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Autor
André de Faria Thomáz
Indaial – 2022
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2022
Elaboração:
André de Faria Thomáz
DEFININDO AS
ESTRATÉGIAS DE
MÍDIAS SOCIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender o que é uma estratégia profissional em relação às mídias sociais;
• interpretar sobre a tomada de decisão em relação às mídias sociais.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – O QUE É MARKETING
TÓPICO 2 – PLANOS E ETAPAS DO MARKETING
TÓPICO 3 - TOMADA DE DECISÃO
TÓPICO 1
DEFININDO OS
OBJETIVOS
1 O QUE É MARKETING
Você sabia que o marketing pode ser mais familiar do que se imagina? Dia-
riamente, você realiza ações de marketing sem perceber. Estar presente em uma
sala de aula de um curso que você pagou, trocar favores, como realizar uma tarefa
para ganhar algo, comprar roupas na sua loja preferida, ou almoçar em um restau-
rante próximo ao seu trabalho, são formas que nos apresentam que o marketing
pode atuar em várias áreas e rotinas de nosso dia a dia.
E caso você pretenda vender algumas roupas que não utiliza mais em um
site de vendas on-line, por exemplo, estará agindo como vendedor. Essa também
será uma atividade que abrangerá o marketing.
FIGURA 1 - MARKETING
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/digitando-computador-homem-849806/>.
Acesso em: 8 ago. 2022.
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fazer um bom marketing nem sempre será simples. Ainda segundo Antero (2021),
na Roma antiga, marketing era chamado de mercare, apontado como a ação de
comercializar. Muitos autores, como Antero (2021) e Terra (2017), indicam que a
origem do marketing ocorreu em 1900, para expressar a identificação e satisfação
das necessidades humanas e sociais. Mas será que os seres humanos não tinham
necessidades antes dessa época?
Certamente os indivíduos possuíam carências, mas as transações progre-
diram desde os tempos antigos até o momento atual. Assim, o marketing como
campo de estudo surgiu quando a competição entre as organizações se tornou
acirrada. Por meio de pesquisas de mercado, começou-se a conceber hipóteses de
como aproximar os possíveis consumidores e elevar as vendas das organizações. O
conceito de marketing nos tempos antigos referia-se a vender mais, independen-
temente da forma que fosse.
Esse conceito foi gerado no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quan-
do a crise econômica era muito forte e as indústrias americanas precisavam se recu-
perar rapidamente, elevando as suas vendas a qualquer custo. A fim de que não fosse
mais reconhecido como um conjunto de ações para afastar as pessoas, pesquisado-
res começaram a desenvolver e testar procedimentos mais eficientes de marketing.
De acordo com Terra (2017), o estudioso Walter Scott fez uma enorme pes-
quisa a respeito da utilização da psicologia na propaganda, demonstrando como o
estímulo ao comportamento humano esperado leva ao consumo e como se trata
de um instrumento indispensável para as organizações.
Desta forma, a principal característica do planejamento de marketing é o
pensamento voltado para o público-alvo, segundo o qual as organizações neces-
sitam analisar os seus consumidores, produzindo campanhas direcionadas, não
apenas preocupando-se em vender e lucrar. Hoje, muitos indivíduos ainda acre-
ditam que marketing tem o mesmo significado que propaganda ou venda pessoal,
entretanto, trata-se de uma ação muito maior, que abrange diversas atividades.
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FIGURA 2 - CONSUMIDORES
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/pessoas-rede-m%c3%addia-so-
cial-3108154/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
• Era da produção
• Era de vendas
13
IMPORTANTE
Nesta fase o marketing começou a integrar cada fase do negócio. Antes, du-
rante e depois do ciclo de produção de um produto, o marketing deveria estar
presente. O ponto forte passou a ser o consumidor. Entretanto, muitas insti-
tuições perceberam que implantar o marketing nas suas ações não era uma
tarefa muito fácil.
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FIGURA 3 - MERCADO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/mercado-shopping-supermerca-
do-1232944/> Acesso em: 8 ago. 2022.
Podemos verificar que o marketing levou anos para progredir da era da pro-
dução para a era de vendas, e que o conceito do marketing atual se desenvolveu
a partir de 1980, direcionando os seus esforços para satisfazer os consumidores.
Com os novos rumos trilhados pelas empresas, as expectativas a respeito
dos profissionais de marketing também se alteraram.
Os assuntos éticos podem rodear somente o consumidor ou o vendedor;
já no caso da responsabilidade social, deve permear a sociedade como um todo.
Assim, a segurança da comunidade deverá ser reconhecida pelas decisões de mar-
keting de uma empresa.
Alguns pesquisadores (ANTERO, 2021; TERRA, 2017), criaram o concei-
to de marketing societal, que prevê que as instituições necessitam satisfazer as
necessidades dos indivíduos de modo que possibilitem o bem-estar para a socie-
dade. Grandes exemplos são produtos confeccionados por meio da reciclagem
de outros materiais, que apesar de muitas vezes serem mais caros que os da
concorrência, acabam solucionando um problema do meio ambiente e suprindo
as necessidades dos consumidores.
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1.2 ELEMENTOS DO MARKETING
Wolf (2019) diz que a dedicação do marketing atual sensibiliza os indivíduos
e as instituições. Para entender esses esforços, deve-se observar quem comer-
cializa, o que é comercializado, quem compra e usa o que é comercializado, quem
se beneficia dessas atividades de marketing e como se beneficia, sendo que seu
principal elemento é a divulgação, pois, esta atua no espaço mercadológico das
empresas para aumentar as negociações comerciais.
Quem comercializa? Independentemente do ramo da empresa, todas vão
comercializar um bem ou serviço. Poderão ser fabricantes, prestadoras de serviço
ou do varejo: todos vão vender as suas ofertas. São diversos os tipos de marketing
populares. Instituições sem fins lucrativos também se empenham em desenvolver
atividades de marketing. Você já deve ter notado inclusive que sua cidade, estado
ou país, utilizam esforços presentes no marketing para trazer turistas, atrações,
shows, convenções, oportunizando mais empregos para a população, além de in-
vestimentos. Eventos ou motivos especiais utilizam o marketing para comunicar e
influenciar os seus potenciais consumidores.
Essas ações de marketing incluem desde ações governamentais para com-
bater o tabagismo, por exemplo, até campanhas de empresas privadas a favor de
causas sociais, como alfabetização. Muitas pessoas aplicam as estratégias do mar-
keting para alcançar atenção e preferência quando estão concorrendo a cargos
políticos. O que é comercializado? Você sabia que até ideias podem ser comer-
cializadas? Assim como as pessoas, as instituições também adquirem produtos e
serviços comercializados.
Os clientes finais são os indivíduos que utilizam os itens e serviços comprados.
Já os compradores organizacionais são os atacadistas, fabricantes, órgãos governa-
mentais que adquirem produtos e serviços para seu próprio uso ou para revenda.
Quem se beneficia? Um bom marketing poderá proporcionar várias vantagens para
os três grandes grupos presentes em nossa sociedade: os consumidores (que adqui-
rem), as empresas (que vendem) e a sociedade em geral. A concorrência proporciona
aos indivíduos a possibilidade de escolha entre diversos produtos e serviços.
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FIGURA 4 - VALORES AGREGADOS
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/cliente-como-ded%c3%a3o-alto-bai-
xa-3864809/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
Desta forma, verificamos que a utilidade de tempo será o valor gerado para
os indivíduos quando eles conseguem adquirir aquilo que desejam no momento em
que acham necessário. Já a utilidade de forma será gerada a partir da produção
ou da alteração de um item ou serviço. Por fim, a utilidade de prosperidade se trata
do valor para as pessoas em relação a terem um ótimo serviço ou produto, tendo
facilidade em adquiri-lo e utilizá-lo.
2 MARKETING ESTRATÉGICO
Cada vez mais as empresas precisam refletir sobre como operar em am-
bientes mutáveis e competitivos, visto que o cenário atual exige inovação, cria-
tividade e capacidade de adaptação. Nesse sentido, o planejamento estratégico
de marketing (PEM) viabiliza o alinhamento entre objetivos, habilidades, recursos
da organização e oportunidades provenientes de um mercado volátil. Neste tópico
você aprenderá sobre o planejamento de marketing, bem como identificará os seus
principais pontos. Além disso, desenvolverá modelos de planejamento de marke-
ting para diferentes tipos de empresa.
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FIGURA 5 - MARKETING ESTRATÉGICO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/grupo-alvo-propaganda-grupo-fo-
cal-3460039/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
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Independentemente do modelo usado para desenvolvê-lo, uma boa estru-
tura de plano deve ser:
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RESUMO DO TÓPICO 1
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AUTOATIVIDADE
De acordo com o que foi estudado sobre planos de marketing e suas fun-
ções em relação aos conteúdos e mídias, analise as sentenças a seguir :
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3. Os novos vendedores chegam até elas por meio de outros vendedores
e, podemos dizer, igualmente, pelas campanhas veiculadas on-line, em
sites, blogs e redes sociais, e off-line, em catálogos, panfletos e outras
mídias impressas. Sendo assim, a base da comunicação e a forma de per-
suasão seguem um padrão, fixado durante os encontros, e os materiais
ficam disponíveis para todos, assim como amostras, brindes e tudo o que
estiver ligado ao marketing da empresa. De acordo com o estudado sobre
planejamento integrado, classifique em V para as sentenças verdadeiras
e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – F – V.
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TÓPICO 2
PLANOS E ETAPAS
DO MARKETING
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 2 abordaremos o planejamento de marketing, que
envolve o uso de diversos modelos e métodos. Algumas empresas, inclusive, de-
senvolvem seus próprios modelos e métodos. O planejamento de marketing deve
ser adaptado para cada tipo de organização. Portanto, os modelos e métodos
apresentados a seguir devem ser entendidos como instrumentos de apoio na for-
mulação do planejamento de marketing, e não como um modelo único e fechado.
Independentemente do modelo que será utilizado, o primeiro ponto do processo de
planejamento de marketing consiste na análise do ambiente externo e do ambiente
interno da empresa, às vezes chamada análise da situação.
FIGURA 6 - PLANEJAMENTO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/devops-o-neg%c3%b3cio-3155972/>.
Acesso em: 8 ago. 2022.
2 PLANOS
De acordo com Gonzalez e Woods (2010), a análise de SWOT (Strengths,
Weaknesses, Opportunities and Threats, que pode ser traduzida como Forças, Fra-
quezas, Oportunidades e Ameaças), é muito utilizada por ser uma estrutura sim-
ples para organizar e avaliar a posição estratégica de uma empresa. Entretanto,
como qualquer outra ferramenta, pode ser mal utilizada se as pesquisas não forem
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efetuadas corretamente. Um erro comum é não separar as questões internas das
externas. Oportunidades e ameaças são questões externas, pois ocorrem indepen-
dentemente das ações da empresa. Já as forças e fraquezas são questões internas
da empresa, ou seja, a empresa tem o poder de intervir diretamente.
FIGURA 7 - SWOT
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/conselho-giz-foda-planejamen-
to-4874749/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
INTERESSANTE
Também é relevante analisar o desempenho geral do setor. Além disso, o res-
ponsável pelo marketing deve rever o nível atual e o previsto para as ações de
marketing. Essa avaliação inclui uma análise dos recursos humanos, financei-
ros e materiais disponíveis para o marketing.
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Assim, percebemos que o problema não é o número de trabalhadores inex-
perientes, mas o conjunto de habilidades que cada um possui em relação ao tra-
balho. Com a velocidade com que ocorrem as mudanças tecnológicas, os profis-
sionais precisam estar em constante processo de atualização, para que possam
se adaptar às novas tecnologias. Os profissionais do século XXI precisam também
possuir um conjunto de habilidades relacionadas à empatia, ou seja, colocar-se no
lugar do outro. Os responsáveis pelo marketing devem avaliar as questões culturais
e estruturais que podem afetar as atividades do marketing. É comum, em muitas
empresas, a falta de entendimento entre os setores de marketing e produção.
Por um lado, o marketing estrutura ações que visam o maior nível possível
de vendas. Por outro lado, a produção muitas vezes não consegue acompanhar o
volume de vendas repentino. Cabe então ao responsável pelo marketing estruturar
ações de forma integrada com todos os setores da empresa. De nada adianta ter
uma fila de clientes que desejam adquirir seu produto se não há estoque suficiente
para atender a essa demanda. Outro ponto importante nesse aspecto envolve a
cultura interna da empresa. Em algumas organizações, o marketing não ocupa uma
posição de relevância na estrutura organizacional. Tal situação pode gerar dificul-
dades para captar recursos para as ações de marketing.
A cultura interna também se refere à postura de comportamento das pes-
soas que trabalham na empresa. O gerente financeiro, por exemplo, pode ter difi-
culdade para lidar com o gerente de marketing por achar que gastos com marketing
são desnecessários. Outras questões culturais são o envolvimento dos funcioná-
rios com a empresa, fatores motivacionais, organizacionais, ênfase de ações a cur-
to, médio e longo prazo. A empresa deve desenvolver um mix de marketing inte-
grado, composto de fatores sob seu controle — produto, preço, praça e promoção
(os quatro Ps). Para desenvolver o mix de marketing mais adequado, a empresa
deve se engajar na análise, no planejamento, na implementação e no controle de
marketing, pois, por meio dessas atividades, ela observa e se adapta às forças do
ambiente (ANTERO, 2021).
Além disso, deve-se elaborar a estratégia do produto. De todas as decisões
estratégicas a serem tomadas no planejamento de marketing, o design, o desenvol-
vimento e o posicionamento do produto são talvez as mais importantes. No cerne de
toda empresa há um ou mais produtos/serviços que definem o que ela faz e por que
existe. Uma das mais importantes decisões relacionadas à estratégia de produto é
a que trata do lançamento de novos produtos, pois o seu sucesso depende de sua
adequação às forças da empresa e de uma oportunidade observada no mercado.
As empresas podem planejar suas ações de marketing para posicionar a
imagem de uma oferta de produto na mente do mercado-alvo. Para criar uma ima-
gem positiva para um produto, a empresa pode escolher uma entre várias estra-
tégias de posicionamento, tais como fortalecer a posição atual, reposicionar-se ou
tentar reposicionar a concorrência, descritas a seguir:
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• fortalecer a posição atual: elevar constantemente as expectativas
do consumidor e ser percebida como a única empresa capaz de ocupar
esse espaço;
• reposicionar-se: muitas vezes, a diminuição nas vendas ou na partici-
pação do mercado pode sinalizar que os produtos não atendem mais à
necessidade dos clientes. Nesse caso, reposicionar-se pode ser a única
solução. O reposicionamento pode envolver uma mudança fundamen-
tal em qualquer um dos compostos de marketing ou em todos eles. Por
exemplo, a Cadillac precisou reposicionar a marca para atender a um
público mais jovem. Para tal, seus recentes programas de marketing
têm focado em design e tecnologia, a fim de conquistar o novo público
(ANTERO, 2021);
• reposicionar a concorrência: em determinados casos, é melhor ten-
tar reposicionar a concorrência em vez de alterar a própria posição.
Uma ação direta sobre a força do concorrente pode colocar seus pro-
dutos sob uma posição menos favorável ou mesmo forçá-lo a mudar
sua estratégia de posicionamento. Por exemplo, a Ulker, uma grande
empresa da Turquia, contratou o ator norte-americano Chevy Chase
para promover seu novo refrigerante, a Cola Turka. Os anúncios foram
elaborados para reposicionar as concorrentes, Coca-Cola e Pepsi, como
“americanos”, em vez de refrigerantes.
IMPORTANTE
O microambiente e o macroambiente também podem afetar o surgimento de
novos mercados. O fenômeno da evolução dos mercados é comum à grande
maioria dos produtos e serviços, embora os padrões específicos não sejam
facilmente determináveis.
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Tais mudanças podem ser lentas e graduais e refletir as tendências de longo
prazo, ou podem ser rápidas, exigindo da empresa uma rápida capacidade de res-
posta (TERRA, 2017). De acordo com Wolf (2019, p. 96-97):
O modelo CVP considera que a vida dos produtos/serviços no mercado
não é eterna, e que eles têm uma trajetória similar a dos seres vivos:
nascem, crescem, amadurecem e morrem, de acordo com os estágios:
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Quem são os consumidores atuais e potenciais? Responder sobre o “quem”
exige conhecimento das características principais do público-alvo. Isso inclui dados
geográficos (região onde moram), demográficos (faixa etária, sexo, escolaridade,
renda, escolaridade) e psicográficos (comportamento, religião, motivação, opinião).
A análise também deve identificar se o mercado-alvo poderá ser conquista-
do. Ou seja, deve-se analisar as ações que podem gerar novos consumidores. Por
exemplo, muitas empresas estão percebendo o aumento da procura por alimen-
tação saudável. Pensando nisso, o McDonald’s inseriu em seu cardápio opções de
lanches com suco de frutas, iogurte e salada. A Adidas, com sede na Alemanha,
investiu mais de 100 milhões de dólares para ser a patrocinadora oficial de calçados
das Olimpíadas de Pequim, em 2008, com foco em aumentar a visualização de sua
marca e aumentar suas vendas (MARTINO, 2015).
O que os consumidores fazem com nossos produtos? Aqui, o responsável
pelo marketing deve analisar a quantidade de consumo dos produtos, as particula-
ridades entre pequenos e grandes usuários e o que eles fazem com a embalagem
do produto após o consumo. Onde os consumidores compram nossos produtos?
Até poucos anos atrás, a distribuição era feita por meio de canais físicos, tais como
atacadistas e varejistas. Hoje em dia, além dos meios de distribuição tradicionais,
observa-se o varejo sem loja física — que inclui meios digitais, quiosques eletrôni-
cos, merchandising e televisão interativa.
A indústria musical, por exemplo, tem deixado de vender álbuns físicos (CD,
DVD), passando a comercializar o serviço de streaming. Isso permite que os artistas
diminuam o tempo de lançamento de uma canção, já que agora não são obrigados
a criar um álbum com 10 faixas, por exemplo. Quando os consumidores compram
nossos produtos? Em que momento ou período específico os consumidores com-
pram os produtos? Por exemplo, deve-se analisar se a compra e o consumo dos
produtos ocorrem de forma sazonal ou se variam de acordo com o ambiente.
ATENÇÃO
Por que os consumidores escolhem nossos produtos? É a identificação do aten-
dimento das necessidades básicas oferecidas pelo produto aos consumidores.
Essa pergunta é importante, pois os consumidores podem comprar produtos
para atender necessidades que a empresa não havia pensado inicialmente.
O sal, por exemplo, além de ser utilizado para temperar a comida, também
é utilizado para evitar que as roupas escuras desbotem na lavagem. A resposta
também pode ajudar a identificar as necessidades não satisfeitas. Embora possam
existir muitas razões para que o público-alvo não compre os produtos de uma de-
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terminada empresa, alguns motivos podem ser: existem alternativas melhores e
mais baratas; o preço do produto não é compatível com o público-alvo; o público-
-alvo desconhece o produto; problemas com canais de distribuição.
Quando se identifica os motivos pela não compra, deve-se estruturar ações
para transformar o público-alvo em consumidores. Embora a conversão nem sem-
pre seja possível, as informações encontradas podem ajudar a identificar e selecio-
nar públicos-alvo específicos para uma estratégia de marketing revisada.
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INTERESSANTE
A partir da Lei Seca, as pessoas mudaram seus hábitos, utilizando o transporte
público, a carona ou o transporte privado para sair. Se, por um lado, muitas em-
presas (bares, restaurantes, casas de eventos) viram seus negócios ameaçados,
outros setores, como o de transporte, se beneficiaram com a nova legislação.
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2.2 ORÇAMENTO E DEFINIÇÃO DE MÉTRICAS
O responsável pelo marketing precisa definir, com antecedência, quanto
deseja gastar nas suas ações prioritárias.
Com o orçamento definido, garantirá que a empresa não ultrapasse os in-
vestimentos e acabe gerando prejuízos. Além disso, é necessário estabelecer pra-
zos de duração para todas as ações e o custo estimado de cada uma delas, além
dos responsáveis por cada atividade. Para controlar a eficácia do plano de marke-
ting, é preciso ter metas bem definidas e indicadores-chave de desempenho (Key
Performance Indicator – KPI).
Dessa maneira, conforme Junio e Azevedo (2015), podemos citar alguns cus-
tos relacionados por leads dentro de suas manifestações para controle das mídias:
• Ticket médio: essa métrica refere-se à média do valor que os clientes
gastam por compra. Para obter o ticket médio, divide-se toda a receita
adquirida em vendas durante um intervalo de tempo pelo número de pe-
didos realizados nesse período.
3 MARKETING ESTRATÉGICO
Dentro de qualquer organização empresarial atualmente, a área de marke-
ting tem papel fundamental na geração de valor, vantagem competitiva e lucro.
Para isso, trabalha considerando os famosos quatro Ps — produto, preço, praça e
promoção —, desenvolvendo planos e estratégias para alcançar com assertivida-
de e eficiência cada vez mais clientes. Neste capítulo, você vai aprender sobre as
funções do marketing e seu impacto como estratégia competitiva. Além disso, ve-
remos os objetivos que o marketing oferta para as organizações, agregando valor e
construindo um melhor relacionamento com os clientes, e, por fim, a segmentação
de mercados para facilitar as atividades do marketing.
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FIGURA 8 - MARKETING ESTRATÉGICO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/com%c3%a9rcio-eletr%c3%b4nico-on-
-line-shopping-3563183/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
1. análise;
2. planejamento;
3. execução;
4. controle.
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FIGURA 9 - CRIAÇÃO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/id%c3%a9ia-plano-a%c3%a7ao-suces-
so-conceito-1855598/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
Uma empresa deve ter sua missão bem definida, pois ela norteará os objeti-
vos tanto da empresa quanto do marketing, que são estabelecidos para atenderem
essa missão (MARTINO, 2015). As metas, por sua vez, farão com que os objetivos
sejam alcançados de forma prática.
Se aumentar os pontos de venda da empresa é um objetivo, aumentar em
30% os pontos de venda é uma meta. As ações de marketing buscam comunicar-se
com o mercado, melhorar a identidade de uma marca e posicionar as organizações
da melhor forma possível, de modo que elas se comuniquem de maneira assertiva
e coesa com seu público-alvo e com o mercado no qual estão inseridas.
O marketing, segundo Ferrel e Hartline (2006), tem dois objetivos principais:
colocar no mercado ofertas que agreguem valor ao cliente (gerar valor), e cons-
truir um bom relacionamento com os consumidores. Logo, fica claro que é crucial
gerar valor para que se possa conquistar novos e possíveis clientes, assim como
tecer um bom relacionamento com os clientes atuais, ofertando uma experiência
de compra favorável e satisfatória.
O investimento na gestão do relacionamento com o cliente (CRM, do inglês
Customer Relationship Management) tem sido utilizado em muitas organizações
para a construção de um bom relacionamento com os consumidores. O CRM busca
gerar valor para o cliente, criando um relacionamento benéfico para ambos, tanto
para a empresa que lucra quanto para o consumidor, que usufrui do valor e da sa-
tisfação adquiridos (TERRA, 2017).
É provável que você já tenha passado por situações como receber uma li-
gação da empresa após realizar uma compra, depois de se cadastrar em uma loja
passar a receber e-mails com informações ou promoções, ou sempre que chega a
época de fazer a revisão do seu veículo você receber um lembrete, seja por inter-
net, mensagem ou ligação, ou, ainda, ganhar um cartão de fidelidade com o qual,
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a partir de uma quantidade determinada de compras, tem direito a um brinde. Se
você já vivenciou alguma dessas situações, deparou-se com uma empresa traba-
lhando seu CRM e buscando ter um bom relacionamento com o público.
É crucial para o marketing distinguir quais são as necessidades do consumi-
dor e buscar formas inovadoras e diferenciadas para saná-las. A intenção é que haja
uma troca na qual se vende um produto com o qual o consumidor terá sua necessi-
dade resolvida frente ao valor agregado que lhe é ofertado (ANTERO, 2021). Segundo
Gonzales e Woods (2010), no marketing, é necessário satisfazer a necessidade de um
determinado público-alvo que a empresa atende em um determinado mercado.
Para tal, é imprescindível conhecer e ter ciência de quais são as necessi-
dades do consumidor e, dessa forma, saná-las da melhor maneira possível. Por
exemplo, para implementar um produto no mercado, é preciso conhecer os gostos
do público-alvo, verificar se esse produto terá boa aceitação e, consequentemente,
se será escoado (vendido) dentro do mercado.
Caso uma organização queira lançar um novo produto, como um calçado
diferente, um tênis mais arrojado para os amantes de corrida, é extremamente re-
levante que conheça o público que gosta de correr, como ele gostaria de ter suas
necessidades sanadas e seus desejos atendidos. A intenção, desse modo, é que o
produto seja lançado de acordo com os desejos do público-alvo, gerando e agre-
gando valor para os clientes e, consequentemente, lucro para as organizações.
Portanto, os grandes objetivos do marketing são, resumidamente, gerar valor e
conquistar um bom relacionamento com seus clientes.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/desenvolvimento-de-software-4165307/>.
Acesso em: 8 ago. 2022.
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Para isso, o marketing trabalha nessa comunicação com o mercado, geran-
do valor para novos clientes e mantendo um bom relacionamento com aqueles que
já possui. Dessa forma, todos saem ganhando: o consumidor tem suas necessida-
des sanadas e a empresa consegue alavancar as vendas, ter um bom posiciona-
mento de sua marca no mercado e, por conseguinte, lucrar.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/banner-cabe%c3%a7alho-monitor-ca-
be%c3%a7a-935470/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
• comportamental;
• demográfica;
• psicográfica;
• geográfica.
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A segmentação comportamental aborda um benefício trazido pela aquisi-
ção do produto em situações em que os hábitos comportamentais são colocados
à frente, como a compra de um produto pelo benefício que oferta, um momento de
sensibilidade (uma data especial), um preço diferenciado (status).
IMPORTANTE
A segmentação demográfica denota um público que engloba características
como idade, renda, sexo, profissão e nível de escolaridade, por exemplo. A
segmentação psicográfica abarca um público que busca um estilo de vida e
hábitos diferenciados.
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O marketing para esses grupos valoriza os benefícios da mudança de há-
bitos e maior qualidade de vida. A segmentação geográfica engloba consumidores
que possuem um perfil de compra em um ambiente com mais ou menos pessoas,
nos quais as organizações podem, ou não, concentrar suas vendas ou investir em
marketing em outras localidades.
O marketing, nesse contexto, considera variações culturais e regionais fren-
te aos aspectos geográficos de cada região. Portanto, podemos verificar a impor-
tância dos objetivos de marketing para a estratégia de uma organização, suas fun-
ções na gestão do marketing e do mix de marketing, vendo o quanto os segmentos
de mercado podem favorecer e direcionar o marketing de uma organização para
que ele seja assertivo (ANTERO, 2021).
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RESUMO DO TÓPICO 2
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AUTOATIVIDADE
Com base no que foi estudado assinale a alternativa CORRETA que com-
pleta o conceito acima:
a. Crise econômica.
b. Cultura interna.
c. Público alvo.
d. Planejamento estratégico.
39
3. A popularização da internet rompeu barreiras de tempo e espaço entre
os indivíduos, revolucionando a forma como as pessoas se comunicam,
buscam e disseminam informação. Isso permitiu que novos produtores
de conteúdo ganhassem vez e voz, por meio das mídias sociais, e aumen-
tou as possibilidades virtuais. Assim, influenciar digitalmente um nicho se
tornou uma das profissões mais bem remuneradas atualmente.
De acordo as fases dos processos de marketing, classifique em V para as
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Análise das situações de atuação de marketing.
( ) Planejamento dos processos de marketing.
( ) Execução e controle dos processos em relação às ações de marketing.
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – V.
40
TÓPICO 3
TOMADA DE
DECISÃO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 3 veremos que que sob toda ação ou planejamento
de marketing existe uma análise sobre a forma de atuação das ações, denominada
como tomada de decisão, que se moldam a partir das estratégias mais tradicionais
de marketing, para se adaptarem à realidade atual, onde o contexto digital é funda-
mental e o engajamento social se faz presente em todas as estratégias de comuni-
cação das empresas, as quais usam essa forma de gerir e se comunicar com seus
públicos ou consumidores.
No que diz respeito ao marketing de relacionamento desenvolvido na atua-
lidade, articulam-se estratégias, usando grandes bancos de dados (big data) que
possibilitam informações precisas para ofertas, as quais potencializam a relação
entre empresas e consumidores, desenvolvendo a possibilidade de ampliar a fide-
lização dos clientes.
2 O PROFISSIONAL DE MARKETING
Uma das questões fundamentais do marketing é a conectividade que a priori
gera tomada de decisão sobre os planejamentos e assim possibilita o acesso amplo
à informação, que vem de diversas fontes e promove o papel ativo dos clientes,
fazendo com que sua voz possa ser ouvida. A conectividade foi potencializada pelo
acesso aos dispositivos móveis, principalmente os smartphones, que representam
grande parte do tráfego de informação na internet. Isso faz com que se modifiquem
as formas de comunicação e de distribuição dos produtos, além de transformar as
estratégias de preços, que podem ser facilmente comparáveis com a concorrência
na internet; além disso, pode-se fazer ofertas e promoções específicas, conforme
for o nível de relacionamento com os clientes.
A conexão entre comunidades, entre empresas e seus consumidores, e o au-
mento da relação entre organizações, que criam parcerias e amplificam mutuamente
sua atuação no mercado, foram dilatadas pela ampliação da conectividade, que se
associa não só às tecnologias digitais, mas aos novos modos de se relacionar.
41
Conforme Terra (2017), é comum que as empresas contratem profissionais
a partir do conhecimento que eles têm, e não apenas pela sua especialização na
área. Com o crescimento de alguns setores, a busca por profissionais de marketing
tem aumentado em diversas áreas, e essa nova postura dos consumidores levou o
mercado a buscar novas estratégias de aperfeiçoamento para atingir seus objetivos.
De acordo com Terra (2017), a área de marketing é responsável por definir
e executar estratégias que visem conquistar consumidores e acompanhar as ten-
dências do mercado por meio da obtenção de dados sobre o perfil dos consumido-
res. Considera, ainda, os custos envolvidos em todo o processo, desde as ações de
propaganda e divulgação até o valor final do produto. As empresas buscam nesses
profissionais características que servem como diferenciais.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/comece-o-neg%c3%b3cio-pessoas-alu-
nos-849805/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
IMPORTANTE
Cabe ao profissional de marketing fazer o posicionamento da marca da em-
presa em conformidade com a segmentação proposta. É necessário conhe-
cer e entender o mercado em que a empresa está inserida, identificando as
ameaças e as oportunidades para desenvolver ações competitivas e adequa-
das para a promoção desejada pela empresa.
42
De acordo com Antero (2021), os serviços de atendimento ao cliente e co-
municação com o consumidor passam a fazer parte da rotina dos profissionais des-
ta área. Em grandes empresas, o processo decisório muitas vezes fica a cargo dos
profissionais de marketing. Ao formular sua política de vendas, a empresa precisa
analisar questões como o conhecimento do mercado atual e suas possibilidades
de crescimento, a capacidade aquisitiva e a preferência de possíveis clientes, a
determinação dos requisitos que o produto precisa ter, o estudo da concorrência, a
investigação da demanda e a proposta de atuação, questões fundamentais para o
bom desempenho do marketing desenvolvido.
A internet imprime uma velocidade e uma urgência em toda a convivên-
cia humana, e não poderia ser diferente dentro do ambiente mercadológico, onde
clientes não aceitam maiores tempos de espera para serem atendidos ou para re-
ceberem suas mercadorias. Assim, as práticas de marketing de relacionamento se
associam às ferramentas tecnológicas dentro das plataformas, como as de chat,
para agilizar o atendimento e dar respostas mais rápidas.
O novo consumidor também não tolera respostas automatizadas e padroni-
zadas, que não respondem às perguntas de maneira adequada, o que gera falta de
credibilidade, pois os problemas do consumidor não são atendidos, e desta forma
é preciso destacar que os pilares do marketing contribuem para identificar essas
necessidades dos consumidores.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/vectors/mercado-propaganda-seo-n%-
c3%a9on-5000694/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
43
De acordo com Martino (2015), o profissional de marketing tem como prin-
cipal função fazer uso de seus conhecimentos para aumentar as vendas de uma
determinada marca ou empresa. Assim, seu papel é criar estratégias para que
um determinado produto ou serviço se torne mais atraente para o público-alvo,
de modo a atraí-lo. Além disso, esse profissional tem a responsabilidade de tornar
sólido o nome da empresa, fazendo com que os consumidores tenham acesso aos
serviços disponibilizados.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/anal%c3%adtica-gr%c3%a1ficos-marke-
ting-2618277/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
• Marketing estratégico;
• Marketing operacional;
• Marketing digital;
• Endomarketing;
• Marketing de relacionamento;
• Marketing esportivo;
• Marketing político;
• Marketing social;
• Marketing antropológico;
• Marketing cultural;
• Neuromarketing.
44
De acordo com Antero (2021), é possível afirmar que já não temos mais o
poder de escolher nem mesmo aquilo que queremos como conteúdo, pois são os
códigos numéricos que decidem aquilo que vamos consumir. As plataformas digi-
tais são mídias baseadas em códigos, em algoritmos, e o fazem por nós. Mas o que
são algoritmos? Os algoritmos representam um conjunto de rotinas, com passos
definidos, a fim de realizar um ou mais objetivos, capazes realizar determinadas
tarefas com exatidão a partir de códigos. Na prática, isso interfere em nosso dia a
dia como cidadãos e como profissionais de comunicação. Afinal, os algoritmos nos
quais a mídia digital e suas plataformas estão baseadas classificam o que é ou não
relevante. Com base no comportamento de navegação das pessoas, classificam o
que é ou não relevante para cada um.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/o-facebook-424521/>.
Acesso em: 8 ago. 2022.
45
FIGURA 16 - MARKETING DIGITAL
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/palavra-nuvem-tagcloud-nuvem-tex-
to-679951/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
3 TOMADA DE DECISÃO
Na percepção de Antero (2021), a complexidade do século XXI traz questões
importantes para os âmbitos social, econômico, tecnológico e cultural, e desta for-
ma nasce a necessidade de gerar boas tomadas de decisões, como, por exemplo,
a sociedade e os atores sociais moldam e transformam seu ambiente. O marketing,
que é responsável por sustentar as práticas de comercialização e de trocas de mer-
cadorias, sejam elas tangíveis ou intangíveis, e até mesmo ideologias, também se
transforma e espelha a realidade ao seu redor. Assim, temos o chamado marketing
4.0, que representa os valores e as dinâmicas da atualidade. Ele evoluiu não apenas
em relação às tecnologias, mas em relação às questões sociais, tentando respon-
der a essas necessidades.
Como ele está intrinsecamente relacionado ao seu entorno, não apenas re-
flete a sociedade do tempo presente, mas ajuda a constituí-la. Em um primeiro
momento, o marketing tradicional, que podemos denominar como marketing 1.0,
estava centrado no produto, ou seja, tinha o papel de sustentar a comercialização
de produtos que estavam sendo produzidos em escala industrial. Era o momento
da consolidação do sistema capitalista que temos hoje (TERRA, 2017).
46
Portanto, no início das atividades de marketing existe uma realidade em que
poucas empresas disputam o espaço de mercado e desenvolvem ações para que
a população conheça os produtos e serviços, suas características e suas funcio-
nalidades. Ainda nesse contexto, temos uma situação em que a concorrência não
é muito acirrada.
FIGURA 17 - CONECTIVIDADE
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/com%c3%a9rcio-eletr%c3%b4nico-on-li-
ne-3562191/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
47
Além de questões sociais, o marketing 3.0 se caracteriza pelo uso das tecno-
logias digitais. As convergências tecnológicas impactaram profundamente a gestão
de marketing, não apenas na comunicação com seus públicos, mas nas formas de
gerir os negócios (TERRA, 2017). Um exemplo prático de marketing 3.0 são as es-
tratégias utilizadas pela Nestlé, que adaptou suas embalagens e produtos para as
novas demandas da população no que diz respeito à sustentabilidade e hábitos mais
saudáveis. Por sua vez, o marketing 4.0 é um desenvolvimento do marketing 3.0, no
qual o ser humano está no centro das relações com seus valores sociais.
Além disso, a convergência tecnológica é uma característica fundamental
do marketing atualmente. Há três pontos de base para a sustentação do marketing
4.0: a horizontalidade, a inclusão e a sociabilidade (TERRA, 2017). A empresa Mer-
cado Livre criou, em meio à pandemia, diversas ações que tinham como foco os
interesses sociais. Uma dessas ações remetia ao incentivo de consumo consciente,
com uma ampla campanha em prol dessa causa, evidenciando que as pessoas,
mesmo que assustadas com a pandemia da Covid-19, deveriam consumir com res-
ponsabilidade. Também adaptou seu logotipo, deixando-o mais alinhado às orien-
tações sanitárias do momento, trazendo a imagem de dois cotovelos que se tocam
em um cumprimento, em substituição às mãos.
A partir da área de P&D (pesquisa e desenvolvimento) criava-se produtos
que pudessem atender a essa lacuna de mercado. Praça, ou ponto de venda, era
definida por uma questão física, regionalizada, muito conectada a lojas e à distri-
buição pontual de mercadorias e serviços. Portanto, estava muito atrelada à mate-
rialidade dos produtos e dos pontos de vendas.
A precificação, a estratégia de dar preços a produtos e serviços, tinha muita
relação com os custos de produção do produto, com os preços praticados no mer-
cado e com o quanto o público estava disposto a investir naquele produto ou ser-
viço. A promoção, ou seja, as estratégias de comunicação, se davam por meio da
comunicação desenvolvida para ser veiculada nos meios massivos, que poderiam ser
impressos (jornais, revistas, cartazes, flyers, outdoors etc.) ou eletrônicos, rádio e TV.
Outras ferramentas de comunicação também eram utilizadas dentro do
marketing tradicional, como promoções e eventos, feiras e exposições etc. No as-
pecto promocional mais clássico também estão as estratégias de marketing de
relacionamento, que, dentro desse contexto, têm relação com estratégias de fi-
delização dos clientes, com ênfase no serviço ao cliente e foco no valor do cliente.
Contudo, nesse cenário, essas táticas são mais convencionais e pouco amparadas
pelas tecnologias digitais (MARTINO, 2015).
48
Vemos, ainda, que muitas das estratégias do marketing tradicional, mais
convencionais, ainda estão ativas. Isso porque os públicos transitam pelos am-
bientes físicos e digitais, consumindo produtos e serviços e sua comunicação. No
entanto, cada vez mais se faz necessária a adaptação das estratégias para o novo
contexto social, cultural e tecnológico.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/sucesso-estrat%c3%a9gia-o-neg%-
c3%b3cio-2081167/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
49
Até aqui tivemos um panorama sobre a evolução do marketing e suas es-
tratégias. Vimos que as ações mercadológicas se moldam conforme as mudanças
socioculturais, tecnológicas, econômicas e políticas. Assim, pode-se pensar que o
marketing ajuda a constituir uma realidade mercadológica, mas também é moldado
pelo ambiente que o acolhe.
Hoje, isso se modificou bastante, visto que as organizações estão em uma
realidade competitiva diferente, porque empresas de porte menor vêm transfor-
mando de modo radical o mercado. Antigamente, as empresas tinham centros
de pesquisa e desenvolvimento, que consumiam muitos recursos e nem sempre
traziam os resultados esperados para a organização. Hoje, startups desenvolvem
inovações e fazem parcerias ou vendem suas criações para grandes corporações.
Segundo Antero (2021), existe atualmente uma horizontalidade nas empresas, que
não lidam mais com imensos segmentos, a não ser áreas específicas, como o mer-
cado varejista supermercadista.
Com as mudanças causadas pela Covid-19, as instituições definem de modo
mais preciso seus públicos, dividindo-os dentro de um segmento, para atingir
pequenos nichos de mercado. Além disso, a horizontalidade do marketing atual
também pode ser definida pelas relações com os públicos. Antes os consumidores
eram entendidos como meros espectadores da comunicação, que poderiam ser
seduzidos por ela. Hoje, a relação com os consumidores é muito diferente, pois es-
tes não são apenas receptores passivos, mas participam ativamente da construção
da reputação de uma empresa e de suas marcas.
Para se adaptar às necessidades mais virtuais, num contexto pandêmico,
o relacionamento de marketing entre marcas e consumidores assume uma pos-
tura mais horizontal, visto que as marcas se tornam cada vez mais humanizadas e
personificadas e os públicos são considerados parceiros das empresas. Eles cons-
troem em conjunto com as instituições a comunicação e, em alguns casos, até
mesmo participam da criação de produtos (cocriação).
A empresa Natura é um bom exemplo quando se fala em projetos de cocria-
ção. Desde 2013 a instituição vem implementando ações nas quais os públicos são
convidados a contribuir para que, em conjunto com a empresa, criem conceitos,
ideais e novos produtos e serviços. A Natura criou um departamento chamado Co-
Criando Natura e estabeleceu parcerias com instituições não governamentais que
geram insights (ideias) para o desenvolvimento de melhorias e novos produtos.
Até bem pouco tempo, um argumento de marketing e de vendas era a ex-
clusividade. Esse fator de diferenciação tentava passar a ideia de que produtos e
serviços eram exclusivos, portanto, dariam status (valorização social) a quem os
possuísse ou utilizasse. Atualmente temos uma tendência inversa, de valorização
do aspecto de inclusão. A inclusão no marketing 4.0, segundo Martino (2015), está
relacionada ao que diz respeito à inclusão de populações emergentes e pobres,
50
que antes não tinham acesso a determinados bens e serviços, mas hoje, devido
à inovação e os avanços tecnológicos, podem consumir mercadorias mais sofis-
ticadas, ou com tecnologia de ponta, que são barateadas e disponibilizadas a um
público mais diverso.
O aspecto inclusivo também diz respeito às questões de acessibilidade de
públicos diversos, com necessidades especiais, não só os públicos finais consumi-
dores, mas também os públicos internos das empresas, seus colaboradores, que
hoje têm espaço assegurado por leis em diversos países, inclusive no Brasil. Essas
regulamentações permitem uma maior equanimidade no âmbito do trabalho.
A Covid-19 trouxe a inclusão pela acessibilidade, por meio das ferramentas
tecnológicas, que possibilitam a públicos com necessidades especiais ter acesso a
plataformas e todo aparato de comunicação institucional de uma empresa. Atual-
mente se faz uso de aplicativos que podem ser conectados às plataformas, per-
mitindo acessibilidade, como por exemplo para adquirir passagens aéreas, realizar
compras em mercados e farmácias.
Dessa forma, vemos nascer as estratégias de marketing 4.0, que se moldam
a partir das estratégias mais tradicionais de marketing, para se adaptarem à rea-
lidade atual, onde o contexto digital é fundamental e o engajamento social se faz
presente em todas as estratégias de comunicação das empresas, que usam essa
forma de gerir e se comunicar com seus públicos. No que diz respeito ao marketing
de relacionamento desenvolvido na atualidade, articulam-se estratégias por meio
do uso de dados (big data) que possibilitam informações precisas para ofertas, as
quais potencializam a relação entre empresas e consumidores, desenvolvendo a
possibilidade de ampliar a fidelização dos clientes.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/vectors/marketing-d%c3%b3lar-o-neg%c3%b3cio-
-forex-4646598/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
51
Uma das questões fundamentais do marketing 4.0 é a conectividade, que
possibilita o acesso amplo à informação, que vem de diversas fontes e promove o
papel ativo dos clientes, fazendo com que sua voz possa ser ouvida.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/meios-de-comunica%c3%a7%c3%a3o-
-sociais-2083456/>. Acesso em: 8 ago. 2022.
52
temos o uso recorrente de tecnologias de inteligência artificial (IA) bastante sofisti-
cadas, que podem dar respostas muito satisfatórias, visto que são abastecidas por
um grande banco de dados e vão construindo melhorias e aprendizados conforme
as interações com os clientes.
É uma prática recomendável que o feedback retroalimente os processos de
relacionamento com os clientes para que haja melhorias. Esse fundamento não é
algo novo; contudo, com a digitalização de dados, existe uma possibilidade de se po-
tencializar essas boas práticas, já que a informação pode ser compilada e organizada
por softwares, o que possibilita às equipes melhorar seu atendimento aos clientes.
Quando o pilar é a tecnologia, a sustentação tem de ser forte e resistente.
É preciso mapear nas empresas todos os processos que levam ao relacionamento
com o cliente. Sabe se que não se pode dimensionar a tecnologia apenas com a
automatização de call center, e sim verificar e automatizar todo o processo interno
da empresa para gerar um relacionamento com o cliente (MARTINO, 2015).
Um dos modos de relacionamento e atendimento aos clientes ainda é o
telemarketing, que é um atendimento não presencial, feito por meio de chamada
de voz. O telemarketing é visto com ressalvas pelo novo consumidor, porque há
uma desconfiança desse tipo de atendimento pelo fato de às vezes os profissionais
serem pouco treinados e, em alguns casos, podem até ter atitudes inadequadas.
Entretanto, essa ferramenta, se bem estruturada, pode ter uma grande funcionali-
dade, por ser uma aliada do atendimento ágil.
Os canais de comunicação e relacionamento com os clientes se expandiram
de forma significativa dentro do ambiente virtual, por isso o consumidor da nova
geração está em constante presença nos espaços virtuais e nas mídias sociais, e
faz desse território um ambiente para se relacionar, se posicionar e opinar sobre
pessoas, ideais e empresas.
Anteriormente, as empresas mantinham alguns poucos canais de atendimen-
to aos clientes, como o serviço de atendimento ao cliente (SAC), que poderia ser acio-
nado por chamada telefônica ou mesmo por correio físico ou eletrônico. Atualmente,
temos uma ampliação significativa dos canais de relacionamento com consumidor,
que se expandiram pelas possibilidades que as tecnologias digitais proporcionaram.
Assim a nova geração de consumidores demanda uma constante abertura de diálo-
go, em que há contato com a marca, seja nos espaços físicos ou virtuais.
53
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
O mundo atual está em constante mudança, com novas tecnologias, cená-
rio econômico ativo, grande variedade de produtos no mercado, o que resulta em
um aumento na competitividade nos diferentes setores, principalmente no setor
alimentício (GIRARDI, 2002).
Alimentos e bebidas são bens de consumo que apresentam significativo
mercado potencial de consumidores. Com isso, para gerar interesse para a aquisi-
ção de seus produtos as empresas investem na área de desenvolvimento de pro-
dutos, na área comercial, em publicidade e em estratégias de marketing, sempre
com a participação do profissional de marketing (ISHIMOTO; NACIF, 2001).
O marketing nas indústrias de alimentos e bebidas é utilizado visando a sa-
tisfação das necessidades e desejos do público-alvo, garantindo a lucratividade
das empresas (KOTLER, 1995). Além de estabelecer meios de comunicação entre
produto e consumidor, o marketing estuda a influência de outros elementos que
atraem o cliente, tanto conscientemente como inconscientemente, como a emba-
lagem e a cor (ISHIMOTO; NACIF, 2001).
Diante deste cenário, surge a figura do profissional de marketing que de-
tecta e aproveita as oportunidades de mercado, com o objetivo de satisfazer o
cliente e obter retorno para determinada marca, empresa ou pessoa. Cabe a este
profissional traçar e executar estratégias para alcançar os objetivos que a empresa
deseja atingir, como lealdade à marca, boa imagem do produto e lucratividade. Este
também trabalha ainda com pesquisa de mercado, coletando e analisando dados
sobre o perfil do consumidor e o ambiente socioeconômico.
O Brasil tem sofrido modificações econômicas, sociais e culturais, e cada vez
mais tem se destacado na economia internacional, sendo assim, necessário um profis-
sional de marketing não apenas com conhecimentos e habilidades técnicas e sim com
competências capazes de enfrentar os desafios de um mercado em constante mu-
dança, visto que os conhecimentos adquiridos na maioria das formações acadêmicas
não privilegiam o desenvolvimento dessa característica profissional (BATALHA, 2005).
54
OBJETIVOS
O objetivo geral do presente trabalho foi caracterizar o perfil do profissional
de marketing em um segmento específico, as indústrias de alimentos e bebidas.
Como os seguintes objetivos específicos:
MATERIAIS E MÉTODOS
Essa pesquisa é classificada como de ordem prática, já que visa às aplica-
ções práticas com a finalidade de atender as exigências da vida moderna. Quanto à
natureza, classifica-se como resumo de assunto, por ser uma pesquisa fundamen-
tada em trabalhos mais avançados, publicados por especialistas da área (ANDRA-
DE, 2010). A técnica utilizada foi a de documentação direta. Os dados foram obtidos
por meio da pesquisa de campo, já que o objetivo deste projeto é de adquirir infor-
mações e conhecimentos do perfil do profissional de marketing no setor de alimen-
tos e bebidas (MARCONI e LAKATOS, 2009). O tipo de pesquisa de campo abordada
foi a exploratória, “usada quando se busca um entendimento sobre a natureza geral
de um problema“ (AAKER, KUMAR, DAY, 2001). Esta pesquisa é também classifica-
da como qualitativa, pois se baseia na presença ou ausência de alguma qualidade
ou característica que estes entrevistados em questão possuem, além de analisar
as percepções e motivações desses profissionais, já que estas pessoas são peças
chave para o setor (MARCONI e LAKATOS, 2010). O universo (população) da pes-
quisa de campo é representado pelos profissionais de marketing em empresas de
alimentos e bebidas localizadas no Brasil, professores, alunos atuais e graduados
de Ciências dos Alimentos. Neste trabalho foi utilizada uma amostra não-probabi-
lística por conveniência.
55
Primeiramente foi feita uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos, teses,
jornais e demais publicações científicas relevantes ao tema, e por fim a caracteri-
zação do profissional a ser estudado. Tais dados, foram tratados qualitativamente,
pois estes serviram de referencial teórico para contextualizar o projeto e para a
elaboração do questionário aplicado. Foram aplicados 51 questionários, entre pro-
fissionais, professores e alunos atuais e graduados de Ciências dos Alimentos. A
aplicação foi via skype na sala do Grupo de Pesquisa e Extensão em Marketing e
Gestão (Markesalq) na ESALQ (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”), ou
quando não foi possível dessa maneira, via email ou rede social. Os dados obtidos
através das entrevistas no Brasil foram analisados de forma quantitativa, através
do programa SPSS Statistics, pelo método de frequência, teste de média, análise
fatorial e cluster, para assim caracterizar o perfil do profissional.
RESULTADOS
Em relação às habilidades mais importantes para um profissional de marke-
ting, as selecionadas como extremamente importante no presente estudo, apre-
sentaram concordância com o estudo já realizado por Hyman e Jing Hu (2005)
e Dacko (2006), sendo elas: criatividade, comunicação oral, pensamento crítico,
planejamento estratégico, comunicação escrita, tomada de decisão e resolução
de problemas. Em relação às competências (relacional, intelectual, organizacional,-
técnicas e de liderança) também apresentaram semelhanças com os estudos já
existentes que dão importância à experiência no setor, saber lidar com desafios,
saber analisar o mercado e saber ser ponto de contato entre os diversos setores
da empresa, ter um know-how tecnológico, saber gerir crises e ter capacidade de
gerenciar comunidades de clientes e diálogo com o público.
Com as diferentes análises utilizadas no projeto, observou-se uma pequena
diferença entre a opinião dos estudantes e dos profissionais, que deram mais im-
portância para certas características em relação aos estudantes. Assim, as carac-
terísticas que apresentaram diferença significativa foram a habilidade resolução de
problemas, as competências intelectuais e de liderança. Já em relação a idade, não
houve diferença significativa nas respostas.
A partir da análise fatorial, foram determinados seis subgrupos de caracte-
rísticas de um profissional de marketing, que são: Habilidade estratégicas (14,2%),
Competências sociais (13,8%), Habilidades específicas (11,9%), Competência de li-
derança (10%), Habilidade de comunicação (9,9%) e Competência técnica (8,6%). A
KMO encontrada (0,646) foi significativa, pois apresentou adequação da amostra
maior que 0,5. O teste Bartlett também foi significativo, apresentando significância
igual a 0 e obteve-se na variação de 100 perguntas, uma variância de representa-
bilidade de cada fator, de 71%.
56
Na análise Cluster, obteve-se uma nova distribuição, a qual o primeiro abran-
geu as habilidades estratégicas, específicas e de comunicação, além das compe-
tências técnicas e o segundo, as competências sociais e de liderança. Não houve
diferença significativa entre os dois grupos, em relação a caracterização ( gênero,
idade e profissão) dos componentes.
CONCLUSÕES
Em termos gerais, os resultados sugerem que o perfil do profissional de
marketing encontrado no presente estudo está em concordância com a literatu-
ra e que mesmo com as mudanças sociais, políticas, econômicas e tecnológicas
que surgem ao longo dos anos, muitas das habilidades requeridas mantiveram- se
estáveis. A idade dos entrevistados não interferiu nas respostas dadas, já que a
diferença não foi significativa nos resultados. Somente é notada uma diferença
nas respostas, mesmo que pequena, porém significativa, quanto à profissão dos
entrevistados. Neste caso, os profissionais apresentaram dados mais semelhantes
ao perfil atual, o que já é esperado, dado o maior conhecimento.
Em termos específicos, pode-se observar que as principais características
para um profissional de marketing são comunicação oral e escrita, planejamento
estratégico, poder de resolução de problemas, liderança, organização e competên-
cia técnica. Tanto na literatura, quanto nesta pesquisa, nota-se que as competên-
cias técnicas não são necessariamente as características mais importantes para
um profissional. É necessário que o profissional tenha conhecimento de mercado,
saiba utilizar as informações que o mercado fornece, para assim, aplicar seus co-
nhecimentos técnicos.
Mesmo não sendo a característica mais importante, o que diferencia das ou-
tras áreas, no caso do setor de alimentos e bebidas, são os conhecimentos técnicos
que o profissional precisa ter em relação ao produto da empresa para poder tomar
decisões e traçar planos de marketing. Porém, como já foi citado, não é somente
esta característica que fará o profissional ter sucesso, e sim todo o conhecimento
que está relacionado ao produto e mercado.
Por fim, conclui-se que o perfil traçado pela pesquisa, de acordo com a
opinião da amostra estudada, está de acordo com o perfil ideal que as empresas
buscam para um cargo como, por exemplo, gerente de marketing, independente do
setor da empresa. Sendo assim, pode-se abranger ao setor de alimentos e bebidas.
58
AUTOATIVIDADE
a. ( ) econômicas.
b. ( ) físicas.
c. ( ) sociais.
d. ( ) empresariais.
59
3. Os dados fornecem informações muito importantes para os profissionais
de marketing, pois é por meio deles que se obtém insights valiosos. Por
exemplo: o conhecimento sobre os vídeos mais acessados mostra qual é
a estratégia de produção e edição que o profissional de marketing pode
utilizar para elevar a visualização dos conteúdos audiovisuais; o número
total de visualizações possibilita enxergar a performance da audiência
a curto, médio e longo prazo das campanhas de marketing. De acordo
serviços de atendimento aos clientes, classifique em V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – V.
60
REFERÊNCIAS
JUNIO, Achiles Batista Ferreira. AZEVEDO, Ney Queiroz de. Marketing digital: uma
análise do mercado 3.0. Curitiba: Editora Intersaberes, 2015. Biblioteca Virtual.
MARTINO, Luis Mauro Sá. Teoria das mídias digitais. Rio de Janeiro: Vozes, 2015.
Biblioteca Virtual.
TERRA, Carolina Frazon. Mídias sociais... E agora? São Paulo: Difusão, 2017.
Biblioteca Virtual.
61
UNIDADE 2
FERRAMENTAS DE
MARKETING
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender a percepção dos consumidores como ações de comunicação
de marketing;
• conhecer as principais ferramentas de marketing;
• conhecer o marketing digital;
• avaliar o preparo digital.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – FERRAMENTAS MERCADOLÓGICAS
TÓPICO 2 – ATUAÇÃO DURANTE A COVID-19
TÓPICO 3 – VOCÊ ESTÁ PRONTO PARA VIRAR DIGITAL?
TÓPICO 1
FERRAMENTAS
MERCADOLÓGICAS
1 INTRODUÇÃO
Olá, estudante! No decorrer do tópico 1, iremos abordar a importância do
marketing digital dentro das rotinas e atividades que compõem as campanhas de
publicidade e marketing com foco na transformação e edição de conteúdos, e o uso
de ferramentas para ampliar as suas melhorias.
No tópico 2, conheceremos as estratégias que foram implementadas dentro
de marketing digital durante a Covid-19, com foco em aprimorar as ferramentas que
atuam dentro da publicidade direta das pessoas e empresas.
No tópico 3, focaremos no papel dos influenciadores e suas aplicabilidades
para definir o processo de comunicação de marketing e a escolha das estratégias
de comunicação, fundamental para o marketing digital.
65
FIGURA 1 - IMPORTÂNCIA DO MARKETING DIGITAL
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/meios-de-comunica%c3%a7%c3%a3o-
-sociais-social-5187243/>. Acesso em 7 ago. 2022.
a. Comunicação Corporativa
66
Antero (2021) aponta que não é possível pensar em estratégias de comuni-
cação em marketing pela internet por meio de ações isoladas. As ações de plane-
jamento de marketing devem considerar as mídias sociais como um todo, devendo
ser trabalhadas em conjunto.
Além disso, Wolf (2019) define merchandising como as ações voltadas à
mercadoria, como a exposição adequada de um produto ou serviço. A organização
da identidade visual do ponto de venda, por meio de sua pintura e organização, é
uma forma de utilizar essa ferramenta. Despertar os cinco sentidos dos consumi-
dores é uma ótima forma de merchandising. Assim, algumas lojas utilizam, além da
organização visual, um odor agradável característico no ambiente. Outros exem-
plos de merchandising são as gôndolas e os adesivos de pisos, muito utilizados em
grandes mercados.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/banner-cabe%c3%a7alho-monitor-ca-
be%c3%a7a-935470/>. Acesso em 7 ago. 2022.
ATENÇÃO
A assessoria pode apresentar releases para a imprensa, divulgando notícias
sobre a abertura de novas lojas, bem como números sólidos e positivos da
empresa. Ainda, ela é responsável por enviar press kits para programas de
rádio, por exemplo, a fim de distribuir brindes aos ouvintes.
67
• Propaganda: a utilização de mídias de massa, como TV, jornais e rádio,
possibilita a comunicação por meio de propaganda. Também são for-
mas desse tipo de ferramenta: as TVs de ônibus e trens espalhadas pe-
las grandes cidades, bem como os outdoors. Todas essas mídias podem
realizar desde o anúncio de algum produto até o compartilhamento de
alguma ideia, possibilitando o fortalecimento da marca.
• Promoção de vendas: a promoção de vendas visa a fidelizar os clientes.
Algumas estratégias de promoção de vendas, como o uso de cupons de
desconto ou cartão fidelidade, podem ter caráter sazonal. McDonald’s e
Burger King utilizam estratégias de cupons de desconto em seus apli-
cativos, visando a aumentar o volume de vendas.
• Marketing direto: Terra (2017) conceitua marketing direto como um sis-
tema integrado de marketing, que se utiliza de alguma mídia para efe-
tuar uma resposta ou transação com o cliente. Um exemplo moderno
de marketing direto são os quiosques de autoatendimento, em que o
cliente pode realizar uma compra de forma rápida e interativa.
• Venda pessoal: a venda pessoal representa uma das mais importantes
ferramentas de comunicação de marketing; se bem realizada, possibili-
ta que as vendas sejam alavancadas. Um exemplo de técnica da venda
pessoal é desenvolver roteiros para as objeções dos clientes no momen-
to da compra. Ainda, visando à diferenciação, alguns estabelecimentos
possibilitam o uso de óculos de realidade virtual para apresentar seus
produtos aos clientes.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/rede-marketing-digital-compartilha-
do-3569734/>. Acesso em 7 ago. 2022.
68
b. Automação em Marketing
69
As empresas podem escolher entre várias classes ou categorias de ferramen-
tas de marketing digital quanto à performance, ao ambiente social, ao engajamento
dos usuários, aos serviços mobile, à gestão de relacionamento e ao e-commerce. A
performance auxilia as empresas a alcançar mais consumidores, melhorando o seu
desempenho de vendas e a sua atuação no mercado (MARTINO, 2015).
IMPORTANTE
A categoria social tem como objetivo monitorar as redes sociais. Já a cate-
goria engajamento engloba todo o conteúdo espontâneo sobre os produtos
gerados pelos usuários em comentários, vídeos, mídia, posts da empresa etc.
70
FIGURA 4 - AUTOMAÇÃO DO MARKETING
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/marketing-digital-marketing-on-li-
ne-1527799/>. Acesso em 7 ago. 2022.
71
No entanto, atualmente, a tecnologia possui recursos mais avançados para
as ferramentas de automação de marketing. Empresas grandes oferecem aos clien-
tes conteúdo, produtos e serviços mais personalizados, como cupons e descontos,
o que gera maior engajamento com a marca. Assim, é importante reconhecer os
canais e gatilhos que promovem a automação de marketing.
c. Canvas
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/rede-o-neg%c3%b3cio-neg%c3%b-
3cios-crescimento-4478141/>. Acesso em 7 ago. 2022.
72
O Modelo C foi criado para unir essas duas abordagens, já que não é mais
possível analisar de forma separada o planejamento do empreendimento e a análise
dos impactos do negócio. A ferramenta serve para apoiar a criação de negócios, inte-
grando o modelo de negócio com a geração de impacto social, podendo ser utilizado
em qualquer momento do planejamento. Conforme Terra (2019), a proposta utiliza
uma lógica na qual se observa o fluxo de negócios e a capacidade organizacional,
levando em conta a relação sinérgica, entendida como uma relação em cooperação,
impossível de ser desassociada. A autora ainda traz os elementos do business model
canvas, observando a lógica de mercado, entretanto, sem deixar de levar em conta o
impacto social ou ambiental, oportunizando a transformação social.
INTERESSANTE
A utilização das ferramentas para estruturação de negócios socioambientais
é de extrema importância, pois não há nenhum tipo de negócio que não ca-
reça de planejamento, independentemente de haver a necessidade de obter
lucro financeiro. Cada uma das ferramentas abordadas neste tópico tem sua
importância e apresenta vantagens em sua utilização.
d. Google Analytics
73
Uma das tarefas mais importantes dos profissionais de marketing consiste
em conhecer e saber analisar o Google Analytics, o que pode ajudar a entender
melhor os hábitos dos clientes. Por isso, pensando na interpretação dos resultados
de uma campanha, neste tópico veremos detalhadamente o sistema do Google
Analytics, seus painéis, suas métricas e sua utilização em campanha.
Em um negócio on-line, é necessário usar uma ferramenta que permita vi-
sualizar as métricas de desempenho do site, saber quais ações estão tendo um bom
resultado e quais devem ser melhoradas. Imagine o Google Analytics como uma bús-
sola, que o guiará para descobrir qual direção seguir para expandir os negócios.
Como você deve imaginar, o Google Analytics é uma ferramenta que faz
parte da plataforma de marketing do Google. Essa plataforma armazena diferen-
tes funcionalidades que podem auxiliar na gestão do marketing digital de qual-
quer empresa que tenha uma presença on-line. Foi criada em novembro de 2005
e, desde então, não parou de melhorar a sua apresentação de dados (ANTERO,
2021). Atualmente, você pode encontrá-la na versão standard (gratuita) ou na
mais avançada, e paga, chamada Analytics 360.Uma das melhores vantagens
de usar o Google Analytics para acompanhar o desempenho de um site é a in-
formação que você pode obter sobre os resultados de suas estratégias de mar-
keting digital (ANTERO, 2021). O Google Analytics monitora o site e fornece ao
administrador da conta registros de navegação, abrangendo uma personalização
avançada e dados por segmentação do cliente, informações sobre perfil dos vi-
sitantes, comparações de dados de investimentos em propagandas e relatórios
sobre as pesquisas dentro da página.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/m%c3%b3vel-smartphone-app-re-
des-1087845/>. Acesso em 7 ago. 2022.
74
A ferramenta identifica, também, as palavras-chave que podem ter trazido
o visitante à página e verifica se o visitante entrou no seu endereço direto da bus-
ca ou chegou por meio de outra página em que estava navegando. Em resumo, o
gestor tem o apoio do Google Analytics para consultar diversas informações sobre
a visitação do site e usar de base nas tomadas de decisões de marketing digital.
Para usar o Google Analytics é necessário ter uma conta no Google e abrir
uma conta no Analytics. A partir daí, o Google fornece um código de medição que
deve ser implantado nas páginas do site. Com esse código implantado, o Google
Analytics passa a armazenar as informações sobre visitação do seu site, e você
pode consultá-las na sua conta (TERRA, 2017).
E-commerce: conforme Martino (2015), a sociedade em rede não para de
se expandir. Com o advento da internet, o comportamento e a cultura das socieda-
des se transformaram. Sem entrar nos dilemas de prós e contras dessa mudança,
é inegável que nossa vida foi brutalmente transformada por essa tecnologia. A ra-
pidez na propagação de mensagens e informações impactou praticamente todos
os setores da sociedade.
Ao reunir condições para estreitar as relações e ampliar os contatos sem a
presença física, a internet propiciou uma profunda transformação no campo dos
negócios e, consequentemente, do marketing. De acordo com Martino (2015), a
segunda geração da internet, intitulada web 2.0, veio com a propagação em lar-
ga escala das redes sociais. Sua utilização tem se expandido nos últimos anos de
forma abrupta e vem impactando as esferas sociais e culturais, com a evolução do
termo para versões 3.0 e 4.0.
Dados de Tráfego: ao lidarmos com quaisquer recursos finitos, devemos
sempre saber a melhor maneira de controlar o acesso a eles. Essa situação não se
difere quanto ao tráfego de dados em uma rede: nossos limites de transmissão são
sempre limitados, mesmo com os avanços tecnológicos, e, se não lidarmos com
esse cenário adequadamente, haverá congestionamento.
Uma analogia possível se refere às estradas, em que, inicialmente, uma faixa
de mão dupla pode atender perfeitamente a uma necessidade, entretanto, com o
passar do tempo, eventualmente não dará mais conta da vazão de carros, situação
em que se pode ampliar as faixas ou criar controles para evitar um tráfego em nú-
mero maior do que a capacidade da via.
Contudo, ampliar a faixa nem sempre é possível, por isso o emprego de
pedágios, semáforos, rotatórias, outras vias, guarda de trânsitos etc., a fim de,
alguma forma, gerenciar o congestionamento. Em redes, o gerenciamento de
congestionamento está diretamente ligado à alocação de filas, na qual os pacotes
que chegam são organizados para que sejam transmitidos conforme a prioriza-
ção da programação aplicada.
75
Nesse tipo de gerenciamento, há quatro tipos de protocolos, e cada um dos
quais possibilita a criação de um número distinto de filas, conforme o tipo de trá-
fego e a ordem a partir dos quais os pacotes são transmitidos. Em uma situação
normal de tráfego, quando não há congestionamentos, os dados são enviados para
a interface de saída conforme a chegada dos dados; em um período de conges-
tionamento, os pacotes chegam em uma proporção maior que a interface de saída
consegue enviar, congestionando o dispositivo e os pacotes são acumulados em
filas e enviados quando a interface de saída estiver novamente disponível. Em um
controle de congestionamento, realiza-se o envio dos dados conforme sua priori-
dade e o algoritmo de enfileiramento.
Com a constante e crescente necessidade de tráfego compartilhado entre
diferentes aplicações sem afetar o desempenho, utiliza-se técnicas para geren-
ciamento de congestionamento, cuja escolha precisa considerar os vários tipos de
tráfego, de acordo com a necessidade desse tipo de tráfego.
Conforme Antero (2021), aplicações sensíveis ao atraso e transações inte-
rativas, como videoconferências, exigem uma prioridade maior do que aquelas de
menor criticidade, como transferência de arquivos, por isso a priorização do tráfego
é essencial. Em geral, as priorizações são mais efetivas em redes WAN (Wide Area
Network), nas quais a combinação entre o tráfego em rajadas e taxas menores
pode promover congestionamento.
De acordo com Antero (2021, p. 56), “o Google Tag Manager é uma ferra-
menta do Google que foi desenvolvida para automatizar e gerenciar a inserção de
tags de acompanhamento em um site. Desse modo, é possível configurar vários
pontos de monitoramento sem que isso gere um trabalho extra”.
76
O ato de planejar perpassa todas as áreas da empresa; sem ele, ficaria mais
difícil realizar um desenvolvimento consistente nos ambientes interno e externo
da organização. Assim, o planejamento é essencial para a obtenção de resultados
positivos, pois, por meio dele, são definidos aspectos relevantes dos processos or-
ganizacionais. Além disso, por meio do planejamento, é realizado o adequado di-
recionamento dos esforços da organização, para a conversão desses esforços em
resultados satisfatórios para todos.
FIGURA 7 - PLANEJAMENTO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/local-na-rede-internet-responsi-
vo-3374825/>. Acesso em 7 ago. 2022.
77
6. criar estratégias de marketing;
7. realizar definições dos programas;
8. organizar os orçamentos;
9. realizar uma análise detalhada dos resultados da organização;
10. reavaliar os objetivos, as estratégias ou os programas que foram criados.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/shopping-galeria-comercial-3245949/>.
Acesso em 7 ago. 2022.
78
O planejamento estratégico cria ações para operacionalizar as estratégias,
e o planejamento de marketing ocorre pautado nos objetivos estabelecidos no
planejamento estratégico. A ideia é sempre converter ações em resultados posi-
tivos para a empresa.
O planejamento mercadológico consiste em ações geradas e organiza-
das com o propósito de alcançar os objetivos de uma empresa. Essas ações são
pautadas no processo de análise, observação e escolha de oportunidades que
sejam prósperas para o negócio. No decorrer do planejamento de marketing, são
realizadas diversas ações, como a definição de objetivos e metas, além da criação
de um portfólio, com a intenção de auxiliar a empresa em apresentações para os
clientes (WOLF, 2019).
Para o sucesso do planejamento mercadológico, é imprescindível o foco
na missão da empresa, que é definida no planejamento estratégico. Definir a mis-
são de uma empresa pode parecer uma tarefa simples, mas, na prática, não é
tão simples assim. É imprescindível que esteja em consonância com o mercado
em que a empresa está inserida, que seja passível de realização, que estimule os
funcionários e oriente a empresa para o rumo certo, para encontrar as melhores
oportunidades de mercado.
Conforme Wolf (2019), a construção da missão organizacional tem influência
direta no planejamento mercadológico. Sendo assim, para construir a missão de
uma empresa, é necessário estabelecer:
• visão;
• posicionamento no mercado;
• delimitação do negócio;
• valores;
• como os trabalhadores vão direcionar os seus esforços para a realiza-
ção de ações;
• qual será a escolha do mercado de atuação da empresa, sempre consi-
derando onde ela vai competir;
• como se dará a escolha dos concorrentes da empresa.
79
Quando as unidades estratégicas de negócios trabalham em conjunto, é
possível aumentar o volume de vendas, pois os clientes são mais valorizados e,
consequentemente, compram mais das organizações. Além disso, os custos ope-
racionais são reduzidos e, com isso, os investimentos acabam sendo reduzidos
(ANTERO, 2021).
Podemos considerar esses resultados surpreendentes; porém, não é fácil
promover o trabalho em conjunto das unidades. No momento da implementação
dessa estratégia, surgem as diferenças, pois a cultura varia entre as diferentes uni-
dades estratégicas. Porém, se todos compreenderem os processos, será mais fácil
implementar as mudanças (ANTERO, 2021).
Existem duas formas para que ocorra o desenvolvimento de estratégias
prósperas, que tragam vantagens competitivas e sustentáveis. A primeira é a visão
estratégica, que, essencialmente, preocupa-se com o futuro da empresa; por meio
dela, são geradas estratégias que garantem o sucesso no futuro. A segunda é o
oportunismo estratégico, que cria estratégias que fazem sentido no nosso dia a dia
(ANTERO, 2021).
Se uma empresa tem uma excelente estratégia para o futuro, certamente
terá uma assertividade maior no presente, não é mesmo? Quando é criada a visão
estratégica de uma empresa, esta precisa ser voltada para o futuro, pois a visão é
traçada a longo prazo normalmente entre três e dez anos.
Porém, existem riscos, como em qualquer outro planejamento, pois a orga-
nização precisa olhar exageradamente para o futuro. Desse modo, é necessário ter
cautela e não esquecer de que é preciso, também, prestar atenção no presente, pois
os reflexos do presente serão percebidos mais à frente. Este tema é mais familiar do
que se imagina, pois diariamente, você realiza ações de marketing sem perceber.
g. Engajamento
80
FIGURA 9 - REFLEXOS DO ENGAJAMENTO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/internet-contente-portal-procu-
rar-315132/>. Acesso em 7 ago. 2022.
IMPORTANTE
Embora o sucesso de campanhas de marketing esteja relacionado, entre ou-
tros fatores, à correta definição dos objetivos e sua avaliação, mensurar os re-
sultados dessas campanhas nunca foi algo comum nas empresas, sobretudo
devido à falta de mecanismos e ferramentas que permitissem essa prática.
81
Segundo Wolf (2019), no que diz respeito à maturidade empresarial com re-
lação à cultura das métricas e análise de resultados, há cinco estágios que indicam
em que nível cada empresa se encontra:
82
FIGURA 10 - INDICADORES DAS CAMPANHAS
FONTE: <https://pixabay.com/pt/vectors/neg%c3%b3cios-ilustra%c3%a7%c3%a3o-
-escrit%c3%b3rio-3080799/>. Acesso em 7 ago. 2022.
ATENÇÃO
Mensurar o nível de engajamento dos usuários em campanhas de brand é
fundamental, pois dificilmente uma empresa conseguirá atingir seus objetivos
mercadológicos (performance) sem antes trabalhar adequadamente sua mar-
ca. Após essa etapa de brand, em que a marca é trabalhada, vem o processo de
ação, em que o consumidor efetiva a aquisição do produto ou serviço.
83
As campanhas de performance têm exatamente esse foco, que é levar o
cliente ao processo de conversão. O processo de conversão é constituído por eta-
pas, e, para saber se as estratégias estão sendo bem elaboradas e implementadas,
ou seja, se o esforço de marketing digital está sendo alcançado, é essencial men-
surar o nível de engajamento dos usuários, assim como se faz na etapa de brand.
Desse modo, podemos inferir que o sucesso de uma campanha de marketing digital
passa necessariamente pelo correto trabalho de adoção de métricas de engaja-
mento, que devem mensurar tanto brand quanto performance. E isso só é possível
graças à estrutura que a internet dispõe no que diz respeito à análise de dados
(TERRA, 2017).
Por esta razão, conforme destacado por Terra (2017), vale aqui uma pequena
ressalva: as métricas podem servir tanto para uma orientação preditiva, que procu-
ra antever determinados comportamentos ou cenários, quanto para uma orienta-
ção descritiva, que busca compreender o que já ocorreu. A definição adequada das
métricas e sua correta interpretação pode ajudar não apenas a avaliar resultados,
mas também a definir melhores estratégias para engajar usuários.
No ecossistema da mídia digital, há diversas ferramentas que permitem men-
surar resultados, entre elas o Google Analytics, que talvez seja a mais amigável e
acessível aos diversos níveis de usuários. Contudo, é importante ressalvar que não
basta logar uma conta na ferramenta e acessar seus dados; é preciso muito mais do
que isso, especialmente saber interpretar os dados que o painel da ferramenta apre-
senta e, desse modo, conseguir transformá-los em informação e conhecimento a fim
de maximizar os resultados de uma campanha de marketing digital.
Métricas de engajamento: vejamos então algumas das principais métricas
de engajamento que o Google Analytics e demais ferramentas disponíveis no mer-
cado permitem avaliar, tanto do ponto de vista de brand quanto de performance.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/rede-dom%c3%adnio-servi%-
c3%a7o-3967926/>. Acesso em 7 ago. 2022.
84
Caso a empresa queira identificar o quanto sua marca está sendo lembrada
ou citada por um determinado público, é possível usar a métrica de menções à
marca. Essa métrica permite identificar o quanto o usuário menciona sua marca
em redes sociais, o que, de certa forma, demonstra seu grau de engajamento com
ela. Vale lembrar, porém, que em tempos de redes sociais as recomendações são
extremamente importantes para influenciar pessoas (TERRA, 2017).
Por outro lado, Antero (2021) afirma que se o objetivo for identificar o quão
relevante é o conteúdo do seu site para o visitante e o quanto ele pode gerar de
engajamento, uma das métricas indicadas nesse caso é o tempo médio de visita.
Essa métrica permite identificar quanto tempo o usuário permanece em seu site,
suas redes sociais, blogs etc., o que oferece um parâmetro do quanto seu conteúdo
está sendo relevante para ele. Quando uma marca quer aumentar sua exposição,
identificar o potencial de um público em termos de quantidade ou ainda mensurar
quem ela está efetivamente conseguindo atingir, é importante mensurar o alcance.
Essa métrica é importante para saber não apenas quantas pessoas foram impacta-
das por sua mensagem, mas também para saber o potencial de conversão.
O sucesso de uma campanha está muito relacionado aos seus aspectos cria-
tivos, e nesse sentido a taxa de cliques, isto é, o número de cliques recebidos pelo
seu anúncio dividido pelo número de vezes que ele foi exibido (cliques ÷ impressões
= CTR), é muito importante, pois permite, entre outras coisas, verificar o quanto sua
mensagem está conseguindo engajar os usuários. Na prática, a mensagem pode
ter alcançado o público correto, mas sem levá-lo a clicar na mensagem. Esse dado
dá ensejo ainda a outros insights, pois com ele podemos inferir, por exemplo, que o
aspecto criativo da sua mensagem não está sendo atrativo, tendo em vista que o
público teve a oportunidade de se engajar, mas não o fez (TERRA, 2017).
Na era das redes sociais, em que a figura do influenciador digital ganhou re-
levância, identificar o quanto as pessoas estão compartilhando seu conteúdo é algo
fundamental para as marcas, pois boa parte do que é consumido nesses ambientes
(redes sociais e afins) é fruto de recomendação. Nesse sentido, a taxa de compar-
tilhamento permite identificar o quanto o usuário se identifica com sua marca ou
mensagem e, mais do que isso, está disposto a compartilhar seu conteúdo e se
engajar com sua marca.
Assim como é importante mensurar o compartilhamento do conteúdo da
marca, é fundamental mensurar os métricos comentários. Mais importantes do que
curtidas são os comentários, pois eles permitem compreender o impacto da sua
mensagem nos usuários.
85
h. E-mail marketing
FONTE: <https://pixabay.com/pt/vectors/o-email-marketing-de-email-4284157/>.
Acesso em 7 ago. 2022.
O impacto inicial começava a não surtir mais efeito, pois, mesmo que che-
gasse ao seu destino, o conteúdo não era lido pelo consumidor. Além disso, muitas
pessoas acabavam jogando fora antes mesmo de ler as informações contidas nes-
sa mala-direta. Um dos grandes desafios da publicidade on-line é ativar o relacio-
namento com os clientes, o que inclui saber utilizar os canais de mídia disponíveis
e explorá-los de forma a educar os usuários a receber e compartilhar os conheci-
mentos sobre as marcas.
i. Leads
86
Potenciais clientes são aqueles que se identificam com o produto ou serviço
que a empresa oferece; por isso, direcionar ações e campanhas para se aproximar
deles, criando relacionamento, é crucial para realizar vendas futuras.
Quando a jornada da compra é dividida em etapas (vendas e retenção) e
o funil de vendas é eficiente, ampliam-se consideravelmente as possibilidades de
concretização da compra, em função da otimização das informações dos leads que
foram obtidos. Hoje é possível ver as ações de leads em sites de buscas e nas redes
sociais, estimulando o share of mind (poder da lembrança no universo do marke-
ting). Assim, é possível cativar os clientes por meio de anúncios e materiais com
conteúdo relevante. Logo, ao clicar no material, ele será direcionado para a página
da empresa de modo a efetuar o cadastro com os seus dados pessoais.
87
FIGURA 13 - BUSCAS NA INTERNET
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/google-www-pesquisa-online-procu-
rar-485611/>. Acesso em 7 ago. 2022.
88
RESUMO DO TÓPICO 1
89
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Comunicação Corporativa.
b. ( ) Automação de Marketing.
c. ( ) Canvas.
d. ( ) E-commerce.
90
3. O nível corporativo ou global é o mais amplo, pois contempla a organiza-
ção na sua plenitude, sendo realizados nesse nível diversos planejamen-
tos que serão utilizados posteriormente. Já no segundo nível, divisional
ou regional, são executados planejamentos apenas nas divisões da em-
presa, podendo ser diferentes para cada país, estado ou cidade etc. De
acordo com estudado sobre os níveis de maturidade das empresas sobre
as ações de marketing, classifique em V para as sentenças verdadeiras e
F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – V.
91
TÓPICO 2
ATUAÇÃO DURANTE
A COVID-19
1 INTRODUÇÃO
Ao olharmos mais atentamente para a nossa realidade, não é difícil perceber
como as redes sociais têm grande influência em nossa tomada de decisão e na jor-
nada de compra. Seja para acompanhar as novidades, para despertar o desejo ou
até para pesquisar produtos, serviços ou avaliações antes de tomar uma decisão,
as redes sociais impactam diretamente o processo citado. É por isso que pesqui-
sadores vêm adotando os conceitos de social commerce e live commerce como
estratégias de marketing.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/smartphone-app-japon%c3%aas-e-
-mail-1184865/>. Acesso em 7 ago. 2022.
Esta última é identificada por Terra (2017) como um movimento que incor-
pora as facilidades das redes sociais e a inteligência artificial. Assim, a explosão
tecnológica transformou as redes sociais em parte essencial do cotidiano das pes-
soas. Com a pandemia da Covid-19, em que as pessoas precisaram se isolar em
casa, o tempo dispensado ao uso das redes tornou-se ainda maior.
93
Segundo Martino (2015), em um recente levantamento da DataReportal, há
cerca de 4,48 bilhões de usuários ativos nas redes sociais atualmente. A média de
tempo diário dispensada nas redes ultrapassa 5 horas. Por isso, não é de se sur-
preender que essas plataformas se transformaram em grandes oportunidades de
negócios e vendas.
Nesse entendimento, o marketing integrado envolve uma série de pes-
soas, equipamentos e processos, visando a atingir os objetivos organizacionais,
em um processo de comunicação que é interno e externo e atinge tanto colabo-
radores quanto clientes e, de uma forma geral, a sociedade e o contexto no qual
a sociedade está inserida. Kunsch (2003) afirma que a comunicação de marketing
associa as mais diversas formas de comunicação, formando o composto da co-
municação organizacional.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/mulher-rosto-cabe%-
c3%a7a-882568/>. Acesso em 7 ago. 2022.
94
No Brasil, o live commerce passou a ser adotado em larga escala com a
pandemia da Covid-19, como uma alternativa para minimizar os impactos econô-
micos de fechamento de lojas físicas. Grandes marcas e pequenos empreende-
dores começaram a apostar nesse novo modelo de negócios. As primeiras expe-
riências de live estavam atreladas a shows e arrecadação de fundos, mas com o
impacto no número de visualizações, as empresas apostaram na espetaculariza-
ção das lives (ANTERO, 2021).
De acordo com Martino (2015), este conceito abrange:
ATENÇÃO
A propaganda aumenta de forma significativa a exposição de uma marca,
impactando o seu público-alvo e possivelmente outras pessoas que não co-
nhecem determinada marca, produto ou serviço, sendo os principais objetivos
expor produtos ou serviços, fidelizar clientes e fortalecer a imagem da marca.
95
• Promoção de vendas: representa uma série de ações, que são realiza-
das, em geral, a curto prazo, para impactar o consumidor, no intuito de
fidelizá-lo. A promoção de vendas pode ser sazonal, ou seja, estar atre-
lada a períodos específicos, como as promoções de preços nas cervejas
no período do verão. Ainda, são exemplos de promoção de vendas os
cupons de desconto, os programas de fidelidade, as campanhas que
envolvam a embalagem de um determinado produto, entre outros.
• Assessoria de imprensa: está relacionada às formas como se darão todas
as interações entre uma empresa e a mídia. Esse processo de relacio-
namento pode ser conduzido por uma pessoa ou, até mesmo, por uma
equipe. A assessoria de imprensa tem o objetivo de construção positiva
da identidade da empresa para o público consumidor. Outra função da
assessoria de imprensa é comunicar aos diversos públicos a história da
empresa, sua visão, seu posicionamento e sua forma de ver o mundo.
• Relações públicas: visa construir uma imagem positiva da organização
por meio de uma série de ações, comunicando essa imagem tanto ao pú-
blico interno quanto ao público externo. As relações públicas têm o intui-
to de gerar uma percepção positiva quanto a uma marca e seus produtos.
• Venda pessoal: trata-se da venda, relacionada à maneira como as em-
presas lidam com seus processos de venda. Envolve a abordagem, a
forma de tratamento ao cliente, entre outros elementos. A venda pes-
soal representa a intensificação do processo de vendas pelas equipes
responsáveis, em que são transmitidas as informações de um produto
ou serviço de forma direta para os clientes.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/m%c3%addia-social-intera%c3%a7%-
c3%a3o-mulher-7366102/>. Acesso em 7 ago. 2022.
96
Algumas características da venda pessoal são: a flexibilidade no atendimento,
seja esclarecendo dúvidas, explicando sobre particularidades de um produto e a ca-
pacidade de lidar com as objeções dos clientes para o fechamento de uma compra.
Terra (2017) define a venda pessoal como uma das ferramentas mais efi-
cientes de comunicação e explica que ela consiste na comunicação do cliente com
o profissional de vendas. A venda pessoal, como o próprio nome diz, deve ser tra-
tada da forma mais pessoal possível, envolvendo os diálogos entre consumidores e
vendedores no processo de venda.
IMPORTANTE
Mesmo que as campanhas de ação de marketing direto não surtam o efeito
desejado, ou seja, não resultem em uma venda, o marketing direto fortalece a
marca e possibilita destaque às empresas. São exemplos de marketing direto:
e-mail e marketing de catálogo.
97
FIGURA 17 - EFEITOS DO MERCHANDISING
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/m%c3%addia-social-social-teclado-%c3%a-
dcone-4140959/>. Acesso em 7 ago. 2022.
98
De acordo com Antero (2021), para comunicar uma imagem sólida de uma
empresa, é essencial estar atento aos três Cs de marketing e seus reflexos de
comportamento:
99
RESUMO DO TÓPICO 2
100
AUTOATIVIDADE
Com base no que foi estudado assinale a alternativa CORRETA que repre-
senta o conceito acima:
a. Assessoria de imprensa.
b. Marketing Direto.
c. Merchandising.
d. Promoção.
101
3. As estratégias a longo prazo auxiliam e muito as organizações, porém,
algumas podem ser mal concebidas; com isso, as empresas correm o ris-
co de realizar ações errôneas e não ter tanto sucesso como projetaram.
Desse modo, é essencial realizar análises estratégicas periódicas e que,
quando necessário, seja alterada a visão estratégica da organização.
De acordo com os comportamentos dentro de marketing, classifique em
V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – V.
102
TÓPICO 3
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/m%c3%addia-social-intera%c3%a7%-
c3%a3o-mulher-1233873/>. Acesso em 7 ago. 2022.
ATENÇÃO
Por serem influenciadores de milhares (ou até milhões) de pessoas, esses
profissionais conseguem adicionar mais valor a uma marca, com o auxílio de
sua reputação digital, passando a mensagem ao público por meio de con-
teúdos predefinidos, que estejam dentro da proposta do influenciador, e nos
quais seus seguidores, por afinidade, possuem interesse.
103
É importante salientar que esses influenciadores precisam estar conecta-
dos de alguma forma aos objetivos da marca, para que o alcance dos resultados
seja eficiente. De acordo com Antero (2021), geralmente, as marcas precisam levar
em consideração os três pilares a seguir para fazer essa distinção:
Com base nessa configuração, formam-se os perfis que devem ser anali-
sados para a escolha dos influenciadores. Inicialmente, a empresa de consultoria
Traackr, que possibilita a descoberta de influenciadores e demonstra o impacto
das relações entre eles e as empresas, identificou dez tipos de influenciadores; no
entanto, com o tempo, surgiram outras nomenclaturas, que deram origem às es-
truturas de plataformas e às agências de influenciadores. Segundo Wolf (2019), os
influenciadores estão divididos nos grupos e características descritos a seguir.
104
• O ativista: orientado por seus propósitos e crenças, luta por causas es-
pecíficas e domina bem o conteúdo do nicho de atuação. Convidar esse
influenciador para ser parceiro também significa acolher suas opiniões.
A lição aqui é nunca se esquivar de alguém que possa discordar do seu
ponto de vista. O ativista ficará feliz em participar e contribuir, desde
que você mantenha a mente aberta ao diálogo.
• O especialista: ninguém sabe melhor do que ele. O especialista prova-
velmente será um autor de renome e a fonte de informações prefe-
renciais em seu campo de atuação. Para atraí-lo, é preciso encontrar
maneiras de ajudá-lo a produzir e melhorar seus conteúdos e mostrar
os conhecimentos que serão gerados naquela ação ou projeto.
• O insider: é a autoridade respeitada com uma agenda de compromis-
sos, alguém que está constantemente conectado a círculos de pessoas
respeitadas em seu setor, a pessoa que tem informações de dentro da
empresa, podendo ser um dos seus funcionários mais influentes, por
exemplo, aquela pessoa que influencia outros funcionários, assim com
seus clientes.
• O disruptor: ele provavelmente desafiará tudo e todos. Ele terá prazer
em aparecer no seu evento/ação/projeto, se você puder alimentar os
assuntos/discussões com substância. O disruptor deseja explorar um
território desconhecido, então, ao convidá-lo, deve-se estar com a
mente aberta, pronto para pensar fora da caixa e quebrar paradigmas.
• O jornalista: influenciador moderno, que busca se envolver com uma
história interessante, exclusiva e oportuna. No entanto, uma vez que os
métodos tradicionais de relações públicas se modificam cada vez mais,
procure construir com esse tipo de influenciador relacionamentos mais
autênticos, para levá-lo a aderir à sua campanha.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/influenciador-m%c3%addia-social-mu-
lher-4492841/>. Acesso em 7 ago. 2022.
105
Diante dos tipos que elencados, fica claro que as empresas precisam criar
relacionamentos mais próximos dos influenciadores digitais, para, assim, identificar
aqueles que se adequam aos objetivos pretendidos por cada organização.
Quando se fala em indicadores de conversão, consideram-se, de acordo
com Antero (2021):
106
FIGURA 20 - PLANEJAMENTO DAS AÇÕES
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/m%c3%addia-social-intera%c3%a7%-
c3%a3o-mulher-7366094/>. Acesso em 7 ago. 2022.
107
LEITURA COMPLEMENTAR
108
A exemplo do movimento de empoderamento feminino, um assunto que
vem sendo discutido na atualidade. Este consiste no conhecimento coletivo, mani-
festada por ações para fortificar as mulheres e potencializar a igualdade de gênero.
E grandes representantes servem de influência para as demais mulheres. Kotler
(2017, p.604) afirma que “a influência das mulheres em casa e no trabalho está
crescendo. Como coletoras de informações, compradoras holísticas e gerentes do
lar, as mulheres são fundamentais para a conquista de participação [...]”. E com
esse crescimento marcas como Unilever, Votorantim, Avon entre outras, vem in-
vestindo nesse público devido ao grande crescimento (GOMES, 2017).
Para a influência dar certo, não precisa manobrar, corrupção para as pes-
soas fazerem o que a outra quer. Inclusive Hill (2012, p.20) ressalta que “influenciar
é diferente de manipular e persuadir”. Mas o exemplo é a palavra principal, atraindo
o indivíduo a gostar de você e confiar no seu ponto de vista, atraídos por um senti-
mento otimista. No mundo cada vez mais conectado a utilização da influência vem
sendo importante para quem quer alavancar seus interesses.
1
Influencers: são pessoas presentes em redes sociais e outros veículos de troca de informação no meio digital
que possuem um grande volume de pessoas engajadas com seu conteúdo (números que chegam a milhões de
seguidores) e alto poder de influência sobre elas (MATOS, 2018).
109
estava presente em 92,6% dos 69,3 milhões de domicílios. O real está se tornando
cada vez mais virtual e, decorrente dessas transformações, as organizações estão
se moldando para atender esse novo público-alvo.
É significativo lembrar a importância do Marketing de Influência nesta nova
fase virtual, pois, é uma forma estratégica de relacionamento com clientes. “Uma
diferença fundamental entre Marketing de Influência e o Tradicional é que o pri-
meiro não é criado pela marca” (JUNG, 2019). Para Matos (2018) “Marketing de In-
fluência, ou Influencer Marketing, diz respeito a uma estratégia de marketing digital
envolvendo produtores de conteúdo independentes com influência sobre grandes
públicos extremamente engajados”.
Através dos métodos de Marketing de Influência não é mais necessário fazer
grandes campanhas publicitárias. Atualmente faz-se campanhas publicitárias na
chamada propaganda boca a boca que é uma forma informal de definir o Marketing
de Influência. Também conhecida como “propaganda boca a boca”, tornou-se a
nova definição de “fidelidade” na última década (KOTLER, 2017, p.444).
Com o conhecimento do que é o Marketing de Influência as organizações
conseguem uma chance para estabelecer negócios entre empresa e influenciador,
no objetivo de apresentarem seus produtos e serviços. Aplicar essa nova aborda-
gem na empresa é de grande relevância, pois a organização pode dividir os tipos
de clientes e as formas de atitudes, escolhendo o influenciador mais adequado
para o público alvo. “A conectividade acelera a dinâmica dos mercados a ponto de
ser praticamente impossível para a empresa ficar sozinha e depender apenas dos
recursos internos para ser bem-sucedida” (KOTLER, 2017, p.341).
Alguns pontos positivos para incluir o Marketing de Influência nas organiza-
ções é o alcance para buscar os influenciadores que se adéquam melhor na empresa,
pesquisando as redes sociais que os clientes estão presentes, e quais influenciado-
res estão seguindo; a credibilidade na marca torna-se mais forte, pois o consumidor
está mais apto a confiar em um amigo ou influencer do que grandes campanhas
publicitárias sobre o uso de determinada marca/serviço; baixo custo para realizar
campanha publicitária, em alguns casos só necessário o uso de um celular.
Para a inserção dos procedimentos de influência na organização, alguns
tópicos são relevantes como: ter uma estratégia clara do que se quer alcançar e
os limites e possibilidades encontradas; estudar o público conhecendo gosto e opi-
nião, analisando como é feita o processo de decisão da compra do produto/serviço;
procurar os influencers que condizem com o comportamento do consumidor alvo
da organização; ficar atento com as mudanças comportamentais do consumidor;
passar confiança ao ponto de se tornar referência no mercado que atua. “Clientes
considerados fiéis a uma marca estão dispostos a endossá-lo e recomendá- la aos
amigos e à família” (KOTLER, 2017, p.451).
110
A utilização dos planos voltados ao Marketing de Influência converge em es-
tar atento com o mundo digital, que por sua vez está em transformação constante-
mente. Promover novas formas de negócio em uma sociedade que busca valor nas
decisões de compra, desafiando a cada dia os profissionais de marketing. A Nielsen
(2019) uma empresa especialista no comportamento dos consumidores afirma que
os consumidores “buscam mais sentido e relevância na forma como consomem”.
METODOLOGIA
O artigo trata como principal característica metodológica a pesquisa biblio-
gráfica, um procedimento essencial na pesquisa científica. Alcançando explorações
acadêmicas nacionais e internacionais, sites especializados, artigos, livros sobre
Marketing na era digital e Influência, com o objetivo do entendimento conceitual.
A pesquisa bibliográfica tem como “finalidade é colocar o pesquisador em
contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado as-
sunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por
alguma forma, quer publicadas, quer gravadas” (LAKATOS e MARCONI, 2003). Fo-
ram escolhidos dois autores bases para a elaboração do artigo, o primeiro Philip
Kotler (2017), que é considerado o pai do marketing moderno e o segundo Symon
Hill (2012) especialista em comunicação interpessoal. Evidencia-se a aplicação da
pesquisa exploratória como um método de suporte a bibliográfica, desde que é um
tema novo e pouco estudado, as pesquisas exploratórias “possibilitam aumentar o
conhecimento do pesquisador sobre os fatos, permitindo a formulação mais preci-
sa de problemas, criar novas hipóteses e realizar novas pesquisas mais estrutura-
das” (OLIVEIRA,2011, p.20).
O artigo direcionou a uma análise qualitativa, buscando compreender a es-
sência do fenômeno pesquisado e um aprofundamento das averiguações referen-
tes ao estudo. “O uso da descrição qualitativa procura captar não só a aparência do
fenômeno como também suas essências, procurando explicar sua origem, relações
e mudanças, e tentando intuir as consequências” (OLIVEIRA, 2011, p.24).
ANÁLISE E DISCUSSÕES
Desde a evolução da era digital o comportamento do consumidor vem mu-
dando, saindo de um personagem passivo, para um ser ativo composto por opinião.
Decorrente dessas mudanças, as organizações vêm se reinventando, para sugerir
uma melhor percepção do que a marca propõe.
111
O INFLUENCIADOR DIGITAL (DIGITAL INFLUENCER)
Em algum momento do cotidiano o nome Digital Influencer já foi ouvido em
alguma plataforma digital. Esse novo termo está cada vez mais inserido na rotina
dos consumidores, uma nova profissão decorrente da evolução tecnológica, alte-
rando os padrões comportamentais de consumo.
“O Digital Influencer é a pessoa capaz de influenciar o comportamento e
opinião de milhares de pessoas por meio do conteúdo que publica em seus canais
de comunicação, como Facebook, Instagram, Twitter e YouTube” (NOGUEIRA, 2019).
Encontra-se uma diversidade de influenciadores dos vários tipos de atuação: Saú-
de, Moda, Beleza e Estética, Esportes, Humor, Política, Grupos Sociais etc.
O Digital Influencer é um profissional relativamente novo no mercado. Ele
trabalha com a produção de conteúdo e como o próprio nome diz, usa
a sua influência em um nicho segmentado de pessoas que acreditam
em sua opinião e buscam referências para suas atitudes e decisões de
compra. (ALSO, 2018).
Os Influencers utilizam as mídias digitais para expor sua opinião, seu coti-
diano de maneira autêntica, transmitindo confiança aos seus seguidores, o público
alvo. “Por isso as pessoas que se identificam com aquele influencer, passam a se-
guir seus passos em todas as redes, buscando uma identificação” (GOMES, 2018).
Nos dias atuais o número de influenciadores aumentou, devido ao crescimento da
mídia digital, decorrente disso as marcas começaram a utilizá-los como um novo
meio de propagação comercial.
Escolher o melhor tipo de influenciador para o objetivo estratégico da or-
ganização é um passo importante, Granja (2017) co-fundadora do YouPix autori-
dade em entretenimento digital diz que existem 3 fatores para distinguir o tipo de
influenciador: “o seu alcance, que é o tamanho da audiência, a ressonância, onde é
repercussão e capacidade de engajamento2 junto à audiência, e relevância, fit3 com
o assunto ou valores da marca”.
Se a meta da organização é apenas visibilidade da marca para diversos tipos
de público, escolher por um influenciador com o alcance alto é a melhor opção, ou
se a marca deseja uma interação entre influenciador e consumidor, influenciadores
com a ressonância boa é o perfil adequado, pois haverá engajamento, mas, no caso
de uma compreensão maior da marca e seus fundamentos, optar pelo influencia-
dor com relevância é uma excelente idéia, pois esse tipo de influenciador tem auto-
ridade em um determinado tipo de assunto.
2
Engajamento: é envolvimento, interação, relacionamento com a marca, que vai além do número de seguidores
em uma rede social ou likes em uma postagem (REZ, 2014).
3
Fit: palavra inglesa. Adjetivo: apto, adequado. Fonte: Linguee, acesso em: 26/08/2019.
112
Uma pesquisa realizada pela Nielsen (2012) aos consumidores latinos cons-
tatou que no ato da compra, 92% dos consumidores confiam mais nas recomenda-
ções das pessoas que gostam. Usar a estratégia da confiança é um dos métodos de
um influenciador que quer estar interagindo com os seus seguidores.
Os criadores de conteúdos digitais reproduzem um determinado tipo de pú-
blico. Por exemplo, Niina Secrets4 uma influencer brasileira de moda e beleza que
conquistou mais 3 milhões de seguidores no seu canal no YouTube, dando dicas de
maquiagem, cuidados com a beleza, hoje ela faz parcerias com várias marcas que
tem a ver com seu mercado de atuação como: cosméticos, roupa, sapato, decora-
ção, maquiagem, um nicho de oportunidades.
O tipo de perfil dos seguidores dos Digitais Influencers está voltado dire-
tamente a qual estilo de vida o Influenciador possui, se um Influenciador aborda
temas relacionados ao universo fitness, seus seguidores em grande parte serão
pessoas que gostam e se identificam com movimento fitness.
Para se tornar referência é preciso ter um público assíduo nas redes sociais,
para que os seguidores se sintam representados e criando o sentimento de iden-
tificação. Nesse processo de representatividade que as empresas fazem parcerias
com os influenciadores, buscando um meio entre o consumidor e um porta-voz da
marca, facilitando a maneira de negociar.
A forma como os consumidores estão gerindo a publicidade mudou, então no-
vos métodos e estratégias para impactar o consumidor no processo decisório devem
ser inseridos na organização. Mas todo procedimento publicitário decorre de tempo e
dedicação, conciliar tempo em um mundo cada vez mais veloz e custoso é então que o
Influenciador pode transformar a sua estratégia de forma rápida e natural.
Para Kotler (2017, p.441) “no futuro, será ainda mais difícil transmitir uma
mensagem de marca. A atenção do consumidor será escassa”. Fazer com que o
influenciador apresente a marca para o seu público, que é o consumidor alvo da
organização é um método mais eficaz, compartilhando idéias e experiências com
os seguidores.
A conectividade permite aos consumidores expressarem opiniões que
os outros poderão ouvir. Ela muda a mentalidade deles, levando-os a
assumir que conselhos de estranhos podem ser mais confiáveis do que
a recomendação de uma celebridade que endossa uma marca (KOTLER,
2017, p. 441).
4
O canal de Bruna Martins (Niina Secrets) possui 3.780.179 de inscritos. Fonte: YouTube, acesso em 24/08/2019.
113
Para se tornar um influenciador alguns passos são necessários, o primeiro
deles é saber que um influenciador não vive apenas de viagens, luxo, fotos e “rece-
bidos” etc. O influencer deve elaborar um plano mercadológico, para saber resolver
assuntos de qual conteúdo compartilhar, finanças, e o público-alvo, uma ferramen-
ta a ser utilizada é o Marketing de Influência.
Outro passo é a escolha do público, em qual segmento seguir, elaboran-
do assuntos relacionados ao tema escolhido. Isso faz com que o influencer ganhe
visibilidade, atraindo o olhar das marcas que seguem a mesma representação de
persona. A influenciadora Rayza Nicácio, com mais de 1 milhão de seguidores no
seu canal de YouTube, começou com poucos seguidores, sempre abordando tema
sobre a aceitação do cabelo cacheado e crespo, hoje com a notoriedade de empre-
sas como Seda, elaborou uma linha capilar especializada para esse tipo de cabelo,
o Seda by Rayza.
O Influenciador não pode aparentar entendimento nos temas, sem realmen-
te viver aquilo que se prega, os seguidores e as marcas estão atentos a autenticida-
de do influencer. As empresas estão bem mais atentas “hoje em dia e sabem muito
bem diferenciar um falso influenciador” (GOMES, 2018).
Transformar-se em um Digital Influencer requer paciência e tática O merca-
do tecnológico tende a aumentar, e transmitir os valores e informações das marcas
por indivíduos influentes por intermédio do Marketing de Influência, onde é impres-
cindível para a organização. A internet “trouxe conectividade e transparência às
nossas vidas, tem sido em grande parte responsável por essas transformações”
(KOTLER, 2017, p. 148).
114
RESUMO DO TÓPICO 3
115
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Jornalista.
b. ( ) Insider.
c. ( ) Disruptor.
d. ( ) Ativista.
116
3. Como a maioria dos planejamentos, o planejamento mercadológico é um
procedimento gerencial que visa a gerar ações que mantenham alinha-
dos os objetivos, as metas e os recursos da empresa em que serão em-
pregados, devendo ser adaptável às mudanças de cenário. De acordo as
características dos influenciadores, classifique em V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – V.
117
REFERÊNCIAS
MARTINO, Luis Mauro Sá. Teoria das mídias digitais. Rio de Janeiro: Vozes, 2015.
Biblioteca Virtual.
TERRA, Carolina Frazon. Mídias sociais... e agora? São Paulo: Difusão, 2017.
Biblioteca Virtual.
118
UNIDADE 3
NOVAS TÁTICAS
PARA ALAVANCAR
A TECNOLOGIA DE
MARKETING
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer as principais táticas para alavancar a tecnologia de marketing;
• entender como criar um ecossistema de dados para uma melhor seleção
de mercados-alvo;
• saber como antecipar as demandas do mercado com ações proativas;
• entender como criar uma experiência personalizada de percepção e resposta.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – MARKETING DIRECIONADO POR DADOS
TÓPICO 2 – MARKETING AUMENTADO
TÓPICO 3 - MARKETING ÁGIL
TÓPICO 1
MARKETING
DIRECIONADO
POR DADOS
1 FERRAMENTAS MERCADOLÓGICAS
Olá, estudante! No decorrer do tópico 1 iremos abordar a importância da
pesquisa de dados para o controle das ações de marketing e suas funcionalidades.
No tópico 2, iremos conhecer as estratégias que são utilizadas para desen-
volver a propagação do marketing para um público alvo, utilizando ferramentas de
tecnologia para expansão das ações mercadológicas.
Por fim, no tópico 3, iremos focar no marketing ágil com uso de ferramentas
que desenvolvem o controle das ações de mídias para os consumidores.
1.1 INTRODUÇÃO
Dentro de marketing de dados é fundamental que as empresas fidelizem
seus clientes e também estabeleçam novas conexões.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/m%c3%addia-social-social-teclado-%c3%a-
dcone-4140959/ >. Acesso em: 17 ago. 2022.
121
Neste momento, você compreenderá a importância do uso das tecnologias
no relacionamento com o cliente. Além disso, conhecerá os canais mais utilizados
no marketing de relacionamento, bem como as ferramentas e tecnologias que as
empresas podem usar, identificando as vantagens e desvantagens de cada uma
delas e sua efetividade em diferentes situações.
ATENÇÃO
É importante gerenciar o relacionamento com os clientes e atividades da for-
ça de vendas, buscando automação. Para que as estratégias do marketing de
relacionamento funcionem, é de extrema importância que a empresa cons-
trua um banco de dados atualizado sobre seus clientes, viabilizando proces-
sos de comunicação e formas de fidelizar seus clientes.
122
FIGURA 2 - RELACIONAMENTO COM CLIENTE
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/business-technology-cidade-li-
nha-5475661/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
123
1.3 GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES
Para um bom relacionamento, é preciso que a empresa disponha de todos
os dados dos clientes. Um ponto de partida é a própria gestão de relacionamento
com o cliente (Customer Relationship Management — CRM), que é responsável por
todo o gerenciamento das informações detalhadas de cada cliente e dos pontos
de contato com ele. Com um CRM, é possível conhecer o cliente de perto e aces-
sar informações como perfil, dados pessoais e histórico de compras. Fazendo uso
dessas informações, a empresa pode oferecer um melhor atendimento, podendo
customizar serviços, produtos, programas, mensagens e até suas campanhas de
comunicação e mídia.
FIGURA 3 - CRM
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/marketing-de-email-5937010/>.
Acesso em: 17 ago. 2022.
Segundo Antero (2021), o CRM pode ser definido como o processo que
mantém armazenado o máximo de informações sobre cada cliente, permitindo que
sejam feitas ações que fortaleçam o relacionamento e estimulem a fidelidade, de
forma direcionada e a longo prazo. O CRM não é um software, apesar de existirem
diversas plataformas que fazem CRM; na verdade, ele é o processo e pode ser rea-
lizado de diversas formas, desde anotações em um caderno, planilha de Excel até
a utilização de plataformas.
124
IMPORTANTE
Não se trata especificamente de uma ferramenta, e sim de um sistema que
visa manter armazenadas todas as informações relativas ao cliente e a gestão
dessas informações, e não com o modo como serão armazenadas. Informa-
ções como aniversário, dados pessoais, frequência e preferências de compra,
hábitos e histórico de compras são alguns exemplos.
125
FIGURA 4 - TREINAMENTO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/marketing-marketing-digital-3724797/>.
Acesso em: 17 ago. 2022.
126
NOTA
Há muitos anos milhões de dólares são investidos mundialmente na realização
de pesquisas mercadológicas visando a compreender como oferecer de maneira
mais assertiva determinado produto, serviço, inaugurar um ponto de venda ou
receber retorno dos consumidores sobre suas aquisições de produtos e serviços.
FIGURA 5 - ANÁLISE
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/sucesso-seo-o-neg%c3%b3cio-planeja-
mento-4165306/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
127
Você teve um dia bastante atribulado e, é claro, deve estar sentindo can-
saço. Porém, o tanto que foi processado pela maioria restante, a “caixa-preta”, que
corresponde a mais ou menos 90% da mente humana, não é possível conhecer. É
onde atua a esfera do inconsciente. O paralelo que você deve compreender é: se
realizou tantas atividades, e isso equivale a quase 10% da consciência, imagine o
que borbulha no seu inconsciente nove vezes maior. De fato, cada um de nós guar-
da um tesouro, e a neurociência do consumidor chegou para ajudar a resgatá-lo,
desvendando suas preciosidades.
Nossos sentidos recebem aproximadamente 11 milhões de informações
por segundo. A maior parte ocorre por meio dos olhos, e nosso consciente só tem
condições de processar 40 bits de informação por segundo. Logo, todo o restante
opera em nível inconsciente (ANTERO, 2021).
Quando aplicada ao segmento de negócios, a neurociência tem como fun-
ção mapear as alterações que acontecem na caixa craniana dos consumidores
quando são expostos a estímulos mercadológicos (MARTINO, 2015). Embora tanto
o idioma quanto a maneira como as pessoas se expressam mudem conforme o país
e a cultura, a linguagem cerebral é universal, o que permite o desenvolvimento de
normas globais (JUNIO; AZEVEDO, 2015).
A neurociência entra em cena quando os profissionais de marketing neces-
sitam destrinchar o que os consumidores desejam e precisam. Acerca dessa ques-
tão, é importante ressaltar, mais uma vez, que mesmo que você pense que está
selecionando um produto ou marca de maneira consciente, imperam no processo
mecanismos não conscientes que definirão sua decisão de compra. Por isso, a neu-
rociência se entrelaça ao marketing, contribuindo para desvendar os mistérios que
permeiam todas as etapas do processo de decisão de compra. Como a neurociên-
cia aplicada ao marketing se revela um novo campo do saber, ainda existem muitas
divergências nos resultados que podem ser alcançados por meio dela.
Por isso, é necessário um profundo debate entre apoiadores e críticos da
metodologia neurocientífica para a pesquisa de marketing. Essa discussão evi-
denciaria como a neurociência pode auxiliar ou não no entendimento dos fenôme-
nos mercadológicos. Além disso, é salutar o engajamento entre pesquisadores de
marketing e neurocientíficos para aprimorar a publicação em revistas científicas
com fundamentos metodológicos mais consistentes e base teórica mais ampla,
de modo que o comportamento e a neurociência do consumidor sejam ciências
aliadas, visando a um mesmo objetivo (JUNIO; AZEVEDO, 2015).
Somos consumidores o tempo todo. Passamos mais tempo envolvidos com
atividades de consumo do que com qualquer outra coisa, o que inclui os períodos
que estamos vinculados ao trabalho ou simplesmente dormindo – atividades que
também abarcam o consumo (ANTERO, 2021). Estudar o comportamento de con-
sumo é uma grande vantagem competitiva para as empresas, uma vez que utilizar
128
pesquisas e fundamentação teórica para essa compreensão traz mais segurança
e credibilidade às decisões mercadológicas do que se basear em palpites vagos ou
no faro empresarial.
São diversas perguntas que fazem parte do escopo de análise de muitos
teóricos tanto do marketing quanto da psicologia, mas uma das principais é: o que
leva as pessoas às compras?
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/designer-de-web-o-facebook-1953128/>.
Acesso em: 17 ago. 2022.
129
ATENÇÃO
A pesquisa qualitativa engloba as discussões em grupo, e a quantitativa reali-
za levantamentos de dados por meio de questionários estruturados, com se-
quência lógica de perguntas. Há também a modalidade de cliente misterioso
(ou cliente oculto), em que o próprio consumidor avalia os serviços de pontos
de venda previamente indicados.
130
é possível compreender como eles agem ao tomar decisões e quais efeitos certos
produtos causam nos consumidores (JUNIO; AZEVEDO, 2015). A neurociência for-
nece subsídios para as ações estratégicas que serão estruturadas no escopo de
marketing, dando voz ao neuromarketing.
FIGURA 7 - NEUROCIÊNCIA
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/c%c3%a9rebro-mente-neuroci%c3%aan-
cia-cerebral-6498036/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
131
No entanto tal estudo é oneroso, pois utiliza aparelhos com alta tecnolo-
gia, de difícil acesso para a maioria das empresas, além de pessoal especializado
para realizar a leitura dos dados coletados. Grandes empresas que são conhecidas
por utilizar técnicas de neuromarketing são Hyundai e Google. A Hyundai utilizou o
eletroencefalograma por meio de bonés com eletrodos para avaliar o protótipo de
um veículo, focando o quesito usabilidade. Durante uma hora, 30 participantes (15
homens e 15 mulheres) avaliaram um carro (ANTERO, 2021).
Os aparelhos mediram as atividades cerebrais dos participantes relaciona-
das a cada característica do modelo. Assim, ficou mais fácil identificar situações e
estímulos para o cliente decidir e efetivar a compra (BURKITT, 2009). Em relação
à Google, demonstrou-se que os anúncios de sobreposição que surgem nos con-
teúdos da rede social YouTube prendem a atenção dos consumidores e expandem
o conhecimento da marca (JUNIO; AZEVEDO, 2015). As ações de neuromarketing,
portanto, visam a compreensão das reais necessidades e desejos das pessoas. Por
meio desse conhecimento, os profissionais de marketing podem desenvolver me-
lhores produtos e ter menos desperdício em campanhas publicitárias.
Assim o neuromarketing atua na compreensão do comportamento do
consumidor e na otimização da relação empresa-cliente, que tem como proposta
analisar com profundidade os enigmas presentes na caixa-preta do consumidor e
como essas forças conduzem ao processo de compra. Como resultado, as empre-
sas entregam para os consumidores produtos e serviços cada vez mais alinhados
com as preferências de consumo, utilizando mensagens publicitárias articuladas
com o conteúdo que habita a parte não consciente do cérebro do público-alvo.
Contudo, na era hipermoderna, conceito difundido por Lipovetsky (2007), em
que somos continuamente rastreados por potentes ferramentas de comunicação,
também exprimimos nossa vulnerabilidade. Isso ocorre porque conhecemos pouco
os produtos e serviços que nos são oferecidos e a lógica envolvida nas relações de
consumo. O neuromarketing tem relação direta com o princípio da vulnerabilidade,
pois utiliza a análise fisiológica do cérebro e das manifestações corporais durante o
ato de compra para propor novas táticas de persuasão. A relação empresa-cliente
mostra-se assimétrica, uma vez que os profissionais de marketing deteriam toda a
expertise para persuadir os consumidores.
A legislação brasileira, além disso, não apresenta dispositivos que protejam
a vontade refletida do consumidor (TERRA, 2015). Por isso, o neuromarketing tem
também uma responsabilidade ética por parte de quem o maneja. Os profissionais
de marketing podem usar esse instrumento de forma a compreender nosso com-
portamento de consumo, que esconde desejos, impulsos, motivações, preferências
e outros detalhes que o cérebro ainda está por revelar. Vender em marketing não é
132
o objetivo em si, mas faz parte das consequências de ações mercadológicas bem
elaboradas baseadas no comportamento do consumidor (WOLF, 2019). Vamos ana-
lisar a seguir um exemplo de neuromarketing aplicado aos pontos de venda de um
shopping center.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/empreendedor-criatividade-inova%-
c3%a7%c3%a3o-4784289/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
133
Inicialmente, ao entrar no local, João sentiu o aroma presente nos corredo-
res, mas provavelmente não se deu conta disso. Também sentiu o cheiro da unida-
de da franquia de fast food e, quando sentiu fome, buscou esse restaurante para se
alimentar. A camiseta com desconto de 50% e o perfume oferecido pela vendedora
também estão em suas sacolas. Ele não perderia a oportunidade de comprar uma
das “últimas unidades” da camiseta com desconto, nem experienciar o perfume-
-lançamento que está em todas as mídias sociais. Quanto ao presente adquirido
na loja de pijamas, ele se lembrou de todas as boas experiências que já teve com a
marca, desde sua infância, sentiu o aroma da loja e se viu anos atrás com sua avó
fazendo compras em uma certa rua do bairro.
O processo de consumo começa com as experiências que temos ao longo
da vida (JUNIO; AZEVEDO, 2015). Podemos facilmente verificar que, em toda a si-
tuação proposta no exemplo, permeia a memória.
FIGURA 9 - ESTRATÉGIA
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/marketing-digital-seo-google-1725340/>.
Acesso em: 17 ago. 2022.
134
Paralelamente a esse movimento de crescimento do mercado, percebemos
mudanças também na forma como o ser humano pensa o planeta e a sua própria
existência, que propicia debates e ações de responsabilidade social postas em prá-
tica pelas organizações em busca de uma sociedade mais justa e equilibrada. Essas
mudanças implicaram também ajustes nas disciplinas que compõem as ciências
da administração, entre elas o marketing. O marketing surgiu com foco voltado ao
ambiente de negócios das organizações que visam o lucro a partir das suas ações
também conhecidas como empresas, oferecendo ferramentas de análise para a
alavancagem dessa lucratividade, ou seja, o marketing contextual está associado à
forma de enxergar as ações do marketing.
Aqui podemos demarcar um dos objetivos mais significativos das ações de
marketing contextual desenvolvido pelas organizações: a mudança de comporta-
mentos. Porém, para promover essas mudanças comportamentais desejadas, são
utilizadas as ferramentas típicas do marketing de negócios, com as adaptações
que se fizerem necessárias.
Por isso, você deverá conhecer inicialmente alguns dos principais conceitos
do marketing de negócios ou contextual, começando pelo chamado composto ou
mix de marketing tradicional, criado por Antero (2021):
• preço;
• promoção;
• praça;
• produto.
• preço;
• promoção;
• praça;
135
• produto;
• pessoas;
• processo.
FIGURA 10 - COMPORTAMENTO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/business-technology-cidade-li-
nha-5475661/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
A mudança de valor pode ser entendida como a mais complexa, pois envolve
a mudança de modelos mentais, ou seja, de crenças e valores que estão enraizados
nos indivíduos, fazendo-os agir e pensar a partir dos consumidores. Esses são os
136
principais elementos que devem ser observados para que haja de fato comunicação
entre aquele que transmite a mensagem (emissor) e aquele que a recebe (receptor).
A mensagem vem a ser o ato discursivo em si que se pretende comunicar.
O código refere-se à forma como essa mensagem está sendo construída,
normalmente relacionado ao idioma e à língua dos envolvidos. O canal, por sua vez,
será o meio utilizado para transmitir a mensagem, variando desde a própria fala até
os mais diversos recursos da mídia e das redes sociais.
Outro aspecto importante para as campanhas de marketing social diz res-
peito ao contexto, também conhecido como referente, que evidencia a capacidade
dos públicos envolvidos de entender a mensagem. Em essência, cada pessoa pos-
sui uma capacidade de entendimento, que foi produzida com o passar do tempo
por meio das aprendizagens que recebeu e que lhe fornecem condições de inter-
pretar e concluir a partir desse repertório de referência. Quando o emissor possui
um contexto muito diferente e mais complexo do que o receptor, precisa ajustar a
sua linguagem, adaptando o código utilizado ao nível de entendimento do receptor,
caso contrário, a comunicação será prejudicada. Por esse motivo, as estratégias de
marketing social costumam utilizar uma linguagem simples e objetiva, que leve ao
entendimento de todos.
FIGURA 11 - COMUNICAÇÃO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/rede-social-rede-social-tecnolo-
gia-3075716/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
137
RESUMO DO TÓPICO 1
• Embora o CRM seja o processo, e não o local onde essas informações serão ar-
mazenadas, é essencial que a empresa avalie a melhor alternativa para o registro
dessas informações, de forma que fiquem sempre atualizadas.
• Dependendo do volume e da demanda de informações e clientes, não é
possível mantê-las numa planilha, e a atualização desses dados começará a tor-
nar-se inviável.
• O estudo do comportamento do consumidor explora como grupos e indivíduos
adquirem produtos e serviços, como selecionam ou abandonam determinadas
marcas, quais são seus hábitos e preferências de consumo, quais são suas ne-
cessidades e desejos, suas motivações, entre outras análises que visam identificar
necessidades e desejos de clientes e não clientes, de modo a também cativá-los.
• O profissional de marketing pode disponibilizar produtos e mensagens prove-
nientes dos resultados das análises da ciência do cérebro, ação que irá estabe-
lecer um novo momento, vinculador, entre ele e os consumidores.
138
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Tecnologia.
b. ( ) Inovação.
c. ( ) Ferramentas.
d. ( ) Treinamento.
I. Preço;
II. Promoção;
III. Eventos.
139
3. O nível corporativo ou global é o mais amplo, pois engloba a organização
na sua plenitude, sendo realizado nesse nível diversos planejamentos que
serão utilizados posteriormente. Já no segundo nível, divisional ou re-
gional, são executados planejamentos apenas nas divisões da empresa,
podendo ser diferentes para cada propaganda ou movimento de dados
dentro das ações de marketing. De acordo com estudado sobre os níveis
de maturidade das empresas sobre mix de marketing de dados, classifi-
que em V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Produto.
( ) Pessoas.
( ) Processo.
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) V – V – V.
140
TÓPICO 2
MARKETING
AUMENTADO
1 INTRODUÇÃO
Os últimos anos foram marcados por constantes transformações e, diante
da popularização dos computadores, o conceito de informação adquiriu um signi-
ficado diferente. Vivemos em um mercado altamente globalizado, no qual surgem
constantemente novos produtos, serviços e descobertas. “Um conjunto de macro-
invenções preparou o terreno para o surgimento de microinvenções nos campos da
agropecuária, indústria e tecnologia” (JUNIO; AZEVEDO, 2015, p. 37).
Desta forma, precisamos citar que no controle da inovação e da tecnologia,
toda informação se torna base para gerar novos conteúdos e assim tornar as infor-
mações mais acessíveis para que todos possam se tornar mais competitivos, seja
através do capital intelectual ou no conhecimento mercadológico frente às concor-
rências. Contudo, quando o olhar se volta ao ambiente organizacional, é necessário
compreender que tais mudanças tecnológicas envolvem uma série de fatores e
estratégias que são estabelecidas para atingir os objetivos organizacionais, como
aumentar a capacidade produtiva e melhorar a comunicação externa e interna.
Com os avanços da tecnologia, os conceitos de fronteira e distância também foram
ressignificados, e a comunicação ficou mais próxima, rápida e interativa.
FIGURA 12 – PROCESSOS
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/seo-otimiza%c3%a7%c3%a3o-3007488/>.
Acesso em: 17 ago. 2022.
141
1.1 USO DA TECNOLOGIA PARA MARKETING
É fato que as TICs compõem um fator preponderante para o desenvolvi-
mento e têm possibilitado cada vez mais a utilização de ferramentas de comunica-
ção, principalmente a interna.
ATENÇÃO
Não há dúvidas quanto à importância do uso das TICs no contexto organiza-
cional. É notório o acompanhamento dessa evolução, principalmente para as
funções da administração, planejamento, organização, liderança e controle,
bem como tomada de decisão por parte dos gestores organizacionais.
FIGURA 13 - INFORMAÇÕES
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/digital-marketing-procurar-mo-
tor-4368784/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
142
• Quantidade da informação — dificilmente os administradores podem
tomar decisões precisas e oportunas sem informações suficientes. Con-
tudo, é fundamental que não haja uma inundação de informações, de
modo a esconder as que são importantes.
143
• estratégia competitiva;
• economia direta;
• utilização de infraestrutura pública.
Vários outros benefícios podem ser observados com o uso das tecnologias,
como integração da empresa, aumento na velocidade dos negócios, melhoria no
desempenho dos processos, maior integração entre os funcionários e maior rapi-
dez na tomada de decisões e nas análises internas. Além disso, elas aprimoram a
capacidade de reconhecer antecipadamente os problemas e as oportunidades.
FIGURA 14 - TECNOLOGIA
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/com%c3%a9rcio-eletr%c3%b4nico-on-li-
ne-3562191/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
INTERESSANTE
Com a evolução nas formas de buscar, adquirir, armazenar, recuperar, disse-
minar e usar o conhecimento, o elo entre a informação e os profissionais fica
cada vez mais próximo. Saber se comunicar e utilizar as ferramentas adequa-
das nesse processo é primordial dentro das empresas.
144
A comunicação interna nas empresas muitas vezes é vista como um con-
junto de processos de envio de informações, em geral de líderes a subordinados.
No entanto, podemos observar que é bem mais do que simplesmente um diálogo
hierárquico, possibilitando grandes ganhos institucionais.
As empresas têm utilizado as tecnologias para melhorar os seus proces-
sos internos, bem como desenvolvido sistemas internos que permitem a ligação da
empresa com fornecedores, clientes e parceiros de negócios, de modo a aumentar
a eficiência ao longo da cadeia de valor. Além disso, fazem uso de ferramentas
internas que possibilitam uma melhor comunicação e diálogo entre as pessoas de
um mesmo departamento e entre departamentos, o que é viabilizado pelo uso da
intranet. A internet tem propiciado um aumento dos impactos potenciais da TI, aju-
dando a obter uma vantagem competitiva em suas relações com concorrentes,
novos participantes do mercado e produtores de produtos similares.
FIGURA 15 - COMUNICAÇÃO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/boletim-informativo-teclado-en-
viar-4308826/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
145
• Melhora nos fluxos de trabalho: destacam-se a digitalização e as comu-
nicações sem fio com aplicação das tecnologias de automação de pos-
tos de trabalho, como sistemas de telecomunicação, processamento de
textos, planilhas eletrônicas e gráficos de computador, bases de dados
on-line e off-line, correio eletrônico (e-mail), redes locais de computa-
dores (intranet) e internet;
• Eliminação ou amenização dos gargalos informacionais: um dos objeti-
vos da TI é coordenar as atividades, organizando-as em torno de uma
unicidade de critérios. Para tanto, os fluxos informacionais aprimora-
dos constantemente prestam-se a atender à constante mudança nos
padrões exigidos da organização no tratamento das informações. A TI,
organizada em sistemas de informação, à medida que automatiza e se-
quencia as atividades do fluxo de um modo racionalmente otimizado,
contribui para a eliminação ou amenização dos gargalos;
• Facilitação na seleção e busca de dados e informações: aliada à comu-
nicação, a TI surge como conjunto de instrumentos que contribuem para
uma melhor filtragem e seleção de dados e informações importantes para
a empresa. A TI, conforme possibilita o tratamento das mensagens sob
óticas diferentes pré-estabelecidas, contribui para que, ao mesmo tem-
po, a mensagem tenha um enfoque detalhista e outro geral, auxiliando
nas situações decisórias vivenciadas pelos indivíduos das organizações;
• Maximização dos conhecimentos compartilhados pelo pessoal interno:
propiciada por ferramentas de gestão do conhecimento e pelas práticas
de educação corporativa por meio de comunidades virtuais de apren-
dizagem. De tantas informações adquiridas, é preciso extrair conheci-
mento e aprimoramento constante;
• Atualização constante de dados e informações: tem sua relevância
acentuada pelo caráter perecível do contexto informacional. A TI é com-
posta por ferramentas computadorizadas com capacidade de alteração
automática do conjunto de dados e informações armazenados;
• Barateamento da disseminação de mensagens: a criação de um espaço
virtual comum em rede pode ser um meio de disponibilizar mensagens a
um baixo custo, como o uso do correio eletrônico (e-mail) e da intranet;
• Facilitação da mobilidade pessoal: devido à existência de intranet, inter-
net, telecommuting, tecnologia wireless, videoconferência e flex offices
(espaços flexíveis de trabalho). Esses espaços visam oferecer, além do
suporte tecnológico de sistemas de informação, um aparato espacial
que proporcione conforto aos funcionários móveis.
146
Falar em tecnologias que possibilitem uma melhor comunicação interna é ir
um pouco além na busca e concretização de um sistema interno que possa gerar
possibilidades de uma nova dinâmica nos fluxos de informação/comunicação orga-
nizacionais, como a utilização da intranet.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/marketing-de-m%c3%addia-so-
cial-5971028/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
147
Para Wolf (2019), o termo realidade virtual é definido como multimídia (texto,
som, imagens e animações), tem relação com o ambiente real e pode ser combi-
nado com diversas tecnologias emergentes. A realidade virtual visa complementar
aplicações, que podem ser exploradas com apresentações em escalas de elemen-
tos virtuais tridimensionais, além de outras funcionalidades que oferecem carac-
terísticas diversas. No mundo dos negócios, a realidade virtual surge como uma
perspectiva para agregar valor aos produtos ou buscar estratégias diferenciadas.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/mulher-redes-internet-social-3719879/>.
Acesso em: 17 ago. 2022.
No conceito de realidade mista (RM), existe uma mistura de classes dos ob-
jetos. Pela representação na Figura 17, observa-se que o ambiente real está em
uma extremidade, e, na região oposta a ele, está o ambiente virtual. Desse modo,
faz-se necessário que sejam observados e visualizados juntos os objetos do mundo
real e do virtual, a partir da mesma exibição, entre os extremos da RM.
Para Martino (2015), quando existe predominância do virtual sobre o real,
chamamos de virtualidade aumentada (VA), e, quando o real predomina, de realida-
de aumentada (RA). O conjunto VA e RA é denominado realidade mista (RM).
De modo geral, a RA (realidade aumentada), caracteriza-se por recursos
visuais integrados com elementos físicos do mundo real, em que componentes
gráficos, criados com um computador, são mostrados nas telas dos dispositivos
dos usuários ao mesmo tempo que os elementos do ambiente real em que estão.
Para Martino (2015), a RA caracteriza-se por qualquer elemento em que um am-
biente de outra forma real é aumentado por meio de objetos virtuais com efeitos
de computação gráfica.
148
Já Terra (2015) afirma que a RA se constitui pela inclusão de objetos virtuais
no mundo real por meio de dispositivos computacionais, de modo que a interface
do usuário é utilizada no ambiente real, com adaptações que possibilitam manipular
e visualizar os objetos virtuais que estão colocados no espaço.
FIGURA 18 - ESTRATÉGIA
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/comece-ded%c3%a3o-como-growth-ha-
cking-3373336/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
IMPORTANTE
O desenvolvimento das tecnologias permitiu a criação e o aperfeiçoamento
de diversas ferramentas que desempenham várias funções, envolvendo pro-
cessamento, controle, transmissão, entre outras.
149
A RV tem sido utilizada com ênfase na área do entretenimento, porém ob-
servam-se algumas aplicações também em outras áreas, como saúde, empresarial,
educação e marketing.
Para Antero (2021), uma empresa é um sistema administrado projetado
para atingir determinados objetivos, processando insumos em saídas. Para tanto,
o objetivo principal é que sejam obtidos lucros, e, para isso, a empresa precisa ser
coordenada e organizada por departamentos, e cada um deve possuir uma função
específica, com organização hierárquica e funções definidas.
De acordo com Terra (2021), a RV e a RA podem ser aplicadas a qualquer
área de uma empresa; no entanto, com destaque para a área de marketing. Já
Gabriel (2010) faz referência a alguns exemplos do uso da RV, como para facilitar a
experiência do consumidor com o uso de determinado produto.
A indústria de jogos tem crescido de forma exponencial. Há muito tempo,
os jogos deixaram de ser algo somente para crianças e passaram a ter destaque no
setor, gerando um grande volume em negócios, bem como destacando o potencial
da RV. Espera-se que, futuramente, outros jogos possam ser desenvolvidos, princi-
palmente para os jogadores que buscam por experiências de imersão na RV.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/crian%c3%a7as-ganhar-sucesso-593313/>.
Acesso em: 17 ago. 2022.
150
Uma proposta diferenciada no uso de RV pode ser oferecida à área de mar-
keting. Por meio de aplicações com essa tecnologia, o cliente poderá ficar imerso
em ambientes para testar produtos, tendo uma experiência mais relevante ao tes-
tá-los. No marketing, observa-se também a popularização dos comerciais em 360°,
que dão capacidade ao usuário de observar o todo.
Terra (2015) ressalta que a RV tem a capacidade de dar ao usuário expe-
riência de propriedade do produto, sem ser necessário enviar amostras. O usuário
pode interagir com a modelagem do produto, observar seus detalhes externos e
conhecer melhor suas características antes de comprá-lo, o que, para a empresa,
é benéfico, pois diminui o custo com a criação, o envio de protótipos e a confec-
ção de amostras. Outro benefício apontado é a habilidade para apresentar produ-
tos em tempo real, o que permite ao usuário simular a utilização de determinado
produto ou máquina.
151
RESUMO DO TÓPICO 2
152
AUTOATIVIDADE
1. Para que aconteça um controle eficaz, a ação corretiva deve ser aplicada
antes de ocorrer um desvio muito grande do plano ou do padrão. Por-
tanto, as informações devem estar disponíveis para a pessoa certa no
momento certo, possibilitando definir as estruturas que as comunicação
e a tecnologia irão atuar.
Com base no que foi estudado assinale a alternativa CORRETA que repre-
senta o conceito acima:
a. Qualidade da informação.
b. Quantidade da informação.
c. Relevância da informação.
d. Oportunidade da informação.
153
Assinale a alternativa CORRETA:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) F – V – V.
154
5. Com o advento da internet, novas formas de comportamento, comuni-
cação e consumo de informações surgiram, bem como novas formas
de distribuição de conteúdo, extrapolando a atividade de assesso-
ria de imprensa e possibilitando um fluxo descentralizado do processo
de comunicação, em que receptor e emissor de mensagens não ocu-
pam mais lugares tão definidos. Neste contexto, disserte sobre o que é
comunicação interna.
155
TÓPICO 3
MARKETING
ÁGIL
1 TECNOLOGIAS E CANAIS DE MARKETING ÁGIL
Hoje o cliente não se importa com qual dos canais disponíveis será utilizado
para falar com a empresa, desde que estejam integrados e consigam resolver suas
necessidades. Nesse âmbito, omnichannel é o termo que se refere a todos os ca-
nais. De acordo com Terra (2009, p. 54):
Trata-se da integração dos mais diferentes meios de compra que uma
empresa disponibiliza para o consumidor, sejam eles físicos ou on-line,
em uma única experiência. O consumidor não vê mais a diferença entre
o on-line e o off-line. Assim, integrar lojas físicas, virtuais e consumidor
é ser omnichannel.
ATENÇÃO
Omnichannel significa integrar todos os canais de contato com o consumidor
para uma melhor experiência de compra, enquanto multichannel se refere a
oferecer isoladamente esses diferentes canais (loja física, site, televendas,
aplicativos etc.).
157
Ambos dizem respeito à experiência do cliente com os canais oferecidos pelas
marcas. Por isso, podem transmitir a falsa sensação de terem o mesmo significado.
De acordo com Antero (2021), em termos de leque de canais oferecidos e de
sua integração ou não, os seguintes modelos podem ser adotados pelas empresas.
Nessa integração, é importante ficar atento para que não haja lacunas para o
cliente, mas também para todas as áreas da empresa envolvida, como vendas, marke-
ting, financeiro etc., de forma a proporcionar uma verdadeira experiência omnichannel.
O atendimento da empresa deve resolver todos os problemas dos clientes,
independentemente da origem ou tipo de contato, quer se trate de uma dúvida
vinda do site, uma sugestão feita na loja ou até mesmo uma reclamação nas redes
sociais. Ademais, é importante que as estratégias de marketing em uma empresa
omnichannel estejam alinhadas, tornando possível que os consumidores acessem
as informações nas lojas, sites ou televendas.
158
FIGURA 20 - MÍDIAS SOCIAIS
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/m%c3%addia-social-o-facebook-twit-
ter-952091/>. Acesso em: 17 ago. 2022.
159
1.2 VANTAGENS DO MARKETING ÁGIL
As pessoas estão cada vez mais conectadas a todo momento, seja no tra-
balho, na escola, em casa, na rua ou no carro. Nesse contexto, chatbots, inteligên-
cia artificial, bots, suporte omnichannel, machine learning, unidades de resposta
audíveis (URA) e as próprias redes sociais são algumas das tecnologias disponíveis
para atendimento e relacionamento com o cliente. É importante entender que só é
possível oferecer um bom atendimento e gerenciar os relacionamentos existentes
se os processos da sua empresa estiverem organizados. Existem diversas tecnolo-
gias e ferramentas no mercado que vieram para auxiliar nesses processos. Confor-
me Antero (2021), examinaremos algumas delas.
a. Telefone
160
As tecnologias possibilitam a imersão em um mar de possibilidades para a
sociedade, em termos de ganhos individuais, pois potencializam a nossa memória
e garantem novas possibilidades de bem-estar e inter-relações.
Entre os benefícios assegurados pelo uso das tecnologias, podemos elencar
pontos positivos como velocidade, criatividade e conforto. Assim, possibilita-se a
realização das mesmas atividades, garantindo maior eficiência, dinamismo e inte-
ração dentro das organizações. Elas fornecem ainda possibilidades permanentes
de atualização e integração dos negócios, potencializando o processo de difusão,
disseminação e transferência de informações que são essenciais às organizações.
Logo, as tecnologias contribuem de diversas maneiras para o desenvolvi-
mento não só das organizações, mas também da localidade na qual estão inseridas,
como mencionado por Martino (2015):
161
Já os service desks são mais abrangentes, constituindo centrais de servi-
ços que, além de centralizarem serviços, canais e informações, servem como ponto
de contato entre clientes, colaboradores e demais atores inseridos nos processos
de negócios. Consistem em um ambiente virtual que agrega uma série de funcio-
nalidades para atendimento ao cliente. O serviço de atendimento ao cliente (SAC),
por sua vez, além de ser um setor da empresa, é uma ferramenta exigida por lei, que
busca garantir a gestão da satisfação e retenção dos clientes. Ele deve ser visto
por empresas como uma forma estratégica de atendimento ao cliente, pois permite
desenvolver processos e protocolos voltados para identificar as falhas dos serviços
e buscar melhorias.
ATENÇÃO
O SAC ajuda nos processos em que clientes podem acionar judicialmente a
empresa, evitando despesas inesperadas com reclamações dos clientes nos
tribunais e tentando restabelecer um relacionamento com eles.
d. E-mail
e. Chats
Os chats constituem uma ferramenta que vem cada vez mais ganhando es-
paço e permitindo ao cliente se comunicar por escrito e de forma instantânea. Nesse
âmbito, um recurso bastante utilizado pelas organizações são os chats on-line, que
podem ser acessados no próprio site da empresa. Esse recurso pode ser estratégico,
já que, quando o usuário estiver no site navegando por um produto ou serviço por
certo tempo, a empresa pode programar a exibição da janela de chat e oferecer uma
ajuda ou disponibilizar alguma informação a mais que motive a decisão de comprar.
Assim, essa é uma ferramenta que promove agilidade e prestatividade no atendi-
mento on-line, possibilitando ao cliente estabelecer uma conversa no chat da em-
presa e receber as informações necessárias de forma direta e mais pessoal.
162
Aqui vale um destaque para os aplicativos de mensagem instantânea, como
WhatsApp, Facebook e Messenger, que são canais utilizados por clientes, como o
chat. Nesse caso, é mais fácil e usual para o usuário se comunicar com a empresa
diretamente por esse tipo de aplicativo, tornando o processo de relacionamento
mais cômodo, pois não exige que o cliente acesse o site da empresa especifica-
mente ou inicie um chat com um atendente ou vendedor. Vale ressaltar que uma
desvantagem de fazer uso de aplicativos de mensagem é que eles exigem uma
conexão com a internet.
f. Chatbots
Criados para atender clientes na hora e no lugar que desejam ser atendidos,
os chatbots são softwares, em sua grande maioria, com inteligência artificial, que
permitem a comunicação de forma automática por mensagens. Tudo isso é feito
de maneira integrada, seja para ações de atendimento, marketing ou vendas. O en-
vio dessas mensagens pode ocorrer de forma proativa, quando a empresa dispara
mensagens ao cliente, ou de forma reativa, quando a empresa responde a mensa-
gens vindas dos clientes.
Os chatbots são sistemas com robôs que podem ser configurados com re-
gras e condições que norteiam o roteiro de um atendimento, dentro das premissas
e cultura da empresa. Existem desde os mais simples, limitados a um padrão de
atendimento e que encaminham o cliente um atendimento humano em qualquer
situação que fuja de sua configuração e programa, aos mais avançados, que fazem
uso de inteligência artificial para atualizar, cruzar dados e aprender com as expe-
riências dos atendimentos já feitos.
Para o cliente, nem sempre fica evidente que o atendimento está sendo
feito por um robô, já que as empresas buscam cada vez mais humanizar esses pro-
cedimentos, fazendo com que eles se passem por um atendente da empresa, com
nome próprio e frases e interjeições comuns da fala humana.
Os chatbots também podem auxiliar no trabalho do call center, pois auto-
matizam o atendimento primário e desafogam os telefonistas, permitindo a inte-
gração também dos canais telefônicos com o sistema. Além disso, outra vantagem
dos chatbots é que a empresa passa a oferecer aos clientes um serviço de comu-
nicação que fica disponível 24 horas por dia.
g. Redes sociais
163
Existem diversas ferramentas que ajudam a gerir o relacionamento com
o cliente, e neste tópico citamos apenas algumas delas. Mas cada ferramenta
oferece informações e mecanismos para satisfazer as necessidades dos clientes
e torna os processos mais ágeis e integrados. Nesse sentido, a escolha de qual
ferramenta utilizar deve condizer com o propósito da empresa e com o modelo de
negócios oferecidos.
164
No contexto globalizado, é de grande importância que haja a compreensão
de que o público-alvo é algo muito distinto, com comportamentos e características
muito distintas. Existem grandes diferenças entre cada um dos públicos, especial-
mente quando o cenário é o mercado global. Nesse contexto, é imprescindível que
as organizações trabalhem com personas, que, conforme Terra (2019), consistem
na personificação, o público apresenta maior envolvimento com empresas mais
verdadeiras, que estabelecem vínculos com o consumidor por meio de uma intera-
ção mais pessoal. Essa interação é possível a partir da definição da persona, de sua
história e de suas características.
O processo de globalização permite que as organizações, em locais distintos
do globo, explorem mercados até então não considerados. O processo de tornar
uma empresa global gera violentos impactos no processo econômico, pois, muitas
vezes, as empresas pequenas não reúnem condições de competir com empresas
de porte global. Esse fato pode ocasionar crises econômicas nos mercados de paí-
ses menos desenvolvidos, além de outras importantes consequências, como de-
semprego, escassez de matéria-prima e aumento das desigualdades sociais.
Existe uma série de ações que podem ser tomadas no intuito de aplicar o
marketing em um contexto globalizado. O marketing em caráter global pode ter
uma série de objetivos, sendo estes o fortalecimento da marca, a prospecção ou
retenção de clientes e a maximização dos lucros. Pode-se destacar as seguintes
ações para estabelecer um plano de marketing em contexto global, de acordo
com Martino (2015):
165
Para que seja possível o alcance de metas e objetivos, o marketing, enquanto
estratégia, vale-se de muitas ferramentas. Talvez a mais importante delas seja o mix
de marketing, que aborda os elementos produto, praça, preço e promoção, no intuito
de formular as melhores metodologias para o alcance de resultados organizacionais.
O elemento produto representa as estratégias de agregar diferencial em um
produto ou serviço, tornando um produto mais desejável do que outros milhares
de produtos similares. O preço representa qual valor é atribuído a um determinado
produto ou serviço, sendo um elemento de grande importância na estratégia das
organizações, podendo definir a sobrevivência de uma empresa. A praça represen-
ta a estratégia de ofertar os produtos ou serviços onde o consumidor realmente
deseja e espera encontrá-los. Por fim, a promoção representa como se dará a co-
municação com o público consumidor.
166
LEITURA COMPLEMENTAR
167
que leram descrições de ações, como “morder um pêssego” e “pegar uma caneta”.
Posteriormente, ao verem vídeos de pessoas executando essas ações, as regiões
corticais do cérebro dos pesquisados ativaram-se.
No capítulo quatro, o autor examina o papel da publicidade subliminar, que,
desde a década de 1950, popularizou-se como uma técnica “ambígua e complexa”,
presente em desenhos, músicas, filmes etc. Para comprovar a eficácia da publici-
dade subliminar, o autor recrutou fumantes para assistirem a imagens subliminares
do velho oeste americano (caubóis, desertos), e em seguida, os fumantes assis-
tiram a imagens explícitas de publicidade de cigarros (logomarcas do Marlboro e
Camel). Ao final, verificou-se que, na comparação das reações cerebrais, o nucleus
accumbens foi mais ativado quando os fumantes viram as imagens subliminares do
que as imagens explícitas das marcas, ou seja, a publicidade subliminar funciona.
O quinto capítulo aborda o aspecto “transcendental e líquido” da pós-mo-
dernidade, em que as incertezas e as mudanças que permeiam a sociedade são
constantes; conforme Lindstrom, as pessoas adotam rituais, superstições e cren-
ças para guiarem suas vidas. O autor advoga que o aspecto cultural é inerente à
superstição popular, por exemplo, acidentes de carros e aeronaves aumentam em
alguns países devido à tensão da sexta-feira 13. Esse cenário enaltece a “força” do
imaginário popular. No final, o autor enfatiza que os rituais alimentares realizados
pelas marcas e produtos “grudam” muito mais (ex.: molhar o biscoito Oreo no leite,
antes de comê-lo).
O sexto capítulo elucida a presença de elementos da religião nas marcas e
produtos. Inicialmente, ele apresenta a comercialização de terras e garrafas d’água,
que, além de ser lucrativa, agrega valores de sacralidade, pureza e bênção, por
parte das empresas e consumidores. No decorrer do capítulo, Lindstrom realiza um
experimento com 65 homens que ficaram expostos a imagens de marcas fortes
e imagens religiosas (ex.: garrafa de Coca-Cola e o Papa) em sequência. O estudo
concluiu que as emoções e/ou reações das pessoas a imagens de marcas fortes
são semelhantes às emoções diante de símbolos religiosos, ou seja, as pessoas
criam conexões (respeito, obediência, ordem) inconscientemente.
No capítulo sete, Lindstrom conceitua os chamados marcadores somáticos,
que são atalhos cerebrais que as pessoas formam por meio de experiências, emo-
ções e reflexões, a fim de gerar decisões “acertadas”. Segundo o autor, os marcado-
res criam associações por toda a vida no cérebro das pessoas e, com isso, os anun-
ciantes utilizam, por exemplo, o medo e a lembrança para vender os seus produtos.
No capítulo oito, o autor critica a publicidade visual, que, em sua opinião,
na maioria das vezes, é um método ineficaz; porém, se utilizado em conjunto com
outros sentidos, poderá trazer maiores lucros para as empresas. Na pesquisa sobre
marcas e sentidos, Lindstrom expôs 20 indivíduos a imagens (incluindo marcas) e
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fragrâncias conhecidas que foram apresentadas de maneira separada e, depois,
ao mesmo tempo. Após isso, o estudo identificou que a imagem e a fragrância tor-
nam-se atraentes quando são combinadas simultaneamente.
No penúltimo capítulo, o autor determina que as organizações modernas são
incapazes de prever e identificar como os consumidores reagirão a seus produtos,
tais como videogames, refrigerantes, motocicletas etc. Esse fenômeno acontece
devido às incertezas do comportamento do consumidor, assim como as imprecisas
pesquisas de mercado. Em relação ao futuro, o autor prevê que o neuromarketing
será a principal ferramenta organizacional, enquanto os métodos tradicionais de
pesquisa desempenharão um papel secundário e, a partir da sua popularidade, tor-
nar-se-á acessível e de baixo custo.
No último capítulo, sobre a ubiquidade centenária do sexo na publicidade,
Lindstrom questiona a sua eficácia, com a apresentação de pesquisas atestando
que o conteúdo sexual “rouba” a atenção da mensagem do anúncio. Assim, a res-
posta para a permanência do sexo na publicidade está na presença dos neurônios-
-espelho em que tanto a mulher quanto o homem projetam-se, respectivamente,
na imagem de uma modelo de lingerie e um modelo de cueca.
Nas conclusões, o autor incita que a mudança de paradigma organizacional
é necessária, pois o comportamento do consumidor é inconsciente. A obra desen-
volvida por Lindstrom é questionadora, reflexiva e polêmica. Em relação ao Brasil,
há um singelo crescimento de pesquisas teóricas acerca do neuromarketing, ao
mesmo tempo que as pesquisas de caráter empírico são escassas. Quanto ao mer-
cado brasileiro, por exemplo, empresas como a Airsense, especializada em marke-
ting olfativo, têm utilizado os aromas para padarias, cinemas e lojas para incentivar
vendas ou a permanência do cliente no ponto de venda (Azevedo, 2015)1.
Em tese, pode-se inferir que o neuromarketing auxiliará as organizações no
desenvolvimento de seus produtos, ao mesmo tempo que conhecerá o comporta-
mento de consumo por meio do cérebro humano. Sob esse olhar, essa tecnologia
pode gerar consequências éticas, culturais e sociais em longo prazo, portanto seria
importante que mais estudos sobre sua utilização fossem realizados pelos pesqui-
sadores brasileiros, em suas várias áreas.
1
Azevedo, R. Quando o cliente vem pelo cheiro. Revista Exame PME, v.86, n. 13, junho de 2015.
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RESUMO DO TÓPICO 3
• O atendimento ao cliente vai muito além do simples ato de vender, pois envolve
todo relacionamento estabelecido para buscar satisfazê-lo. Vimos o quanto é
importante ter todas as informações do cliente para poder traçar estratégias
de relacionamento.
• É fundamental entender o que é o conceito de omnichannel e todas as tecnolo-
gias disponíveis para integrar cada vez mais os pontos de contato com o cliente.
Afinal, ele é o centro de todas as estratégias desenvolvidas pela empresa, exige
excelência no atendimento e deve confiar no que a empresa está fazendo.
• A busca é pela satisfação dos clientes, colocando-o no centro do negócio, crian-
do uma percepção positiva de sua experiência, que é o grande desafio, já que
envolve a expectativa e a opinião dele em relação a esse processo.
• A definição de objetivos e metas voltados ao marketing pode aumentar as chan-
ces de sucesso de uma organização, pois compreender onde se deseja chegar
aproxima as organizações de seus resultados.
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AUTOATIVIDADE
a. ( ) Cross channel.
b. ( ) Omnichannel.
c. ( ) Marketplace.
d. ( ) Mutilchannel.
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3. A distribuição de conteúdo na web deve ser pensada a partir da lógica
do compartilhamento, capaz de promover mudanças na configuração do
modo como diferentes mídias circulam. Portanto, o compartilhamento é
peça fundamental para se compreender os fluxos de mídia na internet e o
modo como os conteúdos são distribuídos. De acordo com plano de mar-
keting global, classifique em V as sentenças verdadeiras e F as falsas:
a. ( ) V – F – F.
b. ( ) V – F – V.
c. ( ) F – V – F.
d. ( ) F – V – V.
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REFERÊNCIAS
JUNIO, Achiles Batista Ferreira. AZEVEDO, Ney Queiroz de. Marketing digital:
uma análise do mercado 3.0. Curitiba: Intersaberes, 2015. Biblioteca Virtual.
MARTINO, Luís Mauro Sá. Teoria das mídias digitais. Rio de Janeiro: Vozes,
2015. Biblioteca Virtual.
TERRA, Carolina Frazon. Mídias sociais... e agora? São Paulo: Difusão, 2017.
Biblioteca Virtual.
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