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ADEMAR VILELA PEREIRA

PLANO FECHAMENTO DE MINA – PFM Engº. de Minas - CREA-RJ 23.329/D

PLANO DE FECHAMENTO DE MINA


( PFM )

LAVRA DE AREIA POR DRAGA DE SUCÇÃO


LOCAL: SÍTIO BONFIM - SUMIDOURO/RJ

Empresa:
ASM TERRAPLENAGEM E EMPREENDIMENTOS LTDA - ME
PROCESSO ANM NUP Nº.
Novembro/2023
ASM TERRAPLENAGEM E EMPREENDIMENTOS LTDA -ME
NUP 48064.890114/2022-31

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PLANO FECHAMENTO DE MINA – PFM Engº. de Minas - CREA-RJ 23.329/D

SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 5
2 - OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................................... 7
3 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................... 8
4 - IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................................... 10
4 -1 - DADOS DA MINA ................................................................................................................ 10
5 - LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA E VIAS DE ACESSO ..................................................................... 10
6 - HISTÓRICO DO PROCESSO MINERÁRIO.................................................................................. 12
6 -1 - PROCESSO ANM NUP Nº 48064.890114/2022-31 ............................................................. 12
7 - TIPO DE MINEIRO - AREIA ...................................................................................................... 13
8 - CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE LAVRA ............................................................................. 15
9 - GEOLOGIA REGIONAL ........................................................................................................... 17
10 - GEOLOGIA LOCAL .............................................................................................................. 18
11 - CARACTERIZAÇÃO ATUAL DO EMPREENDIMENTO .......................................................... 19
11 - 1 - PLANEJAMENTO DA LAVRA ........................................................................................... 19
11 - 2 - ÁREA DE LAVRA ........................................................................................................... 20
11 - 3 - MÉTODO DE LAVRA ...................................................................................................... 22
11 - 4 - PRODUÇÃO .................................................................................................................... 22
11 - 5 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .................................................................................... 23
11 - 6 - MÃO DE OBRA ............................................................................................................... 23
11 - 7 - CARREGAMENTO .......................................................................................................... 23
11 - 8 - ESTOCAGEM – DEPÓSITO DE AREIA .............................................................................. 23
11 - 9 - TRANSPORTE ................................................................................................................. 24
11 - 10 - FLUXOGRAMA DA LAVRA DE AREIA ......................................................................... 24
11 - 11 - ÁREA DE SERVIDÃO................................................................................................... 25
12 - IMPACTOS AMBIENTAIS ..................................................................................................... 25
13 - CONTROLE AMBIENTAL QUE ESTÃO IMPLEMENTADAS ...................................................... 27
OPERAÇÃO DE LAVRA NAS MINAS .............................................................................................. 27
13 -1- CONTROLE DAS EROSÕES INTERNAS E MARGINAL......................................................... 27
13 - 2 - CONTROLE SISTEMA ESGOTO SANITÁRIO....................................................................... 27
13 -3 - CONTROLE E MEDIDAS REFERENTES A EMISSÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS E
CARREGAMENTO PARTÍCULAS .................................................................................................... 28
13 - 4 - CONTROLE DE DERRAMAMENTO DE ÓLEOS ................................................................ 29

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13 - 5 - CONTROLE DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................. 29


14 - PROJETO/MEDIDAS PRÉ-FECHAMENTO............................................................................... 30
15 - PROJETO/MEDIDAS DE FECHAMENTO ................................................................................. 30
16 - DESCOMISSIONAMENTO...................................................................................................... 31
17 - DESMOBILIZAÇÃO ................................................................................................................ 32
17 - 1 - DESMOBILIZAÇÃO DAS MÁQUINAS E ............................................................................. 33
EQUIPAMENTOS MOVEIS ............................................................................................................ 33
17- 2 - DESMOBILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES FIXAS.................................................................... 33
18 - PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS - PRAD ............................................... 33
18 - 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 33
18 - 2 - ESTABILIDADE E RECUPERAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA........................................................ 34
18 - 3 - PREPARAÇÃO DO SOLO ................................................................................................... 35
18 - 4 - REVEGETAÇÃO ................................................................................................................ 35
18 - 5 - CALAGEM E ADUBAÇÃO ................................................................................................ 36
18 - 6 - ESPÉCIE DE SEMENTES DE CAPIM.............................................................................. 36
RECOMENDADAS PARA O PROJETO ......................................................................................... 36
18 - 7 - RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS ........................................................................................ 37
18 - 8 - MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO .......................................................................... 38
19 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO E SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA .................................................. 39
20 - RESULTADOS ESPERADOS.................................................................................................. 41
21 - USO FUTURO DA ÁREA ......................................................................................................... 41
22 - CRONOGRAMA FÍSICO - FINANCEIRO ................................................................................ 42
23 - CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 44
24 - REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA .............................................................................................. 45

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TABELA DE FIGURAS

Figura Nº 1 - Ciclo de Vida de uma Mina…………………….9


Figura Nº 2 - Localização da Área da Jazida………………...11
Figura Nº 3 - Poligonal Gerada Requerimento de Pesquisa…12
Figura Nº 4 - Planta Geológica................................................19
Figura Nº 5 – Planta Topográfica Planialtimétrica..................21
Figura Nº 6 - Vista da Frente de Lavra………………………21
Figura Nº 7 - Fluxograma da Lavra de Areia………………...24
Figura Nº 8 - Modelos de Placa de Sinalização………………40
Figura Nº 9 - Cópia da Licença da Prefeitura...........................47
Figura Nº 10 - Planta Imagem Satélite.....................................48
Figura Nº 11 – Planta Topográfica Detalhes............................49
Figura Nº 12 - Cópia da ART………………………………...50
Figura Nº 13 - Cópia da Carteira Profissional CREA-RJ…….51
Figura Nº 14 - Cópia da Procuração………………………….52
Figura Nº 15 - Cópia da Carteira de Identificação do
Responsável Técnico………………………...53
LISTA DE TABELAS
Tabela Nº 1 – Relação dos Principais Impactos Ambientais….26
Tabela Nº 2 – Plantas mais utilizadas para o Plantio................37
Tabela Nº 3 – Cronograma Físico Financeiro…………………43

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1 - INTRODUÇÃO
Este Relatório tem por objetivo propor o Plano de Fechamento da Mina-
PFM, da mina sob a forma de um areal para extração de areia por draga de
sucção, pertencente a empresa ASM TERRAPLENAGEM E
EMPREENDIMENTOS LTDA - ME visando a implementação de ações e
medidas futura para a recuperação das áreas intervencionadas e degradadas
e seu uso futuro, tudo de acordo com as diretrizes legais e normativas para
fechamento de mina, cumprindo todas as etapas previstas no processo de
fechamento.
A empresa vai desenvolver atividades de lavra de areia, por draga de sucção
no leito ativo do Rio Paquequer para uso direto na construção civil, em uma
área registrada, em terrenos de propriedade dos próprios donos do areal e
está o situada na localidade denominada “Sitio Bonfim “, Estrada da Venda
da Ponte S/Nº, Zona Rural- Município de Sumidouro/RJ.
A legislação brasileira estabeleceu em diferentes alçadas a obrigação de o
empreendedor apresentar um Plano de Fechamento de Mina (PFM) aos
órgãos reguladores das atividades minerárias de acordo com a Portaria
DNPM Nº 237/2001 e alterada nos dispositivos do anexo I pela Portaria nº
12/2002, que instituiu Normas Reguladoras de Mineração - NRM,
constituídas por um conjunto de vinte e duas normas que abordam os mais
diversos aspectos da atividade mineral, indo desde normas gerais até o
fechamento de mina, que recentemente através da Resolução ANM Nº
68/2021 revoga as NRM’s referentes ao fechamento de mina e estabelece
regras referentes ao Plano de Fechamento de Mina - PFM contemplando a
descrição das ações e custos de desativação de suas atividades de mineração.
Este relatório constitui assim o Plano de Fechamento de Mina - PFM, uma
vez que este documento de gestão possui caráter orientativo, enfocando,
basicamente, na identificação dos objetivos-chave da desativação do
empreendimento, assim como os critérios a serem seguidos, as atividades
necessárias a desmobilização do empreendimento e os custos envolvidos
Desta forma, o presente estudo foi desenvolvido de forma garantir, de acordo
com o que preconiza FLORES (2006), que no pós-mina os impactos
ambientais, sociais e econômicos sejam mitigados e que a área impactada
tenha condições seguras e estáveis, a partir das melhores técnicas de controle
e monitoramento, proporcionando ainda à área impactada um uso futuro que
respeite os aspectos socioambientais e econômicos da área de influência do
empreendimento. Assim o fechamento de uma mina é visto como uma
consequência inevitável da atividade de mineração visto que os bens
minerais se trata de substâncias finitas e não renováveis.
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Deve-se ressaltar ainda que o processo de desativação da atividade minerária


contempla, pelo menos, as seguintes etapas: a implantação de sistema de
drenagem; o preenchimento de escavações; o fechamento do acesso às
dependências como estrada e sinalização; a revegetação e recuperação de
áreas degradadas; a desmontagem das instalações mecânicas e civis; a
remoção de insumos e resíduos; a demolição de todos tipos de estruturas;
dispensa da mão de obra; a supervisão e o monitoramento pós-operacional.
Entende que as atividades que culminarão com o fechamento da mina devem
englobar toda sua vida útil, isto é, desde a fase de viabilidade econômica até
a fase de liberação da área para um uso futuro, incluindo neste escopo a
reabilitação das áreas e o descomissionamento delas.
O planejamento para fechamento na fase pré-lavra ao qual se encontra o
empreendimento é a princípio conceitual, porém com o desenvolvimento das
operações mineiras e um melhor conhecimento da jazida este planejamento
se torna mais detalhado sendo reapresentado com maiores detalhes e
atualizações que constam e com base na RESOLUÇÃO ANM Nº 68, de 30
de Abril de 2021 bem como toda a literatura disponível sobre o assunto.
Um Plano de Fechamento da Mina enquanto instrumento de controle
instituído pelos órgãos governamentais, tem como objetivo principal garantir
o adequado descomissionamento das atividades minerárias, bem como a sua
reabilitação e uso futuro, a fim de viabilizar a conservação ambiental e a
proteção da comunidade no entorno, levando-se em conta o contexto
socioeconômico em que se inserem.
Deve ser informado ainda que a empresa está iniciando agora neste ano de
2023, suas atividades de mineração e desde já pretende de imediato já
implantar medidas preconizadas neste plano durante e no decorrer das
atividades de lavra, pois acredita que é muito vantajoso, pois o alinhamento
dos objetivos do fechamento com projeto da mina permite que os custos de
aplicação das medidas de desativação, incluindo os programas
socioambientais sejam reduzidos evitando o aumento dos passivos
ambientais.
Por fim é de suma importância destacar que uma lavra de areia por draga de
sucção no leito do rio, diferentemente da lavra de outros minérios, pelas suas
características e peculiaridades onde as frentes de lavra são abertas e
desenvolvidas dentro do leito do rio, não causa grandes e sérios prejuízos ao
meio ambiente , isto só acontece na área de servidão que será criada em terra
firme na margem do rio para apoio à mineração.

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De antemão pode assegurar que não acontece praticamente nenhum tipo de


degradação forte ou violenta neste meio em se tratando de uma mineração
deste tipo, o que não errado afirmar e considerar que será praticamente como
inexistente e nula a degradação dentro do rio, pois não deixa e nem vai
ficar marcas, cicatrizes ou buracos, isto porque, trata-se de uma forma
de jazimento de reservas renovável, ou seja, com a vinda das chuvas e
as enchentes ao longo do ano, a reposição a areia é trazida de volta para a
área minerada tendo assim as reservas e depósitos de areia renovados.
2 - OBJETIVOS GERAIS
A apresentação do Plano de Fechamento de Mina constitui-se, conforme já
foi mencionado além do cumprimento da exigência contida nos termos do
Art. 5º da Resolução nº 68/2021, como também para o aprovisionamento dos
recursos financeiros necessários à desativação da mina.
De acordo com as particularidades deste empreendimento, o presente plano
de fechamento considerou somente etapas de fechamento e pós-fechamento,
não permeando, portanto, todas as fases do “Ciclo de Vida” de uma mina
(IBRAM, 2013) e foi condicionado, principalmente pelo seu pequeno porte,
seu mercado consumidor e vida útil da jazida.
Embora estejamos tratando de uma mina de pequeno porte, para atingir os
objetivos deste trabalho seguimos o conceito de Fechamento Progressivo de
Mina que inclui o compromisso da empresa com a reabilitação progressiva
das áreas medida que a empresa implementa os compromissos assumidos no
processo de Licenciamento Ambiental, Autorização para Intervenção
Ambiental e Intervenção em Recursos Hídricos.
A sua elaboração pressupôs um processo que dependeram do bem mineral
envolvido, neste caso, a areia, do tipo de operação (dragagem – mina a céu
aberto) a abrangência socioambiental e da vida útil do empreendimento.
Por fim tem como objetivo este Plano de Fechamento da Mina avaliar a
adequação em relação aos critérios estabelecidos pela legislação em vigor
trazendo considerações acerca de possíveis complementações da norma em
análise.
Portanto este plano visa delinear, com praticidade progressiva ao longo de
suas atualizações, as medidas, programas e custos que farão parte das
atividades de encerramento do empreendimento no tempo previsto, com a
meta de garantir para a sociedade e o meio ambiente, nas áreas de influência,
estabilidade e manutenção dos recursos naturais previamente instalados, com
mitigação de todos os passivos instalados em função das atividades do
empreendimento.

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Os objetivos desta proposta de Fechamento de Mina podem foram


sintetizados em:
1 - Garantir a reparação ou mitigação dos impactos causados, incluindo,
dentre outros, a reabilitação das áreas degradados, no sentido de
possibilitar um uso futuro seguro das áreas afetadas;
2 - Minimizar as interferências socioeconômicas negativas e buscar a
potencialização daquelas positivas;
3 - Segurança humana (colaboradores e público em geral da área de
influência);
4 - Preparar financeiramente o fechamento de mina, buscando estruturar
os cálculos para provisionamento das diversas etapas de fechamento
e pós-fechamento;
5 - Estabilidade física das estruturas e/ou ativos;
6 - Estabilidade química dos ativos e compartimentos potencialmente
afetados (controle da poluição principalmente nos recursos hídricos,
mas também nos solos e ar);
 Equilíbrio dos processos ecológicos (solo, cobertura vegetal e
fauna);
 Manejo do uso e conservação dos solos (prevenção e
recuperação de eventuais alterações ambientais causadas, seja
em áreas urbanizadas ou de uso rural);
 Manutenção e/ou melhoria da dinâmica socioeconômica.
3 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Quanto aos objetivos específicos podem ser citados:
1 - Levantamento do histórico da área e do empreendimento;
2 - Delinear a estrutura básica do Plano de Fechamento de mina com
vistas a garantir a sustentabilidade socioambiental do mesmo
também quando de seu fechamento, no espectro de sua vida útil;
3 - Realização do diagnóstico da área e no contexto da empresa;
4 - Estabelecimento do uso futuro da área;
5 - Definição das medidas de desativação;
6 - Estimativa da análise de risco;
7 - Indicar programas para controle do período de pós-fechamento
8 - Estabelecimento do plano de monitoramento e acompanhamento;
9 - Minimizar os impactos negativos e potencializar os positivos
durante a fase de fechamento da mina e do empreendimento no
local e na região, em especial no que tange aos aspectos
socioeconômicos;

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10 - Gerar uma base de informações para as atualizações periódicas


que visa preparar financeiramente o fechamento de mina,
buscando estruturar os cálculos para provisionamento das
diversas etapas de fechamento e pós-fechamento;
11 - Implementar ações de controle ambiental a serem
desenvolvidas anteriormente e conjuntamente à supressão
vegetal de forma enriquecer e acelerar o processo de
recuperação proposto;
12 – Promover a recuperação de áreas afetadas pela mina
obtendo a estabilidade da área de modo a possibilitar o seu uso
futuro seguro, anteriormente a sua implantação;
13 – Monitorar as áreas recuperadas, avaliando a efetividade das
ações de recuperação executadas, identificar eventuais desvios
no programa de recuperação;
14 - Criação de um cronograma físico financeiro
De acordo com as particularidades deste empreendimento, o presente plano
de fechamento considerou somente etapas de fechamento e pós-fechamento,
não permeando, portanto, todas as fases do “Ciclo de Vida” de uma mina
(IBRAM, 2013) conforme mostrado na figura abaixo.
FIGURA Nº 1 - CICLO DE VIDA DE UMA MINA

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4 - IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Empresa: ASM TERRAPLENAGEM E EMPREENDIMENTOS LTDA
C.N.P.J. : 45.753.033/0001-40
Atividade: Lavra de Areia por Draga de Sucção no Leito Rio Paquequer
Representante Legal da Empresa: ALYF SERAFIM MONTEIRO
CPF: 157.699.517-88
Endereço: Correspondência e Atividade:
SITIO BONFIM
Estrada Venda da Ponte - S/Nº - Zona Rural
SUMIDOURO/RJ – CEP 28.637-000
E-mail- alyfserafim20@hotmail.com
Responsável Técnico:
Ademar Vilela Pereira
Engenheiro de Minas - CREA-RJ nº 23.329/D

Endereço:
Rua Edwin Teodoro, 56 - Bairro Santa Tereza
CORDEIRO-RJ - CEP 28.540-000
Telefone ( 22 ) 2551-0567 celular ( 22 ) 981425373
E-mail - avilelapereira@yahoo.com.br
4 -1 - DADOS DA MINA
Processo na ANM NUP 48064.890114/2022-31
Fase Atual : Requerimento de Mudança de Regime para Licenciamento
Licença Prefeitura de Sumidouro de prazo 5 anos -Validade até 28/06/2027
Área Registrada = 47,23 ha
Endereço da atividade: Sitio Bonfim
Estrada Venda da Ponte - S/Nº - Zona Rural
Município de Sumidouro - RJ
5 - LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA E VIAS DE ACESSO
A área em questão, está situada na zona rural do município no local
denominado “Sitio Bonfim - Estrada Venda da Ponte - S/Nº - Zona Rural,
Município de Sumidouro - RJ, CEP - 28637-000, município localizado na
região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, distando de aproximadamente
170 da capital do estado.

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Para se atingir o Município de Sumidouro, e consequentemente está área


objeto de interesse desta área para lavra de areia, tomando-se como ponto
de partida a cidade de do Rio de Janeiro, chega-se a cidade de Duque de
Caxias, e partir daí trafegado pelas Rodovias BR - 040 ,RJ - 493 e RJ 116
passa pela cidade de Teresópolis, alcança a localidade de Jamapará, Distrito
do Município de Sapucaia, e depois tomando a rodovia RJ -148, chega-se a
ao trevo de entrada da cidade do Carmo.
A partir deste trevo da entrada da cidade do Carmo, ainda seguindo pela
mesma pela Rodovia RJ-148- Carmo - Sumidouro, percorrendo nesta
rodovia uma distância de aproximadamente 30 quilômetros chega a cidade
de Sumidouro e depois de atravessar a cidade, seguindo ainda pela mesma
rodovia onde percorre uma distância de aproximadamente 7 Km do centro
da cidade, encontra a entrada para o Distrito de Venda da Pedra, e daí
percorrendo uma distância de 5 Km por estrada de chão atinge a sede do Sitio
Bonfim onde está encravada a área alvo de interesse para a lavra de areia.
FIGURA Nº 2 - LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DA JAZIDA

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6 - HISTÓRICO DO PROCESSO MINERÁRIO


6 -1 - PROCESSO ANM NUP Nº 48064.890114/2022-31
As informações abaixo mostram o histórico do processo minerário na ANM
a partir do pedido de Requerimento Mudança de Regime Minerário:
 Em 02/06/2021 foi protocolizado o Requerimento de Pesquisa - Oferta
Pública que dá origem ao processo original 48064.890096/2021-15.
 Em 06/08/2021, é outorgado o Alvará de Pesquisa n°5473/2021, com
prazo de vigência de 2 anos.
 Em 10/01/2022 a Cessão Total requerida é aprovada.
 Em 21/07/2022, o titular requer a Mudança de Regime para
Licenciamento. Este requerimento gera o processo associado
48064.890114/2022-31.

FIGURA Nº 3 POLIGONAL GERADA REQUERIMENTO PESQUISA

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7 - TIPO DE MINEIRO - AREIA


Areias são grãos, essencialmente de quartzo, resultantes da desagregação ou
decomposição das rochas em que entra a sílica. A separação do quartzo das
rochas pelos agentes de erosão se faz por causa de sua maior resistência,
tanto ao desgaste de ordem física, quanto à decomposição química. Esses
grãos de quartzo, uma vez desintegrados da rocha primitiva, são
transportados pelos diversos agentes erosivos externos, indo formar as praias
(bancos de areia), as dunas e outras infinidades de depósitos de areias.
Entretanto, materiais decompostos e mantidos in situ (manto de alteração de
pedreiras), que não sofreram qualquer tipo de transporte também são areia.
O transporte, por sua vez, pode ser fluvial e eólico. Este último traz para os
grãos elevado grau de arredondamento. Isto é muito bom porque aumenta a
trabalhabilidade da argamassa ou concreto, embora piore a aderência dos
grãos à pasta.

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A areia para construção civil pode ser definida como uma matéria-prima
mineral granular, inconsolidada, constituída por grãos predominantemente
quartzosos, com ampla faixa de dimensões de partículas entre 50 e 5 mm.
Além do quartzo, outros minerais também podem estar presentes na
composição das areias, em quantidades variáveis, a depender da natureza
geológica do deposito, como feldspato, mica minerais pesados, óxidos e
hidróxidos de ferro.
Comercialmente, as areias para construção civil recebem designações
segundo o grau de beneficiamento a que são submetidas e assim
classificadas:
AREIA BRUTA - Não Beneficiada;
AREIA LAVADA - Lavagem sobre peneira para retirada de
partículas finas e outras impurezas;
AREIA GRADUADA - Areia que obedece a uma distribuição
granulométrica previamente estabelecida.

A norma NBR 7225 - Materiais de pedra e agregados naturais normatiza


três produtos diferentes:
( I ) areia grossa, - 2+1,2 mm,
( II ) areia média, - 1,2+0,42 mm e
( III ) areia fina, - 0,42+0,075 mm.
Já a norma NBR 7211 - Agregado para concreto considera quatro produtos:
( I ) areia grossa;
( II ) areia média;
( III ) areia fina;
( IV ) areia muito fina.
Uma areia para construção civil deve atender diferentes exigências:
( I ) distribuição granulométrica adequada;
( II ) forma de grãos;
( III ) composição mineralógica adequada.
Na construção civil, a areia é empregada como agregado para concreto,
argamassas, blocos e pavimentação, e tem diversos tipos de uso numa obra
civil como casa, edifício, escola, hospital, estrada etc. A sua granulação e
forma tem papel importante na redução do consumo de cimento, na
preparação de argamassas ou de concreto, o que implica em redução de custos
do concreto. Apesar de haver um rígido limite das especificações químicas e
mineralógicas, a aplicação da areia na construção civil nem sempre observa
as restrições práticas quanto a materiais deletérios (matéria orgânica, materiais
friáveis, sais solúveis, materiais pulverulentos), que podem interferir na
qualidade do concreto e das argamassas.

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Outro agregado natural também empregado na construção civil, o cascalho,


constituído por fragmentos minerais graúdos, empregados normalmente em
lastros de estradas vicinais e ainda em concretos. Pode ser de dois tipos:
cascalho arenoso com granulometria superior a 2,0 mm e inferior a 25,0 mm,
geralmente obtido como um subproduto da extração de areias e o cascalho
rochoso desagregado, resultante da alteração de rochas como granito, gnaisse,
basalto, entre outras.
Os agregados são classificados levando-se em conta a origem, a densidade e
o tamanho dos fragmentos.
Quanto à origem, são denominados naturais aqueles extraídos diretamente na
forma de fragmentos, como areias de rios e pedregulhos e, industriais os que
passam por processos de fragmentação, como pedra e areia britadas. Nesta
definição observa-se que o termo “industrial” é empregado quanto ao modo
de obtenção e não com relação ao material em si. Há autores, entretanto, que
classificam estes agregados também como naturais, reservando o termo
“artificiais” para os que provêm de um processo industrial, tais como escória
britada, argila expandida, entre outros.
Quanto à densidade tem-se: agregados leves (pedra-pomes, vermiculita, argila
expandida e outros); agregados pesados (barita, magnetita, limonita e outros)
e agregados normais (areias, pedregulhos e britas).
8 - CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE LAVRA
As áreas de lavra vão serem abertas e desenvolvidas no leito do Rio
Paquequer que na região apresenta uma largura de aproximadamente 20 m,
mas em alguns trechos apresentam largura maiores e menores, sustentando
nas suas margens coroas de vegetação baixa.
Percebe-se que nas irregularidades e no seu fundo rochoso e/ou nos pontos
de menor velocidade das águas estão os depósitos de areia e ainda nas suas
margens formação de grande e extensos bancos de areia.
A característica geomorfológica, dos morros desta região proporciona
condições adequadas à formação de depósitos de areia no leito do rio, com
possança e capacidade de recuperação suficiente para permitir a exploração
em caráter comercial.
Uma unidade geológica mais recente, ocorre na área e se constitui de
sedimentos inconsolidados, que através do intemperismo acelerado pela
degradação das coberturas vegetais à montante, produziu as areias
arrastados pelas águas do rio. Estas areias constituem o minério interessante
a ser lavrado pela empresa.

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O minério-alvo para lavra trata-se da areia quartzosa, bem selecionada e


acumulada em zonas propícias do canal atual. Trata-se de uma forma de
jazimento renovável, ou seja, conforme a variação das estações do ano,
o nível do rio, o volume e a granulométrica de sua carga sedimentar também
variam, fazendo com que durante o período de chuvas, o maior volume de
sedimentos carreados e a maior atividade do rio, ocasione o remanejamento
da areia já depositada e/ou a formação de um novo depósito. Esta ocorre sob
a forma de lentes, de dimensões variadas, que vão sendo depositadas nos
locais de menor correnteza ou ficam retidas preenchendo irregularidades do
fundo do rio.
Genericamente, as condições ideais para a formação de um depósito, são os
locais onde as formações rochosas do fundo criam barreiras ao fluxo normal
da carga sedimentar de arraste.
Apesar do leito do rio apresentar alterações com o passar do tempo, as
estruturas rochosas que retém areia, tendem a ficar preservadas, permitindo
que se identifique e selecione os locais mais favoráveis, determinando um
rodízio na lavra deles, distribuindo, temporariamente, esta operação para
que, ao chegar à estação das cheias que impendem as atividades normais de
lavra os depósitos estejam exauridos e com disponibilidade para
acumular areia novamente.
A experiência adquirida neste tipo de serviço mostra que o coeficiente
hidrodinâmico é maior ao longo do eixo do rio, consequentemente, a
acumulação da areia de melhor qualidade se dá nas proximidades deste eixo,
sendo que os acúmulos mais síticos-argilosos (sem interesse econômico)
ocupam as zonas marginais. Logo, fica evidente que a atividade extrativa,
não promove o desbarrancamento das margens, pois a qualidade do material
não atende ao mercado consumidor, não sendo então extraído.
A quantidade de material transportado e o intenso retrabalhamento da calha,
indicam um rio com razoável potencial de energia. Neste tipo de situação,
faz com que as areias se acumulem perto das barreiras (locais de quebra de
energia), mas em épocas de cheias (maior energia), os depósitos são
erodidos, permitindo que novas areias se depositem.
Portanto, os depósitos são permanentes, mas há uma renovação constante
dos materiais, num equilíbrio dinâmico. A areia excedente é transportada rio
abaixo até encontrar outras barreiras.

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9 - GEOLOGIA REGIONAL
A geologia regional apresenta o predomínio de rochas do embasamento Pré-
Cambriano, destacando os granitos, gnaisses e migmatitos, com intrusivas
básicas e granitoides subordinados. Rochas metamórficas calcossilicáticas,
dolomitos e calcários, xistos e quartzitos também estão
presentes.
As unidades da folha Duas Barras ( SF.23-Z-B-2 ) que ocorrem na região
são:
Unidade Rio Negro ( pEVrnm e pEVrng ) – migmatitos variegados, com
Paleosoma de biotita gnaisse e anfibólio gnaisse e neosoma de rocha
granitoide, com zonas milonitizadas e porfiroclásticas; granitoide
serorogênico com moscovita.
Unidade Santo Eduardo ( pEVllse ) xisto passando por transição a biotita
gnaisse, porfiroclástico, que predomina na região.
Granitos intrusivos ( Granito Nova Friburgo ) plutonitos e batólitos
( Batólito Serra dos Órgãos ) e diques de garbos e microgarbos de idade
terciária também ocorrem na folha.
Falhamentos regionais e locais de trend NE-SW e NW-SE condicionam a
topografia, as drenagens e vales aluviais.
As rochas graníticas e migmatíticas do embasamento geram solos ácidos,
ferruginosos como latossolo avermelhados, também ocorrem cambissolos de
encosta, litossolo, solos aluviais, depósitos de pedimentos e tálus são comuns
ao sopé de icebergs e grandes afloramentos rochosos.
O Complexo Paraíba do Sul é uma entidade que foi submetida ao longo de
todo o Pré-Cambriano, a eventos tectonotermais de dimensões regionais.
Constitui o embasamento do Cinturão Móvel Atlântico. Suas rochas no
proterozóico inferior foram submetidas a intensas deformações oriundas de
esforços compressivos de direção SE/NW e certamente de movimentos
tangenciais deles resultantes.
Como consequência destes esforços as rochas apresentam-se bandeadas e
alinhadas na direção perpendicular, ou seja, SE/NW. Linhas de ruptura e
contato falhados determinam as diferenças altimétricas abruptas entre as
duas unidades.
Os lineamentos quilométricos são resultado de esforços que o maciço serra
dos órgãos impôs sobre estas litologias ao comprimi-las contra o complexo
Juiz de Fora, apertando os sistemas de dobras até torná-los verdadeiros feixes
de falhas.

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A denominação Paraíba, como unidade geológica, foi definida no vale do rio


Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro, para designar essencialmente
gnaisses e migmatitos intensamente tectonizados. Essa tectônica dobrou
tanto litológicas do embasamento como rochas supra-crustais, colocando-as
lado a lado em grande paralelismo. Por este motivo, muitas vezes é
impossível separá-las, ficando inclusas na unidade indivisa com
representantes de outras unidades e das próprias subunidades do complexo.
A região onde a deformação foi mais intensa localiza-se ao longo do eixo do
curso médio do rio Paraíba do Sul, onde as rochas são miloníticas e
laminadas ou bandadas. À medida que dele se afasta para norte ou para sul.
A deformação decresce e os gnaisses, migmatitos e granitoides assumem
estruturas diversas.
Destacando-se pelas altitudes elevadas os maciços graníticos da suíte
intrusiva serra dos Órgãos. A elevação das bordas desta suíte apresenta um
perfil dentado, havendo vários planos, alinhamento de falhas em degrau –
step-fault. Estas Falhas são orientadas de Sul para Norte, assim, são
caracterizadas séries de fraturas, cujos planos estruturais predominam sobre
a orientação das camadas gnáissicas, nesta zona altamente granitizada, onde
o metamorfismo obliterou grandemente a laminação. A rocha apresenta um
corpo contínuo de gnaisse granítico, que ocorre em toda a região, aflorando
em escarpas e lajedos com pequenas cambiantes de coloração, devido à
variação na porcentagem de mica negra (biotita).
Os gnaisses apresentam um bandeamento marcante, com alternância de
leitos claros e escuros, muito contínuos e de espessuras variáveis, atingindo
muitas vezes dimensões milimétricas no caso dos níveis bióticos e ou
anfibolitos subordinados aos níveis mais claros quartzo - feldspáticos, mais
espessos. Os níveis máficos geralmente compõem-se de biotita e anfibólios
dominantes, mas com algum quartzo ou feldspato subordinado. Os níveis
claros (félsicos) são constituídos por quartzo e feldspato em quantidade
variável, exibindo uma cor esbranquiçada.
10 - GEOLOGIA LOCAL
Nesta área de trabalho, foi identificado o contato de duas unidades
geológicas. Uma, predomina ao longo do vale do rio Paraíba do Sul e em
conseqüência, foi denominada de “Complexo Paraíba do Sul”, é composta,
predominantemente, por gnaisses e migmatitos, extremamente bandados e
granitoides, além de lentes de quartzitos e mármores. A outra unidade é
constituída pelos maciços de gnaisses graníticos da Serra dos Órgãos,
ocorrendo, apenas nas áreas mais elevadas, sob a forma de picos e platôs
rochosos.

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Uma unidade geológica mais recente, ocorre na área e se constitui de


sedimentos inconsolidados, que através do intemperismo acelerado pela
degradação das coberturas vegetais à montante, produziu as areias e
cascalhos arrastados pelas águas do rio. Estas areias constituem o minério
interessante a ser extraído pela empresa.
FIGURA Nº 4 - PLANTA GEOLÓGICA

11 - CARACTERIZAÇÃO ATUAL DO EMPREENDIMENTO


11 - 1 - PLANEJAMENTO DA LAVRA
A empresa na atualidade tem uma única área licenciada referente ao processo
ANM Nº48064.890.114/2022 onde serão concentrados os trabalhos de lavra.
Na “AREA A” foi criado uma área de servidão onde está sendo construído
“ porto de carregamento “, localizado nas margens do rio onde posiciona o
caminhão para carregar a areia extraída. Por sua vez o porto está ligado por
canaleta a uma caixa de contenção/retenção que tem função básica de reter
as partículas finas e areias que acompanham a água de retorno para o rio. De
antemão deve ser esclarecido que somente uma área de servidão com uma
superfície de 1,65 há localizada nesta “ÁREA A” será criada para instalar
toda a infraestrutura necessária para o apoio da operação da mina.
Numa época oportuna e futura toda areia extraída nas ÁREAS B e C será
recalcada e direcionada para o porto de carregamento existente na “ÁREA
A“.
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11 - 2 - ÁREA DE LAVRA
Para efeito de desenvolver as atividades de lavra em boas condições de
operação, na margem do rio, mas afastado de pelo menos 50m de distância
do margem do rio, e portanto fora da área de Área de Preservação
Permanente ( APP ), foram construído as instalações de apoio para esta
atividade, constando de um porto de carregamento onde ficam estacionado
os caminhões para serem carregados diretamente com a areia bruta dragada
e ainda uma caixa de contenção/retenção de resíduos e areia fina, caixa esta
que está acoplada com uma tubulação subterrânea para retorno da água
excedente do porto para retorno ao canal do rio.
Na presente área a empresa pretende operar para efeito de desenvolver e
implantar um projeto consistente com sua necessidade de produção,
trabalhar em 3 ( três ) áreas de lavra de areia, designadas por “ ÁREA
DE LAVRA A “,“ÁREA DE LAVRA B “ e “ÁREA DE LAVRA C
“,estabelecendo uma forma de rodizio entre elas, definidas e escolhidas por
oferecerem melhores condições de acessibilidade, topográficas por estarem
dentro da propriedade da titular, e ainda, por apresentarem condições
geológicas muito boas em termos de reservas de areia nas quais foram
desenvolvidas para este fim pesquisa de sondagem por batimetria, e portanto
reunindo estes aspectos positivos que podem assegurar e suportar uma
concentração de trabalhos de lavra duradoura e econômica de baixos custos
Considerando que estas 3 ( três ) áreas da lavra são limites e contiguas entre
si, muito próximas uma da outra, o deslocamento a balsa flutuante com a
draga de sução será facilmente deslocada e navegando entre elas pelo canal
do leito rio quando houver mudança e rodizio na lavra.
Características e dados da AREA DE LAVRA são apresentados a seguir:
ÁREA DE LAVRA “ A “
Coordenadas da Frente de Lavra = Lat - 22° 5'45.54"S
Long - 42°39'6.04"O.
ÁREA DE LAVRA “ B “
Coordenadas da Frente de Lavra = Lat - 22° 5'45.64"S
Long - 42°38'59.47"O.
ÁREA DE LAVRA “ C “
Coordenadas da Frente de Lavra = Lat - 22° 5'48.65"S
Long - 42°38'48.98"O.
Largura média do rio = 20 m
Situação do rio = leito plano e retilíneo formado por margens
que apresentam uma vegetação rasteira com gramíneas e arbustos.

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Figura Nº 5 – PLANTA TOPOGRÁFICA PLANIALTIMÉTRICA

FIGURA Nº 6 - VISTA DA FRENTE DE “LAVRA A”

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11 - 3 - MÉTODO DE LAVRA
Pelo estudo das características dos processos acumulativos da área em foco,
pode-se destacar dois tipos principais de sedimentos. Um mais antigo,
estabilizado nos barrancos e bacias de inundação do rio e o outro, mais
jovem, ocupando o leito da drenagem.
O primeiro é composto por um pacote elúvio-coluvionar, com matriz
argilosa e siltosa e intensa presença de grânulos de quartzo e feldspato; nas
áreas de inundação predominam argilas amarelas intercaladas por lentes de
argila cinza ou preta com presença de troncos e galhos. Esses depósitos, que
sustentam as margens do rio e as matas ciliares, não serão explorados.
A extração da areia é extremamente simples quando comparada com outras
atividades minerarias. Ela é feita por draga de sucção, que é constituída de
uma bomba centrifuga acionada por motor a diesel, assentada sobre um
conjunto flutuante (balsa).
É prática comum neste tipo de atividade mineira a dragagem em vários
pontos ao longo do leito do rio, e desta forma a requerente estabeleceu um
plano que visa extrair a areia, quando já citado acima em três áreas por
apresentarem condições geológicas de maior reservas de areia, pela sua
topografia plana e reta, e também, por apresentar jazimento sem ocorrências
de quedas d’águas ou leito rochoso.
Sabe-se também que a areia aluvionar é um jazimento renovável ao longo
do leito, dependendo de alguns fatores, entre eles a variação das estações
do ano, o nível do rio, o volume e granulometria de sua carga sedimentar,
locais de formação de barreiras que impeçam o fluxo normal de arraste de
sedimentos, criando assim novos depósitos. Assim sendo, ao longo do tempo
pode-se selecionar novos pontos de interesse para extração.
11 - 4 - PRODUÇÃO
A escala de produção de areia nesta área é de aproximadamente 45,00 t/dia,
o que equivale a aproximadamente 30,00 m3/dia, que corresponde o
carregamento e transporte de +/- 4 a 5 caminhões diário, utilizando com já
mencionado, uma única bomba, em regime de operação em turno único de 8
h/dia.
Numa projeção de trabalho em torno de 25 dias no mês está estimado uma
produção de 1.125,00 t/mês ou aproximadamente 750,00 m3/mês,
totalizando uma produção anual de 13.500,00 t ( 9.000,00 m3 ).
A draga tem capacidade de extração de 20 m3/hora, porém a operação não
é direta e continua, mas sim intermitente, em conformidade com a
disponibilidade de venda da areia.
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11 - 5 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
As máquinas e equipamentos utilizados, devido as características
da atividade são de natureza bastante simples e são descritas a
seguir:
01 balsa metálica flutuante;
01 bomba de sucção de 6”, do tipo centrifuga, com carcaça
e rotor de aço fundido;
01 motor a diesel para acionamento da bomba ;
01 Retroescavadeira, marca Case, modelo 580N, ANO 2017;
01 caminhão basculante, marca Mercedez Benz, modelo 1519,
ano 1980, capacidade 8 m3 ;
20 m de tubos de aço de dimensões 6”x 6m de comprimento
magotes de borracha com trama de lona ;
11 - 6 - MÃO DE OBRA
A atividade de extração mineral de areia ocorrerá através de uma única
draga, e em conseqüência a utilização de mão de obra é bastante reduzida
composta de somente de 3 ( três ) empregados sendo um que é o
proprietário/dono e administrador da mina, o segundo é o seu pai e está
previsto a contratação de um terceiro funcionários para auxilio das tarefas
cotidianas, que vão executar todas as atividades da mina desde a
extração/operação da draga, como motorista do caminhão para a entrega da
areia ao consumidor final. Tem então o seguinte quadro de pessoal:
3 funcionários
Acrescenta-se ainda que os funcionários acima referidos, pai e filho moram
no próprio sítio na residência da família localizada a 500 m da área de lavra.
Deve ser ressaltado que serviços de natureza mais complexos como
manutenção mecânica e soldagem nos equipamentos, assim como outros
serviços administrativos e relativos a engenharia de minas são terceirizados.
11 - 7 - CARREGAMENTO
Na AREA A de lavra conta com o “porto de carregamento “local destinado
ao posicionamento dos caminhões para carregar, e conjugado com ele tem a
caixa de decantação/retenção de areia. A função básica desta caixa é reter
parcela mínima de areia e resíduos finos que porventura são transportados
pela água de retorno para o rio.
11 - 8 - ESTOCAGEM – DEPÓSITO DE AREIA
Na área de servidão da mina será criada uma pequena área de tamanho e
dimensões reduzidas para armazenamento e estocagem de areia, entretanto,
sendo que a maioria da produção diária de areia e carregada e transportada
diretamente para o consumidor final.
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11 - 9 - TRANSPORTE
O transporte da areia será feito por caminhão da própria empresa, e
eventualmente por caminhões de terceiros representados pelos potenciais
compradores. O mercado consumidor da região, é constituído
primordialmente pelo próprio município de Sumidouro e seus distritos e
outros municípios limites como Carmo, Duas Barras e Além Paraíba/MG,
destacando que a sede do município está situado num raio de distância
inferior a 30 Km do areal, que praticamente absorverá a quase a totalidade
da produção de areia extraída.
Por assim ser, pode-se afirmar que estrategicamente esta mina de areia, está
muito bem localizada em relação aos centros consumidores, já que o custo
do transporte é fator preponderante na composição do preço do produto.
11 - 10 - FLUXOGRAMA DA LAVRA DE AREIA
A figura abaixo este fluxograma.
FIGURA Nº 7 - FLUXOGRAMA DA LAVRA DE AREIA

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11 - 11 - ÁREA DE SERVIDÃO
Para o bom e perfeito aproveitamento deste recurso mineral é necessário que
seja criada como já foi dito uma única Área de Servidão de 1,65 ha onde
estarão implantados e o localizadas as instalações, obras acessórias e
construções necessárias a lavra da mina.
Esta área de servidão será criada em terras de propriedade da própria empresa
pois na verdade a terra é do próprio pai do dono da jazida numa porção de
terra firme nas margens do rio. Estão ali instalados estrada principal de
acesso as frentes de lavra e ao “porto de carregamento”, caixa de
contenção/retenção de areia e canaleta/tubulação de retorno da água para o
rio, e ainda conta com uma cabine portátil que forma o banheiro químico.
12 - IMPACTOS AMBIENTAIS
Como ressalta o artigo 1º da Resolução Nº 001 CONAMA, de 23 de janeiro
de 1986, é considerado impacto ambiental qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que,
direta ou indiretamente, afetem: a população, as atividades sociais e/ou
econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e
a qualidade dos recursos ambientais (BRASIL, 1986).
O impacto ambiental é uma alteração no meio ambiente causada por ação
humana, então esta alteração pode ser tanto benéfica ou adversa e isso deverá
ser considerado quando se prepara um estudo sobre estes impactos.
É sabido que toda e qualquer atividade extrativa de minérios é impactante,
por menor que seja o porte ou tipo de mineração, ocasionado modificação
ambiental. Entretanto no caso especifico desta lavra de areia, pode-se
considerar o impacto como “ pontual “ , ao contrário de outras atividades
econômicas intensivas, notadamente pelos seguintes aspectos :
1º - Trata-se de um empreendimento de pequeno porte;
2º - A área requerida é relativamente pequena;
3º - São usados poucos e pequenos equipamentos mecanizados;
4º - Não houve a necessidade de implantação e manutenção de
qualquer obra de infraestrutura de grande porte. A rigor
para apoio da atividade foi construído na área de servidão,
como já mencionado um porto de carregamento e uma caixa de
contenção/retenção de rejeito e areia fina, e canaleta e tubulação
de retorno da água para o rio, pátio de estocagem de areia bruta

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e a instalação de um banheiro químico.


Deve ser ressalvado inicialmente, que qualquer que seja o tipo de atividade
ou empreendimento sempre acarreta modificações ambientais,
principalmente quando se trata de atividade extrativa de minerais.
Entretanto, por se tratar de um empreendimento de pequeno porte que irá
desenvolver trabalhos de mineração em pequenas e reduzidas área, pode ser
assegurado que o meio ambiente envolvente não sofrerá ações significativas,
em relação às que se verificam na atualidade. A maioria destes impactos
podem ser classificados de caráter pontuais, leves, reversíveis ou
temporários.
No quadro que segue abaixo, mostra a descrição dos elementos impactantes
no meio ambiente considerando a situação presentes na atual da lavra de
areia por draga de sucção no leito do rio, com uma classificação de
intensidade que poderá acontecer no desenvolvimento da mineração.
TABELA Nº 1 - RELAÇÃO DOS PRINCIPAIS IMPACTOS
AMBIENTAIS
INTENSIDADE DO IMPACTO
AMBIENTAL
ATIVIDADE MEIO
Acentuada Moderada Fraca Insignificante

FLORA - - x -
LAVRA
SOLO - - x -
DE AREIA
POR
PAISSAGEM - -
x -

DRAGA AR - - - x
DE ASSOREAMENTO - - - X
SUCÇÃO EROSÃO - - X -
RUÍDOS - - - X
EMISSÃO DE - - - X
EFLUENTES

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13 - CONTROLE AMBIENTAL QUE ESTÃO IMPLEMENTADAS


OPERAÇÃO DE LAVRA NAS MINAS
As atividades de mineração de qualquer tipo e natureza ocasionam efeitos
nocivos e degradam o meio ambiente. No caso especifico desta lavra de
areia, alguns fatores podem ser destacados como aqueles que podem causar
maiores preocupações, razão pela qual serão alvos de maior vigilância e
controle. Assim sendo o controle ambiental e recuperação será voltada
principalmente para os seguintes impactos :
 Erosão Interna e Marginal
 Esgoto Sanitário
 Geração de Finos
 Derramamento de Óleos
 Resíduos Sólidos

Considerando estes fatores como aqueles mais agressivos ao meio ambiente


é previsto as seguintes medidas mitigadoras e de recuperação que serão
monitoradas rotineiramente nos trabalhos diários da lavra.
13 -1- CONTROLE DAS EROSÕES INTERNAS E MARGINAL
Para evitar os processos erosivos da área algumas medidas são tomadas entre
outras as seguintes:
 depositar a areia com água diretamente na caçamba dos
caminhões que ficam estacionado no “ porto de
carregamento”, afastado mais de 50 m das barrancas da
margem, não permitindo o retorno das águas fora das
canaletas superficiais;
 estas canaletas são instaladas com suave grau de inclinação e
com sua extremidade sobre o canal do rio evitando a queda
da água os barrancos das margens;
 se necessário fazer valetas de desvio das águas pluviais na
praça de operação, evitando a acúmulo de águas em
enxurradas, e não permitir a permanência de pontos de
acúmulo ou bolsões de água.
13 - 2 - CONTROLE SISTEMA ESGOTO SANITÁRIO
Inicialmente é oportuno mencionar que pela sua particularidade e
características das atividades de operação da mina, que será de maneira
intermitente, isto é, executados de forma descontinuado feitos ao longo do
dia, sem a presença física permanente de empregados, mas sim com
passagens eventuais de no máximo 2 pessoas na mina quando estiver
realizando a extração da areia e carregamento do caminhão.

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Assim sendo a empresa como alternativa para solução deste problema,


decidiu-se comprar e instalar na mina uma cabine contendo um banheiro
químico que apresenta como vantagens a facilidade de mobilidade e maneira
rápida de instalação.
Como se sabe este banheiro é instalado com produto químico especial no
qual remove os odores e consome os detritos, facilitando seu esgotamento.
Acrescenta-se ainda, que ficará por conta da empresa sua manutenção
limpeza e higienização de acordo com a necessidade.
Cabe contudo registrar que os trabalhos que desenvolvem na mina não são
operações continuadas que exigem a presença direta dos funcionários em
tempo integral na área de lavra.
As atividades de extração e carregamento do caminhão ocorrem
simultaneamente, isto é, são feitas de maneira intermitente com pouco tempo
de duração em torno de 30 a 40 minutos por operação que traduz o tempo
de duração desta etapa e permanência dos funcionários na mina, ocorrendo
assim uma ida e trabalho no local poucas vezes ao dia.
De resto é importante voltar a registrar que estas questões de segurança,
higiene e condições de trabalho na mina, serão facilmente superadas e
ajeitadas, pois quem vai executar as tarefas e os trabalhos diários são os
próprios donos da empresa, filho e pai, que moram na localidade em uma
residência boa, bem ampla, e bastante confortável, distante 500 m da mina.
13 -3 - CONTROLE E MEDIDAS REFERENTES A EMISSÃO DE
EFLUENTES LÍQUIDOS E CARREGAMENTO
PARTÍCULAS
A presença de silte e argila junto à areia, gerando um rejeito fino pode
retornar ao leito do rio. Embora pode ser considerando um aspecto físico
relevante, que causa a “sujeira” na água, não é erro afirmar que ao longo das
operações da empresa neste rio, devido talvez a qualidade físico-químico da
areia, e as condições de boa operação de dragagem, além dos pontos de
extração apresentarem boas condições topográficas e geológicas fenômenos
desta natureza e tipo ocorre de maneira insignificante.
Em que pese estas circunstâncias, mesmo assim, como já foi mencionado
anteriormente no “porto de carregamento” tem construída uma caixa de
contenção/retenção com duas separações e com tubulação subterrânea ligada
diretamente ao canal do rio. Esta caixa além de evitar processos erosivos,
exerce uma função importante de reter e aprisionar partículas finas oriundas
da lavagem da areia, que provocam o seu carreamento que em consequência
aumentam a turbidez da água.

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13 - 4 - CONTROLE DE DERRAMAMENTO DE ÓLEOS


Considerando que a draga opera acionada por um motor a diesel, pode-se
supor que eventual derramamento de óleos acidentalmente pode ocorrer.
É compromisso da empresa exercer esta atividade de extração de acordo
com os padrões ótimos no que se refere a conservação do meio ambiente,
e para tanto com relação a este tópico e importante ressaltar:
1 º - a empresa conservará em bom estado de operação a draga,
caminhões e demais equipamentos, descaracterizando como
fontes de poluição hídrica e sonora;
2º - no local da extração não será mantido nenhum estoque
armazenado de qualquer tipo de óleo seja combustível ou
lubrificante. Para abastecer o motor da draga o combustível é
trazido pelos caminhões, em galões apropriados, 2 ou 3 vezes
por semana, sendo os galões vazios devolvidos imediatamente;
3º - manter um controle constante das condições de operação da
draga para que não ocorra vazamentos de óleos e graxas;
4º- a limpeza dos equipamentos e trocas de óleos deverão ser feitas
fora do leito do rio, desenvolvida sobre lonas plásticas para
evitar a contaminação do meio físico (solo);
Em que pese todos estes procedimentos descritos e que serão adotados, é
proposto as seguintes medidas mitigadoras e de recuperação ambiental:
 como medida preventiva será efetuada uma boa manutenção
mecânica em todos os equipamentos envolvidos na lavra;
 no abastecimento da draga são usados vasilhames adequados
em boas condições de uso como galões, mangueiras, funis
fazendo uma operação bem cuidadosa;
 caso porventura ocorra acidentalmente vazamentos de óleos
no piso da draga o óleo derramado será misturado e
neutralizado com a própria areia, limpo e absolvidos com
estopas, ensacados e recolhido em sacos plásticos para
descarte no vazadouro municipal.
13 - 5 - CONTROLE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Deve ser considerado como resíduos sólidos os lixos domésticos, sucatas,
dejetos humanos. Entretanto, devido a pequena dimensão do
empreendimento, atesta-se que a geração destes tipos de resíduos é
insignificante, pois na área, tem a presença física permanente de apenas dois
funcionários e eventualmente, por passagens muito rápidas por alguns
motoristas.

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O lixo doméstico como vidros, papeis, plásticos, embalagens diversas,


produzido mesmo em pequena quantidade em decorrência da atividade do
empreendimento, é coletado e armazenado de forma seletiva embalados em
sacos plásticos é conduzido para o vazadouro municipal.
Qualquer e todo tipo de sucata, mesmo considerando que é em pequena
quantidade, como borracha, mangueiras, tambores, peças usadas e outros
tipos de ferragens, serão devidamente recolhidas e acondicionadas de
maneira apropriadas para ser descartados/comercializados para os ferro-
velho.
14 - PROJETO/MEDIDAS PRÉ-FECHAMENTO
Na fase do Pré-Fechamento das minas, estão previsto algumas medidas a
começar com o levantamento topográfico de toda área das minas incluindo
a área de servidão que subsidiará e direcionará as ações de fechamento,
especialmente no que se refere à reabilitação da paisagem, delimitação das
bacias de contribuição que compõe os estudos de drenagem, levantamento
topográfico este que norteará os planejamentos de ações e medidas de
recuperação de área degradada a ser reabilitada.
Ainda nesta fase será feita atualização do PRAD – Plano de Recuperação de
Área Degradada para ser entregue ao órgão ambiental competente junto ao
órgão ambiental observando o cumprimento de todas as condicionantes bem
como atualização do plano de fechamento de mina que terá caráter executivo
pelo menos 2/3 anos antes do encerramento definitivo da mina.
15 - PROJETO/MEDIDAS DE FECHAMENTO
Por constituírem um processo dinâmico a recuperação e reabilitação das
áreas deste empreendimento serão observadas desde a fase de implantação
até o efetivo fechamento de Mina.
Serão utilizadas técnicas que recuperam as características naturais do solo
(fertilidade, estrutura, textura, etc.), envolvendo, quase sempre, práticas
como o reflorestamento e a recomposição paisagística, no sentido de
possibilitar um retorno à vocação inicial da área, ou seja oferecer a mesma
alternativa de uso quando as áreas no seu estado original eram usadas como
pastagens para gado, antes porém das atividades de mineração, levando
sempre em consideração os anseios dos interessados no processo.
É importante ressaltar que para a implantação deste projeto de instalação da
mina não foi necessária a supressão de vegetação. Contudo, houve a
intervenção na área de preservação permanente com a montagem da
tubulação de recalque da areia da draga para o porto e a construção de
tubulação canaleta de retorno de água para o canal do rio.

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As principais ações de fechamento serão de demolição, limpeza relacionadas


às instalações fixas que não terão papel no uso futuro e realocação dos
equipamentos, estabilização física da área em conjunto com implantação de
rede de drenagem se necessário, isolamento dos acessos e áreas da mina,
implantação de sinalização.
Os impactos socioeconômicos quando do encerramento da mina, de antemão
pode ser considerado como pequenos. Não haverá demissões dos seus
empregados, pois estes trabalhadores são os proprietários da empresa que
possuem outras atividades e atua noutros segmentos comerciais.
Outro impacto considerado como negativo que poderá afetar o mercado
consumidor uma vez que ocorrerá diminuição da matéria prima de qualidade
para emprego em produtos com maior valor agregado.
16 - DESCOMISSIONAMENTO
O plano de descomissionamento incluiu a remoção dos equipamentos
móveis e fixos, de toda a infraestrutura, e todos os demais componentes da
unidade operacional cujo desmonte e retirada sejam viáveis sob os pontos de
vista ambiental e econômico.
A desativação de um empreendimento mineiro é o processo de encerramento
das atividades de lavra por razões diversas, em virtude do esgotamento ou
exaustão da reserva mineral ou devido a outras razões que impossibilitem a
continuação da lavra. A fase de desativação também é referida como
“descomissionamento” e tem início pouco antes do término da produção
mineral e se conclui com a remoção de todas as instalações desnecessárias e
a implantação de medidas que garantam a segurança e a estabilidade da área,
incluindo a recuperação ambiental e programas sociais
O detalhamento das operações de demolição e/ou aproveitamento das
estruturas e equipamentos deverá considerar, minimamente: o reuso, a
recuperação, o reaproveitamento, ou a disposição final dos equipamentos
móveis e fixos, equipamentos, bombas, tubulações.
A infraestrutura montada e existente nesta mina para apoio as operações
unitárias de lavra para seu prefeito funcionamento são:
I - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS MÓVEIS:
Draga de sucção - Balsa Flutuante
Tubulação de recalque da areia
motor diesel
Caminhão basculante
Cabine portátil formando o Banheiro Químico

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II - EQUIPAMENTOS - INSTALAÇÕES/EXTRUTURAS FIXAS


PORTO DE CARREGAMENTO - O porto ocupa uma área de 24,00 m2
em forma retangular, foi construído com paredes de folhas de flandres
com uma altura aproximadamente de 2,00 m e tem piso totalmente
concretado e ligeiramente inclinado e com bordas laterais elevadas
com altura de aproximadamente 20 cm, forma uma proteção para que
a água excedente que transborda da caçamba do caminhão não venha
espalhar ou fugir pelas redondezas do terreno do porto. Assim este piso
neste formato com canaleta lateral, praticamente conduz toda água
excedente diretamente para a caixa de contenção/retenção de resíduos
e areia fina.
O porto de carregamento possui as seguintes dimensões:
comprimento = 6,00 m ; largura = 4,00 m
altura das paredes = 1,60 m
área = 24,00 m2
CAIXA DE CONTENÇÃO/RETENÇÃO - Esta caixa cuja função
básica desta caixa é reter parcela mínima de areia e resíduos finos que
porventura são transportados pela água de retorno ao rio foi construída
em alvenaria com blocos de concreto, e apresenta as dimensões:
Comprimento = 2,20 m; Largura = 2,20 m ; Altura = 1,60 m
Área da caixa = 4,80 m2
A partir da caixa de contenção/retenção será construída uma canaleta de meia
calha com um declive suave, cuja função é de devolver a água excedente
de retorno ao rio sem provocar impactos erosivos, minimizando assim os
riscos de degradação ou erosão ou qualquer outro tipo de prejuízo
ambiental que venha prejudicar as margens do rio.
Observação Importante: Na área de servidão da mina existe somente os
equipamentos, máquinas e instalações fixas citadas acima. Não existe
prédios para banheiro, oficina, escritório e quaisquer outras repartições ou
dependências.
17 - DESMOBILIZAÇÃO
A desmobilização da mina quando chegar o tempo certo, pode acontecer em
duas etapas de destinações diferentes, sendo uma referente as máquinas e
equipamentos e a outra das instalações fixas.

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17 - 1 - DESMOBILIZAÇÃO DAS MÁQUINAS E


EQUIPAMENTOS MOVEIS
A desmobilização das máquinas e equipamentos moveis citados no item
anterior e que atualmente estão locados na mina, poderá acontecer de duas
maneiras diferentes acontecendo, portanto, com duas destinações, a saber:
I - Primeiramente, caso estejam com sua vida útil no final, serão
vendidos ou desmanchados e descartados para os ferros velhos,
destinados como sucata à reciclagem;
II - Como segunda opção, caso apresentar ainda com longa vida útil
e com boas condições de operação para o trabalho que se
destina, poderão ser transferidos para outras atividades da
empresa ou até mesmo vendidas no mercado paralelo.
17- 2 - DESMOBILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES FIXAS
As instalações e estruturas fixas existentes na mina deverá ser feita a
desmontagem como é caso do porto de carregamento que poderá ter alguma
de suas estruturas metálicas ou de madeira aproveitado pela empresa em
outras obras e caso não seja possível ter estas peças comercializadas com
terceiros como materiais recicláveis.
Por outro lado a demolição das obras de concreto e alvenaria que não tenham
uso futuro deverão ser retiradas e poderá ser aproveitadas como entulho para
calçamento ou alicerce em outras obras civis, ou de outra feita os resíduos
gerados nestas demolições deverão ser destinados a aterros de inertes ou à
reciclagem.
18 - PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS - PRAD
18 - 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Conforme já foi relatado em itens anteriores, a empresa tem registrado uma
área total de 47,23 ha em terrenos de propriedade da própria empresa
formando a poligonal objeto de interesse para a lavra da areia.
Entretanto, deste total somente uma pequena área de 1,65 ha, ou seja
16.500,00 m2 que compõe a porção de terra destinada a servidão na Mina que
foi intervencionada a qual será degradada e será recuperada.
Está área intervencionada e que será objeto de recuperação, representa
aproximadamente somente 3,50 % da área total.
O restante da área total de aproximadamente 96,50 %, está totalmente
preservada conservando as caraterísticas originais mantidas a vegetação,
fisiografia, solo, extrato e substrato primitivo, que formam áreas de
pastagens para criação de gado de leite e corte.

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Serão mantidas estas funções tradicionais de uso desde muito tempo. Assim
sendo é certo afirmar com toda segurança que no final do fechamento da
mina, o uso futuro desta área intervencionada e recuperada terá a mesma
destinação e função apresentada acima, formação de pastagens para gado.
Conforme relatado acima, a área utilizada pela empresa para suas atividades
de mineração, onde estão instalados as obras de apoio para a operação da
mina, pertencem aos seus próprios donos, e por assim ser tem maior
interesse e objetivo e também entre outras obrigações e condicionantes
relevantes que estão diretamente ligados ao plano de recuperação de área
degrada, contemplando uma série de medidas do mesmo a total recuperação
e reabilitação da área degradada voltando assim chegar a mesma
situação e condições primitivas, ou seja, área de pastagens.
Entende-se assim que este plano de recuperação da área degradada vai
estabelecer a recuperação com prática culturais, visado o restabelecimento
da cobertura do solo e do vigor das plantas forrageiras escolhidas para
formação de pastagem.
Desta forma serão feitos trabalhos com a realização de um novo
estabelecimento da pastagem, com a mesma espécie de capim ali existente
que predominantemente formado pelo capim braquiária.
Com o já foi dito o presente projeto tem por finalidade a recuperação das
áreas que serão afetadas e degradadas com a implantação da atividade nos
locais da lavra de areia no leito do Rio Paquequer.
18 - 2 - ESTABILIDADE E RECUPERAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA
A recuperação física compreende o preparo das superfícies degradadas antes,
durante e depois da retirada/deposição de material (substrato terroso), por
meio da aplicação de tratamentos e técnicas que visam o controle de
processos erosivos e o posterior estabelecimento de cobertura vegetal. O
conjunto de medidas propostas tem por objetivo reduzir os efeitos dos
processos erosivos, a curto prazo, para que se possa viabilizar a implantação
da cobertura vegetal de forma satisfatória.
As medidas físicas visam readequar as áreas degradadas a uma nova
realidade, durante e posteriormente a sua utilização, onde os efeitos dos
processos erosivos (leitos irregulares e não definidos, deslizamento e
carreamento de sedimentos junto com materiais de granulometria maior)
sejam estabilizados de forma definitiva, permitindo que, a médio e longo
prazo, haja uma integração com os efeitos da vegetação, tais como a redução
do escoamento superficial e erosão, a estabilização das vertentes e
consequentemente do equilíbrio ambiental .

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A drenagem existente no terreno do sítio está e será conservada aquelas já


existentes e mantidas e estão associadas com as drenagens abertas na área de
servidão existente na faixa da área de estocagem e aquela do porto de
carregamento.
Relativamente a estabilidade química percebe-se que tendo em vista do
encerreamento com as atividades de mineração, por ser plana próxima ao
leito do rio a qual será revegetada com vegetação apropriada e rasteira não
haverá existência de arenosos a vegetação irá inibir o carregamento de
materiais argilosos e arenosos do solo para o rio.
18 - 3 - PREPARAÇÃO DO SOLO
Uma vez a área estando isolada e cercada, inicia-se a preparação do solo para
receber a plantação. Este prepara é feito de maneira convencional que inclui
aração e gradeação que e feito por um trator agrícola de pneus que tracionado
no caso da aração um arado de discos ou uma grade pesada aradora e/ou para
o processo de gradeação o trator traciona uma grade de discos para
nivelamento do terreno. Assim desta forma o terreno está pronto e preparado
para receber o plantio das sementes que será feita de maneira direta de
semeadura por ser uma técnica muito boa, promissora e, portanto, a mais
utilizada no processo de recuperação de área degradada devido a sua
praticidade, economia e agilidade na implantação. É considerada uma
técnica barata e versátil de restauração, podendo ser utilizada na maioria dos
locais e, principalmente, em situações onde a regeneração natural e o plantio
de mudas não podem ser executados
18 - 4 - REVEGETAÇÃO
De início deve ser destacado que as técnicas e os procedimentos com o
objetivo da revegetação das áreas em foco para serem recuperadas deve
respeitar as características do solo, clima e características das áreas ao redor.
A revegetação destas áreas afetadas vai ser voltada para desenvolver as
atividades de reabilitação, recuperação e restauração com proposito de
atingir objetivos de obter delas um resultado com grau de similaridade com
as condições existentes antes da degradação.
A escolha da técnica de recuperação de pastagens mais adequada, depende
do diagnóstico sobre a situação real da pastagem degradada, da
disponibilidade ou possibilidade da utilização de implementos e insumos,
do nível técnico adotado e da estrutura da propriedade.
Neste contexto, a reabilitação significa reutilização do local degradado e que
ele possa voltar a ser utilizado conforme um plano preestabelecido para o
uso do solo, conforme vontade e desejo do interesse do proprietário que é
como já foi mencionado a formação de pastagens para gado.

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As sementes de espécies nativas com bom potencial de germinação são


plantadas em grande quantidade para garantir o estabelecimento. A operação
a lanço, Técnica bastante utilizada para este fim, permite que a área toda seja
alcançada no plantio, que pode ser manual, mecanizado ou ambos.
Em resumo a recuperação de áreas degradadas pela mineração normalmente
envolve atividades que têm o objetivo de restabelecer a vegetação.
18 - 5 - CALAGEM E ADUBAÇÃO
A calagem e adubação é recomendada conforme resultados de análise de solo
e exigências nutricionistas das espécies forrageiras existentes ou a serem
introduzidas, considerando também, o nível de produtividade a ser atingido
e sua economicidade, como indicativo de recomendação, pode-se inferir: a
calagem para diversos tipos de espécies de braquiária.
A correção do solo e adubação obedece uma metodologia de correção do PH
do solo orgânico recomposto sobre a área minerada é a convencional, ou
seja, uso de calcário pulverizado com incorporação ao solo com equipamento
agrícola ou manualmente. A correção será realizada considerando-se uma
aplicação de 5 toneladas de calcário por hectare. Caso necessária, a correção
de nutrientes será realizada com aplicação de adubo químico NPK. O
consumo de fertilizante deverá ser de 350 kg por hectare; ou então a adição
de adubo.
Para este caso de plantação de capim destinado a formação de pastagens a
calagem e adubação é recomentado conforme resultados de análise de solo e
exigências nutricionistas das espécies forrageiras existentes ou a serem
introduzidas, considerando também, o nível de produtividade a ser atingido
e sua economicidade, como indicativo de recomendação, pode-se inferir a
calagem para espécies como braquiárias brizantha ( Braquiarão, Marandu,
Brizantão), B. decumbens e B. ruziziensis (Braquiarinhas), B. humidicola
será dado preferência ao calcário dolomítico e a adubação fosfatada ficará
entre 50 e 80 kg de P2O5/ha, divididos em ½ fonte de alta solubilidade e ½
de baixa solubilidade.
18 - 6 - ESPÉCIE DE SEMENTES DE CAPIM
RECOMENDADAS PARA O PROJETO
A utilização do capim Braquiária era, antigamente, feita apenas para
pecuaristas na alimentação do gado. O gênero Braquiária apresenta cerca de
80 espécies, entretanto no Brasil poucas espécies são utilizadas. Os tipos de
braquiárias mais comuns encontradas nos solos brasileiros são Braquiária
decumbens, B. brizantha, B. humidicola, B. ruziziensis, B dictyoneura, B.
mutica e B arrecta.

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Das braquiárias citadas, 80% da área de cultivo no país corresponde a


decumbens, brizantha, humidicola e ruziziensis, sendo as mais importantes.
Dentre as espécies, se destacam alguns cultivares mais utilizados no país,
conforme mostra a tabela abaixo:
TABELA Nº 2 – PLANTAS MAIS UTILIZADAS PARA O PLANTIO
Espécie Cultivares

Braquiária decumbens Basilisk

Xaraés
Braquiária Brizhanta Paitã
Marandu
MG4
Braquiária ruziziensis Kennedy

Lianero
Braquiária humidicola Comum
Tupi

18 - 7 - RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS
1ª - As áreas as serem recuperadas serão cercadas com cerca de arame
farpado e assim deve ser mantida isoladas com vistas impedir o acesso
e pastagens de animais domésticos que possam vir danificar a vegetação
2ª - Estas áreas serão limpas com a retirada dos lixos e entulhos grosseiros
e as mudas deverão ser plantadas no período chuvoso.
3ª - Deve ser feito um rigoroso controle contra as formigas onde elas
causam infestação, seguindo as orientações do fabricante de fornecida.
4ª - O plantio será conduzido de forma a expor certa heterogeneidade entre
as espécies selecionas ou disponíveis para a época do plantio.
5ª - Após o plantio proceder a irrigação na área plantada sementes sempre
que houver uma estiagem por mais de 15 dias.
6ª - A área de plantio será mantida limpa e sem concorrência de ervas
daninhas e invasoras.
7ª - Deve ser evitado o trafego de pessoas e não poderá ocorrer transito e
tráfego de maquinas e veículos nos locais plantados.

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8ª - Nos locais onde por ventura existir a presença de elementos arbustivos,


estes deverão ser mantidos , e nesta hipótese , haverá adensamento da
população já existente.
9ª - Decorridos cerca de quarenta dias do plantio, toda área deve ser
vistoriada e inspecionadas e uma vez constatada alguma falha ou morte
da vegetação ela deverá ser imediatamente replantada.
18 - 8 - MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO
Trata-se de uma etapa muito importante e critica para a finalização dos
trabalhos de recuperação das áreas degradadas. A adequada condução desta
etapa deve significar o controle e manutenção de todos os objetivos traçados
neste plano. Após a reabilitação das áreas degradadas, são necessárias ações
de monitoramento, isto é, ações e cuidados imprescindíveis em pontos
específicos para a garantia da segurança e qualidade ambiental, por um
determinado tempo.
Por isso o PFM apresenta um programa de monitoramento e manutenção da
área do Sítio durante um período após o encerramento das atividades e
também contempla os custos de monitoramento e manutenção. De modo
geral, deverão ser monitorados inícios de processos erosivos, estabilidade de
inclinações e taludes e assoreamento da drenagem, tanto no estrada de aceso
como no porto de carregamento.
Especial cuidado deve ser dado ao monitoramento das áreas revegetada, pois
após a fase de plantio serão necessárias observações periódicas da área
recuperada a fim de evitar, se for o caso, que haja retrocesso no processo.
Os fatores mais importantes a serem monitorados são os seguintes:
 Condições dos terrenos: monitorar processos erosivos nas
áreas recuperadas e/ou revegetada buscando corrigir essas
situações no inicio do processo observado, até que esteja
estabilizado o processo erosivo.
 germinação das plantas e sementes : se ocorrem na germinação
providenciar o replantio dentro do menor período possível e
atentar para a época mais adequada para o plantio.
 cobertura: nos pontos onde houver falhas de cobertura,
identificar a causa e refazer a semeadura se for o caso ou
plantio de novas sementes.
 estado nutricional da vegetação: esse controle visa detectar
qualquer carência nutricional junto às espécies selecionadas e
corrigir o problema com adubação adequada, se necessário.
 controle de pragas e doenças: importante etapa do
monitoramento que pode evitar prejuízo para toda a área.
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A etapa do monitoramento deve perdurar por todo tempo que for necessário
para que seja observada situação de equilíbrio e sustentabilidade na área
recuperada.
19 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO E SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
Nas áreas recuperadas nas suas imediações e ao redor, será implantado um
sistema bom e eficiente de sinalização com a colocação de placas indicativas
de advertência, indicativas de riscos e de medidas preventivas, de acordo
com a NR – 18. Esta sinalização tem como objetivo a redução dos riscos de
acidentes, informar sobre procedimentos de direção e alertar sobre os riscos.
As placas contém sinalização de regulamentação ( limite de velocidade,
estacionamento, etc.) ou de sinalização restritiva ( perigo, inflamável, uso
obrigatório de EPI, etc. ), placas de orientação, informativas, educativas e
conscientização.
No quadro que segue abaixo na página seguinte é mostrado alguns modelos
das principais e placas de sinalização orientativas e de riscos que poderão
serem colocadas na área recuperada.

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FIGURA Nº 8 MODELO DE PLACAS DE SINALIZAÇÃO

Equipamentos Proteção
Individual ( EPIs )

Parada Obrigatória

Proibido Ultrapassar

Proibido Produzir Chamas

Proibido Passar a Cerca

Perigo: Arame farpado

Perigo: Afaste-se

Cerca

Cones de Sinalização

Placas Avisos Diversos

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20 - RESULTADOS ESPERADOS
O projeto em questão, ou seja a elaboração e execução do Plano de
Fechamento de Mina, como já foi dito, será executado em algumas partes
da área de servidão, na medida que a lavra vai se desenvolvendo, mas vai
atingir sua plenitude total por ocasião do fechamento final da mina.
Espera-se ainda de maneira incipiente a recomposição da vegetação da área
de exploração, objetivo maior deste Plano. Deve se atentar por
acontecimentos por inimigos adversos que poderão inviabilizar o alvo
almejado, como por exemplo a possibilidade de queima oriunda de atos
irresponsáveis por transeuntes e ataque de formigas cortadeiras. Será dada
especial atenção a estes fatores, para alcançar o objetivo que se propõe de
recuperação da área.
É oportuno mencionar que o projeto ora apresentado não é uma fórmula que
não possa ser alterada. É sabido que em muitos casos o processo de
recomposição de vegetação às vezes é intenso, nem sempre consegue
plenamente recompor a diversidade de espécies que existia antes do
ambiente ser antropizado. Prevalece também a ideia de que a plena
recomposição do ambiente alterado tem sido de forma lenta, carecendo
muitas vezes de ações que auxiliem na recomposição da vegetação.
Espera-se que este Plano atinge as medidas necessárias para recuperação das
áreas atingidas diretamente pela implantação do areal e toda sua
infraestrutura básica de apoio.
21 - USO FUTURO DA ÁREA
A questão do uso futuro de áreas mineradas e recuperadas atualmente vem
ganhando destaque importante, e cada vez mais necessárias em tornando
necessárias, em virtude da racionalização dos recursos naturais, reintegração
espacial e busca por padrões mais sustentáveis.
No passado, o fechamento de mina se traduzia no simples abandono de uma
área minerada. Atualmente, já se reconhece que o fechamento de mina
compreende o retorno da área a um propósito com utilidade, incentivando
não somente questões físicas e ambientais, mas também socioeconômicas
Conforme já foi relatado no Item 18 - 1 - Considerações Iniciais deste Plano,
do total da área degradada somente uma pequena porção dela em torno de
1,65 ha, ou seja 16.500,00 m2 que compõe a fatia das terras destinada a
servidão da mina que está sendo degradada e será recuperada.
Está área intervencionada e que será objeto de recuperação, representa
aproximadamente menos de 3,50 % da área total.
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Sua parte maior está totalmente preservada e conservada para uso intensivo
com outras atividades agrícolas e pecuárias, que não tiveram um uso
específico durante a operação da mina.
Entende-se, portanto, que a área estará plenamente adequada ao uso futuro
(e que já se faz presente) após o pleno cumprimento dos itens previstos no
fechamento de mina.
Após a efetivação das medidas de reabilitação da área, é a valorização
estética e ambiental através da recomposição e enriquecimento vegetativo,
certamente vai obter um novo visual para aquele setor degradado e sua
inclusão no espaço natural.
O plano de reabilitação busca, ao encerramento dos trabalhos, suprir as
condições mínimas necessárias ao estabelecimento da vegetação e da fauna
sobre o espaço atual degradado. Inicialmente a vegetação será de contenção
da erosão através de gramíneas.
Assim sendo, não será cometido nenhum erro em afirmar com toda
segurança, quando fechamento da mina, as áreas recuperadas vão apresentar
condições semelhantes daquelas verificadas nas áreas primitivas originais
remanescentes, e seu uso futuro não será diferente daquele que já ocorre hoje,
com formação de pastagens para criação de gado.
22 - CRONOGRAMA FÍSICO - FINANCEIRO
O Cronograma Físico-Financeiro das etapas e serviços programados para o
fechamento da mina é relativamente muito importante pois apresenta a
estimativa dos custos no plano de fechamento auxilia a empresa a programar
o montante que será utilizado durante a desativação e possibilita que seja
feita uma poupança durante a vida útil da mineração a fim de evitar o impacto
negativo nas finanças da empresa durante este processo, então fica como
sugestão para trabalhos posteriores a elaboração de um estudo detalhado dos
custos com cronograma físico-financeiro do fechamento da Mina
O custo do fechamento de uma mina varia muito e depende de fatores como
a sua idade, localização, tipologia do mineral extraído, porte, gerenciamento
ambiental, características geológicas, dentre outros. O seu custo, portanto, é
muito específico.
A estimativa dos custos e previsão de recursos para este fim é um fator crítico
para a garantia da execução de todas as medidas e serviços previstos.

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É relevante destacar que os custos do fechamento desta mina, não serão


muito elevados e grande, devido as características deste empreendimento,
em se tratando, como já mencionado em itens anteriores, de uma pequena
mina na forma de areal que ocupa relativamente uma pequena área para sua
atividade de mineração, e ainda usando poucas máquinas e equipamentos
todas de pequeno porte, de ter implantado na área de servidão estruturas e
obras civis de apoio de para lavra de areia, também pequenas e muito
simples .

TABELA Nº 3 – CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO

Cronograma Físico-Financeiro Plano de Fechamento de Mina


Meses
Plano de fechamento de Mina
Itens 1 CUSTOS
Atividades/Serviços
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 2 ( R$ )
1 Serviços Preliminares X X 900,00
2 Pré-Fechamento-Topografia X X 1.450,00
Implantação Sistema
3
Drenagem X X 1.800,00
Desmobilização dos
4
Equipamentos e Estruturas X X X 3.500,00
Conformação/Preparação
5
Terreno X X X 1.750,00
Medidas de Revegetação –
6 Aquisição de Mudas e 6.500,00
Plantio X X X X
PRAD - Estabilização Física
7
da Área X X X 3.200,00
Medidas Segurança –
8
Implantação de Sinalizações X X X X 1.100,00
9 Monitoramento X X X X X X X X X X X X 3.300,00
Relatório Final Trabalhos
10
Efetuados X X 3.500,00

TOTAL 27.0,00

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23 - CONCLUSÃO
Deve ser afirmado, como já foi dito, a lavra de areia nesta mina, proporciona
impactos adversos de pequena magnitude e de média a curta duração, porém
representa uma atividade de relevante importância socioeconômica, pela
geração de emprego e renda, direta e indiretamente e ainda podendo
acrescentar outro fator que a demanda por areia de construção civil cresce a
cada dia no âmbito da região serrana onde está implantada a mina.
Em que pese as condições do jazimento de areia ser considerando diferente
de outros minérios, pois seus depósitos e reservas no leito do rio se renovam
ao final de cada ano hídrico a partir do aporte de sedimentos trazidos pelas
águas pode-se chegar um tempo que a desativação do empreendimento
mineiro terá um processo de encerramento das atividades de lavra.
Com a realização deste trabalho, chegou-se a criação de um Plano de
Fechamento compatível com a situação da empresa, podendo enquadrar o
tipo de fechamento existente e as medidas de desativação e monitoramento
visando à recuperação da área lavrada.
Por fim deve ser acrescentado que a empresa tem projeto e pretende
implantar algumas medidas de mitigação durante a vida útil da mina, a
fim de minimizar os impactos cumulativos durante a sua atividade. A
recuperação executada simultaneamente à mineração agrega a recuperação
ao cotidiano e não restringe ao final do empreendimento, evitando grande
parte dos custos causados por efeitos cumulativos dos impactos ocasionados
durante a lavra.
Assim sendo, a Empresa ASM TERRAPLENAGEM E
EMPREENDIMENTOS LTDA - ME, entendendo que a fase de
encerramento da vida da mina é muito importante, tem como obrigação e
objetivos eliminar o passivo ambiental em todos seus aspectos, e
contemplando todas fases necessárias, como desativação, reabilitação ou
recuperação, monitoramento e manutenção e pós-fechamento, apresenta e
espera ser aprovado este PLANO DE FECHAMENTO DE MINA – PFM.

SUMIDOURO, 09 DE NOVEMBRO DE 2023


ADEMAR VILELA Assinado de forma digital por
ADEMAR VILELA PEREIRA
PEREIRA
___________________________
Dados: 2023.11.10 08:45:54 -03'00'

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24 - REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
Resolução A.N.M. Nº 68, DE 30 de Abril de 2021, que dispõe sobre as regras
referentes ao Plano de Fechamento de Mina - PFM e revoga as Normas
Reguladoras da Mineração nº 20.4 e nº 20.5, aprovadas pela Portaria DNPM
nº 237, de 18 de outubro de 2001.
Portaria D.N.P.M. 237, de 18 de outubro de 2001.
NRM 20: Suspensão, Fechamento de Mina e Retomada das Operações
Mineiras., Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM.
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA. 1990. Manual de Recuperação de
Áreas Degradadas pela Mineração: técnicas de revegetação. Brasília,
IBAMA. 96p.
SÁNCHEZ, L.E.; SILVA-SÁNCHEZ, S.S.; NERI, A.C. (Org.). Guia para o
Planejamento do Fechamento de Mina. Brasília: IBRAM – Instituto
Brasileiro de Mineração, 2013. Disponível em: http://www.
Ibram.org.br/sites/1300/1382/00004091.pdf. Acesso em: 02 ago. 2017.
DE OLIVEIRA JÚNIOR, J.B., Desativação de empreendimentos mineiros:
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Doutorado- Departamento de Engenharia de Minas. Escola Politécnica,
Universidade São Paulo. São Paulo (2001)
MAIA, A. S. C.; BARROS, A. B. Plano de Controle Ambiental,
Sustentabilidade na Extração de Jazida e sua Aplicabilidade.
Manual de Licenciamento Ambiental para a Atividade de Exploração de
Substâncias Minerais de Emprego Imediato na Construção Civil no Estado
do Amazonas. Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, Manaus, AM,
2010.
MN-050.R-5 – CLASSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES POLUIDORAS
Orientações ao Empreendedor sobre o Licenciamento Ambiental no Estado
de Minas Gerais, Sistema FIEMG.
Geovane R. F. Nogueira, 2016. A Extração de Areia em Cursos D’água e
Seus Impactos: Proposição de uma Matriz de Interação.
Rodrigo Digiovani, 2011. Plano de Controle Ambiental – PCA – Em uma
Área de Extração de Areia.

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IT-1838.R-0 - Instrução Técnica para Elaboração do Plano de Controle


Ambiental - PCA - Para as Atividades de Extração Mineral.
Flor@m – Floresta e meio ambiente, 2017. A Cobertura Florestal em
Paisagens do Médio Vale do Rio Paraíba do Sul
CEIVAP, 2013. Caracterização do Uso Atual do Solo e Cobertura Vegetal.
LUIZ A. GUEDES, 2013. Os Impactos Ambientais Causados pela
Extração de Areia no Ribeirão José da Silva e Água Quente, Município de
Posse e Guarani de Goiás.
GONTIJO, Marcos Delgado, 2019. Controles Ambientais em Portos de
Areias
AFFONSO, F. L. Metodologia para implantação de sistema de gestão
ambiental em serviços de engenharia para empreendimentos petrolíferos:
um estudo de caso. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2001.
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Departamento Nacional de Produção Mineral. Anuário Mineral Brasileiro
- 2006. Brasil, 2006.
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Brasil, Capítulo 8 – Agregados para a Construção Civil. Brasil, 2006-II.
FARIA, Carlos Eugenio Gomes. A mineração e o meio ambiente no
Brasil. Relatório preparado para o CGEE (Centro de Gestão e Estudos
Estratégicos). 2002.
HERINGER, H. & MONTENEGRO, M.M. (eds.). Avaliação e Ações
Prioritárias para a conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica e
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Mata Atlântica, Fundação Biodiversitas, Instituto de Pesquisas Ecológicas,
MARTINI JUNIOR, L.C.; GUSMÃO, A.C.F. de. Gestão ambiental na
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FIGURA Nº 9 - CÓPIA DA LICENÇA DE EXTRAÇÃO


DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SUMIDOURO

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FIGURA Nº 10 – PLANTA IMAGEM SATÉLITE

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FIGURA Nº 11 – PLANTA TOPOGRÁFICA DETALHES

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FIGURA N º 12 CÓPIA DA ART

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FIGURA Nº - 13 - CÓPIA DA CARTEIRA PROFISSIONAL DO


CREA/RJ DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

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FIGURA Nº - 14 CÓPIA DA PROCURAÇÃO

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FIGURA Nº 15 - CARTEIRAS DE IDENTIFICAÇÃO DO


RESPONSÁVEL TÉCNICO

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