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Instituto Médio Politécnico e Profissionalizante

Tema: Relação dos técnicos de medicina com pacientes e familiares

Disciplina: Deontologia e Ética Profissional

Discentes:

Adelina Alberto Matusse

Carla José fulane

Suraya Raissa Laina

Docente: Julião Faifetine

Maputo, Abril de 2022


Instituto Médio Politécnico e Profissionalizante

Curso Medicina Geral

Tema:

Relação dos técnicos de medicina com pacientes e familiares

Deontologia e Ética Profissional

1º Semestre

Discentes:

Adelina Alberto Matusse

Carla José fulane

Suraya Raissa Laina


Índice
Introdução...................................................................................................................................................2
Relação dos técnicos de Medicina com Pacientes e Familiares...................................................................3
A relação Medico e Paciente.......................................................................................................................3
A relação por parte do médico:....................................................................................................................3
A relação por parte do paciente...................................................................................................................4
Os direitos do paciente................................................................................................................................4
7. A Equidade em relação ao técnico medico e Paciente..........................................................................13
8. A discriminação em relação ao técnico de medicina e paciente e familiares.........................................14
Referencias Bibliográficas..........................................................................................................................16
Introdução
Neste presente trabalho iremos abordar acerca da relação existente entre o técnico de medicina e
o paciente, dizer que paciente é uma pessoa que esta sendo cuidado por um médico/ enfermeiro
psicólogo etc. Provavelmente, a relação medico-paciente surgiu juntamente com a medicina
hipocrática, cuja meta era o puro benefício humano, tendo vista a pessoa e não simplesmente a
doença. Desta feita iremos abordar também acerca do melhoramento da relação técnico medico e
paciente, da confiança, da discriminação e da equidade em relação ao mesmo, dentre outros e
vários subtemas.

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Relação dos técnicos de Medicina com Pacientes e Familiares
Medicina é uma das muitas áreas de conhecimento ligado a manutenção e restauração , esta tem
como escopo a prevenção e cura das doenças humanas e animais, num contexto medico.

O técnico de medicina é o profissional que participa de todo processo, que ocorre entre
Médicos e Pacientes, desta forma podemos considerar como uma peca essencial para que tudo
funcione da melhor maneira possível, principalmente o transporte das informações

A relação Medico e Paciente é uma interacção que envolve confiança e responsabilidade, e tem
como características o compromisso e deveres de ambas partes, permeados pela sinceridade e
pelo amor sem esta interacção verdadeira, não existe medicina, desta feita relação de espectativa
e esperanças mútua, o doente espera alivio e se possível cura, o terapeuta espera reconhecimento
do seu paciente, verificação do seu poder de reparação ou adequação de seus pontos de vista.

1- E para que esta relação apresente melhorias existem alguns pressupostos que passo a
citar:

A relação por parte do médico:


 Prestar um atendimento mas adequado para a sociedade, marcado pelo bom
relacionamento pessoal e pela dedicação de tempo e atenção necessária.
 Saber ouvir o paciente, esclarecendo dúvidas e compreendendo suas expectativas, com
registo adequado de todas as informações no prontuário.
 Explicar detalhadamente, de forma simples e objectiva, o diagnóstico e o tratamento para
que o paciente entenda claramente a doença, os benefícios do tratamento e também as
possíveis complicações e prognósticos.
 Após o devido esclarecimento, deixar que o paciente escolha o tratamento sempre que
existir mais de uma alternativa. Ao prescrever medicamentos, dar a opção do genérico,
sempre que possível.
 Ter consciência dos limites da Medicina e falar a verdade para o paciente diante da
inexistência ou pouca eficácia de um tratamento.
 Estar disponível nas situações de urgência, sabendo que essa disponibilidade requer
administração flexível das actividades.

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 Indicar o paciente a outro médico sempre que o tratamento exigir conhecimentos que não
sejam de sua especialidade ou capacidade, ou quando ocorrer problemas que
comprometam a relação médico-paciente.
 Prestar informações sobre condições precárias de trabalho e de remuneração e
participando dos movimentos e acções colectivas.

A relação por parte do paciente:

 O médico como qualquer outro ser humano, tem virtudes e defeitos, observando que o
trabalho médico é uma actividade naturalmente desgastante.
 Considerar cada médico principalmente por suas qualidades, lembrando que em todas as
áreas existem bons e maus profissionais. Ter claro que o julgamento de toda a classe
médica por conta de um mau médico não faz sentido.
 Não exigir o impossível do médico, que só pode oferecer o que a ciência e a Medicina
desenvolver, jamais culpar o médico pela doença.
 Respeitar a autonomia profissional e os limites de actuação do médico, o medico não
pode ser responsabilizado, por exemplo, por todas as falhas dos serviços de saúde.
 Não exigir dos médicos exames e medicamentos desnecessários, lembrando que o
sucesso do tratamento está muito mais na relação de confiança que se pode estabelecer
com o médico.
 Seguir as prescrições médicas (recomendações, dosagens, horários etc.) e evitar a
automedicação.
 Ter consciência dos seus direitos (tratados a seguir).

Os direitos do paciente

O abandono do paciente
- Depois de ter iniciado o tratamento o médico não pode abandonar o paciente, a não ser
que ocorrido fatos que comprometam a relação médico-paciente e o desempenho
profissional e desde que seja na assistência prestada.

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Acompanhante

- O paciente tem o direito de ser acompanhado por pessoa por ele indicada, se assim
desejar, nas consultas, internações, exames pré-natais e no momento do parto, receber do
profissional adequado, presente no local, auxílio imediato e oportuno para a melhoria do
conforto e bem-estar.

No caso do paciente pedir alta


- O médico pode negar-se a conceder alta a paciente sob seus cuidados quando
considerar que isso pode acarretar-lhe risco de vida. Se o paciente ou familiares
decidirem pela alta sem parecer favorável do médico, devem responsabilizar-se por
escrito. Nesse caso, o médico tem o direito de passar o caso para outro profissional
indicado ou aceito pelo paciente ou família.

Atendimento digno do paciente

O paciente tem direito a um atendimento digno, atencioso e respeitoso, sendo identificado e


tratado pelo nome ou sobrenome. O paciente não pode ser identificado ou tratado por números,
códigos, ou de modo genérico, desrespeitoso ou preconceituoso.

Autonomia

Consentir ou recusar, de forma livre, voluntária e esclarecida, com adequada informação,


procedimentos diagnósticos ou terapêuticos a serem neles realizados.

Criança

A criança, ao ser internada, terá em seu prontuário a relação das pessoas que poderão
acompanhá-la integralmente durante o período de internação.

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Gravação

O paciente tem o direito de gravar a consulta, caso tenha dificuldade em assimilar as informações
necessárias para seguir determinado tratamento.

Identificação

Poder identificar as pessoas responsáveis directa e indirectamente por sua assistência, por meio
de crachás visíveis, legíveis e que contenham o nome completo, a função e o cargo do
profissional, assim como o nome da instituição.

Informação

O paciente deve receber informações claras, objectivas e compreensíveis sobre hipóteses


diagnósticas; diagnósticos realizados; exames solicitados; acções terapêuticas, riscos, benefícios
e inconvenientes das medidas propostas e duração prevista do tratamento. No caso de
procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos, deve ser informado sobre a necessidade ou
não de anestesia; o tipo de anestesia a ser aplicada; o instrumental a ser utilizado; as partes do
corpo afectadas; os efeitos colaterais; os riscos e as consequências indesejáveis e a duração
esperada do procedimento; os exames e as condutas a que será submetido; a finalidade dos
materiais coletados para exame; as alternativas de diagnósticos e terapêuticas existentes, no
serviço onde está sendo realizado o atendimento ou em outros serviços, além do que mais julgar
necessário.

Medicação

Ter anotado no prontuário, principalmente se estiver inconsciente durante o atendimento, todas


as medicações, com dosagens utilizadas; e registro da quantidade de sangue recebida e dos dados
que permitam identificar a sua origem, sorologias efetuadas e prazo de validade.

Morte

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O paciente tem o direito de optar pelo local de morte (conforme Lei Estadual válida para os
hospitais do Estado de São Paulo).

Pesquisa

Ser prévia e expressamente informado, quando o tratamento proposto for experimental ou fizer
parte de pesquisa, que deve seguir rigorosamente as normas regulamentadoras de experimentos
com seres humanos no país e ser aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do hospital
ou instituição.

Prontuário

Ter acesso, a qualquer momento, ao seu prontuário médico, recebendo por escrito o diagnóstico
e o tratamento indicado, com a identificação do nome do profissional e o número de registro no
órgão de regulamentação e controle da profissão.

Receituário

Receber as receitas com o nome genérico dos medicamentos prescritos, datilografadas ou em


letra legível, sem a utilização de códigos ou abreviaturas, com o nome, assinatura do profissional
e número de registro no órgão de controle e regulamentação da profissão.

Recusa

O paciente pode desejar não ser informado do seu estado de saúde, devendo indicar quem deve
receber a informação em seu lugar.

Respeito

Ter assegurado, durante as consultas, internações, procedimentos diagnósticos e terapêuticos, a


satisfação de necessidades, a integridade física, a privacidade, a individualidade, o respeito aos
valores éticos e culturais, a confidencialidade de toda e qualquer informação pessoal, e a

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segurança do procedimento; ter um local digno e adequado para o atendimento; receber ou
recusar assistência moral, psicológica, social ou religiosa.

Sangue

Conhecer a procedência do sangue e dos hemoderivados e poder verificar, antes de recebê-los,


os carimbos que atestaram origem, sorologias efetuadas e prazo de validade.

Segunda opinião Direito de procurar uma segunda opinião ou parecer de um outro médico sobre
o seu estado de saúde.

Sigilo

Ter resguardado o segredo sobre dados pessoais, por meio da manutenção do sigilo profissional,
desde que não acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública.

3. Os direitos do médico

 Exercer a Medicina sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo,
nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou de qualquer
outra natureza.
 Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas reconhecidamente
aceitas e respeitando as normas legais vigentes no país.
 Apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições em que trabalhe, quando as
julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais ao paciente, devendo dirigir-se,
nesses casos, aos órgãos competentes e, obrigatoriamente, à Comissão de Ética e ao
Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição.
 Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições
de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar o paciente.
 Suspender suas actividades, individual ou colectivamente, quando a instituição pública
ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições mínimas para o exercício
profissional ou não o remunerar condignamente, ressalvadas as situações de urgência e
emergência, devendo comunicar imediatamente sua decisão ao Conselho Regional de
Medicina.

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 Internar e assistir seus pacientes em hospitais privados com ou sem caráter filantrópico,
ainda que não faça parte do seu corpo clínico, respeitadas as normas técnicas da
instituição.
 Requerer desagravo público ao Conselho Regional de Medicina quando atingido no
exercício de sua profissão.
 Dedicar ao paciente, quando trabalhar com relação de emprego, o tempo que sua
experiência e capacidade profissional recomendarem para o desempenho de sua
actividade, evitando que o acúmulo de encargos ou de consultas prejudique o paciente.
 Recusar a realização de actos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários
aos ditames de sua consciência.

4. Prontuário médico e consentimento do paciente

Esses dois instrumentos são fundamentais para assegurar a boa relação entre médico e paciente:
o prontuário médico e o termo de consentimento livre e esclarecido do paciente:

a) Prontuário

O prontuário deve conter, de forma legível, identificação do paciente, evolução médica


diária (no caso de internação), evoluções de enfermagem e de outros profissionais
assistente, exames laboratoriais, radiológicos e outros, médico, hipóteses diagnósticas e
diagnóstico definitivo; conduta terapêutica, prescrições médicas, descrições cirúrgicas,
fichas anestésicas, resumo de alta, fichas de atendimento de urgência, folhas de
observação médica e boletins médicos.

O prontuário deve ser guardado por um período de pelo menos dez anos podendo, no
final desse tempo, ser armazenado em qualquer meio que possibilite sua reconstituição.
O paciente tem direito de acesso ao prontuário, sem o consentimento do paciente, o
médico não poderá revelar o conteúdo de prontuário ou ficha médica, a não ser por dever
legal. Se o pedido for feito pelos familiares, será necessária a autorização expressa do
paciente.

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No caso de óbito, o paciente deverá revelar o diagnóstico, o procedimento do médico e a
causa de morte. Para sua eventual defesa judicial, o médico poderá apresentar o
prontuário médico à autoridade competente.

b)Consentimento livre e esclarecido

O médico tem o dever de informar ao paciente sobre os riscos do ato médico, dos procedimentos
e das consequências dos medicamentos que forem prescrito, o consentimento livre e esclarecido
tem como finalidade formalizar ou documentar o médico e o paciente sobre as consequências e
os riscos do ato médico. Pode ser realizado verbalmente, transcrito no prontuário ou simplificado
a termo em um documento, não exclui nenhuma responsabilidade do médico e não tem valor
para evitar possível pedido de indemnização futura. Deve ser apresentado em linguagem
acessível e simples e, após o entendimento, pode ser assinado pelo paciente e pelo médico, se a
opção for pelo documento escrito.

Não existe modelo de termo de consentimento, que deve ser elaborado pelas instituições de
saúde, submetido à avaliação da Comissão de Ética Médica e, quando necessário, ao próprio
Conselho Regional de Medicina.

5. Problemas no atendimento médico

Existe um compromisso muito especial assumido entre o médico e o paciente, indepe


endente da condição de profissional liberal, autónomo, ou prestador de serviços de um
plano de saúde, hospital ou serviço público. O médico compromete-se a oferecer ao
paciente o melhor conhecimento, considerando que, a seu alcance, existam os recursos
necessários para diagnóstico e tratamento.
A Medicina, por lidar com o bem mais precioso, que é a vida, muitas vezes gera
expectativa de resultados infalíveis de tratamento e cura. Mas a prática médica, como
qualquer actividade humana, está sujeita a erros, obstáculos e dificuldades que muitas
vezes são imprevisíveis e incontroláveis.

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Alguns problemas no atendimento médico podem eventualmente resultar em danos à
vida ou à saúde do paciente, seja pela acção ou pela omissão do médico. Quando
ocorrem, esses problemas acontecem em situações específicas, caracterizadas por
imperícia, imprudência ou negligência.
Na imperícia, o médico pode cometer algum equívoco por desconhecimento,
inexperiência, falta de habilidade ou de observação às normas técnicas. A imprudência,
no exercício da Medicina, é caracterizada quando o profissional descuida, pratica uma
acção sem a devida cautela, por esquecimento, às pressas ou de forma precipitada.
A acção por omissão, com desleixo ou falta de cuidado, como a não prescrição correta,
ou assistência inadequada ao paciente, é identificada como negligência do profissional.
Essas situações que podem dar origem a processo disciplinar nos Conselhos de Medicina
não podem ser confundidas com procedimentos que fogem ao controle do médico.

6.Confiança entre técnico medico e paciente

A relação entre ambos é uma relação bilateral, ou seja, um precisa do outro. O médico
para ter sucesso em sua profissão e nos protocolos terapêuticos estabelecidos, é preciso
que o paciente não apenas tome os medicamentos correctos, mas também conte tudo o
que sabe e sente. E o paciente para obter sucesso em seus tratamentos, precisa ouvir
conselhos e instruções médicas. Porém, em ambos casos, isso só acontece quando há
confiança na relação médica e paciente.

Além disso, o próprio paciente, quando ouvido e acaba sentindo confiança no profissional, pode
dar dicas e pistas sobre a sua vida que podem colaborar não apenas para o diagnóstico do
problema actual, mas também para evitar o desenvolvimento de novas doenças ou até que ela
transmita algo a sua família.

Outro factor que implica fortemente nesta relação é de que é comum que os pacientes
apresentem mecanismos psicológicos de defesa na hora da consulta. Isso acontece por várias
razões e é um tema que não deve passar despercebido, pois está directamente relacionado ao
sucesso do tratamento.

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O que evitar no relacionamento médico-paciente?

Comportamentos desequilibrados e inadequados sempre vão causar resultados negativos que


podem comprometer a saúde financeira, emocional da empresa.

Para evitar esse tipo de problema, os profissionais envolvidos devem saber separar os dois
ambientes – separando também os dois relacionamentos (profissional/pessoal).

Como melhorar essa relação de confiança?

A correria do dia-a-dia e a necessidade do médico em “bater metas”  tende a deixar as consultas


superficiais e outros tipos de contacto entre médico-paciente. Infelizmente, esse é um
acontecimento que se tornou comum.

Para reverter esse erro, é importante que o profissional não trate o paciente como mais um
número, mas dê a devida atenção que ele merece, afinal, estamos falando de uma vida que
precisa de cuidados. Por isso, algumas clínicas e hospitais estão adoptando o atendimento
humanizado. O atendimento humanizado consiste em algumas etapas: Primeiramente, para que
esse atendimento seja de qualidade, é imprescindível que a equipe esteja capacitada, para melhor
atender a todos os pacientes. Por isso, é importante que o médico converse com sua equipe e
estabeleça uma relação estreita, regularmente. O trabalho da equipe de recepção e atendimento é
de extrema importância. 

a) A consulta

Muitas vezes, um paciente chega ao consultório depois de passar por muitas outras consultas
com outros profissionais que o trataram de maneira fria ou indiferente. Isso exige
responsabilidade do profissional tornando todo atendimento individualizado e com uma maior
cautela.

b)Ouça o paciente

Algumas vezes, o médico conseguirá identificar certos problemas do paciente só pelo modo
como ele se encontra emocionalmente, o que, muitas vezes, os exames não conseguem
identificar. Isso pode até parecer algo insignificante, mas, para os pacientes, essa demonstração
de afecto e atenção faz muita diferença, principalmente para aqueles que estão enfrentando

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tratamentos mais complexos. Muitos pacientes irão contar toda a sua história de vida e, mesmo
assim, é importante demonstrar interesse e cuidado com a situação, mesmo quando for
necessário dizer para que o paciente seja mais específico.

c) Objectividade durante a consulta

O médico deve ser claro e objectivo quando estiver conversando com o paciente. Mesmo que
algumas notícias sejam difíceis de contar, é essencial que o profissional mantenha uma conversa
directa sobre qualquer assunto. Além disso, o médico deve sempre explicar os termos médicos a
que se refere, pois, muitas vezes, o paciente precisa de uma orientação mais clara. Informações
muito específicas, ou mesmo o próprio funcionamento do organismo, podem ser algo distante do
conhecimento dos pacientes.

d) A Confiança e respeito

É fundamental que o paciente saia do consultório se sentindo um pouco mais aliviado de que
chegou. Mesmo que ele não tenha ouvido exactamente o que esperava, é importante que o
médico ofereça segurança ao paciente, mostrando alguma saída para o seu problema.

7. A Equidade em relação ao técnico medico e Paciente


Em termos gerais podemos assumir que a equidade é a adaptação da regra existente observando
critérios de justiça, isto é a equidade é o enquadramento do que é justo numa acção em concreto
de modo a beneficiar as partes sem que haja injustiça.

Na área da saúde para se atingir a equidade e importante um acesso aos cuidados de saúde mais
justo e desenvolver medidas de redução das desigualdades de saúde nas diferentes classes
socioeconómicas, no sistema de saúde equitativo as pessoas de classes mais desfavorecidas
devem receber mais cuidados de saúde de acordo com as suas necessidades. Este e uma valor de
justiça distributiva e representa as desigualdades dos cuidados de saúde injustas e evitáveis.

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A equidade nos cuidados de saúde comtempla três noções: a igualdade de acesso aos cuidados
disponíveis para igual necessidades depende de direitos iguais para serviços disponíveis para
todos sendo necessário uma justa distribuição para todo o pais tendo em conta a necessidades de
cuidados de saúde e a redução de barreiras de acesso.

A equidade nos sistemas de saúde e um valor e um sustentáculo importante para promover a


saúde para todos nas sociedades. Infelizmente continua a persistir diferenças no nível de saúde
nas classes sociais e torna-se perda que as classes mais desfavorecidas que tem maior
necessidade em ter um sistema de saúde justo, são aquelas que apesentam maior dificuldade em
aceder aos cuidados de saúde, Os migrantes são um dos grupos mais desfavorecidos da
sociedade em que estão sujeitos a diversas formas de descriminação nos países de destino, no
acesso a saúde e cuidados de saúde.

8. A discriminação em relação ao técnico de medicina e paciente e familiares


DISCRIMINAÇÃO POSITIVA E NEGATIVA

O termo "discriminar" significa estabelecer diferença, distinguir, separar, extremar. A ideia de


discriminação está ligada às noções de igualdade ou economia, e deve sempre ser analisada
juntamente com a finalidade do discrímen. A natureza física do homem, ora débil, ora forte, a
estrutura psicológica humana, ora dominante, ora submissa, e as próprias estruturas políticas e
sociais, dentre outros factores, fazem com que, às vezes, seja necessário ao ordenamento jurídico
impor normas que equacionadas façam desaparecer essas desigualdades. Quando isso ocorre diz-
se que a discriminação é justa e portanto constitucional ou legal, conforme sua previsão. Por
outro lado, as discriminações não-autorizadas e que ferem os direitos e garantias dos cidadãos,
colocando-os em pé de desigualdade com relação a outros, são injustas. Dá-se discriminação
positiva quando se conferem vantagens adicionais a determinada pessoa ou grupo de pessoas,
vantagens essas não-autorizadas. Em contrapartida, a discriminação negativa é aquela que coloca
um indivíduo em situação de desvantagem com relação aos outros. A discriminação positiva
pode ser justa ou injusta.

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Conclusão

Neste presente, concluímos que entre a relação técnico medicina e paciente e familiar é uma
interacção que envolve confiança e responsabilidade e caracteriza-se pelos compromissos e
deveres de ambos os atores, permeados pela sinceridade pelo amor, sem essa interacção
verdadeira, não existe medicina. Contudo o técnico medico-paciente deve ter uma relação de
confiança, respeito e comporta-se com ética e empatia, o alvo de toda a atenção do médico e a
saúde do ser humano, em benefício do qual devera agir com o máximo de zelo e o melhor da sua
capacidade profissional.

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Referencias Bibliográficas

Código de ética médica; iniciação a bioética (conselho federal de medicina);erro medico


(Geraldo, José); Direitos do paciente (fórum de patologias);Manual de orientação ética e
disciplinar (Conselho regional de medicina);Relação medico-paciente (Conselho regional de
medicina); O médico e seus direitos (Beatriz Fernandes)

FERREIRA,A,B,H.Novo dicionário da língua portuguessa.2 edição;

BOTTALLO, Marcelo; os direitos da personalidade e constituição.

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