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SHST para

trabalhadores
I
Designação do Módulo

Módulo III
     da
SHST para Trabalhadores

s
ai n
e r ge
g Le

s
i to
nce
co

1
co ÍNDICE
r is
de
 t
es
or ao
c s r
Conceitos gerais………………………………………….3
Fa nte do

2 ere alh
a Factores de risco inerentes ao trabalhador……11
in ab
tr de s à
s Factores de risco inerentes à tarefa…………..…21

e
o re nt
e
a ct er Factores de risco inerentes ao ambiente……….31
f in
– o
3 sc f a
ri re s co te Controle dos factores de risco…………………..…39
ta i
r ien
e
d mb


s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co


e s
rol r i
t e
on s d
C re

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co

1
co
r is
de CONCEITOS GERAIS
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab Podemos descrever a ergonomia, como
tr de s à
s

e a disciplina que utilizando a psicologia, a sociologia, a anatomia e a
o re nt
e fisiologia, procura adaptar o trabalho e as suas condições ao
a ct er
f in trabalhadores, por forma a proporcionar-lhe um trabalho seguro e
– o
3 sc f a confortável.
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb Ao nível científico puro, a ergonomia, está relacionada com a


s
e a compreensão das interacções entre os trabalhadores e os outros
tor ao
c s elementos de um sistema.
Fa nte lho
– a
4 ere rab Isto significa que a ergonomia, necessariamente se preocupa, não só
in e t
d s com os factores físicos do trabalhador, mas também com os factores
do co psicológicos.

e s
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on s d
C re

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1
co
r is
de
 t
es
or ao
c s r
A adaptação do trabalho ao homem, na sua generalidade, implica
uma acção sobre um conjunto de diferentes factores de risco, que
Fa nte do basicamente, podem ser de 3 espécies:
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à
s

e
o re nt
e
a ct er •Factores de risco inerentes ao trabalhador
f in
– o
3 sc f a •Factores de risco inerentes à tarefa
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb •Factores de risco inerentes ao


s
e a
tor ao ambiente de trabalho
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab
in e t
d s •Assim sendo, logo se percebe que é a partir do controle destes
do co factores de risco, que se pode fazer uma abordagem ergonómica do

e s
rol r i trabalho, adaptando-o individualmente ao trabalhador.
t e
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1
co
r is Mais detalhadamente, os factores que, em geral, importam para a
de
 t
es
or ao
c s r
conformação ergonómica do trabalho, reflectem-se na seguinte
figura:
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à
s

e
o re nt
e
a ct er
f in
– o
3 sc f a
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb


s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co


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1
co
r is
de

Para termos uma ideia da forma pela qual o trabalho pode influenciar
es
tor ao nocivamente o ser humano, provocando-lhe um conjunto de
c s r
Fa nte do problemas de saúde ao nível físico e psicológicos, basta atentarmos
– a
2 ere alh na seguinte figura (caldeirão de Grandjean):
in ab
tr de s à
s

e
o re nt
e
a ct er
f in
– o
3 sc f a
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb


s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab
in e t
d s
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co
r is As consequências ou os riscos para a saúde se uma má abordagem
de ergonómica do trabalho, reflectem acima de tudo um conjunto de
 t
c s r
es
or ao três envolventes:
Fa nte do
– a •Durante quanto tempo o trabalhador está exposto ao risco
2 ere alh
in ab
tr •Com que frequência o trabalhador está exposto ao risco
de s à
s

e
o re nt •Qual o nível de exposição do trabalhador ao risco
e
a ct er
f in
– o
3 sc f a
ri re s co te Existem um conjunto de factores, relacionados com o trabalho que
ta i
r ien
e
d mb
podem levar à fadiga:


s
e a
tor ao •Posturas incorrectas
c s
Fa nte lho
– a •Movimentos repetitivos
4 ere rab
in e t
d s
•Vibrações
do co


e s •Esforços constantes
rol r i
t e
on s d •Trabalho sob pressão psicológica
C re

5 cto
fa •Factores ambientais
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– Os resultados para a saúde dos factores indicados anteriormente,
co podem reflectir-se essencialmente em duas vertentes:
r is
d e

 c
r
to ao
es
s r •Lesões músculo esqueléticas
Fa nte do
– a
2 ere alh •Riscos de carácter psicossocial
in ab
tr de s à
s

e
o re nt
e Entre as lesões músculo-esqueléticas, as mais vulgares são:
a ct er
f in
– o •Síndroma do túnel cárpico
3 sc f a
ri re s co te
ta i
r ien •Tenocinovite
e
d mb


s
e a •Sindroma de tensão no pescoço
tor ao
c s
Fa nte lho •Lombalgias
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co •Entre os factores de riscos de natureza psicossocial, surge-nos, de

e s
rol r i longe o mais vulgar, o Stress.
t e
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co
r is
de
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab Os resultados mais vulgares deste tipo de lesões para a empresa,
tr de s à
s reflectem-se sobretudo nos seguintes níveis:

e
o re nt
e •Baixa produtividade dos trabalhadores afectados
a ct er
f in
– o •Absentismo relacionado com incapacidades temporárias e
3 sc f a
ri re s co te permanentes
ta i
r ien
e
d mb •Incapacidade para a execução de determinadas tarefas

s
e a
tor ao
c s •Aumento dos custos directos e indirectos relacionados com os danos
Fa nte lho
– a para a saúde dos trabalhadores
4 ere rab
in e t
d s
do co


e s
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1
co
r is A figura seguinte, dá-nos uma ideia, de que forma a
de ergonomia pode intervir nas condições de trabalho, de
 t
c s r
es
or ao forma a conformá-lo ao trabalhador:
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à
s

e
o re nt
e
a ct er
f in
– o
3 sc f a
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co
r is Factores de risco inerentes ao trabalhador
de
 t
es
or ao
c s r
Princípio carga-esforço: a mesma carga incidindo
Fa nte do sobre trabalhadores diferentes, provoca esforços
– a
2 ere alh
in ab diferentes, porque as suas capacidades são
tr de s à
s

e diferentes.
o re nt
e
a ct er
f in
– o
3 sc f a
ri re co te Isto significa, que a abordagem ergonómica do trabalho não se pode
ta i s
r ien
e dissociar do facto de todos os trabalhadores serem diferentes.
d mb


s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho Contudo, existem alguns factores de natureza objectiva. A frequência
– a
4 ere rab
in e t e tempo de exposição, bem como a natureza da exposição a factores
d s de risco, bem como o tempo de recuperação que existe ou não para
do co que se recupere da fadiga, provocam uma acumulação de

e s
rol r i
t e traumatismos que posteriormente se reflectem em lesões.
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nce
co O SISTEMA MUSCULO-ESQUELÉCTICO

1
co
r is
de
 t
es
or ao
c s r
O nosso sistema músculo-esquelético é constituído,
basicamente, por:
Fa nte do
– a
2 ere alh •Ossos – a nossa estrutura
in ab
tr de s à
s •Músculos – tecidos que se contraem para

e
o re nt
e
a ct er possibilitarem movimentos
f in
– o •Tendões – tecidos que conectam os músculos aos ossos
3 sc f a
ri re s co te
ta i
r ien •Ligamentos – tecidos que ligam ossos a ossos
e
d mb


s
e a
or ao •Cartilagens – Tecidos que protegem e reduzem a fricção entre os
t
c s
Fa nte lho ossos
– a
4 ere rab •Nervos – sistema de comunicação que liga os tendões, músculos,
in e t
d s e outros tecidos com o cérebro
do co


e s
rol r i •Veias – tubos ou canais que levam os nutrientes para todo o
t e
on s d corpo
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co Existem factores de risco que são generalizados a toda uma

1 população, mas quando iniciamos a nossa abordagem ergonómica do
co
r is trabalho, devemos ter em conta um conjunto de características
de individuais:
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a
2 ere alh A IDADE
in ab
tr de s à Com o passar dos anos, as lesões traumáticas acumuladas, vão
s

e
o re nt aumentando. Quando temos 35 anos, por exemplo, surge-nos a dor
e
a ct er nas costas (normalmente lombalgias). Quando atingimos uma idade
f in
– o mais avançada, em geral, os problemas de saúde que sentimos são
3 sc f a
ri re s co te de origem músculo-esquelética.
ta i
r ien
e
d mb No caso da dor nas costas, ela surge nos homens em média entre os

s
e a
tor ao 20 e os 24 anos para os homens, e entre os 30 e 34 anos para as
c s
Fa nte lho mulheres.
– a
4 ere rab
in e t Para além disso, o nosso sistema músculo-esquelético, bem como os
d s problemas de saúde relacionados com a própria idade, o desgaste
do co
dos tecidos, vão-se desgastando com a idade, aumentando as

e s
rol r i
t e probabilidades de contracção de lesões, ou da sua severidade
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or ao
c s r
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab Coma idade, aumenta também, normalmente o nosso tempo de
tr de s à
s trabalho. Para além desse aspecto, mais relacionado com o desgaste,

e
o re nt também temos a perda de capacidades, acima de tudo a nível físicas,
e
a ct er que se vão verificando com a idade.
f in
– o
3 sc f a Contudo, isto são tudo suposições com o seu grau de incerteza, pois
ri re s co te
ta i
r ien como sublinhámos anteriormente, as pessoas são diferentes uma das
e
d mb outras, sendo que, necessariamente a sua capacidade física e

s
e a
tor ao psicológica também.
c s
Fa nte lho
– a De qualquer a forma, a idade permanece um factor ter em conta
4 ere rab
in e t numa abordagem ergonómica do trabalho, pelo menos de uma forma
d s
do co
geral e abstracta.


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1
co O SEXO
r is
de Não é totalmente certo que a diferença
 t
c s r
es
or ao observada em determinados estudos,
Fa nte do
– a
2 ere alh relativamente ao tipo de lesões músculo-esqueléticas, verificadas em
in ab mulheres sejam diferentes das verificadas em homens. Existem
tr de s à
s estudos importantes que apontam para o facto de existirem

e
o re nt diferenças significativas entre homens e mulheres no que respeita à
e
ct er
a
f in sua exposição ao risco de contracção de lesões.
– o
3 sc f a Existem ,estudos que apontam para o facto de as mulheres, devido à
ri re s co te
ta i
r ien
e sua estatura, terem mais dificuldade para se acomodarem a postos
d mb
de trabalho concebidos para uma média de peso e altura superiores

s
e a
tor ao às suas.
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab Outros estudos, referem que as mulheres ocupam normalmente
in e t funções que exigem mais precisão e trabalho com as mãos.
d s
do co No fundo, são apenas deduções que tentam explicar o porquê das

e s
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t e mulheres estarem mais sujeitas a este tipo de lesões que os homens.
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co
r is
de
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a O EXERCÌCIO FÍSICO
2 ere alh
in ab
tr Tentam-se também estabelecer relações entre
de s à
s

e
o re nt a contracção de lesões músculo-esqueléticas e o exercício físico.
e
a ct er
f in Contudo, esta não é uma relação muito fácil, pois fazer exercício
– o
3 sc f a físico pode causar lesões, mas a falta de preparação física pode
ri re s co te
ta i
r ien aumentar a predisposição do nosso corpo para contrair lesões.
e
d mb


s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho De qualquer forma, é geralmente aceite que o exercício físico
– a
4 ere rab contribui para a redução da probabilidade de contracção de lesões
in e t
d s
músculo-esqueléticas.
do co


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co
r is
de
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à
s A FORÇA FÍSICA

e
o re nt
e Existem estudos que apontam para o facto de, nas profissões mais
a ct er
f in susceptíveis de provocarem lesões músculo-esqueléticas, a força
– o
3 sc f a física é um complemento importante para a prevenção desses tipos
ri re s co te
ta i
r ien de lesões.
e
d mb


s
e a Principalmente em tarefas de carácter físico, a força física e
tor ao
c s muscular, funciona como catalisador do esforço dispendido, fazendo
Fa nte lho

4 ere rab
a com que os efeitos nocivos desse esforço não se reflictam totalmente
in e t sobre os ossos, tendões e ligamentos, protegendo-os das lesões.
d s
do co


e s
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1
– Quando trabalhamos, principalmente em
co trabalhos exigentes do ponto de vista físico, é a
r is
d e nossa coluna a primeira a ressentir-se desse
 c
r
to ao
es
s r
esforço e consequentemente da fadiga.
Fa nte do Olhando para a nossa coluna vertebral existem
– a
2 ere alh 4 factores que contribuem para a compressão
in ab
tr das vértebras L5/S1 (ver figura) :
de s à
s

e
o re nt •Peso do nosso tronco
e
a ct er
f in •Desvios na nossa postura erecta
– o
3 sc f a
ri re s co te •Peso do material em que pegamos
ta i
r ien
e
d mb •Capacidade dos músculos da zona baixa das

s
e a
tor ao costas
c s
Fa nte lho

4 ere rab
a Devemos considerar estes factores no seu
in e t conjunto se quisermos prevenir as lesões
d s músculo-esqueléticas relacionadas com o
do co


e s trabalho.
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co De que forma podemos então prevenir este tipo de lesões, se cada
r is trabalhador é diferente dos outros? Essa é uma questão que a
de
 t
es
or ao
c s r
antropometria tenta resolver.
Primeiro devemos saber, eu a concepção dos postos de trabalho é
Fa nte do
– re ha feita a partir de uma “média” retirada a partir daquilo que ´comum
2 e al
in ab das pessoas.
tr de s à
es te
 a
f in
ct er
o r
en
A antropometria, o que faz, é tentar adaptar ao máximo estes postos
de trabalho de forma a que eles se adaptem o mais possível às
– o características individuais de cada um.
3 sc f a
ri re s co te Através de medidas de engenharia, os ergonomistas, partindo de um
ta i
r ien
e
d mb conjunto de dados sobre as dimensões do corpo humano, na sua


s
e a
or ao
variedade, tentam conceber postos de trabalho, ferramentas e meios
c t
s de protecção individual que se adaptem o mais possível a um maior
Fa te ho
– ren bal número de indivíduos com diferentes dimensões.
4 e ra
n
i e t
d s
do co


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or ao
c s r
Resumindo, todas as pessoas são diferentes, mas a ergonomia é
uma disciplina que se preocupa principalmente com a adaptação do
Fa nte do
– a trabalho ao homem, individualmente considerado.
2 ere alh
in ab
tr de s à Estabelecendo-se uma média relativamente às dimensões do ser
s

e humano, considerando que existem factores, como os que atrás
o re nt
e forma analisados, que contribuem para a prevenção ou exposição a
a ct er
f in factores de risco de lesões músculo-esqueléticas, a ergonomia tenta
– o
3 sc f a adaptar cada posto de trabalho ao maior n.º e tipo de pessoas
ri re s co te
ta i
r ien possível. Para tal de serve da Antropometria.
e
d mb


s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho
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4 ere rab
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co
r is FACTORES DE RISCO LIGADOS À TAREFA
de
 t
es
or ao
c s r
Devemos, também, numa abordagem ergonómica do trabalho,
considerar os elementos ligados ao próprio trabalho e à sua natureza,
Fa nte do
– a
2 ere alh que constituem factores de risco. Desta forma, os processos de
in ab trabalho são determinados por:
tr de s à
s

e •Ferramentas
o re nt
e
a ct er
f in •Mobiliário
– o
3 sc f a
ri re co te •Matéria prime
ta i s
r ien
e
d mb •Equipamento

s
e a
tor ao •Maquinaria
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab •Layout do posto de trabalho
in e t
d s O Design de postos e equipamentos de trabalho assume assim uma
do co
especial relevância, por forma a diminuírem-se os riscos inerentes à

e s
rol r i
t e tarefa.
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co
r is O DESIGN ERGONÓMICO
de
 t
es
or ao
c s r
Quando se concebe um posto de trabalho, tendo
Fa nte do em conta um design ergonómico, devem
– a
2 ere alh
in ab ter-se em conta um conjunto de questões simples,
tr de s à
s
 re nt
e mas de resposta complexa.
o e
a ct er Quanta força é necessário despender?
f in
– o
3 sc f a A carga de força depende da quantidade de esforço físico que é
ri re s co te
ta i
r ien necessário despender, para que o trabalhador execute uma
e
d mb determinada tarefa.

s
e a
tor ao
c s Este esforço depende essencialmente, do peso do objecto, da sua
Fa nte lho
– a dimensão, da postura corporal, do tipo de actividade, d temperatura,
4 ere rab
in e t das vibrações, da duração da tarefa e do n.º de vezes que é preciso
d s
do co
repeti-la.


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co

1 Quando utilizamos o corpo par carregar com um objecto, estamos a
c o
r is exercer uma carga sobre os tecidos internos do nosso corpo, que
de
 t
es
or ao
c s r
podem resultar na compressão da nossa espinha, e tensões nos
nossos músculos e tendões.
Fa nte do
– a O nosso corpo comporta-se como um pêndulo
2 ere alh
in ab
tr de s à Cada vez que levantamos um peso, essa força é transmitida e
s
 amplificada par a nossa coluna vertebral.
e
o re nt
e
a ct er Quando levantamos um peso de 50 Kg, na posição que viram na
f in
– o imagem da página anterior, esses 50Kg, representam um peso de
3 sc f a
ri re s co te 250Kg na nossa coluna.
ta i
r ien
e
d mb O que sucede é que a vértebra L5 é comprimida contra a vértebra

s
e a
tor ao S1, com a força de 250Kg.
c s
Fa nte lho
– a Essa é a força máxima que pode aguentar a nossa coluna. Quando o
4 ere rab
in e t esforço que fazemos, corresponde a uma compressão superior a
d s
do co
250Kg, então estamos quatro vezes mais sujeitos ao risco de


e s contracção de uma lesão músculo-esquelética, do que se fosse uma
rol r i
t e
on s d força de compressão inferior a 250Kg.
C re

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fa
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     da
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s
ai n
e r ge
g Le

s
i to
nce
co

1
co
r is Contudo, existem outros factores que influencia o grau de risco a
de
 t
es
or ao
c s r
que estamos sujeitos, que não apenas a força que que são
comprimidas as nossas vértebras. A postura, velocidade, repetição e
Fa nte do a duração, são factores que influenciam bastante. Isto significa que
– a
2 ere alh
in ab mesmo com pesos inferiores se podem contrair lesões, tudo depende
tr de s à da postura do corpo, o n.º de vezes que lhes pegamos, durante
s

e quanto tempo lhe pegamos e a velocidade com que lhe pegamos.
o re nt
e
a ct er
f in Existem 5 factores relacionados com a aplicação da força, que podem
– o
3 sc f a aumentar o risco de lesão:
ri re s co te
ta i
r ien
e Contacto traumático, que se dá quando o nosso corpo, ou parte
d mb
dele é comprimido contra um objecto externo. Essa compressão um

s
e a
tor ao mesmo choque, provoca uma sobrecarga nos nossos tecidos. Tal
c s
Fa nte lho pode suceder quando pegamos num objecto.
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co


e s
rol r i
t e
on s d
C re

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s
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e r ge
g Le

s
i to
nce
co

1
co
r is
de
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à
s

e
o re nt
e Quando pegamos num objecto, comprimindo-o contra o nosso
a ct er
f in corpo (dedos ou palma da mão), podemos pegar-lhe de duas
– o
3 sc f a formas:
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb Em pinça, exercendo toda a força com os dedos. Esta é a forma


s
e a mais perigosa de aplicar a força.
tor ao
c s
Fa nte lho Com a mão toda, desta forma a força a exercer está mais
– a
4 ere rab distribuída, quando manipulamos o objecto, logo será a menos
in e t
d s perigosa
do co


e s
rol r i
t e
on s d
C re

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s
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e r ge
g Le

s
i to
nce
co Postura estática, esta é também um importante factor risco, ao

1 nível da aplicação d nossa força quando executamos uma tarefa.
co
r is
de Tal sucede quando nos mantemos durante muito tempo na mesma
 t
es
or ao
c s r
posição, enquanto executamos a tarefa. Os sintomas relacionados
com este factor de risco podem ser:
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à SINTOMAS CAUSA ERGONÓMICA POSSÍVEL
s

e
o re nt Pés e pernas dormentes Estar de pé no mesmo sítio durante muito
e
a ct er tempo
f in
– o Dor na coluna em baixo Troco curvado
3 sc f a
ri re s co te Dores nos ombros e braços Braços levantados, juntos, afastados ou
ta i
r ien
e
d mb baixados


s
e a
tor ao Dor no pescoço Cabeça inclinada para frente ou para trás
c s
Fa nte lho Dor no antebraço Agarrar com muita força de forma estática
– a
4 ere rab
in e t Dor no pulso Movimentos repetitivos na mão ou dedos
d s
do co


e s
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t e
on s d
C re

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s
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co

1
co Vibrações, quando utilizamos ferramentas de
r is
de mão que vibram, as nossas mãos ficam em primeiro
 t
e
or ao
c s r
s
lugar com insuficiências de circulação sanguínea, e
depois com falta de sensibilidade. A falta de
Fa nte do
– a sensibilidade leva a que o trabalhador aplique mais
2 ere alh
in ab força para obter o mesmo resultado, logo, estará
tr de s à
s te mais sujeito às lesões.
 c
fa in
to re
e
e
r n

– o
3 sc f a Repetição, quando aliada à frequência,
ri re s co te
ta i
r ie n velocidade da movimentação, o tipo de
de mb músculos envolvidos, a força aplicada, a
 a
o r es o a
ct s a o
F nte lh
postura, duração e outros factores, pode
tornar-se um factor de risco a ter em conta.
– a
4 ere rab Principalmente se não existirem pausas de
in e t
d s trabalho.
d o o
le risc
 o
tr e
on s d
C re

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co

1
co
r is
de
 tor ao
c s r
es Duração, esta é a medida temporal
durante a qual estamos sujeitos a um
Fa nte do
– a determinado factor de risco. Quanto maior
2 ere alh
in ab o tempo de exposição, maior o risco.
tr d e à
s tes
 c
fa in
to re
e
e
r n

– o
3 sc f a Tempo de recuperação, é o tempo durante o qual o
i
r r e c o e
ta r is i e n
t nosso corpo recupera da fadiga adquirida a partir da
de b execução de uma determinada tarefa. Quanto mais
s am
 c
r
to ao
Fa te ho
e
s
esforço despendemos, durante mais tempo, mais tempo
de recuperação necessitamos.
– ren bal
4 e ra
in e t
d s
do co


e s
rol r i
t e
on s d
C re

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s
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co

1
o
A postura, esta é a posição na qual nós
ri sc executamos uma determinada tarefa. Devemos ter
d e em conta que a nossa postura neutra é com a
 c
r
to ao
es
s r
cabeça direita, braços ao lado do corpo, e tronco
direito. Todas as posturas que não sejam neutras
Fa nte do
– a
2 ere alh aumentam a nossa susceptibilidade de contracção
in ab de lesões músculo-esqueléticas.
tr de s à
s

e
o re nt
e
a ct er
f in
– o Velocidade/aceleração, neste caso
3 sc f a
ri re s co te devemos ter em conta a velocidade a que
ta i
r ien
e as partes do corpo de movimentam. Quanto
d mb


s
e a mais depressa movemos as nossas costas,
tor ao
c s maior o risco de lesão. Como é óbvio,
Fa nte lho factores, como o peso do objecto e a
– a
4 ere rab
in e t repetição, entre outros também influenciam
d s o grau de exposição ao risco.
do co


e s
rol r i
t e
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s
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co

1
o Esforços elevados e contínuos, este tipo de trabalho, exige
c
r is muito do sistema cardiovascular, para que produza mais oxigénio
de e metabolitos para o sistema muscular. Quando o sistema
 t
c s r
es
or ao muscular pede mais oxigénio e metabolitos, as o sistema
Fa nte do sanguíneo não o consegue produzir, aumenta a fadiga dos
– a
2 ere alh músculos. Consequentemente o risco de contracção de lesões
in ab
tr aumenta. Em último caso, se todo o corpo fatigar-se e não tiver
de s à
s tempo para recuperar, pode inclusive dar-se uma paragem

e
re nt
o e cardíaca.
a ct er
f in
– o
3 sc f a
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb


s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co


e s
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s
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co

1
co FACTORES DE RISCO INERENTES AO AMBIENTE DE
r is TRABALHO
de
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do O calor, gerado no ambiente de trabalho pode aumentar
– a
2 ere alh
in ab consideravelmente o volume de calor existente no nosso
tr de s à corpo. Esta acumulação de calor é susceptível de causar um
s

e choque térmico que pode ser fatal ao trabalhador.
o re nt
e
ct er
a
f in Cansaço, cãibras, desidratação, perda de concentração e
– o capacidade física, são tudo possíveis consequências do
3 sc f a
ri re s co te excesso de calor.
ta i
r ien
e
d mb
Por outro lado, quanto maior for a humidade relativa do ar,

s
e a
tor ao mais perigoso se torna o calor, pois esse excesso de
c s
Fa nte lho humidade impede o nosso corpo de se refrigerar
– a
4 ere rab convenientemente.
in e t
d s
do co


e s
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s
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co

1
o O excesso de calor no local de trabalho pode ser
c
r is provocado por:
de
 t
es
or ao
c s r
•Temperatura ambiente
Fa nte do •Calor gerado pelos equipamentos
– a
2 ere alh
in ab •Calor proveniente de processos e reacções
tr de s à químicas
s

e
o re nt
ct er
e •Calor proveniente do corpo dos trabalhadores
a
f in
– o •Processos de soldadura e corte
3 sc f a
ri re s co te
ta i
r ien •Fricção de objectos
e
d mb


s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho Resumindo, num local de trabalho normal,
– a
4 ere rab existem sempre fontes de calor, que aliadas a
in e t
d s
uma má circulação do ar, podem-se constituir
do co como riscos para a saúde dos trabalhadores.

e s
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co

1
co O frio. Existem casos em que o corpo humano, sujeito a
r is
de temperaturas muito baixas, tem dificuldade em manter a sua
 t
es
or ao
c s r
temperatura normal. Nesse caso pode dar-se uma hipotermia, que
pode ser fatal para a vida de um trabalhador.
Fa nte do
– a
2 ere alh Os sintomas no nosso corpo relacionados com o frio excessivo,
in ab
tr de s à podem ser:
s

e
o re nt •Arrepios de frio
e
a ct er
f in
– o •Perdas de consciência
3 sc f a
ri re s co te •Dores nas extremidades do nosso corpo
ta i
r ien
e
d mb
(dedos, lábios, orelhas…)

s
e a
tor ao
c s •Dilatação das pupilas
Fa nte lho
– a
4 ere rab
in e t •Perda da capacidade de pegar em objectos e coordenar
d s movimentos
do co


e s
rol r i •Estados de fibrilação cardiovascular
t e
on s d
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s
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nce
co Vibrações em todo o corpo, acontecem muito no caso dos

1 camionistas ou outros motoristas de máquinas de trabalho. A
co
r is sujeição destes trabalhadores ao risco de contracção de lesões
de músculo esqueléticas é enorme, principalmente ao nível da coluna
 t
c s r
es
or ao vertebral.
Fa nte do As vibrações a que está sujeito o nosso corpo neste tipo de
– a
2 ere alh
in ab actividades, podem ser momentâneas, quando tentamos passar
tr de s à algum obstáculo com o veículo, e constantes, no caso das vibrações
s

e
o re nt que os camionistas sentem a toda a hora enquanto viajam.
e
a ct er
f in O tempo de exposição, é um factor importante para a contracção de
– o
3 sc f a lesões. O corpo humano, como observarão no módulo do curso
ri re co te
ta i s
r ien respectivo, reage de forma diferente, consoante a parte do corpo de
e
d mb que estamos a falar. Isto significa que uma vibração, inofensiva

s
e a
tor ao para o corpo como um todo, pode ser altamente danosa para a
c s
Fa nte lho coluna vertebral.
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co


e s
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co

1
o Iluminação. A iluminação dos postos de trabalho, como
c
r is estudarão no módulo respectivo, deve ser adequada às
de características morfológicas do posto de trabalho, aos
 t
c s r
es
or ao equipamentos de trabalho utilizados, bem como ao tipo de
Fa nte do actividade exercida.
– a
2 ere alh
in ab Sempre que possível deverá optar-se pela luz natural. Caso
tr de s à contrário deverá encontrar-se uma luz artificial o mais parecida
s

e
o re nt possível. Neste caso existem alguns critérios de iluminação que
e
a ct er devemos ter em conta:
f in
– o
3 sc f a •Os limites legais que são impostos
ri re s co te
ta i
r ien
e •O brilho, reflexos, a direcção, a sua difusão e distribuição
d mb


s
e a
tor ao •Ausência de sombras e contrastes muito demarcados
c s
Fa nte lho •Todos os acessórios de iluminação, incluindo as janelas,
– a
4 ere rab
in e t devem estar devidamente limpos e conservados
d s
do co


e s
rol r i
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s
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co

1
co
r is A ausência de luz provoca inúmeros
de
 t
es
or ao
c s r
problemas aos trabalhadores. Pode por
exemplo afectar a nossa percepção do tempo,
Fa nte do provocar desmotivação e desconcentração,
– a
2 ere alh para além de todos os problemas visuais
in ab
tr de s à
conhecidos.
s

e
o re nt O ruído. Consideramos ruído todos os sons
e
a ct er que não suportamos. A exposição prolongada
f in
– o ao ruído, provoca os conhecidos problemas de
3 sc f a
ri re s co te surdez e outras deficiências auditivas. É
ta i
r ien
e
d mb importante que se tenha em conta, que os


s
e a problemas de saúde provocados pelo ruído,
tor ao
c s tendem normalmente para a cronicidade, ou
Fa nte lho
– a seja, têm tendências para se tornarem
4 ere rab
in e t permanentes.
d s
do co Para além destes problemas, o ruídos afecta

e s
rol r i gravemente a capacidade de concentração,
t e
on s d afectando a produtividade.
C re

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co

1
co
r is
de
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à Factores psicossociais. Estes são o parente pobre da SHST,
s
 contudo, têm um influência decisiva na actividade de qualquer
e
o re nt
e trabalhador. Um trabalho ergonómicamente conformado, exerce uma
a ct er
f i n influência importante nas atitudes dos trabalhadores para com as
– o
3 s f c a suas tarefas.
ri re s co te
ta i
r ie n
de mb Para que se diminuam os factores de risco de natureza psicossocial é


s
e a necessário que os trabalhadores sejam envolvidos e tenham a
tor ao
c s possibilidade de participar nos assuntos relativos à organização do
Fa nte lho
– a seu trabalho. Por outro lado a formação, informação e consulta dos
4 ere rab
n
i e t trabalhadores são aspectos importantes para o envolvimento e
d s
do co
motivação dos trabalhadores no exercício da sua actividade


e
l is profissional
tro e r
on d
C res

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co

1
co
r is
de
 t
es
or ao
c s r
Para que se tenha noção da importância dos factores de risco
psicossociais sobre o trabalho, devemos considerar os seguintes
Fa nte do
– a aspectos:
2 ere alh
in ab
tr •O stress psicológico pode provocar tensão muscular,
de s à
s contribuindo para a contracção de lesões

e
o re nt
e
a ct er •O stress psicológico, pode dificultar o diagnóstico de lesões
f in
– o músculo-esqueléticas, porque o trabalhador, julga que a causa
3 sc f a
ri re s co te do mau estar é psicológica
ta i
r ien
e
d mb •O stress psicológico pode levar a uma disfunção do sistema

s
e a
tor ao nervoso, provocando sofrimento físico e psíquico com tendência
c s
Fa nte lho crónica
– a
4 ere rab
in e t •O stress psicológico afecta igualmente, e de forma negativa,
d s todo o ambiente social da empresa
do co


e s
rol r i
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on s d
C re

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s
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s
i to
nce
co

1
co
r is O CONTROLE DOS FACTORES DE RISCO
de
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a O controle dos factores de risco, pode ser executado de 3 formas:
2 ere alh
in ab
tr de s à
s

e
o re nt •Métodos de engenharia
e
a ct er
f in •Métodos de gestão
– o
3 sc f a
ri re s co te •Métodos intermédios
ta i
r ien
e
d mb


s
e a
tor ao
c s Do que trataremos neste módulo, é de transmitir um conjunto de
Fa nte lho

4 ere rab
a orientações relativamente à abordagem ergonómica que devemos ter
in e t aquando da concepção e organização dos postos de trabalho.
d s
do co


e s
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s
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s
i to
nce
co

1 Métodos de engenharia
c o
r is
de Através dos métodos de engenharia tentam-se alterar os
 t
es
or ao
c s r
equipamentos e ferramentas de trabalho, adaptando-os
ergonómicamente, para que não constituam um factor de risco.
Fa nte do
– a
2 ere alh É neta medida que se fala em engenharia de concepção e
in ab
tr de s à engenharia de correcção.
s

e
o re nt Os métodos de engenharia, são sempre os preferenciais, pois
e
a ct er normalmente são permanentes e duradouros.
f in
– o
3 sc f a
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb O design de postos de trabalho


s
e a
tor ao Do ponto de vista da engenharia, num posto de trabalho podem
c s
Fa nte lho alterar-se:
– a
4 ere rab
in e t •O espaço físico / superfícies de trabalho / pisos e escadas
d s
do co •Assentos / armazenamento de materiais / ambiente de trabalho

e s
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s
i to
nce Postos de trabalho com
co computador (exemplo). Existem

1 aspectos que devemos ter em conta
co
r is na organização de um posto de
de
 t
es
or ao
c s r
trabalho deste tipo:
•O tampo da mesa deve ser grande o
Fa nte do

2 ere alh
a suficiente para acomodar o teclado,
in ab rato e o monitor a uma distância de
tr de s à
s
pelo menos 50cm

e
o re nt
e •O tampo da mesa deve ser ajustável
a ct er
f in a vários tipos de pessoas
– o
3 sc f a
ri re s co te •Deve existir um local de apoio para
ta i
r ien
e
d mb os pulsos


s
e a
tor ao •A cadeira deve ser regulável de
c s
Fa nte lho forma a conseguir-se o espaço
– a
4 ere rab necessário para as pernas
in e t
d s •Poderá existir um apoio de pés se
do co


e s necessário
rol r i
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fa l ho
e 41/54
ns
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s
i to
nce
co

1
co
r is O Espaço físico de trabalho, deve ser organizado de forma a
de
 t
es
or ao
c s r
respeitar os seguintes requisitos:
•O espaço de trabalho deve ser ajustável, de forma a permitir a
Fa nte do
– a
2 ere alh adaptação de trabalhadores com diferentes dimensões
in ab
tr de s à •O trabalhador deve poder manter a posição neutra durante o
s

e trabalho, evitando as posições de flexão e extensão dos membros
o re nt
e
ct er
a
f in •Deverá existir o espaço necessário para o desentorpecimento
– o
3 sc f a dos músculos, pelo menos quando se exigem posturas estáticas
ri re s co te
ta i
r ien
e •O trabalhador deve possuir o espaço suficiente para poder
d mb
utilizar os equipamentos, para os alcançar e para se movimentar

s
e a
tor ao quando necessário
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co


e s
rol r i
t e
on s d
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fa
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s
ai n
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s
i to
nce
co

1
co A superfície de trabalho (mesas), deve permitir uma adequada
r is
de movimentação do trabalhador, devendo estar adequada à sua altura
 c t
e
or ao
s
s r
e ângulo de trabalho, bem como ao equipamento de trabalho a
utilizar.
Fa te o
– ren had
2 e al A superfície de trabalho deve possibilitar ao trabalhador a
in ab
r
t de s à permanência em posições neutras, e ser regulável consoante o tipo
s

e de tarefas a executar.
o re nt
t r e
c e
fa in
– o
3 sc f a
ri re s co te
t a i
r ien
e
d mb


s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co


e s
r ol r i
t e
on s d
C re

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fa
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s
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s
i to
nce
co

1
co
r is
de O piso, deve ser anti-escorregadio, permitindo ao trabalhador uma
 t
es
or ao
c s r
boa aderência e tracção. O chão anti-fadiga ou a existência de
suportes para os pés (ver figura) podem ser importantes factores na
Fa nte do
– a
2 ere alh prevenção de lesões
in ab
tr de s à
s

e
o re nt
e
a ct er
f in
– o
3 sc f a
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb


s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co


e s
rol r i
t e
on s d
C re

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s
ai n
e r ge
g Le

s
i to
nce
co
– Os assentos, devem ser ajustáveis em altura e possuir encosto
1
o
ri sc também ele ajustável. Mais em detalhe os assentos devem:
d e

 c
r
to ao
es
s r
•Possuir suporte para as costas e pernas
•Ser facilmente ajustável e possuir suporte de pés
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab • o trabalhador deve poder ajustá-la sem ter que se levantar
tr de s à
s •Deve ser giratória

e
o re nt
e
a ct er •Isolar o trabalhador das vibrações no seu corpo
f in
– o
3 sc f a •Quando apropriado, devem possuir suporte de braços
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb


s
e a
tor ao Armazenamento, as áreas para isto destinadas, devem ser
c s
Fa nte lho organizadas de forma a permitirem aos trabalhadores evitar as
– a
4 ere rab posições incómodas, reduzir o esforço muscular, e evitar que se
in e t despenda demasiado tempo à procura do que se pretende.
d s
do co


e s
rol r i
t e
on s d
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e r ge
g Le

s
i to
nce
co

1
co Ferramentas de trabalho, quando as escolhemos, devemos
r is
de encontrar as que melhor se adaptam à nossa mão, as que exigem um
 t
es
or ao
c s r
menor esforço do pulso e dos dedos, e evitem a flexão ou extensão
do pulso. Podemos dar alguns exemplos:
Fa nte do
– a
2 ere alh Na figura em baixo, temos o exemplo da utilização de uma
in ab
tr de s à ferramenta manual, e a sua substituição por uma mecânica, que
s

e evita os movimentos repetitivos, o esforço, a tensão no pulso e a
o re nt
e
a ct er pressão na palma da mão
f in
– o
3 sc f a
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb


s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co


e s
rol r i
t e
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e r ge
g Le

s
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nce
co

1
co
r is
de Devemos também seleccionar
 t
es
or ao
c s r
ferramentas que, permitam aplicar
toda a força da mão e não apenas a
Fa nte do
– a
2 ere alh dos dedos (em pinça).
in ab
tr de s à
s

e
o re nt
e
a ct er
f in
– o
3 sc f a
ri re co te Devemos evitar ferramentas que
ta i s
r ien
e pressionem demasiado, apenas uma
d mb
parte da mão

s
e a
tor ao
c s
Fa nte lho
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co


e s
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t e
on s d
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co

1
co
r is
de
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à
s Para as ferramentas pneumáticas, devemos escolher as que

e
o re nt possuem protecção anti-vibração. Se não for possível, devemos
e
ct er
a
f in aconselhar a utilização de luvas de borracha.
– o
3 sc f a
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb Ambiente de trabalho, os seus factores devem ser tomados em

s
e a
tor ao consideração, como já vimos no módulo anterior, existem um
c s conjunto de orientações que devemos ter em conta. Em módulos
Fa nte lho
– a
4 ere rab complementares do curso esta matéria será exaustivamente
in e t abordada.
d s
do co


e s
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on s d
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s
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nce
co

1
co Métodos de gestão. Os métodos em análise, têm essencialmente
r is
de a ver com a organização do trabalho.
 t
e
or ao
c s r
s
Existem alguns exemplo a este nível:
Fa nte do
– a
2 ere alh •Procedimentos seguros de trabalho, que evitam as posturas
in ab incorrectas, reduzem a frequência e duração da exposição ao risco.
tr de s à
es te
 t
c e
fa in
r
o ren
•Rotatividade de funções, para evitar-se a exposição a movimentos
repetitivos, posturas estáticas e incómodas.
– o
3 sc f a •Posto de trabalho ajustável, permitindo ao trabalhador evitar
i
r r e c o e
ta r is i e n
t determinadas posições
de b
s am •Formação em SHST, ensinado o trabalhador a precaver-se dos
 o
ct s a
Fa nte lho
e
r o
riscos que possam originar lesões músculo-esqueléticas
– a
4 ere rab •Utilização de equipamentos de protecção individual
in e t
d s •Rotatividade de trabalhadores
do co


e s
r ol r i • criação de pausas de trabalho
n t de
o
C res

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1
co
r is
de Objectivos do módulo
 t
c s r
es
or ao
1. Compreender e enumerar os factores de risco de
Fa nte do
– a
2 ere alh lesões músculo-esqueléticas no trabalho
in ab
tr de s à
s 2. Compreender a importância de uma abordagem

e
o re nt ergonómica do trabalho
e
a ct er
f in
– o
3 sc f a
3. Identificar as categorias de riscos ergonómicos
ri re s co te ligados ao trabalho
ta i
r ien
e
d mb
4. Identificar e aplicar as formas de controle de

s
e a
tor ao
c s riscos de lesões músculo-esqueléticas no trabalho
Fa nte lho
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1
co
r is
de
 t
c s r
es
or ao PROGRAMA DO MÓDULO
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à
s 1. Conceitos gerais de Ergonomia

e
o re nt
e
a ct er 2. Factores de risco inerentes ao trabalhador
f in
– o
3 sc f a 3. Factores de risco inerentes à tarefa
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb 4. Factores de risco inerentes ao ambiente de

s
e a
tor ao trabalho
c s
Fa nte lho

4 ere rab
a 5. Controle dos factores de risco
in e t
d s
do co


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co
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 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à
s

e
o re nt
e Neste módulo será executado um questionário, mais ao menos a
a ct er
f in meio do programa de estudo, bem como um exercício prático de
– o
3 sc f a aplicação.
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb


s
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co
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de
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à
s

e
o re nt
e Este manual foi realizado por Hugo Dionísio, para a EPBJC no
a ct er
f in âmbito do projecto REQUAL
– o
3 sc f a
ri re s co te
ta i
r ien
e
d mb


s
e a
tor ao
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co
r is
de
 t
es
or ao
c s r
Fa nte do
– a
2 ere alh
in ab
tr de s à
s BIBLIOGRAFIA

e
o re nt
e
a ct er 1. Capítulo 1, Ergonomia, Conceitos e Objectivos, ENSINE, 2002
f in
– o
3 sc f a 2. Capítulo 8, Características Individuais, do Posto de Trabalho e
ri re co te
ta i s
r ien da Empresa, ENSINE, 2002
e
d mb


s
e a 3. Ergonomic Awereness, NIOSH, 2003
tor ao
c s
Fa nte lho 4. Manual Técnico Base SHST, IBJC/IDICT, 2001
– a
4 ere rab
in e t
d s
do co


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Módulo III    
Higiene e Segurança no Trabalho

 Le
ge
nda

o
uçã
od Objectivo
ntr
I
s do Programa Exercícios e Bibliografi Ficha
Módulo do Questionários ae Técnica
Módulo Glossário
b o s
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