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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO

UNISAL - MARIA AUXILIADORA

Fabio Machado de Novaes


Patrick Leandro Silveira
Kauê Pasqualetto Justino

SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: ESTUDO DE


CASO DE ACIDENTES DE TRABALHO EM ALTURA E SEGURANÇA
EM CANTEIRO DE OBRAS

Americana
2021
Fabio Machado de Novaes
Patrick Leandro Silveira
Kauê Pasqualetto Justino

SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: ESTUDO DE


CASO DE ACIDENTES DE TRABALHO EM ALTURA E SEGURANÇA
EM CANTEIRO DE OBRAS

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso I


apresentado como exigência parcial para a
obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil
no Centro Universitário Salesiano de São Paulo.
Orientador: Prof.ª Dr. Alaor Rosa

Americana
2021
Fabio Machado de Novaes
Patrick Leandro Silveira
Kauê Pasqualetto Justino

SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: ESTUDO DE


CASO DE ACIDENTES DE TRABALHO EM ALTURA E SEGURANÇA
EM CANTEIRO DE OBRAS

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso I


apresentado como exigência parcial para a
obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil
no Centro Universitário Salesiano de São Paulo.
Orientador: Prof.ª Dr. Alaor Rosa

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso I defendido e aprovado (ou Monografia


defendida e aprovada) em . . , pela comissão julgadora:

__________________________________________
Profª. Dr. Alaor Rosa – Orientador
Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL

__________________________________________
Prof. Alaor Rosa – Membro Interno
Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL

__________________________________________
Profa. Dra. Adriana Aparecida Ambrosio de Souza – Membro Interno
Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL
RESUMO

A construção civil é uma atividade econômica de grande importância em nosso País.


É reconhecida nacionalmente por conta de um alto índice de acidentes de trabalho,
onde identifica-se a falta de procedimentos relacionados à segurança dos
colaboradores dentro dos canteiros de obra. O objetivo deste trabalho é desenvolver
análises críticas e evidênciar procedimentos relacionados à acidentes de trabalho
em altura, afim de aumentar a qualidade do serviço e promover segurança aos
colaboradores. Os conceitos utilizados abordam falta de procedimentos técnicos,
treinamentos específicos necessários para execução dos serviços e a não utilização
dos EPI’s e EPC’s. O trabalho propõe e evidência pontos que devem receber
melhorias, para que o colaborador exerça sua atividade em altura de forma segura,
sem oferecer riscos aos mesmos. A realização dos estudos de casos foram
separadas em duas diretrezes sendo a primeira uma análise crítica in loco sobre
irregularidades relacionadas a segurança do trabalho em altura e a segunda diretriz
refere-se a casos de acidente de trabalho em altura encontrados através de
pesquisas acadêmicas via internet.

Palavras-Chave: Acidente de Trabalho; Procedimentos Técnicos; Riscos;


Segurança; Atividade em Altura; EPI; EPC.
ABSTRACT

Civil construction is an economic activity of great importance in our country. It is


nationally recognized due to a high rate of work accidents, where the lack of
procedures related to the safety of employees on construction sites is identified. The
objective of this work is to develop critical analyzes and evidence procedures related
to work accidents at heights, in order to increase the quality of service and promote
safety for employees. The concepts used address the lack of technical procedures,
specific training required to perform the services and the non-use of EPI's and
EPC's. The work proposes and highlights points that should be improved, so that the
employee can safely carry out their activity at height, without posing any risks to
them. The carrying out of the case studies were separated into two guidelines, the
first being an on-site critical analysis of irregularities related to work safety at heights
and the second guideline refers to cases of work accidents at heights found through
academic research via the internet .
Keywords: Work accident; Technical Procedures; Scratchs; Safety; Activity at
Height; EPI; EPC.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Pirâmide de Heinrich....................................................................................18


Figura 2: Acidentes na construção civil......................................................................23
Figura 3: Espaçamento vertical do guarda corpo – rodapé........................................28
Figura 4: Espaçamento horizontal do guarda corpo – rodapé....................................28
Figura 5: Sitema de proteção barreira com rede........................................................29
Figura 6: Sitema de proteção de barreiras com abertura ..........................................30
Figura 7: Escadas de uso coletivo..............................................................................31
Figura 8: Linha de Vida...............................................................................................32
Figura 9: Cinto Paraquedista......................................................................................33
Figura 10: Talabarte....................................................................................................34
Figura 11: Absorvedor de Energia..............................................................................34
Figura 12: Trava Quedas............................................................................................35
Figura 13: Edifício sem as devidas proteções contra quedas de altura.....................37
Figura 14: Área aberta sem a instalação de guarda corpo 1......................................38
Figura 15: Área aberta sem a instalação de guarda corpo 2......................................38
Figura 16: Vão sobre os guarda corpo instalados......................................................40
Figura 17: Edifício sem a proteção de bandeja adequada.........................................41
Figura 18: Ausência de EPI e irregularidade na linha de vida....................................42
Figura 19: Utilização de linha de vida.........................................................................43
Figura 20: Check List APR..........................................................................................44
Figura 21: Local do acidente.......................................................................................44
Figura 22: Procedimento correto para utilização e andaimes....................................45
Figura 23: Check List APR..........................................................................................47
Figura 24: Escada de acesso ao teto da residência...................................................47
Figura 25: Vista do teto evidenciando as telhas fibrocimento....................................48
Figura 26: Vista do local onde ocorreu a queda do colaborador................................48
Figura 27: Equipe de resgaste no local do acidente...................................................50
Figura 28: Check List APR..........................................................................................50
Figura 29: Check List APR..........................................................................................52
Figura 30: Queda dos colaboradores do andaime.....................................................52
Figura 31: Check List APR..........................................................................................53
Figura 32: Sequência da queda do colaborador com uso da linha de vida...............54
Figura 33: Placa de Sinalização..................................................................................56
Sumário
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................8
1.1. OBJETIVO............................................................................................................9
1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.....................................................................................9
1.3. JUSTIFICATIVA....................................................................................................10
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................11
2.1. ASPECTOS HISTÓRICOS DA LEGISLAÇÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 11
2.2. ASPECTOS GERAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL.........................................................12
2.3. NR – NORMAS REGULAMENTADORAS COMO REFERÊNCIA....................................13
2.3.1. NR 04 – SESMT............................................................................................
2.3.2. NR 05 – CIPA................................................................................................
2.3.3. NR 06 – EPI’S................................................................................................
2.3.4. NR 07 – PCMSO...........................................................................................
2.3.5. NR 09 – PPRA...............................................................................................
2.3.6. NR 18 – PCMAT............................................................................................
2.3.7. NR 26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA...................................................
2.3.8. NR 35 – TRABALHO EM ALTURA...............................................................
2.4. ACIDENTES DE TRABALHO..................................................................................17
2.4.1. CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO...........................................................
2.4.2. ATOS INSEGUROS............................................................................................
2.4.3. CONDIÇÕES INSEGURAS...................................................................................
2.5. OS RISCOS DE ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL.............................................22
2.5.1. RISCOS AMBIENTAIS........................................................................................
2.5.2. RISCOS QUÍMICOS...........................................................................................
2.5.4. RISCOS ERGONÔMICOS....................................................................................
2.5.5. RISCOS DE ACIDENTES....................................................................................
2.6. ACIDENTES EM TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL E O DIREITO PENAL................25
2.7. ACIDENTES EM ALTURA......................................................................................27
2.8. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO COLETIVA CONTRA QUEDA EM ALTURA.....................27
2.8.1. SISTEMA DE GUARDA CORPO- RODAPÉ.............................................................
2.8.2. SISTEMA DE BARREIRA COM REDE....................................................................
2.8.3. PROTEÇÃO DE ABERTURAS NO PISO POR CERCADOS OU BARREIRAS COM
CANCELAS................................................................................................................

2.8.4. ESCADAS DE USO COLETIVO.............................................................................


2.8.5. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO PARA LIMITAÇÃO DE QUEDAS................................
2.8.6. LINHA DE VIDA.................................................................................................
2.9. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDA EM ALTURA ...................30
2.9.1. CINTURÃO PARAQUEDISTA................................................................................
2.9.2. TALABARTES....................................................................................................
2.9.3. ABSORVEDOR DE ENERGIA...............................................................................
2.9.4. TRAVA QUEDAS................................................................................................
3. METODOLOGIA.....................................................................................................35
4. ESTUDO DE CASO...............................................................................................36
4.1 ESTUDO DE CASO 1 – ANÁLISE DE SEGURANÇA IN LOCO.......................................36
4.1.1. APONTAMENTO 1 – SISTEMA DE GUARDA CORPO..............................................
4.1.2. APONTAMENTO 2 – SISTEMA DE PROTEÇÃO PERIFÉRICA...................................
4.1.3. APONTAMENTO 3 – DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO PARA LIMITAÇÃO DE QUEDAS
40
4.1.4. APONTAMENTO 4 – SISTEMA DE LINHA DE VIDA................................................
4.2. ESTUDO DE CASO 2 - ANÁLISE DE ACIDENTES EM ALTURA...................................43
4.2.1. CASO 1 .........................................................................................................
4.2.2. CASO 2..........................................................................................................
4.2.3. CASO 3..........................................................................................................
4.2.4. CASO 4..........................................................................................................
4.2.5. CASO 5..........................................................................................................
5. RESUMO DOS CASOS ANALISADOS.................................................................55
5.1. Orientações.......................................................................................................
5.1.1. DDS (DIALOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA):........................................................
5.1.2 SINALIZAÇÃO VISUAL:.......................................................................................
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................57
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................58
8

1. INTRODUÇÃO

O setor de Construção civil impulsionado pela maior disponibilidade de


financiamentos e juros mais acessíveis obteve um grande avanço, levando as
empresas a desenvolver projetos executivos e buscar avanço tecnológico e mão de
obra especializada. Por isso, é essencial a introdução de novos conceitos e
procedimentos de trabalho sobre seus riscos ocupacionais e seus efeitos aos
trabalhadores.

O acelerado ritmo de desenvolvimento acompanhou uma problemática dentro


dos canteiros e obras. As indústrias se depararam com um número pequeno de
colaboradores com especialização e treinamentos em procedimentos de segurança
de trabalho. Em alternativa, mesmo ciente que o cumprimento da legislação vigente,
são de suas responsabilidades, algumas normas foram ignoradas pelas empresas
devido a seus cronogramas apertados, mesmo que ciente que o cumprimento da
legislação vigente são de suas responsabilidades.

A lei 6.514 de 22 de dezembro de 1977 em seu artigo 157 é incisiva quanto à


responsabilidade das empresas no cumprimento e adoção de ações de
gerenciamento de acidentes e/ou doenças ocupacionais em obras, facilitando o
exercício das NR’s.

Sabe-se que o setor de construção civil é uma ocupação que concentra um


número grande de operários com pouca escolaridade. Segundo O Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Dieese (2020) destaca que
os colaboradores formais em 2018 tem o grau de escolaridade de 47,3% Ensino
Médio Completo, 21,3% o Fundamental Incompleto e 15,1% o Fundamental
Completo. A grande maioria dos empregados são pessoas humildes, imigrantes com
pouca ou nenhuma instrução. Normalmente estes trabalhadores, utilizam-se de
serviços braçal e não se atentam para a segurança necessária na realização da
atividade. Para um bom desempenho no emprego dos EPI/ EPC, há a
imprescindibilidade de se conhecer o manuseio, cuidados adequados e treinamentos
específicos para cada risco conforme preconiza a Norma regulamentadora NR 06.
9

É cabível dizer que os acidentes representam problema de saúde pública em


todo o mundo, por serem potencialmente fatais e incapacitantes e por acometerem,
em especial, pessoas jovens e em idade produtiva, o que acarreta grandes
consequências sociais e econômicas em nosso país. Entretanto, deve-se considerar
que os custos de treinamento em segurança serão menores que as consequências,
caso um acidente grave ou fatal ocorrer.

Além disso, percebe-se que há uma relutância na implantação das questões


relacionadas à segurança, principalmente pela perspicácia do colaborador que,
frequentemente, desconsidera as instruções de segurança. Os motivos muitas vezes
se da por considerarem os processos desagradáveis, portanto, desrespeitam as
mesmas, contribuindo assim com o aumento no número de acidentes.

O uso de EPI minimiza de forma muito significativa os riscos, porém muitas


empresas não orientam quanto ao seu uso, principalmente devido às falhas de
comunicação. Por esse motivo, a falta de orientação explica o fato do EPI ser usado
de maneira inapropriada, insuficiente ou ineficaz.

1.1. Objetivo

O presente trabalho tem como objetivo identificar e analisar casos irregulares


encontrados e acidentes de trabalho em altura, ocorridos na construção civil, com
base em laudos e artigos e propor melhorias e procedimentos de segurança padrão
nas atividades em altura, tendo em vista prevenir todos os possíveis riscos de
quedas existentes durante a execução de obras, no que se refere aos treinamentos,
uso de EPI’s e a disposição dos EPC's em um canteiro de obras, buscando diretrizes
de prevenção e capacitação para os trabalhadores, visando a sensibilização dos
mesmos quanto à segurança individual e coletiva, conforme preconiza as normas
regulamentadoras (NR’s).

1.2. Objetivos Específicos

 Conhecer a legislação pertinente à segurança do trabalho;


10

 Demonstração das categorias e estatísticas de acidentes de trabalho na


construção civil;
 Verificação sob que condições os trabalhadores atuam quanto aos riscos;
 Identificação dos riscos de queda de altura em obras;
 Designação de procedimentos de segurança em relação às formas de
prevenção de acidentes;
 Classificação dos tipos de EPI's e EPC's, utilizados em atividades realizadas
em altura;
 Análise de irregularidades encontradas em um estudo de caso com referência
às NR’s.
 Análise completa de acidentes com referência às NR’s.

1.3. Justificativa

A diminuição dos acidentes de trabalho em altura, ocorridos na construção civil,


é imprescindível, visto que esta categoria de acidente muitas vezes são fatais,
agregando extrema importância no contexto da sociedade brasileira, pois os custos
dos acidentes de trabalho em nosso país são elevados, nos quais são estimados em
até 26,2 bilhões de reais por ano, segundo o Observatório Digital de Saúde e
Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT). Estes custos são
atribuídos a indenizações, gastos em assistência médica, custos judiciais e
pagamento de seguro ao colaborador acidentado.

De acordo com Moraes et al. (2012) os acidentes também causam impactos


psicossociais na família do acidentado, visto que em caso de acidente fatal perde-se
um ente querido, gerando nos familiares sentimentos de tristeza profunda, podendo
até causar depressão em algum dos familiares. Ainda se ressalta a dificuldade da
família em arcar com as despesas já que a vítima pode ser a maior responsável pelo
orçamento financeiro dentro da sua casa. Além deste impacto, o incidente repercute
na vida social do acidentado, visto que as consequências do acidente pode provocar
lesões irreversíveis, como: lesões osteomusculares, lesões na coluna e perda de
movimentos corporais e lesões cerebrais.
11

Deduz-se que o estudo pode contribuir tanto com as organizações do setor,


quanto aos trabalhadores da área e aos presentes autores, como futuros
possíveis engenheiros gestores de obras. Além do conhecimento mínimo sobre
segurança do trabalho, deve-se ter o fundamento para transformar as exigências em
prática, para que a obra seja mantida em condições seguras, priorizando dessa
forma, a integridade física e a saúde dos colaboradores. Contudo, o presente estudo
pode cooperar com a difusão das aplicações adequadas referentes as Normas
Regulamentadoras (NR’s) e também identificar os empecilhos, caso haja o
descumprimento da mesma. 

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Aspectos Históricos da Legislação da Saúde e Segurança do Trabalho

Para a assimilação sobre segurança do trabalho, é necessário informar-se


sobre alguns momentos do processo histórico da prudência.

Em 1700, o médico italiano Bernardino Ramazzinni desenvolveu um grande


trabalho sobre doenças em função do trabalho. Através de entrevistas e
questionários referente as rotinas, detectou-se ligação entre as atividades realizadas
e as doenças, transpondo cem profissões citadas.

Com o surgimento da revolução industrial inglesa, ocorreu a falta de mão de


obra especializada e conhecimento sobre a saúde e segurança do trabalho. Em
virtude disso, sucedeu diversas doenças e acidentes de trabalho e devido a esta
situação o parlamento inglês aprovou em 1802 a lei de saúde e moral dos
aprendizes, que preconiza os limites de horas de jornadas de trabalho, proibição de
trabalho noturno e medidas de higiene nas fábricas.

Mesmo com a implantação desta lei muitos empresários não adotaram em suas
fábricas devido à queda de produção. Este ato forçou o parlamento incorporar a Lei
das fabricas, que conjeturou a realização de inspeções na fábricas e criou a idade
mínima para trabalho de 9 anos de idade. Esta mesma lei limitou a carga horaria
para 69 horas semanais e proibiu o trabalho noturno.
12

A datar disso, cientistas começaram a estudar a segurança do trabalho e


perante a isto, Herbert William Heinrich em 1931, visou prevenir os acidentes e os
riscos a lesões corporais nos colaboradores.

Somente em 1941 a história da proteção legal ao colaborador contra acidentes


e doenças ocupacionais do Brasil começou. Este episódio se deu quando os setores
privados criaram a Associação Brasileira para a Prevenção de Acidentes, mas
somente em 1978, criou-se as Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina
do Trabalho e deram-se as normas o poder de lei, qual submetem as empresas o
legítimo desempenho.

2.2. Aspectos Gerais da Construção Civil

No Brasil a construção civil corresponde um dos âmbitos corporativos com


maior absorção de mão de obra e segundo Takahashi et al. (2012) se enquadra
entre as maiores potências econômicas, com grande potencial de desenvolvimento
de oportunidades de cargos.

Patrício (2013) destaca que a engenharia envolvia áreas civil e militar, porém
essas divisões se perderam no decorrer da história. Após esse período o termo
construção civil se tornou oficial apenas ao englobamento dos engenheiros e
arquitetos civis.

Tortato (2006) enfatiza que o avanço e a prosperidade econômica se da a


encargo da construção civil.

De acordo com Medeiros e Rodrigues (2009), dentro da construção civil, há


uma exigência de zelo quanto a questão de segurança, gestão com qualidade e
respeito ao meio ambiente. Incorporado a este assunto, os colaboradores
simbolizam uma categoria de operários expostos a ambientes riscosos e insalubres.
13

Seguindo o conceito de Farah (1993), o conhecimento, fiscalização e a


antecipação dos procedimentos de segurança sobre os riscos são prioritárias para
precaução dos mesmos.

2.3. NR – Normas Regulamentadoras como referência

As normas regulamentadoras são leis criadas pelo Ministério do Trabalho e


Emprego (MTE). Essas normas regulamentam as condições e procedimentos de
segurança obrigatórios para todas as empresas em território brasileiro, dentre
dessas Normas regulamentadoras podemos citar:

2.3.1. NR 04 – SESMT

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho — SESMT, são colaboradores da área da saúde e segurança que


possuem o intuito de promover a segurança e saúde do colaborador no local de
trabalho conforme preconiza NR 4. Estes serviços devem ser integrados por Médico
do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho,
Técnico de Segurança do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.

As organizações privadas e públicas, que possuam colaboradores regidos pela

Consolidação das Leis do Trabalho — CLT, devem manter estes serviços


Especializados.

O dimensionamento dos SESMT é feito a partir dos sucessivos graus de riscos


das atividades e o total de empregados, seguidos nos Quadros I e II mencionada na
NR.

2.3.2. NR 05 – CIPA
14

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como propósito a


precaução de acidentes e doenças resultantes do trabalho.

Quaisquer empresas sejam públicas ou privadas que possuam empregados,


devem constituir a CIPA conforme preconiza a NR 5 - Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes.

A CIPA é constituída de representantes e funcionários, conforme o


dimensionamento previsto no Quadro I da NR 05.

2.3.3. NR 06 – EPI’S

De acordo com a NR-6 da Portaria 3214/78 do MTE, considera-se Equipamento


de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.

A venda dos EPI’s seja de fabricação nacional ou não, só é possível com a


indicação do Certificado de Aprovação – CA.

Nenhum colaborador da obra deve ser cessado das orientações para utilização
apropriada dos EPI’s e recebê-los, gratuitamente, em completa condição de
conservação e desempenho, em concordância com a lei 6.514/1977, do ministério
do trabalho, CLT – Consolidação das Leis de Trabalho / Capítulo V – da segurança e
medicina do trabalho / Seção IV - do equipamento de proteção individual - Art.

2.3.4. NR 07 – PCMSO

Esta Norma exige que as empresas e instituições admitam seus colaboradores


como empregados do PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional, afim de preservar a saúde de seus colaboradores.

Outro propósito é a determinação dos parâmetros mínimos e diretrizes gerais


para execução do PCMSO. A empresa contratante de mão de obra terceirizada deve
15

auxiliar na elaboração do documento e evidenciar os riscos existentes no local da


prestação de serviços.

2.3.5. NR 09 – PPRA

Esta Norma exige que as empresas e instituições admitam seus colaboradores


como empregados do PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. A
cargo disso a antecipação sobre os reconhecimentos e avaliações de riscos
ambientais, contribuem com a preservação da saúde de seus colaboradores.

A elaboração deste programa deve seguir no mínimo os seguintes itens:

 Planejamento anual de metas, prioridades e cronograma;


 Estratégia e metodologia de ação;
 Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
 Periodicidade e avaliação do desenvolvimento do PPRA.

2.3.6. NR 18 – PCMAT

O PCMAT - Condições de Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da


Construção apresenta regulamentações de segurança para serviços e etapas do
processo construtivo, em razão disso é necessário que os engenheiros responsáveis
entendam sobre as regras impostas nesta NR para a garantia da segurança dos
colaboradores dentro da obra.

Alguns dos propósitos do PCMAT: garantir a saúde e a integridade dos


colaboradores; definir as responsabilidades dos gestores de obras; determinar
medidas de prevenção e proteção que evitam as situações de risco nas obras; criar
e operar ações que previnem os riscos e por fim orientar os gestores a aplicar as
técnicas seguras de execução pertinentes a cada atividade/ etapa da obra.
16

De acordo com o item 18.2 da NR 18, o PCMAT: a norma se aplica às


atividades da indústria da construção e nas atividades, e serviços de demolição,
reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral e de manutenção de
obras de urbanização.

A elaboração do PCMAT se da por um profissional habilitado na área de


Segurança no Trabalho e sua implementação é de responsabilidade do empregador.

2.3.7. NR 26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

A determinação das cores de segurança adotadas e utilizadas pelas obras para


delimitar equipamentos, tubulações e identificação de riscos, se da por esta NR.

2.3.8. NR 35 – TRABALHO EM ALTURA

Esta Norma Regulamentadora gerencia a segurança de trabalho em altura. A


classificação de trabalho em altura se da por qualquer atividade executada acima de
dois metros do nível inferior. Esta norma determina parâmetros para precaução e
proteção dos colaboradores, dentre destas medidas podemos citar:

 Sistema de proteção contra quedas: O SPQ é dividido entre proteção


coletiva e individual sendo eles SPCQ (sistema de proteção coletiva) e SPIQ
(sistema de proteção individual). O SPCQ tem a finalidade de prevenir os
colaboradores sujeitado às eminências de riscos de quedas. Um bom exemplo
desse sistema é o guarda-corpo e redes de segurança.
 O SPIQ possui a funcionalidade de resguardar o colaborador
individualmente. Os exemplos mais triviais é o uso de cinto de segurança e trava
quedas.
 Análise Preliminar de Risco: O reconhecimento e previsões de episódios e
acidentes se da com uma análise crítica de uma tarefa à ser executada. Esta análise
deve ser executada pela equipe de trabalho juntamente com um profissional
capacitado em segurança do trabalho.
 Permissão de trabalho: Esta permissão é um formulário atestado por um
profissional de segurança do trabalho antes de qualquer tarefa operacional e só é
17

possível se todas as condições da atividade em altura forem totalmente seguras


para os colaboradores e o ambiente em si. Nesta permissão, adentra se o
colaborador está com a saúde apta para a realização da atividade (NR 35 item
35.4.1.2) e se o mesmo receberá treinamentos e utilizará EPI’s e EPC’s adequados
(NR35 item 35.3.2).

2.4. Acidentes de Trabalho

Acidente é deliberado como uma ocorrência anormal, que a realização de uma


operação, o que acarreta perda de tempo, dano material ou físicas.

A lei 8.213, de 24 de julho de 1991, define acidente de trabalho como: "acidente


de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei,
provocando lesão corporal, perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho". De acordo
com o art. 19° da Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991 (Brasil, 1991).

Nos tempos atuais, a busca em relação à segurança do trabalho e


cumprimentos das normas regulamentadoras pelas empresas tem aumentado, pois
os efeitos de um acidente à empresa são expressivos, como ações trabalhistas,
custos com o acidente, reputação da empresa e até mesmo suspensões das
atividades.

Segundo (CHIAVENATO, 1999), o investimento na segurança do trabalho com


reuniões, treinamentos intensivos são viáveis às empresas, pois assim além de
reduzir os custos, irá proporcionar um aumento na produtividade e evitará
afastamentos por acidentes gerando um ótimo custo/benefício.

A definição de acidente de trabalho não se declara apenas à danos corporais, à


saúde ou a morte do trabalho. Outras circunstâncias como incidentes ou o quase
acidentes sem lesões, são indicadores que um acidente maior pode ocorrer, sendo
uma lesão grave para cada 100 lesões leves e 500 acidentes com danos a
propriedade. Conforme ilustra a pirâmide de Heinrich na Figura 1.
18

Figura 1: Pirâmide de Heinrich.


Fonte: Ergocorp, 2016

disponível em: <https://www.ergocorp.com.br/noticia/piramide-de-heinrich-entenda-como-funciona-a-


teoria-dos-desvios> acesso em 15 mar 2021.

A Pirâmide mostra que a cada 30 mil desvios resultam 3 mil acidentes, 300
acidentes sem afastamento, 30 acidentes com afastamento e um acidente fatal.
Essa estatística identifica o alto índice de desvios que são os geradores dos
acidentes do trabalho e ressalta a importância de gerenciar a questão
comportamental, personalidade e características profissionais dos colaboradores.

2.4.1. Causas dos Acidentes de Trabalho

Através dos estudos de Heinrich, o mesmo classificou os acidentes em


porcentagem, onde 88% são provocados por atos inseguros, 10% por falta de EPI’s
ou EPC’s no ambiente de trabalho e 2% por causas imprevisíveis.

Assim é possível interpretar que 98% dos acidentes ocorrem sem as devidas
condições de saúde e segurança, máquinas defeituosas, falta de equipamentos de
segurança entre outros.
19

2.4.2. Atos Inseguros

Atos inseguros são ações cometidas pelo trabalhador que pode ocasionar um
acidente, colocar-se em perigo ou até envolver outro companheiro de trabalho.
Alguns exemplos de atos inseguros são a não utilização de EPI’S, negligenciar as
normas de segurança estabelecida pela empresa, falta de atenção na realização das
atividades e operar maquinário sem ter a devida habilitação.

Entendendo toda a funcionalidade do que concede um ato inseguro, é possível


analisar o ambiente e encontrar os atos e riscos quem sejam feitos de forma
consciente ou não pelo colaborador durante a realização de suas atividades.

Um método preventivo para os atos inseguros é a capacitação do colaborador


com treinamentos, onde o mesmo deve ser treinado referente ao uso dos
equipamentos de segurança, reconhecimentos dos riscos a que estão expostos
durante a sua atividade e causas do ato inseguro. Assim, após os treinamentos o
colaborador se torna capacitado de identificar qual ação pode levá-lo a cometer um
ato inseguro.

Conforme De Cicco (1982, BAU, 2012), existem 3 grupos de causas do ato


inseguro, conforme fundamenta:

 Adequação entre trabalhador e função: sabe-se que os colaboradores não


cometem os atos inseguros conscientemente, esses atos são cometidos, pois há
colaboradores que não possuem a capacitação para realização da atividade na qual
foi proposto. Como medida preventiva a empresa necessitará realocar este
colaborador para realizar atividades qual ele possui maiores capacidades técnica.
 Falta de conhecimento dos riscos na função e/ ou maneiras de prevenir: os
colaboradores sem a devida ciência dos riscos expostos em sua tarefa, irá praticar
atos inseguros se expondo à riscos sem ter a menor consciência do perigo. A
implantação de treinamentos de integração aos colaboradores pode inibir este
problema.
 Desapontamento na vida social e profissional: em algumas condições
especificas o ato acontece por conta do colaborador não estar realizando a atividade
com a atenção necessária para tal. Engloba-se, nesta categoria os problemas que
podem afetar o comportamento psicossocial humano qual dificulta o convívio social
20

na empresa. Alguns fatores que contribui para este problema são a baixa
remuneração salarial, “bullying” no ambiente profissional e aborrecimentos da vida
pessoal levadas ao âmbito profissional.
Ainda segundo Zocchio (2002), conforme a tabela abaixo, dependendo da área
de trabalho, pode ter exemplos de alguns atos inseguros (Tabela 1).

Tabela 01 – Exemplos de atos inseguros e suas causas.

Fonte: Autores, 2021

Campos (2001), relata que acidentes possuem causas imediatas, sendo elas
básicas e gerenciais. As Imediatas podem ser subdivididas como condições e atos
inseguros. As causas básicas ocorrem por conta da má gestão administrativa dos
riscos. As gerencias são causadas por erros ao longo da gestão do riscos, sendo
21

assim, é possível exemplificar-se com a falta de implantação de análise preliminar


de risco, a não utilização de EPI’s e inspeções mal executadas dos EPC’s.

Na ocorrência de um acidente, o ideal é analisar os fatos que proporcionaram o


episódio, afim de encontrar as falhas que originaram e assim criar processos
preventivos para que os atos ou condições inseguras não sem repitam.

2.4.3. Condições Inseguras

No conceito de Zocchio (2002), as condições inseguras no ambiente de


trabalho colaboram com a insegurança e expõe o colaborador à riscos e danos
físicos. Essas condições podem ser desde irregularidades técnicas, escassez de
EPI’s e EPC’s, ou até mesmo a incompetência dos responsáveis técnicos.

As empresas possuem o dever com os procedimentos de segurança por


intermédio dos técnicos de segurança, encarregados e supervisores. (RIVEIRO
FILHO, 1974).

Os supervisores, possuem a melhor atuação para atuar junto aos


colaboradores, pois estão diariamente coordenando para que não cometam atos
inseguros e desenvolvam uma “mentalidade de segurança”. Por outro lado, é
responsável também pela erradicação das situações inseguras existentes em sua
área de trabalho.

É trivial associar as condições inseguras diretamente aos atos inseguros, pois


os colaboradores visualizam uma condição insegura e mesmo assim praticam as
tarefas, conscientes que este ato pode ocasionar um acidente. Para evitar qualquer
episódio é imprescindível que o mesmo avise aos superiores sobre as condições de
trabalho e se recuse a executar o serviço para a sua própria segurança.

Michael (2000), deduz que, para a eficácia de uma precaução de acidentes, os


atos e condições inseguras no ambiente de trabalho devem ser erradicados e para
êxito na aplicação destes procedimentos, deve haver: seleção trabalhista, exigência
de avaliação médica, treinamento e capacitação, comunicação, mapeamento de
áreas de risco e amparo absoluto dos responsáveis técnicos.
22

As condições inseguras são definidas por cada área. Abaixo são citados
algumas das principais e demais ocorrências:

 Ausência de proteções em máquinas e equipamentos;


 Proteções inapropriadas ou em más condições;
 Ausência de limpeza constante;
 Espaços estreitos;
 Deformidade nas edificações;
 Problemas nas instalações elétricas;
 Iluminação não apropriada;
 Ventilação insuficiente;
 Ausência ou escassez EPI’s e EPC’s;
 Ausência ou ineficácia de manutenção.

Sendo assim, a empresa que aplicar os procedimentos corretos, qualifica os


colaboradores para identificar os riscos inerentes nas atividades diárias e variadas.

2.5. Os Riscos de Acidentes na Construção Civil

O ambiente de uma obra pode ser definido como um local onde há diversas
atividades simultâneas, movimentação de equipamentos, utilização de materiais e
ferramentas e isto acaba tornado-a um local propício às incidentes e acidentes.
Apesar disso, mediante às inspeções in loco, os riscos pertinentes são debatidos por
profissionais da área de segurança do trabalho, a fim de identificar circunstâncias
periclitantes ou a prática de ações inconsequentes, classificando e mapeando-os em
concordância com as normas regulamentadoras.

Tendo como base os dados do governo brasileiro sobre apuramento dos


acidentes de trabalho, a porcentagem de acidentes de trabalho por cada atividade
na construção civil é concedida pelo gráfico abaixo:
23

Figura 2: Acidentes na construção civil.


Fonte: Blog Heitor Borba, 2011

disponível em: <https://heitorborbainformativo.blogspot.com/2014/04/> acesso em 15 mar 2021.

2.5.1. Riscos Ambientais

Conforme a NR 9 preconiza, no ambiente de trabalho existem riscos ambientais


e para que no colaborador não sofra danos à saúde, as condições e tempo de
exposição, são definidas nesta NR.

Em obras há diversos riscos, conforme se exemplifica-se abaixo:

Ruídos: Ruído ocupacional é definido como qualquer som desagradável ao


ouvido que acontece no ambiente, como por exemplo: barulhos de maquinários,
ferramentas, execução de fundações, concretagem e etc.

A exposição à ruídos acima de 85 decibéis pode causar danos à saúde do


colaborador, como, por exemplo: perda ou diminuição da audição.

Vibrações: Essa exposição pode afetar o corpo por completo ou alguns


membros. A exposição por completo decorre quando há uma vibração dos pés ou do
assento e a vibração de membros decorre no momento em que a operação de
maquinas produz vibrações.

Os danos que são ocasionados: é o cansaço, dores em todo corpo e até


mesmo Lesões por Esforço Repetitivo (LER).

Calor: Em obras este risco é encontrado através de trabalhos realizados


expostos aos raios solares.
24

Os danos possíveis vão desde a desidratação progressiva, câimbras,


exaustão, até o choque térmico.

Radiações Não Ionizantes: Esta radiação são as energias de baixa frequências.


Constante o Anexo 7 da NR-15, são radiações não ionizantes as micro-ondas,
ultravioletas e “laser”. Em obras a exposição a estes riscos encontram-se durante a
solda metálica de equipamentos e exposição a raios solares.

2.5.2. Riscos Químicos

Os riscos químicos são encontrados nas obras, onde é manipulado os


materiais, como o cimento ou em fragmentos de materiais: particulados totais e
respiráveis, poeiras alcalinas, névoas, gases, vapores, substâncias, compostos ou
produtos químicos.

2.5.4. Riscos Ergonômicos

Os riscos ergonômicos são os fatores que podem causar danos físicos ou


mentais, gerando desconfortos ou doenças nos colaboradores.

São considerados riscos ergonômicos: esforço físico em excesso, levantamento


de peso, postura inadequada, estresse extremo, trabalhos em período noturno,
jornada de trabalho intensa. No ambiente de trabalho das obras podemos encontrar
esses riscos em posturas desajeitadas ou carregamento de equipamentos e
materiais pesados. Há ainda os riscos psicológicos, causada por pressões de
resultados e uma grande da jornada de trabalho.

2.5.5. Riscos de Acidentes

Os riscos de acidentes no ambiente de trabalho, são questões que colocam o


colaborador em apuros e podem causar danos físicos e até mesmo morais do
colaborador, como lesões, doenças ou até mesmo o falecimento. Em obras
25

podemos encontrar esses riscos em máquinas e equipamentos sem proteção,


ferramentas inadequadas ou defeituosas, eletricidade, etc.

2.6. Acidentes em trabalho na construção civil e o direito penal

Partindo do princípio de que se trata de uma obra/serviço de engenharia


regular, com sua devida Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), caso ocorra
algum acidente grave, o engenheiro responsável técnico da obra é quem responde
inicialmente, pelo fato do encargo da responsabilidade quanto a administração e
fiscalização da obra, visto que acidentes na construção civil calham da falha de
identificação de riscos e acatamento das regras de segurança. Sobretudo, no âmbito
penal o mestre de obras e o técnico em segurança também podem ser considerados
responsáveis pelo acidente, independentemente de quem seja o responsável.

Em uma ocorrência de uma vítima fatal em um canteiro de obras, há duas


consequências jurídicas:

• AUDITOR FISCAL DO TRABALHO: Consiste em uma vistoria completa


da obra em relação ao cumprimento da legislação de proteção ao trabalhador, com
poder de decretar a paralisação da obra em caso de violação de uma norma técnica
intrínseca à legislação.

• APURAÇÃO DO FATO PELA POLÍCIA: Inicia-se pela abertura de um


inquérito policial afim de averiguar a tipificação do caso, tendo como possibilidade de
ser culposo, doloso ou um acidente, consequência de um ato equivocado da vítima.

Em um conceito prático, é possível relatar que a falta ou o uso inadequado dos


EPIs são as principais causas. Esse motivo pode partir desde o não fornecimento
dos EPI’s, EPIs desgastados ou impróprios e até mesmo a recusa a utilizá-lo,
mesmo que a empresa tenha fornecido todos corretamente para execução da
atividade.

Em caso do seguimento de uma obra sem fornecimento dos EPIs aos


colaboradores, mesmo que não haja nenhum acidente, o responsável técnico pode
vir a praticar o crime previsto no art. 132, do C.P. (expor a vida ou a saúde de
26

outrem a perigo direto e iminente – Pena: detenção de 3 meses a 1 ano, se o fato


não constitui crime mais grave).

No entanto, em caso de lesão ou morte ocorre outra penalidade, no qual se


caracteriza como homicídio ou delito de lesão corporal, podendo ser doloso ou
culposo.

Acidentes fatais no ambiente da construção civil se enquadra na categoria


culposa (art. 121, § 3º - Pena: detenção de 01 a 03 anos), tendo a possibilidade da
aplicação de aumento de pena na primeira parte do § 4º, do artigo 121, do C.P.

A tipificação de crime doloso é possível dentro deste conceito, porém a sua


classificação é rara, mesmo quando o responsável não forneça EPI’s sem o
propósito de que ocorra acidentes.

Em um cenário onde é detectado uma atividade altamente arriscada, tendo em


vista a eminência de acidente sem os devidos EPI’s e com a liberação do
responsável, há uma probabilidade deste evento se tornar um crime doloso, pois
houve assunção de risco.

Se tratando de pessoa jurídica, indiferentemente da tipificação do crime, caso


seja evidenciado que a causa do acidente tenha sido originada de desconsideração
ou desleixo do responsável, uma indenização vultosa à família do acidentado será
submetida.

Em um episódio em que após o desfecho das investigações seja constatado um


mero acidente ou que apenas tenha sido um ato inseguro partido exclusivamente do
colaborador não tendo como “culpabilizar” ninguém, a responsabilidade sobre a
empresa é absolvida ou “atenuada”.

Levando em consideração as alegações citadas, estas tragédias além de


causar danos irreversíveis às famílias do acidentado, podem suceder em
indiciamentos, em autuações e até mesmo embargos.
27

2.7. Acidentes em altura

Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2017, 14,49% das


mortes ocorridas se deu a acidentes de trabalho em altura. Sendo assim, esta
categoria de acidente se torna alarmante e ainda assim, as principais causas dos
acidentes geralmente são as mesmas.

Estes acidentes se dão por conta da ausência ou falta de treinamentos e


qualificações do colaborador. A qualificação para realização de trabalho em altura
advém da NR 35 e pelo menos 8 horas de treinamento e conscientização.

Além de todo treinamento, o SESMT da empresa é responsável por toda a


fiscalização para prevenção dos incidentes, sendo elas:

Fiscalização e inspeção dos equipamentos de segurança – Todos os


equipamentos devem estar em ótimo estado de conservação e estarem certificados
conforme preconiza a NR 06.

Comunicação – A comunicação com os operários é imprescindível para a


compreensão dos mesmos em relação às atividades exercidas.

Aptidão - Para realização do trabalho em altura os colaboradores devem passar


por exames de aptidão, de acordo com o Programa de controle médico de saúde
ocupacional – PCMSO, listados na NR 07.

Apesar das empresas consentirem com as normas, o colaborador pode se


recusar a trabalhar em atividades com eminência de riscos irrefutáveis à própria
saúde ou de outros indivíduos, e recebe o direito de comunicar à diretoria por suas
intervenções.

2.8. Dispositivos de proteção coletiva contra queda em altura

De acordo com as NR-18 e NR-35 é obrigatório a utilização de dispositivos de


proteção em locais onde pode haver eminências de quedas, seja de colaboradores
ou materiais.

Abaixo estão listados alguns dos principais sistemas atualmente exigidos:


28

2.8.1. Sistema de guarda corpo- rodapé

Este sistema é necessário em escadas, andaimes, plataformas e em áreas com


lacunas ou aberturas de paredes, como em construções de edifícios em alvenaria
convencional, como demonstra-se as figuras 3 e 4:

Figura 3: Espaçamento vertical do guarda corpo – rodapé


Fonte: Gulin, 2012

disponível em: < https://pt.scribd.com/document/263368615/Gulin> acesso em 15 jul 2021.

Figura 4: Espaçamento horizontal do guarda corpo – rodapé


Fonte: Gulin, 2012

disponível em: < https://pt.scribd.com/document/263368615/Gulin> acesso em 15 jul r 2021.


29

O principal encargo do sistema é promover o resguardo contra quedas, seja de


colaboradores ou materiais.

2.8.2. Sistema de barreira com rede

A construção do sistema consiste em dois cabos de aço ou tubo metálico,


amarrados nos extremos das áreas desprotegidas, sendo o superior à 1,20m e o
inferior rente ao piso. É importante ressaltar que todo o processo deve ser feito
antes das atividades serem iniciadas.

Figura 5: Sistema de proteção barreira com rede.


Fonte: Gulin, 2012

disponível em: < https://pt.scribd.com/document/263368615/Gulin> acesso em 15 jul 2021.

2.8.3. Proteção de aberturas no piso por cercados ou barreiras com cancelas

Em obras onde há aberturas no piso é muito comum para utilização de


transporte de materiais e equipamentos, para que isso ocorra de forma correta,
deve-se dispor um sistema de proteção em torno da abertura. Conforme a NR-18, a
proteção compõe-se de um guarda corpo – rodapé com cancela, ilustrado na Figura
6.
30

Figura 6: Sistema de proteção de barreiras com abertura.


Fonte: Gulin, 2012

disponível em: < https://pt.scribd.com/document/263368615/Gulin> acesso em 15 jul 2021.

2.8.4. Escadas de uso coletivo

Em conciliação com a NR-18 a utilização de escadas são designadas para


locais onde se ultrapassa 20 colaboradores em toda decorrência das atividades.

As instalações das escadas devem ser instaladas com corrimão, rodapé e


necessita de madeiras de qualidade, para que não haja riscos à resistência da
mesma, porém de modo geral deve-se seguir os mesmos conceitos do sistema de
guarda corpo-rodapé. Além de sua estrutura a determinação da largura é definida
pela quantidade de colaboradores e se dá pela Recomendação Técnica de
Procedimento número 4 - RTP 4 (FUNDACENTRO, 2002).

Tabela 02 – Exemplos de atos inseguros e suas causas.

Fonte: Fundacentro, 2002


31

disponível em: < https://alextinoco.com/downloads/rtp-04-escadas-rampas-e-passarelas-pdf/


> acesso em 15 jul 2021.

Ainda conforme a RTP 04 (Fundacentro, 2002) desníveis com mais de 2,90 m é


necessário projetar um patamar intermediário com comprimento maior ou igual à
largura necessária de acordo com a tabela 2.

Figura 7: Escadas de uso coletivo


Fonte: Fundacentro, 2002

disponível em: < https://alextinoco.com/downloads/rtp-04-escadas-rampas-e-passarelas-pdf/


> acesso em 15 jul 2021.

2.8.5. Dispositivos de proteção para limitação de quedas

Conforme NR-18 é obrigatório, na periferia de uma edificação, as plataformas


de limitação de queda em construções de edifícios que superam quatro pavimentos.
A instalação da mesma deve ocorrer simultaneamente com as atividades
necessárias para finalização da primeira laje, respeitando as medidas mínimas de
2,50 m e um complemento de 0,80 m de extensão, com inclinação de 45º.

Construções que há aberturas entre paredes como edifícios de alvenaria


convencional necessitam de plataformas secundárias de três em três lajes, com no
mínimo 1,40 m de balanço e um complemento como o da plataforma principal.
32

2.8.6. Linha de vida

É o equipamento que possibilita os trabalhadores se locomoverem com


segurança quando estiver realizando um trabalho em altura. A linha de vida é um
EPC, na qual seu sistema de ligação é feito de cabos metálicos e cabos sintéticos,
qual liga o cinto de segurança do colaborador a um ponto de ancoragem. Ressalta-
se que para as linhas de vida ser considerada segura, deve haver a instalação de
pontos de ancoragem previamente determinados e dimensionados por um
profissional legalmente qualificado.

Figura 8: Linha de Vida


Fonte: Blog Conect, 2017

disponível em: < https://conect.online/blog/linha-de-ancoragem-tire-suas-duvidas/ > acesso em 20


mar 2021.

2.9. Dispositivos de proteção individual contra queda em altura

Um dos motivos que ocorrem acidentes de trabalho em altura e a falta de uso


de EPI’S, acessórios e sistemas de ancoragem. Abaixo lista-se os principais
equipamentos de proteção individual, acessórios e sistemas de ancoragem contra
quedas:
33

Cinto de segurança paraquedista: Equipamento de proteção dotado de


dispositivo para conexão em ancoragem qual a atribuição é segurar o trabalhador
em uma queda, sua norma regulamentadora é a ABNT - NBR 15836.

2.9.1. Cinturão paraquedista

Equipamento de proteção dotado de dispositivo para conexão em ancoragem


qual a atribuição é segurar o trabalhador em uma queda, sua norma
regulamentadora é a ABNT - NBR 15836. O equipamento suporta uma massa de até
100 kg e possui uma vida útil de 4 anos.

Figura 9: Cinto Paraquedista


Fonte: Blog GrupoRPF, 2021

disponível em: < https://www.gruporpf.com.br/blog/entenda-o-que-e-cinto-de-seguranca-tipo-


paraquedista/ > acesso em 20 mar 2021.

2.9.2. Talabartes

Elemento conectado ao cinturão qual prende o trabalhador ao um ponto de


ancoragem para retenção de queda. As normas que regem os talabartes são
ABNT/NBR 15834, 15835 e 14629. Existem dois tipos de talabartes, o talabarte
simples utilizado em trabalho com pouca movimentação relação ao ponto de fixação
do talabarte, o talabarte duplo utilizado em casos que o colaborador necessita
realizar bastante movimentação por exemplo, descer, subir ou atravessar uma
estrutura.
34

Figura 10: Talabarte


Fonte: Loja do Mecanico, 2021

disponível em: < https://www.lojadomecanico.com.br/produto/125206/36/709/talabarte-de-seguranca-


em-y-com-absorvedor-de-energia-55mm-delta-wpsan245140add- > acesso em 20 mar 2021.

2.9.3. Absorvedor de energia

Sistema de antiqueda qual tem a função dissipar a energia cinética durante uma
queda.

Figura 11: Absorvedor de Energia

Fonte: Loja do Mecanico, 2021

disponível em: < https://www.lojadomecanico.com.br/produto/106260/36/709/talabarte-em-y-tubular-


com-absorvedor-de-energia-e-conector-55mm-mg-cinto-mult1892 > acesso em 20 mar 2021.
35

2.9.4. Trava quedas

Dispositivo automático de travamento destinado à ligação do cinto de


segurança ao cabo de segurança. A trava é mais utilizada em linhas de vida ou para
serviços que necessitam de uma maior mobilidade do trabalhador.

Figura 12: Trava Quedas


Fonte: Safety Trab EPI, 2021

disponível em: < https://safetytrab.com.br/produto/trava-quedas-retratil-de-fita-de-3-3-metros-mult-


2016a-mg-cinto/ > acesso em 20 mar 2021.

Além destes equipamentos, o uso dos EPI’s como capacete, luvas, botas
também são fundamentais para o processo de segurança contra quedas. Ressalte-
se que como medida preventiva, todos os EPI’S e acessórios contra quedas devem
ser inspecionados antes de sua utilização e caso apresentem defeitos, deformações
ou sofrerem quedas de impactos, a proibição e descarte devem ser efetuados.

3. METODOLOGIA

Este trabalho realizou-se análise de cinco acidentes de trabalho em altura, aos


quais aconteceram em obras e consequentemente divulgados na internet. Também
foi realizados apontamentos de casos irregulares encontrados através de
acompanhamento/ trabalho de campo, contudo, por meio disto, desenvolveu-se
análises críticas em razões das causas dos acidentes, padrões definidos em suas
36

atividades, organização do local de trabalho, sinalização do local, utilização dos


equipamentos, instruções de segurança, medidas e regras de segurança para
realização do trabalho com mais proteção.

As ações propostas possui embasamento nas referências bibliográficas


disponíveis, tais como livros, artigos, teses e dissertações de assuntos pertinentes e
relacionados aos aspectos gerais de saúde, segurança no trabalho, causas e riscos
de acidentes na construção civil, bem como consultas a legislação em vigor, sendo a
norma que mais influenciou para o desenvolvimento do mesmo a NR 18 PCMAT, em
razão de se tratar especificamente do setor da construção civil. 

Foram abordado análises das atividades realizadas no presente cenário e


causas que propiciaram os acidentes e danos ao colaborador. Também abordou-se
as Normas Regulamentadoras negligenciadas. O trabalho em si busca mostrar a
maneira correta de realizar as atividades de forma segura, evitando que ocorra os
acidentes nele citados e analisados.

4. ESTUDO DE CASO

O presente trabalho é composto por dois estudos de caso, onde o primeiro


trata-se de uma análise crítica de não conformidades relacionadas à segurança
encontradas em uma obra. O segundo refere-se à casos de acidentes de trabalho
em altura encontrados na internet. Portanto o estudo será dividido em estudo de
caso 1 e 2.

4.1 Estudo de caso 1 – Análise de segurança in loco

A Obra estudada, refere-se a um edifício residencial composta por 4 torres de


10 pavimentos, iniciada em agosto de 2020 e com previsão de conclusão para 2023.
Dentro do período de estudo, o empreendimento possuía 70 funcionários e um
técnico de segurança. Um colaborador quando contratado, recebe uma integração
particular, de acordo com cada função e atividade, salientando os riscos de trabalho
em altura e outros.
37

O estudo baseou-se nas não conformidades da obra, em relação a quedas em


altura tanto de funcionários quanto de materiais e ferramentas. A inspeção foi
dividida em três tópicos, sendo eles:

 Observações: Análise das não conformidades encontradas;


 Riscos em potencial: Análise preliminar de risco (APR);
 Intervenções: Adequações a serem tomadas para tornar a área conforme
as normas de segurança.

4.1.1. Apontamento 1 – Sistema de guarda corpo

Após a avaliação completa do edifício estudado, foi localizado diversos pontos


em não conformidade. O primeiro ponto é o sistema de guarda corpo exibido abaixo:

Figura 13: Edifício sem as devidas proteções contra quedas de altura.


Fonte: Autores, 2021
38

Figura 14: Área aberta sem a instalação de guarda corpo 1.


Fonte: Autores, 2021

Figura 15: Área aberta sem a instalação de guarda corpo 2.


Fonte: Autores, 2021

Observações: Verifica-se nas figuras acima algumas falhas nas medidas de


proteção contra queda de altura, quais não estão de acordo com a NR 18 item
18.13.1, onde a mesma preconiza a obrigação das instalações de proteção coletiva
onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção e materiais. Na figura 1
em algumas varandas pode-se verificar as proteções adequadas estando de acordo
com item 18.13.5 da NR 18, pois está implantado o Dispositivo de Proteção para
39

Limitação de Quedas, porém em outras varandas e nas demais figuras, encontra-se


aberturas sem a proteções adequadas (Sistema Guarda-corpo-Rodapé).

Riscos em potencial: Devido à falta de proteções adequadas, há uma alta


probabilidade de queda de trabalhadores, ferramentas e materiais, quando os
mesmos forem realizar trabalhos próximo da extremidade da laje.

Intervenções: Para adequação desta obra quanto a norma regulamentadora


NR18, é necessário realizar a implantação de equipamentos de proteção coletiva,
qual indicou-se a seguir:

Implantação de dispositivo de proteção de plano vertical contra quedas, qual


denomina-se de sistema de guarda corpo rodapé. Este sistema consiste em três
travessões sendo um superior instalado em uma altura de 1,20 metros, um superior
instalado em 0,70 metros e travessão rodapé instalado em 0,20 metros. Para uma
melhor proteção é possível cobrir todos os vãos dos travessões com telas e ressalte-
se que o sistema de guarda corpo deverá ser feito de material rígido e com
resistência de 150 quilograma força por metro.

4.1.2. Apontamento 2 – Sistema de proteção periférica

Outro caso visto no edifício, foi a falha na proteção periférica na varanda técnica
com o avanço da alvenaria, conforme demonstra a figura 16 abaixo:
40

Figura 16: Vão sobre os guarda corpo instalados.


Fonte: Autores, 2021

Observações: O sistema não acompanhou a alvenaria, com isso não teve mais
nenhuma serventia quanto a proteção contra queda de altura no ponto central das
torres. Há uma proteção instalada na região superior acima do solo deixando uma
abertura onde deveria estar protegido.

Riscos em potencial: Devido as falhas nas proteções instaladas, há uma alta


probabilidade de queda de trabalhadores, ferramentas e blocos de concreto.

Intervenções: Para a conformidade da obra quanto a norma regulamentadora


NR18, é necessário realizar a adequação das proteções coletivas instaladas de
maneira que consiga seguir a execução da alvenaria. Sendo assim a regularização
do caso é a reinstalação do guarda corpo, onde o mesmo deve-se conter travessões
verticais com altura de 1,20 metros acima da alvenaria ou laje, fazendo assim o
fechamento do vão.

4.1.3. Apontamento 3 – Dispositivos de proteção para limitação de quedas

Para um edifício que possuirá mais de quatro pavimentos a instalação de


dispositivos de proteção para limitação e quedas se torna obrigatório, pois sem esta
proteção funcionários e pedestres que transitam no local podem ser atingidos por
queda de materiais e ferramentas podem vir a cair do edifício. A Análise de Risco da
plataforma do Edifício A foi realizada com base na Figura 17.
41

Figura 17: Edifício sem a proteção de bandeja adequada.


Fonte: Autores, 2021

Observações: A plataforma primária da torre “D” não foi completamente


finalizada, estando não conforme com a NR-18 item 18.13.6, no seguimento de que
o entorno de toda a construção deve ser protegido após a concretagem da primeira
laje. Este processo se dá o início juntamente com os trabalhos executados antes
mesmo da própria concretagem.

Riscos em potencial: Queda de materiais e ferramentas, podendo atingir os


colaboradores que transitam no entorno da obra.

Intervenções: Finalizar a plataforma primária seguindo todas as determinações


corretas demanda a NR 18 item 18.13.6.1. Estando em conformidade, a bandeja de
proteção assegura a queda de materiais e ferramentas a todos que estão próximos a
torre, refreando acidentes.

4.1.4. Apontamento 4 – Sistema de linha de vida

A não conformidade encontrada na figura 18, foi a ausência de cinto de


segurança e irregularidades na linha de vida.
42

Figura 18: Ausência de EPI e irregularidade na linha de vida.


Fonte: Autores, 2021

Observações: Verifica-se na figura 18, algumas falhas referentes a proteção


contra queda de altura. Na tarefa realizada acima, alguns dos colaboradores estão
usando o cinto de maneira figurativa, visto que os mesmos não estão presos na
linha de vida, que se encontra totalmente soltas na linha dos pés dos colaboradores.

Riscos em potencial: Quedas de altura dos colaboradores, pois os mesmos


não estão respaldados por EPI’s e EPC’s.

Intervenções: Reinstalação da linha de vida horizontal, dimensionado por um


profissional, onde a linha de vida deve estar a uma altura de aproximadamente de
1,0 metro (baseado em normas internacionais, já que esta condição não está
disposta nas NR’s nacionais). Desta forma é possível que o colaborador possa se
deslocar para realização da atividade de forma segura.

Outro ponto a destacar é a realização de treinamentos para os colaboradores,


visto que a atividade está sendo executada mesmo sem a linha de vida. Isso pode
se caracterizar que os colaboradores não possuam as instruções necessárias para
realização da atividade em altura de forma segura.
43

Figura 19: Utilização de linha de vida.


Fonte: Gulin, 2021

disponível em: < https://www.gulin.com.br/categoria-produto/linha-de-vida-horizontal-em-corda/ >


acesso em 15 mar 2021.

4.2. Estudo de caso 2 - Análise de acidentes em altura

Constantemente diversos acidentes são divulgados por intermédio da internet e


através deste meio, foi possível selecionar e identificar acidentes onde a segurança
foi negligenciada.

O presente estudo dividiu-se em cinco casos para melhor absorção e


entendimento de que quando os procedimentos técnicos necessários, relacionados
à segurança não são atendidos ou efetuados, podem proporcionar acidentes graves.

4.2.1. Caso 1

O acidente ocorrido em uma obra localizada na cidade de Itapetininga – SP,


levou a morte de um colaborador. O ocorrido se deu por conta de um esbarrarão em
uma fiação elétrica e em seguida a queda uma altura de 8,0 metros, pela falta de
uso de EPI’S. Na análise deste acidente, constatou-se que o mesmo poderia ter sido
evitado, caso a empresa responsável dispusesse das providências necessárias
quais serão apresentadas abaixo:
44

Figura 20: Check List APR.


Fonte: Autores, 2021

Figura 21: Local do acidente.


Fonte: SINAIT, 2012

disponível em: < https://www.sinait.org.br/site/noticia-print?id=6122 > acesso em 15 mar 2021.

APR - Análise Preliminar de Risco: Nesta APR, o risco de choque elétrico


seria observado, pelo fato da atividade ser realizada próximo a fios de tensões.
Outro apontamento seria os andaimes que se encontravam com sua integridade e
manutenção irregulares. A instrução para a utilização do uso de EPI’s e EPC’s
também deveriam constar nesta análise.
45

PT – Permissão do Trabalho: Em um cenário onde a PT fosse implantada, a


realização desta atividade não seria permitida, pois nota-se neste acidente que o
colaborador não estava capacitado para realização de trabalho em altura, visto que
o mesmo trabalhava sem uso de EPI’S e não utilizou do seu direito de recusa e ao
menos solicitou os EPI’S para realização da atividade, mesmo com riscos graves e
iminentes.

EPC’s: Os Equipamentos de Proteção Coletiva necessários para o


desenvolvimento da atividade, seria uma linha de vida adequadamente
dimensionada.

EPI’s: Os EPI’s adequados para o caso seria o capacete e cinto de segurança


tipo paraquedista, acoplado com: Talabarte, absorvedor de energia e trava quedas.

Abaixo segue uma imagem ilustrativa, mostrando o procedimento e


equipamentos corretos para execução de trabalhos com andaimes.

Figura 22: Procedimento correto para utilização e andaimes.


Fonte: Dreamstime, 2021

disponível em: < https://pt.dreamstime.com/recomenda%C3%A7%C3%B5es-sobre-utiliza


%C3%A7%C3%A3o-de-andaimes-com-seguran%C3%A7a-image115119875
> acesso em 17 ago 2021.
46

De fato, é lastimável o acidente, pois poderia ter sido evitado e a vida de um


colaborador salva, porém infelizmente este acidente ocorreu devida a falhas graves
na gestão de segurança da obra, dado que não havia o cumprimento das normas de
segurança regulamentas pela NR 35 – Trabalho em Altura.

4.2.2. Caso 2

Este estudo de caso abordará as não conformidades ocorridas em uma


residência unifamiliar na cidade de Leme- SP. A ocorrência de não conformidades
na edificação motivou a elaboração de um laudo pericial no MTE, processo número
0010531-31.2019.5.15.01340010531-31.2019.5.15.0134, de autoria Eng. Douglas
Donizetti de Campos (CAMPOS, 2019). O comentário sobre as não conformidades
foi autorizado pela autoria do laudo.

Um pintor dentro de seu turno de trabalho, sofreu uma queda durante suas
atividades de acabamento/pintura nas janelas. O mesmo dispunha dos EPIs
(capacete e cinto de segurança), porém, por se tratar de telhas de fibrocimento
(telhas com baixa resistência mecânica), o mesmo calçou as telhas com madeira e
após ter realizado a pintura de duas janelas, a telha não suportou o peso e cedeu,
resultando em uma queda de aproximadamente 5,0 metros de altura. Ressalta-se
que todo o processo das atividades do pintor, foi executado sem acompanhamento
de um profissional capacitado ou algum colaborador.
47

Figura 23: Check List APR.


Fonte: Autores, 2021

Figura 24: Escada de acesso ao teto da residência.


Fonte: CAMPOS, 2019
48

Figura 25: Vista do teto evidenciando as telhas fibrocimento.


Fonte: CAMPOS, 2019

Figura 26: Vista do local onde ocorreu a queda do colaborador.


Fonte: CAMPOS, 2019

Capacitação Técnica: A empresa responsável deveria ter um profissional


habilitado para acompanhamento da atividade, visto que o acidente ocorreu sem um
acompanhamento técnico, tendo apenas um estagiário de segurança e saúde do
trabalho como responsável.

APR - Análise Preliminar de Risco: Sabe- se que todos serviços realizados


sobre telhados é necessário um severo planejamento para realização segura da
atividade. Dentro deste relatório o deslocamento correto e a verificação da
necessidade de instalação de uma linha de vida para possibilitar o uso do cinto de
49

segurança entra em quesito, conforme exigência do MTE (Ministério do Trabalho e


Emprego).

PT – Permissão do Trabalho: Visto que o local não possui recursos para


realização da atividade de maneira segura, não há permissão. Observa-se que o
colaborador possivelmente não possui os treinamentos de segurança necessários,
pelo fato da ausência dos equipamentos e apoiar tábuas sobre telhas frágeis, visto
que elas não foram projetadas para suportar pesos.

EPC’s: Os Equipamentos necessários para o desenvolvimento da atividade, é


uma linha de vida, qual permitiria a movimentação segura do trabalhador.

EPI’s: Para execução segura desta atividade é necessário o capacete e cinto


de segurança tipo paraquedista, acoplado com Talabarte, absorvedor de energia e
trava quedas.

4.2.3. Caso 3

Um homem de 33 anos sofreu uma queda devido ao rompimento da base de


um andaime antes de terminar a instalação dos equipamentos de segurança, desse
modo, o mesmo não estava preso a um cabo de segurança.

Figura 27: Equipe de resgaste no local do acidente.


50

Fonte: Ouvinte da AliançaFM, 2020

disponível em: < https://radioalianca.com.br/plantao/homem-de-33-anos-ferido-em-queda-de-altura-


em-acidente-de-trabalho > acesso em 30 ago 2021.

Figura 28: Check List APR.


Fonte: Autores, 2021

APR - Análise Preliminar de Risco: Presume-se que a montagem do andaime


não foi executado por profissional habilitado, descumprindo a NR 18 item 18.15.2.
Nas circunstâncias adequadas, a falha no andaime e a não utilização de EPI’s e
EPC’s seria notada.

PT – Permissão do Trabalho: Verificou-se a falta de qualificação do


colaborador para realização das atividades em altura, pois o mesmo não realizou a
inspeção no andaime e iniciou o acesso sem estar devidamente atracado a um
sistema de ancoragem.

EPC’s: Os Equipamentos necessários para a execução seria a instalação de


um sistema de linha de vida ou ponto de ancoragem.

EPI’s: Os EPI’s adequados para o caso é o capacete e cinto de segurança tipo


paraquedista, acoplado com: Talabarte, absorvedor de energia e trava quedas.
Também seria possível a utilização de outro dispositivo, como por exemplo o
51

talabarte de restrição, assim permitiria que o colaborador atraque seu cinto de


segurança indiretamente nos sistemas contra quedas.

4.2.4. Caso 4

Esta análise abordou as não conformidades de um acidente envolvendo dois


colaboradores dispostos sobre um andaime. Os acidentados realizavam o corte de
uma chapa metálica com maçarico e após realiza-lo a mesma se desprendeu da
parede e colidiu sobre o andaime, derrubando-o juntamente com os colaboradores.
Neste caso não houve danos físicos aos colaboradores.

Figura 29: Check List APR.


Fonte: Autores, 2021
52

Figura 30: Queda dos colaboradores do andaime.


Fonte: Adaptada pelo autor, 2021

disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=cn5ahEUSkyo&ab_channel=EROSEG-


SEGURAN%C3%87ADOTRABALHO > acesso em 06 out 2021.

APR - Análise Preliminar de Risco: Pressupõe-se que caso tenha sido


efetuada, não foi previsto que ao realizar o corte da chapa metálica a mesma
poderia colidir sobre o andaime. Identificando este risco, os colaboradores
realizariam um plano de ação para executar o corte da chapa de uma maneira mais
segura, com risco nulo de acidente.

PT – Permissão do Trabalho: Verifica-se que o colaborador estava apto para


realização das atividades em altura, pois os mesmos utilizaram os EPI’S
corretamente e estavam utilizando sistema de proteção contra queda.

EPC’s: Os Equipamentos apropriados para a execução estavam adequados


para o caso.

EPI’s: Os EPI’s apropriados estavam adequados para o caso.

4.2.5. Caso 5

Este caso ocorreu durante a instalação de guarda corpo ao redor de uma


subestação de máquinas, onde o colaborador durante a instalação se desequilibrou
e sofreu uma queda de aproximadamente 3,0 metros.
53

Figura 31: Check List APR.


Fonte: Autores, 2021

Figura 32: Sequência da queda do colaborador com uso da linha de vida.


Fonte: Adaptada pelo autor, 2021

disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=LuMediEIqmE&t=107s > acesso em 06 out 2021.

APR - Análise Preliminar de Risco: Conjectura-se esta análise foi efetuada,


porém mal elaborada. Uma análise correta apontaria a falha na localização do ponto
de ancoragem do talabarte e identificaria o fator de queda maior que 2. Sendo assim
a atividade não seria permitida, obrigando o colaborador realizar a ancoragem em
um ponto adequado.
54

PT – Permissão do Trabalho: Entende-se que a permissão não foi aplicada


corretamente, visto que o colaborador realizou a atividade em altura apresentando
erros na ancoragem do cinto de segurança. Este fato demonstrou que o mesmo não
possui nenhum conhecimento em fator de queda, o que é pautado em treinamentos
da NR35.

EPC’s: O Equipamento de Proteção Coletiva necessário para o


desenvolvimento da atividade, seria um ponto de ancoragem adequado para
executar a atividade.

EPI’s: Nota-se que o colaborador utilizava todos os EPI’s corretos e com um


cinto de segurança acoplado com talabarte de posicionamento, no entanto observa-
se na figura que o cinto estava ancorado em local indevido, abaixo da linha da
cintura do colaborador. Este feito ocasionou um fator de queda (A relação entre a
distância da queda e o comprimento da corda ou talabarte é chamado de fator de
queda) maior que 2, o que não é permitido, visto que o cinto de segurança se torna
ineficaz.

5. RESUMO DOS CASOS ANALISADOS

Após todas as análises realizou-se um resumo dos itens classificando-se em


três tópicos atenção, reprovado e aprovado, como segue a figura abaixo:

Tabela 03 – Resumo das análises


55

Fonte: Autores, 2021

Observa-se que as APR’s foram todas reprovadas ou mal executadas, o que


indica que uma execução correta desta análise acarreta nos outros itens seguintes.

5.1. Orientações

Além de todos os processos de segurança já mencionados outros


procedimentos podem auxiliar e colaborar positivamente com a segurança, como
Diálogo Diário de Segurança e sinalização visual.

5.1.1. DDS (Dialogo Diário de Segurança):

O Dialogo Diário de Segurança consiste em uma breve conversa (Entre 5 a 10


minutos), qual ocorre antes dos colaboradores iniciarem suas atividades laborais.
Esta conversa é realizada pelo o profissional de segurança e saúde do trabalho,
onde o mesmo discursa sobre temas relacionados à saúde e segurança dos
colaboradores.

Obras onde ocorrem situações de trabalho em altura é indispensável este


diálogo, visto que sobreavisar os colaboradores antes deles iniciarem esses
trabalhos possuem êxito, pois pode-se conversar exatamente sobre a atividade que
será desenvolvida na sequência do dia.

5.1.2 Sinalização visual:

A sinalização de segurança é a instalação de painéis/ placas figurativas


indicando sobre os perigos, riscos ou uma obrigação relativa à segurança ou à
saúde no trabalho.
56

Figura 33: Placa de Sinalização.


Fonte: Printmaster Visual , 2019

disponível em: <http://www.printmastervisual.com/2019/04/placas-de-epi-para-obra-ou-industria.html>


acesso em 07 out 2021.

Uma sinalização adequada ressalta e colabora com a prevenção dos riscos,


mas somente como complementação das medidas de segurança adotadas, visto
que a sinalização, não elimina o risco existente.

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com base nas análises e os casos evidenciados, é cabível dizer que é


indispensável o posicionamento de um profissional sobre as tomadas de decisões
técnicas quanto ao gerenciamento da segurança do trabalho dentro do canteiro de
obras.

Ainda assim, para obtenção de êxito, análises criteriosas e a detecção de riscos


devem ser apuradas. Desta forma é possível executar de maneira adequada um
mapeamento de riscos e assim, sanar possíveis perigos.

Outro ponto a se destacar é a evidência do benefício das medidas corretivas e


preventivas, pois favorece ambas as partes (colaborador e empregador), reduzindo
57

bruscamente acidentes de trabalho e consequentemente gerando um trabalho


contínuo sem interrupções. Esse investimento de tempo e capital na segurança e
bem-estar do colaborador não pode ser visto como despesa sem retorno, tem de ser
visto como investimento e agregador de valor. Desta forma, um local de trabalho
seguro e oferecimento de auxílio pelo empregador, gera satisfação e produtividade,
além de outros inúmeros benefícios.

Vale ressaltar também a qualificação e treinamento dos colaboradores quanto


as instruções de segurança no trabalho em suas atividades diárias. Para isso é
necessário orientar de forma que obtenham consciência quanto a utilização dos
equipamentos de proteção individuais e coletivas e que compreendam suas
responsabilidades e deveres. Sobretudo a supervisão de um profissional é
indispensável para o assessoramento dos colaboradores in loco.
58

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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