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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO

DANILO ROBERTO SOUTO OLIVA

UTILIZAÇÃO DO SISTEMA LIMITADOR DE QUEDA EM ALTURA EM


UMA CONSTRUÇÃO VERTICAL EM LONDRINA-PR: ESTUDO DE
CASO

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

LONDRINA/PR
2018
1

DANILO ROBERTO SOUTO OLIVA

UTILIZAÇÃO DO SISTEMA LIMITADOR DE QUEDA EM ALTURA EM


UMA CONSTRUÇÃO VERTICAL EM LONDRINA-PR: ESTUDO DE
CASO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentada como requisito parcial à
obtenção do título de Especialista em
Engenharia de Segurança do Trabalho da
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná – Campus Londrina.

Orientador: Profa. Dra. Sueli Tavares de


Melo Souza

LONDRINA/PR
2018
2

Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina
Curso de Especialização Em Engenharia de Segurança do
Trabalho

TERMO DE APROVAÇÃO

UTILIZAÇÃO DO SISTEMA LIMITADOR DE QUEDA EM ALTURA EM UMA


CONSTRUÇÃO VERTICAL EM LONDRINA-PR: ESTUDO DE CASO

por

DANILO ROBERTO SOUTO OLIVA

Este Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização foi apresentado em doze


de abril de dois mil e dezoito como requisito parcial para a obtenção do título de
Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. O(a) candidato(a) foi
arguido(a) pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados.
Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

__________________________________
Profa. Dra. Sueli Tavares de Melo Souza
Orientadora

___________________________________
Prof. Me. José Luis Dalto
Membro titular

___________________________________
Prof. Dr. Marco Antonio Ferreira
Membro titular

- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso –


3

Dedico este trabalho a pessoa que me


inspirou a seguir o caminho da
Engenharia Civil, o maior dos carpinteiros
que conheço, meu avô Albino Oliva, que
alcançou a vida eterna em dezembro de
2017.
4

AGRADECIMENTOS

À Deus por estar ao meu lado e me dar forças durante a realização deste
trabalho.
À minha família, esposa Isadora e filha Júlia que veio ao mundo durante a
realização deste curso, pela paciência e compreensão aos momentos de ausência.
Aos meus pais por tudo que já me proporcionaram e proporcionam.
Agradeço a minha orientadora Profa. Dra. Sueli Tavares de Melo Souza, por
todo o suporte e sabedoria com que me guiou nesta trajetória.
Aos meus colegas de sala.
Aos professores do curso.
Enfim, a todos os que por algum motivo contribuíram para a realização deste
trabalho.
5

RESUMO

OLIVA, Danilo Roberto Souto. Utilização do sistema limitador de queda em altura


em uma construção vertical em Londrina-PR: estudo de caso. 2018. 51f. .
Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) -
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Londrina, 2018.

Apesar da retração apontada no ano de 2017 na indústria da construção civil, o setor


continua tendo papel fundamental na economia do país. Em contrapartida foi em
2016, segundo dados do MTE, o setor da indústria com maior índice de acidentes de
trabalho. Dentre os acidentes que ocorrem na construção civil uma das causas mais
preocupantes e que geram grandes índices de fatalidade e lesões está relacionado a
queda em altura. Por isso, o presente trabalho apresenta duas alternativas de
proteções coletivas, que são: as plataformas secundárias e o S.L.Q.A. (sistema
limitador de queda em altura), descrevendo os requisitos básicos para atendimento
das normas regulamentadoras vigentes. Traz ainda um estudo de caso realizado em
uma construtora da cidade de Londrina-PR que implantou o sistema S.L.Q.A. pela
primeira vez em um de seus empreendimentos. Neste estudo foi possível observar a
concordância da implantação com os requisitos normativos, identificar os riscos dos
processos de instalação e ascensão do sistema, os riscos das atividades que são
protegidas pelo sistema, e por fim realizar um comparativo com o sistema de
plataformas secundárias utilizado até então pela construtora. Através dos resultados
observou-se que o sistema S.L.Q.A. é mais seguro que o de plataformas
secundárias, e a diferença de custo de implantação pode ser minimizada pela
reutilização em obras consecutivas, sendo fundamental a manutenção durante o
uso.

Palavras-chave: Segurança do trabalho. Construção Civil. Trabalho em altura.


Acidentes. Equipamentos de proteção coletiva.
6

ABSTRACT

OLIVA, Danilo Roberto Souto. Use of the lower fall limiter system in a vertical
construction in Londrina-PR: case study. 2018. 51f. Trabalho de Conclusão de
Curso (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) - Federal
Technology University - Paraná. Londrina, 2018.

Despite the downturn in the construction industry in 2017, the sector continues to
play a key role in the country's economy. In contrast, in 2016, according to data from
the MTE, the industry sector with the highest rate of accidents at work. Among the
accidents that occur in civil construction one of the most worrisome causes and that
generate great rates of fatality and injuries is the fall in height. Therefore the present
work presents two alternatives of collective protections, which are: the secondary
platforms and S.L.Q.A. (limiting system to fall in height), describing the basic
requirements to comply with current regulatory standards. It also carries out a case
study carried out in a construction company in the city of Londrina-PR that
implemented the S.L.Q.A. for the first time in one of his ventures. In this study it was
possible to observe the agreement of the implementation with the normative
requirements, to identify the risks of the processes of installation and ascension of
the system, the risks of the activities that are protected by the system, and finally to
perform a comparison with the system of secondary platforms used until then by the
builder. From the results it was observed that the S.L.Q.A. is safer than secondary
platforms, and the difference in deployment cost can be minimized by reuse on
consecutive works, and maintenance during use is critical.

Keywords: Work Safety. The Building Industry. Work at Height. Accidents. Collective
protection equipment.
7

LISTA DE SIGLAS

MTE - Ministério do Trabalho e Emprego


EPIs - Equipamentos de Proteção Individual
EPCs - Equipamentos de Proteção Coletiva
NR - Norma Regulamentadora
SLQA - Sistema Limitador de Queda em Altura
L.E.R - Lesões por Esforço Repetitivo
PT - Permissão de Trabalho
SPCQ - Sistema de Proteção Coletiva Contra Quedas
SPIQ - Sistema de Proteção Individual Contra Quedas
PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção
U.V - Ultra Violeta
8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Detalhe do Projeto de Plataforma Principal.............................................. 15


Figura 2 – Imagem de Plataforma Principal .............................................................. 15
Figura 3 – Detalhe do Projeto de Plataforma Secundária ......................................... 18
Figura 4 – Imagem das Plataformas de Segurança .................................................. 19
Figura 5 – Sistema S de rede de segurança ............................................................. 20
Figura 6 – Sistema S de rede de segurança ............................................................. 20
Figura 7 – Sistema T de rede de segurança ............................................................. 21
Figura 8 – Sistema V de rede de segurança ............................................................. 21
Figura 9 – Sistema U de rede de segurança ............................................................. 22
Figura 10 – Sistema U de rede de segurança ........................................................... 22
Figura 11 – Perspectiva dos componentes do Sistema V ......................................... 24
Figura 12 – Detalhe instalação Sistema V ................................................................ 24
Figura 13 – Detalhamento dos componentes do Sistema U ..................................... 26
Figura 14 – Início instalação do Sistema V no terceiro pavimento ............................ 28
Figura 15 – Sistema Forca içado pela grua e corda de atado passada .................... 29
Figura 16 – Redes de segurança sendo posicionadas.............................................. 29
Figura 17 – Visual do ambiente de trabalho após instalação do sistema .................. 30
Figura 18 – Sistema V instalado acima da superfície de trabalho ............................. 31
Figura 19 – Içamento da borda inferior da rede ........................................................ 32
Figura 20 – Içamento elemento forca com apoio de equipamento ............................ 32
Figura 21 – Travamento do elemento forca com cunhas de madeira ....................... 33
Figura 22 – Corda de sustentação (amarela) tensionada ao término da ascensão .. 34
Figura 23 – Sistema U sendo instalado..................................................................... 35
Figura 24 – Sistema U instalado: vista externa ......................................................... 36
Figura 25 – Visual do ambiente de trabalho após instalação do sistema U .............. 36
Figura 26 – Sistema U instalado ............................................................................... 37
Figura 27 – Corda de união solta após conclusão alvenaria externa ........................ 38
Figura 28 – Visual do ambiente de trabalho após instalação de guarda-corpo ......... 41
Figura 29 - Cronograma de Instalação e Ascensão do SLQA ................................... 48
Quadro 1 – Comparativo entre sistemas de proteção coletiva .................................. 42
Quadro 2 – Checklist da implantação S.L.Q.A. ......................................................... 50
9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11
1.1 OBJETIVO .......................................................................................................... 12
1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 12
1.1.2 Objetivos Específicos .................................................................................. 12

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 13


2.1 A SEGURANÇA DO TRABALHO E A CONSTRUÇÃO CIVIL ............................ 13
2.2 NORMA REGULAMENTADORA NR-18 ............................................................. 14
2.3 NORMA REGULAMENTADORA NR-35 ............................................................. 16
2.3.1 CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO ............................................................ 17
2.4 PLATAFORMAS SECUNDÁRIAS ...................................................................... 17
2.5 SISTEMA LIMITADOR DE QUEDA EM ALTURA ............................................... 19
2.5.1 Sistema V.................................................................................................... 23
2.5.2 Sistema U ................................................................................................... 25

3 METODOLOGIA ................................................................................................. 27

4 ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA ........................................................ 28


4.1 MONTAGEM DO SISTEMA V ............................................................................ 28
4.1.1 Riscos no Processo de Montagem do Sistema V ....................................... 30
4.2 ASCENSÃO DO SISTEMA V.............................................................................. 31
4.2.1 Riscos no Processo de Ascensão Do Sistema V ........................................ 34
4.3 MONTAGEM DO SISTEMA U ............................................................................ 34
4.3.1 Riscos no Processo de Montagem Do Sistema U ...................................... 36
4.4 ASCENSÃO DO SISTEMA U ............................................................................. 37
4.4.1 Riscos no Processo de Ascensão do Sistema U ........................................ 38
4.5 RISCOS NA EXECUÇÃO DA ESTRUTURA ...................................................... 39
4.6 RISCOS NA EXECUÇÃO DA ALVENARIA ........................................................ 39
4.7 CRONOGRAMA DE MONTAGEM E ASCENSÕES ........................................... 40
4.8 CHECKLIST ........................................................................................................ 40
4.9 REUNIÃO ........................................................................................................... 40

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 44

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45

APÊNDICE A – CRONOGRAMA DE INSTALAÇÃO E ASCENSÃO DO SLQA ..... 48

ANEXO A – CHECKLIST DA IMPLANTAÇÃO S.L.Q.A. ......................................... 50


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11

1 INTRODUÇÃO

Apesar da retração sofrida pelo setor da construção civil nos últimos anos,
que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chegou a
acumular uma queda de 14,3% no período do segundo trimestre de 2013 até
outubro de 2017, o setor continua tendo papel fundamental em nossa economia,
bem como na geração de empregos (ALVARENGA, 2017).
Araújo e Gomes (2010) destacam que a construção civil é indispensável
para o desenvolvimento de um país, pois, além de produzir a infraestrutura
necessária para a grande parte das atividades econômicas, a mesma oferece
qualidade de vida à sociedade em geral.
Dados de 2016 divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
demostram que a construção civil tem se destacado de maneira negativa quanto aos
índices de acidentes de trabalho no Brasil. Dentre os acidentes analisados pelo MTE
de janeiro a novembro de 2016, 25% (298) ocorreram na construção civil, seguida
pelo setor de comércio que é responsável por 13% (149) dos acidentes (BRASIL,
2016). Uma pesquisa também realizada pelo MTE apontou que 40% dos acidentes
estão relacionados a quedas sofridas por trabalhadores que atuam em altura
(CONHECENDO, 2017).
Além de seu alto índice de ocorrência, o acidente por queda em altura
normalmente gera lesões significativas ao acidentado, sendo ainda uma das causas
mais comuns de lesões fatais.
Sabe-se que o acidente ocorre normalmente devido a uma sucessão de
falhas, cabem às empresas cumprirem seu papel com relação ao que prevê as
normativas. Portanto, merecem prioridades os EPIs (Equipamentos de Proteção
Individual), treinamentos, exames periódicos e instalações dos EPCs (Equipamentos
de Proteção Coletiva).
Visando minimizar os riscos ao trabalhador da construção civil, o MTE criou
as normas regulamentadoras, destacando-se a Norma Regulamentadora - NR 18
que foca “estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de
organização” da construção civil (BRASIL, 1978) e a NR 35 que estabelece diretrizes
de planejamento, organização e execução de medidas protetivas para o trabalho em
altura. Essas normas se complementam para proporcionar condição segura ao
trabalhador que desenvolver atividade em altura (BRASIL, 2012).
12

As NRs citadas acima estabelecem requisitos para a instalação de EPCs


(Equipamentos de Proteção Coletiva), porém não determinam o modelo a ser
utilizado. Existe hoje no mercado uma grande variedade de soluções, mas o
empregador deve escolher o modelo que atende os seguintes parâmetros:
segurança do trabalhador, custo (fez algum cálculo), durabilidade, facilidade de
instalação e manutenção (tente provar esta afirmação).
Dentre as soluções existentes destaca-se o SLQA (Sistema Limitador de
Queda em Altura), modelo utilizado em algumas capitais do país e recentemente
adotado em Londrina – PR para empreendimentos residenciais verticais. Por isso, o
presente estudo aborda este tipo de modelo de EPC adotado por uma construtora
londrinense e compara com o modelo convencional (bandejas secundárias).

1.1 OBJETIVO

1.1.1 Objetivo geral

Analisar o SLQA (Sistema Limitador de Queda em Altura) instalado em uma


obra residencial vertical na cidade de Londrina – PR, identificando pontos positivos e
dificuldades encontradas em sua instalação e ascensão.

1.1.2 Objetivos Específicos

Acompanhar treinamentos específicos sobre o sistema;


Desenvolver um cronograma de execução específico do sistema baseado no
projeto fornecido pelo fabricante;
Acompanhar a execução do sistema respeitando as normas de segurança;
Relatar os riscos da execução do sistema;
Relatar os riscos pós instalação do sistema;
Avaliar a viabilidade do sistema de bandeja secundária com o SLQA.
13

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 A SEGURANÇA DO TRABALHO E A CONSTRUÇÃO CIVIL

Dados do último Anuário da Previdência Social referentes ao ano de 2015,


mostram uma redução dos acidentes com relação aos anteriores. Neste ano o
número total de acidentes no setor da construção foi de 41.012, enquanto em 2014 e
2013 foram registrados 50.662 e 62.408, respectivamente. Porém, quando fazemos
um comparativo com os demais setores da indústria (212.313 acidentes em 2015), a
construção mantém posição preocupante na representatividade dos acidentes.
Sendo responsável por 19,3% dos acidentes ocorridos em 2015 (BRASIL, 2015).
“Sabe-se que o acidente de trabalho tem consequências severas para a
vida do trabalhador acidentado, mas também para empregador, governo e sistema
de saúde, gerando impactos humanos, sociais e econômicos.” (MORTELE, 2014).
Em recente artigo Carvalho (2017) destaca os cinco tipos mais comuns de
acidentes: quedas em altura, cortes e lacerações, L.E.R (lesões por esforço
repetitivo), exposição aos sons altos, picadas de insetos e bichos peçonhentos.
Segundo Roque (2011) as principais causas deste tipo (queda em altura) de
acidente são devidas à perda de equilíbrio do trabalhador à beira do espaço sem
proteção (escorregão, passo em falso etc); falta de proteção; falha de uma
instalação ou de um dispositivo de proteção (quebra de suporte ou ruptura de cabo
de aço); métodos impróprios de trabalho; trabalhador não apto ao trabalho em altura
(problemas de saúde); contato acidental com condutor ou massa sob tensão elétrica.
Este cenário demanda ações, mas é muito importante fazer treinamento
enfocando os riscos os quais os trabalhadores estão sujeitos, bem como as
alternativas de prevenção para garantir a integridade física e mental. Portanto, o
empregador deve se preocupar com o bem estar de seus colaboradores, atuando de
acordo com as normativas vigentes para proporcionar condições adequadas de
trabalho.
14

2.2 NORMA REGULAMENTADORA NR-18

A norma regulamentadora NR 18 aborda no item 18.13 “Medidas de


Proteção contra Quedas de Altura”. Neste item são definidos requisitos mínimos
para proteções tanto de vazios internos a edificação quanto a região periférica.
No que diz respeito a proteção periférica a NR 18 traz desde a Portaria SIT
n. 157, de 10 de abril de 2006, duas soluções possíveis de serem adotadas em
construções verticais de mais de 4 (quatro) pavimentos, são elas:
- Plataformas secundárias de proteção, conhecidas também como bandeja
secundária;
- Redes de Segurança: SLQA (Sistema Limitador de Queda em Altura);
Independente do sistema adotado é indispensável a plataforma principal,
conhecida também como bandeja principal com 2,50m (dois metros e cinquenta
centímetros) de projeção horizontal e um complemento de 0,80m (oitenta
centímetros) com inclinação de 45 graus. Esta plataforma deve ser instalada logo
após a concretagem da primeira laje e retirada somente após o término do
revestimento externo.
A Figura 1 refere-se ao projeto de plataforma principal, modelo utilizado
neste empreendimento.
15

Figura 1 – Detalhe do Projeto de Plataforma Principal


Fonte: Autoria Própria

A Figura 2 traz a plataforma já instalada.

Figura 2 – Imagem de Plataforma Principal


Fonte: Autoria própria
16

2.3 NORMA REGULAMENTADORA NR-35

Complementar a NR-18 no que diz respeito a regulamentação do trabalho


em altura em 2012 foi criada a NR-35 Trabalho em Altura. De acordo com esta
norma caracteriza-se como trabalho em altura toda atividade realizada acima de 2
(dois) metros do nível inferior.
Além de definir o trabalho em altura, ela estabelece responsabilidades, dá as
diretrizes referentes a treinamento e capacitação, trata do planejamento,
organização e execução do trabalho em altura, emergência e salvamento, e
estabelece condições para instalação de sistema de proteção contra quedas.
Para o planejamento do trabalho em altura recomenda que sejam adotadas
com a hierarquia abaixo apresentada, as seguintes medidas:
a) evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de
execução;
b) eliminar o risco de queda dos trabalhadores;
c) minimizar as consequências da queda;
Na construção de edifícios verticais, por mais que haja a tentativa de buscar
alternativas ao trabalho em altura, sabe-se que ele vai existir, por isso as
construtoras procuram trabalhar bastante focadas nos itens b e c.
A norma estabelece ainda que todo o trabalho em altura deve passar por
uma análise de risco, e quando se tratar de atividades não rotineiras (item 35.4.7)
deverá ser emitida uma P.T. (Permissão de Trabalho) na qual deve constar (item
35.4.8.1):
a) os requisitos mínimos a serem atendidos para execução do trabalho;
b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações;
Quanto aos sistemas de proteção contra quedas a NR-35 no item 35.5.3
trata a seleção da seguinte maneira, e na seguinte ordem de utilização:
a) sistema de proteção coletiva contra quedas – SPCQ;
b) sistema de proteção individual contra quedas – SPIQ;
b.1) na impossibilidade de adoção do SPCQ;
b.2) sempre que o SPCQ não ofereça completa proteção contra
riscos de queda;
b.3) para atender situações de emergência;
17

2.3.1 Capacitação e treinamento

Uma das medidas adotadas pelo MTE visando minimizar os riscos com
acidentes relacionados a quedas em altura refere-se à capacitação das pessoas que
exercerão atividades de trabalho em altura.
A NR-35 dispõe em seu item 35.3.1 que o empregador deve promover
programa de capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em altura. Essa
capacitação se dá através de um treinamento inicial (deve ocorrer antes do início do
trabalho), periódico (a cada 2 (dois) anos) e eventual (quando houver mudança no
procedimento, condição ou operação de trabalho, ocorrência de evento que indique
a necessidade de um novo treinamento, entre outras possibilidades descritas no item
35.3.3).
A carga horária dos treinamentos inicial e periódico deverá ser de 8 horas,
enquanto que no eventual o conteúdo deve atender a situação que o motivou.
O trabalhador que participar de qualquer treinamento deve receber
certificado, e uma cópia do certificado ficar arquivada na empresa (item 35.3.7.1).

2.4 PLATAFORMAS SECUNDÁRIAS

Também conhecida como Bandeja Secundária sua instalação é


recomendada pela NR-18 (item 18.13.7) para edificações verticais a cada 3 (três)
pavimentos, a contar a partir da laje aonde estiver instalada a plataforma principal.
Essas plataformas devem ter 1,40m (um metro e quarenta centímetros) de
balanço horizontal, além de um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de
extensão com inclinação de 45 graus, a partir de sua extremidade (item 18.13.7.1).
A figura a seguir apresenta um detalhe extraído do projeto de montagem
utilizado pela construtora quando da utilização deste tipo de EPC.
18

Figura 3 – Detalhe do Projeto de Plataforma Secundária


Fonte: Autoria Própria

Esta plataforma tem a função de proteger todas as atividades realizadas


desde a montagem da estrutura até o fechamento da vedação da periferia (alvenaria
externa). O número de plataformas secundárias necessárias para o atendimento dos
requisitos de segurança deve ser dimensionado de acordo com o planejamento das
atividades da obra. Portanto, em outras obras da construtora existem dois jogos de
plataformas secundárias, como mostra a Figura 4.
19

Figura 4 – Imagem das Plataformas de Segurança


Fonte: Autoria própria

Nota-se pela imagem da Figura 4 que a plataforma utilizada é composta por


tesouras metálicas, terças metálicas e fechamento em madeirite resinado. Estas
peças devem ser dimensionadas e sua conservação deve ser tal que não
comprometa a segurança da estrutura. Inspeções e limpezas periódicas devem ser
realizadas, evitando o acumulo de sujeira e consequentemente sobrecargas na
estrutura da plataforma.
Quando da utilização de plataformas secundárias a norma prevê o uso de
tela de proteção em todo o perímetro da edificação, evitando que materiais e
ferramentas possam ser projetados par a além das bandejas (itens 18.13.9 e
18.13.9.1). Esta tela deve ser instalada entre bandejas, interligando suas
extremidades.

2.5 SISTEMA LIMITADOR DE QUEDA EM ALTURA

O SLQA (Sistema Limitador de Queda em Altura) é um sistema composto


por redes de segurança que podem estar suportadas por estruturas próprias do
sistema ou diretamente a estrutura da edificação.
A NR-18 determina no item 18.13.12.2 que o sistema deve ser composto
por:
a) Rede de segurança;
b) Cordas de sustentação ou de amarração e perimétrica da rede;
20

c) Conjunto de sustentação, fixação e ancoragem acessórios de rede.


A norma espanhola EN-1263-1 define rede de segurança como sendo uma
rede suportada por corda perimetral ou outros elementos de fixação, ou uma
combinação deles, projetada para proteger pessoas que caem de certa altura.
Esta mesma norma classifica as redes de segurança em quatro tipos:
Sistema S: rede de segurança com corda perimetral, utilizado na horizontal
contra queda em vazios (Figuras 5 e 6).

Figura 5 – Sistema S de rede de segurança


Fonte: EN-1263-1 Redes de Seguridad (Norma Espanhola)

Figura 6 – Sistema S de rede de segurança


Fonte: Cype (2018)
21

Sistema T: rede de segurança sustentada por estrutura para proteção na


horizontal (Figura 7).

Figura 7 – Sistema T de rede de segurança


Fonte: EN-1263-1 Redes de Seguridad (Norma Espanhola)

Sistema V: rede de segurança com corda perimetral fixado por uma estrutura
tipo forca (Figura 8).

Figura 8 – Sistema V de rede de segurança


Fonte: EN-1263-1 Redes de Seguridad (Norma Espanhola)

Sistema U: rede de segurança fixado a uma estrutura de suporte ou a


edificação para utilização na vertical (Figuras 9 e 10).
22

Figura 9 – Sistema U de rede de segurança


Fonte: EN-1263-1 Redes de Seguridad (Norma Espanhola)

Figura 10 – Sistema U de rede de segurança


Fonte: Disemaq (2018)

A NR-18 cita (itens 18.13.12.25 e 18.13.12.26) as normas espanholas EN-


1263-1 e a EN-1263-2 quanto as diretrizes para a montagem do sistema, e também
os critérios de testes para o tipo de rede a ser utilizada.
A norma brasileira estabelece ainda (item 18.13.12.21) que empregadores
que optarem pela utilização do SLQA devem providenciar projeto dos sistemas, que
deve conter detalhamento técnico descritivo das fases de montagem, deslocamento
23

e desmontagem, e ainda estar integrado ao Programa de Condições e Meio


Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT.

2.5.1 Sistema V

O Sistema V é utilizado para minimizar os efeitos da queda de altura dos


trabalhadores, de materiais e ferramentas que possam ser projetados para fora da
edificação. Substitui o primeiro jogo de bandeja secundária. É composto por rede de
segurança, corda perimetral, malha de ensaio, corda de sustentação, corda de
união, rede de proteção contra queda de materiais (facultativo segundo a NR-18),
ancoragens metálicas, elemento forca metálica e conector (DISEMAQ, 2015).
Rede de Proteção: Constituída em uma malha de 60 x 60 mm, fabricada em
Poliamida de alta tenacidade ou em Polipropileno de alta tenacidade com proteção
UV.
Corda Perimétrica: Corda que delimita a rede de segurança de 16 mm de
diâmetro e carga de ruptura de 30kN.
Malha de Ensaio: instalada na rede de segurança para determinação de
deterioração pelo envelhecimento.
Corda de Sustentação: Corda destinada a fixação da Corda Perimétrica a
Forca. Carga de ruptura 30kN e diâmetro de 16 mm.
Corda de União: Corda destinada a união de redes de segurança. Carga de
Ruptura: 7,5 kN.
Elemento Forca: Estrutura metálica em forma de L que serve de suporte
para as Redes de Segurança. Deve-se unir dois elementos (peça em formato “L”
mais prolongador) para formar a estrutura.
Grampo de Fixação do Elemento Forca: Fabricado a partir de vergalhão de
aço CA-50 com diâmetro mínimo de 12 mm.
Gancho de Ancoragem da Rede: Fabricado a partir de vergalhão aço CA-50
com diâmetro mínimo de 8 mm.
Conector: Conector tipo manilha ou malha rápida para fixação da rede ao
Gancho de Ancoragem da Rede com resistência mínima de 1.5 kN.
As Figuras 11 e 12 representam os elementos que compõe o sistema:
24

Figura 11 – Perspectiva dos componentes do Sistema V


Fonte: Disemaq (2018)

Figura 12 – Detalhe instalação Sistema V


Fonte: Disemaq (2018)

Como citado anteriormente, faz-se necessário elaboração de projeto de


execução / montagem para a instalação do sistema. Este projeto deve respeitar as
diretrizes previstas na NR-18, entre as principais estão:
- a tela deve se projetar horizontalmente da face externa do edifício no
mínimo 2,50m;
- a extremidade superior da tela deve estar a no mínimo 1,00m de altura
acima do plano de trabalho;
25

- entre a bolsa da tela e a superfície de trabalho não poderá haver distância


maior que 6,00m;
- os pontos de ancoragem da tela devem ser instalados de forma que não
fiquem vazios maiores que 10cm, entre a estrutura da edificação e a tela.
- os pontos de ancoragem devem estar instalados a no máximo 50 cm entre
si;
- a distância entre os elementos forca não podem ser maior do que 5,00m.
A NR-18 cita que os requisitos de segurança para a montagem do SLQA
devem atender a norma espanhola EN-1263-2. Entre os itens não citados pela
norma brasileira, e que consta na espanhola está a necessidade de se disponibilizar
um manual de instrução, que deve descrever uma série de informações. Entre elas
estão: altura de caída máxima, união das redes de segurança, armazenamento,
inspeção e substituição, entre outros.

2.5.2 Sistema U

Sistema utilizado para garantir a proteção contra queda dos trabalhadores


das etapas anteriores a vedação da periferia da edificação, substitui o segundo jogo
de bandeja secundária. Composto por rede de segurança, corda perimetral, corda
de união, rede de proteção contra queda de materiais e ancoragens metálicas.
Rede de segurança: tem uma largura de 3 (três) metros pelo comprimento
desejado, tem uma malha de 100 x 100 mm e são fabricadas com fibras de
polipropileno de alta densidade com tratamento anti U.V (Ultra Violeta).
Corda perimetral: é costurada na borda da rede e tem diâmetro de 8 mm.
Serve para distribuir a carga e amarrar as redes aos dispositivos de ancoragem.
Cordas de união: fabricadas em poliamida de alta densidade e serve para
unir as redes entre si.
Rede de proteção contra queda de materiais: é presa a rede de segurança
por intermédio de fitas plásticas, possui malha menor para garantir a retenção de
materiais de menor porte.
Ancoragens metálicas: podem ser fabricados a partir de aço CA-50, devem
seguir projeto especifico, podem ser concretados junto à laje ou colados com epóxi
posteriormente.
26

Assim como no sistema V é possível a utilização de uma tela de malha


menor para reter materiais.
O sistema U é instalado na vertical, fixado a estrutura do edifício, fechando
totalmente a periferia da edificação, como mostra a Figura 13:

Figura 13 – Detalhamento dos componentes do Sistema U


Fonte: Disemaq (2018)

A NR-18 não traz detalhes a respeito da instalação deste sistema, abaixo


constam algumas orientações do Manual da Disemaq:
- Colocam-se as ancoragens metálicas na borda da laje a ser protegida com
distância máxima de 0,5 metros entre si ao longo de todo o perímetro.
- Prende-se a rede pela corda perimetral de maneira que esteja bem segura.
- É muito importante que a rede esteja bem esticada com a maior tensão
possível para evitar que em uma eventual queda o operário fique suspenso fora da
borda da laje.
- Deve-se usar corda de união para juntar os panos uns com os outros (em
caso de ser necessário para cumprir o perímetro).
Com relação à fabricação e os ensaios necessários para garantia da
eficiência do sistema, a norma brasileira faz referência aos requisitos previstos nas
normas espanholas EN-1263-1 e EN-1263-2.
27

3 METODOLOGIA

O presente trabalho refere-se a um estudo de caso realizado em uma


construção de um edifício residencial de 27 pavimentos, localizado na cidade de
Londrina-PR. Dentre os sistemas disponíveis de S.L.Q.A. a construtora optou por
adotar os sistemas V e U, que são suficientes para eliminar o uso de plataformas
secundárias, conforme item 18.13.2.1 da NR-18. Foi possível acompanhar durante
as visitas de campo as etapas de instalação e ascensão dos dois sistemas, bem
como observar os riscos de execução e pós instalação (atividades de estrutura e
alvenaria).
Tomando como base o checklist de implantação do sistema S.L.Q.A.
elaborado por Tavares (2014) verificou-se o cumprimento dos itens normativos após
a etapa de instalação de ambos os sistemas adotados.
Por fim, por ser a primeira obra desta construtora em Londrina a utilizar este
sistema de proteção, foi realizada uma reunião com alguns trabalhadores do
empreendimento visando identificar o ponto de vista dos mesmos, quanto as
vantagens da utilização do sistema de redes.
28

4 ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA

4.1 MONTAGEM DO SISTEMA V

Antes do início dos processos de montagem e ascensão os colaboradores


integrantes da equipe de execução receberam treinamentos a respeito dos dois
processos, atendendo assim o item 35.3 da NR-35.
Ainda com relação a liberação do início dos trabalhos foi constatada emissão
de A.R. (análise de risco), acompanhada de uma P.T. (permissão de trabalho)
satisfazendo assim o item 35.4.8.1 da NR-35.
A montagem do sistema V teve início durante a execução da estrutura do
terceiro pavimento tipo (Figura 14), ou seja, execução da terceira laje acima da
plataforma principal. É possível verificar que desta forma foi atendido o item 18.13.7
da NR-18.

Figura 14 – Início instalação do Sistema V no terceiro pavimento


Fonte: Autoria própria

As etapas de montagem são:


Instalação dos grampos de fixação do elemento forca: esses grampos foram
instalados nos tetos do primeiro e do segundo pavimento tipo, confeccionados em
aço 12,5mm CA-50, e posicionados durante a etapa de armação destas lajes de
acordo com o projeto de posicionamento das forcas.
Instalação das forcas (Figura 15): as forcas foram montadas no pavimento
em execução inclusive com a passagem da corda de sustentação, responsável pela
29

suspensão da rede de segurança. Depois de montadas as forcas eram içadas com o


auxilio da grua, posicionadas e travadas com o uso de cunhas de madeira.
Respeitou-se o projeto posicionando-as a cada 5,0m conforme previsto no item
18.13.12.14.

Figura 15 – Sistema Forca içado pela grua e corda de atado passada


Fonte: Autoria própria

Costura das redes de segurança: era realizada a emenda entre dois


módulos de rede, antes de posicioná-los a forca.
Içamento das redes de segurança (Figura 16): com apoio das cordas de
sustentação cada módulo era içado e esticado entre as forcas.

Figura 16 – Redes de segurança sendo posicionadas


Fonte: Autoria própria
30

Conectar rede de segurança aos pontos de ancoragem: é a conexão da rede


a estrutura do edifício, onde foram atendidos os itens 18.13.12.11 e 18.13.12.12 que
regulamentam a distância entre os pontos de ancoragem, bem como a distância
máxima da rede até a edificação.
É possível afirmar que todos os itens dispostos na NR-18 no que diz respeito
a redes de segurança foram atendidos. A Figura 17 mostra a finalização da
instalação do sistema.

Figura 17 – Visual do ambiente de trabalho após instalação do sistema


Fonte: Autoria própria

4.1.1 Riscos no processo de montagem do Sistema V

Durante a montagem do sistema V foi preenchida uma A.R. (Análise de


Riscos) na qual foram constatados os seguintes riscos:
Queda de nível diferente: os instaladores por algumas vezes se aproximam
da periferia da edificação, para posicionamento da forca, passagem da tela, entre
outras atividades.
Queda de materiais e detritos: durante a instalação eram utilizadas
ferramentas e materiais que poderiam se soltar das mãos dos instaladores.
Lesão corporal: para conexão da rede a estrutura da edificação onde o
trabalhador precisa se ajoelhar, e outra situação ocorre na colocação das cunhas de
31

travamento do elemento forca onde pode haver lesão dos membros superiores
devido ao uso de ferramenta.
Algumas medidas de controle dos riscos foram adotadas, para minimizá-los,
entre elas: instalação de linhas de vida, identificação, isolamento e restrição do
acesso à área de trabalho, os vãos horizontais protegidos, além do uso de EPIs
como o cinto de segurança, luvas e capacete.

4.2 ASCENSÃO DO SISTEMA V

A ascensão do sistema V ocorre a cada pavimento de estrutura executado,


ficando posicionado a pelo menos um metro acima da superfície de trabalho,
conforme previsto no item 18.13.12.8. Na obra visitada esta ascensão ocorre antes
da etapa de montagem da forma da laje, como pode ser observado na Figura 18.

Figura 18 – Sistema V instalado acima da superfície de trabalho


Fonte: Autoria própria

Assim como na etapa de montagem todos os trabalhadores envolvidos


passaram por treinamento, e antes da liberação do início de cada ascensão são
emitidas as P.T.s (permissões de trabalho).
Após toda a emissão e assinatura das documentações, dá-se início à
ascensão. A primeira etapa é de soltar a parte inferior da rede que está conectada
as vigas periféricas. Em seguida, essa tela é içada (Figura 19) para o pavimento
superior e fixada nas vigas deste pavimento.
32

Figura 19 – Içamento da borda inferior da rede


Fonte: Autoria própria

Após toda a borda inferior da rede ser fixada inicia-se o processo de


ascensão e travamento dos elementos forca com a utilização de equipamentos
mecanizados (Figura 20).

Figura 20 – Içamento elemento forca com apoio de equipamento


Fonte: Autoria própria

A Figura 21 demonstra o sistema de travamento do elemento forca com a


utilização de cunhas de madeira.
33

Figura 21 – Travamento do elemento forca com cunhas de madeira


Fonte: Autoria própria

A etapa final é a subida da extremidade da rede utilizando as cordas de


sustentação (Figura 22).
34

Figura 22 – Corda de sustentação (amarela) tensionada ao término da ascensão


Fonte: Autoria própria

4.2.1 Riscos no Processo de Ascensão do Sistema V

Os riscos deste processo são os mesmos identificados no processo de


montagem (ver item 4.1.1).

4.3 MONTAGEM DO SISTEMA U

Assim como no sistema V, antes do início dos processos de montagem e


ascensão, os colaboradores integrantes da equipe de execução receberam
treinamentos. Também foram emitidas A.R. e P.T. para esta atividade.
A montagem do sistema U teve início imediatamente após a conclusão do
sistema V. Nos três primeiros pavimentos foi necessário o uso de sistema alternativo
de proteção coletiva composto por guarda-corpo em madeira e linhas de vida, que
posteriormente foram substituídos pelas redes do sistema U.
Etapas de montagem:
Costura das redes de segurança: realização da emenda entre dois módulos
de rede com o uso da corda de união.
35

Conectar rede de segurança aos pontos de ancoragem inferiores: conexão da


rede a estrutura do edifício na laje piso do pavimento a ser protegido. A distância
entre os pontos de ancoragem, bem como a distância máxima da rede até a
edificação atenderam os itens 18.13.12.11 e 18.13.12.12.
Conectar rede de segurança aos pontos de ancoragem superiores (Figura
23): conexão da rede a estrutura do edifício na laje de cobertura do pavimento a ser
protegido.

Figura 23 – Sistema U sendo instalado


Fonte: Autoria própria

Vale destacar novamente que todos os itens dispostos na NR-18 no que diz
respeito a redes de segurança foram atendidos. As Figuras 24 e 25 demostram o
sistema instalado.
36

Figura 24 – Sistema U instalado: vista externa


Fonte: Autoria própria

Figura 25 – Visual do ambiente de trabalho após instalação do sistema U


Fonte: Autoria própria

4.3.1 Riscos no Processo de Montagem do Sistema U

Durante a montagem do sistema U foi preenchida uma A.R. (Análise de


Riscos) na qual foram constatados os seguintes riscos:
Queda de nível diferente: os instaladores por algumas vezes se aproximam
da periferia da edificação, para interligação dos elementos de fixação da corda
perimetral à estrutura da edificação.
37

Queda de materiais e detritos: durante a instalação eram utilizadas


ferramentas e materiais que poderiam ser projetados para fora da edificação, por
exemplo escada de mão.
Lesão corporal: na passagem das redes é necessário que o instalador se
ajoelhe, outra situação é quando o trabalhador precisa realizar a fixação superior da
rede com o auxílio da escada de mão, e ainda estão sujeitos a lesão dos membros
superiores devido ao uso de ferramentas.
Algumas medidas de controle dos riscos foram adotadas para minimizá-los,
entre elas: instalação de linhas de vida, identificação, isolamento e restrição do
acesso à área de trabalho, além do uso de EPIs como o cinto de segurança, luvas e
capacete.

4.4 ASCENSÃO DO SISTEMA U

A obra em estudo optou por trabalhar com 4 (quatro) conjuntos de sistema U.


As ascensões ocorrem a cada laje, e o conjunto instalado no pavimento em que a
alvenaria externa foi concluída é deslocado para o pavimento a ser protegido. Na
Figura 26 o próximo jogo que será transferido para o pavimento imediatamente
abaixo da estrutura é o jogo 4.

Figura 26 – Sistema U instalado


Fonte: Autoria própria

Assim como em todos os outros processos envolvendo S.L.Q.A, houve


treinamento dos trabalhadores envolvidos, e antes da liberação do início de cada
ascensão são emitidas P.T.s (permissões de trabalho).
38

Após toda a documentação emitida e assinada, dá-se início à ascensão. A


primeira ação tomada foi soltar as cordas de união que interligam os módulos de
rede (Figura 27), na sequencia soltou-se as ancoragens que interligam o sistema a
estrutura da edificação. Por fim a tela foi recolhida e transportada até o pavimento no
qual seria reinstalada. A reinstalação repete o processo de montagem (ver item 4.3).

Figura 27 – Corda de união solta após conclusão alvenaria externa


Fonte: Autoria própria

4.4.1 Riscos no Processo de Ascensão do Sistema U

O processo de retirada da rede do sistema U é a etapa mais segura pois a


alvenaria externa já foi concluída e os vãos de abertura são menores.
Já para a instalação no pavimento superior, os riscos descritos no processo
de montagem se repetem (item 4.3.1).
39

4.5 RISCOS NA EXECUÇÃO DA ESTRUTURA

A execução da estrutura é uma das atividades mais preocupantes na


execução de uma obra no que diz respeito a segurança, devido a falta de vedação
das periferias e dos poços internos, também envolve muito esforço físico, além de
trabalhar com equipamentos de grande porte como grua, bombas de concreto entre
outros.
Na A.R. realizada para acompanhamento desta atividade foram identificados
os seguintes riscos: queda de nível diferente, queda de materiais / detritos, projeção
de partículas, lesão corporal, ruído, perfuração, queda de mesmo nível, choque
elétrico.
O S.L.Q.A. tem papel fundamental na minimização dos riscos de queda de
nível diferente, e queda de materiais / detritos. Além de proteger no caso de queda
garantindo que a altura máxima seja de 6,0m, o bolsão existente na extremidade
inferior da rede promove a absorção do impacto e minimiza a possibilidade de lesão
corporal. Na obra, objeto deste estudo de caso, optou-se pela instalação com
apenas uma laje de desnível, sendo assim a altura entre a fixação do bolsão e o piso
de trabalho ficou com apenas 3,0m.
No sistema de plataformas secundárias pode haver uma queda em desnível
de aproximadamente 9,0m (três lajes), sem absorção do impacto.

4.6 RISCOS NA EXECUÇÃO DA ALVENARIA

A exemplo da estrutura é uma atividade de grande risco por ocorrer com a


periferia da edificação totalmente aberta, e poços internos sem fechamentos laterais.
No modelo de EPC convencional para a execução de alvenaria de periferia há a
necessidade de utilização de linhas de vida e cintos de segurança, uma vez que as
periferias somente estão protegidas com guarda-corpo de 1,10m de altura.
Observou-se também bastante interface entre EPCs e produção.
Exemplificando, quando utilizado guarda-corpos em madeira há uma
interferência entre o rodapé do guarda-corpo e a primeira fiada da alvenaria,
podendo ser necessária a retirada do rodapé para assentamento dos primeiros
blocos.
40

Com a utilização do sistema U essa interface com a produção foi


minimizada, uma vez que toda a proteção fica externa a edificação, ou seja, não
interfere no posicionamento dos blocos cerâmicos de periferia. A rede só é retirada
após a conclusão da elevação da alvenaria e ancoragem na estrutura, com isso o
sistema viabiliza a eliminação do uso do cinto de segurança somente na execução
das paredes externas. Já para os fechamentos dos poços internos a edificação
ainda fez-se necessário o seu uso.

4.7 CRONOGRAMA DE MONTAGEM E ASCENSÕES

A figura 28 (Apêndice A) mostra o cronograma ideal para as atividades de


montagem e ascensões, tanto do Sistema V como do Sistema U.
As montagens na obra em estudo ocorreram no momento descrito nos itens
anteriores, com a estrutura já iniciada. Observa-se através da Figura 14 que houve a
necessidade de inversão de montagens, sendo instalado primeiramente o sistema V.
As ascensões são realizadas em cada ciclo da estrutura.

4.8 CHECKLIST

Para análise da utilização do sistema no que diz respeito ao atendimento


das normativas brasileiras, foi utilizado o checklist demonstrado no Quadro 2 (Anexo
A), elaborado por TAVARES, 2014. Este checklist avalia as práticas de segurança e
as ações de correção / antecipação, que devem ser adotadas para garantir um bom
resultado na aplicação do sistema S.L.Q.A..
Durante o preenchimento do checklist foi possível observar que todos os
itens listados foram atendidos. Apenas o último item que refere-se a permanência do
SLQA até a conclusão dos serviços de estrutura e vedação não foi possível
acompanhar devido a fase da obra.

4.9 REUNIÃO

Foi realizada também uma reunião com os colaboradores da empresa


lotados neste empreendimento, e que já trabalharam anteriormente com o outro
sistema de EPC composto por plataformas e guarda-corpos. Estava presentes: o
41

engenheiro da obra, o mestre de obra, dois técnicos de segurança, o engenheiro de


segurança.
Além da reunião os questionamentos foram aplicados a dois carpinteiros e
dois pedreiros que trabalham nas atividades de estrutura e alvenaria
respectivamente.
Em relação ao uso do novo sistema houve unanimidade quanto ao aumento
da sensação de segurança proporcionada pelo sistema SLQA, onde é possível
trabalhar sem o cinto de segurança. Na figura 25, anteriormente, era possível
visualizar o pavimento que será iniciada a alvenaria, com o sistema SLQA instalado.
Já a figura 28 traz o visual de um pavimento com guarda-corpo instalado.

Figura 28 – Visual do ambiente de trabalho após instalação de guarda-corpo


Fonte: Autoria Própria

Observou-se que é um excelente SPCQ, e diante disso, segundo o item


35.5.3 da NR-35 pode-se eliminar os SPIQ. Na obra analisada a construtora optou
pela manutenção do SPIQ devido a outros modelos de proteções coletivas contra
queda em altura localizados no interior da edificação onde se faz necessário o uso
de linhas de vida.
Outra vantagem citada foi a eliminação de atividades nas plataformas
secundárias (ex: limpeza e ascensão). Estas atividades seguem procedimentos de
segurança, mas devido ao material de confecção (madeira) e da projeção para fora
do pavimento acabam gerando condições maiores de risco do que a do sistema
42

analisado. A ascensão e limpeza do SLQA são feitas com os colaboradores


posicionados internamente a edificação.
Quanto a limpeza é importante ressalta que deve-se lavar as redes
periodicamente, principalmente após concretagens, garantindo com isso uma maior
durabilidade do sistema, e futuras reutilizações.
Através das análises de risco descritas anteriormente, bem como do custo
levantado para implantação deste sistema nesta obra que foi 53% maior do que
obras que optaram pelo sistema de plataformas, foi elaborado o Quadro 1.
Este quadro demonstra o comparativo entre os dois sistemas de proteções
coletivas (Plataformas Secundárias e o Sistema Limitador de Queda de Altura)
utilizados atualmente em obras de Londrina:
Riscos
Interfaces Riscos
Custo de Riscos Riscos Atividade
EPC: com Atividade
Implantação Manutenção Ascensão Vedacao
Produção Estrutura
Externa

Plataforma
MENOR MAIOR MAIOR MAIOR MAIOR MAIOR
Secundária

MENOR
SLQA MAIOR MENOR MENOR MENOR MENOR

Quadro 1 – Comparativo entre sistemas de proteção coletiva


Fonte: Autoria Própria.

No que diz respeito a segurança do trabalhador o Quadro 1 demonstra que o


sistema S.L.Q.A. apresenta desempenho satisfatório. Pois em todas as atividades o
risco ao trabalhador foi menor quando comparado ao sistema de proteção com
plataformas.
As fases de manutenção e ascensão são realizadas com o trabalhador
posicionado internamente a edificação. Na atividade da estrutura a altura de queda é
menor, e há a absorção do impacto por conta do bolsão. Para a execução da
alvenaria, o trabalhador executa a atividade toda com a periferia do pavimento
fechada em sua totalidade pela tela.
Quanto a interface com a produção também apresenta melhor desempenho,
uma vez que em momento algum há a necessidade de ajuste do EPC por conta da
execução de atividades de produção. Além disso, as ascensões ocorrem
concomitantemente às atividades.
Apresentou como desvantagem o seu custo elevado de implantação. Porém,
o alto custo de implantação não reflete necessariamente um sistema mais caro, uma
43

vez que não estão contemplados a possibilidade de reutilização em um novo


empreendimento, bem como os custos com manutenção, e acidentes do trabalho.
Ribeiro e Tsukamoto (2016) realizaram estudo de caso em uma obra que
utilizou o sistema S.L.Q.A., e compararam a outra que utilizou plataformas
secundárias. O uso do S.L.Q.A. se mostrou positivo quanto a segurança do trabalho
principalmente devido a redução da queda de materiais das atividades de estrutura.
Vale ressaltar que esta afirmação também foi mostrada no Quadro 1. Este estudo
concluiu também que o sistema foi considerado viável financeiramente, devido ao
seu aproveitamento em mais de uma obra.
44

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escolha do modelo de EPC a ser utilizado passa por diversas análises,


podendo apresentar resultados distintos de acordo as características da obra. Por
isso, uma análise prévia bem planejada, considerando-se os prós e contras de cada
sistema, pode trazer resultados significativos do ponto de vista da segurança e
custo.
É fundamental que esta definição e o planejamento executivo ocorram com
antecedência, pois é preciso viabilizar a disponibilização dos recursos (mão-de-obra,
material, equipamentos, e método / treinamentos) em tempo hábil para seguir o
cronograma ideal, evitando despesas extras com proteções provisórias.
Percebe-se através deste trabalho que o sistema SLQA apresentou-se
bastante satisfatório no que diz respeito a segurança em todas as etapas de sua
utilização.
Os resultados apresentados no quadro 1 mostram que a adoção do SLQA
(sistemas V e U) foi assertiva para a edificação em estudo. Verifica-se também que
trouxe maior segurança em relação às plataformas secundárias quanto ao
desenvolvimento das atividades que apresentam riscos de queda em altura. Sendo,
portanto, uma alternativa viável para proteção dos colaboradores de edificações
verticais do país.
Nenhum incidente ou acidente foi identificado durante os processos de
montagem e ascensão dos sistemas S.L.Q.A., vale ressaltar o papel fundamental
que teve o treinamento realizado com os colaboradores envolvidos nestes
processos.
Alguns desdobramentos são possíveis a partir deste trabalho, entre eles:
realizar análise de custo considerando a vida útil dos EPCs com o reaproveitamento
em obras consecutivas, realizar estudo de caso a respeito do uso dos sistemas S e
T em edifícios verticais.
45

REFERÊNCIAS

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Fazenda, Secretaria da Previdência, Empresa de Tecnologia e Informações da
Previdência.

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limites de instalación. Madrid - Espanha: [s.n.], 2016. 16 p.
47

APÊNDICE
48
APÊNDICE A – CRONOGRAMA DE INSTALAÇÃO E ASCENSÃO DO SLQA

Figura 29 - Cronograma de Instalação e Ascensão do SLQA


Fonte: Autoria Própria
49

ANEXO
50

ANEXO A – CHECKLIST DA IMPLANTAÇÃO S.L.Q.A.

Quadro 2 – Checklist da implantação S.L.Q.A.


Fonte: Tavares, 2014.

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