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Aspectos

Éticos Legais da
Prática Médica
EMENTA DA AULA
Princípios da bioética e sua aplicação da
APS (aborto, violência contra criança,
mulher e idoso);
Código de Ética Médica;
Lei 12.871/2013;
Estatuto da criança e do adolescente,
Estatuto do idoso;
Organização da prática médica
(conselhos, sindicatos e sociedades
médicas);
Aspectos ético-legais do trabalho
multiprofissional;
Características do trabalho médico
• O Brasil contava, em janeiro de
2018, com 452.801 médicos, o que
corresponde à razão de 2,18
médicos por mil habitantes.
• Na mesma data o número de
registros de médicos nos Conselhos
Regionais de Medicina chegava a
491.468.
• A diferença de 38.667 entre o
número de médicos e o de registros
refere-se às inscrições secundárias
de profissionais registrados em
mais de um estado da federação.
Características do trabalho médico
A média da idade do conjunto dos
médicos em atividade no País é de
45,4 anos, com desvio-padrão
igual a 13,7. Essa média vem
caindo ao longo do tempo,
apontando para o juvenescimento
da Medicina no Brasil. A tendência
é resultado principalmente do
aumento da entrada de novos
médicos em função da abertura de
mais cursos de Medicina.
Características do trabalho médico
• O hospital é o local preferido de
trabalho de quase 80% dos recém-
formados, revelou o estudo,
enquanto 50% pretendem trabalhar
em consultório particular.
• O médico geralmente atua
concomitantemente em mais de um
local ou em diferentes empregos.
• O interesse por trabalhar em
Unidades Básicas de Saúde e
Estratégia Saúde da Família varia
entre as regiões: é a preferência de
mais de um terço dos formados no
Nordeste e Norte, mas diminui no
Sudeste e Sul.
Características do trabalho
médico
Principios da Bioética e sua
aplicação na APS – CASO CLÍNICO
Rafaela tem 13 anos, estuda na Escola Municipal do bairro e é
acompanhada pela equipe da Unidade Básica de Saúde de Mangueirão. D.
Márcia, mãe de Rafaela, tem se queixado a Drª Gabriela que sua filha está
muito quieta ultimamente, não quer se alimentar e tem notado que a
mesma tem perdido peso. No dia anterior, chorando muito, confessou à
mãe que teve sua primeira relação sexual há um mês, num momento de
intimidade com seu namorado da época, a contragosto, porque o mesmo a
forçou quando ela desistiu “no meio do caminho”. D. Márcia vem a
unidade em busca de orientação de como deve agir nessa situação.

a) Descreva como a equipe deve acolher a mãe e a paciente nessa situação:


b) Quais as medidas que devem ser tomadas, clínicas e de notificação?
Principios da Bioética e sua
aplicação na APS – CASO CLÍNICO
Júlia é uma criança de 2 anos de idade que vive com sua mãe de
16 anos e seu companheiro de 18 anos, ambos usuários de drogas e
envolvidos com o tráfico no bairro. Na última tentativa de visita de
Cidinha, a ACS que acompanha a família, a mesma identificou que Júlia
estava com manchas roxas pelo corpo, em péssimo estado de higiene e
chorava muito aos pés da mãe, que no momento parecia
“transtornada” e sem paciência. Na frente de Cidinha empurrou a
criança gritando para se calar. Cidinha ao voltar para sua unidade,
muito preocupada e sem saber o que fazer, passa a situação para Drª
Gabriela e para a Enfª Janaína. Diante dos preceitos do ECA como deve
agir a equipe nesse caso?
Estatuto da criança e do adolescente e
Estatuto do Idoso

http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/pa
http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/ha gina_saude_do_idoso/estatuto_do_idoso.p
ndle/id/534718/eca_1ed.pdf
df
Código de Ética Médica

Capítulo III - Responsabilidade Profissional


É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível,
sem a devida identificação de seu número de registro no Conselho
Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco
folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros
documentos médicos.
Art. 14. Praticar ou indicar atos médicos desnecessários ou proibidos
pela legislação vigente no País.
Código de Ética Médica

Capítulo IV - Direitos Humanos


É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 23. Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração,
desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou sob
qualquer pretexto.
Art. 24. Deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir
livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como exercer sua
autoridade para limitá-lo.
Código de Ética Médica

Capítulo V - Relação com Pacientes e Familiares


É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 37. Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame
direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e
impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo
imediatamente após cessar o impedimento.
Art. 38. Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados
profissionais.
Código de Ética Médica

Art. 42. Desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre


método contraceptivo, devendo sempre esclarecê-lo sobre indicação,
segurança, reversibilidade e risco de cada método.
Capítulo VII - Relação entre Médicos
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 52. Desrespeitar a prescrição ou o tratamento de paciente,
determinados por outro médico, mesmo quando em função de chefia
ou de auditoria, salvo em situação de indiscutível benefício para o
paciente, devendo comunicar imediatamente o fato ao médico
responsável.
Código de Ética Médica

Art. 65. Cobrar honorários de paciente assistido em instituição que se


destina à prestação de serviços públicos, ou receber remuneração de
paciente como complemento de salário ou de honorários.
Capítulo IX - Sigilo Profissional
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do
exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou
consentimento, por escrito, do paciente.
Código de Ética Médica

Parágrafo único. Permanece essa proibição:


a) Mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente
tenha falecido;
b) Quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o
médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu
impedimento;
c) Na investigação de suspeita de crime, o médico estará impedido de
revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal.
Código de Ética Médica

Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de


idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o
menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não
revelação possa acarretar dano ao paciente.
Art. 75. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes
ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de
assuntos médicos, em meios de comunicação em geral, mesmo com
autorização do paciente.
Código de Ética Médica

Art. 76. Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame


médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos dirigentes de
empresas ou de instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde
dos empregados ou da comunidade.
Capítulo X - Documentos Médicos
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 80. Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional
que o justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à
verdade.
Código de Ética Médica

Capítulo X - Documentos Médicos


É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou
quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último
caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em caso de
necropsia e verificação médico-legal.
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando
assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta.
Código de Ética Médica

Capítulo X - Documentos Médicos


É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 85. Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por
pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua
responsabilidade.
Art. 86. Deixar de fornecer laudo médico ao paciente ou a seu
representante legal quando aquele for encaminhado ou transferido
para continuação do tratamento ou em caso de solicitação de alta.
Código de Ética Médica

Capítulo X - Documentos Médicos


É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 87. Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente.
§ 1º O prontuário deve conter os dados clínicos necessários para a boa
condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem
cronológica com data, hora, assinatura e número de registro do médico
no Conselho Regional de Medicina.
§ 2º O prontuário estará sob a guarda do médico ou da instituição que
assiste o paciente.
Código de Ética Médica

Capítulo X - Documentos Médicos


É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 88. Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de lhe
fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar
explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem
riscos ao próprio paciente ou a terceiros.
Art. 89. Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando
autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou
para a sua própria defesa.
Código de Ética Médica - CUIDADO!!!!
Transcrição de receita médica
Do Manual de Receita Médica (CRM-PB, 2012)
"O art. 37 do CEM é bastante enfático ao proibir a prescrição de
tratamentos ou outros procedimentos sem exame direto do paciente
(anamnese + exame físico). Em casos excepcionais, por exemplo, de
medicações de uso prolongado ou anticonvulsivantes, o médico poderá
prescrever como continuidade, ou seja, outro especialista fez uma
prescrição anterior".
Código de Ética Médica

Lei 5.991/73. Capítulo VI. Do Receituário


• Art. 43. O registro do receituário e dos medicamentos sob regime de
controle sanitário especial não poderá conter rasuras, emendas ou
irregularidades que possam prejudicar a verificação da sua
autenticidade.
• Carimbo, não há exigência legal, mas na prática não é aceita sem
carimbo.
Algumas questões importantes e
frequentes nas nossas ESF...
1. Lembrar que no Brasil não vai ser raro encontrar pacientes com
dificuldades em ler e em compreender as receitas;
2. Algumas Unidades montam fluxos específicos em suas farmácias
(sempre em duas vias, renovação de prescrição contínua, prescrição de
enfermagem...);
3. A renovação de receitas é um fator importante a ser organizado no
processo de trabalho visto que é um motivo muito frequente de
consulta;
4. Muito raramente você encontrará um farmacêutico trabalhando na
sua Unidade de Saúde e a dispensação/acesso aos medicamentos em
muitas equipes fica prejudicada pela ausência desse profissional.
Código de Ética Médica

Capítulo III - Responsabilidade Profissional


É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma
secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu
número de registro no Conselho Regional de
Medicina
da sua jurisdição, bem como assinar em branco
folhas
de receituários, atestados, laudos ou quaisquer
outros
documentos médicos.
Atestado Médico

RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658/2002:


Art. 1º O atestado médico é parte integrante do ato médico, sendo seu
fornecimento direito inalienável do paciente, não podendo importar em qualquer
majoração de honorários.
Art. 2º Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha própria e/ou
prontuário médico os dados dos exames e tratamentos realizados, de maneira que
possa atender às pesquisas de informações dos médicos peritos das empresas ou
dos órgãos públicos da Previdência Social e da Justiça.
Art. 5º Os médicos somente podem fornecer atestados com o diagnóstico
codificado ou não quando por justa causa, exercício de dever legal, solicitação do
próprio paciente ou de seu representante legal.
Parágrafo único No caso da solicitação de colocação de diagnóstico, codificado ou
não, ser feita pelo próprio paciente ou seu representante legal, esta concordância
deverá estar expressa no atestado.
Atestado Médico

Tipos de Atestados Médico:


1. Atestado de Óbito (D.O)
2. Atestado por Doença (15 dias) CUIDADO COM
3. Atestado para Repouso à Gestante (120 dias) ATESTADOS RETROATIVOS!!!
4. Atestado por Acidente de Trabalho
5. Atestado para Fins de Interdição
6. Atestado de Aptidão Física
7. Atestado de Sanidade Física e Mental
8. Atestado para Amamentação
9. Atestado de Comparecimento
10. Atestado para Internações
DECLARAÇÃO DE ÓBITO
Principios da Bioética e sua
aplicação na APS – CASO CLÍNICO
Sílvia é médica do PMM na cidade de Currais Lindos.
Durante seu descanso no fim de semana (estava fora da
cidade) a secretária municipal de Currais Lindos entra em
contato com a mesma porque S. Severino, 98 anos, paciente
acompanhado pela equipe de Dra. Sílvia e por ela há mais de 2
anos, morreu em casa (sua filha o encontrou sem vida ao
amanhecer). A secretária de saúde exige que a médica emita a
DO de qualquer jeito porque não existe outro médico
acessível naquele momento. Se você fosse Drª Sílvia, como
agiria frente a essa situação.
O médico tem responsabilidade
ética e jurídica pelo
preenchimento e pela assinatura
da DO, assim como pelas
informações registradas em
todos os campos deste
documento. Deve, portanto,
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/p
df/2015/agosto/14/Declaracao-de-Obito- revisar o documento antes de
WEB.pdf assiná-lo.
Tipos de óbito

• Causa Natural: doença ou condição


• Causa Externa / Morte não natural:
• Violência ou suspeita de violência;
• Homicídio;
• Acidente.
Quem deve emitir: natural
Quem deve emitir: externa
Declaração de Óbito (D.O)

Capítulo X - Documentos Médicos

É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou
quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último
caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em caso de
necropsia e verificação médico-legal.
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando
assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta.
Declaração de Óbito (D.O)

Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico (O MÉDICO DEVE):

1.Preencher os dados de identificação com base em um documento da pessoa


falecida. Na ausência de documento, caberá, à autoridade policial, proceder o
reconhecimento do cadáver.
2.Registrar os dados na DO, sempre, com letra legível e sem abreviações ou
rasuras.
3.Registrar as causas da morte, obedecendo ao disposto nas regras internacionais,
anotando, preferencialmente, apenas um diagnóstico por linha e o tempo
aproximado entre o início da doença e a morte.
4.Revisar se todos os campos estão preenchidos corretamente, antes de assinar.
Declaração de Óbito (D.O)

Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico


O QUE NÃO SE DEVE FAZER:
1.Assinar DO em branco.
2.Preencher a DO sem, pessoalmente, examinar o corpo e constatar a morte.
3.Utilizar termos vagos para o registro das causas de morte como parada cardíaca,
parada cardio-respiratória ou falência de múltiplos órgãos.
4.Cobrar pela emissão da DO.
Quando emitir

• 1. Em todos os óbitos (naturais ou violentos).


• 2. Quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento,
independentemente da duração da gestação, do peso do recém-
nascido e do tempo que tenha permanecido vivo.
• 3. No óbito fetal, se a gestação teve duração igual ou superior a 20
semanas, ou o feto com peso igual ou superior a 500 gramas, ou
estatura igual ou superior a 25 centímetros.
Quando não emitir

Óbito fetal, com gestação de menos de 20 semanas, ou peso menor


que 500 gramas (ABORTO), ou estatura menor que 25 centímetros.
Óbito, quando declarar

sim sim sim médico assistente


foi causa a causa está bem
foi assistido? ou substituto
natural? definida?
fornece

não não não

Causa Externa:
encaminhar ao
Serviço de Verificação de Óbito
IML
Regulamentação Específica - PMMB

Os médicos do Programa Mais Médicos são regulamentados


por legislação específica (Lei 12.871, de 22 de outubro de
2013)
Lei 12.871, de 22 de outubro de
2013
Art. 16. O médico intercambista exercerá a Medicina exclusivamente no âmbito das
atividades de ensino, pesquisa e extensão do Projeto Mais Médicos para o Brasil,
dispensada, para tal fim, nos 3 (três) primeiros anos de participação, a revalidação
de seu diploma nos termos do § 2o do art. 48 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro
de 1996.
•§ 2º A participação do médico intercambista no Projeto Mais Médicos para o
Brasil, atestada pela coordenação do Projeto, é condição necessária e suficiente
para o exercício da Medicina no âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil, não
sendo aplicável o art. 17 da Lei no 3.268, de 30 de setembro de 1957.
Lei 12.871, de 22 de outubro de
2013
•§ 3º O Ministério da Saúde emitirá número de registro único para cada médico
intercambista participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil e a respectiva
carteira de identificação, que o habilitará para o exercício da Medicina nos termos
do § 2o.
•§ 4º A coordenação do Projeto comunicará ao Conselho Regional de Medicina
(CRM) que jurisdicionar na área de atuação a relação de médicos intercambistas
participantes do Projeto Mais Médicos para o Brasil e os respectivos números de
registro único.
•§ 5º O médico intercambista estará sujeito à fiscalização pelo CRM.
Organização da Profissão

Organizações:
•Conselhos;

•Sindicatos;

•Associações:

As sociedades de especialistas

As associações médicas
Aspectos ético legais da prática
multiprofissional
• O trabalho em equipe é um dos pilares do trabalho na ESF e na APS dia.
Não existe um código de ética multiprofissional e invariavelmente ocorre
conflitos pelas diferentes visões de cada profissão e de cada profissional
diante de dilemas éticos
Dalla MDB, Lopes JMC. Ética na Atenção Primária à Saúde. In Tratado de medicina de Família e Comunidade, 2012
• Características do trabalho em equipe: cooperação, colaboração e divisão
de responsabilidades.
• No trabalho em equipe, os resultados obtidos são maiores do que a soma
dos resultados individuais, aumentando a eficácia e a eficiência do
atendimento prestado à população.

Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiprofissional
"Então, um trabalho de equipe é você fazer as suas atividades, mas
estar sempre consultando e interagindo com os outros profissionais
para o bem-estar da comunidade, da população". (dentista)

"Para trabalhar em equipe é necessário ter um objetivo comum, estar


disposto a fazer sua parte bem-feita em prol desse objetivo, e um
pouco de humildade para reconhecer que você não sabe tudo, que
não vai resolver tudo sozinho, gostar de colaborar". (médica)

Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiprofissional
• "Eu acho que eles veem meu trabalho na boa. Eventualmente a gente
discute, a gente diverge de alguma coisa, mas aceito as críticas, aceito as
sugestões, e a gente sempre chega a um acordo". (médica)
• "Pelo menos eu já deixei eles bem à vontade para falar sobre isso. Em
reuniões de equipe eu falo: gente, se tiver alguma coisa que, assim, eu
esteja fazendo, a maneira de eu trabalhar não tiver legal para vocês, não
tiver interagindo com vocês, vocês podem falar. A gente pode sentar,
discutir e ver como a gente pode resolver isso". (auxiliar de consultório
dentário)

Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiprofissional
"O meu contato maior realmente é com a enfermeira. A gente divide bastante as livres demandas. Ela,
às vezes, absorve, ela atende, me chama e fazemos interconsulta. Oriento, prescrevo e quando tem um
caso que ela pode resolver ela resolve […]. A gente divide o pré-natal. Cada mês é com uma, sendo que
no final eu fico atendendo. A gente divide a puericultura, cada uma alterna as consultas". (médica)

"Se tiver alguma necessidade que eu venha precisar do médico estar avaliando, eu faço uma
interconsulta com a minha médica. A gente trabalha muito bem assim nesta parceria de interconsulta.
Porque ela não tem como absorver todas essas famílias. Se você for contar por baixo são quatro mil e
quinhentas famílias. Eu acredito que tenha muito mais. Hoje eu tento abrir minha agenda para algumas
crianças, que seria mais o caso de pediatria, mas eu estou atendendo, solicito os exames, faço
interconsulta com a médica para todos terem direito e acesso à saúde". (enfermeira)

Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
BIBLIOGRAFIA

1. Código de ética médica: resolução CFM nº 1.931, de 17 de


setembro de 2009 (versão de bolso) / Conselho Federal de Medicina –
Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2010.
2. Brasil. Ministério da Saúde. A declaração de óbito: documento
necessário e importante / Ministério da Saúde, Conselho Federal de
Medicina, Centro Brasileiro de Classificação de Doenças. – 3. ed. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
3. Atestado de óbito: aspectos médicos, estatísticos, éticos e
jurídicos. / Coordenação de Ruy Laurenti e Maria Helena P. de Mello
Jorge. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São
Paulo, 2015.
BIBLIOGRAFIA

4. Dalla MDB, Lopes JMC. Ética na Atenção Primária à Saúde. In


Tratado de medicina de Família e Comunidade, 2012.
5. Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na
academia de saúde: estudo sobre as formas de trabalho. Interface
(Botucatu) 2013
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