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EIXO AEPS 1 MÓDULO 1.

1 – INTRODUÇÃO AO ENSINO DA MEDICINA

Data de abertura: 22.11.2021

Data de fechamento: 25.11.2021

MINHA RELIGIÃO NÃO PERMITE!

1. PALAVRAS DESCONHECIDAS:
D Dímero (Exame) – degradação da fibrina, proteína que está envolvida com a formação do
coágulo.
USG – Ultrassonografia.
Dispneia - Falta de ar.
Sar-cov-2 – Nomenclatura oficial do coronavírus.
Cefaleia – Dor de cabeça.

2. IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS

1. Porque a não adesão dos programas oferecidos a gestantes?


2. Até que ponto a demora na busca por atendimento prejudicou o caso?
3. Quão antiética foi a atitude da médica em culpabilizar o familiar da paciente por sua
morte?
4. Até que ponto a religião pode interferir nas práticas medicas?
5. Existe alguma forma de tratar a paciente sem interferir em sua religião?
6. Quais as consequências que a médica sofreria caso realizasse o procedimento sem
autorização?
7. Até que ponto o covid pode ter prejudicado a gravidez?
8. Como a idade do paciente pode ter prejudicado o agravamento do caso?

3. BRAINSTORM
- A não adesão pode ter sido fruto de fatores como: influencia coativa do marido, falta de
informação, imposição de crenças religiosas e entre outros;
- Uma busca tardia atrapalha não só no diagnóstico de possíveis implicações e doenças que
podem surgir, como também na busca de métodos e soluções que supram as necessidades da
paciente;
- A forma como a Médica tratou o marido feriu gravemente o código de ética, agiu em
completa emoção e acabou não se colocando no lugar daquele marido fragilizado que
acabava de perder sua mulher;
- Os dogmas religiosos podem interferir psicologicamente na vida dos pacientes, pois quem
obedece a doutrinas religiosas à risca, sujeita-se a um medo de pecar (temor a Deus) ou ferir
as práticas que sua religião estabelece como corretas;
- Existe formas de tratar o paciente sem que sua religião seja prejudicada como, por exemplo,
o procedimento de perfusão em casos de adeptos a religião Testemunha de Jeová, no entanto
isso só é possível com um acompanhamento prévio do caso para que ocorra um manejo do
paciente e da equipe para técnicas adequadas;
- A Médica seria processada, porém o procedimento estaria dentro dos princípios da ética
medica;
- O covid pode ter acarretado a dilatação precoce e potencializado os processos de
sangramento;
- Gestantes que tenham a partir de 35 anos são consideradas de maior grupo de risco.

4. FLUXOGRAMA E FORMULAÇÃO DE OBEJTIVOS

5. FECHAMENTO

5.1 ESTUDAR O CÓDIGO DE ÉTICA


MÉDICA E DOS ESTUDANTES
DE MEDICINA
- Código de ética visa orientar os
comportamentos e atitudes técnicas medicas
diante de inúmeras situações;
- Comparação com o modelo obsoleto – vertical-
onde prevalecia o paternalismo e o médico tinha autonomia sobre o paciente; com o modelo
atual – horizontal – onde o paciente tem autonomia, salvo os casos que corra risco de vida.
Todavia, a autonomia medica perdura em algumas situações, deve ser respeitada, porém,
dentro de alguns limites;
- Importância da não mercantilização e do Sigilo medico atrelado a bola de neve que virou as
redes sociais, imagens de antes e depois, procedimentos sendo expostos sem pudor e excesso
de informações;
- Código de ética busca se aproximar da humanização que o SUS preconiza;
- Paciente tem liberdade de recusar um procedimento e o médico tem liberdade de abandonar o
caso algo lhe incomode, contanto que aja outro médico para cuidar do caso;
- Direito do médico se recusar a atender em ambientes insalubres;
- Vedado ao médico se omitir de casos de urgência e emergência;
- O perigo de procedimentos indevidos, tratamentos sem exames e vinculo medico com
empresas farmacêuticas;
- Vedado escrita de receitas de modo ilegível;
- Principio fundamental da equidade, respeitar valores e crenças do seu paciente;
- Obrigação do médico de se unir com sua classe para reivindicar seus direitos;
- Só é permitido a divulgação de até duas titulações acadêmicas reconhecidas, autorizadas e
registradas no CRM;
- O médico possui responsabilidade social, deve buscar chamar atenção da população para os
problemas e buscar atos que ajudem na mudança do setor da saúde;
- Estudantes de medicina são formadores de opinião, devem buscar passar informações para a
população de forma clara, objetiva baseadas em fontes confiáveis, transmitindo confiança para
seus pacientes, para que não ocorra abuso e difamação dentro de ambientes hospitalares;
- Os estudantes devem buscar equilíbrio frente a hierarquização que foi estabelecida por
estudantes e profissionais da saúde para que esses paradigmas sejam quebrados;

5.2 COMPREENDER OS DESAFIOS E MECANISMOS PARA CONCILIAR


RELIGIÃO E MEDICINA

- Foi posto visões advindas de indivíduos testemunhas de Jeová, onde falaram que é mais
importante manter os costumes do que a vida. Pontuou-se também que não são contra receber
tratamentos médicos, mas sim transfusões e tecidos humanos. Visto que para eles há uma
valorização do antigo testamento que coloca o sangue como algo sagrado referente a alma;
- Elevação do direito a vida em contraposição valorizar os direitos do paciente, respeitar a
religião que o paciente aderiu;
- O paciente por vezes entende o procedimento, contudo sobre pressão familiar e acaba
recusando;
- Iniciar os tratamentos precocemente ajuda bastante na busca de meios que não venham ferir
os princípios religiosos.

5.3 ESTUDAR A JURIS PRUDÊNCIA EM CASOS DE TRANSFUSÕES


SANGUÍNEAS
- Em casos de transfusões sanguíneas, os direitos fundamentais de liberdade de crença e
dignidade da pessoa humana, prevalecem se houver opção por tratamento médico que
preserva a dignidade da recorrente decisão recorrida, contudo o médico pode fazer a
transfusão sanguínea contra a vontade expressa da agravante, quando for eminente o risco de
vida a fim de preservá-la.
5.4 ENTENDER O PROGRAMA NACIONAL DE ATENÇÃO OBSTÉTRICA
E NEONATAL
- Visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à
gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao
crescimento e ao desenvolvimento saudáveis;
- A organização da RC (Rede Cegonha) se faz a partir de quatro componentes: Pré-Natal;
Parto e Nascimento; Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança; e Sistema Logístico:
Transporte Sanitário e Regulação;
- Houve discussões e levantamentos, foi expostos casos de gravidas que sofreram com
profissionais da saúde, demonstrando que o programa nacional de atenção obstétrica só
funciona na teoria, pois existem muitos locais com atendimentos precarizados e profissionais
mal capacitados.

REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. O modelo de atenção obstétrica no
setor de saúde suplementar no Brasil: cenários e perspectivas. 2008.
BRASIL; MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). Manual técnico pré-natal e puerpério: atenção
qualificada e humanizada. 2005.

CARDOSO, Leticia Silveira et al. O trabalho do enfermeiro cirúrgico e o potencial para


minimizar complicações pós-operatórias. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 12, n. 12, p.
e5294-e5294, 2020.
CHEHAIBAR, Graziela Zlotnik. Bioética e crença religiosa: estudo da relação médico-
paciente testemunha de Jeová com potencial risco de transfusão de sangue. 2010. Tese de
Doutorado. Universidade de São Paulo.
CHEHAIBAR, Graziela Zlotnik. Bioética e crença religiosa: estudo da relação médico-
paciente testemunha de Jeová com potencial risco de transfusão de sangue. 2010. Tese
de Doutorado. Universidade de São Paulo.
Código de Ética Médica (Ministério da Educação)
Código de Ética Médica dos Estudantes de Medicina (MEC)
DE SOUZA, Fernanda Lopes et al. Motivos da não realização do pré-natal por
gestantes. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 55, p. e3878-e3878, 2020.
JÚNIOR, EAB. Código de ética médica: comentado e interpretado. Timburi, SP: Editora
Cia do eBook, 2019.
Lei do Sangue, decreto nº3990, 30 de outubro de 2001
LEIRIA, Cláudio Da Silva. Transfusoes de Sangue Contra a Vontade de Paciente de Religiao
Testemunhas de Jeova: Uma Gravissima Violacao de Direitos Humanos. Atuacao, v. 14, p. 219,
2009.

LIMA, Flávia Vernaschi et al. Rede cegonha: Visão de gestantes e profissionais de saúde
acerca de sua operacionalização. New Trends in Qualitative Research, v. 8, p. 727-735,
2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento-PHPN.
2006.
Política Nacional de sangue e hemoderivados , PORTARIA Nº 158, DE 4 DE FEVEREIRO
DE 2016
PORTARIA, Nº. 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de
Saúde-SUS-a Rede Cegonha. Brasília (DF): Diário Oficial da União; 2011.[cited 2018 Jan
28].
RENA, Cícero et al. Aspectos religiosos, médicos e jurídicos relativos à transfusão sanguínea
em pacientes adeptos à seita Testemunha de Jeová. HU rev, p. 469-474, 2003.
Resolução N° 2.232, de 17 de Julho de 2019 (Conselho Federal de Medicina- Transfusão
sanguínea).
SERAFIM, Jhonata Goulart; VIEIRA, Reginaldo de Souza. Colisão de Direitos
Fundamentais: Direito à Vida x Direito a Liberdade Religiosa Nos Casos de Transfusão de
Sangue em Pacientes Testemunhas de Jeová. Seminário Internacional Demandas Sociais e
Políticas Públicas na Sociedade Contemporânea, n. 11, 2014.
SOARES, Francisco José Passos; SHIMIZU, Helena Eri; GARRAFA, Volnei. Código de
Ética Médica brasileiro: limites deontológicos e bioéticos. Revista Bioética, v. 25, p. 244-
254, 2017.
SOUZA, Zelita da Silva; MORAES, Maria Isabel Dias Miorim de. A ética médica e o
respeito às crenças religiosas. Bioética, p. 89-93, 1998.

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