Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CIÊNCIA ATUARIAL
ENSINO A
DISTÂNCIA
Copyright © 2021 by Editora Faculdade Avantis
Direitos de publicação reservados à Editora Faculdade
Avantis e ao Centro Universitário Avantis – UNIAVAN
Av. Marginal Leste, 3600, Bloco 1
88339-125 – Balneário Camboriú – SC
editora@avantis.edu.br
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca do Centro Universitário Avantis - UNIAVAN
Maria Helena Mafioletti Sampaio. CRB 14 – 276
Inclui Índice
ISBN: 978-65-5901-431-6
ISBNe: 978-65-5901-430-9
PROGRAMA DA DISCIPLINA
EMENTA
Origem histórica e conceitos. Aplicação no mercado. Modelos clássicos de seguro.
Técnicas específicas de análise de riscos e expectativas. Cálculos de riscos. Prêmios
de seguro e pecúlios. Planos de aposentadoria e pensões. Planos de financiamento e
capitalização.
OBJETIVO GERAL
Adquirir competências para análises e cálculos de riscos e expectativas,
compreendendo os principais produtos atuariais presentes no mercado.
PROFESSOR
APRESENTAÇÃO DA AUTORA
Lattes: http://lattes.cnpq.br/5129644533014210.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
13
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
matemática e estatística e compreende questões como os planos de aposentadoria,
pensões e os planos de financiamento e capitalização.
Por essa razão, é necessário conhecer a definição do termo ciência atuarial, sua
origem histórica no Brasil, o decreto-lei que regulamenta a profissão e suas funções
práticas.
A preocupação com a minimização de riscos e a previsão de incertezas gerou a
necessidade de criar técnicas para realizar os cálculos ainda nas primeiras civilizações,
e, conforme afirmam Lautert et al. (2017), a ciência atuarial ganhou força no século XIX,
na Inglaterra, com o surgimento da teoria da probabilidade. Essa teoria serviu como base
técnica para o cálculo de mitigação de impactos financeiros desfavoráveis a partir de
riscos estruturados para determinados eventos.
No Brasil, o estudo da ciência atuarial ocorreu a partir da instauração do decreto-
lei nº 15.601/1946, que fundou a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da
Universidade de São Paulo (FCEA).
Iudicibus (2021) afirma que, com a FCEA (atualmente FEA) e a instalação do curso
de Ciências Contábeis e Atuariais, o país obteve o primeiro núcleo efetivo de pesquisa
contábil, com produção de artigos científicos e teses de alto valor, a partir do modelo
norte-americano de ensino e pesquisa. A partir da Lei nº 1.401/1951, os cursos foram
desmembrados, com diplomas separados.
Mais adiante, em 1969, a edição do decreto-lei nº 806 definiu a atuação profissional
do atuário. Sua regulamentação ocorreu em 1970, com o decreto nº 66.408. O art. 1º
elucida as competências profissionais do atuário:
14
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
competências em relação à tecnicidade do profissional.
Por essa razão, conforme afirmam Lautert et al. (2017), o profissional de atuária
deve integrar conhecimentos de matemática e estatística, além da aptidão em solucionar
problemas e analisar informações. Junto a isso, o conhecimento em tecnologia da
informação e economia, administração de seguros e previdência.
SUGESTÃO DE VÍDEO
O vídeo “Desafio Profissão – Ciências Atuariais”, da TVPUC, é muito interessante
ao explicar as possibilidades de carreira profissional do atuário de uma maneira
clara. Inclusive, no vídeo, os professores explicam que o atuário pode trabalhar também em
corretoras!
Está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=h8bR1nnsbwg.
15
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Rec.
Região Instituição de ensino Períodos Vagas
MEC
Universidade Federal do Ceará - UFC 10 semestres 2001 Noturno 35
Not.60/Vesp.
Universidade Federal da Paraíba - UFPB 10 semestres 2011
60
Nordeste Universidade Federal de Pernambuco - UFPE 8 semestres 2009 Integral 30
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
8 semestres 2009 Noturno 40
- UFRN
Universidade Federal do Sergipe - UFS 6 semestres 2009 Noturno 50
Pontifícia Universidade Católica - PUC 8 semestres 2004 Noturno 60
Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG 9 semestres 2012 Noturno 100
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG 8 semestres 2005 Diurno 25
Universidade do Estado do Rio de Janeiro -
8 semestres 2007 D. 60/Not. 60
UERJ
Sudeste Universidade Federal Fluminense - UFF 8 semestres 2009 Noturno 100
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ 8 semestres 1945 Diurno 25
Pontifícia Universidade Católica - PUCSP 10 semestres 1958 Noturno 100
Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU 8 semestres 2004 Noturno 180
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP 10 semestres 2011 Noturno 80
Universidade de São Paulo - USP 8 semestres 2005 Noturno 50
Fundação de Estudos Sociais do Paraná -
8 semestres 1961 Noturno 62
FESPPR
Sul
Universidade Federal do Rio Grande do Sul -
8 semestres 1945 Noturno 40
UFRGS
OBS: Abreviações: Rec.: Reconhecimento. Not.:
obs Noturno. Vesp.: Vespertino. D.: Diurno.
SUGESTÃO DE VÍDEO
Assista ao vídeo “Mundo Atuarial - Versão 4 Minutos”.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eueBvhn2eUs.
16
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
1.2 FORMAS DE APLICAÇÃO DA CIÊNCIA ATUARIAL NO MERCADO
SUGESTÃO DE LEITURA
Para saber mais, leia a circular na íntegra em: https://www.in.gov.br/en/web/
dou/-/circular-susep-n-648-de-12-de-novembro-de-2021-360557625.
17
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
A legislação básica é a resolução CNSP nº 432/21, que dispõe sobre as provisões
técnicas para as Sociedades Seguradoras, Resseguradoras e Entidades Abertas de
Previdência Complementar (EAPCs) e para as sociedades de capitalização (art. 4º).
O Quadro 2 apresenta quais são as provisões definidas por lei para cada uma das
sociedades.
Além disso, provisões técnicas podem ser aplicadas também ao segmento público.
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, produzido pela Secretaria
do Tesouro Nacional, dispõe sobre provisões, em seu item 17 – Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes:
18
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
empresa seguradora.
Além disso, caso seja constatada inadequação de determinada provisão técnica,
por déficit ou superávit, a análise precisará conter os critérios a serem adotados pela
seguradora para solucionar tal situação. Tais instruções constam na Resolução CNSP nº
61/01, na Circular SUSEP nº 185/02 e na Circular SUSEP nº 190/02.
Para tanto, a seguradora precisa dispor de um banco de dados detalhado a respeito
dos prêmios, da importância segurada, sinistros e despesas, para que o cálculo seja feito
corretamente e de acordo com sua competência atuarial (BRASIL, 2021a).
SUGESTÃO DE LEITURA
Resolução CNSP nº 432, de 12 de novembro de 2021.
Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cnsp-n-
-432-de-12-de-novembro-de-2021-360563839.
1 “No Brasil, há dois regimes obrigatórios de previdência social, sendo o Regime Geral (RGPS), gerenciado pelo Instituto
Nacional de Previdência Social (INSS), o qual vincula as pessoas submetidas às regras da CLT, enquanto que os Regimes
Próprios (RPPS) vinculam os servidores públicos efetivos de cada ente federativo, sejam pertencentes à União, aos estados
ou aos municípios” (BARROS DE OLIVEIRA, 2017, p. 12).
19
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
pensando, sempre, a longo prazo. A solvência é, então, mantida a partir do planejamento
financeiro atuarial adequado.
20
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
1.2.5 Atuário de Subscrição
• Provisões técnicas.
• Solvência.
• Precificação.
• Produtos e subscrição, a partir da modelagem e projeção para os produtos
financeiros e de seguros.
21
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
1.3 CONCEITOS IMPORTANTES PARA ESTUDAR A CIÊNCIA ATUARIAL
SUGESTÃO DE VÍDEO
Sugiro assistir ao vídeo “Fator Previdenciário: O que é? Para que serve? - Paulo
Tafner”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PLJGan6qLKk.
22
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Probabilidades de Expectativa
Idades Óbitos
Morte entre Duas de Vida à
Exatas D (X, N) l(X) L (X, N) T(X)
Idades Exatas Idade X
(X)
Q (X, N) (Por Mil) E(X)
0 11,556 1156 100000 98937 7679290 76,8
5 0,272 27 98647 98634 7185446 72,8
10 0,210 21 98534 98523 6692511 67,9
15 0,668 66 98396 98363 6200143 63,0
20 1,265 124 97929 97868 5709205 58,3
25 1,426 139 97256 97187 5221201 53,7
30 1,522 147 96558 96485 4736654 49,1
35 1,798 172 95779 95693 4255763 44,4
40 2,336 222 94831 94720 3779144 39,9
45 3,334 312 93564 93408 3307986 35,4
50 4,856 446 91753 91530 2844435 31,0
55 6,992 624 89188 88876 2391738 26,8
60 10,007 857 85626 85198 1954250 22,8
65 14,698 1187 80731 80138 1537721 19,0
70 22,526 1665 73915 73082 1150181 15,6
75 34,858 2247 64451 63327 803108 12,5
80 ou
1000,000 52081 52081 510652 510652 9,8
mais
Notas: N = 1; Q(X, N) = Probabilidades de morte entre as idades exatas X e X+N; l(X) = Número de
sobreviventes à idade exata X; D(X, N) = Número de óbitos ocorridos entre as idades X e X+N; L(X, N)
= Número de pessoas-anos vividos entre as idades X e X+N; T(X) = Número de pessoas-anos vividos a
partir da idade X; E(X) = Expectativa de vida à idade X. observação: As Tábuas Completas de Mortalidade
para o Brasil 2020 provêm de uma projeção da mortalidade do Brasil efetuada a partir de dados
censitários de 2010 e não incluem o efeito da pandemia por Covid-19.
23
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
SAIBA MAIS
Você pode acessar as Tábuas de Mortalidade no site do IBGE:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9126-tabuas-comple-
tas-de-mortalidade.html?=&t=resultados.
SUGESTÃO DE VÍDEO
Sugiro assistir ao vídeo “Tábua Atuarial – Ivan Montagneri”, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=0s5GIofeWN8.
24
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
25
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
Está(ão) correta(s):
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) Nenhuma das anteriores.
a) V, F, V, F
26
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
b) F, V, F, F
c) V, F, V, F
d) F, F, V, V
e) V, F, F, V
Está(ão) correta(s):
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
27
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
2
UNIDADE
MODELOS CLÁSSICOS
DE SEGUROS E
TÉCNICAS ESPECÍFICAS
DE ANÁLISE DE RISCOS E
EXPECTATIVAS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM
INTRODUÇÃO
Nesta Unidade, vamos aprender a respeito dos modelos de seguros mais utilizados
e aplicaremos os conceitos das tábuas de mortalidade e de comutação, vistas na Unidade
1. Além disso, estudaremos as técnicas relacionadas à análise de riscos e de expectativas.
Em primeiro lugar, deve-se compreender a definição de seguros e sua finalidade
no mercado. Em seguida, entender os conceitos e fórmulas (equações) importantes para
avaliar e realizar os cálculos, como: a expectativa média de vida ao nascer, as comutações
de sobrevivência e falecimento, as funções modernas de comutação e um exemplo para
elucidar a função dessas equações na prática.
Depois, vamos estudar os modelos clássicos, a partir de situações-exemplo a fim
de compreender: os seguros por falecimento e os seguros dotais, que são aqueles que
combinam sobrevivência e falecimento. Além disso, estudaremos os prêmios nivelados
e as rendas fracionadas.
Na última seção, veremos as técnicas atuariais para análise de riscos e expectativas.
Nesta Unidade, portanto, é fundamental compreender o passo a passo do raciocínio
para construção dos modelos, a partir do uso das fórmulas e conceitos apresentados.
Depois, é relevante repetir os exemplos para que se consiga assimilar bem a utilização de
todos os modelos e técnicas estudadas.
Então, vamos iniciar a unidade? Desejo a todos bons estudos e novos aprendizados!
29
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
2.1 CONCEITOS E FÓRMULAS IMPORTANTES
A palavra “seguro” tem origem no latim, “securus”, que significa o que é livre e
isento de perigos, que está a salvo, garantido. No mercado de seguros, há várias categorias,
como: seguro de automóveis, seguro de vida, seguro residencial, seguro viagem, seguro
patrimonial, seguro de acidentes pessoais, assim por diante.
É possível contratar um seguro para proteger patrimônio e bens, além de fornecer
indenizações no caso de morte ou pecúlio. Dessa forma, as empresas especializadas em
seguros assumem o compromisso de indenizar e cobrir o valor estipulado no contrato
caso os riscos pactuados se materializarem.
No caso dos seguros, o cálculo atuarial é elaborado para assegurar que, mediante
o valor contratado, a seguradora conseguirá realizar a cobertura do montante total caso
haja o evento de risco e continuar financeiramente saudável. Ou seja, os cálculos são
realizados para garantir a cobertura dos prêmios e indenizações dos planos contratados.
A matemática atuarial, portanto, pode ser dividida em dois ramos: o cálculo atuarial
e a teoria do risco. O que os diferencia é a área de aplicação: respectivamente, seguros do
ramo vida e ramo não vida.
De forma geral, os métodos são diferentes, mesmo que os métodos não vida
sejam cada vez mais aplicados ao seguro do ramo vida. No entanto, há uma diferença
fundamental: “[...] enquanto que no seguro de vida a indenização só pode ocorrer
uma vez, em um seguro automóvel o sinistro pode acontecer múltiplas vezes à mesma
entidade” (REIS, 1998).
Assaf Neto (2021, p. 360) apresenta a divisão das instituições responsáveis pela
gestão, normatização e fiscalização do mercado de seguros no Brasil, a saber:
30
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Figura 1: Estrutura do mercado de seguros no Brasil
Fonte: Adaptado de Assaf Neto, 2021
31
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
à divisão ou ao compartilhamento do risco com mais de uma companhia seguradora:
quando uma seguradora emite uma apólice com cobertura que ultrapassa sua capacidade
financeira, ela efetua o repasse de parte ou do risco total do contrato para outra companhia
seguradora, denominada resseguradora (IRB BRASIL, 2022).
O IRB realiza resseguros nas áreas: patrimonial, vida e previdência, de automóvel
responsabilidade civil, transporte, riscos financeiros, habitacional, rural, petróleo e gás,
marítimo, aeronáutico e nuclear.
As companhias seguradoras são instituições que estabelecem os planos de seguros,
garantindo a cobertura destes, obtendo, em troca, o recebimento de prêmios estabelecidos
nos contratos com os segurados, que formam a sua reserva técnica.
E quais são os tipos de seguros existentes no mercado? A classificação é conduzida
de acordo com duas categorias: pessoas e não pessoas. Os seguros de pessoas são as
modalidades seguro de vida, de acidentes pessoais e de saúde. Os seguros de não pessoas
são aqueles referentes a bens materiais e à prestação de serviços (ASSAF NETO, 2021).
Por isso, nesta unidade, estudaremos os modelos de seguros conhecidos como
“clássicos”, que refletem aqueles que mais são utilizados na prática pelo mercado, assim
como as técnicas de avaliação de riscos. Vamos lá?
32
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
FÓRUM
Os alunos devem iniciar um fórum de discussão com as seguintes questões:
a) O que se entende por seguro?
b) Por que contratamos um seguro?
c) Qual a importância dos seguros para uma economia?
SUGESTÃO DE VÍDEO
Sugiro assistir ao vídeo “Qual a tendência do mercado de seguros?”, da Zanon
University, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RDfGWbzmOUA.
33
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Em que:
: corresponde à vida média ou esperança de vida ao nascer;
: representa o número de sobreviventes no primeiro ano;
no segundo ano, e assim por diante;
é o número inicial de indivíduos vivos.
Comutações de Sobrevivência
Em que:
: equivale ao número de pessoas que faleceram na idade x;
: corresponde ao número de pessoas que sobreviveram até a idade x;
: refere-se ao valor que se altera conforme a taxa de juros.
Por exemplo: se a taxa de juros for igual a zero, o valor será igual a 1. Caso a
taxa de juros não seja igual a zero, aplica-se a seguinte fórmula para :
34
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Em que:
corresponde ao somatório dos valores de ,e (ômega) refere-se à
última idade, ou idade máxima, da tábua de sobrevivência.
Comutações de Falecimento
Nas situações em que a taxa de juros não seja igual a zero, utiliza-se essa equação
para o cálculo do valor de . Lembrando que: i corresponde ao risco financeiro, ou
taxa de juros definida; e x, à idade do indivíduo.
35
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
idade, ou idade máxima, da tábua.
SAIBA MAIS
Para entender as nomenclaturas e as fórmulas utilizadas pelas tábuas de so-
brevivência, você pode acessar o endereço: https://atuaria.github.io/portalhalley/
tabuas-mortalidade.html.
O texto é bem explicativo!
SUGESTÃO DE VÍDEO
Tábuas de sobrevivência (life tables), tábua atuarial, do professor doutor Leon-
ardo Flach.
https://www.youtube.com/watch?v=TWKp_FphVH8.
36
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Em que:
: corresponde à probabilidade de morte de um indivíduo com idade antes de
completar a idade de anos.
: refere-se à , isto é, à probabilidade de sobrevivência de um
indivíduo com idade antes de completar a idade de .
: é o número de indivíduos que vieram a óbito entre a idade e .
: trata-se do número de pessoas vivas com idade .
Considere que o valor de seja hipotético, pois refere-se ao tempo a ser vivido
pelos indivíduos que sobreviverem na idade , entre essa idade e o início da próxima
faixa de idade.
Nesse caso, podem existir variações, de acordo com a idade, em que:
n
: corresponde à probabilidade de um indivíduo com idade morrer antes de
completar a idade de anos.
n
: ilustra a probabilidade de que um indivíduo com idade sobreviva pelo
menos mais n anos.
Adicionalmente, existem relações que podem ser estabelecidas entre as variáveis
apresentadas. A Tabela 1 contém as relações e suas devidas descrições.
37
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Tabela 1: Relações entre as Funções de Comutação
RELAÇÃO ENTRE AS FUNÇÕES
DESCRIÇÃO
DE COMUTAÇÃO
-
n
ilustra a probabilidade de que um indivíduo com idade
sobreviva pelo menos mais n anos, relacionando-se diretamente com
.
-
Idade multiplica-
do por 1.000
Fonte: O autor, 2022
38
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Tabela 3: Valores de e
Idade q(x) d(x) l(x) L(x) T(x) E(x) v(x) D(x)
É comum multiplicar por mil as probabilidades de morte entre uma pessoa com
idade x e x+n anos (nqx). Por exemplo, a cada mil pessoas entre 19 e 20 anos, a ocorrência
de morte é de 1,17 pessoas. Porém, para o cálculo atuarial, esses valores devem continuar
compreendidos como valores probabilísticos.
39
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Desse modo, interpreta-se como: a probabilidade de um indivíduo de 20 anos
falecer antes de completar 21 anos, segundo a tabela de mortalidade, é de 1,179 dividido
por 1.000 (mil), ou seja, 0,001179; já a probabilidade desse indivíduo chegar vivo ao 21º
ano é de 1 - 0,001179, que corresponde a 0,998821 = 1p21.
Já a coluna é construída a partir da seguinte equação:
Tabela 4: Valores de Nx
Idade Qx dx lx Lx Tx Ex vx Dx Nx
0 11,556 1156 100000 98937 7679290 76,8 1,00 100000,0 1993795,7
1 0,789 78 98844 98805 7580353 76,7 0,95 94137,5 1893795,7
2 0,507 50 98766 98741 7481547 75,7 0,91 89584,1 1799658,1
3 0,386 38 98716 98697 7382806 74,8 0,86 85274,9 1710074,1
4 0,317 31 98678 98663 7284109 73,8 0,82 81182,8 1624799,2
5 0,272 27 98647 98634 7185446 72,8 0,78 77292,5 1543616,4
6 0,242 24 98620 98608 7086813 71,9 0,75 73591,9 1466323,9
7 0,222 22 98596 98585 6988204 70,9 0,71 70070,5 1392732,1
8 0,209 21 98574 98564 6889619 69,9 0,68 66719,1 1322661,5
9 0,205 20 98554 98544 6791055 68,9 0,64 63528,7 1255942,5
10 0,210 21 98534 98523 6692511 67,9 0,61 60491,1 1192413,8
11 0,226 22 98513 98502 6593988 66,9 0,58 57598,5 1131922,7
12 0,257 25 98491 98478 6495486 66,0 0,56 54843,3 1074324,3
13 0,311 31 98465 98450 6397008 65,0 0,53 52218,3 1019481,0
14 0,397 39 98435 98415 6298558 64,0 0,51 49716,3 967262,7
15 0,668 66 98396 98363 6200143 63,0 0,48 47330,0 917546,4
16 0,832 82 98330 98289 6101780 62,1 0,46 45046,1 870216,4
40
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Idade Qx dx lx Lx Tx Ex vx Dx Nx
17 0,978 96 98248 98200 6003491 61,1 0,44 42865,4 825170,3
18 1,091 107 98152 98099 5905291 60,2 0,42 40784,3 782304,9
19 1,179 116 98045 97987 5807192 59,2 0,40 38799,8 741520,6
20 1,265 124 97929 97868 5709205 58,3 0,38 36908,6 702720,9
Nota: a planilha original contém os dados até 80 anos ou mais. Cálculos realizados pela autora, 2022
41
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Vamos supor uma taxa i = 5%. C15 seria: o fator de atualização equivale a 5% (cinco por
cento). O cálculo realiza-se, para C15, por exemplo, aplicando a seguinte fórmula:
Tabela 5: Valores de Cx
Idade Qx dx lx Lx Tx Ex vx Dx Nx Cx
0 11,556 1156 100000 98937 7679290 76,8 1,00 100000,0 1993795,7 1100556,2
1 0,789 78 98844 98805 7580353 76,7 0,95 94137,5 1893795,7 70745,1
2 0,507 50 98766 98741 7481547 75,7 0,91 89584,1 1799658,1 43288,0
3 0,386 38 98716 98697 7382806 74,8 0,86 85274,9 1710074,1 31342,1
4 0,317 31 98678 98663 7284109 73,8 0,82 81182,8 1624799,2 24480,4
5 0,272 27 98647 98634 7185446 72,8 0,78 77292,5 1543616,4 20023,2
6 0,242 24 98620 98608 7086813 71,9 0,75 73591,9 1466323,9 16947,5
7 0,222 22 98596 98585 6988204 70,9 0,71 70070,5 1392732,1 14784,5
8 0,209 21 98574 98564 6889619 69,9 0,68 66719,1 1322661,5 13305,6
9 0,205 20 98554 98544 6791055 68,9 0,64 63528,7 1255942,5 12409,8
10 0,210 21 98534 98523 6692511 67,9 0,61 60491,1 1192413,8 12081,3
11 0,226 22 98513 98502 6593988 66,9 0,58 57598,5 1131922,7 12375,9
12 0,257 25 98491 98478 6495486 66,0 0,56 54843,3 1074324,3 13424,2
13 0,311 31 98465 98450 6397008 65,0 0,53 52218,3 1019481,0 15448,2
14 0,397 39 98435 98415 6298558 64,0 0,51 49716,3 967262,7 18789,7
15 0,668 66 98396 98363 6200143 63,0 0,48 47330,0 917546,4 30107,6
16 0,832 82 98330 98289 6101780 62,1 0,46 45046,1 870216,4 35693,2
17 0,978 96 98248 98200 6003491 61,1 0,44 42865,4 825170,3 39908,2
18 1,091 107 98152 98099 5905291 60,2 0,42 40784,3 782304,9 42393,0
19 1,179 116 98045 97987 5807192 59,2 0,40 38799,8 741520,6 43558,3
20 1,265 124 97929 97868 5709205 58,3 0,38 36908,6 702720,9 44467,7
Nota: a planilha original contém os dados até 80 anos ou mais. Cálculos realizados pela autora, 2022.
Fonte: Adaptada de IBGE, 2020
42
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Ou seja:
Tabela 6: Valores de Mx
Idade Qx dx lx Lx Tx Ex vx Dx Nx Cx Mx
0 11,556 1156 100000 98937 7679290 76,8 1,00 100000,0 1993795,7 1100556,2 4056553,3
1 0,789 78 98844 98805 7580353 76,7 0,95 94137,5 1893795,7 70745,1 2955997,1
2 0,507 50 98766 98741 7481547 75,7 0,91 89584,1 1799658,1 43288,0 2885252,0
3 0,386 38 98716 98697 7382806 74,8 0,86 85274,9 1710074,1 31342,1 2841964,0
4 0,317 31 98678 98663 7284109 73,8 0,82 81182,8 1624799,2 24480,4 2810621,8
5 0,272 27 98647 98634 7185446 72,8 0,78 77292,5 1543616,4 20023,2 2786141,4
6 0,242 24 98620 98608 7086813 71,9 0,75 73591,9 1466323,9 16947,5 2766118,2
7 0,222 22 98596 98585 6988204 70,9 0,71 70070,5 1392732,1 14784,5 2749170,7
8 0,209 21 98574 98564 6889619 69,9 0,68 66719,1 1322661,5 13305,6 2734386,2
9 0,205 20 98554 98544 6791055 68,9 0,64 63528,7 1255942,5 12409,8 2721080,6
10 0,210 21 98534 98523 6692511 67,9 0,61 60491,1 1192413,8 12081,3 2708670,8
11 0,226 22 98513 98502 6593988 66,9 0,58 57598,5 1131922,7 12375,9 2696589,5
12 0,257 25 98491 98478 6495486 66,0 0,56 54843,3 1074324,3 13424,2 2684213,7
13 0,311 31 98465 98450 6397008 65,0 0,53 52218,3 1019481,0 15448,2 2670789,5
14 0,397 39 98435 98415 6298558 64,0 0,51 49716,3 967262,7 18789,7 2655341,3
15 0,668 66 98396 98363 6200143 63,0 0,48 47330,0 917546,4 30107,6 2636551,6
16 0,832 82 98330 98289 6101780 62,1 0,46 45046,1 870216,4 35693,2 2606444,0
17 0,978 96 98248 98200 6003491 61,1 0,44 42865,4 825170,3 39908,2 2570750,8
18 1,091 107 98152 98099 5905291 60,2 0,42 40784,3 782304,9 42393,0 2530842,6
19 1,179 116 98045 97987 5807192 59,2 0,40 38799,8 741520,6 43558,3 2488449,6
20 1,265 124 97929 97868 5709205 58,3 0,38 36908,6 702720,9 44467,7 2444891,4
Nota: a planilha original contém os dados até 80 anos ou mais. Cálculos realizados pela autora, 2022.
Fonte: IBGE, 2020
43
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Para finalizar e obter a tabela completa, calculamos a função de comutação .
A equação de é dada por:
Figura 3: lx e dx
Fonte: Pires e Costa, ([201-?])
44
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
SAIBA MAIS
Esse material pode ajudar a compreender mais ainda o contexto das tábuas de
mortalidade para os seguros!
Acesse: https://www.editoraroncarati.com.br/v2/phocadownload/artigos_e_estudos/tabu-
asdemortalidade.pdf.
45
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
de sobrevivência de n anos. Se o segurado sobreviver àquele período, receberá o valor
combinado em contrato. Nesse sentido, caso o segurado sobreviva até o período n,
receberá o valor total acordado no contrato.
Caso contrário, o valor recebido será menor, proporcional à sua idade no momento
do recebimento. Dessa maneira, ao contratar um seguro por sobrevivência, em termos de
capital, realiza-se uma aposta com a seguradora (FILHO, 2014).
Dessa forma, conseguimos colocar as informações em uma equação matemática,
em que:
Por isso, o cálculo para o valor contratado utiliza ponderações, como o número de
pessoas com a mesma idade do contratado, o fator de atualização e uma taxa de juros
para correção do valor.
Agora, vamos utilizar o conceito de tábua de mortalidade, que vimos na Unidade 1.
Filho (2014) explica que é preciso considerar algumas notações importantes para a tábua
de mortalidade ou sobrevivência, a saber: n
, que corresponde ao valor que cada
segurado de idade x pagará para receber o montante contratado no seguro, denominado
de Importância Segurada (Is).
Em termos atuariais, é necessário obter equilíbrio entre segurados e seguradora.
Dessa forma:
n
,
Portanto:
Lembrando que:
46
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
lx: corresponde ao número de pessoas na idade x.
Is: é a importância segurada.
n
: corresponde ao valor que cada segurado de idade x pagará para receber o
montante contratado no seguro.
n: trata-se do período de duração do contrato, em anos.
vn: corresponde ao fator de atualização.
de falecimentos na idade x: n .
IMPORTANTE
Nos estudos de demografia e atuária, as notações utilizadas são padronizadas,
a saber: x refere-se sempre à idade; ls refere-se ao número de sobreviventes (do
inglês, lives, vidas); lx trata-se da quantidade de sobreviventes na idade x; Dx representa o núme-
ro de sobreviventes ou falecimentos.
47
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Na tábua de comutação, Ix e Dx são associados de forma algébrica ao valor da taxa
de juros adotada. Por isso, na nomenclatura da tábua de sobrevivência, já se coloca o
valor da taxa. Por exemplo: AT-2000 a 6%.
O cálculo atuarial aplica as tábuas de comutação essencialmente para realizar o
cálculo dos prêmios puros dos seguros de vida, isto é, a parcela do prêmio suficiente para
custear as despesas associadas aos riscos assumidos pela seguradora.
O prêmio puro é calculado como o valor esperado das possíveis indenizações que a
seguradora precisará assumir (é o prêmio cobrado para cobrir o risco x).
Dessa forma: o x é igual a 40 anos, isto é, a idade do segurado, e n é igual a 15 anos,
ou seja, o período contratado. Aplicando na fórmula:
n
= 15
= 15 = 15 = 15
O valor contratado, ou seja, R$100.000,00, será pago hoje, e o seguro somente será
quitado quando o segurado completar 55 anos de idade.
SUGESTÃO DE VÍDEO
Assista ao vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-hU-
3P-8iuZc para entender como as seguradoras precificam os seguros de vida e
sobrevivência (previdência complementar).
48
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
2.3.2 Seguros por Falecimento
Os cálculos ocorrem por meio da equação abaixo, que demonstra o risco de morte
envolvendo pecúlio:
49
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
= $62,05 * 10.000 =
$620.543,34
O prêmio calculado foi realizado para o seguro contra morte imediato e vitalício.
No entanto, existem outros tipos de seguro contra morte: o diferido e vitalício, o imediato
e temporário e o diferido e temporário.
As fórmulas variam de seguro para seguro. Os exemplos utilizam a tábua CSO-58 a
6% a.a. para obter os valores de Mx e Dx.
O seguro contra morte diferido e vitalício é calculado pela equação abaixo, e a
Figura 5 demonstra sua ocorrência, sempre levando em conta a importância contratada,
dada por Q.
50
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
A lógica é que um indivíduo contrate o seguro hoje com cobertura vitalícia, e, de
acordo com o capital segurado, calcula-se o prêmio, caso haja o falecimento a partir da
idade x + n.
O seguro contra morte imediato e temporário é obtido pela equação abaixo e
demonstrado na Figura 6.
51
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Todas as equações, gráficos e cálculos com exemplos podem ser obtidos no material
disponibilizado pelo professor Sérgio Rangel Guimarães, em notas de aula (2007).
Ademais, a Superintendência de Seguros Privado (SUSEP), que fiscaliza e concede
autorização ao mercado segurador, não tem norma vigente que determine a taxa mínima
para a precificação do prêmio de risco de morte acidental atualmente. Por isso, cada
seguradora define a taxa para o cálculo do prêmio.
Domingues e Guimarães (2020) afirmam que a cobertura de risco assegura os
eventos: morte natural, morte acidental, invalidez permanente total ou parcial, despesas
médico-hospitalares, entre outros, que estão de acordo com as circulares da SUSEP e
cujas definições são dadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
No acidente pessoal, enquadram-se:
Como atualmente existe uma liberdade para definição da tarifa para precificar
o prêmio de risco de morte acidental, o que se determina é a taxa de probabilidade de
morte acidental para, em seguida, aplicá-la ao prêmio de risco.
O prêmio de risco, portanto, será equivalente ao capital segurado multiplicado pela
taxa de probabilidade de morte acidental, conforme equação abaixo.
52
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
2.3.3 Seguros Dotais
53
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Em que: s(x) corresponde à função de sobrevivência, Pr equivale à probabilidade,
X é o tempo de vida de um indivíduo recém-nascido, e x, a idade.
Essa função corresponde ao complementar da função de distribuição de X. Por
isso, a vida futura de um determinado indivíduo com idade x é dada por:
Figura 9: Riscos
Fonte: Shutterstock, 2022
54
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
A força de mortalidade ou da taxa instantânea de mortalidade é dada por:
55
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
56
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
de inflação e as modalidades de benefícios e regimes implementados nos contratos de
seguros.
57
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
a) F, F, V, V
b) F, V, V, F
c) V, F, V, V
d) V, F, F, V
e) V, V, F, V
58
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
realizar a cobertura do montante total, caso haja o evento de risco, e continuar
financeiramente saudável.
59
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
3
UNIDADE
CÁLCULOS DE RISCOS,
PRÊMIOS DE SEGURO
E PECÚLIOS E PLANOS
DE APOSENTADORIA E
PENSÕES
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM
INTRODUÇÃO
Nesta Unidade, vamos aprender a respeito dos cálculos utilizados para quantificar/
mensurar o risco, por meio de medidas usuais em finanças.
Vamos lá?
61
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Figura 10: Analogia de uma situação de risco que não foi planejada
Fonte: Shutterstock, 2022
Assim, o que se entende por risco? De acordo com Assaf Neto (2014), o risco
atribui-se ao nível de incerteza que está associado a determinado evento. O autor afirma
que o risco pode ser visto de diversas perspectivas, como no caso de uma companhia
seguradora, por exemplo.
O risco é mensurado, para um ativo ou investimento, por meio de um método ou
critério probabilístico, isto é, atribuem-se probabilidades, subjetivas ou objetivas, aos
distintos momentos e aos possíveis resultados desses eventos.
Dessa forma, avalia-se o risco em um contrato de seguro, por meio de uma variável
aleatória que vamos denominar “X” ou “S” ou qualquer letra que se queira usar e que se
associa a um número que pertence ao conjunto dos números reais.
Conforme exemplifica Ramos (2015), um prêmio para um determinado risco “X”
pode ser entendido como uma medida de risco para “X”. A probabilidade relacionada a
um sinistro, por exemplo, equivale a um número que se associa à variável aleatória “S”,
relativa ao total das indenizações atribuídas a esse contrato. Assim, a probabilidade de
ocorrer um sinistro e o pagamento de indenização equivale a uma medida de risco para
a variável aleatória “S”.
Uma medida de risco, então, tem a intenção de quantificar o nível de exposição ao
risco que a seguradora está exposta ao realizar um contrato de seguro. Em outras palavras,
pode ser interpretada como a “[...] quantidade de ativos necessários à seguradora para
62
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
suportar o risco X” (RAMOS, 2015, p. 79).
Por sua vez, define-se matematicamente o risco de um conjunto de variáveis
aleatórias, como:
Considere que refere-se ao conjunto das variáveis aleatórias
sobre , em que:
• Propriedade I:
, ou seja, para todo X ou Y pertencente
a M, seu somatório multiplica-se por e é menor ou igual a multiplicado
por X individualmente, somado a multiplicado por Y. É denominada de
propriedade sub-aditividade.
• Propriedade II: , em que há maior perda
ou maior risco, na monotonicidade.
• Propriedade III:
, denominada homogeneidade positiva ou
proporcional ao tamanho do risco associado.
• Propriedade IV:
, dada por invariância por translações.
63
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
De acordo com Ramos (2015), a subaditividade indica que a medida de risco para
a combinação de dois riscos não pode ser maior que a medida de risco tratando-os
separadamente, o que é, de fato, interessante, pois a propriedade impõe que a combinação
de riscos traz benefícios para a companhia seguradora.
Já a monotonicidade quer dizer que se um risco agrega perdas associadas que são
superiores às de um outro determinado risco, a medida de risco do primeiro é superior a
do segundo risco.
A homogeneidade positiva mostra que, se as possíveis indenizações associadas são
o dobro das indenizações relacionadas a um outro risco, o valor da medida de risco do
primeiro é o dobro da medida de risco do segundo.
A invariância por translações significa que, perante dois riscos, somados a c, o
capital adequado para cumprir suas obrigações financeiras deve ser o mesmo para ambos.
SUGESTÃO DE VÍDEO
Sugiro assistir ao vídeo “Gestão de Riscos e Seguros Aula 1”, do professor Ricar-
do Schwalfemberg. Assista a partir dos 5:40 min do vídeo.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cYPw3JrLDj0.
64
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
de distribuição Fx, o valor em risco a um determinado nível de confiança p, em
que é uma função (de p)
, definida por:
65
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Logo, o retorno esperado ponderado da carteira pode ser obtido pela seguinte
expressão de cálculo:
66
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
ou
Em que:
taxa de retorno no período t.
valores dos ativos nos períodos t e t-1.
Por exemplo: se uma ação estava cotada no início de um trimestre a $24,2 e ao final
do trimestre a $27,8, a taxa de retorno é dada por:
no trimestre
no trimestre
Capitalização Contínua:
/ação
67
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Multiplicando os termos entre parênteses:
SUGESTÃO DE VÍDEO
Sugiro assistir ao vídeo “VaR – Value at Risk / Valor em Risco – Paramétrico”, do
Canal Finanças 101.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qZo1NnPT5iw.
Outra medida importante é conhecida por VMR, ou seja, Valor Matemático do Risco,
que se define como a probabilidade de risco de exposição dos ativos em um determinado
período de tempo. É dada pela equação:
Outro conceito importante é o de custo médio por sinistro, CMS, cujo cálculo é
dado pela razão entre o prejuízo total (PT) e o número de sinistros efetivados (NS):
68
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Por exemplo: se no exemplo dado do VMR, cada sinistro, em média, foi de
R$2.500,00, o prejuízo, então, será de: R$1.000.000,00.
Já o prêmio estatístico (PE) corresponde ao valor matemático do risco multiplicado
pelo custo médio por sinistro.
Esse valor significa que será necessário cobrar R$100,00 de cada indivíduo
que participa do grupo de 10.000 ativos/bens expostos aos riscos, a fim de cobrir as
possibilidades de ocorrência de sinistro. É conhecido também como prêmio puro, pois
não considera em seu cálculo taxas e despesas administrativas (FILHO, 2014).
Para finalizar, na situação apresentada, qual seria o valor da importância segurada?
Se o custo médio por sinistro foi de R$2.500,00, e o prejuízo total foi de
R$1.000.000,00, calcula-se:
69
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Figura 11: Conjunto de opções de produtos atuariais em uma companhia seguradora
Fonte: Shutterstock, 2022
FÓRUM
Debater sobre os tipos de riscos e a respeito das medidas ou indicadores
utilizados para o cálculo de riscos dos produtos atuarias de uma companhia
seguradora.
70
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
3.2.1 Prêmios de Seguro
SUGESTÃO DE VÍDEO
Sugiro assistir ao vídeo “O que é o Prêmio do Seguro? (RESUMO)”, do Canal
Seguro Corretor.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cQXxW17dNLE.
O prêmio puro periódico anual possui um contrato que determina que o segurado
precisa desembolsar um prêmio constante, dado por P, que é nivelado no começo de cada
ano, enquanto esse segurado sobreviver.
Assim, o primeiro pagamento é feito compreendendo uma parte do prêmio. Isso
porque esse valor é capitalizado pela companhia seguradora, e o último valor pago
corresponde ao próprio prêmio (PIRES et al., 2022).
O compromisso de segurado, dado por Y, a valor presente, ou seja, na data zero do
contrato, equivale a:
71
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Em outros termos, o prêmio puro pode ser definido como Prêmio Único Puro
(PUP), denominado por , pago pelo indivíduo de idade x por um período de m
anos. Essa é uma variação que ocorre nas simbologias.
Portanto:
Isolando P:
72
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
O prêmio puro periódico anual, portanto, , é obtido pela equação:
Em que: e
Assim: ou
= 0,00967
2 É possível fazer o download da Tábua AT-49 no site: https://atuarios.org.br/, na aba Conteúdos, Tábuas
Biométricas. A Tábua AT-49 consta no Anexo 1 deste caderno pedagógico.
73
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Caso os pagamentos sejam limitados a um período :
Para saber o valor final, basta multiplicar 0,06519 pelo valor total do prêmio
estipulado no contrato.
Figura 12: O seguro atuando como uma proteção em meio a uma ruptura
Fonte: Shutterstock, 2022
74
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
SABIA MAIS
Sugiro a leitura da seguinte Apresentação: “Melhores práticas na utilização
de tábuas atuariais: Carlos Américo”, realizada no 2º Seminário Internacional de
Previdência Complementar.
Disponível em: http://sa.previdencia.gov.br/site/2019/11/Apresentacao-Carlos_Pugliesi.pdf.
3.2.2 Pecúlio
75
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
de carência determinado.
9 Extinção do Pecúlio
SUGESTÃO DE VÍDEO
Sugiro assistir ao seguinte vídeo: “Pecúlio - Previdência Privada”, do Canal T2
Educação.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Zt7smiRdlEo.
Para que você entenda como funcionam as instituições nesse segmento, a fim de
compreender o papel de cada uma, foi elaborado um resumo importante de suas siglas e
funções, a saber:
76
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
9 Instituições de destaque:
• Sociedades Seguradoras
Elaboram contratos de seguros.
• Corretores de Seguros
Pessoas Físicas ou Pessoas Jurídicas que fazem a intermediação dos
contratos de seguros entre sociedade seguradora e segurado.
77
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
• Sociedades de Capitalização
Empresas que negociam títulos de capitalização.
Entidades Abertas de Previdência Complementar: criam e administram
planos de benefícios previdenciários complementares.
78
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
79
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
I. É uma medida que pode ser associada a uma variável aleatória “X”.
II. Somente pode ser medida por critérios probabilísticos.
III. Não existe como mensurar ou quantificar o risco para uma companhia
seguradora sem associar o risco a um determinado número ou variável aleatória
“X”.
Está(ão) correta(s):
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
a) 0,02452
b) 2,00452
c) 2,452
d) 0,002452
e) 0,02452
80
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
a) A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) controla e fiscaliza o mercado
de seguros, a previdência privada e a capitalização.
b) A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) executa
as políticas elaboradas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
c) As Entidades Fechadas de Previdência Complementar atuam com a criação de
planos complementares e negociam títulos de capitalização.
d) As Entidades Abertas de Previdência Complementar são formadas por
colaboradores de uma mesma empresa ou grupos de empresas ou, então, servidores
públicos.
e) O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) fiscaliza e executa as entidades que
cumprem as normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Conselho
Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
81
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
4
UNIDADE
PLANOS DE
APOSENTADORIAS E
PENSÕES E PLANOS
DE FINANCIAMENTO E
CAPITALIZAÇÃO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM
INTRODUÇÃO
83
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
• Dos servidores públicos federais.
• Dos servidores públicos estaduais e municipais.
• Dos funcionários de grandes empresas que possuem planos por
meio de entidades fechadas de previdência complementar.
• Dos trabalhadores autônomos, com ou sem planos de
aposentadoria, que contratam previdência complementar de entidades
abertas (FERREIRA, 2015).
84
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
4.1.1 Seguridade Social no Brasil
85
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTA, EM %
Até R$ 1.212,00 7,50%
R$ 1.212,01 até R$ 2.427,35 9,00%
R$ 2.427,36 até R$ 3.641,03 12,00%
R$ 3.641,04 até R$ 7.087,22 14,00%
Quadro 4: Alíquotas de Contribuição atualizada em 01/2022
Fonte: INSS, [2022]
86
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
(2019), alterações e ajustes são necessários para manter o equilíbrio financeiro e atuarial
do sistema. No entanto, conforme elucida o mesmo autor, a emenda constitucional
103/2019 representou um retrocesso nas mudanças, uma vez que privilegiou a redução da
proteção social dos cidadãos brasileiros, ao invés de obter maior eficiência na cobrança
de créditos para o sistema social, além de redução de imunidades e isenções fiscais que
existem atualmente.
A emenda constitucional, portanto, promoveu mudanças no Regime Geral de
Previdência Social (RGPS), cujos participantes são, de forma obrigatória, os trabalhadores
da iniciativa privada que possuem vínculo empregatício, os trabalhadores autônomos,
os empresários individuais e microempreendedores individuais, ou sócios de empresas
e prestadores de serviços remunerados por pró-labore, os trabalhadores avulsos; os
pequenos produtores rurais e pescadores artesanais trabalhando em regime de economia
familiar; além de trabalhadores como agentes públicos que ocupam exclusivamente
cargos em comissão, garimpeiros, empregados de organismos internacionais, ministros
de confissão religiosa, dentre outras categorias e ocupantes de cargos efetivos municipais,
além daqueles que exercem mandato eletivo, em todas as esferas públicas, com a condição
de que não estejam vinculados ao regime próprio de previdência social (LAZZARI, 2019).
De acordo com o art. 194, Capítulo I, da Constituição Federal, o RGPS é o único regime
de previdência obrigatório que autoriza aos segurados facultativos a sua associação, desde
que de acordo com o princípio da universalidade do atendimento. Os dependentes dos
associados recebem a concessão dos benefícios e serviços previdenciários igualmente
em casos assegurados pela legislação.
No Brasil, portanto, além do RGPS, de caráter contributivo e associação compulsória,
existem mais duas categorias de planos de cobertura previdenciária: Regime Próprio de
Previdência dos Servidores (RPPS), contributivo e solidário, que atende aos servidores
titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e municípios, e o
Regime de Previdência Privada (RPP), complementar e facultativo, estruturado de forma
autônoma em relação à previdência social (LIMA; DINIZ, 2016).
SUGESTÃO DE VÍDEO
Sugiro assistir ao seguinte vídeo: “Previdência Social - Uma Ótica Atuarial na
Sustentabilidade de Longo Prazo”, do Canal: Instituto Brasileiro de Atuária.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=y0nQI5agS4g.
87
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
4.1.2 Entidades Fechadas de Previdência Complementar
SAIBA MAIS
Você pode acessar a página da PREVIC e obter a relação de entidades fecha-
das de previdência complementar.
Disponível em: https://www.gov.br/previc/pt-br/previdencia-complementar-fechada/rela-
cao-de-entidades/relacao-de-entidades.pdf/view.
88
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
A previdência complementar fechada é também denominada fundo de pensão. Da
Silva et al. (2019) explicam que os fundos de pensão devem ser geridos a fim de obter uma
aposentadoria complementar àqueles que facultam a filiação na empresa/instituição
vinculada.
Os recursos são aplicados em renda fixa, renda variável, no setor imobiliário ou em
participações em outras empresas. A gestão pouco eficiente desses fundos no país levou
a um déficit técnico de um montante de, aproximadamente, R$72 bilhões (DA SILVA et
al., 2019).
Os fundos de pensão se mantêm por meio da contribuição de empregado e
empregador. Quando há contribuição da empresa, o plano é denominado patrocinado.
No caso de associações e entidades de classe, são instituidoras dos planos.
Uma EFPC é criada quando um patrocinador ou instituidor oferece aos seus
colaboradores ou associados planos de benefícios previdenciários, em três modalidades
distintas: contribuição definida, benefício definido e contribuição variável.
A contribuição definida contempla os planos em que os benefícios são programados,
de acordo com seu valor ou nível definidos previamente, com custeio visando à sua
concessão e à manutenção. O custeio é determinado pelo cálculo atuarial (BRASIL,
2020b).
O benefício definido, por sua vez, é aquele que engloba benefícios programados e
seu valor é ajustado ao saldo da conta mantido em favor do participante (BRASIL, 2020b).
A contribuição variável possui planos cujos benefícios são programados de acordo
com a reunião de características das modalidades de contribuição definida e o benefício
definido (BRASIL, 2020b).
A PREVIC emite relatório anual sobre as despesas administrativas dos fundos de
pensão no Brasil. O relatório do exercício de 2021 aponta que mais de 7,67 milhões dos
brasileiros fazem parte do regime de previdência complementar fechado. Desses 7,67
milhões, 2,88 milhões são participantes ativos (contribuintes), 879 mil são aposentados e
pensionistas e 3,91 milhões são indicados pelo assistido ou participante.
A Figura 14 mostra a evolução da quantidade de entidades fechadas e dos planos
oferecidos no mercado.
89
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Figura 14: Gráfico referente à quantidade de EFPC e ao número de planos existentes no Brasil
Fonte: PREVIC, 2021
90
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
O custeio é feito por meio de: contribuição direta dos participantes e assistidos;
contribuição dos patrocinadores e/ou instituidores; reembolso dos patrocinadores
e instituidores; resultados dos investimentos; receitas administrativas; fundo
administrativo e dotação inicial e doações (PREVIC, 2021).
Os recursos são investidos em renda fixa e renda variável, e os investimentos
ajudam a cobrir o custeio administrativo do fundo, como taxas de carregamento e de
administração, além da cobertura dos planos.
A Resolução CNPC estabelece os limites de recursos por plano, a saber:
91
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
SUGESTÃO DE LEITURA
Para saber mais sobre a trajetória das reformas da previdência no Brasil, você
pode acessar o texto:
KLIASS, P. Evolução política e institucional do componente da previdência complemen-
tar na estrutura do estado brasileiro. In: CAVALCANTE, P. L. C.; SILVA, M. S. Reformas do estado
no brasil trajetórias, inovações e desafios. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), 2020.
92
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
PLANOS/BENEFÍCIOS DESCRIÇÃO
São os planos que podem oferecer os seguintes tipos de benefícios: pecúlio
por morte, pecúlio por invalidez, pensão por morte e renda por invalidez. A
operação de planos com cobertura de risco é regulada, basicamente, pela
Planos com Coberturas de
Resolução CNSP nº 201/2008, que altera e consolida as regras de funcio-
Risco
namento e os critérios para operação das coberturas por morte e invalidez
oferecidas em planos de previdência complementar aberta e dá outras
providências, e pela Circular Susep nº 411/2010.
Oferecem os benefícios de renda por sobrevivência, ou seja, planos de apo-
sentadoria. São regulados pela Resolução CNSP nº 349/2017 e pela Circular
Planos com Cobertura por Susep nº 563/2017.
Sobrevivência Os fundos podem ser mais agressivos, investindo em renda variável, ou mais
conservadores, com investimentos em renda fixa. Há diferentes opções, e o
participante precisa verificar a política de investimento dos fundos.
O critério de remuneração da provisão matemática de benefícios a conceder
estrutura-se a partir da rentabilidade da carteira de investimentos do Fundo
de Investimento Especialmente Instituído (FIE) no(s) qual(is) esteja(m) apli-
cada(s) a totalidade dos respectivos recursos, sem garantia de remuneração
mínima e de atualização de valores e sempre estruturados na modalidade
Plano Gerador de Benefí- de contribuição variável. A apuração de resultados financeiros na época de
cio Livre (PGBL) concessão do benefício é facultativa, podendo ser utilizado o mesmo FIE do
período de diferimento. O percentual de reversão de resultados financeiros
estará previsto no regulamento.
O valor do benefício é calculado em função da provisão matemática de be-
nefícios a conceder (na respectiva data da concessão) e do tipo contratado,
de acordo com os fatores de renda apresentados na proposta de inscrição.
A diferença fundamental em relação ao PGBL é que os planos PGBL Pro-
PGBL Programado – Plano
gramado concedem a possibilidade de contratação, durante o período de
Gerador de Benefício Livre
diferimento, de pagamentos financeiros programados, na forma definida no
Programado
Regulamento e na Nota Técnica Atuarial.
Os planos PGBL e PGBL Programado podem prever, desde que definido no
momento da contratação, Fundo de Investimento Especialmente Instituí-
Plano Previdência Vida
do (FIE) associado ao plano com percentual decrescente de exposição a
Planejada
investimentos com maior risco, especialmente em ativos de renda variável,
durante o período de diferimento.
93
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
PLANOS/BENEFÍCIOS DESCRIÇÃO
Garantem, durante o período de diferimento, remuneração dos recursos da
provisão matemática de benefícios a conceder, por taxa de juros efetiva
anual e índice de atualização de valores, previstos em seu regulamento. O
percentual de reversão de resultados financeiros não pode ser inferior a 50%
Plano com Remuneração e deve estar previsto no regulamento.
Garantida e Performance A apuração de resultados financeiros à época de concessão do benefício
(PRGP) é facultativa, podendo ser utilizado o mesmo Fundo de Investimento Espe-
cialmente Instituído (FIE) do período de diferimento.
O valor do benefício é calculado em função da provisão matemática de be-
nefícios a conceder (na respectiva data da concessão) e do tipo contratado,
de acordo com os fatores de renda apresentados na proposta de inscrição.
Concedem, durante o período de diferimento, atualização dos recursos da
provisão matemática de benefícios a conceder, por índice de atualização de
valores, previsto em Regulamento. O percentual de reversão de resultados
financeiros não pode ser abaixo de 50% e deve constar igualmente no
Plano com Atualização regulamento.
Garantida e Performance A apuração de resultados financeiros à época de concessão do benefício
(PAGP) é facultativa, podendo ser utilizado o mesmo Fundo de Investimento Espe-
cialmente Instituído (FIE) do período de diferimento.
O valor do benefício é calculado em função da provisão matemática de be-
nefícios a conceder (na respectiva data da concessão) e do tipo contratado,
de acordo com os fatores de renda apresentados na proposta de inscrição.
Plano com Remuneração Asseguram remuneração dos recursos da provisão matemática de benefí-
Garantida e Performance cios a conceder, por índice de juros, previsto em regulamento. O percentual
sem Atualização (PRSA) de reversão não pode ser inferior a 95%.
Provisionam, mediante contribuição única, o pagamento de benefício por
sobrevivência sob a forma de renda imediata. A apuração de resultados
financeiros é facultativa. O percentual de reversão de resultados financeiros
Plano de Renda Imediata
estará previsto em regulamento. O valor do benefício é calculado em função
(PRI)
da contribuição única na data de subscrição do plano e do tipo de benefício
contratado, de acordo com os fatores de renda apresentados na proposta de
inscrição.
94
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
PLANOS/BENEFÍCIOS DESCRIÇÃO
Apresentam, durante o período de diferimento, garantia mínima de desem-
penho, de acordo com os critérios definidos no plano, e a reversão, parcial
ou total de resultados financeiros, sempre estruturados na modalidade de
contribuição variável. Deve apresentar cláusula de desempenho atrelado ao
percentual de um índice de renda fixa de ampla divulgação.
A apuração de resultados financeiros à época de concessão do benefí-
Plano com Desempenho
cio é facultativa, podendo ser utilizado o mesmo Fundo de Investimento
Referenciado (PDR)
Especialmente Instituído (FIE) do período de diferimento. O percentual de
reversão de resultados financeiros estará previsto no regulamento. O valor
do benefício é calculado em função da provisão matemática de benefícios a
conceder na data da concessão do benefício e do tipo de benefício con-
tratado, de acordo com os fatores de renda apresentados na proposta de
inscrição.
Quadro 5: Categorias de planos/benefícios associados
Fonte: PREVIC, 2021
SUGESTÃO DE VÍDEO
Assista ao vídeo explicativo da Associação Brasileira das Entidades dos Mer-
cados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) sobre os Planos Abertos de Previdência.
O vídeo aborda também as possíveis deduções de imposto em cada uma das modalidades.
Disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=vbTikoQopO4.
Em relação aos tipos de benefícios/rendas, os recursos obtidos por meio das contri-
buições dos participantes, após o desconto das taxas de administração e carregamento,
são contabilizados de acordo com a provisão atuarial de benefícios a conceder e aplica-
dos em quotas de fundos, chamados Fundos de Investimento Especialmente Instituídos
(FIEs).
As formas de cobertura dos planos podem ser:
• Por pagamento único: em que, no primeiro dia útil subsequente à data prevista
para a finalização de diferimento, concede-se ao participante o benefício por
meio de pagamento único, com base no saldo de provisão de benefícios a
conceder ao término deste período.
95
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
• Por renda mensal vitalícia: em que uma renda é paga exclusivamente ao
participante, a partir da data de concessão do benefício, e finda com a morte
do membro.
• Por renda mensal temporária: em que o benefício cessa igualmente com o
falecimento do participante ou com o fim da temporariedade contratada.
• Por renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido: a partir da qual se
paga uma renda vitalícia ao participante, após a data da concessão do benefício.
• Por renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado: consiste em
uma renda paga ao participante, de forma vitalícia, a partir da data de concessão
do benefício.
• Por renda mensal vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos
menores: trata-se da renda em que, ocorrendo o falecimento do participante,
o benefício é concedido ao cônjuge e, na falta deste, temporariamente ao(s)
menor(es), até que complete(m) a maioridade estabelecida em regulamento.
• Renda mensal por prazo certo: na qual uma renda mensal é paga por um prazo
pré-definido ao participante/assistido.
IMPORTANTE
O que conhecemos por Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) não se en-
quadra em planos de previdência complementar, uma vez que fazem parte dos
seguros de pessoas.
A respeito dos planos por cobertura de risco, existem três regimes financeiros:
96
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
• Regime Financeiro de Repartição Simples: em que as contribuições pagas
por todos os participantes do plano, em um determinado período, devem ser
suficientes para pagar os benefícios decorrentes dos eventos ocorridos nesse
período (SUSEP, 2022).
97
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Figura 15: “Bater o martelo” para a reserva de dinheiro
Fonte: Shutterstock, 2022
SUGESTÃO DE VÍDEO
Para entender alguns tipos de plano da previdência complementar, assista aos
vídeos:
“Como funciona a Previdência Complementar”, episódios 01 e 02, da Economus Instituto de
Seguro Social.
Links: https://www.youtube.com/watch?v=g06XcI9zZo4 e https://www.youtube.com/watch?-
v=Er18JI3uchQ.
98
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
4.2 FINANCIAMENTO E CAPITALIZAÇÃO DOS PLANOS DE PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR
Como ocorre com qualquer esquema de fluxo de caixa, as setas para cima indicam
saídas de caixa, e as setas para baixo indicam entradas de caixa. O tempo é representado
pela seta horizontal, abaixo da linha do fluxo.
Dessa forma, a partir da data zero, existe um período de prazo de contribuição.
Nesse período, são feitos depósitos mensais, denominados C, por N meses.
Em um segundo momento, define-se o prazo de benefício ou de aposentadoria.
Nesse período, os benefícios são pagos aos participantes, em aposentadorias mensais,
designadas por A, durante T meses.
99
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Figura 17: O tempo entre o trabalho e a aposentadoria
Fonte: Shutterstock, 2022
100
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
Ferreira (2015) traz o seguinte exemplo: uma pessoa depositará durante dez
anos quantias mensais constantes de R$ 500,00, para receber uma taxa líquida real de
rendimento de 6% a.a., com capitalização mensal.
Com esses dados, pode-se determinar:
• O fundo de poupança acumulado (ou pecúlio) ao final dos dez anos, sem
considerar cobrança de encargos ou tarifas financeiras.
• Renda mensal temporária (A = RMT, sem levar em consideração tarifas ou
encargos financeiros) durante os próximos cinco anos, logo após o último
depósito da contribuição mensal.
• Renda mensal vitalícia ou perpétua, a partir do 121º mês.
Solução:
a) = =
R$81.939,67 ou na HP-12C: fREG 500 CHS PMT 120 n 0,5 i FV.
b) = 81.939,67 = =
R$1.584,12/mês ou na HP-12C: fREG 81939,67 CHS PV 60 n 0,5 i PMT = R$1.584,12.
c) RMV = i.F = 0,005 x 81.939,67 = R$409,70/mês perpetuamente. Na HP-12C:
81939,67 ENTER 0,5%: R$409,70 (FERREIRA, 2015).
SUGESTÃO DE VÍDEO
A Professora Mara explica os aspectos e exercícios sobre seguros, previdência
e capitalização no vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=MQspdfhP8ZM.
101
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
102
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
01 - Leia a seguinte frase: “O custeio é feito por meio de: contribuição direta dos
participantes e assistidos; contribuição dos patrocinadores e/ou instituidores;
reembolso dos patrocinadores e instituidores; resultados dos investimentos;
receitas administrativas; fundo administrativo, e dotação inicial e doações”
(PREVIC, 2021, não paginado).
Está(ão) correta(s):
a) I, apenas.
103
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.
104
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. São Paulo: Grupo GEN, 2021. E-book. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597028171/.
105
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
BRASIL. Circular SUSEP nº 600, de 13 de abril de 2020. Brasília: Diário Oficial da União,
2020a.
106
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da
Previdência Social e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, 1991.
CASTRO, C. A. P. D. Manual de Direito Previdenciário. São Paulo: Grupo GEN, 2020. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530992224/.
Acesso em: 21 set. 2022.
107
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
DUFFIE, D.; PAN, J. An overview of value at risk. Journal of derivatives, [s. l.], v. 4, n. 3, p.
7-49, 1997.
INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL (IRB). Sobre a Companhia. IRB, [s. l.], [2022].
Disponível em: https://ri.irbre.com/a-companhia/sobre-a-companhia/. Acesso em: 21
set. 2022.
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS). Meu INSS. INSS, [s. l.], [2022].
Disponível em: https://meu.inss.gov.br/#/login. Acesso em: 21 set. 2022.
108
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
MOSMANN, G. Pecúlio: entenda o que é e os modelos desse benefício. Suno, São Paulo,
2021. Disponível em: https://www.suno.com.br/artigos/peculio/. Acesso em: 21 set. 2022.
NETO, A. A. Mercado Financeiro. São Paulo: Grupo GEN, 2021. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597028171/. Acesso em: 21 set.
2022.
REIS, A. D. Ciências actuariais: modelos para seguros. [S. l]: [s. n.], 1998.
SILVA NETO, J. W. Value at risk – VAR: um estudo aplicado a uma seguradora brasileira.
2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Atuárias) – Faculdade
de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Universidade Federal do Ceará,
Fortaleza, 2015.
109
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS (SUSEP). Avaliação Atuarial de Seguros.
SUSEP, Brasília, 2021. Disponível em: http://www.susep.gov.br/menumercado/atuaria_
seguros. Acesso em: 21 set. 2022.
110
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
ANEXO 1 – Tábua Biométrica AT-49 – Instituto Brasileiro de Atuária
TIPO
111
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
TIPO
25 0,001120 0,000501 0,000768
26 0,001110 0,000531 0,000806
27 0,001120 0,000563 0,000849
28 0,001150 0,000598 0,000896
29 0,001180 0,000636 0,000947
30 0,001230 0,000677 0,001004
31 0,001280 0,000721 0,001067
32 0,001340 0,000770 0,001136
33 0,001410 0,000822 0,001213
34 0,001500 0,000879 0,001297
35 0,001620 0,000942 0,001391
36 0,001760 0,001010 0,001494
37 0,001910 0,001085 0,001607
38 0,002090 0,001167 0,001733
39 0,002280 0,001256 0,001872
40 0,002480 0,001355 0,002025
41 0,002710 0,001464 0,002220
42 0,002930 0,001583 0,002481
43 0,003180 0,001715 0,002804
44 0,003460 0,001859 0,003187
45 0,003760 0,002019 0,003625
46 0,004120 0,002196 0,004116
47 0,004550 0,002391 0,004657
48 0,005020 0,002606 0,005246
49 0,005540 0,002845 0,005880
50 0,006100 0,003109 0,006557
51 0,006630 0,003361 0,007277
52 0,007170 0,003642 0,008038
53 0,007730 0,003957 0,008840
54 0,008370 0,004310 0,009682
55 0,009110 0,004705 0,010565
112
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
TIPO
56 0,010000 0,005146 0,011491
57 0,011010 0,005640 0,012460
58 0,012150 0,006193 0,013476
59 0,013310 0,006812 0,014542
60 0,014870 0,007504 0,015662
61 0,016490 0,008278 0,016869
62 0,018310 0,009144 0,018199
63 0,020340 0,010112 0,019666
64 0,022600 0,011195 0,021283
65 0,025070 0,012406 0,023066
66 0,027770 0,013759 0,025030
67 0,030700 0,015272 0,027193
68 0,033900 0,016963 0,029577
69 0,037410 0,018853 0,032202
70 0,041230 0,020964 0,035092
71 0,045400 0,023321 0,038272
72 0,049940 0,025954 0,041771
73 0,054900 0,028892 0,045620
74 0,060240 0,032171 0,049852
75 0,066020 0,035829 0,054501
76 0,072300 0,039907 0,059609
77 0,079140 0,044451 0,065216
78 0,086710 0,049513 0,071368
79 0,095160 0,055147 0,078113
80 0,104520 0,061415 0,085503
81 0,068383 0,093593
82 0,076121 0,102443
83 0,084707 0,112113
84 0,094224 0,122669
85 0,104760 0,134178
86 0,116409 0,146709
113
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
TIPO
87 0,129270 0,160333
88 0,143445 0,175124
89 0,159040 0,191151
90 0,176161 0,208485
91 0,194913 0,227192
92 0,215399 0,247332
93 0,237714 0,268960
94 0,261943 0,292118
95 0,288153 0,316834
96 0,316391 0,343122
97 0,346674 0,370973
98 0,378986 0,400352
99 0,413266 0,431199
100 0,449400 0,463415
101 0,487216 0,496870
102 0,526477 0,531389
103 0,566872 0,566757
104 0,608017 0,602714
105 0,649459 0,638956
106 0,690674 0,675143
107 0,731092 0,710898
108 0,770105 0,745822
109 1,000000 1,000000
114
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ATUARIAL
uniavan.edu.br
117
XXXX