mi vi2 (13I)
1 - −2 1 n
=T mv + ∑ mi v,2i (14I)
2 2 i =1
T1 + U1→2 =
T2 (15I)
• Conservação da Energia
T1 + V1 = T2 + V2 (16I)
6
TÓPICO 1 | PRINCÍPIO DE TRABALHO E ENERGIA
L1 = L2 (17I)
( H 0 )1 = ( H 0 ) 2 (18I)
T1 + U1→2 =
T2 (1.1)
Em que:
T1, T2 = valores inicial e final da energia cinética total dos pontos materiais
que formam o corpo rígido;
U1→2 = trabalho de todas as forças que agem sobre os vários pontos
materiais do corpo.
7
UNIDADE 1 | MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS
1 n
=T ∑ ( ∆mi ) vi2
2 i =1
(1.2)
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/dinmicademquinasevibraes-130911130346-
phpapp01/95/dinmica-de-mquinas-e-vibraes-53-638.jpg?cb=1378905387>.
Acesso em: 5 jun. 2019.
E
IMPORTANT
8
TÓPICO 1 | PRINCÍPIO DE TRABALHO E ENERGIA
DICAS
A2
U=
1→ 2 ∫
A1
F • dr (1.3)
ou
A2
U1→2 = ∫
A1
( F cos α ) ds (1.4)
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/dinmicademquinasevibraes-130911130346-phpapp01/95/
dinmica-de-mquinas-e-vibraes-55-638.jpg?cb=1378905387>. Acesso em: 5 jun. 2019.
9
UNIDADE 1 | MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS
dU = M dθ (1.5)
Em que dθ é o pequeno ângulo, expresso em radianos, que gira o corpo.
Notamos novamente que o trabalho deve ser expresso em unidades obtidas
multiplicando a unidade de força pela unidade de comprimento. O trabalho do
binário durante uma rotação finita do corpo rígido é obtido pela integração de
ambos os membros da Equação (1.5) desde o valor inicial θ1 do ângulo θ até seu
valor final θ2. Escrevemos:
θ2
U1→2 = ∫ Mdθ (1.6)
θ1
U1→2 M (θ 2 − θ1 )
= (1.7)
4ENERGIACINÉTICADEUMCORPORÍGIDOEMMOVIMENTO
PLANO
Considere um corpo rígido de massa m em movimento plano. Lembramos
que, se exprimirmos a velocidade absoluta vi de cada ponto material Pi do corpo
como a soma da velocidade v do centro de massa G do corpo com a velocidade v'i
do ponto material em relação ao sistema Gx'y' com origem em G e com orientação
fixa (Gráfico 3), a energia cinética do sistema de pontos materiais que formam o
corpo rígido pode ser escrita na forma:
10
TÓPICO 1 | PRINCÍPIO DE TRABALHO E ENERGIA
1 1 n
T= mv 2 + ∑ ( ∆mi ) v 'i2 (1.8)
2 2 i =1
v
(v'i=r'i ω)
v'i v
G x'
ω
x
0
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/dinmicademquinasevibraes-130911130346-phpapp01/95/
dinmica-de-mquinas-e-vibraes-57-638.jpg?cb=1378905387>. Acesso em: 5 jun. 2019.
1 1 n
T =mv 2 + ∑ r 'i2 ∆mi ω 2 (1.9)
2 2 i =1
1 1
=T mv 2 + I ω 2 (1.10)
2 2
11
UNIDADE 1 | MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS
E
IMPORTANT
Pi
ri
ω
0
FONTE: <https://kupdf.net/download/livro-mec-acirc-nica-vetorial-para-engenheiros-cinem-
aacute-tica-e-din-acirc-mica-5-ordf-edi-ccedil-atilde-o-beer_58e3e7afdc0d60496ada980e_pdf>.
Acesso em: 13 jun. 2019.
1 n 1 n 2
T =∑ ( ∆mi )( riω ) = ∑
2
ri ∆mi ω 2 (1.11)
= 2 i 1= 2 i 1
12
TÓPICO 1 | PRINCÍPIO DE TRABALHO E ENERGIA
1
T= I Oω 2 (1.12)
2
NOTA
Quando um problema envolve vários corpos rígidos, cada corpo pode ser
considerado separadamente e o princípio do trabalho e energia aplicada a cada
um. Somando as energias cinéticas de todos os pontos materiais e considerando o
trabalho de todas as forças envolvidas, podemos também escrever a equação do
trabalho e energia para todo o sistema. Temos:
T1 + U1→2 =
T2 (1.13)
Em que T representa a soma das energias cinéticas dos corpos rígidos que
formam o sistema (todos os termos são positivos) e U1→2 é o trabalho de todas as
forças que atuam nos diversos corpos, sejam forças internas ou externas do ponto
de vista do sistema como um todo.
NOTA
Problemas que requerem elementos unidos por pinos, blocos e polias presos
por cordas inextensíveis ou engrenagens acopladas, na solução é especialmente adequado
o estudo do trabalho e energia. Em todos esses casos, as forças internas aparecem aos pares
de forças opostas, e os pontos de aplicação das forças em cada par percorrem distâncias
iguais durante um pequeno deslocamento do sistema. Como resultado, U1→2 se reduz ao
trabalho das forças externas ao sistema e o trabalho das forças internas é nulo.
13
UNIDADE 1 | MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS
T1 + V1 = T2 + V2 (1.14)
B A A
G
1 θ
l l sen θ
2 G
ω
C
v
B
a) b)
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/dinmicademquinasevibraes-130911130346-phpapp01/95/
dinmica-de-mquinas-e-vibraes-62-638.jpg?cb=1378905387>. Acesso em: 5 jun. 2019.
14
TÓPICO 1 | PRINCÍPIO DE TRABALHO E ENERGIA
1 1
− Plsenθ =
V2 = − mglsenθ
2 2
2
1 1 1 1 1 1 1 ml 2 2
T2 = mv22 + I ω22 = m lω + ml 2 ω22 = ω2
2 2 2 2 2 12 2 3
T1 + V1 = T2 + V2
1 ml 2 2 1
=0 ω2 − mglsenθ
2 3 2
1/2
3g
ω2 = senθ
l
DICAS
https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/profmat/DISSMES/T2014/14dissT2014cap.pdf
15
UNIDADE 1 | MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS
6 POTÊNCIA
Estabelece-se potência como sendo o trabalho na unidade de tempo. No
caso de um corpo sujeito à ação de uma força F e movendo-se com uma velocidade
v, a potência foi expressa como segue:
dU
Potência= = F •v (1.15)
dt
dU Mdθ
Potência
= = = Mω (1.16)
dt dt
16
TÓPICO 1 | PRINCÍPIO DE TRABALHO E ENERGIA
LEITURA COMPLEMENTAR
Primeira lei: Uma partícula se move em linha reta com velocidade constante
quando não há forças atuando sobre ela.
dv
FR =0 ⇒ =0
dt
Segunda lei: Uma partícula se move de maneira tal que a força resultante a ela
aplicada é igual à derivada em relação ao tempo da quantidade de movimento linear.
17
UNIDADE 1 | MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS
d (mv)
FR =
dt
d (mv)
=FR = ma
dt
Terceira lei: Quando duas partículas atuam uma sobre a outra, as forças de
interação correspondentes situam-se sobre a linha que une estas partículas; são iguais em
módulo e de sentidos contrários.
Esta lei também é conhecida como lei de ação e reação. Indicando por FAB
a força exercida pela partícula A sobre a partícula B e FBA a força que a partícula
B exerce em A, a terceira lei pode ser estabelecida matematicamente por:
FAB = − FBA
Newton também propôs uma lei para reger a atração mútua entre duas
partículas, denominada Lei de Newton da Atração Gravitacional, dada por:
ml m2
FG = G
r2
Em que:
FG é força de atração entre as duas partículas
G = 66,73 (10-12) m3/(kg.s2) é uma constante universal de gravitação
m1, m2 são as massas de cada uma das partículas
r é a distância entre as partículas
Mm
=W G= mg
R2
18
TÓPICO 1 | PRINCÍPIO DE TRABALHO E ENERGIA
Em que:
W é a força de atração entre a terra e o corpo, denominada peso
M é a massa da terra
R é igual ao raio da terra
m é a massa corpo na superfície da terra
M
g =G é denominada aceleração da gravidade
R2
19
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
ΣF =ma (1.1R)
.
ΣM G =
HG (1.2R)
H G = Iω (1.3R)
. .
H=
G ω Iα
I= (1.4R)
20
Fx ma x
Σ= Fy ma y
Σ= ΣM G _
− Iα (1.5R)
• A equação de diagrama de corpo livre pode ser usada para resolver qualquer
problema sobre movimento de uma placa rígida. Três equações de movimento
podem ser obtidas ao se igualarem as componentes x e y e os momentos (em
relação a um ponto arbitrário A) das forças e vetores envolvidos. Uma solução
alternativa também pode ser obtida pela adição as forças externas de um vetor
de inércia (de sentido oposto ao de a e com origem em G) e um binário de
inércia (de sentido oposto ao de a. O sistema obtido desta maneira é equivalente
a zero, e diz-se que a placa se encontra em equilíbrio dinâmico.
• O movimento plano de vários corpos rígidos unidos entre si pode ser resolvido
pelo método descrito anteriormente. Traça-se um diagrama de corpo livre para
cada parte do sistema e se resolve, simultaneamente, o conjunto de equações
de movimento obtidos dos diagramas.
T1 + U1→2 =
T2 (1.6R)
A2
U1→2 = ∫ ( F cos α ) ds (1.7R)
A1
21
Em que F é a intensidade da força, α, o ângulo entre a força e o deslocamento de
A, e s é a variável de integração medindo a distância percorrida por A ao longo de
sua trajetória. Deduzimos, também, uma expressão para o trabalho de um binário
de momento M aplicado a um corpo rígido durante uma rotação de um ângulo θ.
θ2
U1→2 = ∫ Mdθ (1.8R)
θ1
1 -2 1 2
=T mv + Iω (1.9R)
2 2
1
T= I 0ω 2 (10R)
2
T1 + V1 = T2 + V2 (1.11R)
22
• Acrescentamos o conceito sujeito a um binário de potência considerando a
rotação de um corpo:
dU Mdθ
Potência
= = = Mω (1.12R)
dt dt
23
AUTOATIVIDADE
G
1,2 m
A B
1,5 m 2,1 m
FONTE: <https://kupdf.net/download/livro-mec-acirc-nica-vetorial-para-engenheiros-cinem-
aacute-tica-e-din-acirc-mica-5-ordf-edi-ccedil-atilde-o-beer_58e3e7afdc0d60496ada980e_
pdf>. Acesso em: 13 jun. 2019.
H
E 150 mm
30° A
F
200 mm
30°
D C
500 mm
FONTE: <https://kupdf.net/download/livro-mec-acirc-nica-vetorial-para-engenheiros-cinem-
aacute-tica-e-din-acirc-mica-5-ordf-edi-ccedil-atilde-o-beer_58e3e7afdc0d60496ada980e_
pdf>. Acesso em: 13 jun. 2019.
24
3 Uma roldana pesando 53,4 N e tendo raio de giração de 0,203 m está ligada a
dois blocos, como ilustra a figura a seguir. Supondo que não exista atrito no
eixo, determine a aceleração angular da roldana e aceleração de cada cilindro.
0,254 m
0,152 m
22,2 N
44,5 N
FONTE: <https://kupdf.net/download/livro-mec-acirc-nica-vetorial-para-engenheiros-cinem-
aacute-tica-e-din-acirc-mica-5-ordf-edi-ccedil-atilde-o-beer_58e3e7afdc0d60496ada980e_
pdf>. Acesso em: 13 jun. 2019.
25
26
UNIDADE 1
TÓPICO 2
x x x
0 a) 0 b) 0 c)
FONTE: <https://kupdf.net/download/livro-mec-acirc-nica-vetorial-para-engenheiros-cinem-
aacute-tica-e-din-acirc-mica-5-ordf-edi-ccedil-atilde-o-beer_58e3e7afdc0d60496ada980e_pdf>.
Acesso em: 13 jun. 2019.
27
UNIDADE 1 | MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS
Escrevemos, portanto:
n
L
= ∑ v ∆m
i =1
i i (1.17)
n
H=
G ∑ r ' × v ∆m
i =1
i i i (1.18)
E
IMPORTANT
mv2
ATENCAO
29
UNIDADE 1 | MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS
F1 Iα
F3 G G
F4
a) b)
FONTE: <https://kupdf.net/download/livro-mec-acirc-nica-vetorial-para-engenheiros-cinem-
aacute-tica-e-din-acirc-mica-5-ordf-edi-ccedil-atilde-o-beer_58e3e7afdc0d60496ada980e_pdf>.
Acesso em: 13 jun. 2019.
2
( I + mr- )ω =
Iω + (mr-ω )-r = I 0ω (1.19)
t2
I 0ω1 + Σ ∫ M 0 dt = I 0ω2 (1.20)
t1
30
TÓPICO 2 | PRINCÍPIO DE IMPULSO E QUANTIDADE
E
IMPORTANT
ATENCAO
31
UNIDADE 1 | MOVIMENTO PLANO DOS CORPOS RÍGIDOS
( H O )1 = ( H O )2 (1.21)
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Nas questões contendo muitos corpos rígidos ligados, cada corpo pode ser
analisado particularmente ou, se não há mais do que três incógnitas, o princípio
do impulso e quantidade de movimento pode ser aplicada ao sistema como
um conjunto, considerando somente os impulsos das forças externas.
33
AUTOATIVIDADE
1 Certo bloco com 1,07 x 10 N de peso está pendurado por meio de um fio
inextensível envolto em um tambor com 0, 381 m de raio, ligado severamente
a um volante. O conjunto tambor-volante tem um momento de inércia
baricêntrico l = 14,2 kg.m2. No instante considerado, a velocidade do bloco é
de 1,83 m/s para baixo. Sabendo-se que o mancal em A está mal lubrificado
e que o atrito produzido nele é equivalente a um binário de momento M
com intensidade de 81,4 N.m, determine a velocidade do bloco após ter
descido 1,22 m.
0,381 m
1,07 kN
FONTE: <https://kupdf.net/download/livro-mec-acirc-nica-vetorial-para-engenheiros-cinem-
aacute-tica-e-din-acirc-mica-5-ordf-edi-ccedil-atilde-o-beer_58e3e7afdc0d60496ada980e_
pdf>. Acesso em: 13 jun. 2019.
A
TB = 100 mm
B
FONTE: <https://kupdf.net/download/livro-mec-acirc-nica-vetorial-para-engenheiros-cinem-
aacute-tica-e-din-acirc-mica-5-ordf-edi-ccedil-atilde-o-beer_58e3e7afdc0d60496ada980e_
pdf>. Acesso em: 13 jun. 2019.
34
3 Uma esfera, um cilindro e um anel, todos com a mesma massa e o mesmo raio,
são liberados do repouso num plano inclinado. Determine a velocidade de cada
corpo após ter rolado um intervalo equivalente a uma diferença k na altura.
r
v
FONTE: <https://kupdf.net/download/livro-mec-acirc-nica-vetorial-para-engenheiros-cinem-
aacute-tica-e-din-acirc-mica-5-ordf-edi-ccedil-atilde-o-beer_58e3e7afdc0d60496ada980e_
pdf>. Acesso em: 13 jun. 2019
35
36
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
37
38
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 1 nos dedicamos ao movimento plano de corpos rígidos e de
sistemas de corpos rígidos. Sobre o método da quantidade de movimento, nosso
estudo limitou-se ao de placas planas e de corpos simétricos em relação a um plano
de referência. Contudo, muitos resultados fundamentais obtidos permanecem
válidos no caso do movimento de um corpo rígido em três dimensões. Como
exemplo, temos as duas equações elementares:
ΣF =ma (2.1)
.
ΣM G =HG (2.2)
HG
F3
ma
F2
FONTE: <https://dokumen.tips/documents/aula-01-movimento-de-corpo-rigido-forcas-e-
aceleracao.html>. Acesso em: 5 jun. 2019.
39
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
TUROS
ESTUDOS FU
2MOMENTOANGULARDEUMCORPORÍGIDOTRIDIMENSIONAL
O momento angular HG de um corpo, em relação ao seu centro de massa
G, será determinado a partir de sua velocidade angular (o, no caso do movimento
tridimensional).
n
=HG ∑ (r ' x v ' ∆m )
i =1
i i i (2.3)
40
TÓPICO 1 | APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO
y
miVi
r'i Pi
G x'
O x
z'
z
FONTE: O autor
n
=HG ∑ [r ' x (ω x r ' )∆m ]
i =1
i i i
n
Hx
= ∑ [ y (ω x r ' )
i =1
i i − zi (ω x r 'i ) y ]∆mi
z
n
= ∑ [ y (ω y − ω x ) − z (ω x − ω z )]∆m
i =1
i x i y i i z i x i i
41
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
H x = ω x ∫ ( y 2 + z 2 ) dm − ω y ∫ xy dm − ω z ∫ xz dm
−ω x ∫ xy dm + ω y ∫ ( z 2 + x 2 ) dm − ω z ∫ yz dm
Hy = (2.4)
−ω x ∫ zx dm − ω y ∫ yz dm + ω z ∫ ( x 2 + y 2 ) dm
Hz =
∫ ( y + z )dm I y =+
∫ ( z x )dm I z =
∫ ( x + y )dm
2 2 2 2 2 2
Ix = (2.5)
=I xy ∫=
xy dm I ∫=
yz dm I
yz
∫ zx dm zx (2.6)
+ I xω x − I xyω y − I x zω z
Hx =
− I yxω x + I yω x − I yzω z
Hy = (2.7)
− I zxzyω x − I zyω y + I zω z
Hz =
Y
HG
z
O
X
Z
FONTE: <https://dokumen.tips/documents/capitulo-2-analise-dinamica-do-movimento-de-
rotacao2.html>. Acesso em: 5 jun. 2019.
42
TÓPICO 1 | APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO
I x − I xy − I xz
− I yx I y − I yz (2.8)
− I zx − I zy I z
I x' 0 0
0 I y' 0 (2.9)
0 0 I z'
Notemos que, se os três momentos centrais de inércia Ix, Iy, e Iz são similares,
as componentes Hx` Hy` e Hz` dos momentos angulares em comparação a G são
proporcionais às componentes wx, wy, wz das velocidades angulares, e os vetores HG
e w são colineares. Porém, em maior parte, os momentos centrais de inércia serão
distintos, e os vetores HG e w apresentarão direções diferentes, salvo quando ocorrer
que duas das três componentes de w fiquem nulas, isto é, quando w for voltado ao
longo de um dos eixos coordenados. Assim, o momento angular HG de um corpo
rígido e sua velocidade angular w têm a mesma direção se, e somente se, w está
orientado ao longo de um eixo principal de inércia. Como esta condição é satisfeita
no caso do movimento plano de um corpo rígido simétrico em relação ao plano de
referência, podemos representar o momento angular HG de tal corpo por um vetor w.
43
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
ATENCAO
Devemos compreender, porém, que este resultado não pode ser estendido
ao caso do movimento plano de um corpo não simétrico ou ao caso do movimento
tridimensional de um corpo rígido. A não ser na qual w está disposto ao longo de um eixo
dominante de inércia, o momento angular e a velocidade angular de um corpo rígido têm
direções desiguais, e a relação (2.7) ou (2.10) deve ser usada para estabelecer HG a partir de w.
HG
L = mv
r
O X
Z
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
44
TÓPICO 1 | APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO
ATENCAO
H=
O H G + r x mv (2.11)
x x
z z
a) b)
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
n
=HO ∑ (r x v ∆m )
i =1
i i i (2.12)
+ I xω x − I xyω y − I xzω z
Hx =
− I yxω x + I yω y − I yzω z
Hy = (2.13)
− I zxω x − Izyxyω y + I zω z
Hz =
Sist. Quant. Movimento1 + Sist. Imp. Ext.1→2 = Sist. Quant. Movimento2 (2.14)
mv2
a) b) c)
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
1 _2 1 n
T= mv + ∑ (∆mi )v 'i 2 (2.14)
2 2 i =1
v'i=ω x r'i
Y
Pi
x
O X
Z
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
47
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
1 n 1 n
=
∑ (∆mi )v 'i 2 = ∑ (ω x r 'i ) 2 (∆mi )
2 i 1=
T'=
2i1
1
T=' ( I xω x 2 + I yω y 2 + I zω z 2 − 2 I xyω xω y − 2 I xyω yω z − 2 I xzω zω x )
2
1 _2 1
T'= mv + ( I xω x 2 + I yω y 2 + I zω z 2 − 2 I xyω xω y − 2 I yzω yω z − 2 I xzω zω x ) (2.16)
2 2
E
IMPORTANT
1 _2 1
T = mv + ( I x , ω x 2 , + I y , ω y 2 , + I z , ω z 2 , ) (2.17)
2 2
Sendo v = velocidade do centro de massa; w = velocidade angular; m = massa do corpo
rígido; e I = momentos baricêntricos de inércia.
48
TÓPICO 1 | APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO
z
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
1 n 1 n
=
∑ (
2 i 1=
T=
∆mi ) vi
2
= ∑
2i1
(ω x ri ) 2 (∆mi ) (2.18)
1 n
=T ∑ ( I xωx2 + I yω y2 + I zωz2 − 2 I xyωxω y − 2 I yzω yωz − 2 I xzωzωx )
2 i =1
(2.19)
ΣF =ma (2.1)
.
ΣM G =HG (2.2)
X'
Z'
X
O z
Z
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
E
IMPORTANT
50
TÓPICO 1 | APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO
( H G )Gxyz = H x i + H y j + H z k (2.21)
. .
H G ( H G )Gxyz + Ω x H G
= (2.22)
.
ΣM G ( H G )Gxyz + Ω x H G
= (2.23)
NOTA
51
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
H G =I xω x i + I yω y j + I zω z k (2.24)
.
ΣM x = I xω x − ( I y − I z )ω yω z
.
ΣM y = I yω y − ( I z − I x )ω zω x (2.25)
.
ΣM z = I zω z − ( I x − I y )ω xω y
ΣF=
x ma x ΣF=
z ma z ΣF=
z ma z (2.26)
F3
F2
a) b)
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
52
TÓPICO 1 | APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO
E
IMPORTANT
DICAS
53
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
ΣF =ma. (2.1R)
ΣM G =HG (2.2R)
são válidas para a nossa análise da dinâmica de um corpo rígido num movimento
geral. O cálculo do momento angular HG do corpo e sua derivada temporal HG
são, agora, bem mais complicadas.
+ I xω x − I xyω y − I xzω z
Hx =
− I yxω x + I yω y − I yzω z
Hy = (2.3R)
− I zx − ω x − I zyω y + I zω z
Hz =
54
GRÁFICO 1R GRÁFICO 2R
H O r x mv + H G
= (2.5R)
+ I xω x − I xyω y − I xzω z
Hx =
− I yxω x + I yω y − I yzω z
Hy = (2.6R)
− I zx − ω x − I zyω y + I zω z
Hz =
55
• No movimento tridimensional de um corpo rígido, a energia cinética pode ser
dividida em duas partes: uma ao movimento do corpo em tomo de G e outra
associada ao movimento de seu centro de massa G. Usando os eixos centrais de
inércia x` y` z` escrevemos:
1 _2 1
T= mv + ( I x ' ω x2' + I y 'ω y2' + I z 'ω z2' ) (2.7R)
2 2
1
T= ( I x 'ω x2' + I y 'ω y2' + I z 'ω z2' ) (2.8R)
2
ΣF =ma. (2.9R)
ΣM G =HG (2.10R)
. .
H G ( H G )G xyz + Ω x H G
= (2.11R)
56
Se o processo girante for, de fato, preso rigidamente ao corpo, a velocidade angular
w será a mesma da velocidade angular Ω do corpo. Há, porém, muitas situações
para as quais é vantajoso usar um sistema que não esteja ligado rigidamente ao
corpo, mas que gire de maneira independente.
GRÁFICO 3R
Y'
ω
Y
y x
HG
X'
Z'
X
O z
Z
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
57
AUTOATIVIDADE
A B
D
C
a
F ∆l
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5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
L
ω1
58
3 Uma barra delgada AB, de peso P = 200 N e comprimento L = 2,40 m, está
articulada em A num eixo vertical DE que gira com uma velocidade angular
constante w de 15,0 rad/s. A barra é mantida na posição por meio de um
arame horizontal BC ligado ao eixo e à extremidade B da barra. Determinar
a tração no arame e a reação em A.
ω
B
C
L = 2,40 m
β = 60˚
A
D
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
4 Duas barras A e B de 100 mm, cada uma com massa de 300 g, estão soldadas
ao eixo CD, que é sustentado pelos mancais em C e D. Se um momento M
de módulo igual 6,00 N • m é aplicado ao eixo, determinar as componentes
das reações dinâmicas em C e D no instante em que o eixo atinge uma
velocidade angular de 1200 rpm. Desprezar o momento de inércia do eixo.
150 mm
150 mm
C
B 300 mm
100 mm
A 100 mm D
M
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5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
59
5 Um disco homogêneo de massa m e raio r está montado num eixo OG de
massa desprezível e comprimento L. O eixo está articulado num ponto fixo
O, e o disco é obrigado a rolar sobre um piso horizontal. Sabendo que o
disco gira no sentido anti-horário com velocidade angular constante wj em
relação ao eixo, determinar:
r
O
G
B
C
v0
60
7 Determine o momento de inércia da barra dobrada mostrada na figura em
relação ao eixo Aa. A massa de cada um dos trechos é informada na figura.
z z
2 kg
4 kg a (-0,1, 0, 0.2)
0,2 m
D D
B C C
B 4 kg
2 kg
(-0,2, 0,2 0,2)
0,2 m 2 kg
2 kg
0,2 m (0, 0, 0,1)
y y
A A
0,4 m
x x
a) b)
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
8 A barra mostrada na figura pesa 1,5 lb. Determine sua velocidade angular
imediatamente após sua extremidade A ter caído sobre o gancho E. Devido
a um mecanismo de fecho S, o gancho fornece uma ligação permanente
para a barra. Considere que, imediatamente antes atingir o gancho, a barra
está caindo a uma velocidade (vv)i = 10 pés/s.
z' m(vG)1
z
G
1 pé
rG/A
0,333 pé A
y'
G
0,667 pé
w∆i = 0
A y
0,5 pé
x x' G
S
A
E ∫Fdt
a) m(vG)2 (HG)2
G
rG/A
A
b)
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5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
61
9 Aplica-se um torque de 5 N.m ao eixo vertical CD que permite à engrenagem
A de 10 kg girar livremente em torno de CE. Supondo que A parta do
repouso, determine a velocidade angular de CD após duas voltas. Despreze
as massas dos eixos e suponha que a engrenagem A possa ser aproximada
por um disco fino. A engrenagem B é fixa.
z
0,3 m
C
x
0,1 m y
B
M = 5N . m
D
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
0,2 m
0,25 m
X, x
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
62
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você estudará o movimento de translação e rotação de corpos
rígidos. Caso um corpo rígido seja sujeito a andar em torno de um ponto fixo O,
é importante descrever uma equação que compreenda os momentos em relação
a O das forças externas e efetivas, dado que esta equação não compreenderá a
reação desconhecida aplicada em O. Bons estudos!
ω x
y
HO
z
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
63
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
.
ΣM O =
HO (2.27)
.
ΣM O ( H O )Oxyz + Ω x H O
= (2.28)
z
ω
Z
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
64
TÓPICO 2 | MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO
− I xzω H y =
Hx = − I yzω H z =
I zω
O sistema Oxyz está ligado ao corpo, temos Ω= w e a Equação (2.22) nos dá:
.
ΣM
= O ( H O )Oxyz + ω x H O
=(− I xz i − I yz j + I z k )ω + ω k x (− I xz i − I yz j + I z k )ω
= (− I xz i − I yz j + I z k )α + (− I xz j + I yz i )ω 2
− I xzα + I yzω 2
ΣM x =
− I yzα − I xzω 2
ΣM y = (2.29)
I zα
ΣM z =
Os produtos de inércia e Ixz e Iyz são iguais a zero, caso o corpo rotativo seja
simétrico em relação ao plano xy, e as equações (2.29) reduzem-se:
ΣM x = 0 ΣM y = 0 ΣM z = I zα (2.30)
65
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
I yzω 2 ΣM y =
ΣM x = − I xzω 2 ΣM z =
0 (2.31)
B B
B
ω
G G
l y
P P
z
A
Ay A
A Az
a) b)
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
I yzω 2 I yzω 2
Ay = j B= − j (2.32)
l l
66
TÓPICO 2 | MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO
O eixo terá tendência a sair dos mancais quando girar em altas velocidades,
quando as reações nos mancais são proporcionais a w2. Por outro lado, as reações
nos mancais e B, chamadas reações dinâmicas, contidas no plano yz, giram com
o eixo provocando vibrações no mesmo.
E
IMPORTANT
4 MOVIMENTO DE UM GIROSCÓPIO
Todo giroscópio constitui-se basicamente de um rotor que é capaz de girar
espontaneamente em volta de seus eixos geométricos. Quando montado numa
suspensão Cardan (Figura 7), um giroscópio pode assumir qualquer orientação,
mas seu centro de massa permanece fixo no espaço. Para definir a posição de um
giroscópio num dado instante escolhemos um sistema de referência fixo Oxyz,
com origem O localizada no centro de massa do giroscópio, e o eixo Z, dirigido
ao longo da reta definida pelos mancais A e A` do anel externo, e consideramos
como posição de referência do giroscópio aquela em que os dois anéis e um dado
diâmetro do rotor estão localizados no plano fixo YZ (Figura 7a).
ATENCAO
67
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
a) A b) A
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
. . .
ω = φ K + θ j +ψ k (2.33)
uma vez que as componentes vetoriais obtidas em relação a w em (2.33) não são
ortogonais:
68
TÓPICO 2 | MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO
Z
.
ϕK
0
A' z
C'
. y
Ψk B'
.
O θj
B
C
x
A
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
−senθ i + cos θ k
K= (2.34)
E combinando K em (2.33):
. . . .
ω = −φ senθ i + θ j + (Ψ + φ cos θ )k (2.35)
. . . .
− I 'φ senθ i + I 'θ j + I (ψ + φ cos θ ) K
HO = (2.36)
69
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
.
ΣM O ( H O )Oxyz + Ω× H O
= (2.28)
.. . . . . .
− I '(φ senθ + 2θ φ cos θ ) + Iθ (ψ + φ cos θ )
ΣM x =
.. . . . .
ΣM y = I '(θ − φ 2senθ cos θ ) + Iφ senθ (ψ + φ cos θ )
(2.39)
d . .
ΣM=
z I (ψ + φ cos θ )
dt
ATENCAO
Como as equações (2.39) são não lineares, deve-se usar métodos numéricos
na resposta, pois em geral não é possível exprimir os ângulos de Euler, ᶲ, ᶿ e Ѱ enquanto
funções analíticas do tempo t.
70
TÓPICO 2 | MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO
ATENCAO
Z
θ
z
ω
ω=k
B=ϕK Ψk
y
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
71
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
.
ω= −φ senθ i + ω z K (2.40)
.
HO = − I 'φ senθ i + I ω z K (2.41)
. .
Ω = −φ senθ i + φ cos θ K (2.42)
ΣM O = Ω× H O (2.43)
. .
ΣM O = ( I ω z − I 'φ cos θ )φ senθ j (2.44)
E
IMPORTANT
Uma vez que o centro de massa do giroscópio está preciso no espaço, temos,
por (2.1) ∑F= 0; então as forças que necessitam ser utilizadas ao giroscópio para continuar
sua precessão estacionária reduzem-se a um binário de momento igual ao segundo
elemento da Equação (2.44).
Atentamos que este binário deve ser utilizado como um eixo normal ao
eixo de precessão e ao eixo de spin do giroscópio:
Z
θ Ψk
ϕK
y
B'
O ∑Mz
B
x
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
72
TÓPICO 2 | MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO
. .
Iψφ j
ΣM O = (2.45)
E
IMPORTANT
73
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
HG
y
− H G senθ
Hx = Hy = H G cos θ
0 Hz = (2.46)
− I 'ωx
Hx = I 'ω y H z Iωz
H y == (2.47)
74
TÓPICO 2 | MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO
H senθ H G cos θ
ωx =
− G ωy =
0 ωz = (2.48)
I' I
ωzK
y
Ψk
ϕK
θ
ωxi
G
I
tgγ = tgθ (2.49)
I`
75
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
a) b)
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
a) I < I`: este é o caso de um corpo alongado, tal como o veículo espacial da Figura 15.
Por (2.49) temos ɤ < ᶿ; o vetor w está no interior do ângulo ZGz`, o cone do espaço
e o cone do corpo são tangentes externamente; o spin e a precessão são observadas
do eixo z positivo com sentido anti-horário. Diz-se que a precessão é direta.
ω z
ϕK θ ΨK
Cone especial
Cone corporal
G
76
TÓPICO 2 | MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO
b) I > I`: este é o caso de um corpo achatado, tal como o satélite da Figura 16.
Por (2.49) temos ɤ > ᶿ como o vetor w deve ficar fora do ângulo Zz, o vetor Ѱk
tem um sentido oposto ao do eixo z; o cone espacial está no interior ao cone
do corpo; a precessão e a rotação própria têm sentidos opostos; diz-se que a
precessão é retrógrada.
ϕK
ω Cone espacial
z
θ
y
G Cone corporal
Ψk
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
DICAS
77
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
78
TÓPICO 2 | MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO
79
UNIDADE 2 | DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS EM MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL
80
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
.
ΣM O ( H O )Oxyz + Ω × H O
= (2.13R)
Em que ∑M0 é a soma dos momentos das forças aplicadas no corpo em relação
a O, H0 é o momento angular do corpo em relação a um sistema de referência
fixo OXYZ, (HO )Oxyz é a derivada de HG em relação a um sistema girante Oxyz
usando as relações (2.6R) e Ω é a velocidade angular do sistema de referência
Oxyz. Este processo pode ser utilizado, por exemplo, a rotação de uma árvore
desbalanceada, ou seja, para determinar certas questões contendo a rotação de
um corpo rígido em torno de um eixo fixo.
FIGURA 2R FIGURA 3R
Z Z
ϕK
θ 0
A' A' z
A A
81
Em que os vetores unitários vão concernentes ao sistema de referência Oxyz ligado
ao anel interno do giroscópio (Figura 3R) e girando com velocidade angular:
. . .
Ω = −φ senθ i + θ j + φ cos θ k (2.15R)
. . . .
− I 'φ senθ i + I 'θ j + I (ψ + φ cos θ )k
HO = (2.16R)
. .
ΣM O = ( I ω z − I 'φ cos θ )φ senθ j (2.17R)
Z
θ Ψk
ϕK
y
B'
O ∑Mz
B
x
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/document/199563405/Beer-Dinamica-
5%C2%AAed>. Acesso em: 15 jun. 2019.
82
AUTOATIVIDADE
0,5 m
A
0,5 m
0,2 m
B ωp=3 rad/s
ωz=6 rad/s
ωs=100 rad/s
ωp=ϕ
50 mm
83
3 O disco de 1 kg mostrado na figura tem movimento de spin com velocidade
angular constante wD = 70 rad/s em torno de seu eixo. Pelo ajuste da posição
s do bloco B de 2 kg, pode-se modificar a precessão do disco em torno do
pivô de sustentação em O. Determine a posição s que permite ao disco ter
velocidade de precessão constante wp = 0,5 rad/s em torno do pivô. Despreze
o peso do eixo.
ωp=0,5 rad/s
ωD=70 rad/s B
O
50 mm
D
200 mm
ϕ = 3 rad/s
30°
84
UNIDADE 3
VIBRAÇÕES MECÂNICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
85
86
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A maior parte das práticas humanas demanda vibração de um tipo ou de
outra. Por experiência, ouvimos porque nossos tímpanos vibram e verificamos
por que as ondas de luz sofrem vibração. A respiração está associada à vibração
dos pulmões e andar envolve movimento oscilatório (periódico) de pernas e mãos.
Falamos devido ao movimento oscilatório da laringe (e da língua). Os primeiros
estudiosos da área de vibração concentraram seus esforços no entendimento dos
fenômenos naturais e no desenvolvimento de teorias matemáticas para descrever
a vibração de sistemas físicos. Ainda atualmente, várias pesquisas vieram
motivadas pelas finalidades da vibração no campo da engenharia, como intento
de máquinas, fundações, estruturas, motores, turbinas etc.
2CONCEITOECARACTERÍSTICASDEVIBRAÇÕESMECÂNICAS
Vibração é todo movimento que se reproduz, regular ou irregularmente,
após um intervalo de tempo, como o movimento de um pêndulo e da corda de um
violão etc., por exemplo. Em engenharia, estes movimentos ocorrem em elementos
de máquinas e nas estruturas, quando estes estão submetidos a ações dinâmicas.
87
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
E
IMPORTANT
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Modelo-fisico-de-um-pendulo-simples-
ideal_fig1_283486894>. Acesso em: 4 jun. 2019.
88
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
o peso não parará na posição 2, mas continuará a oscilar até a posição 3. Contudo,
ao passar pela posição média 2, um torque no sentido anti-horário começa a agir
sobre o peso devido à gravidade e provoca uma desaceleração. A velocidade do
peso reduz-se a zero na posição extrema esquerda. A essa altura, toda a energia
cinética do peso será convertida em energia potencial. Mais uma vez, devido ao
torque da gravidade, a massa continua a adquirir uma velocidade no sentido
anti-horário. Por consequência, ela inicia a oscilação no sentido contrário com
velocidade cada vez maior e passa pela posição média novamente. Esse processo
continua a se repetir e o pêndulo terá movimento oscilatório. Contudo, na prática,
a magnitude de oscilação (θ) diminui gradativamente, e a certa altura o pêndulo
para devido à resistência (amortecimento) oferecida pelo meio circundante
(ar). Isso significa que certa quantidade de energia é dissipada em cada ciclo de
vibração devido ao amortecimento pelo ar.
DICAS
• Linearidade.
• Existência de forçamento durante a vibração.
• Existência de resistência passiva.
• Natureza do movimento.
• Quantidade de graus de liberdade.
• Expectativa de ocorrência.
• Linearidade
89
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
(B) Vibrações não lineares – Não existe proporção linear entre causa e efeito
do movimento vibratório, ou seja, não seguem o Princípio da Superposição dos
Efeitos. Como exemplo, podemos citar o elastômero: triplicando a carga aplicada
sobre ele, não se verifica que a deformação seja triplicada.
Como precisão, todos os sistemas reais são não lineares, mas a maior parte
dos sistemas mecânicos apresenta um comportamento linear dentro de certa faixa de
operação. Exemplificando, consideremos o caso do pêndulo simples da figura a seguir:
FONTE: <https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/pendulo.php>.
Acesso em: 4 jun. 2019.
90
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
Temos aqui uma vibração não linear para pequenas oscilações (na prática,
para θ < 1 rad.), sabemos (verificar em uma calculadora) que sen θ = θ, para
θ em radianos, o que permite transformar um sistema não linear em linear,
denominada linearização do sistema.
mg
FONTE: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAA_esAG/sistema-massa-mola>.
Acesso em: 4 jun. 2019.
91
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
1- Etapa denominada resposta transiente, que tende a desaparecer com o tempo. Por
exemplo, consideremos um motor elétrico que se encontrava parado. Ao ligarmos
o motor, ele aumentará sua velocidade de zero até atingir a sua velocidade de
regime. Como consequência de desbalanceamentos inerentes ao motor, o conjunto
vibrará inicialmente de uma maneira irregular (a resposta transiente).
2- Etapa chamada resposta permanente, que tende a persistir ao longo do tempo.
Por exemplo, consideremos o mesmo motor elétrico do exemplo anterior,
que alcançou de uma maneira irregular (a resposta transiente), em seguida,
ao alcançar a rotação de regime, passará a vibrar regularmente (a resposta
permanente). Essa última fase da resposta tende a ser harmônica.
92
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
FONTE: O autor
93
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
• Natureza do movimento
94
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
95
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/FIGURA-33-SISTEMA-MASSA-MOLA-COM-DOIS-
GRAUS-DE-LIBERDADE_fig3_329518493>. Acesso em: 4 jun. 2019.
FONTE: O autor
96
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
97
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
DICAS
98
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
..
−k ( x + δ est ) + mg
mx =
..
0
mx + kx = (3.1)
dE d
= (T + U )= 0 (3.2)
dt dt
d d 1 . 2 1 2
(T + U ) = x + kx = mxx + kxx = 0
mix
dt dt 2 2
99
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
k
(k − mω=
2
n) ωn2
0 ou = (3.5)
m
x(=
t 0)
= x=
0 A1
x(=
t 0)= v=
0 ωn A2
v0
=x(t ) x0 cos ωnt + senωnt (3.6)
ωn
ATENCAO
100
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
Em que:
2
V
2
X0
= x + 0
0
ωn
V0
φ = tan −1
x0ωn
FONTE: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAhQ9IAJ/trabalho-vibracoes-digitado-celso-
ricardo-faria-011487>. Acesso em: 4 jun. 2019.
101
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
DICAS
T1 + U1 =T2 + U 2 = E (3.8)
Fa = −cx (3.10)
102
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
FONTE: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAhQ8AAI/trabalho-vibracoes-digitado-
marcelo-machado-martins-011643>. Acesso em: 4 jun. 2019.
.. .
mxmx
= −+ cx +− kx =0
.. .
mxmx
= −+ cx +− kx =0 (3.11)
(ms 2 + cs + k )Ce st =
0
103
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
ms 2 + cs + k =0 (3.12)
2
−c ± c 2 − 4mk c c k
s1,2 = =
− ± − (3.13)
2m 2m 2m m
E
IMPORTANT
2
cc k
0
− =
2m m
De forma que:
k
=cc 2=
m 2mωn (3.15)
m
104
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
ATENCAO
c
ζ = (3.16)
cc
c
ζ = (3.17)
2mωn
Considerando que wn2= k/m, com a expressão (3.17) as raízes (3.13) podem
ser escritas na forma:
ζ 2 −1)ωn t ζ 2 −1)ωn t
=x(t ) C1e( −ζ + + C2 e ( − ζ − (3.19)
105
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
que, considerando as fórmulas de Euler e±iα = cosα ± i sen α, pode ser alterada para:
E, por meio das equações trigonométricas cos (a ± b) = cosa cosb + sena senb,
chega-se a:
Com:
( C1 + C2 ) − ( C1 − C2 )
2 2
X= = 2 C1C2 (3.23a)
E:
i ( C1 − C2 )
φ = tan −1 (3.23b)
C1 + C2
106
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
2
V + ζω x
=X 0 n 0
+ x02 (3.24a)
1− ζ ω
2
n
V + ζω x
φ = tan −1 0 n 0
(3.24b)
x 1 − ζ 2ω
0 n
107
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
ω=
d 1 − ζ 2 ωn (3.25)
DICAS
Experimento: Gráfico de velocidade (y) / distância (x). Quando X atinge seu ponto máximo
(+ - amplitude) v = 0, e em x = 0 a velocidade é máxima, principal característica dos
movimentos oscilatórios. Veja comparando os dois gráficos, entre x = 1 e x = -1, a velocidade
de queda é negativa (de acordo com o sistema de referência usado no experimento), se
não houvesse perda de velocidade, teria sempre a mesma forma. Bons Estudos!
108
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
s1 = s2 = −ωn (3.26)
x0 Superamortecido
ζ>1
Subamortecido
ζ<0
ωnt
0
2ζ
td= ωd
2ζ
t0= ω0
109
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
Como o movimento não é mais harmônico, neste tipo de sistema não ocorrem
oscilações completas: a massa retorna rapidamente a sua posição de equilíbrio.
C1 =
(
x0ωn ζ + ζ 2 − 1 + v0) C2 =
( )
− x0ωn ζ − ζ 2 − 1 − v0
2ωn ζ 2 − 1 2ωn ζ 2 − 1
110
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
DICAS
x1 Xe −ζωnt1 cos(ωd t1 − φ )
= (3.30)
x2 Xe −ζωnt2 cos(ωd t2 − φ )
cos(ωd t2 −=
φ ) cos(2π + ωd t1 −=
φ ) cos(ωd t1 − φ )
2π 2πζ
ζωn
x1 e −ζωnt1 1 ζωn td 1−ζ 2 ωn 1−ζ 2
= =
−ζωn ( t1 +τ d )
=
−ζωn td
e= e = e
x2 e e
x1 2πζ
=δ In
= (3.31)
x2 1− ζ 2
111
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
δ = 2πζ (3.32)
112
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
δ
ζ = (3.33)
(2π ) 2 + δ 2
x1 x x x x x
(e )
ζωnτ d m
= 1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅⋅⋅ m −1 ⋅ m=
xm +1 x2 x3 x4 xm xm +1
1 x1
δ= In (3.34)
m xm +1
2
dW dx
força × velocidade =
= −(cv)v =
Fv = −c (3.35)
dt dt
2
dx
td 2π 2π
∆W =− ∫ c dt =− ∫ ωd c(−ωd X senωd t ) 2 dt =− ∫ cωd X 2 sen 2ωd td (ωd t )
0
dt 0 0
113
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
Resultando em:
1 2 1
=W =mvmax m(ωd X ) 2 (3.37)
2 2
∆W π cωd X 2 2π c 4π c 4πζ
= = = = = 2δ
1 (3.38)
W mωd2 X 2 mωd 1 − ζ 2mωn 1− ζ 2
2
coeficiente=
de perda
(=
∆W )
2π δ (3.39)
W π
114
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
atuante. Isto significa que uma força harmônica produz uma vibração harmônica,
uma força periódica produz uma vibração periódica etc. A solução particular da
equação diferencial é então responsável por representar este movimento. Mas a
solução geral é composta por uma solução homogênea e uma solução particular.
O resultado uniforme significa a parte transitória da resposta do sistema, essa que
é desenvolvida pelas situações iniciais do movimento.
.. .
F (t )
mx + cx + kx = (3.40)
115
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
x(t ) xh (t ) + x p (t )
= (3.41)
116
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
..
F0 cos ωt
mx + kx = (3.42)
x p (t ) = X cos ωt (3.44a)
x p (t ) = −ω X cos ωt (3.44b)
x p (t ) = −ω 2 X cos ωt (3.44c)
F0
X= (3.45)
k − mω 2
F0
x p (t ) = cos ωt (3.46)
k − mω 2
117
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
F0
x(t ) = C1 cos ωnt + C2 senωnt + cos ωt (3.47)
k − mω 2
F0 x0
C1 =
x0 − e C2 = (3.48)
k − mω 2
ωn
F0 x F0
x(t ) =
x0 − 2
cos ωnt + 0 senωnt + cos ωt (3.49)
k − mω ωn k − mω 2
118
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
X 1
= 2
δ st ω (3.50)
1−
ωn
119
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
x p (t ) = − X cos ωt (3.51)
δ st
X= 2
ω (3.52)
−1
ωn
120
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
• Caso 3: Para w/wn=1, a amplitude dada por (3.50) ou (3.52) é infinita. Quando a
frequência com que a força é aplicada é igual à frequência natural do sistema,
condição do caso 3, é chamada de RESSONÂNCIA. Para determinar a resposta
nesta condição é necessário que a Equação (3.49) seja escrita na forma:
x0 cos ωt − cos ωnt
x(t ) = x0 cos ωnt + senωnt + δ st 2 (3.53)
ωn ω
1−
ω
n
Quando w = wn, o último termo desta equação vai a infinito, e para avaliar
a função no limite é necessário aplicar a Regra de L’Hospital, consequentemente:
d
(cos ωt − cos ωnt )
cos ωt − cos ωnt dω tsenωt ωnt
lim = lim
ω →ωn = lim
= senωnt
ω →ωn
ω
2
d ω
2
ω →ωn
2ω 2
1−
1 − ωn2
ω
n d ω ω
n
121
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
x0 δ nωnt
x(t ) = x0 cos ωnt + senωnt + senωnt (3.54)
ωn 2
δ st ω
x(t ) A cos(ωnt − φ ) +
= 2
cos ωt ; para <1
ω ωn (3.55)
1−
ωn
δ st ω
x(t ) A cos(ωnt − φ ) −
= 2
cos ωt ; para >1
ω ωn (3.56)
−1
ωn
122
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
DICAS
Sugestão de vídeo:
Exemplos de aplicação e ocorrência de ressonância e amortecimento:
F0
F0 m (cos ωt − cos ω t )
x(t )
= 2
(cos ωt − cos
= ωn t ) n
k − mω ωn − ω 2
2
(3.57)
F0
ω + ωn ω −ω
= 2 m 2 2sen tsen n t
ωn − ω 2 2
ωn − ω = 2ε 2
ωn − ω =4εω
2
ωn + ω ≅ 2ω
E (3.57) se torna:
F0
x(t ) = m senε t senωt
2εω (3.58)
123
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
2π 2π
τb
= = (3.59)
2ε ωn − ω
ω=
b ε ωn − ω
2= (3.60)
.. .
F0 cos ωt
mx + cx + kx = (3.61)
O resultado particular é:
x p (t ) X cos(ωt − φ )
=
−ω Xsen(ωt − φ )
x p (t ) = (3.62)
−ω 2 X cos(ωt − φ )
x p (t ) =
124
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
{ }
X ( k − mω 2 ) cos φ + cωsenφ cos ωt + ( k − mω 2 ) senφ − cω cos φ senωt t =
F0 cos ωt (3.65)
Assim se obtém:
F0
X=
(3.67a)
( k − mω ) 2 2
+ (cω ) 2
cω
φ = tan −1 (3.67b)
k − mω 2
125
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
F0
X= k
2 2 (3.68a)
m 2 cω
1 − ω +
k k
cω
φ = tan −1 k (3.68b)
m 2
1− ω
k
Como:
k c c ζ cc ζ 2mωn 2ζ F
ωn = ,ζ = → = = = eδ st = 0
m cc k k k ωn k
126
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
Tem-se:
δ st
X=
2
ω 2 ω
2
(3.69a)
1 − + 2ζ
ωn ωn
ω
2ζ
ωn
φ = tan −1 2 (3.69b)
ω
1−
ωn
Ou com:
ω
r
= = razão de frequências
ωn
Tem-se:
X 1
= (3.70a)
δ st (1 − r 2 ) 2 + (2ζ r ) 2
2ζ r
φ = tan −1 2 (3.70b)
1− r
127
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
DICAS
Boa leitura!
128
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES MECÂNICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Fotocondutores e eletro-ópticos
Funcionamento da técnica
"Ao jogar um feixe de luz sobre o objeto analisado, ele reflete uma luz de
aspecto granulado, conhecida como speckle, que ilumina o cristal fotorrefrativo.
O movimento do objeto produz o movimento do speckle sobre o cristal, que
gera cargas elétricas que se movem sincronicamente com o padrão de luz e, em
decorrência disso, se gera um sinal elétrico alternado que serve de base para o
cálculo da amplitude de oscilação do objeto", explicou.
"Em resumo, o cristal recebe a luz refletida pelo objeto. Se for opaco, por
exemplo, é preciso pintá-lo com uma tinta retrorrefletiva. Mas, normalmente, a maior
parte das superfícies, sobretudo as metálicas, reflete muito bem o raio laser", disse.
129
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
Construção de um protótipo
FONTE: <https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=vibracoes-medidas-
com-raios-laser-sem-contato-fisico&id=010170090525#.XRYCONJKjox>. Acesso em: 28 jun. 2019.
130
RESUMO DO TÓPICO 1
131
• Importância do estudo de vibrações: vibrações tanto podem ser consideradas
problemas como podem ser usadas a nosso favor. A vibração causa o desgaste
mais rápido do material, seja por fadiga ou outro tipo de mecanismo. Outro
problema que pode ser causado por vibração é o ruído de alguma máquina, que
pode ocasionar problemas sérios à saúde e as condições ergonômicas das pessoas.
Exemplos de aplicação: a respiração está associada à vibração dos pulmões,
nas indústrias o desbalanceamento de motores está associado a problemas de
vibração, vibrações nas pás de turbinas que causam prejuízos abissais.
132
AUTOATIVIDADE
2 Uma massa de 4.5 kg é suspensa por uma mola de rigidez k = 1400 N/m. Um
amortecedor com um coeficiente de amortecimento viscoso c = 50 N.s/m é
conectado ao sistema. Determine o fator de amortecimento ξ, a frequência
natural ωn e a frequência natural amortecida ωd.
133
134
UNIDADE 3
TÓPICO 2
APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
VIBRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, vamos aprofundar o estudo sobre vibrações mecânicas,
começando com as falhas em sistemas. A literatura está repleta de relatos de
falhas de sistemas causados por ressonância e vibração excessiva de componentes
e sistemas. Sempre que a frequência natural de vibração de uma máquina ou
estrutura coincidir com a frequência da excitação externa, ocorre um fenômeno
conhecido como ressonância, que resulta em deflexões excessivas e falha.
2 TRANSMISSIBILIDADE
ATENCAO
135
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
136
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
= kX p sen(ωt − φ )
Fmola= kx (3.71)
.
= cω X p cos(ωt − φ )
Famort= cx (3.72)
É importante perceber que Fmola e Famort são ortogonais, daí a amplitude total
da força transmitida Ftr pode ser calculada por:
cω
Ftr = 2
Fmola 2
+ Famort = (kXp ) 2 + (kX p ) 2 + (cω X p ) 2 = kX p 1 + (3.73)
k
137
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
Ftr
TR = (3.75)
Fexc
= kX p (1 − r 2 ) 2 + (2ξ r ) 2
F (3.76)
1 + (2ξ r ) 2
TR = (3.77)
(1 − r 2 ) 2 + (2ξ r ) 2
FONTE: <https://www.coursehero.com/file/p2rrpov/Em-segundo-isolar-a-m%C3%A1quina-da-
vibra%C3%A7%C3%A3o-proveniente-da-base-A-seguir-s%C3%A3o/>. Acesso em: 4 jun. 2019.
138
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
Verifica-se que com valores r > √2 representam TR < 1, o que significa que
o que é transmitido à base é menor que a amplitude gerada. Esta faixa representa
a faixa de isolamento. Por outro lado, para r < √2 representa TR > 1, o que forma o
campo de expansão.
DICAS
3 ASSOCIAÇÃO DE MOLAS
Elemento mola: o item encarregado por associar forças com deslocamentos
é citado, nos sistemas vibratórios, pela mola, como expõe o Gráfico 16a. Assume-
se que a mola não possui massa, de forma que uma força Fm atuando em uma
extremidade deve ser equilibrada por outra força de igual magnitude, mas de
sentido contrário, atuando na outra extremidade. Pela atuação da força Fm, a
mola se alonga (ou se contrai, se as forças atuarem com sentidos contrários).
Esta deformação é igual à diferença entre os deslocamentos x2 e x1. O Gráfico 16b
mostra uma curva força/deformação típica de uma mola comum. Esta curva é
não linear. Entretanto, para pequenas deformações, pode-se considerar que existe
uma proporcionalidade entre a força e a deformação, sendo k a constante de
proporcionalidade, conhecida como constante de mola ou rigidez. As unidades
de k no Sistema Internacional (SI) são Newton por metro (N/m). Fm é toda
força elástica familiar como força de restauração, porque uma mola esticada ou
comprimida busca efetivamente voltar a sua posição não deformada.
FONTE: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAABSggAE/2-vibracoes-livres?part=2#>.
Acesso em: 4 jun. 2019.
139
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
Fm k ( x2 − x1 )
= (3.78)
1 2
U= kx (3.79)
2
FONTE: <http://fisicaevestibular.com.br/novo/mecanica/dinamica/mhs/associacao-de-molas/>.
Acesso em: 4 jun. 2019.
F=
m Fm1 + Fm2 (3.80)
140
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
Fm1 k1 ( x2 − x1 )
=
(3.81)
Fm2 k2 ( x2 − x1 )
=
Uma mola equivalente ao conjunto das duas molas deve possuir uma
constante de forma que:
Fm keq ( x2 − x1 )
= (3.82)
keq= k1 + k2 (3.83)
n
keq = ∑ ki (3.84)
i =1
Fm= k1 ( x0 − x1 )= k2 ( x2 − x0 ) (3.85)
Fm Fm
x0=
− x1 e x2=
− x0 (3.86)
k1 k2
Como para uma mola única vale a expressão (3.82), tem-se que:
Fm F F
= x2 − x1 = ( x2 − x0 ) + ( x0 − x1 ) = m + m
keq k2 k1
141
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
O que conduz a:
1
keq =
1 1 (3.87)
+
k1 k2
1
keq = n
1 (3.88)
∑k
i =1 1
F1 = k y x j (3.89)
FONTE: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAABSggAE/2-vibracoes-livres?part=2#>.
Acesso em: 4 jun. 2019.
142
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
EAv EA
=Fv = , kvv
L L
3EI z u 3EI z
=Fu = , kvv (3.90a)
L3 L3
3EI x w 3EI x
=Fw = , k ww
L3 L3
GI yφ GI y
=Mφ= , kφφ
L L
EI z Ψ EI z
=MΨ = , kΨΨ (3.90b)
L L
EI xθ EI x
=Mθ = , kθθ
L L
DICAS
4 VIBRAÇÕES OCUPACIONAIS
Ao oposto de demais causas, em que o trabalhador é sujeito passivo,
expondo-se aos riscos, no caso das vibrações deve haver, especificamente, o
contato entre o trabalhador e a ferramenta ou máquina que conduza a vibração.
143
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
cabeça 20-30 Hz
olho 20-90 Hz
144
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
DICAS
5 CONTROLE DE VIBRAÇÕES
Processos de impacto, máquinas rotativas, máquinas de transporte,
escoamento de fluidos, entre outros, são algumas fontes de vibração em
ambientes industriais e de trabalho. A presença da vibração normalmente causa
desgaste excessivo de rolamentos, formação de trincas, afrouxamento de porcas
e parafusos, falhas estruturais e mecânicas, manutenções frequentes e custosas,
falha de circuitos devido à fratura de soldas, dentre outros.
145
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
X ωX ω2 X
=X rms = X rms = X rms
2 2 2
E
IMPORTANT
146
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
147
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
ATENCAO
148
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
1/2
FT 1 + (2ξ r ) 2
= 2
F0 (1 − r ) + (2ξ r )
2 2
149
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
1/2
X 1 + (2ξ r ) 2
= 2
Y (1 − r ) + (2ξ r )
2 2
150
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
E a transmissibilidade de força é:
1/2
FT 1 + (2ξ r ) 2
= r2 2
(1 − r ) + (2ξ r )
2 2
kY
T
F = ∫ F (t )dt
0
F
v=
m
ve −ξωnt
x(t ) = sin ωd t
ωd
A mola e o amortecedor contribuem na força transmitida à base Ft(t),
escrita como:
.
t (t )
F= kx(t ) + cx(t )
v
Ft (t ) = (k − cξω n) 2 + (cω d ) 2 e −ξωnt sin(ωd t + φ )
ωd
Em que:
cωd
φ = tan −1
k − cξ wn
152
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
E
IMPORTANT
FONTE: <https://pt.banggood.com/4pcs-M10-40x30mm-Rubber-Shock-Absorber-Vibration-
Mounts-p-1041119.html?cur_warehouse=CN>. Acesso em: 4 jun. 2019.
153
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
DICAS
154
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
FONTE: <https://www.sermatecnet.com.br/view/catalogo/medidor-de-vibracoes-vibracon-
smart-catalogo.pdf>. Acesso em: 4 jun. 2019.
155
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
• Axial: sua liberdade de movimento pode ser tanto quanto a radial horizontal,
mas depende dos outros elementos aos quais o componente está conectado.
156
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Sinal-de-vibracao-da-viga-no-dominio-do-tempo-
e-no-dominio-da-frequeencia-respectivamente_fig3_328784995>. Acesso em: 4 jun. 2019.
0.45
0.4
0.35
0.3
Amplitude
0.25
0.2
0.15
0.1
0.05
0 1 2 3 4 5
Frequência (H2)
FONTE: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAAlZ4AA/deteccao-falhas-maquinas-rotativas-
atraves-analise-vibracao>. Acesso em: 4 jun. 2019.
E
IMPORTANT
157
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
FONTE: <https://br.omega.com/artigos-tecnicos/transdutores-de-deslocamento-variavel-linear.
html>. Acesso em: 4 jun. 2019.
158
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
159
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
160
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
FONTE: <http://www.directindustry.com/pt/prod/bruel-and-kjaer/product-17114-2006103.html>.
Acesso em: 4 jun. 2019.
DICAS
161
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
DICAS
7 FREQUÊNCIA NATURAL
Sistemas sem amortecimento: podem ser analisados como um
caso particular dos sistemas subamortecidos, para os quais o coeficiente de
amortecimento é admitido nulo, ou seja, c = 0. As raízes distintas da equação
particular são dadas por:
k
λ1,2 = ±i (3.94)
m
k k
=x C1sen t + C2 cos t (3.95)
m m
k
ωn = (3.96)
m
ωn 1 k
fn
= = (3.97)
2π 2π m
162
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
2π I
Tn
= = (3.98)
ωn fn
1/2
k
ω n = eq m (3.99)
eq
Em que:
wn é frequência natural,
Keq é constante da rigidez equivalente do material,
meq é massa equivalente do sistema,
E é Módulo de Young,
I é momento de inércia;
l é comprimento da viga,
M é Massa da extremidade da viga, e
m = massa da viga.
8 BALANCEAMENTO
Balancear uma peça é modificar sua distribuição de massa, de modo que as
forças radiais não ultrapassem certos valores, conforme o tipo de aplicação.
163
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
Fe = m ⋅ r ⋅ ω 2 (3.102)
164
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
DICAS
9 AMORTECIMENTO
O resultado primário do amortecimento é eliminar a energia do sistema.
Esta perda de energia resulta em um decaimento na amplitude da vibração livre.
Na vibração forçada de estado-estável, a perda de energia é balanceada pela energia
que é fornecida pela excitação. Todo o sistema oscilatório contém amortecimento.
165
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
Wd = ∫ Fd dx (3.104)
k
=ωn = e c 2ζ km
m
Wd = 2ζπ kX 2 (3.106)
166
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
Verificação:
c c cω cωω n h ωn
ζ= ∴ 2ζ= = = =
2 km km 1 ωk k ω
ω k km
k2
η = 2ζ (3.107)
X 1
α (ω=
) = (3.108)
F
( k − ω m ) + (ω c )
2 2 2
167
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
1
α (ω )max α (ω )ω == = Q (3.109)
ω n
2ζ
Tornando-se:
1
α (ω )max = (3.110)
ωn c
1
α max
2
Assim, tem-se:
1 1
α max = (3.111)
2 2ωn c
1 1
=
2ωn c (3.112)
( k − ω 2 m ) + (ω c )2
2
( k − ω 2 m ) 2 + (ω c )
2ωn2 c =
2
(3.113)
ω 4 m 2 − ω 2 (2km − c 2 ) + (k 2 − 2ωn2 c 2 ) =
0 (3.114)
2km − c 2 ∆
=ω1,2
2
2
± (3.115)
2m 2m 2
168
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
Wd = π hX 2 (3.116)
π ceqω X 2 = π hX 2 (3.117)
Em que: Unidades:
h N N
ceq = c −1 h (3.118)
ω ms m
169
UNIDADE 3 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
DICAS
NOTA
Um novo material que é tão rígido quanto um metal, mas flexível o suficiente
para resistir a fortes vibrações, promete transformar a indústria automobilística e vários
outros setores. O material possui ao mesmo tempo uma alta rigidez e uma capacidade de
amortecimento de impactos.
Essa combinação quase impossível em um único material foi obtida usando folhas
compostas trançadas em 3D a partir de fibras não ligadas entre si. Embora a trama seja
criada como se fosse um material têxtil, os fios são metálicos. Isso permite que o interior do
material se mova e absorva vibrações, enquanto o material circundante permanece rígido.
170
TÓPICO 2 | APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DE
A equipe acredita que esse novo compósito tipo têxtil poderá inaugurar uma nova
era na fabricação de trens, carros e aeronaves, permitindo que os passageiros experimentem
pouca ou nenhuma vibração durante suas viagens. "A ideia de um compósito que resolva
o paradoxo da rigidez e do amortecimento era tida como irrealizável – mas aqui estamos
nós. Este é um desenvolvimento entusiasmante que pode enviar ondas de choque através
das indústrias de automóveis, trens e aeroespacial. Este é um material que pode tornar
os veículos do futuro próximo mais confortáveis do que nunca," disse o professor Stefan
Szyniszewski, coordenador da equipe.
FONTE: <https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=carros-
sem-nenhuma-vibracao&id=010160181016#.XRYdPNJKjox>. Acesso em: 28 jun. 2019.
171
RESUMO DO TÓPICO 2
F (t ) F0sen(ωt + φ )
= (3.1R)
172
• Desbalanceamento rotativo, provocado por massas desbalanceadas em
máquinas rotativas são grandes causadoras de vibração em vários casos de
engenharia. Quando o centro de massa desse sistema não coincide com seu
centro de rotação, dizemos que o sistema se encontra desbalanceado. Como
exemplo mais clássico temos o caso da trepidação no veículo causado quando
as rodas de um carro que quando estão desbalanceadas. Uma interpretação
simplificada desse fato é capaz de ser visualizado na figura a seguir:
f = mrω 2 (3.2R)
Essa força pode ser decomposta em componentes horizontal (que será zerada):
173
O que agirá segundo o conjunto mola-amortecedor e o levará a vibrar.
.. .
F (t )
mx + cx + kx = (3.5R)
.. .
0
mx + cx + kx = (3.6R)
Portanto, quando o regime permanente está presente, contanto que a função forçante
esteja presente, a solução geral da equação obtida pela segunda lei de Newton
reduz-se a particular xp(t), que representa a vibração em regime permanente.
174
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Dosímetro de ruído.
b) ( ) Monitor de IBUTG.
c) ( ) Acelerômetro.
d) ( ) Anemômetro.
e) ( ) Higrômetro.
6 O motor elétrico de peso 150 N está apoiado sobre 4 molas iguais, cada
uma com rigidez k = 4000 N/m. O raio de giração (rG) em relação ao eixo de
rotação é 0,15 m, a velocidade de rotação (n) é 3500 rpm, e a distância das
molas em relação ao CG é 0,18 m. (O rotor sendo visto como um cilindro).
Determinar as frequências naturais do sistema.
175
FIGURA 5E – MOTOR ELÉTRICO SOBRE MOLAS
FONTE: <HTTPS://PT.SCRIBD.COM/DOCUMENT/341620074/VIBRACOES-MECANICAS-
RAO-SINGIRESU-4%C2%AA-ED-PDF>. ACESSO EM: 28 JUN. 2019.
176
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. T. de. Vibrações mecânicas para engenheiros. 2. ed. São Paulo:
Blücher, 1990.
MARTINS, N.; PAULI, R. U.; MAUAD, F. C. Dinâmica. São Paulo: EPU, 1979.
MERIAM, J. L.; KRAIGE, L. G. Dynamics. 2. ed. John Wiley and Sons, Inc,1987.
RAO, S. Vibrações mecânicas. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
177