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Gestão e
Montagem de
Times de Vendas
Bruno Augusto
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Sumário
AULA 1 – PLANEJAMENTO E MONTAGEM DO TIME DE VENDAS – PARTE 1 .................. 6
1.1 - Produto, Cliente, Mercado e Concorrência .................................................................................. 7
1.2 - Produto ......................................................................................................................................... 7
1.4 – Mercado ................................................................................................................................. 7
1.5 - Concorrência................................................................................................................................. 8
1.6 - Estudo de caso: máscara esportiva – relações de produto e mercado ........................................ 9
1.7 - Força de vendas .................................................................................................................... 11
1.8 - Administrando a força de vendas ......................................................................................... 13
1.9 - Aprofundando o planejamento da força de vendas – Divisão por território ............................. 14
1.10 – Aprofundando o planejamento da força de vendas – Divisão por produto ........................ 15
AULA 2 – PLANEJAMENTO E MONTAGEM DO TIME DE VENDAS – PARTE 2 ................ 17
2.1 - Aprofundando o planejamento da força de vendas – Divisão por tamanho ou complexidade do
cliente ................................................................................................................................................. 17
2.2 - Aprofundando o planejamento da força de vendas – Divisão por estágio de vendas ............... 18
2.3 - Na prática ................................................................................................................................... 19
AULA 3 – OBJETIVO E POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO – PARTE 1 ..................................... 23
3.1 - Definindo prioridades .................................................................................................................... 23
3.2 - Métodos de definição de metas ................................................................................................. 25
3.3 – Objetivo dos incentivos extras................................................................................................... 27
3.4 – Tipos de comissão e bonificação ............................................................................................... 29
AULA 4 – DEFINIÇÃO DE OBJETIVO E POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO – PARTE 2 ....... 33
4.1 – Qual a remuneração ideal pensando em fixo e variável?.......................................................... 35
4.2 - Exemplo prático de remuneração .............................................................................................. 36
4.3 - Alterando e substituindo políticas de remuneração .................................................................. 37
4.4 - Criando o pipeline de vendas ..................................................................................................... 37
AULA 5 – CONTRATAÇÃO DE EQUIPE DE VENDAS – PARTE 1.......................................... 43
5.1 – Contratando do jeito certo ........................................................................................................ 44
5.2 – Verificação de currículos e demais fases de uma seleção ......................................................... 46
AULA 6 – CONTRATAÇÃO DE EQUIPE DE VENDAS – PARTE 2.......................................... 48
AULA 7 – PÓS-CONTRATAÇÃO DO TIME DE VENDAS .......................................................... 54
7.1 - Qualificações dos profissionais................................................................................................... 56
7.2 – A origem histórica dos treinamentos ........................................................................................ 56
AULA 8 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO – PARTE 1 ............................................................ 58
8.1 – A importância de avaliar a equipe ............................................................................................. 59
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8.2 – Processos e ferramentas de avaliação ....................................................................................... 60
AULA 9 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO – PARTE 2 ............................................................ 67
9.1 – Feedback sanduíche................................................................................................................... 67
9.2 – Comece, pare e continue (stop, keep/continue and start) ....................................................... 68
9.3 – Pontos de atenção: saiba como fazer o feedback ..................................................................... 68
9.4 – Feedback positivo ...................................................................................................................... 70
9.5 – Feedback negativo ..................................................................................................................... 70
AULA 10 – GESTÃO DE CONFLITOS............................................................................................ 72
10.1 – Tipos de conflitos no ambiente corporativo ............................................................................ 72
10.2 – Lidando com o conflito ............................................................................................................ 74
10.3 – Modelo TKI ............................................................................................................................... 74
10.4 – Assertividade ou cooperação? ................................................................................................. 76
CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 78
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INTRODUÇÃO
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CONHEÇA O SEU PROFESSOR
Bruno Augusto é engenheiro eletrotécnico, com
especialização em telecomunicações pela Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto.
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AULA 1 – PLANEJAMENTO E MONTAGEM DO
TIME DE VENDAS – PARTE 1
Vender pode ser muito simples. O importante da venda é você ganhar dinheiro.
Portanto, ao comercializarmos um produto, devemos ter a certeza de que, ao
final da transação, haverá vantagem financeira para quem vende e um benefício
para quem compra.
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A partir desse sentido, iremos aprender o que é essencial para fazermos uma boa
venda.
1.2 - Produto
Algumas perguntas devem ser respondidas para que você tenha todas as
informações necessárias sobre o produto da sua empresa: Qual o preço do seu
produto? Qual a diferenciação do seu produto? Em qual estágio de
desenvolvimento ele está?
1.3 - Cliente
1.4 – Mercado
Qual o tamanho do mercado? Qual o seu market share atual? Ele está crescendo,
mantendo ou diminuindo?
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Não adianta criar uma equipe gigantesca para atuar em um mercado saturado,
por exemplo.
1.5 - Concorrência
São pessoas que vão tentar fechar o máximo possível de negócios. Também é
essencial investir forte em divulgação do seu produto ou serviço.
Passada essa fase, a empresa sai do período de construção para a etapa em que
é necessário manter o volume de vendas. Aqui, a preocupação maior é sobre a
consolidação do crescimento, e não em ganhar mais mercado.
Em uma terceira fase, é importante colher o que foi plantado nos períodos
anteriores. A empresa, portanto, chega a um momento em que é possível reduzir
os custos de vendas.
É importante entender que todas essas fases têm a ver com a forma pela qual
você vai estruturar a sua equipe comercial, inclusive no que diz respeito à
comissão.
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1 – Começou com um evento não esperado, que foi a pandemia. Depois, houve
um mercado gigantesco, porque todas as pessoas passaram a usar máscara.
Além disso, o custo de aquisição de cliente era muito baixo, uma vez que havia
muitas pessoas que precisavam utilizar as máscaras.
A empresa também chega a um ponto em que o preço fica cinco vezes mais
barato do que a quantia cobrada no começo da pandemia da Covid-19. Diante
disso, é necessário queimar estoque, enquanto for rentável.
Com esses exemplos, podemos entender o que aconteceu com uma corporação
durante um determinado período e como ela passou por cada momento. No
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esquema seguinte, você encontra um resumo desse case:
Imagine que o seu negócio não tem força de vendas ou até possui uma com 10
pessoas, mas você pensa, por exemplo, em aumentar para 20 funcionários.
Diante desse cenário, devemos refletir: vale a pena ter uma força de vendas?
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Para chegarmos à resposta correta, devemos analisar alguns pontos sobre a
realidade da sua empresa:
Outros fatores que devem ser levados em consideração para a aplicação ou não
de uma força de vendas são:
Custo: a força de venda própria tende a ter um custo fixo mais alto na
comparação com uma rede de representantes comerciais.
Controle: com força comercial própria, a sua empresa terá mais controle sobre
as ações.
Nesse caso, o mais indicado, portanto, é aumentar a força de vendas com novos
colaboradores que pudessem, de maneira exclusiva, dedicar força e estratégias
à venda de café.
A partir do momento em que uma empresa entende que é necessário ter uma
força de vendas, deve ser feito um planejamento para moldar a estratégia de
ação do departamento comercial.
Outro grupo, por sua vez, assume a participação na reunião até o fechamento da
venda em si.
Pontos positivos:
Pontos negativos:
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Esse modelo de planejamento é muito popular entre empresas pequenas. Não é
aconselhado, portanto, para empresas com produtos e serviços muito diversos.
Pontos positivos:
Pontos negativos:
Várias empresas utilizam essa forma de divisão. Uma delas é a “3M”, empresa de
tecnologia global diversificada.
Uma estratégia que pode ser adotada é a criação de uma bonificação específica
para um novo produto.
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AULA 2 – PLANEJAMENTO E MONTAGEM DO
TIME DE VENDAS – PARTE 2
Pontos positivos:
• É possível dar mais foco aos clientes que deverão trazer mais receita. Você
deve colocar, nessa equipe, os vendedores mais capacitados para grandes
leads, proporcionando um atendimento melhor.
Pontos negativos:
Imagine que a sua empresa tem 30 clientes que geram, cada um deles, R$ 2
milhões. O negócio também possui 5 mil clientes que vão trazer em torno de R$
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20 mil.
Pontos positivos:
Pontos negativos:
A divisão por estágio de vendas pode ser bastante efetiva se combinada com um
software de gestão de vendas.
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Vamos mais a fundo: o professor Bruno Augusto traz uma
história de um produtor de licor de Portugal que adotou uma
estratégia interessante de planejamento de vendas por estágio.
Uma de suas equipes – se passando por clientes - saía pela
estrada perguntando nos bares se o “Licor Beirão” estava à
venda. Em seguida, outro time do produtor chegava aos
estabelecimentos para oferecer a bebida. Na prática, ele criou uma demanda que
fez com que os bares da região passassem a comercializar o licor. Saiba mais.
Nesse caso, podem ser adotados representantes comerciais que atuarão sem
especialização.
Por outro lado, a empresa pode investir, ao mesmo tempo, em gerentes que
comandarão equipes focadas em clientes de maior porte. Nesse cenário, faz
sentido apostar em um comercial próprio e mais robusto.
Lembre-se que quanto mais divisões a sua empresa tiver, maior será a
necessidade de contratar colaboradores para atuar em cada uma dessas divisões.
2.3 - Na prática
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No funil, percebemos que a empresa tem um potencial de 20 mil clientes. Além
disso, para cada 20 clientes contatados, um aceita participar de uma reunião.
Das reuniões realizadas, 15% dos clientes fecham uma compra. A partir desse
número, é possível identificarmos que um inside sales conseguirá 100 contatos
por semana e 400 contatos por mês, trazendo para a empresa 20 reuniões por
mês.
Identificamos ainda que um sales fará 30 reuniões mensais para gerar 4,5 vendas
a cada 30 dias. A partir dessas conclusões, se a empresa quer alcançar 20 mil
potenciais clientes em um ano, é necessário:
- Contratar cinco insides sales que contactarão 2 mil clientes por mês. Assim, a
base de leads poderia ser rodada a cada dez meses, evitando uma saturação de
que, a cada mês, a empresa teria que falar com os 20 mil clientes.
Ou seja, empresa terá um tempo até voltar a se comunicar com os clientes. Dessa
forma, o consumidor não é incomodado por contatos repetitivos.
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Vamos a outro exemplo prático. Analise o esquema a seguir:
Nesse segundo caso, temos uma situação territorial, em que existem quatro
territórios com tamanhos diferentes e potenciais de mercado diferentes, assim
como a quantidade de clientes também é diferenciada.
Começando pelo território 3, percebemos que ele tem uma área maior que as
demais. Ele apresenta potencial de mercado no valor de R$ 300 milhões – grande
atrativo – e cada cliente traz em torno de R$ 3 milhões para a empresa.
Para esse caso, é indicado escolher os sales mais experientes. Isso resultaria em
custos mais altos, afinal, os sales deveriam fazer viagens longas e se hospedar
nas regiões dos clientes para realizar reuniões.
Depois, a empresa iria para o território 2, de menor área e com muitos clientes.
Entretanto, esse território tem menos potencial de vendas.
O território 1, por sua vez, ainda apresenta algum potencial, mas tem uma área
muito maior que o território 2. Nesse caso, a empresa pode investir em um
representante comercial para focar em um consumidor que queira muito o seu
produto.
O último caso apresenta vários aspectos ruins: em uma área grande, o potencial
de clientes é considerado pequeno e o número clientes é muito grande.
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É o típico caso em que, de repente, não vale a pena um investimento de uma
empresa.
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AULA 3 – OBJETIVO E POLÍTICA DE
REMUNERAÇÃO – PARTE 1
Meta é um pilar de uma empresa que precisa ser muito claro. Ela guiará as ações
dos seus times de venda rumo aos resultados almejados pela corporação.
Em uma reflexão sobre a importância das metas, vejamos, a seguir, uma frase do
padre e filósofo São Tomás de Aquino:
Antes de qualquer passo, a sua empresa precisa definir quais são as metas mais
importantes. Vejamos, a seguir, alguns exemplos:
• Diminuir o churn
• Fidelizar o cliente
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• Reter o vendedor por mais tempo na empresa
Sob essa ótica, no âmbito empresarial, você não pode definir uma meta que não
será possível atingir.
Por exemplo, se você define que o setor comercial não trabalhará fazendo
cobranças a clientes inadimplentes, não será viável exigir uma meta a esse setor
ligada às tentativas de cobranças.
Uma série de fatores devem ser considerados para a definição das metas de uma
empresa. Alguns deles são:
- Como será feito o monitoramento das metas. Quem será o responsável por
isso? Qual será a ferramenta utilizada?
- Avalie a capacidade da sua equipe. Não adianta ter uma meta inviável, como
um comercial que precisaria realizar 100 reuniões por dia.
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Vamos mais a fundo: um artigo publicado pela Rock Content
explica o conceito de metas e ainda releva passos importantes
para que você alcance os seus objetivos. Inclusive, o texto traz a
diferenciação entre o que é meta e o que significa um objetivo.
Recomendamos a leitura.
Você não pode ter uma meta que simplesmente diga “aumentar as vendas”. É
preciso, além disso, definir em quantos por cento as vendas serão aumentadas.
Qual é o período em que as vendas serão aumentadas, por exemplo? Qual o valor
de aumento?
Para 2023, a gestão dessa mesma empresa decide que a meta será aumentar as
vendas em 1000%, sem novos produtos e sem mais funcionários no quadro de
colaboradores.
Smart
Além disso, ela disponibiliza formas de mensurar essas atividades, bem como
define um tempo de entrega, deixando as metas muito mais coerentes. Smart,
portanto, significa:
Specific (Específica)
Measurable (Mensurável)
Achievable (Atingível)
Realistic (Realista)
Time-based (limitada ao tempo).
OKR
Os OKRs são definidos por mês, trimestre ou ano, resumindo qual será o objetivo
do período e qual será o resultado-chave. Vamos a dois exemplos:
Vamos à prática
Inicialmente, defina o período das metas. Por exemplo: “Metas para o terceiro
trimestre de 2023”. Posteriormente, aponte as principais e as adicionais:
Principais
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Adicionais
Principal
Adicionais
• Preencher, por pelo menos uma vez por semana, as ferramentas internas
• Participar de 60 reuniões
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A companhia, então, lançou um plano de bonificação dividido nos seguintes
status: bronze, prata, ouro e diamante.
Diante desse cenário, não fazia mais sentido ser um representante de pequeno
porte. Então, os representantes nível “ouro” começaram a negociar com os
representantes “bronze” e “prata” para que esses passassem a vender para os
profissionais “ouro” em troca de percentuais de bonificação mais elevados.
Dessa forma, os representantes que antes tinha o nível “ouro” migraram para o
status “diamante”. A operadora, por sua vez, passou a gerir diretamente apenas
os diamantes.
Bônus anual
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No entanto, por serem anuais, são mais difíceis de serem definidos. Podem se
mostrar fáceis demais ou impossíveis de serem alcançados, o que resultaria em
desmotivação nas equipes. Além disso, o bônus anual pode ser subjetivo.
Como o bônus é oferecido logo depois do fato, o vendedor pode ficar bastante
motivado. Por outro lado, por ser uma bonificação espontânea e por não seguir
uma regra pré-estabelecida, geralmente esse bônus apresenta um valor menor.
Bônus de retenção
Esse bônus, em muitos casos, está atrelado a algum programa de ações. Ele
também permite aumentar a retenção da equipe, caso o valor seja considerável.
Por outro lado, o bônus de retenção não auxilia no alcance das metas a curto
prazo.
Comissão
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Alguns dos segmentos que adotam o comissionamento são imobiliárias, seguros,
planos de saúde, plano de previdência, entre outras áreas.
Por outro lado, a comissão tem pouco poder de influência nas equipes de vendas.
Ela também proporciona menos controle nas atividades que não estão
relacionadas à venda.
Além disso, ela não funciona tão bem com produtos cuja venda é longa e
complexa. Nesse caso, a empresa pode, por exemplo, oferecer comissões por
etapas até que a transação em si seja concluída.
Seguem o mesmo padrão dos anteriores, ou seja, são oferecidos quando uma
meta é alcançada.
O bônus não monetário pode ser uma excelente forma de reconhecimento sem
que a empresa tenha um custo alto.
Ele também pode proporcionar uma experiência única, como no caso de uma
empresa em que seus diretores de marketing puderam jogar futebol, em um
evento, com atletas reais que já disputaram uma Copa do Mundo.
No entanto, por ser um bônus não monetário, pode não ser levado em conta
quando, por exemplo, comparado à uma proposta da concorrência.
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Compartilhar o lucro ou a receita
Pre-Sales Bônus
Esse tipo de bônus mantém a equipe motivada durante o ciclo de venda, assim
como ajuda o time a ter bastante força de atuação.
Por outro lado, caso o processo não esteja bem estruturado, pode gerar um custo
que não se reflete em vendas.
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AULA 4 – DEFINIÇÃO DE OBJETIVO E POLÍTICA
DE REMUNERAÇÃO – PARTE 2
No mercado em que você atua, qual a remuneração paga pelos seus principais
concorrentes?
Analise bem o local de atuação dos seus vendedores, pois a remuneração deve
suprir todas as suas necessidades.
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• Empresa com crescimento vigoroso. Quais são as possibilidades de
promoção dentro da empresa?
Um bônus não monetário também pode ser adotado para incentivar os times de
vendas.
Primeiro, devemos entender que não existe uma fórmula mágica para que se
defina a remuneração ideal. Essa definição dependerá de uma série de fatores e
do contexto atual da sua empresa.
Para você tomar essa decisão, primeiro é necessário definir qual será o
pagamento total esperado para o comercial. Por exemplo, o comercial espera
receber R$ 25 mil por mês.
A empresa, por sua vez, precisa criar mecanismos que possam gerar os R$ 25 mil
para o comercial.
Exemplo: OTE (pagamento total esperado) = 60% variável + 40% fixo. Vamos a
mais exemplos práticos no quadro a seguir:
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4.2 - Exemplo prático de remuneração
Vamos considerar que uma empresa está em uma fase mais madura. Nesse
sentido, o negócio já está presente no mercado há algum tempo, mas ainda não
está saturado.
Em seguida, seria criada uma comissão dividida por escalões, começando com
80%.
Além do bônus mensal, poderá ser aplicado um bônus trimestral, porque obriga
os times de vendas a pensarem as suas atuações para além do mês.
Por outro lado, grandes mudanças afetam diretamente o bolso do vendedor. Elas
podem ser consideradas traumáticas, diminuindo a moral da equipe e fazendo
com que as pessoas deixem a empresa.
Uma série de cuidados deve ser adotada pelas empresas que alterarão um plano
de remuneração. Entre os cuidados, podemos destacar:
3 - Comunique muito bem o novo plano, uma vez que ele precisa ser vendido para
a equipe. Se possível, apresente uma calculadora que ajude na compreensão por
parte do vendedor.
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No pipeline, podemos visualizar as fases das negociações, tais como proposta e
fechamento, assim como é possível identificarmos o estágio de cada lead
potencial.
1 - Defina as etapas
2 - Defina os indicadores
Por exemplo, você pode definir que entre um contato e uma reunião de
demonstração de produto, a equipe de vendas pode levar cerca de um mês.
3 – Estime os indicadores
A empresa pode, por exemplo, criar uma estratégia de marketing para continuar
trazendo pessoas para o seu site, ou fomentar uma rede de indicadores de
negócios, entre outras ideias.
Busca de contato/qualificação
Primeiro contato/resposta
A demora de uma resposta pode ser explicada pela falta de contato ou pela baixa
tentativa de contatos.
Geralmente, oito contatos devem ser feitos antes da realização de uma venda.
É essencial manter a reunião de maneira objetiva. Faça com que o decision maker
participe do encontro. Não adianta fazer reunião com quem não tem poder de
decisão.
Faça perguntas objetivas que extraiam as respostas que você precisa e lembre-
se de pesquisar acerca do cliente. Nunca vá para uma reunião sem saber o que o
cliente faz e qual a sua missão.
Escute bastante, além de procurar ter em mente o seu objetivo, que pode ser,
por exemplo, vender um produto “X” ou aumentar o seu ticket.
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Além do acompanhamento desses estágios, uma empresa se depara com
algumas objeções que podem impedir o fechamento de um negócio.
Veja algumas delas e como é possível driblar esses entraves nas negociações:
“Preciso de mais tempo para pensar”: marca uma próxima reunião é uma boa
alternativa. Também é necessário identificar os pontos que o cliente precisa para
pensar.
“Conheço uma empresa com preço melhor”: entenda quem é essa empresa e
qual o serviço apresentado. Dessa forma, é possível argumentos para beneficiar
a sua proposta.
Vamos voltar aos estágios de uma negociação para que uma empresa possa
acompanhar o desempenho das equipes de venda:
Proposta
Uma demora nesse passo pode significar que a sua equipe de vendas não
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conversou com a pessoa que realmente decide. Além desse ponto, questões
legais podem atrasar o processo.
Campanha ativa
Etapa em que o cliente começa a pagar pelo seu serviço ou produto. Nesse
contexto, o fluxo do primeiro ao último passo pode variar bastante, dependendo
da indústria e do tipo de produto.
Fail/on hold
É quando o negócio não deu certo. A proposta está com o cliente há muito tempo
e, diante da demora, é retirada do pipeline.
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O acompanhamento deve seguir em todos os estágios, para que você identifique
o valor efetivo projetado no pipeline.
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AULA 5 – CONTRATAÇÃO DE EQUIPE DE
VENDAS – PARTE 1
Entretanto, na maioria dos casos, o erro nas contratações não está nos
profissionais. Esse equívoco está, na verdade, no processo seletivo.
E por dominar as questões técnicas, esse gestor tende a fazer a escolha correta
dos melhores profissionais, pois terá a capacidade de identificar, com clareza, os
candidatos que realmente sabem desempenhar as tarefas exigidas.
• Título da vaga
• Local de atuação
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• Horário de trabalho
• Remuneração e benefícios
No que diz respeito ao processo seletivo, a sua empresa deve ter um número
suficiente de candidatos para que a seleção ocorra de maneira tranquila.
Importante: deve ser escolhido o melhor candidato para uma vaga específica.
Durante uma seleção, você pode identificar que um profissional atuaria muito
bem em um cargo sênior, porém, se a vaga em questão for para o nível júnior,
esse candidato deve ser eliminado da seletiva.
Fonte interna
Ainda no âmbito da fonte interna, o programa de indicação pode ser uma boa
alternativa em prol da promoção de funcionários. Normalmente, trabalhadores
indicados por outros funcionários da mesma companhia, além de desenvolverem
um bom trabalho, passam mais tempo na empresa.
Nesse caso, geralmente o número de candidatos é limitado, uma vez que a busca
ocorre em grupos pequenos.
Fonte externa
Nesse caso, as buscam são feitas no âmbito externo, ou seja, fora da empresa.
Um site de empregos, por exemplo, oferece um grande número de candidatos,
bem como disponibiliza ferramentas em que é possível filtrar concorrentes que
apresentam fit com a vaga.
Por outro lado, como a empresa não tem controle sobre as pessoas que se
candidatam nos sites de emprego, parte dos candidatos está fora do perfil
desejado.
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As agências de emprego são outro exemplo de fonte externa, assim como as
universidades e colégios.
As feiras de emprego também podem entrar na mira das empresas, desde que
as organizações tenham uma quantidade robusta de vagas para ofertar.
Uma pesquisa realizada pelo Banco Nacional de Empregos (BNE) apontou que
45% dos recrutadores on-line eliminam currículos em até 20 segundos.
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1 – Verificação de currículo
2 - Screening
3 – Entrevista
Não existe um modelo exato. Ela deve ser conduzida de uma forma que atenda
às necessidades de contratação da empresa.
Em seguida, pode haver uma conversa sobre a proposta. Pergunte, por exemplo,
a pretensão salarial do profissional.
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E, por fim, o recrutador disponibiliza cerca de dez minutos para que o candidato
faça perguntas sobre a vaga.
• Se você tivesse R$ 500 mil para investir, qual negócio você montaria?
5 – Dinâmica de grupo
6 – Comitê de contratação
O comitê também permite uma visão mais abrangente. É importante que todos
os entrevistadores que sabatinaram o candidato participem desse comitê.
Uma pesquisa realizada pela consultoria DNA Outplacemente revelou que três
em cada quatro brasileiros já mentiram em seus currículos.
• Habilidades exigidas pela vaga, mas que o candidato não tem – 18%
Uma rápida checagem no LinkedIn, por exemplo, pode atestar se, de fato, os
nomes sugeridos pelo candidato são amigos dele.
8 – Oferta e contratação
Caso ele opte por outra organização, a sua empresa terá que voltar às etapas
para identificar outro profissional que se encaixe à vaga em questão.
Isso quer dizer que os detalhes da oferta informados durante as etapas devem
ser mantidos, para que o concorrente não seja pego de surpresa no momento da
oferta.
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AULA 7 – PÓS-CONTRATAÇÃO DO TIME DE
VENDAS
Dados de uma pesquisa do Brandon Hall Group reiteram por que o onboarding é
tão importante para as empresas. Segundo o levantamento, uma ótima
apresentação de uma organização pode melhorar a retenção de funcionários em
até 82%.
Ainda de acordo com a pesquisa, 89% dos profissionais que passaram por um
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onboarding eficaz se sentiram integrados à cultura da organização.
A pesquisa mostra, ainda, que para 35% das empresas, não há gasto financeiro
durante a realização de um onboarding.
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nas demandas - para os primeiros três meses
• Aumento da produtividade
Quando você não treina os seus profissionais, eles correm o risco de estagnar na
carreira. E ao se comunicarem com os clientes, podem demonstrar que não
dominam certos assuntos em decorrência da falta de aprendizado.
2 – Coloque a pessoa no seu lugar e diga o passo a passo sobre o que ela deve
executar
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AULA 8 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO –
PARTE 1
Um estudo realizado nos Estados Unidos pelos pesquisadores Heck PR, Simons
DJ e Chabris CF mostrou que 65% dos americanos acreditam que estão acima da
média no quesito inteligência.
Outra pesquisa, desta vez encabeçada por Kruger J e Dunning D, revelou que mais
de 60% das pessoas que se diziam acima da média, na verdade, estavam abaixo
da média.
• Conflito de interesses
• Panelinhas
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Por exemplo, se um vendedor tem apresentado ótimo desempenho, por meio do
fechamento de boas vendas, é fundamental que a gestão reconheça esse
desempenho.
Elogios são bem-vindos e servem como motivação para que esse profissional
alcance resultados ainda melhores.
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1- Defina o processo, a periodicidade e as ferramentas de avaliação
4 - Realize uma reunião com a comissão de avaliação, que poderá conter sócios
da empresa, managers, dual-reporters e a área de Recursos Humanos
No papel de empresa, o gestor deve deixar claro para o funcionário quais pontos
serão avaliados em uma avaliação. É necessário, portanto, indicar o que precisa
ser corrigido e quais aspectos estão bons.
Nunca vá para uma avaliação sem explicar, abertamente, o mote dessa análise
ao seu colaborador.
Ferramentas de avaliação
As empresas podem adotar uma série de ferramentas para avaliar os seus times.
Novamente, você deve escolher as que se encaixem na realidade da sua
organização. A seguir, temos algumas sugestões:
Autoavaliação
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A autoavaliação também contribui para o processo contínuo de desenvolvimento
de um vendedor, além de promover o entendimento sobre quais são as
diferenças de percepção entre autoavaliação e avaliação do superior.
Escala gráfica
Na primeira coluna, são colocados os pontos a serem avaliados. Podem ser, por
exemplo, trabalho em equipe, pontualidade e organização dos processos.
Nas colunas seguintes, são inseridos os valores de cada variável, como “precisa
de melhoria”, “atingiu a expectativa” e “acima da expectativa”.
Também podemos dizer que ela favorece o efeito “Halo”, ou seja, o costume
humano de julgar um objeto ou pessoa levando em consideração apenas uma
característica.
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Impacto: diga qual o impacto que a ação em questão causou. Se possível,
quantifique.
Nine box
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360 graus
• Utilizar apenas o “360 graus” pode ser um grande erro. Por isso, é
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fundamental que a empresa combine esse recurso com outras formas de
avaliação
A cultura do feedback deve ser promovida nas empresas, para que, dessa forma,
os funcionários possam melhorar o seu desempenho.
No futuro, o colega pode estar em uma situação ainda mais negativa e o seu
companheiro de trabalho pode estar em um nível de insatisfação extremamente
elevado.
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Sobre você como um profissional vinculado a uma empresa, caso várias pessoas
indiquem um ponto em que você precisa melhorar, é uma prova de que,
realmente, você precisa corrigir essa questão.
Portanto, fique atento aos feedbacks eliminar os erros que possam impedir a sua
evolução profissional.
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AULA 9 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO –
PARTE 2
Nesse caso, você pode sugerir, por exemplo, novos formatos de e-mails,
ferramentas que utilizem os contatos, entre outras alternativas.
Diante desse cenário, selecionamos alguns pontos que devemos nos atentar para
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evitarmos resultados ruins durante as avaliações:
Efeito auréola/Halo/Horn
Viés de recência
Viés de primazia
A primeira impressão deve ser mesmo a que fica? Nesse contexto, essa primeira
impressão segue como uma característica permanente do colaborador.
Estereótipo
Perfil demográfico que afeta a avaliação. Por exemplo, pode surgir a ideia de que
jovens não são experientes e, por isso, não são bons líderes.
Igual a mim/Afinidade
Se essa avaliação for sobre algo pontual, dê o retorno o quanto antes, se possível,
no mesmo instante que aconteceu.
Além disso, deixe claro por que esse tipo de atitude é importante para o
crescimento do profissional e, também, para a evolução da empresa.
Por outro lado, se a avaliação for, por exemplo, semestral, a gestão deve,
novamente, descrever os fatos que contribuíram para a avaliação positiva.
Também é importante explicar o crescimento do colaborador nos últimos seis
meses, destacando, inclusive, se essa evolução é fruto de conselhos
compartilhados pela gestão nas últimas avaliações.
O feedback positivo precisa ser muito sensato. Ele não pode ser exagerado,
porque, se assim for, parecerá que não é natural.
Nesse cenário de queda nas vendas, uma alternativa é pedir que o profissional
atue, por um tempo, ao lado de outro colaborador que esteja apresentando bons
resultados. Dessa forma, eles podem compartilhar conhecimentos e técnicas em
prol de melhorias em suas performances.
Não esqueça: feedback negativo deve ser dado de maneira individual e sem
expor o funcionário avaliado.
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AULA 10 – GESTÃO DE CONFLITOS
Conflitos são comuns nas empresas. Ideias e formas opostas de pensar podem
levar as pessoas a conflitarem.
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Interpessoal: ocorre embate entre duas ou mais pessoas, a partir de diferença
de pensamentos, alteração de processo de venda, entre outras situações.
• Comunicação ruim
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10.2 – Lidando com o conflito
Existem formas simples e indicadas para que as empresas e seus gestores lidem
com os conflitos que surgirem no ambiente corporativo. Confira, a seguir, alguns
mecanismos que podem contribuir para as resoluções:
Escutar
Ouça todos os envolvidos no conflito e pergunte desde quando eles estão sendo
impactados pelo problema.
Seja imparcial. Além disso, questione os envolvidos sobre quais as soluções que
podem ser tomadas para resolver os embates.
Entender
Em seguida, entenda o que motivou o conflito e por que esse embate pode ser
importante para as partes.
Mediar/Decidir
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A partir de um questionário composto por 30 perguntas, são descritos cinco
estilos de pessoas ao lidarem com embates.
Competidor/Competição
Funcionário que compete para atingir os seus próprios objetivos. Tem um estilo
agressivo e pode agir, por exemplo, em uma situação de defesa de território ou
posição.
Um caso prático e que pode aguçar o estilo competidor é o caso em que uma
matriz está decidindo se irá manter os clientes médios na equipe de grandes
clientes ou na equipe de pequenos clientes.
Colaborador/Colaboração
Conciliador/Conciliação
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Nesse estilo, são procuradas soluções mutuamente aceitáveis, que possam
satisfazer os dois lados, mesmo que não seja em sua totalidade.
Diante desse cenário, existe conceção dos dois lados na tentativa de chegarem à
uma solução de meio termo.
Temos, como exemplo, o fato de que os dois têm muito a perder. Como no caso
de um aumento do custo de um fornecedor.
O fornecedor, por sua vez, sabe que você é um grande cliente e, se te perder,
terá prejuízo com a queda de uma parcela considerável da sua receita.
Evasivo/Acomodação
Funcionário com esse estilo procura se afastar do conflito e não coopera com o
outro colaborador. No entanto, essa pode ser uma estratégia para que, em um
determinado momento, ele entre na discussão.
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Ao fim da aula, é essencial reiteramos que conflitos são naturais e nunca deixarão
de existirem na sociedade e, por consequência, nas empresas.
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CONCLUSÃO
Por fim, os conflitos sempre irão existir nas empresas. O importante, diante
deles, é a adoção de uma gestão correta e que possa achar soluções confortáveis
para as partes envolvidas.
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