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FACULDADE ESTADUAL DE CIENCIAS ECONÔMICAS DE


APUCARANA

FERNANDO PINHEIRO

A IMPORTÂNCIA DO MARKETING DIGITAL PARA MICRO E


PEQUENAS EMPRESAS

(Apucarana- Paraná)
2011
2

FERNANDO PINHEIRO

PROJETO DE PESQUISA

A IMPORTÂNCIA DO MARKETING DIGITAL PARA MICRO E


PEQUENAS EMPRESAS

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de


Especialização em Gestão empresarial com
Ênfase em RH da Fecea- Inbrape com o objetivo
de aquisição do título de especialista em Gestão
Empresarial com Ênfase em RH, sob
responsabilidade da Profº. Ms Juliano Barbosa
Neves.

Apucarana - PR
2011
3

FERNANDO PINHEIRO

A IMPORTÂNCIA DO MARKETING DIGITAL PARA MICRO E


PEQUENAS EMPRESAS

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Especialização em Gestão


empresarial com Ênfase em RH da Fecea- Inbrape com o objetivo de aquisição do
título de especialista em Gestão Empresarial com Ênfase em RH, sob
responsabilidade da Profº. Ms Juliano Barbosa Neves

Prof. Msc

INBRAPE – FECEA

Prof. Msc

INBRAPE – FECEA
4

A minha família, em especial minha avó Inês


Finati e minha tia Ivone Greipel, as quais me
apoiaram desde o início e sem as quais essa
Pós-graduação seria inviável.
5

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus, pois com o auxílio dele pude concluir mais essa etapa da
minha existência, sou feliz e grato por isso.
Agradeço a todos os mestres que tive oportunidade de presenciar em suas
elucidativas e até motivacionais aulas, aos mestres que só conheci por meio de
livros, mestres esses até mesmo sem notoriedade acadêmica.
Agradeço também às empresas as quais pude colocar em prática os
ensinamentos que aprendi durante o curso e a todos que torceram por mim.
6

EPÍGRAFE

“Certamente meus filhos terão


computadores, mas, antes, terão livors”.
Bill Gates.
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RESUMO

O presente trabalho traz essencialmente algumas estratégias e táticas de


Marketing Digital para as micro e pequenas empresas.
Atualmente ainda o foco principal das empresas, quando se pensa em
publicidade e propaganda, é o jornal, outdoors, panfletos e cartazes, estes são os
primeiros canais imaginados; aos poucos, as redes sociais se fazem presente, o
Adwords e páginas de Internet passam a ser implementados, não somente pelos
relativos baixos investimentos, mas também devido a facilidade de mensuração e
resultados. O presente trabalho não tem a intenção de dirimir, ou até mesmo

minimizar as campanhas off-line, necessárias e importantes, mas sim, afirmar e

apresentar estratégias de Marketin Digital para que estes também sejam


considerados e aplicados pelas empresas.
Das diversas ferramentas e possibilidades apresentadas ao final do presente
trabalho, cabe à empresa decidir a que melhor se aplica a seu tipo de negócio,
dependendo do público que se deseja atingir, da região demográfica, grau de
escolaridade e interesses desse mercado, inclusive da própria experiência e
habilidades dos gestores de tais ações.
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ABSTRACT

The present work essentially brings some strategies and tactics of Digital
Marketing for micro and small enterprises.
Currently still the main focus of the companies, when they think of advertising,
is the newspaper, billboards, flyers and posters, these channels are first imagined,
slowly, the social networks do this, Adwords and web pages are to be implemented
not only by the relative low investment, but also because of ease of measurement
and results. This paper does not intend to settle, or even minimize the offline
campaigns, necessary and important, but, say, presenting strategies to Digital
Marketin that they also be considered and applied by companies.
Of the various tools and possibilities presented by the end of this work, it is for
the company to decide what best fits your type of business, depending on the
audience they want to reach, the region's demographic, educational level and
interests of this market, including the very experience and skills of managers of such
actions.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Formatos de Banner.......................................................................... 43
Figura 2: Número de domicílios e empresas com acesso à Internet............... 55
Figura 3: As empresas que mais evoluíram entre 2006 e 2008....................... 66
Figura 4: Como a concorrência influi no desenvolvimento do negócio............ 67
10

SUMÁRIO

1. INTRODUÇãO......................................................................................................... 12
2. OBJETIVOS............................................................................................................. 13
2.1. Objetivos Gerais.................................................................................................. 13
2.2. Objetivos Específicos.......................................................................................... 13
3. JUSTIFICATIVA...................................................................................................... 14
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................... 15
3.1. Marketing.............................................................................................................. 18
3.1.1. Conceito de Marketing...................................................................................... 18
3.1.2. Evolução do Marketing...................................................................................... 20
3.1.3. Composto do Marketing..................................................................................... 21
3.1.3.1. Produto............................................................................................................ 21
3.1.3.2. Preço................................................................................................................ 23
3.1.3.3. Praça............................................................................................................... 25
3.1.3.4. Promoção........................................................................................................ 25
3.1.4. Necessidades, Desejos e Demandas................................................................. 26
3.1.5. Mercado............................................................................................................ 28
3.1.6. Segmentação de Mercado................................................................................. 29
3.2. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ........................................................... 30
3.2.1. Conceito do Comportamento.............................................................................. 30
3.2.2. Processo de Decisão de Compras.................................................................... 31
3.2.3. Atitudes e Dissonância Cognitiva....................................................................... 32
3.2.4. Cultura, Subcultura e Classes Sociais................................................................ 33
3.3. MARKETING DIGITAL........................................................................................... 35
3.3.1. Fundamentos e Práticas.................................................................................... 35
3.3.2. Marketing de Conteúdo....................................................................................... 36
3.3.3. Marketing nas Mídias Digitais............................................................................ 37
3.3.4. E-mail Marketing................................................................................................. 38
3.3.5. Marketing Viral.................................................................................................... 39
3.3.6. Publicidade On-line............................................................................................ 43
3.3.6.1. Publicidade On-line Móvel.............................................................................. 39
3.3.6.2. Banners............................................................................................................ 44
3.3.6.3. Mídia em Aplicativos e Jogos.......................................................................... 45
3.3.6.4. Tv Móvel.......................................................................................................... 42
3.3.6.5. Bluetooth Marketing........................................................................................ 47
3.3.6.6. Mobile Site...................................................................................................... 48
3.3.6.7. Interface com outros Meios............................................................................. 49
3.3.7. Link Patrocinado................................................................................................ 50
3.3.8 Monitoramento.................................................................................................... 52
3.4. EMPREENDEDORISMO NA INTERNET.............................................................. 54
3.4.1. Introdução ao Empreendedorismo na Internet................................................... 54
3.4.2. Vantagens de Abrir um Negócio On-line.......................................................... 57
11

3.4.3 E-commerce...................................................................................................... 58
3.4.3.1. Conceitos e Vantagens do E-commerce....................................................... 58
3.4.3.2. E-commerce e a Logística.............................................................................. 56
3.4.4. Impedimentos ao Desenvolvimento do E-commerce....................................... 58
3.4.5. Soluções para o Desenvolvimento do E-commerce......................................... 60
3.5. OS DESAFIOS ECONÔMICOS PARA AS EMPRESAS QUE TRABALHAM 62
COM INDÚSTRIA DIGITAL........................................................................................
3.6. TIPOS DE EMPRESA DE MARKETING DIGITAL............................................ 66
4. METODOLOGIA...................................................................................................... 71
5. CONCLUSÃO.......................................................................................................... 72
6.REFERÊNCIAS........................................................................................................ 73
7. ANEXOS.................................................................................................................. 74
12

INTRODUÇÃO

Segundo o SEBRAE 70% das empresas do Brasil chegam à falência antes


dos três primeiros anos de vida, vários fatores competem à isso, um deles,
certamente é não considerar o investimento em marketing e propaganda, o qual se
integra o marketing digital, como custo fixo para empresa, um investimento mensal.
Se considerarmos que o marketing da empresa deve ser considerado como
custo fixo, então este deve, no mínimo, ser bem empregada, ou seja, investida em
uma mídia que ofereça reais resultados, que alcance determinados nichos de
mercado os quais façam parte do público-alvo da empresa.
Segundo Martins, “Web Marketing pode ser entendido como todo e qualquer
esforço promocional realizado por meio da Internet [...]esforço para dizer aos
usuários que a empresa está na Web”. Embora esta definição seja um pouco
genérica sobre o marketing na Internet, podemos constatar que dentro do meio
digital podemos aplicar esforços promocioais, como aqueles existentes no mundo
off-line como realização de campanhas, brindes, sorteios, ofertas, promoções e
outras atividadesque envolvem o marketing.
O Marketing Digital visa também a aumentar o volume de negócios
praticados pela empresa, obter uma série de novas informações dos clientes atuais,
obter novos clientes baseados em perfis potenciais e ainda fortalecer sua marca no
mercado.
O acesso à internet em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan
houses ou outros locais) atingiu 77,8 milhões de pessoas no segundo trimestre de
2011, segundo o IBOPE Nielsen Online. Esse número é 5,5% superior ao do
segundo trimestre de 2010 e 20% maior que o do segundo trimestre de 2009.
Com um expressivo número de pessoas conectadas na Internet não é de se
admirar quando é divulgado que quase quinhentos bilhões de reais foram
comercializados de maneira eletrônica entre as empresas no ano de 2006.
Todo esse volume de capital somado à um número expressivo de
consumidores requerem um bom planejamento de marketing e estratégias alinhadas
com os objetivos da empresa. Não se trata somente de aparecer na Internet, mas
sim de um estudo sitemático e minucioso a fim de detectar e explorar esse mercado
que muito em breve determinará a sobrevivência da empresas.
13

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Analisar conceitos e práticas de marketing digital e sua importância para as


pequenas empresas, a forma como estas podem se beneficiar das tecnologias
disponíveis para Internet.

2.2 ESPECÍFICOS

Reconhecer que o mercado de Internet no Brasil e no mundo oferece


grandes possbilidades de alavancagem de vendas através do marketing digital.
Identificar e explorar as ferramentas, profissionais e empresas as quais podem
auxiliar as micro e pequenas empresas nesta questão.
Apontar os erros e acertos das empresas que estão utilizando o marketing
digital atualmente.
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3 JUSTIFICATIVA

Aproximadamente no ano de 2000 verificamos a supervalorização das ções


na área da Internet, chegando a NASDAQ a alcançar mais de 5000 pontos, isso
ficou conhecido como a “bolha da Internet”. Essa bolsa literalmente estourou,
retirando do mercado aproximadamente cinco trilhões de dólares de investimentos
na Internet, a ilusão era de que as empresas simplesmente deveriam “aparecer” na
Internet e com isso automaticamente teriam altos lucros pelas vendas de seus
produtos e serviços. Atualmente a mesma bolsa de valores opera com
aproximadamente 1500 pontos, tendo, todavia, uma valorização crescente das
empresas .com.
Recentemente empresas como Linkedin foi vendido por
aproximadamente quinze milhões de dólares, um pequeno microblog e o Facebook
possui um valor de mercado de aproximadamente quarenta bilhões de dólares.
Essas informações se referem a acontecimentos dos quais cada empresa que
deseja investir no marketing digital não deve se comportar como as empresas do
ano 2000, sem um planejamento e sistemática capaz de identificar a agregar valor
ao seu público em potencial. Dentro do Facebook por exemplo uma de suas maiores
fontes de receita é aquele onde o próprio usuário monta a sua campanha de
marketing direcionada não só para uma região específica como o Adwords do
Google proporciona, mas sim também a possibilidade de alcançar público pela
idade, sexo e interesses, sejam eles de música, esportes, livros, cinema, inclusive o
grau de escolaridade e estatus civil.
Esse pode sser chamado de “o tiro certo”, o equilíbrio entre o custo e
benefício, investir em uma mídia altamente segmentada capaz de trazer resultados
diretamente do público que de certa forma deseja e espera este produto ou serviço.
As empresas devem sim investir em marketing digital, desde que este
investimento seja aplicado de forma eficiente e eficaz.
15

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Podemos destacar a importância do Marketing Digital pela versatilidade com que


o mesmo pode ser aplicados nos usuários de Internet.
Segundo Martins, (2006, pág. 88):

“Por causa do surgimento de diversas tecnologias que


permitem uma melhor troca de informações com o usuário
Web, os profissionais de Marketing tentam criar novas formas
de interação com os clientes da empresa, podendo, por
exemplo, personalizar todo o conteúdo do site conforme o
perfil do consumidor”.

Tal alcance de público-alvo, altamente focado no cliente não poderia ocorrer


como por exemplo no rádio, nesta mídia desde crianças recém nascidas até pessoas
da melhor idade, que não mais trabalham sào atingidas por produtos e serviços os
quais muitas vezes não as interessam nem um pouco.
E para ressaltar o impacto do marketing digital podemos observar as
diversas plataformas de desenvolvimento da mesma.
Segundo Pinho (2004, pág. 79):

“Também conhecida como Web, www ou W3. a World


Wide Web é um conjunto de documentos multimídia
armazenados em computadores de todo o mundo.”

Isso significa que as práticas de marketing na Internet não se restringe


somente ao áudio ou a uma imagem estática, mas sim aúdio e vídeo, uma total e
completa forma de impactar o usuário final da Internet.
Boone e Kurtz (2001) ressaltam ainda que, à medida que a Internet evolui,
os executivos de marketing devem explorar suas potencialidades e descobrir os
melhores caminhos para utilizá-la de maneira eficaz, em combinação com canais de
distribuição e meios de comunicação distintos.
Isso significa que as mídias off-line, também conhecidas como mídias
impressas, devem estar alinhas à mídia on-line, também conhecidas como digitais,
cada tipo de empresa deve analisar e compreender o mercado ao qual se encontra a
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fim de verificar até que ponto as duas mídias podem ser aplicadas se em conjunto,
separadamente ou até mesmo independentemente.
Kalakota e Robinson (1999) acrescentam que, para aumentar a retenção de
clientes, as empresas estão desenvolvendo e gerenciando o relacionamento com
eles por meio de melhor integração entre vendas/serviços e novas tecnologias.
É o que se pode verificar quando grandes empresas da Internet como
Facebook e Google apostam em jogos on line em suas plataformas. O que muita
gente ainda vê como algo fútil, apenas para passar o tempo, empresas ponto com
utilizam tais meios para reter o usuário por maior tempo possível em seus sites, o
que gera maior credibilidade para os acionaistas e fidelidade para com os usuários.
O marketing digital muito em breve estará extrapolando barreiras do
computador e se instalando nas ruas, mercados, shoppoings, identificando hábitos
de consumo, estilo de roupa e demais interesses de cada indivíduo, isso siginifica
várias possibilidades de manejar sistemas complexos proporcionados pelo avanço e
difusão das tecnologias da informação, explorando e apropriando as oportunidades
abertas pela nova Economia da Informação e do Conhecimento. Conforme
ressaltado por Coutinho, Cassiolato e Silva, 1995:
“As novas dimensões da globalização relacionam-se à
emergência de um sistema mundial de interligações de redes
[...] de serviços nos países mais avançados. Instalam-se,
assim, as redes de informação mundiais internas que
permitem à empresa unir, por exemplo, atividades de P&D,
produção e marketing ao redor do mundo, estimulando ampla
gama de alianças e ligações” (p. 22).

Em breve não precisaremos participar de uma pesquisa de satisfação


realizadas com caneta e papel por alguma estagiária de marketing a fim de detectar
ou prever as novas tendências de moda para a estação presente ou futura, câmeras
instaladas nas próprias ruas poderão mensurar tal comportamento e enviar
diretamente às empresas que precisam dessas informações a fim de iniciarem
capanhas ou promoções.
Preço, praça, produto e promoção, portanto não só promoção, mas sim a
preocupação com as demais variáveis citadas, devem ocupar prioridades
equivalente ao aplicar estratégias de marketing digital de um produto, físico ou não.
Kotler (2000) considera o Composto de Marketing um dos conceitos basilares
do marketing moderno, definindo-o como conjunto de ferramentas de marketing que
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a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de marketing no mercado-alvo. Para


Kotler, o Composto de Marketing encerra a idéia de um conjunto de instrumentos ou
de parâmetros decisórios.
Portanto o a forma como o produto se apresenta, sua embalagem ou site o
qual irá mostrar seus detalhes, peso, tamanho, local de exposição, período de
exposição, sazonalidade, definição de custos, preço, prazo de entrega, são diversas
subcategorias as quais se encaixam as variáveis principais do composto a qual não
deve ser apreendida isoladamente, ignorando as demais.
“Não posso entrar pela segunda vez no mesmo rio; tanto eu quanto ele já
estamos mudados” (Gaarder, 1999:47). Assim é que o mercado físico tradicional
(marketplace) está mudando, assim como a necessidade de entregar bens,
tendendo a ceder lugar ao mercado virtual (marketspace) (Turban et al, 2000). Este
último é identificado como um mercado eletrônico, onde os bens são entregues
diretamente aos compradores ao se completar a compra.
Sites como ganhardinheiroagora.com.br é um exemplo disso, um joven de
apenas vinte e quatro anos abriu empresa, trabalha em casa numa cobertura do rio
de janeiro, acumulou pequena fortuna vendendo cursos on line o qual ele mesmo
grava, compacta e disponibiliza-os on-line, juntamente com outros arquivos digitais,
envia recibo e dá formas de pagamento sem manusear qualquer papel, exceto o
próprio dinheiro que o mesmo saca através do volume de transações. A logística
toda é proporcionada pelas plataformas virtuais.
Essas e outras tecnologias serão abordadas no decorrer do presente trabalho,
as quais certamente irão proporcionar novas perspectivas aos micro e pequenos
empresários que pretendem participar e melhorar suas estratégias de marketing,
cada vez mais digital.
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3.1. MARKETING
3.1.1 Conceito de Marketing

“O Marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que


envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como
a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização
e seu público interessado. (AMERICAN MARKETING ASSOCIATION (AMA)
apudKOTLER; KELLER (2006) 2006, p.4)
Podemos observar que o Marketing de começo élevar benefícios para a
empresa, mas principalmente focados em satisfazer os consumidores,algum tempo
atrás não era expressivamente assim que acontecia.
“Marketing é uma função gerencial, que busca ajustar a oferta da organização
a demandas especificas do mercado, utilizando como ferramental um conjunto de
princípios e técnicas. Pode ser visto, também, como um processo social, pelo qual
são reguladas a oferta e a demanda de bens e serviços para atender necessidades
sociais”. ( ROCHA;CHRISENSEN, 1999, p. 15)
O marketing passa a ser notório desde 1930, segundo Ricca (2005), mas
também marketing é existente antes mesmo de Cristo, conforme ele os artesões da
época já faziam uma troca ,“ marketing é troca ou transferência entre duas ou mais
parte de algo que possuem. Neste sentido, o marketing existe desde quando as
pessoas começaram a procurar e oferecer coisas aos outros na expectativa de
receber algo em contrapartida, melhorando a existência de ambos” ( URDAN,Flávio ;
URDAN, André, 2006, p.6) .
Porém marketing não é exclusivamente uma simples troca, mas antigamente
não se preocupava com sentimentos, sensações. “A comercialização moderna não
consiste apenas em transferências de produtos do produtor ao consumidor. “
Marketing é uma disciplina desenvolvida em épocas recentes, que, embora inclua
todas essas atividades, estas são bastante diferenciadas das épocas anteriores”
(LAS CASAS, 1997, P. 20 )
Antes da década de 70, marketing era unicamente para fazer as empresas
lucrar, nada mais que isso. Presentemente ainda tem empresa atuando com essa
19

finalidade de obtenção de lucros e não de atender as necessidades de seus clientes.


(Kotler, 2009).
Levitt (2007),diz que as organizações precisam sim pensar nelas mesmas ,
mas pensar nelas como „comprando clientes‟ e não produzindo bens e serviços,
fazendo os clientes desejarem fazer negócios com ela.
Para Ogden e Crescitelli(2008) seria melhor superar as expectativas do que
simplesmente atende-las, poisatualmente sabemos que as necessidades dos
clientes vai além da satisfação. O fato dos profissionais de marketing conseguir fazer
com que as pessoas desejem fazer negócios com a organização, pode se considerar
momentaneamente uma necessidade da pessoa, a qual precisa ser atendida.

“Marketing é na área do conhecimento que engloba todas as


atividades concernentes às relações de troca, orientadas
para a satisfação dos desejos e necessidades dos
consumidores, visando alcançar determinados objetivos de
empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio
ambiente de atuação e o impacto que essas relações
causam no bem-estar da sociedade”. (LAS CASAS. 1997,
p.26)

Na observação de Kotler e Keller (2000)o marketing, se aplica em bens,


serviços, eventos, experiências, pessoas, lugares, propriedades, organizações,
informações,ideias.
“O marketing é a interação e a integração de todos os
fatores operacionais da empresa e de todas as suas
atividades funcionais, orientados para a satisfação do
consumidor de seus produtos, ideias ou serviços, com os
objetivos de tornar ótimos os seus lucros a longo prazo e
prover condições de sobrevivência e expansão para a
empresa.” (DUAILIBI; SIMONSEN,2000,p.19)

Com base nesses autores, observa-se que marketing, visa estudar as


necessidades dos clientes em uma forma planejada e estratégica de maneira que
traga lucratividade e principalmente satisfação ou seja mantendo clientes e
satisfazendo-os.
20

3.1.2 Evolução do Marketing

De acordo com Boone eKurtz (2009), existem as quatro eras de marketing:


1- Era da produção.
2- Era de vendas.
3- Era do marketing.
4- Era do relacionamento.

Segundo os mesmos autores, a era da produção, foi quando a maioria das


empresas, isso antes de 1925,até mesmo aquelas empresas que estavam em
economias bem desenvolvidas na Europa Ocidental e também na América do Norte,
elas se focavam diretamente apenas em produção,na produção de artigos de
qualidades para que posteriormente as pessoas comprassem. A era de produção
não chegou em auge antes do século XX. Henry Ford com sua produção em massa
fez com que existissem deficiências de produção e demanda intensa do consumidor,
o que marcou essa era.
A era de vendas para Boone e Kutz,foiuma evolução nas técnicas de
produção nos Estados Unidos e na Europa, o que fez a produção crescer desde
1920 até 1950, nessa época as empresas tentavam igualar sua respectiva produção
como número de consumidores que iriam querer.
Na era do marketing, ainda na visão dos dois autores, havia então mais
compradores para menos produtos e também serviços e um mercado onde existiam
mais produtos e serviços do que pessoas dispostas a compra-los. O marketing era
vistocomo uma atividade suplementar e que era feita somente após o processo de
produção, hoje o marketing é voltado logicamente parao consumidor.
E por último a era do relacionamentoque Boone e Kurtz (2009), diz que essa
era surgiu na última década do século XX e continua a crescer até hoje, conhecida
como era relacionamento, visa compreender o consumidor da era do marketing,
focando na manutenção de relacionamentos entre os consumidores e fornecedores.
21

3.1.3 Composto do Marketing

Composto de Marketing ou mix de marketing, citado por Kotler (2000)é o


conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para conseguir atingir
seus objetivos no mercado-alvo.
McCarthy classificou essas ferramentas em quatro grupos amplos que
denominou os 4ps do marketing:
I. produto
II. preço
III. praça (ou ponto-de-venda)
IV. promoção(do inglês product, price, place e promotion). ( KOTLER,
2000, p.37).

3.1.3.1 Produto

De acordo com (KOTLER, ARMSTRONG, 1995, p. 31) “ produto é a


combinação de “ bens e serviços” que a empresa oferece ao mercado-alvo.”Cobra
(1997) descreveu o produto da seguinte forma: “Um produto ou serviço é dito certo
ao consumo quando atende às necessidades se de seus consumidores-alvo.”
Ainda Cobra (1997), diz que um produto certo deve ter, qualidade e
padronização, modelos e tamanhos, que atendam as necessidades e também
configuração, que nada mais é que apresentação física, embalagem, marca e
serviço.
Classifica-se os produtos com suas características, em durabilidade ou
tangibilidade, ou então de uso que seriaconsumo e os industriais.
Bens não duráveis:Consumidos com pouco período de tempo e comprados
com maior frequência, são bens tangíveis.
Bens duráveis:Usados por um período maior , são bens tangíveis, na compra
destes, requerem garantia.
22

Serviços: São produtos, intangíveis, inseparáveis, variáveis e também


perecíveis. Exigem destes, qualidade. ( Kotler e Keller, 2006)
Kotler e Amstrong, (1995) conceitua o produto como a qualquer coisa que é
oferecida a um mercado para uso ou consumo, aquisição. Os autores comenta
também sobre a classificação dos bens de consumo, em duas grandes classes, que
são produtos de consumo e produtos industriais.Produtos de consumo segundo,
Kotler e Amstrong (1995), são aqueles comprados pelo consumidor para uso pessoal
e esses produtos com base nos hábitos de compra dos consumidores estão
classificados, como:
a) Produtos de conveniência:são aqueles produtos ou então serviços que
os consumidores compram com frequência e também não pensam
muito ao comprar esse produto.
b) Produtos de comparação: produtos comprados com menor frequência ,
os consumidores gastam mais tempo ao comprar esses produtos,
que por exemplo podem ser móveis, eletrodomésticos.
c) Produtos de especialidade:são produtos com características únicas e o
consumidor faz um esforço especial de compra, exemplos são
marcas e modelos de carro de alto preço.
d) Produtos não-procurados: aqueles que o consumidor nem conhece, e
se conhece nem pensa em comprar, exemplos, seguro de vida,
serviços funerários.

Logo em Produtos Industriais, que são produtos comprados para ser usado na
condução de um negócio posteriormente, e há três grupos:
a) Materiais e peças: são produtos industriais que vão tornar ser parte de
um produto por um processo.
b) Bens de capital:produtos industriais que fazem parte da produção do
comprador inclui instalações e equipamentos acessórios.
c) Suprimentos e serviços:são produtos industriais que não faz parte de
um produto acabado, exemplos, carvão, papel de computador, lápis.
(Kotler e Amstrong, 1995).
23

Para uma compreensão mais abrangente, produto em algumas explicações


de Kotler e Amstrong (2007), é oferecido a um mercado, para possível compra, ou
então apreciação, lembrando que o mesmo satisfaz necessidades e desejos.

3.1.3.2 Preço

Preço conceitua-se como algo não exclusivo ao valor pecuniário, em moeda,


mas sim também de um serviço :

“ é a quantidade de dinheiro, bens e serviços que o


consumidor desembolsa para adquirir um produto ou usar
um serviço e que a empresa recebe em troca da cessão
desse produto ou serviço. Em outras palavras, é a
quantificação de um processo de troca entreempresa e
consumidor.” (HONORATO, 2004, p. 208)

Kloter (1995) expõe que preço é o volumede dinheiro cobrado por um produto
ou serviço. Preço é a soma dos valores que os consumidores trocam pelo benefício
de possuírem ou usarem um produto ou serviço. Cobra (1997), diz que preço deve
ser certo e também estar claro no ponto certo, e então transferir a posse no preço
certo.Kotler e Amstrong (1995) ressalta que o preço deve ficar entre baixo demais
para poder produzir lucros alto demais, para também gerar uma demanda, e claro
tem que levar em conta os preços de seus concorrentes e outros fatores.
O preço é o único do composto de marketing que produz receita, e também o
mais flexível do composto de marketing, para Kotler existe 6 fatores para então uma
decisão de preço, para seu produto serviço no mercado:

1- Seleção do objetivo de preço:primeiramente a empresa deve ter seus


objetivos estabelecidos, ela tem que necessariamente saber o que ela
desejar realizar com o seu produto, se selecionou corretamente o
mercado-alvo, se tem um posicionamento de mercado adequado, tudo em
relação a estratégia de marketing.
2- Determinação da demanda: a empresa pode cobrar um preço por seu
produto ou serviço, esse preço resulta em um diferente nível de demanda.
24

A relação entre o preço e a demanda, é observada na curva da demanda¹,


a demanda e o preço estão relacionados quanto maior o preço, menor
será a quantidade de demanda.
3- Estimativa de custos: a empresa por sua vez,analisa um preço que possa
cobrir os custos de produção, distribuição, e venda do produto, sendo
possível um retorno justo por seu esforço e risco. Existem dois tipos de
custos. Custos variáveis, eles variam com o nível de produção do produto
e também o custo total que é a soma dos custos fixos e variáveis.
4- Análise dos custos, preços e ofertas dos concorrentes: a empresa precisa
conhecer o concorrente, conhecer seus preços e também as ofertas dele,
a partir daí usá-lo como referência para seu preço de sua empresa.
5- Seleção de um método de estabelecimento de preço:nessa etapa, a
empresa está preparada para decidir um preço, as empresas selecionam
um método para resolver, o problema de preço.
6- Seleção do preço final: a empresa deve consideraralguns fatores, esses
fatores são o preço psicológico e também a influência de outros elementos
do composto de marketing. ( Kotler, 2009)

“O preço pode ser considerado: posto na fábrica; posto no cliente; atacadista,


varejista ou distribuidor; líquido com desconto ou bruto sem desconto;
desconto por quantidade, por condição de pagamento etc. (COBRA, 1997,
p.29).Existem preços em todas as etapas do processo de um processo, pode-
se dizer que preço, é o elemento crítico do composto de marketing, é o mais
variável.
Para Churchill (2000), a estratégia de preços influencia o
comportamento de compra quando o consumidor está avaliando alternativas e
chegando a uma decisão,por isso, deve-se analisar o seu concorrente e fazer
com que seu preço mais seu produto, se tornem mais atrativo para o
consumidor.
25

3.1.3.3 Praça (Distribuição)

Ponto de vendas, canais de distribuição ou também praça, segundo Cobra


(1997), pode-se dizer que o produto, só tem utilidade se for posicionado junto ao
mercado, e também a escolha do ponto.
Segundo Churchill e Peter (2000), diz que um produto disponível ou fácil de
comprar entra em um conjunto de mais consumidores, pois a disponibilidade é muito
importante para então tomada de decisões, e também os tipos de canais onde um
produto é oferecido, também influência na percepção de consumidores sobre a
imagem daquele produto.É de extrema importância os canais de distribuição, de
acordo com Kotler e Keller (2006), um sistema de canais de marketing, “é o conjunto
de canais de marketing específicos utilizados por uma empresa.” (KOTLER E
KELLER, 2006, p.465) Já para Kotler e Armstrong (1995), os canais de distribuição
faz uma ligação entre o produtor e o consumidor,eles são os membros do canal de
marketing e então desempenham funções.

3.1.3.4 Promoção

Promoção, na concepção de Cobra (1997) se compreende em publicidade, as


relações públicas, a promoção de vendas, a venda pessoal e o merchandising.
A promoção, “Pode influenciar os consumidores em todos os estágios do
processo de compra. Suas mensagens podem lembrar os consumidores que eles
têm um problema, que o produto pode resolver o problema e que ele entrega um
valor maior do que os produtos concorrentes.” (CHURCHILL; PETER, 2000, p. 166).
Kotler (2000), diz que as empresas podem usar o mesmo conteúdo de
propaganda e campanhas promocionais usadas no país de origem, e muda-las de
acordo dom o mercado local, esse processo se chama adaptação da comunicação
26

3.1.4 Necessidades, Desejos e Demandas

Kotler e Keller (2006) afirmam que marketing desenvolve a identificação e a


satisfação das necessidades humanas e sociais. Para defini-lo de uma maneira bem
simples, podemos dizer que ele „supre necessidades lucrativamente.
Como o autor cita, existem necessidades humanas, que é o conceito básico
de marketing. Assim, podemos explicar que:
“Necessidades humanas são estados de carência
percebida. O homem tem muitas necessidades complexas:
necessidades básicas físicas de alimentação, roupas, calor
e segurança; necessidades sociais de fazer parte de um
grupo e ser querido; e necessidades individuais de
conhecimento e auto-realização. Essas necessidades não
são criadas pelos profissionais de marketing, são uma parte
básica da constituição do homem. “ ( KOTLER;
ARMSTRONG, 1998, p.3) .

De acordo com Cobra (1997), as necessidadessão classificadas como:


 Inata:são aquelas pessoas que nascem com necessidades que não são
aprendidas.
 Universal: são necessidades comuns a todas as pessoas em qualquer
lugar do mundo.
 Não direcionais:necessidades que não possuem nenhum tipo de
solução para problemas criados, o consumidornão sabe como essa
necessidade pode ser satisfeitas.
 Insaciável: nem todas as necessidades podem ser satisfeitas, há
algumas necessidades que devem ser satisfeita, mas sobra sempre,
uma parte de uma necessidade que não estará satisfeita.

Segundo Kotler e Keller (2006) existem cinco tipos de necessidades, são


necessidades declaradas, o cliente sabe o que quer, necessidades reais, é o que
existe e não aquilo exatamente que o cliente quer, necessidades não declaradas, o
cliente sempre espera um bom atendimento por parte revendedor, necessidades de
„algo mais‟, o cliente esperava algo a mais na hora da compra como por exemplo um
brinde e por último necessidades secretas, o cliente quer ser visto como um
consumidor inteligente.
27

Cobra (1997) descreve as hierarquias de necessidade de Maslow, que


também são cinco necessidades:
1- Teorias psicológicas: que levam as pessoas à compra, são as
necessidades fisiológicas, fome, sono, sede.
2- As necessidades de segurança: proteção pela rotina por exemplo,
necessidades de amor e afeição, diferente das biológicas como sexo,
frio etc.
3- Necessidades de estima e ego: que são auto-respeito, prestigio,
reconhecimento.
4- Necessidades de auto-realização: que é buscar realização.

“Quando as necessidades básicas começam a ser


satisfeitas passa a existir uma necessidade de segurança
em que o indivíduo busca um nível de realização na escala
hierárquicade Maslow. As necessidades sociais
representam um desejo para o individuo torna-se aceito
dentro do grupo social do qual faz parte, e os fatores como
amar e ser socialmente aceito passam a ser importantes.” (
COBRA, 1997, p. 40 ).

Kotler(2000) diz que essas necessidades se tornam desejos quando objetos


específicos pode satisfazê-las. “ Desejos são as necessidades humanas moldadas
pela cultura e pelas características individuais [...] Os desejos são descritos como
objetos que satisfazem as necessidades ” (KOTLER; AMSTRONG, 1998, p.4). A
demanda para Kotler (2000), são desejos porprodutos que já são específicos com a
possibilidade de pagar.
Kotler e Amstrong (1998), afirma que esses desejos muitas vezes pode ser
comprado e quando isso acontece, pode se chamar de demandas, os clientes veem
os produtos como um beneficio e então escolhem aquele que irá proporcionar um
maior beneficio pelo dinheiro investido.Segundo Kotler e Keller ( 2006) as demandas
são desejos por algum produto especial e você tem a capacidade de compra-los. “
Muitas gente quer um Mercedes, mas poucos podem comprar um ou estão dispostos
a isso.” ( KOTLER; KELLER, 2006, p.22).
Hoje as empresas atendem as necessidades individuais, não é como
antigamente, que os produtos eram feitos e atendia as necessidades em média
apenas. (Kotler e Keller, 2006), hoje precisa de um estudo para identificar essas
necessidades, fazer algo específico a cada uma dessas necessidades.
28

3.1.5 Mercado

De acordo com Rocha e Christensen (1999),existem 3 condições para ter um


mercado, a primeira é que o consumidor perceba a existência de uma necessidade,
segundo que exista pelo menos um produto em que possa satisfazê-la, e terceiro
que também exista capacidade de uma compra.
“O mercado é o grupo de compradores reais e potenciais de um produto.
Esses compradores têm uma necessidade ou desejo específico, que pode ser
satisfeito através da troca. “ ( KOTLER; AMSTRONG,1998, p. 7)
Segundo Kotler e Keller (2006) a empresa não pode satisfazer a todos em um
mercado, nem todo mundo gosta da mesma coisa, para isso é preciso examinar
diferenças demográficas, psicográficas e comportamentaisdos clientes. Assim
decidem os segmentoscom maior oportunidade, quais são os mercados-alvos, após
ser escolhidaa empresa desenvolve uma oferta, “um conjunto de benefícios que
oferecem aos clientes para satisfazer suas necessidades“(KOTLER; KELLER, 2006,
p.22).
De acordo com Kotler e Armstrong (1998) o mercado incide em vários tipos de
clientes, produtos e necessidades,eis que a tarefa do marketing é gerar quais
segmentos apresentam as melhores oportunidades para a empresa conseguir suas
finalidades. Contudo o processo de classificação dos consumidores em grupos
diferentes, podemos denominar segmentação de mercado.
29

3.1.6 Segmentação de Mercado

Com essa subdivisão, notamos que para uma empresa alcançar sucesso em
seu empreendimento, é necessária a compreensão da segmentação de mercado, a
fim de obter maior êxito no mercado, pois destinar um produto para uma
determinada classe solcial, para uma determinada localização geográfica, pode não
ser a melhor medida. Vemos que “A segmentação é uma subdivisão do mercado
global de uma empresa em parcelas a mais homogêmeas possível, com o fito de
formular estratégias de marketing” (COBRA, 1997, p.71).
Rocha e Christensen (1999), diz que o processo de segmentação de mercado
é basicamente separar consumidores em grupos, de tal forma que a necessidade a
ser atendida tenha então características especificas, porém que sejam parecidas
para os que pertencem ao mesmo grupo e diferentes dos demais grupos.
O Cobra (1997) incluí para segmentação de mercado, localização geográfica,
características demográficas, características socioeconômicas , características
psicológicas, características relativas ao atributo do produto, características
comportamentais do consumidor, características relativas ao beneficio buscado pelo
consumidor, características relativas ao ramo de marketing e características relativas
ao marketing mix.
30

3.2. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR


3.2.1 Conceito do comportamento

Quando citamos comportamento do consumidor, estamos referindo ao


consumidor final, indivíduos e famílias que compram bens e serviços para o
consumo pessoal. É importante as empresas, tanto pequenas, como médias
entender disso, uma vez ao compreender os modos, hábitos e costumes do cliente
ao qual se procura alcançar, certamente vender para o mesmo, e portanto, obter
lucro através do mesmo se tornará muito mais fácil. (Kotler,
Keller,1995.)CHURCHILL e PETER, conceitua comportamento do consumidor, como
“pensamentos, sentimentos e ações dos consumidores e as influências sobre eles
que determinam mudanças.” (2000, p. 146).
Ou então “Definimos comportamento do consumidor como atividades
diretamente envolvidas em obter, consumir e dispor de produtos e serviços,
incluindoos processos decisórios que antecedem e sucedem estas ações.” (ENGEL,
BLACKWELL, MINIARD, 2000, p.4).
O comportamento do consumidor segundo, Engelet al (2000), é de
interessepara aqueles que querem influenciar ou mudar esse comportamento, os
objetivos são entender e prever o comportamento do consumidor e descobrir o que
causa o que regem a persuasão em cima do consumidor. Compreender o
comportamento do consumidor para Samara e Mosh (2005), é uma das funções
essencial de marketing , para então, cumprir seus objetivos , na produção e na
colação no mercado de bens e serviços para satisfazer as necessidades dos
consumidores.
31

3.2.2 Processo e Decisão de Compras

Os profissionais de marketing devem desenvolver uma compreensão de como


os consumidores, tomam as suas decisões de compra, pois esse momento é crucial
para a sobrevivência da empresa, aquele que pode determinar a permanência da
empresa no mercado, uma vez que as empresas líderes de mercado exploram muito
bem esse momento, muitas vezes não deixando espaço para suas concorrentes.
segundo Kotler (2000),podemos distinguir cinco papéis que então as pessoas
desempenham na hora da decisão de compra:
a. Iniciador: a pessoa sugere a ideia de comprar um produto.
b. Influenciador: que é pessoa com seu ponto de vista ou até mesmo um
conselho influencia na decisão.
c. Decisor: a pessoa que decide sobre qualquer componente na decisão de
compra, como comprar, onde comprar.
d. Comprador: aquele que realiza a compra, e por último, usuário: aquele que
vai consumir, usar o produto ou serviço.

Nessa etapa, segundo Churchill e Peter (2000), inclui decidir fazer ou não a
devida compra, e se sim, na onde, o que, quando deve-se pagar e também quando
comprar, os autores descrevem também, que os consumidores agem ás vezes
rapidamente, se o produto estiver em promoção, desistir da então compra se
nenhuma das ações satisfazerem suas necessidades, e também os consumidores
adiam a compra se não querem gastar e sim economizar.
32

3.2.3. Atitudes e Dissonância Cognitiva

A maneira em que os consumidores, segundo Churchill e Peter (2000),


tornam satisfatória suas necessidades, dependem de atitudes em relação às
diversas alternativas. Atitudes para Alvin (2008), é uma espécie de avaliações sobre
determinado produto, ou marca, seguindo informações ou até mesmo experiência, e
ele afirma ainda que quando não existem essas informações na memória do
consumidor, eles tentam formá-las.
“Atitude é a avaliação geral de um consumidor a respeito de um objeto,
comportamento ou conceito; em geral é o grau em que os consumidores gostam ou
não de alguma coisa” (CHURCHILL ; PETER, 2000, p. 150).
De acordo com Honorato (2004):
“ Atitudes são formadas por um processo de aprendizagem
baseado na família, nos grupos de referência e no próprio
comportamento. Uma atitude compõe-se de três
componentes: cognitivo(conhecimento, informação),
afetivo(sentimentos e emoções) e comportamentalou
conativo (intenção de agir).

Para Cobra (1997), a dissonância cognitiva, é um estado metal que leva a


pessoa a tentar diminuir qualquer carência que estabeleça então, uma analogia
associada as cognições. De acordo com Churchill e Peter (2000) que descrevem
como, aqueles consumidores que se perguntam se a então alternativa escolhida, é a
melhor, esse sentimento, é chamado então, de dissonância cognitiva, também
conhecido de remorso do comprador ou até mesmo dissonância pós compra.
“As pessoas tendem a resolver o desconforto do remorso do comprador
procurando informações que dêem apoio a sua decisão e tornando-se mais críticas a
respeito das alternativas rejeitadas.” (CHURCHILL, PETER, 2000, p.151) , as
pessoas precisam se sentir realmente satisfeitas em relação a compra.
33

3.2.4 Culturas, Subculturas e Classes Sociais

Agora chegamos a um aspecto comum nos estudiosos de Marketing, é


comum observar até mesmo em reportagens que determinada classe social está
aumentando seu poder de compra, que um produto específico está acessível à
classe B, que a cultura de um povo determina os hábitos de consumo, esses
aspectos, ainda que comuns, devem ser entendidos de maneira sistemática pela
pequenas e médias empresas, pois elas se ramificam até mesmo no âmbito digital.
Na teoria de Kotler e Armstrong (1995) os fatores culturais tem uma influência
na compra do consumidor, nesse caso tem que saber a função exercida pela cultura
e subcultura e classes sociais.
Cultura para Engel, Blackwell, Miniard (2000), refere-se aos valores, ideias,
costumes, símbolos que facilitam as pessoas a se comunicar, tudo isso dentro de
uma sociedade, nessa cultura possui elementos abstratos e não abstratos, afirma
Engel et al (2000), esses elementos abstratos são os valores na sociedade, as
atitudes, as ideias, as personalidades, também a religião, os não abstratos seriam as
casas, edifícios, entre outros.
“ Cultura é a causa mais determinante dos desejos e do comportamento da
pessoa, comportamento este que é em parte aprendido.” ( KOTLER, ARMSTRONG,
p. 97,1995).
Ainda na concepção de Engelet al (2000),a cultura é passada de uma
geração para outra, as pessoas não nascem com normas de comportamento, assim
como os animais que possuem comportamentos instintivos, a cultura é adaptativa,
ela tem efeito no que as pessoas compram e no seu comportamento, cultura é todo
processo de evolução desde o nascimento, adquirindo junto a sociedade em que se
vive, costumes comportamentos, enfim, toda formação de uma pessoa,.
Kotler e Armstrong (1995), a cultura pode mudar muito de país para país, as
influências culturais, então o marketing, deve se adaptar a isso por se não acontecer
isso ele não vai ser eficaz, deve estar atendo as mudanças culturais também para
adaptar o produto.
Inicialmente falando sobre subculturas, pode-se dizer que subcultura
segundo Alvin (2008), é uma divisão de uma cultura, ou seja bem definida, por
34

alguma característica, status social, comportamentos, enfim que distinguem da


cultura mais ampla.
“Cada cultura contém pequenas subculturas, ou grupos de pessoas com os mesmos
sistemas de valor baseados em experiências e situações de vida em comum.” (
KOTLER, ARMSTRONG, p. 98,1995).
Para Kotler ( 2006), toda sociedade possuem as subculturas, membros
dessas subculturas, compartilham algo em comum, como crenças, preferencias e
comportamentos, eles expressam diferentes desejos e comportamentos de
consumo.
Na classe social, Kotler e Armstrong (1995) diz, que ela não é basicamente
determinada por um único fator como a renda, pelo contrário é uma combinação de
ocupação, renda, educação entre outros.
Kotler (2009) diz, que uma pessoa pode passar de uma classe social para a outra,
durante sua vida, essa mobilidade depende da sociedade em que vive entre outros
fatores.
“ Classes sociais são divisões relativamente permanentes e homogêmeas da
sociedade cujos membros partilham valores, interesses e comportamento
semelhantes”. (KOTLER, ARMSTRONG, p. 98, 1995).
Segundo Kotler (2009), as classes sociais mostram a variedade de
preferências por marcas, produtos, entre outros, então as empresas focam os seus
esforços para determinada classe social em que seu produto encaixa.
35

3.3. MARKETING DIGITAL


3.3.1 Fundamentos e Práticas

Afinal o que é Marketing Digital? Segundo Torres ( 2010, p. 6) “A empresa


[...] tem que estar onde o seu cliente está, as empresas têm que estar
presentes na Internet, e desenvolver uma estratégia de marketing digital eficiente”
Com isso, Torres quis dizer que não basta a empresa ter um site, como um
panfleto virtual e simplesmente acreditar que os usuários de internet irão chegar até
o site e pensar “nossa que bacana”. As empresas devem desenvolver uma
estratégia que envolva um conjunto de ações que venha influenciar o
comportamento do usuário e fazer com que ele atinja o objetivo final do site seja
comprar um item, realizar uma matrícula, realizar uma doação, participar de um
evento etc.
Ainda para Torres, (2010, p. 6)
“[..]eu proponho as mais do que um roteiro, ou uma
metodologia, é um guia para que as empresas possam criar
uma presença forte na Internet, se relacionar com seus
consumidores, conquistando novos clientes e mantendo
satisfeitos os atuais.

Conforme o autor propõe, um conjunto de ações na Internet formam um


verdadeiro guia para os profissionais de Web fazerem com que seus clientes façam
sucesso. Também considerados os pilares do Marketing Digital, formam estratégias
globais para implementação das mesmas nas empresas, de qualquer porte. Tais
ações poderiam ser enumeradas:

1.Marketing de conteúdo.
2. Marketing nas mídias sociais.
3. E-mail marketing.
4. Marketing viral.
5. Pesquisa online.
6. Publicidade online.
7. Monitoramento.
36

3.3.2 Marketing de Conteúdo

O Marketing de conteúdo, como o próprio nome sugere, é o próprio escopo da


matéria, ou seja, a relevância do material a ser apreciado pelo usuário de Internet,
de nada adianta um site ser animado, ter cores vivas, animações em flash se o texto,
o informe ser descaracterizado, desinteressante para aquele que chegou até a
página. Ela deve ser de interesse do usuário, atrante, que venha a somar com a
informação do usuário, que enriqueça não só com as formas, mas também com os
dizeres.
Para que o conteúdo seja interessante, ele deve ser segmentado para o
público-alvo e deve ser de fácil localização para os mecanismos de busca.
Segundo Torres (2010, p. 9):
Para planejar este conteúdo, e defini-lo com clareza,
siga os passos do planejamento de conteúdo: quem é o
público-alvo, o que se pretende do público-alvo, como se
comporta o público-alvo, que informação o público-alvo
busca, que conteúdo produzir para o público-alvo, como
produzir esse conteúdo.

Estudos sobre concorrência, pesquisa de mercado, entrevistas com possíveis


clientes, são atitudes que favorecem o encontro das respostas das questões acima.
A divulgação do site em redes sociais como o Facebook, Orkut, páginas
amarelas são importantes para o conteúdo, também a criação de um Blog, o qual
permite entre outros recursos responder comentários, postar dicas, sugestões e
artigos de maneira fácil e rápida também constituem um apoio ao Marketing do site.
37

3.3.3 Marketing nas Mídias Digitais

Recentemente o Facebook a maior e mais conhecida mídia social do mundo


alcançou mais de 700.000.000 (setecentos milhões) de usuários, segundo o próprio
site da empresa afirmou, o que não podemos desprezar quando pensamos que
muitos deles tem alto potencial consumidor.
As mídias sociais são um excelente canal de interação com o usuário, o qual
tem sua atenção chamada pelas campanhas que são geradas pelas mesmas. Sites
como o Facebook, Orkut, Linkedin, Sonico, Badoo, Youtube são exemplos de mídias
socias, os quais podem ser facilmente incrementados e utilizados dentro dos blogs.
Segundo Torres (2010, p. 13):
“O Twitter se expandiu muito rapidamente no Brasil (18
milhões de usuário em Agosto de 2010) e está sendo usado
pelo seu consumidor, e também por muitos estudantes,
blogueiros e jornalistas. Assim ele deve ser a base de sua
estratégia de marketing nas mídias sociais.”

Em todas essas mídias sociais o processo é muito simples, bastando entrar


no domínio principal dos mesmos e efetuar um cadastro, o qual exigirá um e-mail e
informações pessoais. Não é o foco do presente trabalho indicar passo-a-passo os
processos de inscrição e diversos recursos existentes em cada uma das
plataformas, porém alguns benefícios dos mesmos poderào ser descritos, como por
exemplo a possibilidade de atualização do status dessas mídias pelo celular, a
possibilidade de atualização de diversas mídias ao mesmo tempo por uma só
plataforma, a personalização e criação de Fan page no facebook, o que permite com
que tal página seja tão atraente, criativa e rica em conteúdo como as páginas de
Internet completas são, entre outras.
A dica é que se ampresa pretende realizar um trabalho profissional dentro das
mídias sociais, ela deve consultar um profissional de Internet para o fazer, e deixar
de acreditar que bastante ter um login e senha nas mídias sociais e o nome da
empresa na tela principal será o suficiente para atrair novos clientes.
38

3.3.4 E-mail Marketing

E-mail marketing é uma das mais importantes ferramentas de marketing


digital existente, possivelmente a mais antiga, porém, como todas as outras, sozinha
é ineficiente, e precisa ser trabalhada em conjunto com as demais ações de
marketing.
Segundo Torres (2010, p. 13) “O E-mail marketing é basicamente marketing
direto, visa estabelecer um contato direto com o consumidor, passando para ele a
sua mensagem.”
Comprar listas de empresas pode ser um desperdício de dinheiro e tempo,
basta imaginar quantos e-mail‟s se recebe sem consentimento e a consecutiva perda
de tempo e dinheiro somente para deletá-los.
O e-mail Marketing deve ser, de preferência a um programa eficiente no
qual seja cadastrado somente os usuários segmentados ao negócio, de preferência
um programa que capte o cliente a partir do próprio web site e tenha monitoramento
em tempo real daqueles que desejam sair das lista, que gere relatórios da
quantidade de novos e-mail cadastrados e permita formatar de modo adequado os e-
mail‟s a enviar, que permita inserir imagens, sons, vídeos, desde que alinhados com
o objetivo principal do site.
Um exelente exemplo deste tipo de programa podemos constatar em site de
compra coletiva, o qual convida logo de início o cadastro do e-mail do visitante,
fazendo todas as campanhas de marketing digital baseada neste e-mail, com as
ofertas do dia.
Segundo Torres (2010, p. 18):

“Ficar enviando folhetos publicitários no e-mail markeiting é


a forma mais simples de afastar seus consumidores de
você. Não envie propaganda, ao
contrário, fale com o seu consumidor. Crie um informativo
semanal ou quinzenal com as novidades de seu
negócio. Se sua empresa não gera muitas novidades,
coloque informações sobre o seu setor que interessam ao
seu cliente.”

Até mesmo nesse aspecto do e-mail marketing podemos verificar o


cointeúdo relevante dentro da campanha, é algo inerente para agregar valor.
39

3.3.5 Marketing Viral

Se uma das bases do marketing é atrair a atenção do cliente em potencial,


podemos logo imaginar que para que isso aconteça não devemos o fazer com algo
forçado, indesejado ou até mesmo repugnante, tal deve ocorrer de maneira natural,
leve, direta e quem sabe até mesmo descontraída, quem sabe até involuntária. É
isso que o marketing viral pode nos oferecer, muitas campanhas de marketing digital
de sucesso tiveram seus organizadores pensando justamente nisso. Vídeos
inusitados no Youtube, Sites com interação, vídeos aparentemente gravados ao
acaso foram vistos milhares de vezes o que gerou um grande impacto no público
alvo.

Algumas dicas o autor fornece em sua obra, Torres (2010, p. 21):


“Procure utilizar vídeo ou animação em Flash como
peça viral para sua primeira ação de marketing viral. Eles
são mais fáceis de produzir em seu primeiro trabalho.
Produza tudo com atenção aos detalhes. [..] lembre-se seja
criativo e faça algo que lhe dê orgulho.”

O Marketing Viral deve ser uma campanha que visa criar repercussão, o
chamado buzz, o boca a boca, uma grande epercussão da sua mensagem de
uma para milhares ou milhões de pessoas. É uma poderosa ferramenta que
permite atingir muitas pessoas na Internet, e propagar sua mensagem. Podemos
citar por exemplo um site no qual o usuário com um clique definia ações para uma
pessoa vestida de galinha, como „levante o braço”, “sente-se”, “pule” entre outras.
Outro site oferecia desconto na compra de um produto caso divulgasse esse
mesmo produto para o maior número possível de amigos através do cadastro de e-
mail deles. Outro site colocava seu perfil do facebook dentro de um vídeo no qual um
aparente serial killer analisava sua foto diversas vezes, pegava um carro com a
intenção de encontrar a sua pessoa, visualizando sua foto no porta-luvas do carro.
Realmente não há limites de criatividade para tal buzz marketing.
40

Tais ações são repentinamente divulgadas em perfis do facebook,


comentadas no Youtube, gerando uma cadeia de visualizações, multiplicando-se aos
milhares numa velocidade que somente a Internet poderia proporcionar.
Outras dicas importantes é citada por Torres (2010, p. 30) :
Pessoal: A pessoa tem algum interesse pessoal imediato. É
o caso dos programas de afiliados, como o da Amazon,
onde blogueiros colocam banners da loja virtual em seus
blogs, e ganham uma participação nas vendas. Toda vez
que um blogueiro vê este tipo de banner, acaba se
interessando e colocando em seu blog. Emocional: A
pessoa sente uma emoção, positiva ou negativa, forte e por
isso manda a mensagem para outras pessoas. É o caso da
VW Fun Theory, uma campanha viral do fabricante alemão
que visa criar projetos divertidos para estimular pessoas a
tomar atitudes sustentáveis.

Com isso vemos que a campanha de Marketing Digital é totalmente diferente


da convencional, interativa, com objetivo de gerar cadastros, vendas, inscrições e
que uma campanha sem esses objetivos específicos teria resultado nulo na Internet.
41

3.3.6 Publicidade On-line

A publicidade on-line também conhecida como mídia on-line, diferentemente


da mídia off-line é um conjunto de ações, o aproveitamento de diversas ferramentas
para a atração e manutenção de clientes atuais e futuros.
Ela é essencial quando uma pequena ou média empresa planeja realizar
campanhas de Marketing Digital é a publicidade on-line que tornará visível o produto
ou serviço da empresa na rede.
Segundo Torres (2010, p. 23) “A publicidade on-line envolve várias mídias
e tecnologias, como os banners, banners interativos, podcasts, vídeos, widgets e
jogos online.”
O Banners interativos se diferem dos banners simples pelo fato de poderem
ter seus tamanhos aumentados, poderem executar um vídeo ou até mesmo rodar
um jogo com a movimentação ou com o clique do ponteiro do mouse sobre ele, os
podcasts nada mais são do que arquivos de áudio, muitas vezes dispostos em
domínios específicos de armazenagem, download e organização desses materiais,
os vídeos dispensam comentários, já os widgets são pequenos aplicativos os quais
podem ser inclusos dentro de blogs e sites, aplicativos esses os quais podem ser
previsão do tempo, cotações de moeda, enquetes, jogos, janelas de acesso ao
twiter, facebook entre outros.
Algumas dicas de banner são oferecidas por Torres (2010, p. 24):
Desenvolva esse banner nos principais formatos
disponíveis nos sites (O Google AdWords tem uma lista,
mas você também encontra isso pesquisando na
Internet). Reserve uma parcela de sua verba mensal de
publicidade, que considere aceitável para sua empresa, e
use-a na veiculação de banners.

Diversos formatos de banner são disponibilizaods pelo próprio google para


divulgar empresas e negócios na Internet como o formato arranha-céu e quadrado,
variando desde 250x250 pixels até 150X600 pixels.
O interessante é que no próprio conteúdo do banner tenha disponível telefone
ou endereço ou e-mail da empresa, senão todos os dados em conjunto evitando que
o usuário clique em tal banner, pois se tal ocorrer o Google subtrai valor pecuniário
da empresa que divulga seu negócio nesses banners pagos.
42

Existem diversos domínios os quais fazem permuta ou troca de banners, bem


como diversas plataformas para utilização de widgets como Joomla e Wordpress.
43

3.3.6.1 Publicidade On-line Móvel

Segundo o Mídia Kit da Uol, documento em anexo ao presente trabalho, mais


de 100 milhões de celulares foram adquiridos no Brasil durante os últimos cinco
anos, tendo uma penetração mais acentuada no público que apresenta a idade de
30 a 39 anos – 71,4%, seguido do público que apresenta 40 a 49 anos 65,2%.
O número de celulares no Brasil há anos ultrapassou a população, em agosto
de 2011, 114% da população brasileira tinha aparelho celular, sendo 81,7% deles
pré-pagos, sendo 30 milhões acessando a Internet 3G nesses aparelhos.
Dos países que forma o BRIC – Brasil, Rússia, Índia, China e Indonésia, o
Brasil está no terceiro lugar em número de aparelhos celulares.
O portal da Uol, registrou um número fantástico que corrobora esse
crescimento de aparelhos celulares no Brasil, em julho de 2010, o portal registrou
pouco mais de 10.600.000 (dez milhões e seissentos mil) usuários móveis em seu
domínio, e, menos de um ano, ou seja, em junho de 2011, o mesmo portal registrou
mais de 43.800.000 (quarenta e três milhões e oitocentos mil) usuários acessando o
seu domínio via celular.
Estes dados são uma introdução ao subconteúdo que se segue, da
publicidade on-line específica para celulares, o que não pode ser desprezado pelas
pequenas e médias empresas, visto que este é um canal que a cada dia se torna
mais acessível em termos de publicidade, em especial quando tratados diretamente
via operadora de celular
44

3.3.6.2. Banners

Os banner para celular apresentam atualmente as mesmas carcterísticas dos


banners utilizados em outras plataformas, podem ser nos formatos GIF, JPG, Flash
e PNG, podem ser interativos, conter links ou não e cujo conteúdo deve estar
atrelado ao objetivo da campanha.
Conforme Cavallini, Xavier e Sochaczewski (2010, p. 41):
Com tantas opções de aparelhos, as imagens são
otimizadas para se adaptar às telas com diferentes
tamanhos e resoluções. Mas para garantir a melhor
performance, os banners devem ser produzidos em todos os
tamanhos predefinidos.

A Cobertura de aparelhos celulares possui cerca de 20 milhões de linhas


acessando a internet, sendo 8,2 milhões em banda larga móvel 3G. O Inventário
dos sites móveis de portais, operadoras e outros veículos nacionais chegam
aproximadamente a 100 milhões de impressões.
Segue tabela com tamanho em pixels e peso no navegador para o
carregamento dos mesmos.

Figura 1 – Formatos de Banner


Fonte: Cavallini, Xavier e Sochaczewski, Mobilize
45

3.3.6.3. Mídia em Aplicativos e Jogos

Atualmente são milhões de desenvolvedores em todo o mundo criando jogos


e aplicações pagas e gratuitas, muitas das gratuitas apresentam, em contra-partida,
anúncios e banners em seu conteúdo, a fim de veicular uma empresa ou produto da
mesma.
Grandes empresas utilizam dessa estratégia a fim de alcançar público-alvo
específico, por exemplo recentemente a FIAT divulgou sua marca dentro do jogo
fazenda, dentro do orkut, o usuário, após visualizar o nome da empresa dentro do
jogo podia clicar no nome e acessar o portal da empresa.

Conforme cita Cavallini, Xavier e Sochaczewski (2010, p. 46):


Os formatos de exibição de banners são os mesmos dos
veiculados em sites e portais. Esses banners podem ser
animados e, quando clicados, podem realizar interações
mais complexas ou trazer imagens e vídeos em tela cheia.
A Cobertura ocorre como nos portais e outros sites, existem redes para o
ambiente móvel. O inventário dessas redes envolve vários sites móveis e aplicativos.
Na rede AdMob, os acessos vindos do Brasil totalizam um inventário de 60 milhões
de impressões por mês. Na rede Quattro Wireless, da Apple, que envolve a
plataforma iAd, o inventário é de cerca de 6 milhões de impressões por mês.
O Custo para o consumidor se utilizar a rede celular (e não o Wi-Fi) para
realizar o download do aplicativo, paga pelo tráfego de dados, a tim entrou com uma
promoção em 2010 na qual o usuário paga somente 50 centavos por dia,
independente dos Megabytes trafegados em rede, a forma de pagamento para a
empresa é o CPM (custo por mil) ou CPC (custo por clique).
46

3.3.6.3. Tv Móvel

A tv móvel nada mais é que exibição de publicidade em canais de tv que


rodam em celular, diferentemente da cobrança por dados, as operadoras de telefonia
cobram esse serviço por pacotes de minutos para a exibição de determinado canal
como MTV, Doscovery Channel entre outros. É um dos meios efetivos de alcançar o
público-alvo, pois todas as mídias que envolvem o celular estão bastante, conforme
o documento em anexo ao trabalho, são mais de 100 milhões de aparelhos celulares
nos últimos cinco anos no Brasil.
A possibilidade de exibição de pequenos comerciais de 3 a 5 minutos dentro
desses canais de Tv é uma chamatriz para as empresas que desejam anunciar
nesse canal.
Conforme citam Cavallini, Xavier e Sochaczewski (2010, p. 52):
“Foi o que fez a Johnnie Walker em sua campanha para
divulgar o uísque Black Label. A marca veiculou dentro da
TV móvel por assinatura da TIM, vídeos de 4 a 5 minutos
com entrevistas de personalidades de diferentes ramos
como: Amyr Klink, Guilherme Spinelli, João Carlos Martins,
Jun Sakamoto e Osgemeos.”

Existem outras formas de assistir ao conteúdo televisivo no aparelho celular.


Determinados aparelhos móveis têm capacidade para receber TV digital, tecnologia
essa presente em algumas cidades do Brasil como Londrina, Curitiba, São Paulo,
cujo sinal é enviado diretamente pelas antenas das emissoras de televisão, não
passando pela internet nem pela rede celular.
O público teoricamente existente para esse canal é de aproximadamente 19
milhões de celulares conectados à Internet de todas as classes, A, B C, e D, as
métricas de visualizações é a de visitantes únicos ou acessos e a segmentação é a
de canal ou perfil.
47

3.3.6.5. Bluetooth Marketing

O referido canal de marketing pode ser identificado quando em determinados


locais de grande tráfego de pessoas como shopping centers e avenidas são
instaladas máquinas as quais convidam os usuários com aparelhos habilitados com
bluetooth para participar de enquetes, realizar downloads patrocinados e outras
formas de interação as quais divulgam imediatamente a marca ou produto. Estes
aparelhos identificam a marca, modelo de celular e disparam a campanha de modo
que o aparelho possa interagir com o anúncio. O circuito Halls num evento
disponibilizou um Toten com bluetooth para dispor um papel de parede e ringtone
para todos aqueles que se conectassem a ele.
Segundo Cavallini, Xavier e Sochaczewski (2010, p. 59):
“Da mesma forma que um servidor de internet, a base
Bluetooth consegue identificar o retorno de um visitante,
podendo oferecer uma mensagem diferente para alguém
que voltou ao local. E nas centenas de locais onde a rede
está disponível, as bases estão conectadas via internet,
permitindo descobrir quando um consumidor que foi
impactado em um ambiente está visitando outro.”

Bluetooth marketing é marketing de proximidade. O usuário precisa saber que


está numa área com dispositivo. Depende de orientação para que ele ative seu
aparelho. A correta formatação do conteúdo que se quer distribuir é crucial. E, por
último, mas não menos importante, depende de conteúdo relevante. Não se trata de
metros de distância ou de força bruta. Não adianta atingir o consumidor a um
quarteirão da base. A questão é atingir o target da campanha, a parte técnica
sozinha não irá fazer a diferença e isoladamente poderá somente trazer custos para
a empresa, não promovendo resultados esperados, a pertinência é a palavra chave
e não a potência do dispositivo.
Segundo os autores mais de 45% da base de usuários de celular possuem
bluetooth, representando mais de 80 milhòes de usuários no Brasil, com mais de
5000 pontos espalhados pelo país, cujos modelos varia desde iPhone 3G, iPhone
3GS, BlackBerry Tour, BlackBerry Bold.
48

3.3.6.6. Mobile Site

Com milhões de internautas acessando a internet pelo celular, sem contar o


crescimento exponencial do acesso via Wi-Fi, as empresas a cada dia estão
procurando explorar esse mercado. Neste novo cenário, será imperativo para toda
marca ter uma presença consistente na internet móvel. E isso iniciará uma corrida
para criação e desenvolvimento de sites formatados para os diversos dispositivos
móveis.
O universo será muito rico e diverso, mais complexo que as opções de
navegadores, sistema e resolução da web tradicional, graças à maior diferença entre
modelos de aparelhos móveis.
Segundo Cavallini, Xavier e Sochaczewski (2010, p. 67):
“O site móvel poderia ser uma réplica do site atual, mas nem
todos os conteúdos ou componentes visuais do site
tradicional são interessantes ou necessários para quem está
acessando via celular.”

As resoluções de tela para sites visualizados nos pc‟s variam desde 800X600
pixels até 1366X768, já para aparelhos celulares os formatos devem ser diferentes a
fim não “cansar” a navegação com barras de rolagens extensas, como ocorre
quando o celular acessa um determinado web site o qual não possui a versão móvel,
fazendo com que o aparelho visualize a mesma versão assistida pelos
computadores de mesa.
Para resolver o problema o problema de visualização, a diagramação dos
sites são divididas em três tipos básicos.
A primeira, seria voltada para os celulares com tela sensível ao toque, como o
iPhone. Para outros smartphones, uma versão com ícones dispostos em grade, com
melhorias no visual, mas navegação simplificada. E finalmente, uma terceira versão
em lista de menus, voltada para os aparelhos mais simples.
Para citarmos exemplos de Mobilie Site podemos citar o da emissora Joven
pan, o qual disponibiliza a lista das sete melhores, clipes e possibilidade de ouvir a
rádio na versão on-line.
Já o site Globo permite acesso às últimas notícias categorizadas mundo,
Brasil e mais recentes.
49

3.3.6.7.Interface com outros Meios

Certamente uma das grandes vantagens do uso do celular é sua portabilidade


e atualmente a conexão com praticamente todos os tipos de tecnologia disponível
como bluetooth, Wi-fi, GPS, USB entre outros.
Isso permite com que os aparelhos “conversem” com outros dispositivos e
aparelhos, por exemplo no Japão já é comum as pessoas pagarem suas contas no
mercado, após colocarem seus itens no carrinho, diretamente no caixa, passando
seu celular nas máquinas assim ajustadas para identificarem os dados pessoais de
cada pessoa, dados esses os quais informam também os dados bancários para
débito, da citada compra.
Por isso a conveniênca das pequenas e médias empresas investirem em
publicidade on-line para o celular, mesmo que seja apenas comprando pacotes de
SMS para envio ao seu público-alvo, como podemos constatar em pesquisas na
Internet, empresas oferecendo esse tipo de serviço
Conforme citam Cavallini, Xavier e Sochaczewski (2010. p. 86):
Esta integração serve para vários propósitos. Para fazer
ativação, aumentar o engajamento da mídia tradicional ou
até para ajudar na mensuração de resultados. Podem ser
interações mais simples, como enquetes e votações, ou
situações mais complexas, como jogos, nos quais vários
usuários podem interagir simultaneamente. A seguir, alguns
exemplos de como essa integração pode acontecer.

Já estão em fase de planejamento placas de trânsito que informam em tempo


real as condições da estrada, informes de segurança e previsão do tempo para os
condutores de veículos, os celulares servirão como uma forma de identificar o seu
portador, para ativar e desativar alarmes residenciais e automotivos, para
compartihar fotos e outros arquivos digitais tanto em meio à família, para o lazer
como para o trabalho, as mesas de trabalho, equipadas com telas de projeção
permitirão com que as imagens e trabalhos existentes no celular sejam facilmente
transferidas para sua superfície com o toque dos dedos.
Esse quadro, aparentemente futurístico já possui todas as tecnologias
prontas, faltando apenas sua comercialização, regulamentação e implementação nas
cidades e portanto em nosso dia-a-dia.
50

3.3.7 Link Patrocinado

Os links patrocinados são anúncios pagos, colocados ao lado das buscas


do Google, os quais são exibidos quando o consumidor busca com
determinadas palavras-chave. É uma ótima alternativa para as empresas estarem
lado a lado com as grandes empresas, as quais exploram bastante esse tipo de
Marketing. O ideal seria cada empresa reservar uma parcela de sua verba mensal de
publicidade, a qual considere aceitável para sua empresa, e usá-la na veiculação de
banners ou anúncios de texto para a rede de anúncios do Google.
Segundo Torres (2010, p. 34):
É importante porém que você saiba que esta publicidade
não substitui o marketing de conteúdo e a necessidade do
site de sua empresa estar bem
posicionado nas buscas orgânicas (as buscas normais
exibidas pelo Google sem remuneração).

Quando procuramos qualquer assunto no Google, desde um simples óculos


para comprar, um apartamento, ou um assunto, algo abastrato, sobre religião,
ciência, o mecanismo do Google irá mostrar como resultados primeiros aqueles
anuncios os quais estão pagando para serem exibidos, em ordem de mais alto o
valor do clique, respeitando a região, demografia e logicamente as palavras-chave
associadas à pesquisa. Interessante ressaltar que a maior rede social do mundo, o
facebook também possui recursos de link patrocinado, no qual o próprio usuário
monta uma campanha, mostrando imagem, som, vídeo ou texto para usuários em
potencial.
De maneira mais segmentada do que o Google, o Facebook exibe o anúncio,
de acordo com as definições pré-concebidas, para a região demográfica, sexo,
interesse, idade, inclusive com grau de escolaridade a ser alcançada.
Porém devemos ficar atentos para que todos esses recursos de link
patrocinados não nos faça investir sem o devido retorno, segundo Torres (2010, p.
47):
“Saiba que, segundo dados do Google, menos de 10% das
buscas resultam em um clique nos anúncios dos links
patrocinados, os outros 90% das buscas vão diretamente
para a busca natural. Mas embora as campanhas de links
patrocinados sejam muito úteis e
fáceis de implementar, você deve ter os devidos cuidados
para evitar o desperdício do seu orçamento de publicidade.”
51

Por isso que uma boa estratégia de link patrocinado deve abordar também
aqueles links os quais não são pagos, ou ao menos que não precisam ser pagos em
um primeiro momento, no primeiro mês ou nos primeiros 100 cliques, como trabalha
o Guia Mais, Hotfrog, Telelistas e Páginas Amarelas.
Como em cada uma das demais ações de Marketing Digital, a preocupação é
segmentar e focalizar um nicho específico de pessoas, com isso a melhor maneira
de praticar uma campanha de link patrocinado seria o de investir em um produto ou
linha específica para não que não haja dúvidas ou superficialidade na campanha,
conforme Torres (2010, p. 48): “Crie um objetivo bem específico, ligado a uma
campanha, promoção ou um lançamento”.
Uma das melhores maneiras de verificar essa especificidade na campanha é
realizar uma busca no próprio Google de seus concorrentes, imagine que esteja
tentando vender uma casa, onde fica a casa? Qual o tamanho da mesma? Tem
jardim?, a pesquisa no Google deverá ser por exemplo “casa à venda de três quartos
na praia de Itapoá – SC”.
52

3.3.8 Monitoramento

O monitaramento das campanhas em marketing Digital é a maneira mais


segura de medir resultados, de analisar os erros e de corrigí-los a fim de equalizar
custo-benefício.
Uma das melhores ferramenta de monitoraçào de visitas às páginas de
Internet é o Google Analitcs, reformado o layout e recursos recentemente, pode
indicar de que país, estado e cidade o usuário chegou ao seu site, quanto tempo o
mesmo permaneceu lendo suas páginas, qual navegador usou, quais as páginas
visitadas, se é um visitante antigo ou novo e se veio através de uma busca no
Google ou de um site o qual tinha o link de seu domínio.
Constatamos a eficiência do Analitcs através de Torres (2010, p. 41):
Esta ferramenta deve permitir monitorar todas as páginas de
seu site, e gerar relatórios individuais de cada página e
compilados, incluindo dados diários, semanais, mensais e
de períodos determinados.

Para as métricas no Facebook, o segundo site mais acessado após o Google,


as métricas estão disoponíveis após a implementação de códigos específicos no
web site ou nativamente na Fan Page da empresa.
De acordo com o sistema do facebook, pode-se verificar qual dos sexos mais
visita a página, a idade e frequência de visitaçào, porcentagem de acréscimo ou
decrécimo de visitas, quantidade de “curtir”, entre outras.
Continuando com as dicas de Torres (2010, p. 42):
No marketing de conteúdo monitore cada post do blog. No
marketing de mídias sociais monitore a origem das visitas,
separando de onde vem as visitas, por exemplo do Twitter
ou do Facebook, e para onde vão, ou seja, se permanecem
algum tempo no site, ou se saem pela mesma página que
entraram. Em campanhas de email marketing, implemente
um ponto de monitoramento para saber quais emails foram
abertos. Para isso, use uma imagem, carregada no seu site,
e links, com detalhes das informações presentes no email.
Em campanhas de marketing viral, implemente no widget ou
vídeo viral um ponto de monitoramento de downloads,
exibições ou cliques, conforme o caso.

Com isso verificamos que cada tipo de ação de marketing Digital oferece uma
métrica diferente, as quais, em conjunto, oferecem uma visão completa, fornecendo
subsídios para a tomada de decisão.
53

Conhecer qual tipo de ação fornece resultado desejado é de grande


importância para o administrador da empresa. O empresário, individualmente
dependendo do negócio, não necessita realizar acompanhamentos diários, nem
conhecer diagramação e programação, porém deve receber relatórios com essas
informações a fim de expandir ou manter o negócio.
Site de publicidade on line como Hotfrog, Guia mais, Telelistas, bem como
sites de hospedagem como Locaweb e Host Net enviam mensalmente relatorórios
no e-mail principal cadastrado com o número de visitas e demais informações de
acesso aos sites, sem dispensar, em seus prórpios domínios, áreas exclusivas de
visualização desses mesmos relatórios em tempo real, atualizados diariamente.
54

3.4. EMPREENDEDORISMO NA INTERNET


3.4.1 Introdução ao Empreendedorismo na Internet

Atualmente milhares de jovens e empresários de outros setores não ligados


diretamente à Tecnologia da Informação abrem empreendimentos na Internet, a
veem como uma ótima oportunidade de renda.
Há aqueles, no entanto, que não aderem às novas tendências de mercado,
seja por ignorância, falta de informação, indiferença ou comodismo.
Segundo Filipini (2010, p. 3):
“atualmente um milhão e meio de jovens são lançados no
mercado a cada ano, boa parte deles para engrossar as
estatísticas de desempregado, o IBGE afima que em 2005
mais de dois milhões de desempregados foram registrados,
aproximadamente 10% da população do Brasil”

Essa realidade é confirmada pelo fato de que as escolas e universidades


primariamente formam os jovens para serem empregados e não empreendedores,
os pais aconselham os filhos a arrumarem uma emprego e não trabalho, querem que
seus filhos tenham uma carteira assinada e décimo terceiro no final do ano, sem a
noção de que o mercado exige muito mais.
Segundo Filipini (2010 p. 4):
“Procure pensar sempre como empreendedor, ser dono de
seu próprio destino e nunca abandonar um sonho por medo
de se arriscar em um empreendimento. E mesmo que você
trabalhe durante um tempo como empregado, em uma
empresa, tente pensar nela como se fosse o dono. Na pior
das hipóteses será um bom terino para quando isso
realmente vier a ocorrer”

A melhor sugestão para o autor é a de profissionalizar-se, empacotar os


conhecimentos adquiridos com competência e oferecer ao mercado na medida em
que esses necessitar, seja por um serviço de consultoria, terceirização ou outro fator
que gere valor para o mercado, muitas vezes um trabalho assim formulado além de
trazer uma renda melhor como a de um empregado ainda proporciona mais
benefícios como o de possuir mais tempo livre para passar com os filhos, fazer
academia ou fazer novos cursos de aprimoramento.
55

Também outros autores afirma que uma das melhores formas de aprender a
ter seu próprio empreendimento é trabalhar para uma pessoa que já trabalha no
ramo e que portanto já possui conhecimento e prática na área, Eker (2009, p. 53):
Então me perguntei: "Harv, qual é a melhor maneira de
estudar um ramo de negócio?" E esse sujeito chamado
Harv, que era evidentemente muito mais
esperto do que eu, respondeu: "Se você quer conhecer um
negócio a fundo entre nele. Ninguém tem a obrigação de
saber tudo. Entre no corredo conseguindo um emprego na
área. Você aprenderá mais varrendo o chão e lavando
pratos num restaurante do que se passar 10 anos
pesquisando do lado de fora". (Eu não disse que ele era
muito mais esperto do que eu?)

Ainda segundo Eker: “As pessoas ricas preferem ser remuneradas por seus
resultados. As pessoas de mentalidade pobre preferem ser remuneradas pelo tempo
que despendem”.
São diversas as oportunidade de negócio atualmente na Internet, tal como
abrir site de leilão, compra coletiva, serviços empresariais, aluguel de amigo, venda
de produtos inusitados, artigos importados entre outros, se bem que quando um
determinado negócio já se disseminou na Internet a ponto de poder haver cópia ou
imitação a oportunidade de gerar altos lucros pode ser diminuída por perder a
exclusividade.
Segundo Filipini, (2010. p. 5):
“Aliado à questão da novidade da área está o fato de que
ainda existem muitos nichos de mercado interessantes para
serem explorados. Pequenos segmentos que,
despercebidos ou ainda nào totalmente maduros, podem
representar uma execelente oportunidade de negócios para
um empreendedor com visão e mente aberta.”

Devemos lembrar que a bolha especulativa do mercado de Internet já passou


tal fato ocorreu em meados do ano 2000, quando se achou que o fim do mundo
ocorreria, a bolsa de valores da Nasdaq perdeu mais de quatro pontos, fazendo com
que algumas empresas perdessem milhões de dólares, uma vez que as mesmas
não tinham lastro, eficiência e tradição no mercado.
Atualmente, segundo o IBOPE NIELSE, O acesso à internet em qualquer
ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses ou outros locais) atingiu 77,8
milhões de pessoas no segundo trimestre de 2011, Esse número é 5,5% superior ao
do segundo trimestre de 2010 e 20% maior que o do segundo trimestre de 2009.
56

Isso significa que os empreendedores digitais tem um grande e estruturado


mercado para atuar. O gráfico a seguir também comprova os dizeres acima:

Figura 2 – Número de domicílios e empresas com acesso à Internet.


Fonte: IBOPE Fonte: IBOPE NIELSE, acessado 10/10/11
Aproximadamente 7 milhões de compradores on-line adquirem produtos e
serviços mensalmente pela Internet, é válido lembrar que quando esse número de
aproximar de 15 ou 20 milhões de compradores a Internet terá amadurecido tanto
que os nichos apropriados de hoje nào serão mais atrativos, e novos, ainda mais
acirrados e competitivos os substituirão, por isso o memento ideal de se investir,
segundo alguns analistas, é agora.
57

3.4.2. Vantagens de Abrir um Negócio On-line

Segue uma pequena lista de vantagens de abrir um empreendimento na


Internet em comparação com um negócio tradicional
 Custos – um aluguel por exemplode uma sala comercial é centenas de
vezes superior ao alguel de um domínio e hospedagem de um
endereço na Web.
 Manutenção - com o auxílio de um programador ou Web designer
muitas vezes todos os gastos com manutenção do empreendimento
poderão ser resolvidos em vez.
 Facilidade de recuo – Caso haja imprevistos, erros de planejamento no
empreendimento on-line, os prejuízos serão minimizados no caso de
fechamento da empresa em função de não haver gastos com mobília,
telefone, fax, funcionários, contratos de aluguel, contador e outros.
 Versatilidade de aplicações – um empreendimento na Internet pode
facilmente ser alterado, associado à outro, incrementado em suas
funções do que um empreendimento tradicional, o qual necessitaria de
remodelação de layout da empresa, reuniões com diferentes
fornecedores e demais trâmites.
 Inexistência de estoques – Alguns produtos como livros digitais,
músicas, softwares e jogos não necessitam de estoque por serem
duplicáveis digitalmente, evitando custos desnecessários, aliás bem
como o de empacotagem e transporte.
Segundo Filipini (2010, p. 8):
“Quanto representa o custo de hospedagem de um site num
shopping virtual em relação ao aluguel e às luvas de um
shopping center? Você gastará aproximadamente de
R$150,00 a R$400,00 reais por Mês com sua loja virtual e
de 3 mil a 15 mil reais em uma loja de tijolos”
Diversos são os fatores que determinantes na favorecimento do
empreendimento on-line em face ao tradicional, dependerá das habilidades, valores,
experiência do profissional que deseja entrar no mercado, além de um bom plano de
negócios.
58

3.4.3 E-commerce
3.4.3.1 Conceitos e Vantagens do E-commerce

Consiste basicamente nas relações de compra e venda pela Internet, relação


essa desde clientes finais para com empresas bem como fornecedores e empresas
(B2C e B2B).
Esse é o grande atrativo do empreendedorismo na Internet, logicamente, o de
comercializar produtos e serviços pela rede, o que está ligado diretamente à
possibilidade de maior lucratividade da empresa, podendo o e-commerce ser
considerado um braço, uma extensão, ou ainda uma filial da empresa, pois requer
metodologia própria, um sistema de atendimento exclusivo e muitas vezes a
experiência de varejo tradicional não comporta aquela exigida pelo comércio
eletronico.
Existente no Brasil há mais de 10 anos, o e-commerce já possui grandes
referências de portais de compra e venda on-line como americanas.com; shopping
UOL e Submarino.
O comércio eletrônico com o recurso da Internet, implementado o
aperfeiçoamento da criptografia, permitiu que informações sigilosas, como, por
exemplo, número de cartão de crédito, o qual passou a ser enviado de maneira
segura. Também a transferência eletrônica de fundos. Com o advento do comércio
eletrônico, o usuário de Internet começou a adquirir bens ou serviços remotamente.
Segundo Toledo, Nakagawa e Yamashita (2010, p.14):
“O e-comerce é chamado, pela consultoria Andersen
Consulting para o que chama de fase de “Integração”. [...] os
conceitos são complementares e ilustram o estágio em que
se vive atualmente. A fase de “Integração” é marcada pelo
processo de automatização total dos processos da empresa,
incluindo os que envolvem o relacionamento com
fornecedores e clientes, como os sistemas de pedidos e de
pagamentos.”

Algumas vantagens podem ser enumeradas se correlacionarmos as


transações comerciais tradicionais com o e-commerce:
1. Aumento das alternativas de escolha, com mais produtos, procura global e
farta escolha de preços, de diversos fornecedores;
59

2. Procura de informação, tanto na informação detalhada sobre os produtos, a


disponibilidade e o ponto de situação de encomenda;
3. Disponibilidade de serviço a clientes online;
4. Evitar as deslocações e as dificuldades de estacionamento;
5. Redução dos constrangimentos relacionados com o fator tempo, muitas
vezes entre o pedido e a entrega. Entre outros.
60

3.4.3.2 E-commerce e a Logística

Um dos fatores que determiaram o sucesso do e-commerce no Brasil e no


mundo certamente foi o fator logístico, o qual evoluiu a patamares inimaginados
desde a sua implementação.
Atualmente as plataformas de comércio eletrônico no Brasil, aquelas eficazes,
muitas vezes trazem a questão da logística implantadas em sua estrutura, como a
aplicação para o Facebook “Likestore”, o qual exige que o cliente apenas tenha um
usuário no Moip - Money over IP – e logicamente o conhecimento de quais
produtos, respectivos preços e peso dos mesmos. Ao cadastrar esses produtos no
sistema, o mesmo se comunica, por uma progrmação específica, com o sistema de
frete do correios e gera o valor do incremento pecuniário para o usuário final,
isentando o empresário do encargo de solicitar aos Correios tabela de valores sobre
cada produto a ser enviado, de acordo com o destino e peso do produto.
Segundo o Concil of Logistc Management, entidade americana a qual possui
mihares de associados em todo o mundo, logística é o processo de planejar,
implementar e controlar, eficientemente, ao custo correto o fluxo e armazenagem de
materias primas, estoques e produtos acabados, bem como as informações de
origem até o ponto de consumo de tais produtos a fim de atender os requisitos do
cliente.
Segundo Bowersox (2001, p. 21) “A logística diz respeito à obtenção de
produtos e serviços no lugar e tempo desejados [...] inclui a concepção da idéia de
integração das atividades da empresa”.
O conceito de logística atualmente evoluiu do conceito de transporte e
armazenagem de produtos e materiais para um conceito mais amplo: aquele que
cuida de todas as interações, movimentações e distribuição de suprimentos por toda
a cadeia produtiva de forma integrada chegando à cadeia de distribuição ou
abastecimentos propriamente dita atuando de acordo com o moderno conceito de
SCM – Supply Chain Management.
Dentro do conceito de logística no e-commerce podemos citar algumas
práticas comuns entre as empresas que a utilizam:
• Promoção e indicação: esta estratégia fornece um grande volume de
informações sobre os produtos e catálogos online, procurando levar o consumidor à
61

compra, porém não permite que os clientes comprem online, indicando um canal de
vendas que revende o produto; o sucesso dessa estratégia depende, em grande
parte, da integridade dos parceiros de distribuição, e de sua capacidade de
concretizar sua promessa de marca.
• Vendas limitadas e muitas indicações: oferece aos clientes várias opções de
compra online, mas limita o escopo ou variedade de produtos e serviços a serem
escolhidos, indicando aos clientes outros canais que vendam produtos desejados
não disponíveis no site. Para algumas empresas, esta é uma experiência de curto
prazo, para posterior implantação de um esforço mais abrangente; em outros casos,
esta é uma solução para evitar conflitos com canais. Os riscos podem estar na
insatisfação dos clientes que desejariam realizar a compra online e também em
baixas receitas devido à oferta limitada.
• Venda estratégica : muitas empresas estão desenvolvendo estratégias na
Web para aumentar seus esforços de vendas diretas, particularmente para clientes
grandes e “estratégicos”, principalmente de produtos de alto envolvimento, criando
uma nova sinergia e um novo equilíbrio entre as vendas diretas e o comércio
eletrônico, os quais são críticos para sustentar a satisfação do cliente e melhorar as
margens de lucro.
Um outro fator que pode ser citado como favorável à logística das empresa é
a possibiliadade de customização em massa dos produtos a serem vendidos pela
Internet.
Há mais de 5 anos alguns carros da montadora chevrolet podem ser
equipados com acessórios de acordo com a vontade do cliente, o qual simplesmente
“monta” o carro a seu gosto, também um modelo de tênis da Nike disponibiliza tal
recurso para o usuário.
62

3.4.4 Impedimentos ao Desenvolvimento do E-commerce

Com tantas vantagens em plena era da revolução digital ainda encontramos


algumas barreiras as quais impedem o avanço das tecnologias, algumas delas
controláveis e outras incontroláveis tanto para empresas, indivíduos isoladamente,
bem como países inteiros:
 Dificuldade de acesso ao computador: certamente existem outros
dispositivos, mais baratos como o celular por exemplo, no entanto
quanto mais barato, mais restrito o equipamento apresenta. O Governo
e sociedade devem produzir medidas e projetos a fim de minimizar o
contingente populacinal distante de computadores de mesa, notebooks
e Iped‟s.
 Altos custos com telefonia: um computador ou Iped sem conexão com a
Internet pode ser equiparado a um carro sem rodas, se analisarmos
que aspectos de segurança, atualização e crescente número de
serviços básicos de uma máquina como editor de texto e planilha,
estão sendo disponibilzados em nuvem, isto é, na rede.
 Aspectos culturais: nos Estados Unidos a população está acostumada
a comprar via catálogos, pagando antes de receber o produto, já no
Brasil as pessoas ainda estão acostumadas a ver e tocar no produto
físico antes de pagá-lo, isso reduz o número de transações comerciais,
sendo apenas 30% dos usuários de Internet aqueles que compram on-
line.
 Falta de iniciativa Pública: com mais de vinte anos de Internet no Brasil
as iniciativas do governo como projeto Computador para todos e
Internet para todos embora plausível, deixa a desejar se analisarmos a
quantida de pessoas beneficiadas em quociente com a população
brasileira.
63

Embora com todos os entraves, o e-commerce no Brasil tem se desenvolvido,


segundo Brandão ( 2005, p. 6):
Mesmo com todos limitadores, a Internet já se desenvolveu
intensamente no país. É difícil calcular o que a rede já faz
pelo business-to-business (B2B): não apenas através de
sites, mas principalmente pela revolução que foi o sistema
de e-mail, com a rede de
relacionamento que ele tem possibilitado. Os gastos em
contatos telefônicos, a rapidez com que a comunicação
entre empresas e setores está acontecendo: são vantagens
difíceis de serem mensuradas, mas de importância
significativa.

Como podemos ressaltar, algumas variáveis de impedimentos podem ser


controláveis para as organizações como o aspecto cultural, o qual pode ser
modificado por cursos de capacitação e outras modalidades de aprendizado,
também o aspecto físico, a escassez de Hardware pode ser minimizadas com
investimento da empresa nesta área. Já aspectos legais e governamentais são
imcontroláveis uma vez que estão fora do alcance dos gerentes e administradores
das empresas de maneira imediata.
64

3.4.5. Soluções para o desenvolvimento do E-commerce

Nesse tópico abordaremos algumas práticas as quais podem dar um norte às


empresas e aos indivíduos para que se beneficiem não só o e-commerce, mas
também das potencialidades como um todo na Internet, visto que quanto mais as
pessoas utilizarem a Internet de forma saudável, tanto mais as práticas de Marketing
Digital serão eficazes, tendo em vista o aumento da confiança em comprar pela
Internet, na utilização de cartòes de crédito e transações bancárias on-line.
A um nível empresarial, poderíamos destacar a importância das empresas em
apresentarem projetos de viabilidade técnica e estratégica para o governo, a fim de
que este implemente soluções ou facilite o acesso ao e-commerce e às tecnologias
ligadas à Web.
Fundos e organizações de Pesquisa, FINEP, CNPQ, BNDS, Ministérios
ligados à Educação e Tecnolgia, os próprios governantes individualmente a nível de
Estado e Federação, possuem canais de comunicação, os quais permitem envios de
propostas e projetos para o desenvolvimento, patrocínio e pesquisa de sistemas,
softwares, jogos, inclusive de capital para as empresas .
Certamente para que o instituições como o BNDS apoie os projetos para as
empresas, uma análise prévia é exigida, análise essa que varia desde a data de
fundação ao número de funcionários, capital, inclusive o que a empresa pretende
realizar de médio a longo prazo.
Os benefícios disponibilizados pelo envio das propostam também variam
desde material humano qualificado para executar, planejar e organizar os produtos e
serviços até valores pecuniários para ampliação de espaço físico da organização e
compra de computadores.
A nível individual, certamente cursos técnicos e científicos estão escassos nos
currículos até mesmo para aqueles que se ocupam com tecnologia da Informação.
Os Webmasters competentes, os quais deveriam ter conhecimentos do
pacote da Adobe, um conjunto de Softwares de computador, específicos para o
desenvolvimento e atualização de sites para Internet, bem como noções de
usubilidade, navegabilidade e layout estão em falta no mercado.
65

O fator atualização e reciclagem, os quais poderiam ser cumpridos por meio


de cursos não só é fundamental para aqueles que desejam trabalhar a nível técnico
para a pulverização do e-commerce, mas também os administradores, empresários
e pessoas ligadas ao governo, ou seja, aqueles que trabalham a nível estratégico
também necessitam de conhecimentos teóricos.
Segundo Eugênio Mussak, em uma palestra realizada no Fórum ABRACOM,
realizado em 2008, a relação que as empresas tem de se adptarem e atualizarem
suas tecnologias é um fator que determina sua própria existência ou não no
mercado, como um fator natural de evolução discriminada por Darwin, da evolução
das espécies.
Ainda poderíamos citar a aproximação das empresas com as universidades
como um fator de solução para o avanço do e-commerce e tecnologias correlatas,
uma vez que nas salas de aula escopos técnicos e estratégicos deverão
correlacionar-se com as necessidades reais das organizações as quais, por sua vez,
estão relacionadas com as dos usuários finais.
Citamos também o apoio da sociedade e Governo para práticas de Licenças
gratuitas e plataformas de livre associação e comercialização como a Licença GNU e
projetos da Linux, os quais fornecem um verdadeiro celeiro de obras em termos de
tecnologia, disponibilizando softwares, jogos e sistemas complexos, muitas vezes
mais eficazes que sistemas pagos, para um número crescente de usuários, de forma
gratuita.
66

3.5. OS DESAFIOS ECONÔMICOS PARA AS EMPRESAS QUE


TRABALHAM COM A INDÚSTRIA DIGITAL

O mundo e o Brasil, em particular, experimentaram grandes mudanças a partir


do último trimestre de 2011. Mudanças que transformaram o cenário econômico e
alteraram relações produtivas, comerciais e financeiras. Os desafios devem se
manter diante da nova configuração global. É certo que o ambiente de negócios não
será mais o mesmo que vimos antes da instabilidade. Afinal, as grandes
transformações na economia, quando ocorrem, não costumam conduzir seus
agentes ao mesmo ponto em que se encontravam antes da mudança.
Qualquer empresa que pretenda se estabelecer nesse mercado altamente
competitivo, não necessita apenas de conhecimentos técnicos e teóricos nas áreas
de Marketing Digital, mas também de uma visão micro e macro econômica das
forças que regem esse mercado, a fim de, com visão mais ampla, entender esses
mecanismos incontroláveis que influenciam a situação econômica e financeira da
micro e pequena empresa.
Nesse contexto, as pequenas e médias empresas (PMEs) que trabalham com
vêm enfrentando o duro desafio de se manter competitivas em um ambiente
totalmente novo. Certamente, os tempos de instabilidade e suas consequências na
economia real imprimiram algum aprendizado a empresas de todos os portes e
setores. O maior aprendizado diz respeito ao preparo aquelas precisam ter para se
adaptar às mudanças no ambiente de negócios com a mesma rapidez que elas
podem vir a ocorrer.
Por isso, a descoberta e o desenvolvimento de mecanismos geradores de
eficiência são desafios que marcam a gestão das empresas de Marketing Digital.
Em um estudo, realizado em 2008, pela consultoria Deloitte, Conhecida como
“As pequenas e médias empresas que mais crescem no Brasil”, durante o período
de quatro anos, convidaram mais de doze mil empresas para responderem
questionários e demostrarem seus relatórios contábeis.
As empresas que compõem a amostra total da pesquisa totalizaram, juntas,
uma receita líquida de R$ 18 bilhões (conforme as demonstrações financeiras
referentes a 2008), com crescimento médio de 21% nos últimos dois anos. A maioria
67

das empresas é de origem brasileira e opera há um período de 10 a 20 anos, além


de se concentrar na Região Sudeste (60% da amostra total e 74% das 200 maiores).
As empresas do ranking perfizeram R$ 9 bilhões em receitas e cresceram 42%, em
média, entre 2006 e 2008. O número total de funcionários contratados das 200
PMEs que mais evoluíram subiu mais de 27% ao ano

Figura 3: As empresas que mais evoluíram entre 2006 e 2008


Fonte: As PMES que Mais Crescem no Brasil, EXAME e Consultoria Delloite.

Segundo o gráfico acima, podemos concluir que o segundo setor que mais
cresce no Brasil, após a área de comércio, é o da Indústria Digital, o qual abrange
produções técnicas e científicas.
Entre as principais consequências das mudanças que marcam o novo cenário
econômico, a pesquisa apontam o maior acirramento da concorrência. Da
subamostra, 90% dos respondentes indicaram ter médio ou alto grau de dificuldade
nesse quesito. A redução da disponibilidade de crédito e a queda na produção
industrial vieram a seguir, sendo apontadas como fatores de alto e médio graus de
dificuldade por 71% e 66% dos entrevistados, respectivamente.
68

Com os dados acima, verificamos primeiramente que grandes mudanças no


cenário econômico fazem com que as empresas, não só a de Marketing Digital, mas
de todos os segmentos devem adaptar-se, no entanto àquelas ligadoas à indústria
digital crescem bastante a cada ano, ficando atrás somente da área de comércio.
Um dos principais desafios a serem superados é a concorrência, no entanto
sobre a concorrência, fora levantado um questionário a fim de entender o que as
empresas pensam sobre este fator e através do gráfico podemos verificar as
respostas:

Figura 4: Como a concorrência influi no desenvolvimento do negócio


Fonte: As PMES que Mais Crescem no Brasil, EXAME e Consultoria Delloite.

Do estudo realizado, verificamos que a concorrência atua de uma forma sadia


entre as empresas, provocando a eficiência na produtividade e velocidade na
produção de bens e serviços.
Ainda dentro desse estudo, verificamos que a baixa disponibilidade de crédito
influencia negativamente para as empresas, bem como o respectivo baixo fluxo de
caixa, seguidos da impossibilidade de investimentos e altos custos operacionais.
E para que haja crescimento para as empresas da área Digital, diante de
tantos desafios, foi elaborado um questionário a fim de determinar quais os fatores
que determinam o crescimento.
Dentre as repostas, iremos enumerá-las primeiramente com a que mais
ganhou votos segundo daquelas que tiveram menor escolha:
 Qualidade dos serviços
 Qualidade no atendimento de clientes
 Oferta diversificada
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 Preços competitivos
 Serviços com tecnologia de ponta
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3.6. TIPOS DE EMPRESA DE MARKETING DIGITAL

Diante de tantas variáveis como as apresentadas acima, tais como preço,


produto, praça, a cultura a qual a empresa está alocada, cultura essa a qual pode
determinar o sucesso ou não do produto vendido, diante dos fatores econômicos aos
quais a micro e pequena empresa estão subordinados, podemos nesse tópico
abordar alguns tipos de empresas as quais os micro e pequenos empresários podem
contratar a fim de que o marketing digital, ou seja, aquele específico para web, possa
ser trabalhado, um serviço de terceirização, muito utilizados pelas empresas fim de
minimizar custos e tempo de planejamento e execução de tal tarefa.
Esse mercado é altamente competitivo, em especial na região a qual nos
encontramos, no eixo Apucarana – Londrina – Maringá, uma vez que diversas
faculdades e universidades da região oferecem cursos universitários na área de
tecnologia da informação, formando centenas de novos profissionais a cada ano.
Empresas conhecidas como “Agências de Marketing” ou “Agência de Publicidade e
Propaganda” tem mudado ou atualizado o seu foco de trabalho para o
desenvolvimento de materiais digitais e não somente impressos.
Portanto, muitas das conhecidas agências de marketing estão fazendo hoje o
trabalho de Marketing Digital, não excluindo, todavia, os profissionais autônomos ou
empresas que exclusivamente trabalham como o desenvolvimento de Web Sites,
campanhas on-line, estratégias SEO, redes sociais e outros serviços ligados à Web,
os quais de uma ou outra forma vem a atender direta ou indiretamente o marketing
digital para a empresa, podemos citar alguns nomes de empresas notadamente
conhecidas por serviços de consultorias nas áreas de Marketing Digital:
Pontocomteúdo – empresa de curitiba, cuja proprietária é Camila Porto, a
proprietária, também palestrante e única consultora, é formada em Jornalismo, tem
experiência em grandes empresas da área de tecnologia, é redatora convidada por
empresas produtoras de conteúdo para Internet como a Mídia Boom.
Marketing Digital 2.0 – empresa cujo proprietário é Bruno Alves, blogueiro,
formado em publicidade, produz artigos diariamente em seu site brunoalves.com.br
Mestre SEO – Empresa de São Paulo a qual trabalha oferecendo cursos e
treinamentos especialmente na área de posicinamento da marca na Internet.
71

METODOLOGIA

Está sendo utilizado, na empresa em questão, a utilização do argumento


indutivo, pois os argumentos e premissas são verdadeiros e estão sendo obtidas por
publicações, periódicos e livros e própria experiência de forma fiel, para poder
chegar às conclusões verdadeiras.
Segundo Cervo e Bervian (2005, p. 32) “O argumento dedutivo baseia-se na
generalização de propriedades comuns a certo número (...) o grau de confirmação
dos enunciados traduzidos dependem das evidências acorrentes.”
A pesquisa está sendo feita por meio descritiva e de pesquisa bibliográfica,
desta forma, estão sendo lidos livros físicos e digitais a fim de achar respostas com
manipulação de variáveis, numa tentativa de explorar o conteúdo abordado pelo
tema.
De acordo com Cervo e Bervian (2005, p. 66):
A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e
correlacionam fatos ou fenômenos (variáveis) sem
manipulá-los. E a explorática é a pesquisa que
realiza descrições precisas da informação e
querem descobrir as relações existentes entre os
elementos componentes da mesma.

A pesquisa na empresa estudada está sendo relevante ao estudo, para a


obtenção das variáveis e conclusões juntamente com refências bibliográficas. Para
Marconi e Lakatos (2002, p. 223) “A pesquisa bibliográfica é a análise dos dados
levantados em fontes secundárias. Refere-se às informações ligadas ao estudo e ao
resumo das conclusões mais importantes.”
O trabalho além da pesquisa bibliográfica também está levando em
consideração a comunicação via e-mail e chat com o orientador deste projeto,
discussão com bacharéis e profissionais do ramo de Administração e Tecnologia da
Informação, Psicologia e Marketing, professores de disciplinas correlatas, acesso à
foruns de discussão, sites e blogs especializados em Marketing Digital, Web
Marketing, Tecnologia da Informação, Gestão do Conhecimento e Comportamento.
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CONCLUSÃO

Com o presente trabalho pude constatar que o Marketing Digital é uma


excelente maneira de atrair e manter potenciais clientes, tanto atuais como futuros,
uma vez que atende justamente aquilo que ele procura, num ambiente que se
expande a cada dia, que é o da Internet.
Pude constatar que somente por ignorância ou falta de pessoal qualificado
faz as pequenas e médias empresas deixarem de utilizar a publcidade on-line e
outros mecanismos de divulgação na rede, pois a falta de capital não é, haja vista
que muitos serviços on-line são grauitos, e o computador pessoal e notebooks são
muito acessíveis atualmente.
Com o trabalho ficou claro que o mercado atual para as empresas está sim,
altamente competitivo, mas isso não significa insuficiência para a empresa, por
menor que seja, ao contrário, justamente esse é o fator o qual indica claramente a
questão da reciclagem para os colaboradores e gestores, a fim de se pocisionarem
de maneira sólida no mercado.
Conclui-se que o Marketing Digital é pouco explorado pelas empresas, o que
indica que a lucratividade e rentabilidade das mesmas poderiam ser melhorados,
muitas vezes com pouco de empreendedorismo e utilização do e-commerce.
73

REFERÊNCIAS

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75

APÊNDICES

Uol Celular, Mídia Kit, 2011


As PMES que mais crescem no Brasil, 2008

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