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Trabalho apresentado ao
Departamento de Engenharia Civil do
Instituto Superior Politécnico
Katangoji.
Comissão julgadora
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Opositor
___________________________________________________________________
Secretário
___________________________________________________________________
Orientador
“A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o
ruído antes da derrota.”
(Sun Tzu)
IV
DEDICATÓRIA
V
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus familiares, em especial aos meus pais e aos meus irmãos pelo
apoio moral e material.
Agradeço o meu orientador Professor Mr. Edgar Nunda pelo suporte, dedicação e
incansável disponibilidade para realização do trabalho.
Agradeço aos meus colegas pelas incríveis experiências vividas e por todo o
aprendizado que eu pude adquirir de cada um deles.
VI
RESUMO
VII
ABSTRACT
The present work analyzes the problems related Pathologies of construction with
emphasis on conservation of construction has as main objective to present the main
causes and solutions for the pathologies that occur in constructions, aiming at their
conservation and preservation. For this, bibliographic research and technical visits were
carried out in constructions to identify and analyze the most common pathologies.
Initially, the article presents an introduction on the subject, explaining what constructive
pathologies are and how they can compromise the safety and durability of buildings.
Then, the main causes of pathologies are presented, such as design errors, execution
and inadequate maintenance. From this, the most common types of pathologies are
addressed, such as infiltrations, coating flattening, among others. Its causes and
possible solutions for each of them are presented, such as waterproofing techniques,
structural reinforcement and correction of deformations. In addition, the work highlights
the importance of preventive conservation, which consists of carrying out periodic
maintenance to prevent the occurrence of pathologies. Visual inspection techniques and
non-destructive tests for identifying pathologies at an early stage are also presented.
VIII
LISTA DE FIGURAS
IX
LISTA DE TABELAS
X
LISTA DE SÍMBOLOS, ABREVIATURAS E SIGLAS
cm - Centímetros
mm – Milímetros
VUP – Vida Útil De Projeto
DIE-Departamento de Instalações e Equipamentos
XI
ÍNDICE
EPÍGRAFE.....................................................................................................................iv
DEDICATÓRIA................................................................................................................v
AGRADECIMENTOS......................................................................................................vi
RESUMO........................................................................................................................vii
ABSTRACT....................................................................................................................viii
LISTA DE FIGURAS........................................................................................................ix
LISTA DE TABELAS.........................................................................................................x
LISTA DE ABREVIATURAS...........................................................................................xi
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................1
1.9. Variaveis........................................................................................................7
XII
1.9.1. Variaveis dependentes...............................................................................7
1.8. Metodologia....................................................................................................8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................9
XIII
2.6. Importância da conservação nos edifícios .................................................42
3.3. Análise dos fato que sofreram para o aparecimento de patologias .............
XIV
4. CONCLUSÃO ...............................................................................................................
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................
XV
INTRODUÇÃO
A construção civil é uma prática desde o início das civilizações, sendo que o homem
sempre necessitou de um abrigo ou local para se instalar, e os métodos construtivos
vem sendo repassado de geração para geração. Com o passar do tempo, os avanços
tecnológicos e o aumento da população nos centros urbanos, houve um aprimoramento
de algumas práticas, assim agregando novos conhecimentos nesta área.
Esse desenvolvimento permite que a construção civil seja reconhecida como uma das
atividades mais significativas para o desenvolvimento econômico e social. Como
resultado, o processo de construção de uma edificação é o seguinte: ideia inicial,
viabilidade, planejamento, elaboração projeto arquitetônico, fabricação de materiais,
execução e acompanhamento da obra. Durante as fases dos processos construtivo, é
possível ocasionar falhas nas etapas de construção, gerando vícios e problemas
patológicos construtivos. O planejamento adequado destes processos por meio do
controle tecnológico e técnicas construtivas é um estímulo contínuo na engenharia civil
(ZUCHETTI 2016).
O termo Patologia para Lottermann (2013) é de origem grega, é uma derivação dos
termos “pathos”, que significa doença e “logos” que significa estudo, é muito utilizado
em várias áreas da ciência, sendo comumente utilizado na área da saúde. Enquanto na
construção civil pode ser compreendida como os sintomas, os mecanismos, as causas
e as origens dos defeitos das construções civis (SILVA, 2021).
1
mecanismos dos fenômenos envolvidos, de modo ser possível estimar suas prováveis
consequências. Esses sintomas são também chamados de lesões, defeitos ou
manifestações patológicas, podendo ser descritos e classificados, orientando um
primeiro diagnóstico, a partir de observações visuais.
2
produtos: elas são pensadas e executadas para que seus usuários usufruam de seus
resultados por muitos anos e, ao longo desse processo de utilização devem apresentar
condições adequadas ao uso a que se destinam, resistindo às intempéries do tempo,
aos agentes ambientais e às práticas que alteram suas propriedades técnicas iniciais.
Para isso, é de fundamental importância o zelo e a manutenção nos empreendimentos,
conforme NBR 5674 – Manutenção de edificações-procedimentos (ABNT,1999). As
edificações têm um ciclo de vida útil satisfatório, mas existem fatores que podem
contribuir para que se tenha um prolongamento desse período. Um planejamento bem
elaborado e executado, uso de material de qualidade, mão de obra qualificada,
manutenção periódica, fiscalização eficiente e uso consciente das instalações, são
alguns deles.
3
mesmo colapso da estrutura. Assim, as consequências passam de um simples
constrangimento estético, até o comprometimento da estabilidade da edificação. Por
isso, faz-se necessário o estudo desses defeitos nas edificações para que se conheça
suas origens, prevenções e manutenção e, com isso, a aplicação da melhor forma de
reparos.
É comum que muitos construtores não deem a devida atenção ao tratamento das
manifestações patológicas, executando reparos sem saber ao certo quais foram as
causas, sendo, muitas vezes, necessário fazer grandes reformas e reforços que
solucionam o problema apenas temporariamente. Além disso, na intenção de diminuir
os custos da obra, não se investe na prevenção dessas manifestações, sem saber que
futuramente haverá um gasto bem maior.
4
operação e uso de uma edificação, até que seu desempenho deixe de atender às
exigências do usuário.
A NBR5674:1999 destaca que para que a vida útil de projeto seja prolongada, é
necessário compreender a importância da realização integral de manutenção pelo
usuário, pois, caso isso não ocorra, existe o risco de a VUP não ser atingida e muito
menos estendida.
5
Apresentação do tema
O ISPK, é uma instituição do ensino superior fundada no ano de 2012, na qual leciona
ramosda engenheira. Com o passar dos anos foi apresentando manifestações
patologicas.
A preservação nos edifícios é crucial para garantir que estes problemas sejam
devidamente identificados e abordados, preservando o valor e a vida do imóvel. Além
disso, a conservação pode ajudar a reduzir o impacto ambiental, a utilização eficiente
de energia e recursos.
Esperamos que este tema seja de grande valor para todos os profissionais da
construção civil e para os interessados em compreender a importância da conservação
da construção.
6
Situação problemática
Problema científico
Objetivos
Objectivo geral
Objectivos específicos
Hipótses
7
Variaveis
Variaveis dependentes
Variaveis independentes
Justificação
Delimitação do estudo
Metodologia
➢ Teórico
➢ Empírico
8
Estrutura do trabalho
➢ CAPÍTULO 3- Estudo de Caso; neste capítulo são postas em práticas tudo que foi
descrito na revisão bibliográfica.
9
1. CAPITULO-I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1. Definição de Patologia de Construção
10
As causas de ocorrência dos fenômenos patológicos podem ser as mais diversas,
desde o envelhecimento natural, acidentes, irresponsabilidade de profissionais e
usuários que optam pela utilização de materiais fora das especificações ou não
realizam a manutenção correta da estrutura, muitas vezes por razões econômicas,
dentre outras. (RIPPER; SOUZA, 1998).
Segundo Fernández:
Na construção civil, os problemas que se manifestam com mais frequência, como por
exemplo, fissuras em elementos estruturais e trincas de revestimento, podem ser
subdivididos em dois tipos, os problemas designados simples ou complexos. Para
problemas de natureza simples, admite-se uma padronização, podendo ser resolvidos
sem que o profissional possua conhecimentos muito avançados, já os de natureza
complexa, requerem uma análise pormenorizada do problema, sendo necessários
conhecimentos avançados sobre o tema em questão, para tais análises cabe o uso de
ferramentas de análise de problemas, pra auxiliar o profissional no diagnóstico da
situação (RIPPER; SOUZA, 1998).
Já Sena et al. (2020) em seu livro Patologia das Construções direcionam para a
distinção entre os termos patologia e manifestação patológica, tendo em vista uma
confusão recorrente em seu uso. Para os autores.
11
Segundo Sena:
As edificações estão sujeitas a perda de desempenho durante sua vida útil de projeto
(VUP), tal processo pode avançar de forma natural ou ser acelerado por diversas
razões externas de origem em qualquer uma das etapas do processo construtivo,
dentre as mais variadas formas de manifestações patológicas (CREMONINI, 1988).
As patologias são originadas por falhas que incidem durante a realização de uma ou
mais das atividades do processo da construção civil. Conforme HELENE6 , “o processo
de construção e uso pode ser dividido em cinco etapas: planejamento, projeto,
fabricação dos materiais e componentes fora do canteiro, execução e uso”, conforme
12
Figura 01. As quatro primeiras etapas dispõem um tempo relativo curto, em relação ao
quinto - uso, etapa mais longa que envolve a operação e manutenção das edificações,
que geralmente são utilizadas mais de cinqüenta anos.
TIPOLOGIA PERCENTUAL
(%)
13
falhas de componentes 11% a 25% e de utilização 9% a 11% (GNIPPER; MIKALDO
JR, 2007).
FIGURA 01. Etapas de produção e uso das obras civis FONTE. HELENE, 2003, p. 24
14
conclusões deste levantamento indicaram que a maior incidência de patologias na
região sul do Brasil, está relacionada à fissuração de elementos estruturais e de
vedação da estrutura bem como a umidade causadora de falhas na
impermeabilização, o levantamento de defeitos mais comuns, pode ser analisado na
Figura 2 (DAL MOLIN, 1988).
O concreto armado foi considerado durante muitos anos um material perene, que não
necessitava de cuidados ao longo de sua vida, dispensando a manutenção.
Recentemente este conceito passou a ser revisto, levando em consideração a grande
quantidade de edificações com problemas de degradação em componentes estruturais
(HELENE, 2003).
Conforme Thomaz:
15
Sobrecargas previstas ou não, podem provocar trincas em estruturas de concreto
armado, sem que isso implique necessariamente em ruptura ou instabilidade da
estrutura, a ocorrência de fissuras num determinado componente estrutural produz
uma redistribuição de tensões ao longo do componente fissurado e até mesmo nos
componentes vizinhos de maneira que a solicitação externa geralmente acaba sendo
absorvida de forma globalizada pela estrutura ou parte dela (THOMAZ, 1989).
Para evitar que o concreto seja fissurado, tendo uma ruptura brusca do concreto
tracionado, devido a um excesso de carga, torna-se necessária uma armadura de
tração As’min que seja suficientemente capaz de assegurar à viga uma resistência à
flexão, com o concreto já fissurado, pelo menos igual àquela que possuía no concreto
sem fissuras (CUNHA, 2011).
16
De acordo com o item 13.4 da norma técnica ABNT NBR 6118/2014 – Projeto de
estruturas de concreto – Procedimento, o estado limite de abertura de fissuras (ELS-
W) é aquele em que surge a primeira fissura na peça de concreto armado. Admite-se
que esse estado é atingido quando a tensão de tração máxima na seção transversal
for igual à resistência de tração do concreto na flexão (CUNHA, 2011).
17
Levando-se em conta as tensões de serviço, os módulos de deformação longitudinal
do aço e do concreto, o coeficiente de conformação superficial das barras de aço e
diversas outras características geométricas (diâmetro das barras tracionadas,
cobrimento da armadura, taxa geométrica da armadura etc.) foram desenvolvidas
diversas teorias com a finalidade de se prever o espaçamento médio entre fissuras e
suas aberturas mais prováveis em componentes de concreto armado submetidos à
flexão ou tração pura. Essas formulações teóricas, associadas a coeficientes
empiricamente determinados e a fatores probabilísticos, conduzem a estimativas
bastante precisas do nível de fissuramento das peças (ELS-W) não comprometendo o
desempenho da estrutura de concreto dimensionada para a edificação (THOMAZ,
1989).
Segundo a norma técnica NBR 15575 (ABNT, 2013) perante as diversas condições de
exposição, peso próprio, sobrecargas de utilização, ação do vento e outras, a estrutura
deve atender, durante a vida útil de projeto, aos seguintes requisitos:
Variações bruscas de temperatura provocam danos sobre as estruturas, uma vez que
a temperatura da superfície se ajusta rapidamente, enquanto a do interior se ajusta
lentamente. Os efeitos são destacamentos do concreto causados pelos choques
térmicos e fissuras de pequena ordem, que não alteram a capacidade de suporte nem
18
trazem maiores riscos à estabilidade da estrutura, porém se não tratadas
adequadamente, podem agravar-se ao passar do tempo (LAPA, 2008).
Segundo Thomaz:
Os fatores que atuam diretamente nos níveis de radiação solar incidente nas peças
estruturais são: a capacidade de absorbância e emitância da superfície, condutância
térmica superficial, calor específico, massa específica aparente, coeficiente de
condutibilidade térmica dentre outros (THOMAZ, 1989).
Quando os danos não são muito graves, o levantamento dos sintomas é capaz de
demonstrar a inexistência de riscos à estabilidade da estrutura, porém, quando os
danos são mais intensos, pode ser necessária a verificação do cálculo da estrutura,
sendo conveniente um estudo detalhado da geometria dos elementos, espessura e
19
posição da armadura nas peças de concreto. Caso não haja entendimento dos níveis
de deterioração da estrutura utiliza-se de exames laboratoriais, como ensaios não
destrutivos, pacometria, escleometria, ultrassom, entre outros, bem como, os
semidestrutivos, como corpo de prova, microscopia, extração de amostras, ensaios de
carbonatação e teor de cloretos, estes ensaios são ferramentas acessíveis e que
podem auxiliar no entendimento do problema quando necessário (SANTUCCI, 2015).
A escolha de uma fundação adequada, bem como a sua execução correta conforme as
normas técnicas vigentes são os fatores que irão garantir a estabilidade da edificação
ao longo de sua vida útil. Pode-se dizer que se executadas conforme os padrões
mínimos exigidos a partir de investigações geotécnicas, as fundações das edificações
não acarretaram no surgimento de maiores problemas de desempenho estrutural do
edifício. Em contrapartida, se as mesmas forem executadas erroneamente e sem
sondagens de reconhecimento do tipo de solo em que será instalada a edificação, os
problemas decorrentes da má execução das fundações podem ser inúmeros
(MARCELLI, 2007).
20
A realização de ensaios de percussão para haver um entendimento abrangente das
características do solo a fim de optar-se pela utilização da alternativa de fundação mais
adequada através de hipóteses de cálculo baseadas nos dados coletados pelos
ensaios é de suma importância para contribuição ao não surgimento de fenômenos
patológicos (THOMAZ, 1989).
21
É vital o conhecimento e familiarização de incorporadores e responsáveis técnicos com
o local da obra, sempre procurando antecedentes, analisando as edificações vizinhas e
o histórico do lote em questão, a ocorrência de matacões, aterros sanitários,
necessidade de descontaminação do solo ou realização de sistemas de contenção,
devem compor a engenharia financeira do projeto, pois poderão causar alterações
significativas no custo global na edificação (CBIC, 2013).
Ainda segundo Thomaz “em fundações diretas a intensidade dos recalques dependerá
não só do tipo de solo, mas também do tipo de fundação executada” (THOMAZ, 1989,
p. 84).
22
estruturais para conter o avanço deste tipo de problema e danos estruturais, que
comprometem os elementos estruturais da edificação alterando a vida útil, durabilidade
e desempenho da obra, tais danos implicam na instabilidade da edificação, podendo
levá-la ao colapso, para tais casos o reforço é imediatamente necessário (DO CARMO,
2003).
Conforme Marcelli:
[...] quando uma edificação apresenta problema de recalque é porque ela não
foi corretamente dimensionada ou mal executada, resultando numa deficiência
na sua função de transmitir a carga dos pilares ao solo. [...] Antes de projetar
um reforço, precisamos inicialmente seguir uma rotina de procedimentos
preliminares, como por exemplo, análise dos danos existentes na edificação,
medições da evolução das anomalias e dos recalques diferenciais, análise das
características geotécnicas do subsolo, definição da causa e do reforço de
fundações a ser adotado (MARCELLI, 2007, p.49).
23
estrutura da edificação. Em alguns casos onde os agravos comprometem mais as
generalidades estruturais da edificação, podem vir a ser necessários reforços em
elementos estruturais. Os reforços em fundações servem basicamente para renovar e
aumentar a segurança da fundação original, tais reforços muitas vezes não
compensam pelo fato de serem muito onerosos, então dependendo da ordem dos
problemas, o mais recomendado é a demolição da edificação. Recomenda-se então
que sejam realizados estudos e orçamentos cuidadosos e específicos para uma
avaliação adequada da viabilidade econômica das ações de intervenção (DO CARMO,
2003).
24
Figura 5- Deslocamento do revestimento de mosaicos
25
distintos de 90º, ao menos uma delas não é de origem dos mecanismos atuantes nas
argamassas (THOMAZ, 1989).
26
sido ainda pouco pesquisadas, tal fator ocorre por demandar recursos onerosos,
longos períodos de observação, ensaios in situ e de laboratório, simulações e testes
destrutivos em escala real em edificações existentes dentre outros, para que os dados
resultantes sejam considerados consistentes (GNIPPER; MIKALDO JR, 2007).
27
08). Esses defeitos geram problemas bastante graves e de difícil solução, tais como:
A umidade não é apenas uma causa de patologias, ela age também como um
meio necessário para que grande parte das patologias em construções ocorra.
[...] ela é fator essencial para o aparecimento de eflorescências, ferrugens,
mofo, bolores, perda de pinturas, de rebocos e até a causa de acidentes
estruturais. (VERÇOZA, 1991 apud SOUZA, 2008, p.08).
As patologias das impermeabilizações podem ser dos mais variados tipos, dentre os
principais pode-se citar a corrosão dos elementos de aço componentes da edificação,
degradação do concreto por dissolução de sais e lixiviação, degradação de forros e
elementos de gesso através de bolor ou descolamento da pintura, desagregação dos
elementos de argamassa decorrente da perda gradual do caráter aglomerante do
cimento, desagregação dos blocos cerâmicos por exagerados níveis de pressão
hidrostática interna, eflorescências e estalactites causadas por gotas provenientes de
acúmulos de água, crescimento de vegetação e formação de vesículas (DO CARMO,
2003).
28
A chuva é o agente gerador de umidade mais comum em edificações, porém, pode ser
remediado o surgimento de infiltrações decorrentes da chuva levando-se em conta que
por se tratar de um fenômeno sazonal, ela sempre estará presente. Para supressão
dos problemas decorrentes de precipitações, devem-se fazer manutenções e limpezas
a fim de remover a água captada pela edificação, como exemplo se pode citar a
execução adequada de agentes impermeabilizadores e um sistema adequado de
escoamento das águas pluviais (SOUZA, 2008).
Segundo Do Carmo:
29
Muitas das patologias manifestadas por este tipo de fenômeno incidem de forma
repetitiva na maioria dos edifícios, revelando falhas sistemáticas na fase de projeto
desses sistemas prediais, bem como, falhas por falta de compatibilização adequada
dos projetos componentes da estrutura. Portanto a caracterização da natureza das
patologias e inconformidades mais frequentes nesse universo pode contribuir para uma
ação preventiva durante a etapa de concepção do projeto de novas edificações,
visando diminuir a incidência de tais problemas a níveis satisfatórios aos usuários
(GNIPPER; MIKALDO JR, 2007).
Com o uso do concreto armado, as paredes passaram a ter como função principal a de
vedação, deixando de ser autoportantes, resultando assim em paredes mais esbeltas,
a utilização de pré-fabricados e de novos materiais que trouxeram consigo as juntas de
dilatação também colaborou para que o surgimento de patologias nas alvenarias se
30
tornasse um dos problemas mais aparentes nesta área da engenharia civil (SOUZA,
2008).
Existem ainda outros tipos de manifestações patológicas nas alvenarias, sejam estas
estruturais ou de vedação, pode-se citar a eflorescência, decorrente de depósitos
salinos de metais alcalinos na superfície das alvenarias, é caracterizada pela alteração
na aparência da alvenaria, muitas vezes pode ser agressiva e causar desagregação
profunda, este fenômeno é facilmente identificado e seu diagnóstico também é
considerado simples, não sendo comprometedor a estrutura da edificação (CORRÊA,
2010).
As infiltrações são patologias das alvenarias relacionadas com a presença de água nos
blocos que a compõem, podendo ocasionar manchas de umidade, bolor, fungos, algas,
eflorescências, descolamento, desagregação e mudança de coloração, tais
manifestações podem ser geradas devido à absorção capilar superficial de água por
31
condensação. Para evitar este tipo de problema sugere-se que durante a fase de
projeto se analise os vários aspectos causadores do problema com intuito e de
minimizar as infiltrações. Dentre esses aspectos pode-se citar a orientação das
fachadas em relação aos ventos predominantes, detalhes arquitetônicos e técnicos
como rufos, platibandas, beirais, tipo de cobertura e a intensidade e a duração das
precipitações na região (CORRÊA, 2010).
32
➢ Grauteamento, furos que promovem o enrijecimento da alvenaria;
➢ Reboco armado, fixação de uma tela por solda e aplicação de salpique
mecânico de micro concreto projetado;
➢ Grampos, técnica muito utilizada, porém acaba provocando fissuras em outros
locais;
➢ Encunhamento, mantem a fissura aberta ao máximo a fim de preenchêla
novamente com argamassa, sendo um método de execução muito simples,
porém nem sempre eficaz;
➢ Substituição da parede, é utilizada em paredes com fissuras disseminadas e
estabilizadas, cabe à análise orçamental da substituição do elemento (DO
CARMO, 2003).
33
problemas patológicos só se manifestam durante a construção ou após início
da execução propriamente dita [...] normalmente ocorrem com maior
incidência na etapa de uso (HELENE, 2003, p. 24).
10% 4%
18% Planejamento
Projeto
40%
Execução
Materiais
Uso
28%
34
• Construtivas: originárias na etapa de construção, por falta de
qualidade de materiais ou mão de obra qualificada.
• Uso: decorrentes do uso inadequado da estrutura projetada e da falta
de realização de manutenção.
Durante a fase de concepção, pode-se dizer que a edificação é gerada, sendo base
para todo o restante do processo construtivo, sendo uma das etapas mais importantes
à contribuição do não surgimento de problemas patológicos. Na fase de concepção
serão definidas as características esperadas dos produtos empregados na construção,
as condições de exposição previstas para o ambiente exterior, o comportamento em
uso projetado do edifício construído, e principalmente a viabilidade da construção
(PINA, 2013).
Na fase de projeto dos sistemas prediais, os vícios podem ocorrer por falhas
de concepção sistêmica, erros de dimensionamento, ausência ou incorreções
de especificações de materiais e de serviços, insuficiência ou inexistência de
detalhes construtivos, etc. (GNIPPER; MIKALDO JR, 2007, p. 03).
35
A falta de critério e uma má definição das ações atuantes na edificação, como por
exemplo, escolha inadequada do modelo analítico, deficiência de cálculo da estrutura
ou da avaliação da capacidade portante do solo, incompatibilidade do projeto
arquitetônico com os demais (estrutural, hidráulico, elétrico, etc.), seleção inadequada
de materiais, má execução, desrespeitando as normas técnicas de projeto e execução,
erros de dimensionamento, especificação do cobrimento incorreto de acordo com a
agressividade do ambiente dentre outros, são exemplos de falta de conduta e
profissionalismo que acabam gerando diversos problemas patológicos no futuro. Todas
estas implicações discorrem durante a fase de concepção do projeto, daí a importância
desta fase do processo relacionada com o não surgimento de patologias (PINA, 2013).
Segundo Cremonini:
36
cabe aos profissionais fazer o controle dos materiais utilizados durante a execução,
bem como fiscalizar se eles estão de acordo com o especificado no projeto e se sua
utilização está sendo feita de forma correta e gerando o mínimo de perdas e insumos
(CREMONINI, 1988).
Apesar de serem erros primários, eles podem gerar maiores problemas na construção,
além destes citados acima, vários outros fatores têm origens na fase de execução
podendo ser as principais causas de patologias futuras das quais podem ser
mencionados: a falta de condições locais de trabalho, inadequação do layout
ocupacional do canteiro de obras, erros de interpretação de projetos, pouca
capacitação profissional, falta de controle do padrão de qualidade das matérias primas
e fiscalização nos mais diversos processos, qualidade dos materiais e componentes
abaixo dos níveis mínimos necessários, falta de prumo, de esquadro e de alinhamento
dos elementos, desnivelamento de pisos ou falta de caimento em pisos molhados,
argamassas de assentamento de revestimentos com espessuras diferentes (PINA,
2013).
Segundo Cremonini:
37
surgimento de patologias na fase de execução do projeto,
acompanhada da falta de processos produtivos de qualidade,
sendo importante haver uma cadeia produtiva de qualidade
interrelacionada a todas as etapas (CREMONINI, 1988, p. 32).
Muitas patologias que surgem durante a fase de utilização são originadas pelos
usuários, através de diversos fatores como: sobrecargas não previstas no projeto,
alterações estruturais indevidas em função de reformas, utilização de produtos
químicos com agentes agressivos, falta de programações de manutenção adequada,
falta de inspeções periódicas para detecção de sintomas patológicos, danificação de
elementos estruturais por impactos, erosão por abrasão, retração do cimento, excesso
de deformação das armaduras (PINA, 2013).
Os diversos cuidados que devemos tomar durante a fase de uso da edificação deverão
estar explícitos no manual de uso, operação e manutenção. A formatação de um bom
38
manual de uso segundo o guia orientativo para atendimento à norma, redige conforme
modelos internacionais de normatização de desempenho de matérias primas e
produtos finais. Para cada necessidade do usuário e condição de exposição, aparecem
critérios de desempenho, o conjunto normativo compreende seis partes, ou seja, seis
elementos essenciais à garantia de desempenho da edificação. Tais elementos são
dispostos a seguir (CBIC, 2013).
• Requisitos gerais;
• Requisitos para sistemas estruturais;
• Requisitos para os sistemas de pisos;
• Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;
• Requisitos para os sistemas de cobertura;
• Requisitos para os sistemas hidrossanitários.
39
A investigação necessária para o diagnóstico da(s) causa(s) responsável por
algum defeito na edificação deve ser realizada de maneira completa e
sistemática. Assim como em um projeto, um procedimento linear direto é
raramente possível [...] o processo é, inevitavelmente, iterativo (cíclico) (DAL
MOLIN, 1988, p. 175).
Problema
Anamnese
Ensaios em laboratório
Parte 2
Diagnóstico Diagnóstico
Decisão da terapia
Resolução do problema
Fonte: (Lichtenstein, 1985 apud Cremonini, 1988, p. 41 apud Dal Molin, 1988, p. 176 apud Do Carmo,
2003, p. 09).
40
É necessário eliminar qualquer hipótese preconcebida a respeito das causas do
determinado problema, portanto, não se deve utilizar o diagnóstico como forma de
confirmar uma opinião já formada partindo de uma postura não tendenciosa analisando
imparcialmente todos os dados coletados (DAL MOLIN, 1988).
41
g. Carga de tráfego: Os edifícios localizados em zonas com tráfego elevado ou carga
de trânsito podem estar mais sujeitos a danos devidos a vibrações e desgaste.
42
Conservação como ato intelectual é premissa para crer que conhecimento,
memória e experiências são circunscritas à construção cultural, especialmente à cultura
material. A preservação – de uma pintura, um edifício ou uma paisagem – busca
estender esses elementos até o presente, estabelecendo uma mediação crítica para a
interpretação dos processos que reforçam todos os aspectos da existência humana. Os
objetivos da conservação envolvem a avaliação e a interpretação do significado do
patrimônio cultural para sua preservação, resguardando-o no presente e no futuro.
Nesse sentido, a conservação em si é uma maneira de ampliar e consolidar
identidades culturais e narrativas históricas para além do tempo, por meio da
valorização e da interpretação do patrimônio cultural (MATERO, 2000: s.p.).
43
f. Eficiência energética: garantir que as intervenções de conservação incluem
melhorias na eficiência energética.
De acordo com Pinto & Xavier (2001), existe uma variedade muito grande de
denominações para classificar a estratégia de manutenção adotada pelo edifício,
contudo os conceitos são análogos, muitas vezes divergindo apenas na terminologia
ou nomenclatura adotada. Gomide et al (2006) aponta como as principais estratégias
de manutenção : a manutenção corretiva não planejada, a manutenção corretiva
planejada, a manutenção preventiva, a manutenção preditiva e a manutenção
detectiva.
44
A coerência entre a estratégia de manutenção, o uso da edificação e as expectativas
do usuário é pautada na análise e verificação da aderência entre as atividades e
intervenções realizadas com as necessidades da operação dos sistemas,
equipamentos e máquinas existentes no empreendimento. (PUJADAS, 2009)
45
fim de reduzi-las, tal como, pessoal previamente treinado para atuar com rapidez e
proficiência em todos os casos de defeitos previsíveis.
Gomide et al. (2006) define Manutenção Corretiva: como sendo a atividade que visa à
reparação ou restauração de falhas ou anomalias, seja ela planejada ou não.
46
Correção da falha de maneira aleatória, , ou seja, é a
manutenção atuando no momento da falha do
Manutenção corretiva equipamento, agindo de forma impulsiva.
não planejada Caracterizase pela ação, sempre após a ocorrência da
falha, que é aleatória, e sua adoção leva em conta
fatores técnicos e econômicos.
Fonte: Marques, 2010
Araujo e Santos1, afirmam que a manutenção corretiva conduz a uma baixa utilização
anual dos equipamentos e máquinas, a uma diminuição da vida útil dos equipamentos,
máquinas e instalações além de paradas para manutenção em momentos aleatórios e,
muitas vezes, inoportunos. Portanto essa estratégia se constitui como a menos
vantajosa devendo ser evitada quando o gestor visa adoção de uma gestão
estratégica da Manutenção Predial.
47
Segundo Martins (2008), a manutenção preventiva representa um conjunto de
atividades que visa evitar falhas nas instalações, com o comprometimento do seu
desempenho. Ela depende diretamente de informações a respeito da edificação,
sendo alimentados por dados dos fabricantes, históricos de manutenção e avaliações
das instalações através de rotinas periódicas e de vistorias de inspeção predial.
48
Araujo e Santos listam como vantagens, da Manutenção Preventiva a diminuição do
numero total de intervenções corretivas, reduzindo o custo da corretiva; a grande
diminuição do numero de intervenções corretivas ocorrendo em momentos
inoportunos como, por exemplo: em períodos noturnos, em fins de semana, durante
períodos críticos de produção e distribuição; além do aumento considerável da taxa de
utilização anual dos sistemas de produção e de distribuição.
Introdução
Ações de manutenção
Um plano de manutenção programado, para Leite (2009), deve integrar cinco ações
de manutenção: a inspeção, a limpeza, a pró-ação, a correção e a substituição. A
estruturação do mesmo é definida de acordo com a natureza da informação
disponível e com base nas políticas adotadas.
No Quadro 4.1 apresentam-se aspetos que devem ser contidos num plano de
manutenção.
49
• Definir a vida útil de cada elemento;
• Definir níveis de qualidade mínima; Definir anomalias
relevantes, possíveis causas e mecanismos de
degradação;
• Prever e definir os sintomas prépatológicos;
Deste modo, é de grande interesse abordar teoricamente todas as ações que devem
constar nos planos, de modo a torná-los mais completos e infalíveis, evitando o
recurso a ações corretivas de emergência, promovendo a segurança, conforto e
fiabilidade dos utentes.
Inspeção
Para Boto (2014), o procedimento correto para uma inspeção inicia-se com uma visita
ao local, no sentido de obter a maior informação possível relativamente ao edifício.
Das inspeções visuais surgem as identificações patológicas nos edifícios e, para um
50
melhor suporte e esclarecimento da análise, é necessário o levantamento fotográfico
com foco na anomalia, possibilitando a ideia real da dimensão da manifestação
patológica, com a devida indicação do edifício e do local da anomalia.
51
Figura 4.1 - Exemplo de uma ficha de inspeção visual [Com adaptações de (Boto, 2014)]
52
Além das inspeções periódicas, também é da responsabilidade do utente a comunicação
prévia de qualquer tipo de manifestação patológica detetada.
Para o caso prático da presente dissertação, foi estipulado que, sempre que se tratar de uma
anomalia de carater urgente, isto é, sempre que o correto funcionamento dos serviços for
afetado, a unidade educacinal tem como dever informar o departamento responsável, caso a
irregularidade exija resolução imediata. No caso da manifestação ser de carater pouco
urgente, cabe à entidade responsável a devida análise e decisão quanto à atuação no local.
53
Todas as manifestações patológicas comunicadas pelo utente deverão constar numa ficha de
registo de ocorrência.
A ficha de registo de ocorrência, apresentada na Figura 4.3, tem como principal objetivo a
criação de uma base de dados na entidade responsável, referente às patologias que
ocorrerem fora do âmbito das ações de manutenção. Este relatório permite à entidade
responsável beneficiar de um controlo mais generalizado de todas as intervenções que
executou no local, evitando deste modo possíveis ações corretivas de emergência futuras.
54
Figura 2 Ficha-Tipo de Registo de Ocorrência
4.2.2. Limpeza
A ação da limpeza adquire um grau de elevada importância quando associada a processos
de manutenção, tendo como principal objetivo a eliminação de anomalias associadas a
agentes biológicos ou a acumulação de detritos, aumentando assim o grau de desempenho
do edifício, e atribuindo ao mesmo um maior conforto visual.
55
Esta é uma ação que recai muito no utente, uma vez que uma simples limpeza diária pode
ajudar à eliminação de possíveis patologias futuras. Os técnicos especializados só serão
evocados em situações mais complexas, que exijam a utilização de materiais específicos.
A entidade responsável pela elaboração do plano de manutenção tem como dever informar
ao utente quais os materiais a serem utilizados em cada solução construtiva, bem como a
regularidade com que deve efetuar a sua limpeza, tentando sempre consciencializar para os
graves efeitos que a sua ausência poderá causar, evitando, deste modo, o descuido por
esta atividade.
Todos os trabalhos efetuados pela empresa especializada em cada edificio do ISPK devem
ser presentes num relatório de registo de trabalhos, onde o responsavél deve enumerar as
tarefas realizadas durante uma determinada ação de reparação, por elemento construtivo,
isto é, cada relatório de registo de trabalhos serve única e exclusivamente para um
elemento construtivo do ISPK. Neste relatório também deve estar presente a data de início
e fim da intervenção efetuada, bem como todos os trabalhadores que atuaram no local, os
materiais e equipamentos usados.
Toda a duração dos trabalhos de reparação deverá ser seguida e inspecionada por um
responsável do ISPK.
56
RELATÓRIO DE REGISTO DE TRABALHOS
Elemento Data:
Fonte de ____/_____/_____
Manutenção:
QUANTIDADE DE TRABALHOS
Total:
Nome Cateoria
do Prof.
57
A ação de substituição no âmbito da manutenção é, para Leite (2009), um conjunto de
procedimentos que leva à substituição de um elemento por outro com características iguais. No
caso de existir uma substituição por outro elemento, em que as características diferem das
originais, ou que apresente uma maior durabilidade, esta é considerada uma ação de
reabilitação e não de manutenção.
É muito importante que na fase de projeto seja tido em consideração a durabilidade dos
materiais, bem como a sua fácil substituição.
Manual de Manutenção
Para além dos planos de manutenção, este manual deverá estar munido de modelos
tipo (Lopes, 2005):
Manual de Utilização
58
Documento para utilização individual Sinalética para difusão coletiva
59
Elaboração de um Plano de Manutenção
• Necessidades económicas;
• Necessidades em meios humanos (Atividade técnica);
60
PLANO DE MANUTENÇÃo
Inspeção
Limpeza
Reparaç
ão
61
Segundo a estrutura proposta na Figura 4.6, a inspeção é a primeira atividade a ser
realizada, tendo o técnico responsável pela execução da ação, em sua posse, o devido
material de inspeção bem como a devida documentação, incluindo as fichas de
inspeção.
Só após a realização da inspeção se irá proceder à execução das restantes ações, que
dependem dos resultados da mesma.
CAPITULO-III
3. CASO DE ESTUDO
Nos dias de hoje em Angola, os edificados são cada vez mais antigos, e a realidade é
que a grande maioria atinge uma degradação por falta de manutenção por parte dos
proprietários dos mesmos.
62
INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO KATANGOJI
O ISPK é uma instituição educacional que fundada no ano de 2012, esta localizado em
Luanda a 25HF+F82, no municipio de Bela bairro Benfica e ela ja conta com mais de
7000 estudantes licenciads.
Descrição dos Edifícios
Macro-Localização
Micro-Localização
63
O ISPK é composto por três grandes edificio sendo estes:
Estudantil
-8.971173,
6 13.173079
Laboratórial
2 -8.971220,
13.172574
64
Habitacional
3 -8.971565,
13.172994
Durante as visitas realizadas aos três edifícios da zona em estudo, com o objetivo de
recolher a maior informação possível a cerca das das manifestações patologias
encontradas, para a realização dos planos de manutenção.
Patologias Correntes
Entre as principais patologias da construção, podemos citar:
Ao longo das inspeções realizadas, verificou-se que muitos problemas eram comuns
em todos os locais, e que, na realidade, a grande maioria se devia à falta de
manutenção dos mesmos.
Assim, neste subcapítulo serão mencionadas as patologias mais correntes presentes
nos Edificos do ISPK, bem como as possíveis causas.
Humidade
A humidade é uma patologia muito presente no património edificado, e como tal tem
suscitado elevado interesse devido à sua complexidade, uma vez que nem sempre é
fácil encontrar uma explicação científica para determinados casos.
• Humidade de construção;
• Humidade do terreno;
• Humidade de precipitação;
• Humidade de condensação;
• Humidade devida a fenómenos de higroscopicidade;
65
• Humidade devida a causas fortuitas;
• Outras.
Os casos mais comuns são descritos no Quadro 5.3:
Humidade por Capilaridade Surge devido à ascensão da água por pequenos canos ou
capilares.
Figura 5.2 – Vão envidraçado com Figura 5.3 – Pormenor, na zona da janela, do manifestações de
humidade - UCSP St estado de degradação da madeira e do material Condestável (Fonte: Autor)
isolante - UCSP St Condestável (Fonte: Autor)
66
Figura 5.3 – Vão envidraçado com
De uma análise visual ao local, apurou-se que uma das questões que poderia estar
relacionada à escorrência apresentada na Figura 5.2 prendia-se, não só, com o
isolamento das janelas, mas também com o material constituinte das mesmas. O
material isolante foi encontrado em muito mau estado de conservação, apresentando-
se de forma rígida, degradada e, em algumas zonas, descolado. Este acontecimento
pode, não só, dever-se à má qualidade do isolante, como também à carência de
inspeções periódicas, de carater preventivo, ao elemento. Também foi visível o
desgaste do material constituinte das janelas, sendo neste caso de madeira.Figura 5.3.
Na Figura 5.4 está presente a respetiva ficha de inspeção, onde se encontram as possíveis
causas, já descritas, bem como o procedimento a adotar para corrigir a anomalia.
67
FICHA DE INSPEÇÃO
Nome do Data:
Inspetor/Técnico ______________A.M______________ 02 / 06 / 23 _
Método de Nº
inspeção ______________Visual_____________ ________
Avaliação da inspeção
Assinatura do profissional______________________________________________________
68
Elemento Construtivo Janela
Codigo de identificação 01
Observações
69
Figura 5.4 - Ficha de Inspeção - Humidade por infiltração junto a janela
Figura 5.5 – Parede junto a porta com manifestações de Figura 5.6 - Estado de degradação da parede devido à humidade -
CS Paço De Arcos (Fonte: Autor) humidade por infiltração devido ao terraço - CS Paço De Arcos (Fonte: Autor)
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Elemento Construtivo Fachada interior(Banheiro)
Codigo de identificação 02
Observações
71
Avaliação da inspeção
5.3.3. Fissuras
72
Figura 5.16 - Fissura em parede de Alvenaria - UCSP St Figura 5.17 - Fissura em revestimento cerâmico - UCSP
Lapa Condestável (Fonte: Autor) (Fonte: Autor)
73
A junta de dilatação é uma separação física entre duas partes de uma estrutura cuja
presença serve para que essas partes possam se mover sem transmissão de esforços
entre elas. Estes são necessários para o bom desempenho das paredes.
Durante a visita realizada, quando foi realizada uma inspeção visual da articulação na
Figura 5.18, observou-se perda de elasticidade por parte da articulação. Esta situação
provoca tensões na estrutura, que podem causar futuras fissuras nas lajes adjacentes
à junta, com possibilidade de se espalharem para vigas e pilares próximos.
Este é outro problema que está associado à falta de manutenção, o que pode gerar
mais problemas na estrutura, podendo aumentar a sua gravidade.
74
Elemento Construtivo Junta de Dilatação
Codigo de identificação 03
Revestimento do Pavimento
76
77
Figura 5.20 - Descolamento de material cerâmico na Figura 5.21 - Descolamento de material cerâmico numa fachada
exterior do edifício - CS Paço De Arcos (Fonte: parede interior do edifício - CS Oeiras (Fonte: Autor) Autor)
78
• Utilização da argamassa, mesmo quando o tempo de abertura estipulado foi
excedido;
• Uso de técnicas e ferramentas inadequadas;
• Pressão de aplicação inadequada;
• Infiltração de água;
• Falta de controlo de qualidade;
• Materiais de baixa qualidade ou materiais inadequados.
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Elemento Construtivo Revestimento do Pavimento
Designação Pavimento
Codigo de identificação 03
Falta de Manutenção
Observações
80
Avaliação da inspeção
A conservação nos edifícios é uma área importante da engenharia civil, que visa
garantir a integridade e durabilidade dos edifícios. Trata-se de prevenção, deteção
precoce e correção de patologias. Para isso, é importante realizar inspeções
periódicas, avaliar o estado de conservação dos edifícios e identificar os problemas o
mais rapidamente possível. Além disso, a conservação nos edifícios envolve também a
adoção de práticas construtivas adequadas, a utilização de materiais de alta qualidade
e um planeamento cuidadoso da construção.
81
Plano de manutenão
PLANO DE MANUTENÇÃo
Inspeção
Limpeza
Reparaç
ão
82
Controle de ocorrência
No ISPK
especializada
Analisar a necessidade de
intervensão no local
Não Arquivar
Sim
Contactar Aguarda
empresa nova
especializada ocorrência
83
CAPITULO-IV
4.CONCLUSÃO
Para Borges (2013), uma manutenção eficaz pode trazer garantias de que o processo
não perderá a sua capacidade devido a desvios provocados por problemas no
equipamento.
Deste modo, pode então concluir-se que a qualidade de uma empresa passa também
pela garantia de um bom sistema de manutenção.
Analisar
84
A conservação em edifícios é uma área que procura prevenir, diagnosticar e corrigir as
patologias do edifício, visando garantir a segurança e durabilidade dos edifícios, além
de contribuir para a preservação do património histórico e cultural.
85
Além disso, a análise de casos práticos e a realização de estudos específicos
são fundamentais para compreender as particularidades de cada edifício e propor
soluções adequadas para cada caso. É necessário ter em conta os aspetos técnicos,
jurídicos e económicos envolvidos em cada situação, de forma a garantir a eficiência e
sustentabilidade das soluções propostas.
86
7. Estudo da eficácia das medidas de conservação em edifícios históricos e património
cultural, tendo em conta aspetos de preservação da história e da cultura, bem como
questões técnicas e de segurança.
CAPITULO-V
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
87
THOMAZ, Ercio. Trincas em edifício: Causas, prevenção e recuperação. 1ª ed. São
Paulo, Pini, 1989.
MATERO, Frank. The GCI Newsletter, Volume 15, Number 1, Spring 2000, s.p.
http://www.lcsantos.pro.br/arquivos/32_PESQUISA_DOCUMENTAL01042010175228.
pdf>. Acesso em 30 de maio de 2023.
88
OLIVARI, Giorgio. Patologias em edificações. 95f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia Civil). Universidade Anhembi Morumbi. São Paulo. 2003
<http://vitorioemelo.com.br/publicacoes/Fundamentos_Patologia_Estruturas_Pericias
_Engenharia.pdf>. Acesso em: 28 de março de 2023.
89
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12549/000628705.pdf?sequence
=1>. Acesso em: 22 maio de 2015.
<http://www.pos.demc.ufmg.br/2015/trabalhos/pg1/Patologias%20Ocasionadas%20
Pela%20Umidade%20Nas.pdf>. Acesso em: 08 de abril de 2015.
<http://www.cecc.eng.ufmg.br/trabalhos/pg1/Patologia,%20Recupera%E7%E3o%20
e%20Reparo%20das%20Estruturas%20de%20Concreto.pdf>. Acesso em: 01 maio de
2015.
<http://www.unama.br/graduacao/engenhariacivil/tccs/2010/PATOLOGIAS-
90
NAZARIO, Daniel; ZANCAN, Evelise C. Manifestações das patologias construtivas
nas edificações públicas da rede municipal e Criciúma: Inspeção dos sete postos
de saúde.Santa Catarina, 2011. Disponível em:
<http://repositorio.unesc.net/bitstream/handle/1/151/Daniel%20Nazario.pdf?sequ
ence=1>. Acesso em: 28 de março de 2023.
PINA, Gregório Lobo de. Patologia nas habitações populares. Rio de Janeiro, 2013.
Disponível em:
<http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10006577.pdf>. Acesso em: 28
março de 2015.
91
APRESENTAÇÃO
Bom dia/tarde/noite a todos,
Além disso, o uso de materiais de baixa qualidade é também uma das principais
causas de patologias em edifícios. É importante que os materiais utilizados na
construção sejam de qualidade e compatíveis com as características do projeto. Caso
contrário, é muito provável que causem problemas como rachaduras, rachaduras,
infiltrações, entre outros.
Com base nestas análises, propusemos algumas soluções para a conservação de
edifícios e prevenção de patologias. A primeira medida é realizar uma verificação
periódica do edifício, com o objetivo de identificar possíveis problemas antes que se
tornem mais graves. Esta medida é essencial para seguir as ações preventivas
necessárias e assim evitar maiores custos com manutenção corretiva.
93