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e Mídias Sociais
Autor
André de Faria Thomáz
Indaial – 2022
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2022
Elaboração:
André de Faria Thomáz
MARKETING E
MÍDIAS DIGITAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• apresentar e conceituar marketing digital;
• descrever os canais de marketing;
• explicar mídias e suas aplicabilidades;
• conceituar as ferramentas de marketing digital.
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo
de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – MUNDO DIGITAL
TÓPICO 2 – CAMPANHAS DE MARKETING
TÓPICO 3 – CANAIS DE MARKETING
TÓPICO 1
MUNDO DIGITAL
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 1, estudaremos o mundo digital e suas aplicabilida-
des, mas, antes de conceituar o que é mídia digital, é fundamental contextualizar
seu surgimento, mesmo que de forma breve, ilustrando o cenário político e social
em que o surgimento da internet ocorreu. A internet surgiu no final dos anos 1960,
num momento em que o mundo estava polarizado entre duas grandes nações:
Estados Unidos e União Soviética. Essa polarização e toda a ambiência social da-
quele momento influenciou diretamente o modelo de meios de comunicação que
a internet consolidou e, por consequência, viria a influenciar mais tarde também o
surgimento da web.
Quando falamos que o cenário político e social influenciou o modelo de
meios de comunicação, vale lembrar que a sociedade desejava algo que fosse livre,
em que as pessoas pudessem participar do processo comunicacional de forma
ativa. Por outro lado, os militares desejavam um modelo de comunicação que não
fosse facilmente atingido pelo inimigo, porque, numa guerra, informação é poder,
contudo, não vamos aqui nos aprofundar em questões políticas, tampouco em
questões militares.
Até então, os meios de comunicação funcionavam como rede-estrela, em
que a informação precisa, necessariamente, passar por um ponto central. Desse
modo, podemos dizer que, diferentemente aos modelos de comunicação tradicio-
nal, a internet representa, grosso modo, uma rede distribuída de poder. Nela, a in-
formação pode circular a partir de qualquer ponto e por qualquer pessoa.
Nesse sentido, indivíduos tornam-se receptores e emissores no processo
comunicacional, e podemos afirmar que a internet criou condições para uma comu-
nicação bilateral. Esse modelo de comunicação bilateral colaborou para que uma
lógica chamada inteligência colaborativa fosse instaurada, na qual indivíduos de di-
ferentes vertentes sociais colaboram para sua consolidação, criando uma espécie
da cultura da rede. Essa lógica colaborativa e participativa que ajudou a construir a
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internet como a rede de computadores conectados colabora também para moldar
um novo padrão de comportamento social a partir do avanço da web e por um novo
padrão de consumo de mídia.
De acordo com Martino (2015), o surgimento da web no início dos anos 1990,
assumindo a forma de uma camada gráfica da internet, permitiu que novas ferra-
mentas dentro da rede fossem criadas, entres elas as redes sociais, a Google e di-
versos sites, como o da Amazon etc. O desenvolvimento dessas ferramentas criou
uma nova forma de relação social, estabelecendo novos padrões de vínculos, tanto
entre indivíduos quanto entre indivíduos e empresas.
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atrelado ao seu sentido técnico, que engloba todos os recursos, veículos e equipa-
mentos que trabalham a partir da tecnologia digital. Desse modo, podemos con-
ceituar como mídia digital todas as plataformas comunicacionais ou veículos de
comunicação que usam a internet para distribuição de conteúdo.
Porém, do ponto de vista de suporte midiático, o que a distingue das demais
mídias? Ocorre que a mídia digital é baseada em códigos numéricos e, ao contrário
das mídias analógicas, não requer suporte físico para sua gravação nem para re-
produção. Não são apenas as questões estruturais que distinguem a mídia digital
da mídia analógica, mas também, e sobretudo, a relação de consumo de mídia que
se estabelece entre os indivíduos e as plataformas digitais.
Do ponto de vista de consumo de mídia e de aspectos interacionais, uma
questão relevante a ser abordada é o fato de que, na mídia digital. o feedback do
receptor ocorre em tempo real, e ele pode assumir então o papel de emissor, o que
não ocorre na mídia analógica.
ATENÇÃO
Esse comportamento móvel do consumidor de mídia, aliado às questões ine-
rentes à ubiquidade, exacerbam as relações de consumo de mídia e de bens.
Tanto as marcas quanto os veículos de comunicação conseguem desenvol-
ver estratégias que consideram não apenas o comportamento do consumi-
dor, mas também sua localização.
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Figura 2 – Estratégias de marketing
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A comunicação analógica requer um suporte físico para sua gravação ou
mesmo para sua reprodução. Do ponto de vista de distribuição, a mídia analógica
é limitada e está relacionada a uma questão espacial, a um meio geográfico. Indo
além, é possível dizer que já não temos mais o poder de escolher nem mesmo aquilo
que queremos como conteúdo, pois são os códigos numéricos que decidem aquilo
vamos consumir.
As plataformas digitais fazem isso por nós. Essa é uma mídia baseada em
códigos, em algoritmos. Mas o que são algoritmos? Os algoritmos representam um
conjunto de rotinas com passos definidos a fim de realizar um ou mais objetivos.
Assim, são capazes realizar determinadas tarefas com exatidão a partir de códigos.
Na prática, isso interfere em nosso dia a dia como cidadãos e como profissionais de
comunicação. Afinal, os algoritmos, nos quais a mídia digital e suas plataformas estão
baseadas, classificam o que é relevante para nós. Com base no comportamento de
navegação das pessoas, eles classificam o que é ou não é relevante para cada um.
Para esclarecer, tomemos como exemplo o EdgeRank, algoritmo do Fa-
cebook, capaz de classificar o que é ou não relevante para uma pessoa e, desse
modo, filtrar o que deverá aparecer ou não no seu feed de notícias, mas com
base em quais critérios ele classifica o que devemos ou não visualizar? Sobretu-
do, considera três critérios:
A mídia digital não requer suporte físico, tampouco está limitada a aspectos
geográficos. Ela é uma mídia que subverte as questões de tempo e espaço, em que
a noção de ubiquidade se potencializa. Quando abordamos a ubiquidade na mídia,
podemos resgatar outros termos que refletem o papel do indivíduo nesse contexto
digital, como a virtualidade. Para Costa (2017, p. 52), o virtual existe como potência,
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sendo o “[...] nó de tendências ou de forças que acompanha uma situação, um
acontecimento, um objeto ou uma entidade qualquer, e que chama um processo de
resolução: a atualização”. Enfim, o ecossistema da mídia digital está muito acima de
aparatos tecnológicos: é um ecossistema que permeia toda a sociedade.
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Assim dentro dos meios de comunicação, está sua capacidade de influenciar
as pessoas e exacerbar o consumo, criando padrões de comportamento por meio
de suas mensagens. Essa capacidade de influenciar a audiência de forma massiva
foi duramente criticada por algumas escolas que abordam a teoria da comunica-
ção, entre elas a Escola de Frankfurt, também conhecida como Escola Crítica.
Segundo essa visão, os meios de comunicação transformam as mercado-
rias em objetos de desejo, o que cria um certo fetichismo por elas. Na verdade,
o próprio consumidor transforma-se também em mercadoria, pois, segundo esse
pensamento, os consumidores também passam a ser escolhidos.
Há outras teorias que abordam a relação entre meios de comunicação de
massa e a sociedade, como a teoria hipodérmica. Ela tem como pressuposto que
diferentes indivíduos absorvem determinada mensagem da mesma forma. Por
outro lado, há teorias como a de Terra (2017), que considera os aspectos intrínse-
cos à audiência e a suas características individuais. Ele defende que há uma sele-
tividade por parte do público com relação ao conteúdo da mídia, contrapondo-se
à teoria hipodérmica.
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As pessoas são bombardeadas diariamente por uma quantidade absurda
de informações, o que torna árdua a tarefa do profissional de comunicação, que é
a de reter a atenção da audiência, contudo, como afirma Terra (2017) em seu livro
“Cultura da convergência”, antes de entender as tecnologias em si, é fundamental
compreender o comportamento humano.
ATENÇÃO
É preciso compreender como as pessoas se apropriam das mídias, ou, mais pre-
cisamente, como elas consomem mídia, sobretudo no que diz respeito às mídias
digitais. O consumo de mídia digital subverte a lógica de tempo e espaço, já que
o indivíduo consome e produz mídia a qualquer hora e em qualquer lugar.
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Para oferecer as melhores experiências, o ecossistema de mídia possibilita
diferentes estratégias e táticas em sua diversidade de plataformas. Dentre as di-
versas possibilidades estão redes sociais, marketplace, portais, mídia programática
etc. Esta última representa um ótimo exemplo do que é o ecossistema da mídia
digital, pois essa modalidade de compra de mídia baseia-se no comportamento de
navegação do usuário e não no espaço em si, o que ratifica o fato de a mídia digital
se basear em algoritmos, permitindo compreender de forma mais precisa o que
oferecer ao consumidor de mídias.
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Por encontrarem menos consumidores em casa hoje, as empresas de ven-
da direta passaram a desenvolver estratégias de multidistribuição. Considera-se
o MMN como o “varejo sem loja”, e essas estratégias de multidistribuição a que se
refere têm se beneficiado com as vendas pela internet. O MMN tem o marketing
digital como um aliado, e os representantes podem vender seus produtos em sites
próprios e páginas nas redes sociais.
Ainda visto com certa desconfiança em nosso país, o MMN teve origem nos
Estados Unidos, em meados dos anos 1940, e foi criado por Carl Rhenborg . Por
essa data, podemos ter uma noção de que não é algo novo, mas um pouco da re-
jeição a esse modelo vem do fato de que muitas empresas não atualizaram a forma
de fazer marketing multinível e continuam praticando estratégias ultrapassadas.
Nos últimos anos, temos ouvido falar mais do MMN e começamos a perder o
medo de nos envolver em um modelo de negócios que sempre foi confundido com
algumas operações ilegais, que são as pirâmides financeiras. Enquanto o país passa
por sérias recessões, a busca por novas fontes de renda move a curiosidade e faz
com que mais pessoas conheçam o que é realmente o marketing multinível.
No modelo de venda indireta, o produto sai do fabricante, vai para o ata-
cado, depois para o varejo e para o consumidor, um ciclo muito grande que acaba
encarecendo seu preço final. No MMN, o ciclo é extremamente resumido, porque o
produto sai direto do fabricante e vai para os vendedores (ou consultores, reven-
dedores), que o repassam para o cliente. Há a possibilidade de vender produtos
e compartilhar oportunidades. Começa-se a construir uma rede, o que gera um
modelo que pode oferecer uma renda residual, já que os ganhos vêm também das
porcentagens de vendas de outras pessoas.
O negócio roda no automático, é autogerenciável, lucrativo, não exige um
custo alto para ser implantado e toda a parte de logística e produção será terceiri-
zada. Isso porque toda a parte operacional é de responsabilidade da empresa que
faz os produtos, da qual você e outras pessoas são afiliados.
Você tem um produto para ser vendido, o qual tem benefícios que serão
compartilhados com as outras pessoas com as quais você tem contato, que às
vezes são produtos utilizados no dia a dia. Não é preciso pensar na produção, por-
que a empresa já os fornece e oferece treinamento, eventos para que você possa
aprender mais e ampliar a rede de contato com outros vendedores.
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INTERESSANTE
É um negócio que movimenta pessoas e produtos. As pessoas consomem
produtos; ao usá-los, elas naturalmente os indicam para outras pessoas. Ou-
tras pessoas também usam esses produtos, como consumidoras ou como
empreendedoras. Se elas usarem como empreendedoras, começam a criar
uma rede de relacionamentos.
O trabalho do MMN é criar mercado, fazer com que o produto de uma em-
presa chegue até as pessoas. Quando as pessoas se tornam empreendedoras, elas
começam a ganhar comissões em todos os níveis abaixo dela. Basicamente, é um
sistema de vendas diretas que se realizam por meio de uma rede de vendedores
independentes, os quais atuam diretamente com os consumidores, sem um ataca-
dista ou varejista intermediando as negociações.
Para qualificar seus vendedores, as empresas investem em treinamentos
e palestras constantes para que eles recebam apoio dos demais membros sobre
como se relacionar melhor com os clientes e como organizar o seu próprio trabalho.
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3.1 PRINCIPAIS VANTAGENS
Dentre as vantagens desse modelo de marketing, podemos destacar
as seguintes:
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Figura 8 – Reuniões de negociação
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São demonstrações chamadas “Experiência Tupperware”. As reuniões são
comandadas pelos consultores, que compartilham do seu conhecimento e, ao fi-
nal, oferecem produtos e oportunidades de ganhos extras e de uma nova carreira.
Com uma rede forte e consolidada, a marca iniciou as vendas de uma ampla linha
de produtos, que inclui até cosméticos. Essas novas linhas estão em processo de
implantação em todo o mundo e deverão chegar em breve ao nosso país.
Tornar-se um líder, uma autoridade, pode ser um caminho mais rápido. Se
você é uma referência no mercado, os clientes tendem a procurá-lo. O alcance do
público aumentou consideravelmente com a internet, e aqueles que praticam o MMN
precisam saber usar essa ferramenta. A produção de conteúdo em blogs, vídeos no
YouTube e postagens em outras mídias sociais ajuda nessa tarefa e faz parte da
rotina daqueles que têm uma rede sólida. Eles complementam os treinamentos e
acrescentam informações para quem já participa ou deseja participar do negócio.
O marketing de conteúdo é um aliado, dentro das estratégias de marke-
ting digital, e o MMN se beneficia da produção de conteúdos em todos os canais
possíveis. O recrutamento presencial acaba sendo mais caro do que o digital, pois
leva mais tempo, sem que se tenha um retorno em curto prazo. Mesmo assim, são
muito comuns, principalmente quando se trata de empresas de grande porte. Algu-
mas delas chegam a oferecer diárias em hotéis, ingressos para shows e palestras
com celebridades para sua equipe. As estratégias de MMN valem-se das figuras
de personalidades reconhecidas internacionalmente em apresentações de vídeos,
conteúdos informativos, tutoriais e palestras para que, além de recrutar, haja a re-
tenção e o engajamento dessas pessoas.
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RESUMO DO TÓPICO 1
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AUTOATIVIDADE
1. Essa ferramenta acaba sendo mais cara do que a digital, pois leva mais
tempo sem que se tenha um retorno em curto prazo. Mesmo assim, são
muito comuns, principalmente quando se trata de empresas de grande
porte. De acordo com marketing digital, assinale a alternativa CORRETA
relativa ao conceito apresentado:
a. ( ) Recrutamento presencial.
b. ( ) Comunicação analógica.
c. ( ) Meios de comunicação.
d. ( ) Marketing multinível.
I. Afinidade.
II. Relevância.
III. Tempo.
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3. O trabalho do MMN é criar mercado, fazer com que o produto de uma em-
presa chegue até as pessoas. Quando as pessoas se tornam empreen-
dedoras, elas começam a ganhar comissões em todos os níveis abaixo
delas. Basicamente, é um sistema de vendas diretas que se realizam por
meio de uma rede de vendedores independentes, os quais atuam direta-
mente com os consumidores, sem um atacadista ou varejista interme-
diando as negociações.
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – F.
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TÓPICO 2
CAMPANHAS DE
MARKETING
1 INTRODUÇÃO
Caro aluno, no Tópico 2, abordaremos as campanhas de marketing, e nesse
momento você vai estudar os diferentes tipos de marketing de influência, obser-
vando como as novas estratégias de marketing mudaram a forma de comunicação
nas diversas áreas do conhecimento após o advento das tecnologias da informação
e da comunicação.
A relação entre marca e consumidor foi inserida na cultura digital, em que o
público deixa de ser um mero receptor e passa a emitir informações daquilo que o in-
teressa, passando a ser também formador de opiniões. Nesse contexto, o marketing
começa a utilizar os formadores de opiniões por entender que eles exercem influên-
cia naqueles que os seguem, assumindo, assim, o papel de influenciadores digitais.
2 TIPOS DE CAMPANHAS
A popularização da internet rompeu barreiras de tempo e espaço entre os
indivíduos, revolucionando, assim, a forma como as pessoas se comunicam, bus-
cam e disseminam informação. Isso permitiu que novos produtores de conteúdo
ganhassem vez e voz por meio das mídias sociais, e aumentou as possibilidades
virtuais. Assim, influenciar digitalmente algum nicho tornou-se uma das profissões
mais bem remuneradas atualmente.
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Figura 9 – Revolução da internet
IMPORTANTE
Ao analisar esse contexto, percebe-se que a tecnologia transformou a rela-
ção entre marca e cliente, e o ambiente digital tornou-se um espaço propício
para o compartilhamento de informação e conhecimento e para a interação.
Dessa forma, a relação entre empresa e público ficou mais próxima a partir
das transformações que possibilitaram o surgimento de profissionais informais, os
quais utilizam o poder de influência para expressar e formar opiniões sobre o que as
pessoas vão consumir, interferindo ainda em seu processo decisório.
O público jovem, porém, não é mais o único consumidor digital. O público
adulto também aderiu a esse espaço múltiplo de opiniões e possibilidades infinitas. O
ambiente digital trouxe uma nova percepção do indivíduo como consumidor: agora,
ele se vê como parte desse espaço. E as marcas entenderam que as campanhas de
marketing precisam usar diferentes estratégias. Uma campanha pode ser totalmente
diferente da outra, dependendo dos objetivos traçados por cada empresa.
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2.1 TIPOS DE CAMPANHAS
Atualmente, considerando-se o relacionamento entre marcas e influencia-
dores, as campanhas de marketing de influência podem seguir três bases, como
as sugeridas por Costa (2017): campanhas de alcance; campanhas de branding; e
campanhas de conversão.
2.2 INFLUENCIADORES
Outros objetivos possíveis para as campanhas podem ser: gerenciar a repu-
tação da marca, expandir a consciência da marca, aumentar a advocacia da marca,
focar em novas audiências, gerar lead ou melhorar a conversão de vendas.
O marketing de influência tende a crescer muito nos próximos anos, e o
mercado de influenciadores tende a crescer também. Dessa forma, torna-se ne-
cessária uma análise para extrair o melhor dos influenciadores nas campanhas de
marketing de influência.
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2.3 INFLUENCIADORES ESPECIALISTAS
Dentre os tipos de influenciadores existentes, nesta seção, você vai estudar
aqueles que se comunicam com um público mais específico: os influenciadores
especialistas. Existem temáticas relacionadas a nichos específicos, que conectam
esses influencers a um público determinado, já que eles têm domínio de um deter-
minado assunto.
Os influenciadores especialistas são considerados também consumidores
especialistas (MARTINO, 2015). Isso porque eles são usuários assíduos de determi-
nados produtos ou serviços, portanto, têm expertise no assunto, sabem a respeito
das particularidades de cada produto e têm familiaridade com os produtos, o que
lhes permite falar deles com precisão. Em sua grande maioria, os influenciadores
especialistas costumam fazer comparações por meio de resenhas, nas quais ana-
lisam e expõem as suas impressões e os prós e contras, principalmente pela expe-
riência que carregam.
Podemos considerar como influenciadores aqueles indivíduos que são ca-
pazes de estimular e afetar a decisão das pessoas por meio da “autoridade” que
impõem ao ambiente digital. Esses influenciadores tornam-se especialistas em
determinadas áreas e, consequentemente, conseguem impor autoridade sobre os
assuntos a elas relacionados. Em seu trabalho, os influenciadores podem ajudar a
empresa no ganho de interesse por seus produtos de maneira criativa, por meio de
conteúdos digitais que alcancem seu público-alvo.
As pessoas se influenciam mutuamente por meio de interações sociais, e os
marketers procuram aproveitar essa influência interpessoal para atrair novos clien-
tes para as marcas (MARTINO, 2015). Algumas optam por campanhas e estratégias
mais focadas no topo do funil da pirâmide de influência, enquanto outras reforçam
suas ações para o fundo do funil.
O tipo de influenciador vai variar conforme o planejamento das marcas. Se a
empresa está focada no topo do funil, os influenciadores que serão propícios para
suas estratégias serão as celebridades.
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Figura 11 – Influenciadores
ATENÇÃO
O funil de conversão é uma estratégia de marketing para direcionar as etapas
de venda. O começo da estratégia tem foco em gerar o máximo de visibilidade
para a empresa, o que podemos denominar de alcance, em que as pessoas serão
direcionadas para o início do funil, tomando consciência de que a marca existe.
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Na fase de consideração, o objetivo é fazer com que o consumidor saiba que o
produto funciona, que tem qualidade superior e que atende ou supera as expectativas.
Para tanto, são utilizados os influenciadores especialistas, por serem exi-
gentes e conhecidos por utilizarem só produtos de qualidade superior. Essa é uma
fase de ação para o produto ou serviço que realmente precisa ser trabalhada de
forma a agregar confiança e gerar recomendação.
Ao final do funil, temos a conversão (venda), que é a consequência das fases
anteriores, em que o cliente já tem consciência de que o produto funciona e estará
pronto para realizar a compra. Nesse momento, a empresa pode trabalhar com pro-
moções, descontos, prazos e garantias.
Para manter as atividades do marketing de influência, ela pode utilizar os
microinfluenciadores e manter a motivação do público-alvo em conhecer e utilizar
o produto ou serviço. Dessa forma, o efeito da campanha é mantido, pois os mi-
croinfluenciadores são parecidos com o público em geral, e o consumidor, ao ver
alguém parecido com ele usando um produto, acaba sendo influenciado.
Por exemplo, os influenciadores especialistas têm nichos de atuação, visto
que eles são referência em doar conteúdo útil para o público-alvo e têm uma ima-
gem de referência e expertise na área em que atuam.
As empresas devem usá-los como estratégia para gerar autoridade à mar-
ca, e, para isso, deve-se ir além do básico. A dica é fazer cocriação de conteúdo,
uma estratégia que exige um custo adicional e que não deve ser vista como um
merchandising, mas, sim, como uma criação.
2.4 MICROINFLUENCIADORES
Quando se trata de considerar os tipos de influenciadores e microinfluen-
ciadores, logo vem à mente a quantidade de seguidores que eles devem ter, não é
mesmo? Para Terra (2017), essa não deve ser a única forma de olharmos as diferen-
ças entre os tipos de influenciadores.
Segundo a autora, o que difere mesmo é “[...] a quantidade de audiência que
um tem em detrimento do outro ou a sua especialização temática, o nicho que ex-
plora” (TERRA, 2017, p. 85). Ela afirma ainda que, na literatura, os microinfluenciadores
aparecem como colaboradores das organizações: o público interno (TERRA, 2017).
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Figura 12 – Comunicação
ATENÇÃO
Esses indivíduos têm demonstrado ser um investimento mais rentável do que
os influencers com milhões de seguidores, pois, como eles nasceram da in-
ternet, dominam de forma massiva esse meio com mais facilidade.
Assim, eles mostram cada vez mais que não se faz necessário um volu-
me exorbitante de seguidores. Os microinfluenciadores, mesmo que pequenos se
comparados aos grandes influenciadores, agem localmente e engajam o público de
maneira mais eficiente.
Já a mídia paga, como o próprio nome já sugere, diz respeito à comunicação
feita a partir de investimentos publicitários. Esses investimentos podem recair em
diferentes plataformas digitais, e com diferentes objetivos. Eis aí mais um grande
desafio para o profissional de comunicação digital na contemporaneidade: estabe-
lecer objetivos e indicadores coerentes, capazes de mensurar o resultado efetivo
da comunicação. Ocorre que muitos profissionais de comunicação digital propõem
estratégias de comunicação, mas se esquecem de propor indicadores. Mais do que
isso, não conseguem medir os resultados buscados por não usarem métricas ade-
quadas aos objetivos propostos.
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3 RECURSOS DE CAMPANHAS
O website ou site corporativo é o cartão de visita e a porta de entrada da
empresa no ambiente digital. É importante garantir que o usuário tenha uma boa
experiência e percepção ou compreensão de sua marca com a plataforma.
Para atingir esse objetivo, os desenvolvedores e profissionais de marketing
utilizam uma técnica chamada user story, que nada mais é do que um documento
que propõe as funcionalidades que a página precisa ter para atender as necessida-
des do usuário, do webmaster (profissional que gerencia o projeto de desenvolvi-
mento da página) e os objetivos do negócio.
As opções de escolha para a criação de um website existem em variedades.
Compreender as especificidades de cada uma delas será essencial para deduzir
qual é a que melhor se adapta ao objetivo do negócio. De acordo com Costa (2017,
p. 58, grifos nossos), são elas:
• Site institucional: reúne um conjunto de páginas com todas as men-
sagens relevantes para o público sobre a empresa. Essas informações
vão desde o endereço, o telefone, a missão, a visão, os valores, os
clientes, os produtos e serviços oferecidos a informações dos colabo-
radores, por exemplo.
• Site one page: há uma única página. É usado quando as empresas es-
tão começando e precisam conquistar uma ascensão considerável em
um curto espaço de tempo.
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NOTA
E-commerce refere-se ao ato de comprar e vender pela internet. É a nomen-
clatura que utilizamos para nos referir ao comércio virtual, ou seja, a uma
transação comercial realizada por meio de dispositivos eletrônicos.
Ainda é possível que o cliente inicie sua jornada de consumo em meios im-
pressos e eletrônicos, como revistas, rádio e TV, e a finalize nos canais digitais. Um
exemplo muito comum dessa prática é a utilização de cupons oferecidos por esses
meios que, se inseridos nas páginas de carrinho das lojas virtuais, concedem ao
consumidor um percentual de desconto em seu pedido.
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4 RESULTADOS X CLIENTES
Já o universo de pessoas que ainda não são clientes deve ser o objeto de
curiosidade da empresa, ou seja, ele pode fornecer a informação necessária para
que a empresa consiga aumentar sua base de clientes. Essa informação pode ter
início por meio dos clientes atuais, pois, se eles existem é porque têm alguma cone-
xão com a empresa, a qual, segundo Kotler e Armstrong (2015), pode ser realizada
pela gestão de marketing da missão com os consumidores.
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Figura 14 – Segmentação do Marketing
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RESUMO DO TÓPICO 2
• O marketing de influência cada vez mais tem sido utilizado pelas empresas como
estratégia para suas ações no ambiente on-line. A ideia central é que se possa
inserir os produtores de conteúdo em campanhas nas mídias sociais. Ou seja,
trata-se de engajar pessoas influentes os influenciadores digitais para atuarem
no compartilhamento ou na indicação de conteúdo, produtos ou serviços com
seus públicos, seja por meio de publicidades, conteúdo informacional ou outro
meio planejado pela marca.
• Os objetivos possíveis para as campanhas podem ser: gerenciar a reputação
da marca, expandir a consciência da marca, aumentar a advocacia da marca,
focar em novas audiências, gerar lead ou melhorar a conversão de vendas. O
marketing de influência tende a crescer muito nos próximos anos, e o mercado
de influenciadores também. Dessa forma, torna-se necessária uma análise, para
extrair o melhor dos influenciadores nas campanhas de marketing de influência.
• Os desafios que a comunicação digital impõem aos seus profissionais são inú-
meros; por outro lado, uma coisa é certa: a mídia digital está em constante evo-
lução e, por consequência, os profissionais digitais também.
• O e-commerce não é uma loja virtual, pois loja virtual é apenas um dos canais
possíveis para o comércio eletrônico acontecer. Essa transação pode ocorrer em
diversos canais digitais, como redes sociais, marketplace, aplicativos, compara-
dores de preços, e-mail marketing, dentre outros.
40
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Campanhas de marketing.
b. ( ) Influenciadores.
c. ( ) Mídias pagas.
d. ( ) Recursos de campanhas.
I. Campanhas de alcance.
II. Campanhas de branding.
III. Campanhas de conversão.
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3. Apresentam indicadores de performances em torno do comércio eletrô-
nico. Ao realizar um anúncio de vídeo em qualquer uma dessas mídias,
obtém-se como métricas: número de vezes que o vídeo foi reproduzido,
com base nas impressões únicas; visualizações de vídeo com base no
percentual do conteúdo visual. Sobre os tipos de e-commerce, classifi-
que V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – F.
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TÓPICO 3
CANAIS DE
MARKETING
1 INTRODUÇÃO
Caro aluno, no Tópico 3 trataremos de canais de marketing e vamos conhe-
cer os fatores que levam ao sucesso das empresas que atuam no comércio ele-
trônico, cada vez mais importante e necessário para os profissionais de marketing.
Para entender como as organizações lidam com esse formato de distribuição, você
precisa se familiarizar com os canais de marketing digital, as suas características,
os seus modelos e as suas funcionalidades.
2 FERRAMENTAS
Com a rápida transformação do comércio em função da popularização da
internet, os canais de marketing, ou seja, tudo o que se refere à distribuição de
bens e serviços para os consumidores, passaram por profundas mudanças e por
uma ampliação.
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Os canais de marketing, conforme Martino (2015, p. 47), envolvem “[...] a
gestão da distribuição [...], estrutura e administração de bens e serviços com a fina-
lidade de torná-los disponíveis para as trocas [...]”. Essa atividade de gerenciamento
dos agentes presentes nos canais envolve operações de atacado e varejo, distri-
buição física, planejamento logístico (armazenamento e transporte), dentre outras
variáveis que conectam quem produz e quem consome.
Já segundo Kotler e Armstrong (2015), os canais de marketing são forma-
dos por organizações interdependentes, isto é, há diferentes membros na cadeia
que cumprem papéis diversos e funcionam de forma conjunta. Esses canais são
responsáveis por um processo cujo objetivo é disponibilizar, basicamente, itens de
consumo para o usuário final.
ATENÇÃO
Em relação aos participantes do canal de marketing, destacam-se três ele-
mentos: produtores e fabricantes, intermediários e usuários finais.
44
2.1 TIPOS DE MÍDIAS
Para gerar conexões positivas com os consumidores, a escolha assertiva
dos distribuidores é fundamental. Isso possibilita, por exemplo, que o objetivo dos
canais de marketing seja alcançado de forma eficiente e eficaz. É importante, assim,
conhecer os três sistemas de distribuição possíveis: exclusivo, seletivo e intensivo.
Veja a seguir:
45
O desenho do canal de marketing, que se refere basicamente às decisões
quanto à incorporação de novos canais ou à modificação dos já existentes, é uma
decisão importante para as empresas desenvolverem um contato mais próximo
com os consumidores. Trata-se de um aspecto estratégico, uma vez que é um fator
crucial para ajudar a empresa a ter um diferencial relevante.
Um bom exemplo de canal de marketing que tem se tornado cada vez mais
eficiente para atender às demandas dos consumidores é o digital. A internet é um
meio que se caracteriza por estabelecer conexões diretas entre consumidores e
marcas. Essa característica possibilita que os canais eletrônicos eliminem alguns in-
termediários, a exemplo de varejistas e atacadistas. Essa diminuição do número de
intermediários é denominada por Terra (2017) de processo de desintermediação.
Para compreender o conceito, imagine uma marca que fabrica celulares e que os
vende unicamente por meio de seu canal digital, diretamente ao consumidor. Nesse
modelo, a marca não depende de intermediários, ou seja, os varejistas, o que pode,
em tese, aumentar o seu faturamento.
46
Como você pôde observar, o comércio eletrônico muitas vezes é dependen-
te da distribuição física e das etapas dos processos logísticos comuns, tais como
armazenar, estocar, empacotar, processar pedidos e expedi-los. Cabe às empresas
analisar e definir qual forma é mais eficaz e econômica para o processo, se o siste-
ma de desintermediação ou o de reintermediação. Para isso, é preciso considerar
os aspectos estratégicos da marca e as necessidades dos clientes.
É comum que os canais eletrônicos proporcionem redução de custos em rela-
ção à distribuição. Isso se dá pelo fato de esse tipo de comércio eliminar uma parte da
força de vendas e dos custos com instalações físicas, no entanto, os canais digitais
apresentam condições limitantes para a conquista de clientes. Uma das principais é a
experiência, ou seja, o contato físico, muitas vezes necessário para alguns produtos.
É o caso, por exemplo, do segmento de moda. Nesse setor, as vendas on-line apre-
sentam como principal ponto fraco a devolução de itens por conta de a numeração
apresentada no site não condizer com a usual do consumidor.
A ausência de experimentação pode inviabilizar a compra em canais eletrô-
nicos, mas algumas ferramentas podem colaborar para minimizar isso. As marcas
do setor de moda têm investido em estratégias e ferramentas para aumentar a
confiança do consumidor e reduzir as devoluções e trocas. Para muitas têm sido
cada vez mais usual criar tabelas de medidas com tamanhos mais abrangentes.
Afinal, se os consumidores têm de deduzir o tamanho real de uma peça, é comum
a não aquisição ou a aquisição, por exemplo, de duas numerações distintas, no
intuito de devolver a que não se adequa ao corpo, o que aumenta os gastos com
logística reversa.
Atualmente, as empresas que atuam no comércio on-line têm investido mais
em segurança, mas isso ainda é uma desvantagem para o setor. Os crescentes casos
de crimes em ambiente digital afetam a confiança de quem faz compras na internet.
Entregar a compra de forma ágil é uma forma de garantir a segurança de
quem compra e de criar um elo de confiança entre as partes. Em relação às transa-
ções de pagamento e à privacidade de informações e dados, as empresas que efe-
tuam vendas on-line devem investir constantemente em segurança para obter a
confiança dos seus consumidores. Investir em agilidade de navegação e simplificar
as etapas de transação on-line também são ações que colaboram para estabelecer
conexões positivas para quem compra no ambiente virtual.
47
Figura 18 – Valorização dos clientes
O cliente espera que a sua experiência ao realizar uma compra seja agradá-
vel. Por isso, facilitar as etapas do processo de compra é fundamental.
Oferecer bons recursos de atendimento, como chat on-line, pode ser im-
portante para impedir o abandono do carrinho. Além disso, para uma comunicação
eficaz, é necessário estabelecer proximidade com os consumidores. Para isso, a
empresa precisa compreender o que eles buscam e como se comunicam. Investir
em conteúdo relevante com informações realmente úteis e importantes tende a
atrair a atenção e envolver o consumidor.
48
Um dos principais canais de marketing é o e-commerce, termo em inglês
que significa “comércio eletrônico”. Segundo Kotler e Armstrong (2015, p. 75), “[...]
os sites comerciais vendem toda espécie de bens e serviços, principalmente livros,
discos, brinquedos, seguros, ações, roupas e serviços financeiros [...] e usam várias
estratégias para competir [...]”. A forma mais comum de os consumidores chega-
rem ao e-commerce de uma empresa é por meio de anúncios publicitários, prin-
cipalmente os veiculados na própria internet, meio no qual é possível segmentar o
público com mais precisão.
As redes sociais também podem ser classificadas como canais de marke-
ting digital, pois permitem que as empresas alcancem consumidores potenciais e
corriqueiros de forma mais ágil e interativa. Nelas, é possível apresentar conteúdos
relevantes e autorais, veicular anúncios publicitários e executar vendas. O call center
é outro canal de marketing muito usado, de forma estratégica, no marketing digital.
A ferramenta permite identificar se os investimentos de marketing e, principalmente,
de comunicação trazem o retorno almejado. Além disso, colabora para a empresa
identificar quais estratégias geram mais respostas dos consumidores.
INTERESSANTE
Um canal de marketing bastante utilizado é o e-mail, que tem se posicio-
nado como uma das principais ferramentas de comunicação digital. Muitas
empresas estabelecem conexões com possíveis compradores e clientes
habituais por meio de e-mail marketing ao produzir newsletters com con-
teúdo atrativo e interessante.
49
Figura 19 – Ferramentas de marketing
De acordo com Costa (2017), para analisar cada canal de marketing digital,
é importante conhecer as ferramentas que facilitam a classificação do tráfego de
diferentes origens. Uma forma é compreender o uso das tags UTM (Urchin Traffic
Monitor ou “monitor de tráfego de Urchim”, sendo que Urchim é o nome de uma
empresa adquirida pela Google). As UTMs são as principais formas de classificação
dos canais, por isso são muito utilizadas pelos profissionais de marketing digital. A
ferramenta permite rastrear os canais digitais, o que colabora, por exemplo, para
identificar quais resultados são orgânicos e quais são oriundos de anúncios pagos.
A ferramenta é relativamente simples. Para mensurar cada ação de comu-
nicação, é necessário inserir o termo UTM no link dessa ação, por exemplo: utm_
source. Dessa forma, quando o internauta acessar o site por meio do link criado com
UTM, é possível identificar a origem da visita. Assim, os profissionais de marketing
podem aumentar o investimento em origens que geram mais tráfego ou retorno e
até eliminar ou alterar anúncios de origens pouco rentáveis.
Por fim, vale destacar que outro canal de marketing digital importante é o
comércio eletrônico B2B (business to business), ou seja, a transação que ocorre de
empresa para empresa. Esse setor sofreu grandes transformações com o advento
do e-commerce. No comércio eletrônico B2B, a coleta de informações do mercado
torna-se mais rápida, fácil de acessar e eficaz. Há mais informações disponíveis de
produtos e novas opções e formas de negociar, a exemplo dos leilões on-line e dos
novos intermediários que interligam as empresas compradoras às que vendem.
A adoção de cada canal gera impacto nas estratégias de marketing. Assim,
a gestão de canais deve ser feita com critérios claros, uma vez que a distribuição
desempenha um papel importante nos objetivos e nas estratégias das empresas.
É necessário avaliar a relação do produto com o mercado, bem como a estrutura
50
dos canais eletrônicos, a fim de propiciar um ambiente mais competitivo e que, ao
mesmo tempo, crie vantagens competitivas. Para garantir a eficiência do processo
de distribuição, é preciso adicionar funções aos canais eletrônicos, incorporando-
-os aos canais tradicionais.
Dessa forma, a integração dos canais proporciona às empresas mais êxito e
mais resultados positivos ao mesmo tempo em que possibilita aumentar a chance
de contatos e de experiências do consumidor com a marca.
Para que o desenho de um canal de marketing seja eficaz, as empresas de-
vem atentar à escolha dos intermediários, pois isso é fundamental às decisões de
negócio, a exemplo da ampliação de cobertura e do aumento de acesso aos pontos
de venda. Alterações do volume de consumo, diferentes capacidades de armaze-
nagem ou a saída de um intermediário do canal podem comprometer um desenho
prévio. Por isso, a seleção de membros do canal deve seguir a ordem: identificação
de intermediários potenciais; avaliação comparativa dos intermediários; efetivação
dos membros do canal.
As necessidades dos consumidores almejados pelas empresas devem mol-
dar os canais de marketing das organizações e das marcas. A estratégia do canal
de marketing, portanto, deve ser orientada para o mercado a fim de atender às
mais diferentes demandas. Para fazer isso de forma eficiente e eficaz, os canais de
marketing devem considerar as várias dimensões dos mercados à medida que se
relacionam com diferentes intermediários e consumidores.
Outro desafio que os canais eletrônicos enfrentam a fim de estabelecer co-
nexões com seus consumidores é agilizar o fluxo de informação. Isso é necessário
quando o comprador on-line aguarda para ter acesso ao produto. O fluxo físico, ou
seja, todo processo físico que ocorre para que o item chegue ao comprador, não
pode ser digitalizado, o que, em comparação com a rapidez da compra on-line, é
classificado como moroso. Para agilizar essa etapa, o canal digital necessita de
bons intermediários para executar as funções logísticas, ou seja, de bons métodos
para disponibilizar produtos vendidos em um local e adquiridos em outro. O sistema
logístico é um mecanismo que permite eficiência aos elementos que compõem o
processo logístico, ao mesmo tempo em que estabelece relações entre eles. Esse
sistema é composto por transporte, manuseio de materiais, processamento de pe-
didos, controle de estoque, armazenamento e embalagem.
Desse sistema, são fundamentais para os canais de marketing digital o
armazenamento, que se refere à manutenção e à preservação de estoques, e a
distribuição, que é a movimentação de bens do produtor ao consumidor. A admi-
nistração ineficiente desses processos acaba sendo um fator limitante aos canais
eletrônicos. Por isso, não seria equivocado considerar os canais de marketing di-
gital como incompletos, uma vez que costumam depender de outros canais logís-
51
ticos para a sua atividade, e nesse sentido é necessário haver treinamentos para
o controle as mídias e das pessoas que as utilizam, com foco no nível de avaliação
dos programas de treinamento e desenvolvimento, que avalia a mensuração do
desempenho, e no nível dos resultados.
IMPORTANTE
Investir em mecanismos que facilitem o fluxo físico de itens negociados em am-
biente digital é fundamental para as empresas que executam vendas on-line.
52
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
53
A internet é algo relativamente novo no ambiente do marketing, caracteri-
zando-se por estar em constante mudança e aperfeiçoamento. Conforme Gaarder
(1999), a internet é um exemplo atualizado de lógica de Heráclito, o filósofo grego,
segundo o qual “as constantes mudanças são justamente a característica funda-
mental da natureza”, ou seja, tudo flui, tudo está em constante movimento e nada
dura para sempre.
Desta forma, o mercado físico como o conhecemos tradicionalmente, ou
marketplace, está sempre mudando, assim como a necessidade de entregar bens,
tendendo a ceder lugar ao mercado virtual. O marketspace, de acordo com Turban
et al. (2000) é um mercado onde os bens são entregues direto aos compradores
quando se completa a compra.
54
Quadro 1 – Características distintivas entre sites e blogs
55
• Redes Sociais na internet: de acordo com Carvalho (2006), o primeiro
passo para a criação do que temos hoje como redes sociais foi dado
em 1985, quando a AOL (America Online) desenvolveu ferramentas para
que os usuários criassem seus perfis virtuais, criando comunidades para
trocar informações e fóruns de discussões sobre todo tipo de assunto.
Depois disso, a AOL criou um sistema de mensagens instantâneas, que
se tornou o primeiro chat e sendo a base para as redes sociais existentes
atualmente. Operando em diversos níveis, as redes sociais se tornaram
importante meio de interação entre grupos específicos, permitindo que
pessoas com interesses comuns possam desenvolver suas atividades.
• Facebook: de acordo com Recuero (2009), o Facebook foi criado em
2004 por Mark Zuckerber, Eduardo Saverin, Dustin Moskvitz e Chris Hu-
gues, o Facebook atendia, no início, os estudantes da Universidade de
Harvard, expandindo-se para outras faculdades da região de Boston,
nos Estados Unidos. Com a ampla aceitação, o Facebook tornou-se a
maior rede social, principalmente no Brasil, o que a tornou um instru-
mento importante no marketing digital, já que agrega, atualmente, mais
de um bilhão de usuários ativos.
• LinkedIn: de acordo com LinkedIn (2016), a empresa LinkedIn iniciou na
sala do cofundador Reid Hoffman no ano de 2002 e o seu oficial lança-
mento foi em 5 de maio de 2003. O LinkedIn se trata de uma empresa de
capital aberto, na qual sua receita provém de assinaturas de usuários,
vendas de publicidade e soluções de talentos.
• Twitter: segundo Recuero (2009), o Twitter foi desenvolvido por Jack
Dorsey, Evan Williams, Biz Stone e Noah Glass em 2006, com a inten-
ção de se tornar um SMS da 32 internet, limitando as postagens a 140
caracteres para ser utilizado especificamente por aparelhos celulares.
Com sua popularização, o Twitter é hoje utilizado pelas empresas para
o marketing digital, mostrando-se um excelente instrumento para di-
vulgação de marcas, agregando seguidores que recebem atualizações
constantes dos produtos, embora ainda não tenha sido tão explorado
como o Facebook.
• Youtube: de acordo com Burgess e Green (2009), o Youtube foi criado
pelos desenvolvedores do PayPal para expandir o mercado publicitá-
rio de vídeos, em 2005, utilizando o AdSense. Em 2006, o Youtube foi
comprado pelo Google, tornando-se o maior canal de comunicações de
vídeos da internet, o que o levou a se tornar também um importante
elemento para marketing digital, com a inclusão de anúncios e de pro-
gramas de afiliados. “Novamente, como nos blogs, o consumidor se tor-
56
nou o criador, produtor e consumidor do conteúdo publicado em vídeo,
e o Youtube foi um dos empreendimentos de crescimento mais rápido
que se tem notícia” (TORRES, 2009, p. 85).
• Instagram: rede social de compartilhamento de fotos e vídeos, o Insta-
gram permite aplicar filtros digitais e compartilhar uma grande varieda-
de de serviços (INSTAGRAM, 2010). Desde 2015, o Instagram liberou o
uso de uma ferramenta denominada Instagram Ads, para divulgação de
anúncios, criados dentro de uma plataforma do Facebook, tornando-se
uma das mais novas aplicações que permitem o marketing digital.
• Flickr: o Flickr é uma rede social que partilha imagens e outros docu-
mentos gráficos (desenhos e ilustrações), possibilitando ao usuário
organizar seus arquivos em álbuns de armazenamento, entrando em
contato com fotógrafos de todo o mundo. (FLICKR, 2004). As aplicações
de marketing ainda estão sendo desenvolvidas na plataforma.
• Mobile Marketing: Mobile Marketing é um termo usado para definir as
ações e estratégias de marketing por meio de aparelhos celulares,
smartphones e tablets. Como nova estratégia de marketing digital, Mo-
bile Marketing segundo Kaplan (2012) é qualquer atividade de marke-
ting realizada por meio de uma rede ubíqua que os consumidores estão
constantemente conectados por meio de um dispositivo móvel pessoal.
[...]
Fonte: MARINS, A. L. M. O impacto do marketing digital na gestão da marca
de uma microempresa. 2016. 62 f. Projeto Final de Curso (Graduação em En-
genharia de Produção) – Universidade Federal Fluminense, Rio das Ostras, 2016.
Disponível em: https://bit.ly/3d9VNsL. Acesso em: 15 jun. 2022.
57
RESUMO DO TÓPICO 3
58
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Produtores e fabricantes
b. ( ) Distribuição seletiva
c. ( ) Distribuição intensiva.
d. ( ) Distribuição exclusiva.
2. Quanto mais uma empresa conhece o seu cliente e identifica a sua forma
de interagir à oferta de conteúdos, mais ela se aproxima de conhecer
seus desejos, e quanto mais isso acontece, mais próximo torna-se o rela-
cionamento entre a marca e o público. Assim, maiores são as chances de
os negócios conquistarem resultados cada vez mais expressivos e de os
clientes obterem soluções inovadoras no que diz respeito a distribuições
em marketing. Com base distribuições do controle de marketing, analise
as sentenças a seguir:
59
3. Por meio dessa avaliação é possível verificar quais novas competências
foram adquiridas no programa de treinamento e se houve mudança na
conduta diária dos colaboradores. Essa avaliação mede as impressões
dos treinandos de programas de treinamento e desenvolvimento em
relação ao instrutor, conteúdo, estrutura, recursos instrucionais etc. De
acordo com avaliação de conhecimento, classifique V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) F – F – V.
5. A comunicação tende, cada vez mais, a deixar de ser persuasiva para ser
experiencial, promovendo a participação dos consumidores na concepção
de produtos e processos. Uma maneira emergente de se fazer marketing,
mas com forte potencial de gerar ou maximizar receitas para os negócios.
Nesse contexto, disserte sobre as necessidades dos consumidores.
60
REFERÊNCIAS
61
UNIDADE 2
CRIAÇÃO DE
CONTEÚDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• definir conteúdos digitais;
• apresentar gestão de conteúdo;
• explicar ferramentas de inbound;
• introduzir controle digital.
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo
de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – TIPOS DE CONTEÚDO
TÓPICO 2 – FERRAMENTAS DE CRIAÇÃO E GESTÃO DE CONTEÚDO
TÓPICO 3 – INBOUND MARKETING
TÓPICO 1
TIPOS DE
CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 1, abordaremos como o marketing de conteúdo se
aplica dentro das rotinas empresariais, e nesse sentido trataremos quais são os
objetivos e metas mensuráveis no contexto do marketing de conteúdo e como
estão relacionados.
Vamos conhecer as estratégias que podem ser usadas para mensurar o
marketing de conteúdo, além de entender como utilizar as métricas do marketing
digital para ajudar o marketing de conteúdo. O marketing de conteúdo envolve o
planejamento, a criação e o compartilhamento de conteúdo para o público da em-
presa. Ele possibilita alcançar objetivos como: reconhecimento de marca, geração
de leads, engajamento e retenção de clientes. Por isso, para colocar em prática
as estratégias de marketing de conteúdo, é necessário definir os objetivos que a
empresa almeja.
65
2 TIPOS DE CONTEÚDOS
O marketing de conteúdo faz parte da área de marketing e pode ser conside-
rado uma estratégia focada na elaboração e disseminação de conteúdos relevantes
que conectam o consumidor com a marca. Para atrair um público-alvo, é indicado
produzir conteúdos que tenham sentido e significado para esse público, auxiliando-o
na jornada de compra de forma espontânea e com informações relevantes.
A preocupação com o conteúdo não é algo recente. Na verdade, é uma
resposta às mudanças no comportamento do consumidor. De acordo com Kotler
e Armstrong (2015), na concepção contemporânea de marketing, chamada pelos
autores de Marketing 4.0, há uma mudança do foco na divulgação dos produtos
ou serviços para uma preocupação com a experiência do usuário com aquele pro-
duto ou serviço. Nesse contexto, a produção de conteúdo ganha um importante
destaque, uma vez que o conteúdo se torna o novo anúncio. “Em poucas palavras,
marketing de conteúdo é uma abordagem que envolve criar, selecionar, distribuir
e ampliar conteúdo que seja interessante, relevante e útil para um público clara-
mente definido com o objetivo de gerar conversas sobre o conteúdo” (TERRA, 2017,
p. 52). Assim, em um mundo conectado, o conteúdo transforma-se na ponte de
relação entre usuário e marca.
No entanto, o marketing de conteúdo não deve estar avesso ao planejamento
estratégico do marketing. Vamos ver como o marketing de conteúdo integra a área
de marketing. No mundo das sociedades em rede, a conexão é primordial. As diver-
sas formas de conexão foram ainda mais importantes no contexto de distanciamen-
to físico necessário para a contenção da pandemia de Covid-19. Nesse contexto, o
marketing digital, que já vinha ganhando espaço, mostrou-se uma estratégia vital
para a sobrevivência de muitos negócios e marcas dos mais variados segmentos.
A partir do isolamento social e dos longos períodos de quarentena, as pessoas
e as marcas precisaram apoiar seu relacionamento quase que exclusivamente por
intermédio de aparatos tecnológicos, como aplicativos e redes sociais digitais, um
cenário que transformou qualquer pessoa em produtor de conteúdo. Como obser-
vado por Terra (2017), essa mudança de postura do público já vinha sendo notada.
66
Figura 2 – Ferramentas tecnológicas
Aquele que era visto como passivo, apenas consumidor das informações e
dos conteúdos produzidos por marcas e organizações, passou a assumir um pa-
pel ativo e proativo, tornando-se também produtor. Essa ruptura na linearidade de
compreender o processo de consumo das informações e do conteúdo demonstrou
que não basta uma empresa produzir qualquer conteúdo, pois ele é um instrumen-
to essencialmente estratégico para o marketing e o branding da organização.
Costa (2017) destaca ainda que essas estratégias de comunicação e marke-
ting produzidas no cenário digital devem interagir e complementar todo o esforço
de interação da marca com seus públicos estratégicos e com a sociedade, além
de estar alinhada à cultura autêntica de comunicação, portanto, não basta criar
conteúdo: é preciso produzir conteúdo relevante e que engaje o público, estrate-
gicamente atrelado aos objetivos institucionais e mercadológicos da organização.
ATENÇÃO
Para que o conteúdo seja um pilar estratégico, a produção de conteúdo deve
se constituir em um processo planejado e profissional. Além disso, esse pro-
cesso deve considerar não apenas os aspectos técnicos, mas também a ade-
quação do conteúdo ao perfil do público e aos seus interesses, além de estar
vinculado aos objetivos estratégicos da marca.
67
Kotler e Armstrong (2015) destacam que o marketing de conteúdo mudou o
papel dos profissionais de marketing, que passaram a assumir as funções de con-
tadores de histórias. Ou seja, os autores defendem que, para se estabelecer uma
conexão mais profunda entre marcas e consumidores, não basta apenas a divulga-
ção de informações úteis e verdadeiras. Deve-se oferecer ao consumidor o acesso
a um conteúdo original, de alta qualidade e que conte histórias interessantes, co-
nectando o consumidor com elas. O propósito e os valores da marca são reforçados
por meio dos conteúdos elaborados. Essa visão é reforçada por Terra (2017), que
classifica o marketing de conteúdo como uma estratégia associada ao marketing
tradicional, que acrescenta relevância, significado e dimensão às abordagens tradi-
cionais. Ou seja, o marketing de conteúdo atua como uma ferramenta que permite
à empresa contar sua história e sua existência.
Para mensurar o reconhecimento da marca, os profissionais de marketing
podem analisar métricas como curtidas no Facebook, seguidores no Twitter, nú-
mero de visualizações de vídeo no YouTube, quantidade de visitas no site/blog etc.
Com o objetivo planejado para a geração de leads, as métricas que devem
acompanhar a sua performance são o crescimento da base de contatos da empre-
sa, a porcentagem de conversão dos visitantes do site ou número de conversões
em cada landing page, o custo de aquisição de leads, o volume de leads no período
e as taxas de conversão. Todas essas métricas são relacionadas ao marketing de
conteúdo, às ações de planejamento do conteúdo para que a conversão leve ao
alcance do objetivo de marketing.
68
Mensurar a estratégia de conteúdo é um desafio para grande parte dos times
de marketing. Benchmarking e estratégias prontas não funcionam para todas as
estratégias de conteúdo. É preciso definir a estratégia de marketing de conteúdo e
com ela pensar no resultado a que queremos chegar para então estabelecermos as
melhores métricas. Em geral, no marketing de conteúdo existem quatro objetivos:
reconhecimento de marca, geração de leads, engajamento e retenção de clientes.
Como não conseguimos atingir todos os objetivos em todas as campanhas,
não podemos mensurar uma estratégia em massa. Para mensurar o marketing
de conteúdo, podemos utilizar, por exemplo, o método SMART, que ajuda a defi-
nir metas específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais. Além disso,
podemos utilizar algumas métricas do marketing digital, como taxas de abertura,
descadastramento, clique, rejeição, tráfego, conversão, dentre outras.
A partir da definição dos objetivos e estratégias, as metas serão alinhadas,
mensuradas com métricas e analisadas para que a equipe de marketing esteja pre-
parada para a tomada de decisões. Segundo Kotler e Armstrong (2015), as metas
da empresa podem ser classificadas em duas categorias: metas relacionadas às
vendas e metas relacionadas à marca.
Uma marca com posicionamento forte na mente do consumidor dificilmente
cai no esquecimento, o que contribui para que seja lembrada por ocupar o primeiro
lugar na mente dos consumidores (top of mind). Por isso, para que as marcas con-
sigam reter os consumidores, é importante trabalhar com a meta de consciência
e lembrança de marca. As estratégias e as metas ajudam a alcançar os objetivos
da empresa e, para começar, é importante realizar o planejamento, que passa por
definir o objetivo, a estratégia e as metas/ações. Confira a seguir alguns exemplos
de acordo com Terra (2017):
69
• metas ou ações: produzir conteúdos para redes sociais, vídeos de de-
monstração para o YouTube e SEO para busca orgânica. Normalmente,
os objetivos do marketing de conteúdo estão relacionados a reconheci-
mento da marca, geração de leads, engajamento e retenção de clientes;
• reconhecimento de marca: conhecer o reconhecimento da marca ajuda
a saber se as pessoas se identificam ou lembram da empresa quando
precisam comprar algum produto.
70
Figura 4 – Dados
Figura 5 – Interação
71
IMPORTANTE
Entendendo o que é o humor e como se dá o engajamento, torna-se me-
nos complexa a compreensão da relação entre ambos. Como vimos, o
humor instiga o prazer, ao passo que o engajamento é gerado a partir de
afinidades semelhantes.
72
• Podcasts
Figura 6 – Podcast
INTERESSANTE
Os podcasts, assim como outros formatos de conteúdo para redes sociais,
não precisam ser plásticos, ou seja, tecnicamente muito bem elaborados.
Eles devem ser eficientes, devem cumprir o que se propõem. No caso do
humor, mesas de discussão entre amigos podem se tornar um grande im-
pulsionador de gargalhadas.
73
• Vídeos no YouTube
Figura 7 – Vídeos
74
Figura 8 – Reels
3 CONTEÚDO EMOCIONAL
Nos dias atuais, as pessoas costumam pesquisar (e muito) antes de reali-
zarem suas compras. Em seu processo de pesquisa, estão incluídas avaliações e
opiniões de outros consumidores e maiores informações sobre as especificações
dos produtos/serviços, tudo por meio de redes sociais, websites, sites buscado-
res, comparadores, avaliadores, dentre outros. A jornada de compra envolve muita
procura por conteúdo e conhecimento. O acesso a essas informações definirá a
aquisição de um produto ou serviço em detrimento de outro.
Diante disso, o Google realizou um estudo denominado de ZMOT (Zero
Moment of Truth ou Momento Zero da Verdade). O ZMOT é o instante em que você
usa um dispositivo conectado à internet celular, tablet, notebook, computador pes-
soal e inicia o processo de busca por informações a respeito de produto ou serviço
que está interessado em experimentar ou adquirir. Durante esse intervalo, você
75
acessa dezenas de websites e canais digitais (redes sociais, sites de comparadores,
avaliadores e institucionais são alguns dos itens da jornada). É nesse momento,
portanto, que os consumidores se informam e decidem pela compra.
Figura 9 – Pesquisa
76
RESUMO DO TÓPICO 1
77
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Isolamento Social.
b. ( ) Estratégia.
c. ( ) Método SMART.
d. ( ) Metas e ações.
78
3. O Twitter, assim como o YouTube, tem sobrevivido há muitas ascensões e
decadências de outras redes sociais. Na plataforma, permanece desde o
seu início o objetivo de se construir um raciocínio sintetizado. Inicialmen-
te, o limite de caracteres era 140, número que depois foi aumentado, além
de permitir a construção de um “fio” de mensagens. Mas, é claro, ganha
um cross com outras redes quem faz a piada em menos caracteres. De
acordo com o estudado a respeito do Twitter e suas vantagens, classifi-
que V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – V.
79
TÓPICO 2
FERRAMENTAS DE
CRIAÇÃO E GESTÃO
DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 2, abordaremos as campanhas de marketing e você vai
estudar os diferentes tipos de marketing de influência, observando como as novas
estratégias de marketing mudaram a forma de comunicação nas diversas áreas do
conhecimento após o advento das tecnologias da informação e da comunicação.
A relação entre marca e consumidor foi inserida na cultura digital, em que o
público deixa de ser um mero receptor e passa a emitir informações daquilo que o
interessa, passando a ser também formador de opinião. Nesse contexto, o marketing
começa a utilizar os formadores de opiniões por entender que eles exercem influên-
cia naqueles que os seguem, assumindo, assim, o papel de influenciadores digitais.
Figura 10 – Consumidor
81
2 GESTÃO DE CRIAÇÃO
O marketing de conteúdo é uma estratégia do marketing digital que pode ser
analisada em todo o seu processo. Basicamente, isso envolve estratégia e métri-
cas. Vamos compreender como se articula a estratégia de marketing de conteúdo,
que tem como objetivo levantar e documentar informações relevantes para execu-
tar campanhas. Segundo Kotler e Armstrong (2015), a estratégia de marketing de
conteúdo é elaborada nas cinco etapas a seguir.
Figura 11 – Elaboração
82
• Mensuração de resultados: para analisar os resultados da estratégia, é
necessária a mensuração, que pode ser referente ao tráfego, aos cli-
ques, às conversões, às interações sociais, dentre outras. De acordo
com Kotler e Armstrong (2015, p. 102): “As métricas de ação estão entre
as mais importantes a rastrear. Elas medem, basicamente, se o con-
teúdo consegue induzir o cliente a realizar uma ação”. Conforme nos-
so objetivo nesta seção, vamos analisar a mensuração de resultados
das estratégias de marketing de conteúdo, estudando como podemos
mensurar os resultados para os quatro tipos de objetivos que você co-
nheceu: reconhecimento de marca, geração de leads, engajamento e
retenção de clientes.
INTERESSANTE
Ao estabelecer esse processo de aproximação, a empresa acaba por pré-
-qualificar os clientes. Imagine compartilhar em termos relevantes aos clien-
tes a história por trás de como você os ajuda. Visualize construir relações de
confiança significativas com eles antes de tentar a venda, antes que perce-
bam que precisam de você.
83
Para construir essa estratégia de forma eficaz, Kotler e Armstrong (2015, p.
85) indicam um passo a passo composto por oito etapas. Veja-as a seguir.
• Ferramentas de marketing de conteúdo:
Figura 12 – Processos
84
ATENÇÃO
Para transformar o marketing de conteúdo em um instrumento eficaz, con-
tamos com diversas ferramentas de marketing de conteúdo. A seguir, vamos
conhecer quais são elas e como auxiliam no processo de produção de con-
teúdo para o marketing.
85
Figura 13 – Conectividade
IMPORTANTE
O marketing de conteúdo é um tipo de estratégia centrada no ser humano e
em suas experiências, produzindo o que se considera uma humanização da
marca. O conteúdo, como estratégia, possibilita estabelecer uma conversa
entre a marca e o cliente, e isso acontece antes mesmo de podermos contar
com canais digitais para a distribuição desse conteúdo.
86
É possível perceber, portanto, que o uso de conteúdo como estratégia de
marketing não surgiu com a internet. Trata-se de uma prática anterior a ela, ainda
que o ambiente digital e a cultura da conexão sejam capazes de potencializar essa
prática. Terra (2017) afirma que o marketing de conteúdo é um recurso que tem
como objetivo reter clientes, atrair público e promover a marca. Isso é possível por
meio da assimilação de valores perceptíveis no conteúdo. Sabendo da importância
do conteúdo para o marketing, algumas dúvidas muito comuns são sobre qual é
o tipo de conteúdo mais relevante, quando e como ele deve ser publicado e como
medir os efeitos da prática.
Para tentar responder a essas questões, a produção de conteúdo deve ser
antecedida por um planejamento de conteúdo, que se difere do planejamento de
marketing, mas utiliza elementos semelhantes. Ou seja, para traçar um plano de
conteúdo de marketing, dentre outras coisas, é preciso definir quais são os objeti-
vos a serem alcançados, qual é o perfil do público que se pretende atingir e quais
são os formatos e canais mais adequados para chegar a esse público.
87
É difícil atribuir a tarefa mais importante quando se trata de conteúdo para
marketing. De acordo com o Content Marketing Institute, quando se faz a opção
por usar conteúdos como estratégia de marketing, os principais objetivos são atrair,
conquistar e envolver o público, a fim de estabelecer com ele uma relação que pos-
sa se tornar rentável (TERRA, 2017). Martino (2015) elencou sete vantagens para
que uma organização use o conteúdo em sua estratégia de marketing. Veja a seguir
quais são elas:
88
• fidelizar clientes: a fidelização do cliente é um processo que se inicia
após a última etapa do funil de vendas, ou seja, quando o cliente con-
cretiza a compra do produto ou serviço. É possível dizer que, após a
compra, a empresa continua se relacionando com o cliente, de modo a
motivá-lo a realizar novas compras. Para isso, o marketing de conteú-
do deve ser pensado para despertar novos desejos e fazer com que o
cliente perceba novos problemas (dores);
• construir autoridade: ao produzir conteúdo de qualidade, a empresa,
a pessoa ou o grupo de pessoas são reconhecidos como autoridades,
e isso faz com que eles se destaquem e sejam procurados quando o
cliente (ou os leads) tem um problema para resolver. É preciso equacio-
nar qualidade e quantidade a fim de encontrar equilíbrio. Nem sempre
produzir muito conteúdo é a melhor estratégia. Lembre-se de que a
construção de autoridade leva tempo e depende de planejamento e ali-
nhamento entre a marca, o produto ou serviço que ela oferece e o perfil
do público-alvo. Aumentar as vendas: no fim das contas, o objetivo do
marketing de conteúdo é vender. Todas as vantagens mencionadas le-
vam à concretização desse objetivo.
Figura 15 – Engajamento
89
Costa (2017) propõe cinco etapas para o desenvolvimento de um plano de
conteúdo para marketing, orientadas para a prática: planejamento, criação de per-
sona, criação de conteúdo; distribuição e mensuração de resultados. Costa (2017)
apresenta essas etapas da seguinte forma:
IMPORTANTE
Lembre-se de que um conteúdo pode ser de muita qualidade, no sentido de
conter informações úteis e confiáveis, mas ser pouco profundo. Em um pe-
queno texto, por exemplo, é possível orientar um cliente de algo que se rela-
cione com o seu negócio e seja muito útil para ele.
90
Veja a seguir, segundo Terra (2017), alguns dos principais objetivos que po-
dem ser definidos para orientar o plano de produção de conteúdo.
91
público e a marca. Essa é uma etapa de sua estratégia que deve merecer a mesma
importância da etapa de produção do conteúdo. Nesse momento, você deve ter
em mente que há diferentes formatos e possibilidades de distribuir seu conteúdo e
fazer com que ele chegue até a sua persona.
INTERESSANTE
Esses conteúdos podem ser distribuídos por meio de mídia paga ou espontâ-
nea. Seja qual for a sua escolha, saiba que essa decisão precisa estar em seu
planejamento para que o conteúdo e o calendário editorial estejam de acordo
com cada uma. Outro detalhe importante é que um mesmo conteúdo pode,
por formatos diferentes, ser divulgado em mídia paga e orgânica.
92
Figura 16 – Blog
93
Figura 17 - E-mail
94
ATENÇÃO
Planeje a jornada do cliente: outro ponto fundamental é ter claras as etapas
da jornada do consumidor. Nesse ponto, você deve conhecer profundamente
o seu público-alvo e já deve ter delineada a sua persona.
Caso ainda não tenha uma persona definida, é a hora de se debruçar sobre
esse aspecto, afinal, todo conteúdo produzido será com base nesse “cliente ideal”.
Você deve se perguntar quem é o cliente, quais são as suas principais dores em
cada etapa da jornada e como você pode produzir conteúdo que apresente as res-
postas que o cliente precisa.
Deve-se estabelecer metas e objetivos claros e realizáveis. Isso significa que
todas as análises feitas até aqui servirão de alicerce para traçar os objetivos. Quanto
mais claros e específicos eles forem, mais elementos você terá para planejar o con-
teúdo que vai compor sua estratégia de marketing. É preciso também definir temas
relevantes, pois, uma vez estabelecidas as metas e os objetivos, é preciso determinar
quais temas devem ser abordados e quais interessarão aos seus públicos.
Lembre-se de que um conteúdo pode ser muito interessante para você,
mas não ter relevância para o cliente ou lead. Por isso é importante fazer um ca-
lendário editorial, em que você definirá temas, abordagens, formatos, canais, datas
e horários. O conteúdo deve responder às dores de seu público e ser avaliado de
acordo com os resultados apresentados ao longo do período estabelecido.
95
Figura 18 – Busca
96
ranquear seus conteúdos em posições de destaque para o público-alvo na exibição
dos resultados dessas ferramentas. Diante desse contexto surgiu o SEO, e o único
jeito de mensurar as estratégias de SEO e o seu desempenho no ambiente digital é
com a utilização das ferramentas de medição de performance e conversão, como o
Google Analytics e as ferramentas de análise presentes nas redes sociais.
O Google Analytics é uma ferramenta de web analytics do Google que reúne
informações referentes aos usuários que acessam um website. Além de reunir os
dados, essa ferramenta também os transfigura em relatórios fundamentais para a
análise de desempenho de estratégias de marketing digital e conhecimentos re-
ferentes ao comportamento dos seus consumidores em sua plataforma, contudo,
não basta ter acesso a esses dados. Um bom profissional de marketing precisa
saber interpretá-los. Para interpretar corretamente esses dados e torná-los úteis
de fato para a maximização de resultados do negócio, é preciso compreender as
características de alguns conceitos básicos e totalmente estratégicos presentes
nessa ferramenta.
As visitas indicam o número de acessos obtidos no website em um determi-
nado período (uma semana, 15 dias, um mês etc.). Porém, esse número não repre-
senta sua quantidade de visitantes. Vamos supor que uma pessoa entre em um site
dez vezes no tempo de análise estipulado. Logo, ela representa para a ferramenta o
número de 10 visitas e um visitante. Sabendo disso, o Google realiza ainda o forne-
cimento de mais dois tipos de visitantes: os novos e os recorrentes. Os novos são
pessoas que visitaram o website pela primeira vez naquele período e os recorrentes
são aqueles que visitaram o site mais de uma vez no mesmo intervalo.
Já o Google Adwords é uma plataforma de publicidade on-line do Google,
cujos produtos são os links patrocinados. Nessa ferramenta, é possível investir em
posições no ranqueamento de determinadas palavras-chaves usadas pelos usuá-
rios nos momentos de pesquisa no Google e também em diversos sites parceiros,
como o Google Adsense.
97
RESUMO DO TÓPICO 2
98
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Planejamento.
b. ( ) Elaboração.
c. ( ) Podcasts.
d. ( ) Distribuição.
99
3. A internet coloca o consumidor no papel de protagonista. Em vez de um
único jornal de 36 páginas, é possível customizar o acesso à leitura dos
conteúdos que se deseja e como se deseja ao longo de um dia todo, como
se tudo aquilo fosse desenhado para um único usuário. Para que se tenha
ideia, uma única edição em papel de um jornal como o New York Times
conta com mais informações hoje do que uma pessoa comum poderia
receber durante toda a vida na Inglaterra do século. Sobre os tipos de
e-book, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – F.
100
TÓPICO 3
INBOUND
MARKETING
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 3, abordaremos o inbound. No Brasil, o conceito de
marketing é difuso, pois muitas pessoas e empreendimentos ainda o associam er-
roneamente a qualquer empenho para a venda de produtos, mesmo nos casos em
que é perceptível que as pessoas não os desejam. Com a emergência da globaliza-
ção e da era da informação, surgiu um novo perfil de consumidor crítico, conectado
e que busca experiências e conteúdos cada vez mais alinhados aos seus interesses.
Entretanto, apesar de muitas empresas terem experiências positivas com o
outbound marketing, pela construção de marcas fortes e pelo grande alcance de
audiência, o fato é que o consumidor interage passivamente no processo de aqui-
sição do produto ou serviço anunciado.
101
ATENÇÃO
No outbound marketing, a prospecção de clientes se dá com base na abor-
dagem do vendedor ao consumidor por meio de canais de telemarketing, co-
merciais de televisão, anúncios publicitários no cinema etc.
IMPORTANTE
Os formulários são uma ferramenta útil para a coleta de informações do vi-
sitante. Uma vez colhidos, esses dados, como e-mail, telefone, nome etc.,
possibilitam às organizações estabelecerem relacionamentos mais próximos
e pessoais com os clientes (considerando que eles, dessa maneira, participa-
ram do fluxo de comunicação).
103
Há ainda as CTAs (Call to Actions), que são frases de comando usadas para
induzir o usuário à ação, e as keywords, também conhecidas como palavras-cha-
ves, que representam o conteúdo digitado e buscado pelo usuário nos sites ou
ferramentas de buscas. É por meio delas que as informações são direcionadas ao
público, portanto, é essencial estudá-las e compreendê-las para obter sucesso no
exercício de atração.
O CRM (Customer Relationship Management), assim como o SEO, é um ins-
trumento que integra outros e contribui para a estratégia de inbound marketing.
Por ele, é possível classificar leads, analisar etapas da jornada e, portanto, gerenciar
fluxos de comunicação de forma mais assertiva e direcionada.
A seguir, veja o que a experiência com a metodologia inbound marketing
proporciona às empresas, de acordo com Costa (2017):
104
2.2 BLOGS, VLOGS, PODCASTS E INSTABLOGS
Blogs, vlogs, podcasts e instablogs são os canais de inbound marketing fa-
voritos das organizações e dos influenciadores digitais. Os blogs, websites que têm
um conjunto de páginas e que requerem atualizações constantes, são utilizados
por pessoas físicas, meios de comunicação e empresas. Representam, assim, ca-
nais de comunicação de indivíduos e instituições. Claro, cada um com seu alvo: en-
quanto as pessoas utilizam para compartilhar pensamentos e interesses, empresas
têm esses espaços para se relacionar com o público e explorar medos, desejos,
dores e interesses. Ou seja, trata-se de uma ferramenta capaz de se ajustar e ade-
quar à necessidade.
Os vlogs são um tipo de blog que publicam conteúdos por meio de recursos
audiovisuais. As plataformas escolhidas pelos vloggers (pessoas que produzem e
disseminam materiais) normalmente são Youtube, Vimeo, Facebook e Instagram,
sendo que os dois últimos têm sido os canais mais adotados.
Podcasts são formas de inbound marketing que espalham conteúdo por
meio de áudio, como se fossem programas de rádio modernos, no entanto, pod-
casts têm certa especificidade: eles oferecem disponibilidade total para o consu-
midor. É uma ferramenta que vem ganhando espaço na rotina das pessoas (que a
cada dia está mais intensa). Podcasts diferem de vídeos e textos, pois não exigem
tanto foco quanto os demais. Outra vantagem deles é que, por serem mais leves,
consomem menos dados de internet.
Já o instablog é a fusão de ferramentas pelo Instagram. O aplicativo de fotos
tornou-se blog diário (público) on-line, a fim de divulgar o perfil de marca, produto
ou pessoa. Esse novo jeito de inbound marketing possibilita concentrar diversos
tipos de formatos de conteúdo em um único espaço. Além disso, tem todas as van-
tagens de uma rede social: contato direto e influente com seguidores, possibilidade
acima do normal de engajamento, fidelidade de audiência e construção de fluxo de
relacionamento (marca – consumidor – consumidor – marca). Essa ferramenta cria
o processo de divulgação do marketing boca a boca e transforma potenciais clien-
tes e clientes em embaixadores da marca (de maneira orgânica e natural).
Uma das principais funções do gestor de conteúdo é fidelizar o leitor para
torná-lo consumidor. Para isso, é necessário nutrir todas as personas com informa-
ções relevantes, que agreguem valor e promovam confiança ao usuário. O objetivo
é fazer com que ele confie na marca e se sinta confortável para adquirir produtos
e serviços ofertados. Para tanto, o gestor de conteúdo deve gerenciar diversos
canais digitais (simultaneamente).
105
O profissional tem que conhecer bem a marca a fim de garantir posiciona-
mento, missão e valores em cada postagem. Nesse momento, é importante ter
visão de curto, médio e longo prazos alinhadas às diretrizes do negócio no mesmo
período de espaço/tempo.
O novo consumidor está mais exigente e tem maior acesso a informações:
avaliações dos produtos, serviços e também das organizações que ofertam os ser-
viços. Agora, a jornada de compra envolve procura por dados e conhecimentos.
Essa mudança de perfil do consumidor tornou-se uma oportunidade para as em-
presas quando começaram a produzir conteúdo, pois elas tiveram mais chances
de serem uma das fontes de buscas de potenciais clientes e, assim, conquistaram
papel de influência nas decisões deles.
Ademais, há a necessidade de compreender a amplitude do webwriting e suas
diferenças em relação à produção de conteúdo textual em mídias impressas. Na web,
descobrimos que texto, imagem, áudio, vídeo e multimídia estão conectados, e o
bom redator deve usar hipertexto e conduzir o cliente durante a jornada de consumo.
Tudo isso torna o inbound marketing tão influente nos novos moldes de consumo.
106
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
4 RESULTADOS
• marketing de conteúdo;
• otimização para buscadores;
• plataformas existentes;
• marketing viral;
• anúncios sociais.
107
4.2.1 MARKETING DE CONTEÚDO
O marketing de conteúdo trata-se de solucionar dúvidas pontuais do públi-
co-alvo da empresa, de modo a gerar confiança e autoridade para a marca dessa
empresa. Assim, o primeiro passo para a adoção do inbound marketing na empresa
foi a criação de um blog corporativo, um local de publicação de conteúdos rele-
vantes para o público-alvo da empresa, com o objetivo de ser o principal canal de
comunicação entre a empresa e seu público-alvo, e assim criar autoridade para a
marca no mercado de desenvolvimento de aplicativos móveis.
108
de trabalho, portanto, o marketing viral e os anúncios sociais tiveram o objetivo de
aumentar o número de visitantes no site da empresa no curto prazo, de forma a
preencher esta lacuna do inbound marketing.
109
4.3.2 NÚMERO DE PALAVRAS CHAVES
INDEXADAS
Keyword ou palavra-chave é o termo que usuários dos buscadores online
digitam no campo de pesquisa para realizar suas buscas. Um site ter uma pala-
vra-chave indexada por um buscador significa que, em uma pesquisa por aquele
termo, o site em questão pode ser encontrado como resultado.
O número de palavras-chaves indexadas pelos buscadores é utilizado pela
empresa em questão como indicador para as ações e estratégias de Otimização
para Buscadores, uma vez que quanto maior o número de palavras chaves inde-
xadas, maiores as chances de o site da empresa ser encontrado ao realizar uma
busca on-line.
O Gráfico 2, extraído do software SEMrush, demonstra o total de palavras-
-chaves indexadas ao longo do tempo.
Fonte: SEMrush
110
RESUMO DO TÓPICO 3
111
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Personalização.
b. ( ) Viabilização multicanal.
c. ( ) Desenvolvimento de marketing.
d. ( ) Criação e distribuição.
2. Quanto mais uma empresa conhece o seu cliente e identifica a sua forma
de interagir à oferta de conteúdos, mais ela se aproxima de conhecer
seus desejos, e quanto mais isso acontece, mais próximo torna-se o rela-
cionamento entre a marca e o público. Assim, maiores são as chances de
os negócios conquistarem resultados cada vez mais expressivos e de os
clientes obterem soluções inovadoras no que diz respeito a distribuições
em marketing. Com base na metodologia inbound de marketing, analise
as sentenças a seguir:
I. Personalização.
II. Carta escrita.
III. Orkut.
112
3. Especialmente após o surgimento da internet, seguido pelo crescimen-
to exponencial do uso de serviços via aplicativos (apps) e redes sociais
digitais, houve um deslocamento conceitual do marketing. Ferramen-
tas como o site de buscas Google, por exemplo, oportunizam a gestores
e negócios trabalhar a otimização para mecanismos de busca (Search
Engine Optimization – SEO), uma maneira de a empresa (re)posicionar
seu site e suas páginas eletrônicas nos mecanismos de busca para ser
encontrada com mais facilidade pelo seu público-alvo. De acordo com a
avaliação de conhecimento, classifique V para as sentenças verdadeiras
e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V– V.
113
REFERÊNCIAS
114
UNIDADE 3
VIABILIDADE E
IMPLANTAÇÃO DE
MARKETING DIGITAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• descrever tipos de custos;
• esclarecer a respeito de retorno e investimentos;
• introduzir tipos de recursos;
• analisar orçamentos para marketing digital.
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo
de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO
TÓPICO 2 – ORÇAMENTO EMPRESARIAL
TÓPICO 3 – RECURSOS E CONTROLE DO MARKETING
TÓPICO 1
CUSTOS DE
IMPLANTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 1, abordaremos as formas de custos existentes den-
tro das empresas, com foco em determinar como elas atuam dentro do marketing
e na sua formação preço.
Vamos conhecer como o gerenciamento dos custos de projetos atua dentro
das empresas e suas principais finalidades, pois é a área de conhecimento cujo
objetivo é manter o projeto dentro do orçamento aprovado.
O controle financeiro do projeto é um dos pilares de um bom gerenciamento,
pois apresenta o diagnóstico atual, no qual o projeto está inserido, bem como os
cenários prováveis, possibilitando criar ações de correção, quando necessário. O
gerenciamento dos custos de projetos envolve os seguintes processos: planejar
custos, estimar custos, determinar orçamento e controlar custos.
2 TIPOS DE CUSTOS
Dentro de uma empresa, a parte financeira, normalmente, é a mais estraté-
gica. Um erro de cálculo nessa área pode acabar com a reputação de uma empresa
ou abalar seriamente sua saúde financeira. Assim, em uma organização, os projetos
servem para sustentar os pilares estratégicos definidos no planejamento, buscan-
do, a partir do sucesso das entregas, atingir os objetivos estipulados no seu plano
de negócio, e, no marketing das empresas, a formação de preço do produto e do
serviço depende muito do controle dos custos.
117
Figura 1 – Importância dos custos
ATENÇÃO
Dessa forma, é importante que as empresas tenham como foco o controle de
todos os projetos que estão em ordem de produção. Você já parou para pen-
sar o que aconteceria se durante uma propaganda de marketing não fossem
levados em questão os custos e despesas dessa campanha? Se esse impor-
tante dado não for considerado, a empresa, provavelmente, terá prejuízo.
Para tanto vamos analisar juntos alguns passos para que esse controle
possa acontecer e assim não haja perdas com custos não calculados. O primeiro
processo consiste em planejar o gerenciamento dos custos, visando a definir como
serão estimados os custos, de que forma serão orçados e gerenciados e quais pa-
râmetros serão utilizados no monitoramento e controle.
O segundo processo, por sua vez, consiste em estimar custos com o obje-
tivo de identificar os recursos monetários necessários para a execução do projeto,
em consonância com a estratégia definida na etapa de planejamento.
O terceiro processo, por sua vez, consiste em determinar o orçamento a fim de
identificar, a partir do nível de pacote de trabalho, o valor necessário para a execução
do projeto e definir o orçamento para obter a aprovação ou não para a sua execução.
Por fim, o processo de controlar os custos busca identificar desvios entre
previsto e realizado e, com isso, sinalizar a necessidade de um ajuste em tempo de
projeto para a correta adequação ao orçamento aprovado.
118
Figura 2 – Planejamento de custos
IMPORTANTE
É fundamental que o gestor de projetos de marketing busque identificar se
na organização em que ele atua já não existe uma base de conhecimento que
possa ser consultada para auxiliar no planejamento dos custos do projeto,
fundamentada em dados e registros de projetos já finalizados.
Ter acesso a essas lições aprendidas pode trazer diversos resultados positivos
para o projeto, evitando erros já conhecidos e superados. Essa etapa é de extrema
importância, pois trata-se do momento de definição da estratégia financeira do pro-
jeto. Um erro de cálculo pode gerar consequências graves ao resultado da entrega.
119
Em geral, o gerente de projetos recebe um termo de abertura, no qual é pos-
sível avaliar o orçamente pré-aprovado, ainda em tempo de avaliação do projeto, jun-
to a um portfólio, por meio do qual é possível refinar o planejamento. É importante
que essa atividade de planejamento esteja em harmonia com as demais atividades
do projeto que estão ocorrendo em paralelo, por exemplo, o mapeamento do prazo
estipulado da entrega e os riscos já identificados, uma vez que essas etapas podem
influenciar diretamente no planejamento dos custos do projeto de marketing.
É recomendada a utilização da estrutura analítica do projeto (EAP), pois a
abertura das tarefas em nível de pacote de trabalho pode auxiliar a melhor precisão
da estimativa. Contudo, é sempre importante identificar até qual nível se deve de-
talhar, pois chegar a um grande nível de detalhe também impacta no custo final do
projeto, ou seja, estimar também é um custo de projetos em torno das ações das
campanhas de marketing.
120
ATENÇÃO
O gerente de marketing precisa entender como funciona a cultura da organi-
zação e o mercado em que atua, bem como as demais intermitências econô-
micas que possam afetar a condução do projeto em suas respectivas etapas,
pois esses fatores, quando não bem mapeados, podem afetar diretamente o
trabalho planejado e executado.
121
Figura 4 – Tomada de decisão
122
• Custeio variável: pelo método de custeio variável ou direto, os custos
dos produtos são formados apenas pelos custos variáveis. Na prática,
isso quer dizer que os custos fixos ou indiretos não sofrem alocação sis-
temática aos custos dos produtos. Então, antes de prosseguirmos e fa-
larmos das vantagens, é importante destacar que o método do custeio
variável não atende aos normativos contábeis, que têm como base a
alocação sistemática de custos indiretos aos produtos. Por exemplo, to-
das as atividades que estão nas rotinas empresariais, como compra de
medicamentos, que vai depender da saída de um medicamento, com-
pra de material para higienização do ambiente. Não consegue enxergar
vantagem nisso? Vamos fazer uma comparação entre os sistemas de
custeio por absorção e o custeio variável. Pelo método de absorção, os
custos diretos e indiretos são absorvidos pelos produtos, mas, se você
pensar bem, perceberá que dentre os custos indiretos que foram distri-
buídos aos produtos haveria custos independentemente da produção.
Ou seja, ao gerar um produto, estamos mandando para o patrimônio da
empresa, por meio dos estoques, um custo que existiria independen-
temente da produção daquele produto. Ao analisarmos essa falta de
preocupação do custeio variável em atender aos normativos contábeis,
podemos dizer que sua vantagem é a produção de informações para
usuários internos, como gerentes, administradores e supervisores de
produção, que têm na informação de custos uma base fundamental
para a tomada de decisões.
• Custos fixos e variáveis: pelo custeio variável, os custos fixos não são
alocados de forma alguma aos produtos. Mas o que fazemos com eles
então? Os custos fixos devem ser separados e considerados como des-
pesas do período, não passando pelos estoques. Nesse caso, os custos
fixos vão diretamente para o resultado (MARTINO, 2015).
123
Figura 5 – Retorno financeiro
124
NOTA
Assim, o retorno e o prazo atuam na formação do preço de venda e são es-
senciais para que uma empresa se mantenha competitiva no mercado, pois
esse processo está relacionado com a obtenção de lucros do negócio.
125
Figura 6 – Planejamento de retorno
126
• O Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) é aquele em que as receitas to-
tais se igualam aos custos totais, operacionais e financeiros, excluindo-
-se os gastos não desembolsáveis, como aqueles que são originados da
depreciação. A fórmula do PEF é a seguinte:
127
Essas alterações no projeto podem ser positivas ou negativas, e, em ambos
os cenários, será necessário definir ações de correção ou adequação, mapeando
os cenários existentes com suas respectivas causas e consequências. O monitora-
mento e o controle ocorrem durante todo o ciclo de vida do projeto, e, havendo al-
gum desvio significativo, será necessária a elaboração de uma análise de mudança,
a qual precisa ser revisada e aprovada por um comitê do projeto. Conforme Terra
(2017), o controle dos custos envolve:
3 DISPONIBILIDADE E MUDANÇAS
Vamos nos lembrar que os custos indiretos são aqueles que não podem ser
identificados diretamente a um único produto. Pois bem. É justamente aí que pre-
cisamos observar o normativo, pois devemos fazer a alocação sistemática desses
custos. Por exemplo, temos uma técnica que é muito utilizada no varejo, que é a
do preço psicológico ou técnica just below zero, pois alguns estudos afirmam que
o consumidor tende a considerar apenas as casas mais significativas à esquerda.
128
Figura 7 – Planejamento financeiro
129
Por exemplo, o proveito da padronização dos eventos financeiros cria na
empresa vantagens operacionais, pois há diminuição de itens no estoque, evita a
duplicação e sobreposição de códigos, além da flexibilização, que permite a movi-
mentação com base na produção puxada; ou seja, o item é enviado para a produção
após apontamento de necessidade, e o mesmo ocorre com o fornecedor. Possibilita
também a prática de preços menores e mais atrativos devido ao relacionamento
com a cadeia de suprimentos, concedendo a integração dos estoques da empresa
e fornecedor. Com isso, pode haver a redução dos custos com compras.
Outras vantagens envolvem a prevenção de perdas e retrabalho; o uso cor-
reto dos itens e processos, com compras realizadas de forma equilibrada com a
demanda do setor; e o controle da demanda dependente, isto é, com a exata pro-
dução da demanda independente. Assim, o departamento de compras deve ter
facilidade em controlar, por exemplo, em uma indústria, a aquisição e venda de
peças específicas para um departamento ou produto.
Um dos grandes problemas do custeio baseado em atividades é o custo
para obtenção da informação, além da necessidade de implementação de altos níveis
de controle. As estimativas top-down e bottom-up podem ser aplicadas conforme
a necessidade do projeto, porém, têm características diferentes, sendo necessário
avaliar o momento de decisão e da avaliação dos aspectos nos quais o projeto está
inserido, a fim de decidir a melhor estratégia a ser aplicada na etapa vigente.
A estimativa top-down enquadra-se melhor em tempo de decisão quando
esta precisa ser tomada por pessoas de um nível mais estratégico da organização,
quando ainda existe um grande grau de incerteza. Contudo, esse tipo de decisão
é mais aderente a projetos de pequeno porte e internos, cuja exposição ao risco é
menor, mesmo tendo um escopo incerto. Já as estimativas bottom-up, em tempo
de decisão, adaptam-se melhor quando tempo e custo são muito relevantes, ou
quando o cliente precisa de um maior detalhe dos requisitos, pois, muitas vezes,
o serviço está atrelado a contratos de preço fixo, cujo risco acaba sendo todo do
fornecedor que prestará o serviço em tempo de projeto.
130
Figura 9 – Campanhas lucrativas
131
RESUMO DO TÓPICO 1
• A formação de preço pode ser analisada sob dois aspectos: com base nos cus-
tos (quantitativa) ou no mercado (qualitativa). Vimos que a formação de preços
quantitativa está relacionada com os custos marginais, os custos de transfor-
mação e o custo padrão.
• A atividade central dos custos é manter as necessidades empresariais em or-
dem, é gerar informações e relatórios para o processo de tomada de decisões,
principalmente os ligados aos eventos econômicos e às finanças empresariais.
• O objetivo de uma empresa que emprega recursos, transforma-os e comerciali-
za bens e serviços é obter lucro. O lucro ocorre quando as receitas obtidas com
os ganhos das vendas realizadas de bens e serviços prestados aos clientes são
superiores aos gastos dispendidos na realização das mercadorias.
• Precisamos salientar que a gestão de custos surgiu para atender às demandas
de empresas industriais que precisavam definir o valor dos estoques a partir dos
gastos de produção. Sendo assim, inicialmente, a gestão de custos tem como
objetivo fundamental realizar a apuração de custos para definir o valor do servi-
ço prestado dentro do marketing.
132
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Controle financeiro.
b. ( ) Planejamento de custos.
c. ( ) Gerenciamento de inovação.
d. ( ) Mark-up.
I. Custos fixos.
II. Custos variáveis.
III. Custos de concorrentes.
133
3. O monitoramento e o controle ocorrem durante todo o ciclo de vida do pro-
jeto, e, havendo algum desvio significativo, será necessária a elaboração
de uma análise de mudança, a qual precisa ser revisada e aprovada por um
comitê do projeto. De acordo com o controle de custos dentro das orga-
nizações, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – V.
134
TÓPICO 2
ORÇAMENTO
EMPRESARIAL
1 INTRODUÇÃO
Estudante, no Tópico 2, abordaremos o controle do orçamento empresarial,
pois, após planejar a estratégia financeira a ser aplicada no projeto, com base na
estimativa dos custos elencados e demais questões comerciais ou econômicas,
será possível determinar o orçamento necessário para a tomada de decisão de dar
sequência ou não ao projeto.
Dessa forma, a gestão e a atenção ao controle interno devem estar conec-
tados não somente com os níveis organizacionais e da alta direção, mas também
com o aprendizado de todos os profissionais de diversas áreas de atuação, devido
à busca pela gestão pessoal e pela melhoria contínua da formação profissional, que
é de suma importância para a efetividade de um sistema de garantia da qualidade
de uma gestão eficaz e eficiente.
2 VIABILIDADE E INVESTIMENTO
Importante ressaltar que as empresas, quando contratam uma campanha de
marketing, buscam um retorno, e este depende de uma viabilidade e investimento
em torno das ações de marketing, e para tanto é necessário realizar uma pesquisa.
135
As etapas da pesquisa de marketing são o planejamento, a coleta de infor-
mações, a tabulação e a análise dos dados e a apresentação das informações e
das descobertas relevantes de uma situação de marketing. Essa divisão do pro-
cesso em etapas também pode ser realizada da maneira apresentada a seguir,
conforme Costa (2017):
NOTA
O planejamento das atividades de marketing organiza os recursos e as ações
necessários para a condução de uma campanha de marketing a fim de “[...]
otimizar o desempenho de cada instrumento, apoio e ação, para atingir o ob-
jetivo” (COSTA, 2017, p. 129).
136
A coleta remota de dados ocorre por meio de recursos digitais ou por te-
lefone, tendo crescido significativamente nos últimos anos devido à maior demo-
cratização do acesso a recursos tecnológicos, como celulares (COSTA, 2017). As
metodologias, os formatos e as técnicas de coleta de dados apresentados podem
ser aplicados conforme os objetivos da pesquisa, de modo a auxiliar na elaboração
das estratégias de marketing.
Por fim, é válido salientar que o marketing e os investimentos podem ca-
minhar juntos para potencializar o desempenho das empresas. A teoria de inves-
timento, como afirma Costa (2017, p. 130), “[...] traz grande contribuição para o
marketing, ao fornecer embasamento para análise de campanhas de marketing”.
Ou seja, as duas áreas têm contribuições para oferecer uma à outra, tornando-se,
assim, mais eficientes e eficazes na condução das práticas de marketing. As em-
presas investem em ações para a busca da harmonia de suas atividades, evitando
impactos negativos, seja na área financeira, seja na administrativa, visando às ge-
rações futuras. O conceito de gestão está intrinsecamente embutido na sociedade
moderna e é visto como forma de manejo futuro nas empresas, devido à escassez
de insumos e matérias-primas.
137
Figura 11 – Tomada de decisão financeira
138
A gestão estratégica de empresas (Strategic Enterprise Management) é um
conjunto de técnicas de gestão e um conjunto de ferramentas que ajudam as em-
presas em tomadas de decisões estratégicas que colaboram para o sucesso delas.
Dentro da gestão estratégica, o planejamento estratégico é o pilar que sustenta a
prospecção do mercado, competição e fidelização dos clientes.
Na visão de Terra (2017), os planejamentos estratégicos dentro dos investi-
mentos podem ser definidos como um dos procedimentos gerenciais que desen-
volvem e mantém a adequação entre os objetivos, os recursos e as mudanças do
mercado. O objetivo desse planejamento é orientar e reorientar os negócios da em-
presa para a busca do crescimento em todos os sentidos empresariais e minimizar
riscos. O planejamento, no fim, estabelece o melhor rumo a ser tomado pela organi-
zação, sempre buscando inovar e diferenciar seus processos e serviços.
IMPORTANTE
A competição pelo mercado aumenta a cada ano e suas inúmeras transforma-
ções e inovações acarretam novos desafios para todas as empresas, que devem
estar sempre atentas às novas tecnologias para implementação da qualidade.
139
O planejamento participativo tem o compromisso de capacitar a comunida-
de para que seus membros sejam mais autônomos. Dessa forma, define-se a ges-
tão participativa, em que se torna mais ativa a participação de todos os envolvidos
no contexto empresarial, colaborando com o processo de transformação social do
ser humano nas suas atividades profissionais.
Já na gestão por processos, a busca está em torno da qualidade pelos pro-
cessos que são formulados dentro das atividades empresariais com intuito de re-
duzir despesas e construir um caminho mais eficiente das empresas.
O objetivo da gestão por resultado é trazer para a organização elementos e
modelos para atender aos requisitos de qualidade da empresa. Uma boa gestão de
organização deve abranger todos os sistemas e subsistemas, com conexões entre
eles, buscando sempre os melhores resultados.
A integração é a chave da gestão organizacional. Uma organização que
busca excelência se inspira nas boas práticas de outras empresas, prepara a equi-
pe, treina líderes, aprimora suas análises de dados, sempre está inovando e imple-
mentando novas ideias e adotando ferramentas operacionais e modelos de gestão,
por exemplo, SGQ, SGA (Sistema de Gestão Ambiental), Lean, Six sigma, PDCA etc.
A gestão por resultados pode ser definida como uma técnica administrati-
va interdisciplinar pautada em um conjunto de ferramentas, programas, métodos
e estatística que realizam de forma eficaz o controle e a gestão do processo nos
empreendimentos que dela se utilizam. A implantação do sistema garante o cumpri-
mento das exigências e a satisfação plena de todos os envolvidos nos processos. O
sistema atribui o alcance da qualidade às pessoas de todos os níveis gerenciais, ba-
seando-se na ideia de empowerment, em que todas as pessoas, em qualquer nível da
organização, têm o poder de tomada de decisões que antes só cabiam aos gerentes.
140
Assim, as correções são realizadas de prontidão e os gerentes só são acio-
nados para ações corretivas quando necessário, o que traz robustez ao proces-
so devido ao ganho de tempo com a soluções de problemas. Na opinião de Terra
(2017), o empowerment, portanto, traz enormes benefícios para os clientes e para
a empresas que zelam por:
141
Os indicadores são quantificáveis, ou seja, expressam números a partir dos
quais se pode estabelecer metas que são acompanhadas, anualmente, para ob-
servação das melhorias nesse processo. Eles também são conhecidos como Key
Performance Indicators (KPIs), que são usados, principalmente, em medições de
desempenho para revelar se haverá necessidade de a empresa fazer ajustes para
alcançar suas metas.
ATENÇÃO
Os indicadores da qualidade expressam, principalmente, a sensibilidade dos
clientes em relação ao produto ou serviço ofertado. Os indicadores da ca-
pacidade são medidas de tempo e produção que mensuram a entrega em
cada processo.
142
Na gestão descentralizada, alguns requisitos são utilizados para uma orga-
nização implantar, manter, melhorar e certificar seu sistema de gestão. Esses requi-
sitos são a chave para que a empresa seja atuante num mercado que, atualmente,
é muito competitivo e, assim, possa conquistar seus objetivos para se manter em
melhoria contínua.
Os requisitos de um sistema de gestão são um conjunto de princípios e ca-
racterísticas da qualidade de um sistema ou processo, ou de um material, produto ou
serviço, que tenham um valor nominal e que estejam baseados em seus requisitos
de aceitação. Podem ser enquadrados como gerais, administrativos e técnicos, que
atuam de forma conjunta para que a empresa busque atender às demandas dos
clientes, pois o mais importante é independência dos setores dentro das empresas.
143
RESUMO DO TÓPICO 2
144
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Coleta de dados.
b. ( ) Formato de pesquisa.
c. ( ) Gestão estratégica.
d. ( ) Tomada de decisão.
145
3. As etapas da pesquisa de marketing são o planejamento, a coleta de in-
formações, a tabulação e análise dos dados, e a apresentação das infor-
mações e das descobertas relevantes de uma situação de marketing. So-
bre o que estudamos a respeito das etapas do planejamento, classifique
V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Reconhecimento de um problema.
( ) Planejamento.
( ) Execução.
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – F.
146
TÓPICO 3
RECURSOS E CONTROLE
DO MARKETING
1 INTRODUÇÃO
Estudante, no Tópico 3, abordaremos a formatação em torno dos recur-
sos utilizados na área de marketing. O marketing é um elemento fundamental para
qualquer empreendimento que busque destaque no seu ramo de atuação. Por meio
dele, é possível compreender as necessidades e os desejos do consumidor, ofere-
cendo produtos ou serviços adequados às suas expectativas e que, preferencial-
mente, as superem. Dessa forma, o cliente percebe o valor do que está adquirindo e
fica satisfeito com o investimento realizado, o que também ocorre com o marketing
pessoal. Quando um indivíduo compreende os conceitos e utiliza corretamente as
ferramentas desse tipo de marketing, as pessoas com quem ele se relaciona per-
cebem valor em sua fala, postura e ação. Isso tem resultados positivos na imagem
desse indivíduo.
2 RECURSOS PESSOAIS
Recursos pessoais têm função de, por meio das ferramentas e pesquisas do
marketing, compreender as necessidades dos consumidores com vistas a oferecer
produtos que as satisfaçam mais adequadamente. Da mesma forma, trata-se de
uma ciência que permite despertar desejos das pessoas para aquilo que, muitas
vezes, sequer elas percebiam que necessitavam, tornando algo antes desconheci-
do um elemento por vezes primordial para o indivíduo.
147
Figura 14 – Objetivos pessoais
ATENÇÃO
As pessoas, assim como as marcas, cada vez mais vivem da imagem que
representam e da sua reputação no mercado em que atuam.
148
Por isso, é importante que essa imagem esteja associada a algo positivo na
mente das pessoas, de modo que, se um atributo é considerado importante para
determinada função e o indivíduo não o tem desenvolvido, é altamente aconselhá-
vel que cuide de desenvolvê-lo em vez de simplesmente afirmar que o tem.
O objetivo do marketing pessoal é construir uma imagem positiva do in-
divíduo, estimulando aqueles à sua volta a comprarem a ideia defendida por ele,
seja oferecendo-lhe um cargo, uma promoção ou, como referido anteriormente,
fechando um negócio.
Tal resultado é possível utilizando corretamente o planejamento de marke-
ting e as estratégias de marketing pessoal adequadas. É possível, com pesquisa e
planejamento, e utilizando os argumentos corretos na dose adequada, que o indi-
víduo desenvolva uma imagem coerente e consistente, para a qual as pessoas à
sua volta façam associações psicológicas positivas. Dessa forma, obtém-se a visi-
bilidade necessária para que o indivíduo se torne uma referência no seu ambiente
e assim possa influenciar e participar dos projetos de vida das pessoas (KOTLER;
ARMSTRONG, 2015).
Para obter destaque em seu ramo de atuação ou no mercado de trabalho,
ser bom no que se faz pode não ser suficiente: é preciso parecer bom. Muitas vezes,
é só assim que o profissional consegue uma oportunidade crucial para demonstrar
o seu valor. Esse “parecer bom” é muitas vezes o resultado da utilização das es-
tratégias de marketing pessoal. São elas que permitem ao profissional conhecer e
demonstrar as suas melhores características, além de utilizá-las da melhor forma e
obter melhor performance nas situações a que é exposto.
149
Uma boa rede de contatos é importante para dar visibilidade ao profissional.
Dessa forma, é possível obter recomendações e indicações, o que influencia de modo
definitivo a percepção que as pessoas terão a seu respeito. Além disso, uma boa rede
de contatos pode fazer o profissional ser lembrado em situações importantes, como
eventos e vagas de seleção discreta, o que garante um bom diferencial.
No entanto, o network não significa somente uma boa coleção de contatos
e cartões de visita. É importante alimentar esses relacionamentos e ter contatos
sistemáticos e de qualidade com essas pessoas. Gera-se, dessa forma, uma boa
impressão e transmite-se uma mensagem positiva aos contatos. Essa mensagem
tende a ser transmitida por eles também a outras pessoas, quando necessárias
para o controle das atividades.
Percebe-se que um dos elementos comuns às perspectivas e aos conceitos
apresentados, com ou sem finalidade mercadológica, trata-se dos eventos utiliza-
dos com vistas a uma aproximação com os públicos da organização. Isso pode ser
feito com o intuito de fortalecer a imagem, recuperar a reputação após uma crise
ou mesmo apresentar uma empresa ou marca ao mercado.
Uma empresa que busca o fortalecimento da imagem diante dos seus públi-
cos pode, por exemplo, em uma data comemorativa significativa para determinado
segmento, promover um coquetel em um espaço diferenciado. Essa prática é muito
utilizada pelos hotéis, que têm uma importante fatia da sua lucratividade vinda dos
eventos corporativos que são realizados em suas dependências.
Dessa forma, o evento dentro do próprio hotel para um segmento de poten-
ciais clientes de eventos pode ser uma forma de mostrar e promover os seus es-
paços, apresentando a estrutura e os serviços de eventos de modo relativamente
sutil. Muitos hotéis ainda realizam eventos temáticos, promovendo uma experiência
divertida aos envolvidos.
Em casos de crises de imagem, o evento pode se tornar um elemento im-
portante para a aproximação com o público afetado pela crise, buscando o resgate
da imagem da empresa ou mesmo a redução de danos. Um exemplo é o caso de
uma indústria farmacêutica que tenha sido acusada pelos moradores das redonde-
zas de não tratar os seus resíduos e de poluir um riacho vizinho. Nesse caso, após
realizar os devidos ajustes e tomar todas as providências para o correto tratamento
dos seus resíduos, a empresa pode convidar os representantes da sociedade civil
e dos moradores dos bairros próximos para uma visita guiada às dependências da
fábrica. Essa ação representa um gesto de respeito às pessoas afetadas e mostra
o comprometimento da empresa com o ocorrido, além de ser uma excelente opor-
tunidade de criar uma nova imagem com relação à questão ambiental.
150
Da mesma forma, uma empresa que estiver entrando no mercado e buscan-
do o seu espaço, pode convidar pessoas-chave dos seus segmentos de clientes,
além de influenciadores desses segmentos, para um evento de inauguração, por
exemplo. Essa seria uma oportunidade para essas pessoas conhecerem a marca
e criarem impressões positivas a seu respeito, o que certamente terá influência na
hora de comprar ou indicar determinado produto ou serviço.
151
Figura 17 – Planejamento das marcas
152
IMPORTANTE
Em um planejamento financeiro, a definição dos responsáveis para cada eta-
pa é essencial para que o gestor possa delegar responsabilidades, estipular
metas e definir formas de verificar se os envolvidos estão cumprindo o crono-
grama, permitindo realizar as atividades antecipadamente e reduzir o custo
total do projeto e o prazo final de entrega.
153
Nas grandes empresas, normalmente, os proprietários não estão envolvi-
dos na tomada de decisões, sendo assim, o administrador financeiro tem o papel
de representar o interesse dos sócios. Cabe a esse profissional organizar, captar
e investir os recursos de uma empresa, analisando os demonstrativos contábeis,
acompanhando o volume do estoque e o fluxo de caixa.
Apressar a execução de um projeto pode exigir tecnologias mais caras,
maior quantidade de pessoas, carga horária mais elevada, turnos noturnos com
custos maiores, horas extras, pouco tempo de negociação com fornecedores e
aceitação de custos maiores para o fornecimento. Em alguns casos, sob condições
excepcionais, os ganhos proporcionados pela antecipação da conclusão do projeto
compensam a elevação dos custos correspondentes. Em condições normais para a
execução de um projeto, busca-se a o mínimo custo total.
A prática do planejamento financeiro é fundamental no cenário mercadológico
altamente dinâmico e instável. A criação de um modelo de planejamento corporativo
deve contemplar diversos aspectos, como o comportamento estratégico da organi-
zação frente à prospecção de demandas atuais e futuras. Nesse sentido, as decisões
devem considerar as mudanças e a comunicação interna, pois são elementos de ex-
trema relevância para propiciar a disseminação de informações importantes.
Para que as práticas empresariais obtenham sucesso, uma série de aspec-
tos devem ser observados. As organizações devem prover um ambiente de tra-
balho propício à prática empreendedora e estabelecer mecanismos para que os
colaboradores se sintam mais satisfeitos para gerar produtividade e rentabilidade,
como definir uma rede social institucional para promover o intercâmbio de ideias;
alterar o layout do ambiente de trabalho, com divisórias transparentes, com o in-
tuito de gerar a integração; e criar um espaço dedicado a encontros informais para
facilitar o relacionamento interpessoal.
O posicionamento da empresa consiste em proporcionar que o colaborador
consiga desenvolver e implementar novas ideias na empresa em que trabalha, e não
fora dela. Diante do exposto, surge uma questão importante: o posicionamento seria
um modismo corporativo ou chegou para fazer parte da realidade das organizações?
O ambiente externo abrange variáveis que fogem do controle dos gestores.
Segundo Kotler e Armstrong (2015), pode ser subdividido em ambiente contextual
e ambiente operacional. Já o ambiente interno é definido como um conjunto de
elementos que constituem as características peculiares à empresa.
São exemplos: a sua cultura organizacional, os seus colaboradores, a estrutu-
ra organizacional, a capacidade produtiva de que a empresa dispõe, suas instalações
físicas, dentre outros. Perceba que todos esses exemplos estão sob o controle da
empresa, pois foram determinados por ela, entretanto, a definição dos componentes
do ambiente interno sofre bastante influência do ambiente externo à organização, ou
seja, de seus fornecedores, de seus concorrentes, da legislação que vigora.
154
O mapeamento ambiental, por exemplo, é uma ação complexa por contemplar
elementos que são conhecidos e desconhecidos pela organização, ou seja, tanto do
seu ambiente interno quanto do seu ambiente externo. O ambiente contextual con-
templa macrotendências gerais que são independentes da organização, influencian-
do-a indiretamente. Já o ambiente operacional é aquele que influencia diretamente
na organização, restrito à esfera de atuação, por exemplo, clientes e fornecedores.
155
Somada aos fatores descritos, a mudança de hábito dos consumidores tem
contribuído para a criação de novos mercados. Nesse cenário, o planejamento tor-
na-se essencial nas organizações e contribui para a coordenação do projeto, dessa
maneira atua dentro das organizações, que devem prover um ambiente de trabalho
propício à prática empresarial e estabelecer mecanismos para que os colaborado-
res se sintam mais satisfeitos para gerar produtividade e rentabilidade.
É necessário que se identifiquem potenciais oportunidades de negócios e
que as organizações estejam abertas a novas ideias, estimulando sua equipe a ino-
var e buscar soluções para os novos problemas que surgem com esses mercados
inovadores. O desenvolvimento de novo produto ou serviço é um tipo de coorde-
nação que envolve mais de uma área da empresa por demandar conhecimento
multidisciplinar. É o que atribui maior status e notoriedade, embora o tempo de
retorno seja de longo prazo.
É possível afirmar que o desenvolvimento de um produto ou serviço ocorre
com menos incidência quando o risco envolvido for alto, bem como quando o in-
vestimento demandado também for alto. O retorno é incerto, pois o valor agregado
à inovação ainda é desconhecido. Ou seja, trata-se de uma “aposta”, a chance de
aceitação no nível estratégico tende a ser baixo. Esse tipo de coordenação cos-
tuma ser conduzido por uma área específica na empresa, por exemplo, a área de
pesquisa e desenvolvimento.
Para melhor entendimento, imagine a criação de um automóvel movido à
energia elétrica. Sua elaboração envolve técnicas e análises das áreas de engenha-
ria, de qualidade, financeira, marketing, dentre outros. Cabem também decisões
quanto ao nível de investimento envolvido, tecnologia a ser adotada, funcionalida-
de do produto, formas de divulgação e comercialização, pontos de abastecimento,
por exemplo. Uma diversidade de tarefas e tomadas de decisões que podem durar
anos para que o idealizado se torne uma realidade.
157
A livre iniciativa e a função social, por meio dos empresários, têm influên-
cia direta no desempenho das atividades empresariais. Afinal, incentivam o em-
preendedor a direcionar suas ações para a produção, a comercialização de bens
ou a prestação de serviços. Tudo com o objetivo de movimentar a cadeia produ-
tiva e a situação econômica de um país, bem como de promover ações que re-
sultem no bem-estar das pessoas por meio de melhores ambientes de trabalho e
melhores remunerações.
NOTA
Observar os princípios fundamentais da ordem econômica favorece o forta-
lecimento e a sustentabilidade da organização no seu ambiente interno ou
externo. Como você pode imaginar, o ideal é que sociedade e empresa traba-
lhem alinhadas e com os mesmos objetivos.
158
Figura 20 – Acordos mercadológicos
159
Esses atributos podem ser: participação de mercado em vendas; diferen-
ciais e benefícios do produto/serviço para o consumidor; canais de venda utiliza-
dos; preço; qualidade do produto; performance; localização; tempo de entrega; mé-
todos de distribuição; eficácia da publicidade; garantias; capacidade de produção
e atendimento do mercado consumidor; organização interna da empresa (como a
saúde financeira); qualidade e competência dos funcionários; métodos gerenciais;
métodos de produção etc.
A partir disso, é possível que surjam alguns questionamentos, por exemplo:
como identificar as oportunidades e as ameaças? E os pontos fortes e fracos? A
análise de oportunidades já foi bastante discutida, mas existe uma forma prática de
se relacionar as oportunidades e as ameaças que o ambiente reserva ao negócio.
Para analisar as oportunidades e as ameaças, é importante procurar conhecer
os cenários de ordem macroambiental (econômicos, demográficos, socioculturais,
tecnológicos, político-jurídicos), bem como os fatores microambientais (fornecedo-
res, concorrentes, consumidores, canais de distribuição) que influenciam diretamen-
te a organização. Após a seleção, pode-se organizar os dados de forma que auxiliará
“[...] a empresa a identificar e monitorar as tendências que afetarão o negócio e as
oportunidades e ameaças associadas a cada uma” (TERRA, 2017, p. 25).
Ao analisar o negócio e os concorrentes, utilizando a estrutura SWOT, ou seja,
forças, oportunidades, fraquezas e ameaças que desenvolvem um controle interno
dentro das rotinas empresariais, pode-se iniciar a criação de uma estratégia que
auxilia na distinção dos concorrentes, para que se obtenha êxito no mercado. As-
sim, para identificar quais são os competidores principais e para obter informações
a respeito deles, pode-se buscar conhecer os fornecedores e os distribuidores em
comum, bem como os clientes. Além disso, realizar uma análise das possibilidades
de surgirem novos concorrentes e os riscos de aparecerem competidores bem es-
truturados e observar que estratégia ou alternativa estabelecerá para superá-los.
160
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
Profissionais e acadêmicos da área de marketing, cada vez mais, são impe-
lidos a demonstrarem de maneira prática os impactos das ações de marketing no
resultado das empresas (REIBSTEIN et al. 2009; STEWART, 2009). Para Katsikeas
et al. (2016), uma questão central ao marketing é o seu papel em explicar a perfor-
mance da empresa. Nessa linha, Srinivasan e Hanssens (2009) acreditam que os
profissionais e pesquisadores da área estão diante de um maior clamor para comu-
nicar o valor criado aos acionistas a partir de suas ações e políticas. Desse modo,
nota-se uma aproximação da pesquisa em marketing com a pesquisa em finanças
(HYMAN; MATHUR, 2005), a partir da perspectiva proposta por Hanssens, Rust e
Srivastava (2009), de que as atividades exercidas pelo marketing devem contribuir
para o aumento do valor da firma. Propaganda e comunicação são áreas do mar-
keting que constantemente recebem elevados investimentos dentro das organi-
zações, necessitando assim demonstrar sua contribuição para maior performance
da empresa (FRENNEA; HAN; MITTAL, 2019; SHIMP; ANDREWS, 2012). Ainda que
empresas que invistam mais em propaganda apresentem melhor performance6
(JOHNSON; SOENES, 2003), pesquisas começam a apontar para um efeito teto em
que o investimento além do necessário em propaganda, pode gerar ineficiência
por parte das empresas (CHEONG; GREGORIO; KIM, 2014). Ainda de acordo com os
autores, este fenômeno de ineficiência no investimento em propaganda está evo-
luindo ao longo dos anos.
A partir disso, o estudo de propaganda e seus efeitos têm recebido maior
atenção na academia. Em editorial no International Journal of Advertsing: The Re-
view of Marketing Communications, Taylor (2010) enfatiza a necessidade de pes-
quisas que tratem do retorno de investimento em programas de comunicação inte-
grada de marketing. Mais recentemente, em 2017, o European Journal of Marketing
dedicou uma edição inteira ao debate da comunicação integrada de marketing.
161
Kitchen (2017, p. 394) aponta para uma evolução da comunicação integrada
de marketing e que “medir o retorno do investimento se tornou mais direto, a partir
dos telefones celulares, e mais complexos, já que muitos outros canais de mídia
se proliferam”. O estudo do impacto da propaganda nos resultados empresariais é,
portanto, de extrema importância prática e de notável interesse acadêmico.
Apesar da relevância do tema e do crescimento do interesse no tópico, é
importante observar que a relação entre investimento em propaganda e o valor
da firma, apresenta algumas lacunas. De acordo com Shah e Akbar (2008), os es-
tudos relacionados à investimento em propaganda e o valor da firma apresentam
resultados divergentes. De fato, enquanto alguns autores apresentam resultados
positivos na relação entre o investimento em propaganda e o valor da firma (JOSHI;
HANSSENS, 2010), outros apontam que o aumento de investimentos em determi-
nadas ferramentas de comunicação leva ao declínio de eficácia de outras (SRIDHAR
et al. 2016). Há também casos em que a relação entre investimento em propaganda
e o valor da firma não é observada (TULI; MUKHERJEE; DEKIMPE, 2017). A partir
disso, se faz relevante um melhor e mais aprofundado entendimento da relação
entre o investimento em comunicação de marketing e o valor da firma. Assim, uma
revisão sistemática acerca da relação entre investimento em propaganda e o valor
da firma foi conduzida, a fim de congregar os esforços acadêmicos feitos sobre o
tópico e sedimentar as posições proeminentes entre os autores da área.
Este artigo contribui de maneira significativa para a literatura existente.
Primeiro, por meio da utilização de uma revisão sistemática baseada no trabalho
de Wolfswinkel, Furtmueller e Wilderom (2011), foi possível avaliar os resultados da
propaganda obtidos em diferentes categorias temáticas (i.e. investimento em pro-
paganda, competição). Segundo, avalia o efeito dos investimentos em propaganda
sob diferentes métricas de valor da firma (i.e. Q de Tobin, retorno de ações). Terceiro,
atualiza e dá continuidade aos esforços de Shah e Akbar (2008). Até o momento,
pesquisas que avaliam retorno de investimento em propaganda no valor da firma
limitaram-se ao período de 1964-2004. Ao considerar um período mais recente da
publicação dos artigos (de 1997 a 2019), este artigo avalia também a comunicação
moderna, impactada e alterada devido aos avanços tecnológicos dos últimos 15
anos. Todos estes esforços vão ao encontro de Palmatier, Houston e Hulland (2018),
que acreditam que artigos de revisão podem ser úteis ao progresso científico do
marketing. Por fim, este artigo oferece uma quarta e última contribuição, ao propor
uma agenda de pesquisa orientando esforços de pesquisadores da área sobre fu-
turos caminhos a serem seguidos. [...]
Fonte: FRIO, R. S. et al. REAd, Porto Alegre, v. 25, n. 3, p. 177-202, set./dez. 2019.
Disponível em: https://bit.ly/3q3my5z. Acesso em: 2 set. 2022.
162
RESUMO DO TÓPICO 3
163
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Marketing pessoal.
b. ( ) Rede de contatos.
c. ( ) Recursos pessoais.
d. ( ) Network.
164
mandas atuais e futuras. Nesse sentido, as decisões devem estar atentas
às mudanças e à comunicação interna, pois são elementos de extrema
relevância para propiciar a disseminação de informações importantes.
Para que as práticas empresariais obtenham sucesso, uma série de as-
pectos devem ser observados. De acordo com as práticas empresariais,
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V– V.
165
REFERÊNCIAS
166