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SEMINIÁRIO PREPARATÓRIO

INICIAL

TMG:2015/2017
Gerito AUGUSTO, PhD
Telf: 824624480 /848700094
geritoaugusto@hotmail.com
AULA 1
 Objectivos de Aprendizagem
 Até ao fim da aula os estudantes devem ser
capazes de:
 1. Identificar os órgãos componentes do Sistema
Nacional de Saúde, quanto às suas Direcções,
Departamentos, Repartições e Programas ao nível
nacional, provincial e distrital.
 2. Explicar as finalidades dos órgãos da estrutura
organizacional do Sistema Nacional de Saúde.
Bibliografia

 • Cumbi A, Langa F; MISAU. Revisão das


Unidades de Atendimento nível primário e
secundário. Uma avaliação da organização dos
serviços, do tempo médio de atendimento e dos
indicadores de carga de trabalho. Maputo: 2010.
 • Governo de Moçambique, MISAU. Diploma
Ministerial 127/2002. Maputo: 28 Dezembro 2001.
 • Gulube, LL. Organização da Rede Sanitária
Colonial no Sul do Save (1960-1974) Maputo:
Promédia; 2003.
Cont1.
 • King, MH. Cuidados médicos em países em
desenvolvimento (Medical care in developing
countries: a primer on the medicine of poverty
and a symposium from Makerere, Nairobi).
London: Oxford U.P; 1996.
 • McConnell J. Descalço nunca mais (Barefoot No
More). The Lancet. 1993; 341 (8855): 1275.
Cont2.

 • Moçambique, República Popular. Constituição


da República Popular de Moçambique (1975).
Principal Legislação publicada na República
Popular de Moçambique. Maputo: Ministério da
Justiça; 1977.
Cont3.
 Morley, D. Prioridades pediatricas nos países em
desenvolvimento (Paediatric Priorities in The
Developing World ). London: Butterworths; 1974.
 • Noormahomed, AR, Segall, M; OMS. O setor de
saúde em Moçambique: Uma estratégia pós-
guerra para a reabilitação e o desenvolvimento
contínuo (Public Health Sector in Mozambique: A
post- war strategy for rehabilitation and sustained
development). Geneva: 1993.
Cont4.
 OMS. Constituição da OMS (World Health
Organization Constitution). Geneva: 1948.
 • Relatório Mundial de Saúde. Cuidado primário
agora mais que nunca (Primary health care now
more than ever). Geneva: 2008.
 • Toman, K; OMS. Casos de tuberculose e
quimoterapia: perguntas e respostas
(Tuberculosis case-finding and chemotherapy:
questions and answers). 1979.
Cont5.
 • Walt G, Cliff J. As dinâmicas das políticas de
saúde de Moçambique (The dynamics of health
policies in Mozambique). Health Policy and
Planning. 1986; 1(2): 148-157, 1975–85.
 • Werner, D. Onde não há medico (Where there
is no doctor). Hesperian Foundation: 1977.
Origem e Fundamentos do
Sistema Nacional
 Sistema Nacional de= Conjunto
de Saúde Saúde de
Orgaos que trabalham de forma interactiva
para o mesmo fim “Proporcionar Cuidados de
Saúde e Tratamento a Populacao”

 Criado em 1970 (fruto da situacao Politico-


militar da epoca)
 Permaneceu sem alteracoes durante 35 anos
ETAPAS DO S.N.S.

(I)ANTES DA INDEPENDENCIA

(II)DEPOIS DA INDEPENDENCIA

(III)EPOCA DA DECLARACAO DA
CONFERENCIA ALMA ATA (U.R.S.S.)
Cont1.
 (i)A situação antes da independência:
 Acesso limitado ao sistema de saúde colonial
 Acessíveis só à população de origem Europeia e
Asiática, largamente urbanizada, e/ou à pequena
minoria de população Africana com alguma
capacidade económica (assimilados).
 O acesso à saúde da população indígena
(Moçambicana) largamente rural, era limitado aos
hospitais missionários, em número reduzido e mal
distribuídos,
Cont2.
 (ii)Depois da independência:
 Logo após a independência (1975), com a Lei
das Nacionalizações dos Serviços de Saúde,
Educação e Habitação e outras medidas
tomadas pelo Governo de Moçambique

 Maioria dos funcionários coloniais abandonou o


País; entre eles, muitos técnicos e funcionários
com nível de educação médio ou superior
Cont3.

 No sector de saúde, só ficaram cerca de 60


médicos (eram menos de 300 para 8 milhões
de habitantes em 1974).

 A crise deixou Moçambique quase sem


pessoal de saúde, mas deu a possibilidade aos
novos líderes do País de conceber e
estabelecer um SNS completamente original.
Cont4.

 (iii) Conferência de Alma Ata, cidade da


então União Soviética (1978)
 Nova visão, o modelo
enfermidade/tratamento, baseado sobre o
conceito de doença como disfunção do
organismo humano foi substituído por um
modelo holístico de saúde que tinha em
conta o contexto familiar e social dos
indivíduos.
 Atrás deste conceito estava a
definição de saúde como “um
estado de bem-estar físico,
mental e social, e não
meramente ausência de doença
ou enfermidade”
 Declaração de Alma Ata. As estratégias de
saúde aprovadas resumiam-se na abordagem
multi-sectorial, tecnologia apropriada,
actividades de promoção de saúde,
participação comunitária, e descentralização.
 Identificadas como prioridades programáticas a
NUTRIÇÃO apropriada, ÁGUA e
SANEAMENTO, SAÚDE MATERNO-INFANTIL,
PLANEAMENTO FAMILIAR, IMUNIZAÇÃO,
PREVENÇÃO E CONTROLE DAS DOENÇAS
endémicas, educação para saúde, tratamento
apropriado das doenças mais comuns e
disponibilidade dos medicamentos essenciais.
O MISAU/SNS após a
independência
 Com efeito da independência, a mudança de
regime político, a ausência de organizações
profissionais empenhadas em manter as suas
posições de influência (sobretudo pelo
abandono em massa dos médicos coloniais),
permitiram (recomeçar da estaca “0”)
 SNS gratuito e universal e centralismo
democrático.
 Num sistema de saúde gratuito e
universal, todos têm direito a
cuidados de saúde adequados,
com base nos recursos do país,
independentemente da afiliação,
raça, religião, classe social,
capacidade económica e género.
 Um sistema de saúde universalista é financiado
através dos impostos públicos gerais e não por
meio de sistemas de seguros ou pelo pagamento
directo da prestação dos serviços
 Nos anos que seguiram a independência, o
sistema promoveu a equidade e aumentou o
acesso à saúde: por exemplo, através da
expansão nas zonas rurais do sistema de saúde e
do programa alargado de vacinação (PAV).
Organização dos Órgãos do MISAU/
SNS: Direcções, Departamentos e
 O MISAU, encabeçado pelo Ministro da Saúde,
Programas
coadjuvado por um Vice-Ministro e um Secretário
Permanente, está baseado em 5 Direcções
Nacionais:
 1. Planificação e Cooperação (DNPC),
 2. Administração e Gestão (DNAG),
 3. Assistência Médica (DNAM)
 4. Saúde Pública (DNSP)
 5. Recursos Humanos (DNRH),
 Cada Direcção Nacional está
dividida em departamentos.
 Cada departamento está
organizado em Repartições
 O organograma do MISAU está
actualmente em fase de
reorganização.
Direcção Nacional de
Planificação e Cooperação
(DNPC)1
 Departamentos: Objectivos:
 • Produzir os planos de actividades gerais do
sector de saúde.
 • Monitorizar/avaliar a sua actuação e
coordenar também os ciclos de planificação
dos outros sectores e subsectores do MISAU
(direcções provinciais e distritais, outras
direcções nacionais) e do SNS.
Funções:
 • Recolher e analisar mensalmente a informação
relativa às actividades produzidas pelo sistema
de saúde, a partir de todas as Unidades Sanitárias
(US); - a informação das US é recolhida pelos
Serviços Distritais de Saúde

 SDSMAS), conferida e enviada às Direcções


Provinciais que, por sua vez, a analisam,
sintetizam e enviam à DNPC.
 Assegurar que os planos das actividades avaliadas
estão em conformidade com a política do Governo.
 • Trabalhar em coordenação com a DNAG em relação
aos limites orçamentais dos planos, a DNSP e DNAM,
(que respondem para o componente técnico das
actividades do MISAU e para os programas de
actividades prioritários) para assegurar que os planos
são realísticos em relação aos recursos humanos de
saúde.
 • Dialogar com as agências de cooperação
internacional, coordenar a acção destas e recolher a
informação necessária sobre o seu desempenho.
Direcção (Nacional) de
Administração e Gestão (DAG)
 Departamentos: Finanças, Administração,
Logística e Manutenção.
 Objectivos:
 • Proporcionar os recursos financeiros
necessários para as actividades do MISAU/SNS,
equacionando os planos do Governo com os
recursos disponíveis.
 • Supervisionar aquisição e uso apropriado dos
bens do MISAU e do SNS.
Funções:
• Elaborar e apresentar os planos financeiros.
 • Alocar os fundos entre os diferentes utilizadores
e supervisionar a execução orçamental para o ano
financeiro corrente.
 • Administrar e gerir dos bens do MISAU/SNS.
 • Executar a compra de bens incluindo
equipamentos, através da Central de
Abastecimento e a gestão dos transportes.
 • Manter a infra-estrutura do SNS e planificar a
sua expansão.
 Coordenar com a DNPC e com o Ministério da
Finanças e o Ministério do Plano, a
implementação do novo sistema de
contabilidade administrativa (chamado e-
SISTAFE) para a descentralização do controlo
das despesas.
Direcção Nacional de
 Assistência
Departamentos: Médica
a direcção (DNAM) em
está organizada
duas áreas funcionais:
 • Desenvolvimento dos Cuidados Clínicos: o
Organização e Desenvolvimento da Rede Sanitária,
Cuidados de Saúde, Meios Auxiliares de Diagnóstico
(com foco nos Laboratórios Clínicos, Raios X e
Anatomia Patológica, para aquisição de
equipamento, consumíveis, reagentes, manutenção).
 • Controlo de Qualidade: o Programas e Cuidados
Clínicos, Cuidados de Enfermagem
 • Finalmente, faz parte da DAM uma terceira
instituição: a Junta Médica, Exames Médicos e
Incapacidades, que trata de aspectos médico-
legais (incapacidades)
 Objectivos
 • Sobreintender à organização e ao
funcionamento das Unidades Sanitárias do País.
 Funções
 • Promover a integração entre os serviços de
saúde.
 Supervisionar as actividades médicas, cirúrgicas
e de enfermagem e aprovar os protocolos
clínicos de tratamento.
 • Propor novos modelos de organização dos
serviços de acordo com as necessidades de
saúde.
 • Gerir a aquisição, distribuição e uso de
medicamentos e o serviço de transfusões de
sangue (através de duas instituições
subordinadas: a Central de Medicamentos e
 Artigos Médicos – CMAM -, que opera na área
de aquisição e distribuição de medicamentos,
e o Serviço Nacional de Transfusão de Sangue
- SNTS).
 • Autorizar tratamento médico no exterior
com fundos públicos quando não houver
recursos apropriados no país.

Direcção (Nacional) de Saúde
Departamentos: Epidemiologia, Grandes Endemias,
da Materno-infantil.
Saúde Pública (DSP)
 Objectivos:
 • Promover o envolvimento activo dos cidadãos e das
comunidades para melhoria do seu estado de saúde.
 • Promover as medidas de prevenção e controle das
principais doenças endémicas e contagiosas do país.
 • Promover medidas de saúde específicas em prol dos
grupos prioritários da população (mulheres em idade
fértil, crianças, outros grupos vulneráveis).
Funções:

 • É responsável pelas actividades de


Mobilização Comunitária, Saúde Reprodutiva
e Saúde Infantil, Doenças Transmissíveis
(grandes endemias), Nutrição, Saúde Mental,
Doenças Crónicas não Infecciosas,
Epidemiologia.
 • Manter a vigilância epidemiológica no país,
o que significa produzir e manter a
informação relativa às principais doenças
epidémicas.
 Coordenar a resposta apropriada em termos de
medidas de prevenção e saúde pública (por ex.
no caso de epidemias de cólera, meningite).
 • Controlar doenças de particular relevância,
como tuberculose, malária, doenças de
transmissão sexual (DTS), lepra e de outras
doenças não contagiosas.
 •
 Gerir algumas componentes do Programa de
controlo do HIV/SIDA: prevenção da
transmissão vertical (de mãe para filho -
PTV); prevenção comunitária, que
compreendem informação, educação,
aconselhamento e testagem para HIV
enquadradas no Departamento de
Mobilização Comunitária.
Direcção (Nacional) de
Recursos Humanos (DRH)

 Departamentos: Administração do Pessoal


e Formação.

 Objectivos:
 • Planificação, administração e formação de
recursos humanos (RH) para saúde.
 •Funções:
Elaborar, monitorar e supervisionar os planos de RH
de saúde, sendo estes análise das necessidades,
distribuição, previsão de novos ingressos e custos,
tendo em conta as metas, finalidades e objectivos
gerais do sector público de saúde (DPC) e seus limites
orçamentais (DAG).
 • Responsável pela contratação, colocação,
pagamento salarial e outros benefícios, incluindo
segurança social, progressão na carreira, disciplina e
reforma dos funcionários de saúde.
 • Responsável pela coordenação e implementação de
formações iniciais e de formações contínuas do
pessoal
Direcções Provinciais de
Saúde (DPS)

 Existem 10 Direcções Provinciais de Saúde


(DPS), mais a Direcção de Saúde da Cidade de
Maputo que tem estatuto de DPS. A
organização do MISAU em Direcções
reflecte-se nas DPS, assim que as direcções
nacionais se tornam departamentos e os
departamentos do MISAU se tornam
“repartições
Serviços Distritais de
Saúde, Mulher e Acção Social

 Nas Direcções Distritais de Saúde (cujo nome


foi mudado recentemente em Serviços
Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social -
SDSMAS), os departamentos do nível
provincial têm o nível de “repartições”.
 •BLOCO 4:Nacional
O Sistema PONTOS-CHAVE
de Saúde é baseado em
particular o Universalismo e gratuidade na prestação
dos serviços de saúde e num sistema fortemente
centralizado de gestão técnica e administrativa da
República, baseado nos princípios do Centralismo
Democrático.
 • O MISAU está dividido em 5 Direcções Nacionais:
 o Planificação e Cooperação (DNPC),
 o Administração e Gestão (DNAG),
 o Assistência Médica (DNAM)
 o Saúde Pública (DNSP)
 o Recursos Humanos (DNRH),
AULA 2
 Objectivos de Aprendizagem
 Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
 . Descrever as características principais dos tipos de
Unidades Sanitárias do Sistema Nacional de Saúde,
quanto:
 a. Sua localização;
 b. Serviços prestados;
 c. Composição típica da equipa de saúde;
 d. Forma de participação dos Técnicos de Medicina:
 a. Hospitais Provinciais;
 b. Hospitais Rurais;
 c. Centro de Saúde;
Bibliografia
 • MISAU, Gabinete do Ministro Caracterização
técnica. Enunciado de funções específicas, critérios
e mecanismos para a classificação das instituições
do SNS, de Nível Primário: 28 de Dezembro 2001.
 • MISAU, Gabinete do Ministro Caracterização
técnica. Enunciado de funções específicas, critérios
e mecanismos para a classificação das instituições
do SNS, de Nível Secundário: 28 de Dezembro 2001.
 • MISAU, Gabinete do Ministro Caracterização
técnica. Enunciado de funções específicas, critérios
e mecanismos para a classificação das instituições
do SNS, de Nível terciário e Quaternário: 28 de
Dezembro 2001.
Unidade Sanitária.
 Entende-se com Unidade Sanitária (US) o
conjunto físico e funcional das infra-estruturas
onde se prestam cuidados de saúde. O conceito
de Unidade Sanitária do Sistema Nacional de
Saúde compreende desde os minúsculos
centros de saúde rurais de tipo II (com 2-3 locais
para o atendimento ao público) até os grandes
hospitais centrais do país (em Junho de 2010,
Maputo, Beira e Nampula).
Rede Sanitária.

 A rede sanitária é o conjunto das Unidades


Sanitárias
Nível da rede sanitária.

 Existem 4 níveis de atendimento de saúde.


No primeiro nível é prestada a esmagadora
maioria dos cuidados de saúde a população,
com maior ênfase para a prevenção,
promoção e educação de comportamentos
saudáveis
 Os níveis de intervenção acima do primário
são progressivamente mais diferenciados,
especializados e focados na componente
clínica.
Área de Saúde.

 Entende-se como área de saúde de uma US


a área que inclui a população sob
responsabilidade da US. O conceito de área
de saúde é particularmente relevante para
as US de nível primário.
Rede de saúde primária.

 A rede de saúde primária perfaz o total das


1221 unidades sanitárias (US) onde ocorre
ou deveria ocorrer o primeiro nível de
contacto dos indivíduos, das famílias e da
comunidade com o Sistema Nacional de
Saúde. Em geral, trata-se das unidades
sanitárias mais próximas aos locais onde as
pessoas vivem e trabalham
 As US de nível primário são classificadas como
Centros de Saúde (CS) rurais de tipo I (em número
de 43) e de tipo II (em número de 612), CS
urbanos de tipo A (25) e de tipo B (48) e C (31). O
nível de competências aumenta dos CS Rurais
tipo II para os CS Rurais tipo I e dos CS urbanos C
para os CS urbanos tipo A. Ainda, existem 362
postos de saúde (PS), que não têm atendimento
ao parto e oferecem só actividades ambulatórias
básicas.
 Os PS estão a ser ou promovidos para CS rural
tipo II ou integrados na rede dos postos
comunitários (que não faz parte do SNS).
Portanto, deveriam desaparecer.

 Todos os CS rurais têm uma sala de parto e um


pequeno sector de atendimento aos partos. Os
CS urbanos podem dispor ou não dispor do
serviço de maternidade.
Área de saúde
 . A área de saúde de uma US de nível primário
é constituída por um círculo com 1-4 km de
raio em ambiente urbano e 8 km em ambiente
rural e inclui a população sob responsabilidade
do Centro de Saúde (CS). Um círculo maior
com raio de 40-50 km é a área onde o Centro
de Saúde ainda recebe casos (geralmente
graves) e onde exerce actividades de saúde
através de brigadas móveis.
Actividades do nível
 Educação para a Saúde, inclusive educação nutricional e
primário
prevenção danutricionais;
de doenças rede de saúde
 • Saúde Materno-infantil e planeamento familiar
(SMI/PF) e Programa Alargado de Vacinações (PAV);
 • Promoção do saneamento do meio e vigilância e de
controlo da higiene do ambiente;
 • Prevenção e controlo das principais doenças
endémicas;
 • Diagnóstico clínico e tratamento das afecções
correntes; inclusive primeiros socorros e outros
cuidados de urgência aos traumatismos mais vulgares;
Actividades do nível primário
da rede de saúde
 Distribuição de medicamentos essenciais;
 • Referência para níveis superiores, dos
problemas de Saúde que não podem ser
resolvidos ao seu nível;
 • Recolha e tratamento de dados estatísticos,
epidemiológicos e demográficos de base e
elaboração de relatórios periódicos;
 • Supervisão aos níveis mais periféricos da Área
de Saúde (Aldeias e Localidades).
 A rede de saúde secundária compreende
Rede de saúde secundária
Hospitais Distritais (HD), Hospitais Rurais (HR) e
Hospitais Gerais (HG). Nos hospitais distritais não
se praticam intervenções cirúrgicas maiores.
 Os HR servem uma população mais numerosa do
que os hospitais distritais, possuem maior número
de camas, mais pessoal, e funcionam de
referência para as intervenções cirúrgicas do seu
distritos e de distritos vizinhos que não dispõem
de hospitais rurais
 Os hospitais gerais, em número muito limitado,
surgem em ambiente urbano.

 Tem papel no tratamento das urgências,


sobretudo cirúrgicas,

 “Os Hospitais de Nível Secundário proporcionam


um primeiro nível de referência para os doentes
que não encontram solução para os seus
problemas de saúde nos Centros de Saúde”.
As funções principais do
nível secundário são:
 Acolhimento e admissão de doentes enviados dos diversos
Centros de Saúde da sua zona de capacitação;
 • Prevenção, tratamento e controlo das principais doenças
endémicas;
 • Diagnóstico clínico, com apoio laboratorial de radiologia e
de outros exames complementares simples;
 • Prestação de cuidados de urgência aos traumatismos e
outras afecções;
 • Prestação de cuidados clínicos em regime de internamento
aos doentes que deles precisem;
 • Tratamento das principais afecções prevalecentes na zona;
Cont.
 Distribuição sob receita médica ou de outro
profissional da carreira de Medicina, de uma gama
alargada de medicamentos em instalações próprias
- Farmácia do Hospital;
 • Recolha e tratamento de dados estatísticos,
epidemiológicos, clínicos, de actividade, de
qualidade dos serviços prestados, de recursos e de
custos;
 • Supervisão e apoio logístico e técnico às acções de
saúde realizadas nos Centros de Saúde;
 • Referência para níveis superiores dos problemas
de saúde que não possam ser resolvidos ao seu
nível.
 Nível terciário e
Hospitais Provinciais (HP) e Centrais (HC)
quaternário
correspondem da rede aodenível
respectivamente saúde
terciário
e quaternário do SNS. Com efeito, deveriam
funcionar como hospitais de referências.
 Na realidade, muitos doentes ou por residirem em
zonas urbanas próximas aos HP e HC, ou por
confiarem mais no tratamento que se presta nos
grandes hospitais, procuram o seu primeiro
contacto com o SNS nestas mesmas US.
Hospitais Provinciais (HP).

 Existem 7 HP, (Lichinga, Pemba, Quelimane,


Tete, Chimoio, Inhambane e Xai-Xai); prevê-
se para este ano (2010) a abertura do HP de
Matola.
 A zona de captação dos Hospitais Provinciais
compreende populações entre 800.000 e
2.000.000
Cont.

 A capacidade de camas varia em função dos


parâmetros de utilização entre 200 e 450
camas. Os HP deveriam dispor de: a) Serviços
individualizados das 4 especialidades básicas
(Medicina Interna, Pediatria, Cirurgia e
Obstetrícia e Ginecologia) e sempre de
médicos especialistas
Cont.
 b) Serviços individualizados, pelo menos, para
Traumatologia, Doenças Infecto-contagiosas e,
eventualmente, Neurologia; c) Capacidade de
atendimento, pelo menos em regime
ambulatório, nos domínios da
Otorinolaringologia, Oftamologia, Dermato-
Venereologia e Psiquiatria; d) Serviço de
Transfusão de Sangue e de Medicina Física e
Reabilitação, em anexo ao Serviço de Urgências e
uma Unidade de Cuidados Intensivos.
Hospitais
 são actualmente 3Centrais.
(Maputo, Hospital de referência
nacional, Beira e Nampula, mas prevê-se a
promoção para este nível do HP de Quelimane
 Dispõem de recursos e equipamentos mais
diferenciados e sofisticados do que os HP e de
serviços quais: Radiologia (Ecografia, Mamografia),
Laboratório (Bioquímica, Hematologia,
Microbiologia, Anatomo-Patologia, Imunologia,
Electrocardiografia, Electroencefalo-grafia,
Electromiografia).
Cont.

 Os serviços de Medicina Interna, Pediatria,


Cirurgia, Obstetrícia e Ginecologia,
Traumatologia e Ortopedia, Doenças Infecto-
contagiosas, Otorinolaringologia,
Oftalmologia, Psiquiatria e Dermatologia são
proporcionados por médicos especialistas.
Cont.

 Os HC dispõem de Serviços de Urgências, em


Unidades de Cuidados Intensivos e
eventualmente, de Unidades especializadas
de Cuidados Intensivos (por ex., Cardologia e
Cirurgia Cárdiovascular, politraumatismos,
grandes queimados, e Neurocirurgia).
Serviços individualizados de Arquivo Clínico,
Epidemiologia e Estatística, Administração e
Finanças, Análises de Custos, Economato,
Gestão de Recursos Humanos e de Formação.
Cont.

 Os HC podem dispensar também cuidados


clínicos, em regime de internamento e de
ambulatório, das seguintes especialidades:
Neurologia, Cardiologia, Pneumonia,
Gastroenterologia, Hematologia, Nefrologia,
Urologia, Neonatologia, Neurocirurgia,
Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Reconstrutiva,
Oncologia, Geriatria, Medicina Física e
Reabilitação.
Nível Quaternario

 No SNS existem mais 2 hospitais


psiquiátricos que são considerados de nível
quaternário (especializado).
BLOCO 3: ORGANIZAÇÃO DOS
SERVIÇOS: AMBULATÓRIO E
INTERNAMENTO
 Os serviços de saúde estão divididos em duas
grandes categorias: os serviços ambulatórios
e de internamento
OS SERVIÇOS AMBULATÓRIOS
 Prestam cuidados de saúde a um público de
doentes (diagnóstico e tratamento) e a um
público de indivíduos saudáveis (prevenção e
promoção de saúde). (por ex., pessoas
“doentes” recebem cuidados preventivos e
sessões de educação para saúde, assim como
pessoas aparentemente saudáveis são por
vezes diagnosticadas e tratadas por doenças
cuja existência se desconhecia),
Cont.
 é oportuno considerar separadamente os
serviços de atendimento ao doente e os serviços
materno-infantis. Os primeiros são mais virados
para o tratamento, os segundos para prevenção.

 Os serviços de atendimento ao doente


compreendem duas áreas principais: as consultas
externas, que podem ser primeiras consultas e
consultas marcadas (referidas ou de doentes
crónicos).
Cont.
 O Programa Nacional de Controlo da
Tuberculose e Lepra (PCNTL), cuja actividade
principal realiza-se no sector ambulatório, não
está integrado nas consultas externas; existem
gabinetes e pessoal próprio do sector. O PCNTL
é um típico “programa vertical”.

 As consultas de SMI incluem visitas pré-natais,


pós-natais, de planeamento familiar; consultas
de crianças sadias, que incluem as vacinações, e
consultas de crianças em risco.
SERVICOS DE INTERNAMENTO
 (I) Medicina, Pediatria, Obstetrícia nos Centro
de Saúde Rural I, Hospital Distrital e Hospital
Rural e (II) Enfermaria de Cirurgia nos
Hospitais Rurais. Camas para internamento
de doentes cujas condições não podem ser
tratadas em ambulatórios são presentes nos
Centros de Saúde Rurais de tipo I e nos
Hospitais
PONTOS-CHAVE

 Entende-se com Unidade Sanitária (US) o


conjunto físico e funcional das infra-
estruturas onde se prestam cuidados de
saúde e compreende desde os minúsculos
centros de saúde rurais até os grandes
hospitais centrais do país.
 • O sistema de cuidados de saúde é dividido
em primário, secundário, terciário e
quaternário.
PONTOS-CHAVE (Cont.)

 • A rede de saúde primária de Moçambique


perfaz o total das 1221 unidades sanitárias
(US) onde ocorre o primeiro nível de contacto
dos indivíduos, das famílias e da comunidade
com o Sistema Nacional de Saúde.
 • A rede de saúde secundária de Moçambique
compreende Hospitais Distritais (HD),
Hospitais Rurais (HR) e Hospitais Gerais (HG).
No total, trata-se de 41 US.
 •
PONTOS-CHAVE (Cont.)

 HP e HC correspondem respectivamente ao
nível terciário e quaternário do SNS.
 • Os serviços de saúde também estão
divididos em duas grandes categorias: os
serviços ambulatórios e de internamento.
AULA 3
 Objectivos de Aprendizagem
 Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
 1. Descrever o trabalho do Técnico de Medicina,
quanto ao seu papel e responsabilidades no Sistema
Nacional de Saúde e junto à população.
 2. Quadros de saúde que interagem com o Técnico
de Medicina: a. Pessoal de nível elementar
 b. Agentes de Medicina;
 c. Enfermeiras de SMI;
 d. Técnicos e Agentes da Medicina Preventiva;
 e. Médicos, Enfermeiros, Pessoal de Laboratório,
Farmácia e Estomatologia;
Cont.
 3. Identificar o campo de acção dos Técnicos de
Medicina;
 4. Listar e explicar as principais funções e tarefas
sob a responsabilidade do Técnico de Medicina, no
âmbito de: a. Tarefas Técnicas/Clínicas nas áreas de
Enfermagem, Clínica Médica-Cirúrgica, Psiquiatria,
Pediatria, Obstetrícia – Ginecologia, Traumatologia,
HIV/SIDA, Medicina Legal;
 b. Tarefas na área de administração e gestão;
 c. Tarefas na área de Saúde Comunitária;
 d. Tarefas na área de Ensino.
Bibliografia

 • Cumbi A, Langa F; MISAU. Revisão das


Unidades de Atendimento nível primário e
secundário. Uma avaliação da organização
dos serviços, do tempo médio de
atendimento e dos indicadores de carga de
trabalho. Maputo: 2010.
 • MISAU. Currículo dos Técnicos de Medicina.
MISAU/DRH/DF: 2010.
RESPONSABILIDADES E CAMPO DE
ACÇÃO DO TÉCNICO DE MEDICINA
 Origem dos Técnicos de Medicina.
 A carreira de técnico de medicina agora (2014)
 Um quadro para os cuidados de saúde primários
 Quadros delegados a tomar decisões
 Atendimento clínico
 Colocação rural e urbana
 Encargos de direcção, chefia, gestão
 Especialização e promoção
Origem
 O sistema dedos
saúdeTécnicos de não formava
no tempo colonial
Medicina.
técnicos de medicina. Os profissionais de saúde
estavam enquadrados na sua maioria, nas categorias
tradicionais de médicos, enfermeiros e técnicos de
laboratório, estomatologia, radiologia,
estomatologia e fisioterapia.
 Após a independência a situação mudou com o
aparecimento de novas categorias de pessoal. A
visão dos Cuidados de Saúde Primários ratificada em
Alma Ata foi central na concepção e
desenvolvimento das novas carreiras de saúde.
Cont.

 Apareceram, assim, enfermeiras e parteiras


elementares, auxiliares de farmácia e
microscopistas.
 Novos profissionais de saúde de nível básico
foram os agentes de medicina, capazes de
prestar serviços clínicos, sobretudo
ambulatórios; enfermeiras de saúde materno-
infantil
Cont.

 Também foram formados “agentes de saúde


comunitários” de acordo com o modelo dos
médicos de pé descalços da China, quadros
treinados para actividades de prevenção,
saneamento do meio e tratamento sintomático
das doenças mais comuns. Em Moçambique,
chamaram-se (e ainda chamam-se) de agentes
polivalentes elementares (APEs).
TAREFAS CLÍNICAS DO TÉCNICO
DE MEDICINA
 Em relação às tarefas técnicas, é
particularmente relevante para o técnico de
medicina o trabalho clínico com os doentes
nos ambulatórios e nos internamentos de
medicina e de pediatria.
A Anamnese

 a investigação feita ao doente ou seus


familiares sobre os sintomas, com objectivo de
determinar a doença subjacente e suas causas
remotas e recentes.
O Exame Objectivo geral

 O Exame Objectivo geral do corpo do doente,


para procurar os sinais da doença. O exame
inclui todos os sistemas corpóreos e não
somente os que se relacionam com os
sintomas.
Clínica em regime de
internamento.
 Em relação aos doentes cujo estado de
gravidade indique a necessidade de um
tratamento em regime de internamento, o
técnico de medicina deve ser capaz de
preencher correctamente o Processo Clínico, a
partir da descrição do estado do doente na
entrada até ao diagnóstico de saída e resultado
clínico.
Emergências.

 O técnico de medicina deve saber reconhecer


com tempestividade e actuar rapidamente
em todos os casos de doentes que
apresentem sinais e sintomas de gravidade
e/ou urgência de foro médico, cirúrgico ou
obstétrico.
Outras
 O pedido de eventuais exames complementares
de laboratório ou RX (no caso em que persistam
dúvidas após anamnese e exame objectivo).
 • O Diagnóstico e Tratamento, que pode prever ou
não a administração de medicamentos.
 • A Educação, que visa promover hábitos de vida
saudáveis e medidas de prevenção e a Explicação
(sobre doses, horários e medidas a tomar quando
medicamentos são prescritos).
 Doenças infecciosas (incluindo HIV/SIDA).
 Especialidades clínicas. No processo
diagnóstico assumem relevância particular
doenças médicas de foro cárdio-circulatório,
respiratório, gastro-enterológico, gênito-
urinário, neuro-psiquiátrico, ortopédico,
nutricional e metabólico.
 Prescrição de medicamentos
PESSOAL DE SAÚDE QUE
TRABALHA COM OS TÉCNICOS DE
 (i)Tarefas na área de administração e gestão
MEDICINA
 Actualmente, as categorias dos profissionais de
saúde estão baseadas em três níveis principais:
básico, médio e superior. Há cursos de
especialização a partir do nível médio. Na base
da pirâmide há funcionários de nível elementar
(cuja formação foi suspensa definitivamente em
2000) e, no topo, graduados nas áreas de
medicina e cirurgia, farmácia, laboratório,
enfermagem, SMI.
TAREFAS ADMINISTRATIVAS E DE
GESTÃO DOS TÉCNICOS DE
MEDICINA
 Planificação, monitoria e avaliação de
actividades de saúde;
 • Gestão de recursos humanos;
 • Gestão financeira;
 • Administração do expediente;
 • Gestão dos consumíveis e equipamento e
manutenção dos imóveis.
Cont.
 (ii)Planificação, monitoria e avaliação de
actividades de saúde.
 (iii)Gestão de programas verticais.
 (iv)Gestão financeira
 (v)Gestão do pessoal
 (vi)Gestão dos consumíveis e equipamento e
manutenção dos imóveis
TAREFAS DE SAÚDE COMUNITÁRIA
E ENSINO DOS TÉCNICOS DE
 MEDICINA
Tarefas na área de saúde comunitária.
 Conhecer as características demográficas,
sociais, culturais, económicas e nutricionais da
população que vive na sua área de saúde e as
características epidemiológicas (que se referem
à prevalência das principais doenças e ao
comportamento no passado de doenças
epidémicas).
Cont.

 • Conhecer as taxas de cobertura dos


principais indicadores de saúde (por exemplo,
cobertura vacinais, partos institucionais,
consultas por habitante).
 • Conhecer e relacionar-se com os recursos
humanos existentes no sector de saúde
comunitário (incluindo lideres comunitários,
agentes polivalentes elementares, parteiras
tradicionais, socorristas e outros quadros de
saúde).
 Tarefas na área de Ensino
 Técnico de Medicina possa ser chamado a
ministrar as disciplinas do curso e
supervisionar estagiários dos cursos de
Técnicos de Medicina, Agentes de Medicina e
Enfermagem, tarefas formais na área de
ensino são normalmente assumidas por
técnicos de medicina especializados em
ensino
PONTOS-CHAVE
 O técnico de medicina é um quadro de nível médio, formado
por um curso de ensino profissional da duração de 2 anos e
meio, e que requer ter completado a 10ª classe como nível
de entrada.
 • O Técnico de medicina continua a constituir em
Moçambique um quadro-chave para os cuidados primários
de saúde à população e suas tarefas são definidas pelo perfil
profissional do Técnico de Medicina
 • Além das tarefas clínicas o Técnico de Medicina também
realiza tarefas na área de administração e gestão como
planificação, monitoria e avaliação de actividades de saúde,
gestão de recursos materiais, humanos e financeiros,
administração do expediente além de tarefas relacionadas à
Saúde da Comunidade.
AULA 4
 Objectivos de Aprendizagem
 Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
 1. Listar os módulos do curso
 2. Explicar os conteúdos básicos, a organização e
objectivos dos módulos do Curso;
 3. Descrever as principais actividades de ensino -
aprendizagem das aulas teóricas, aulas práticas no
laboratório humanístico, e estágios parciais e
integrais;
 4. Descrever, em termos gerais, os procedimentos
de avaliação da aprendizagem dos alunos no curso.
A ESTRUTURA DO CURSO DE
FORMAÇÃO INICIAL DOS TMG
 O curso tem a duração de dois anos e meio
repartidos em 5 semestres.
 Cada semestre tem uma duração de 22
semanas, com total de 110 semanas
 Aulas teóricas-práticas,
 Aulas no laboratório humanístico,
 Estágios e
 Sessões de discussão de estágio
 Cada semestre tem horas destinadas
aos estágios parciais, e o último
semestre ao estágio rural integral
 Cada semana lectiva tem 35 horas de
aulas
 Cada semana de estágio parcial tem 25
horas no local do estágio e 10 horas de
seminários para discussão de casos
observados no estágio
A ESTRUTURA DAS DISCIPLINAS

 Currículo baseado em competências


definidas pelo perfil profissional dos Técnicos
de Medicina
 Os temas e conteúdos do currículo são
definidos por objectivos de aprendizagem
que referem aos conhecimentos, atitudes e
habilidades técnicas
O ENSINO E A APRENDIZAGEM
DURANTE O CURSO
 Palestras/discursos
 • Exercícios individuais e em grupo
 • Estudos de caso
 • Discussões em grupo
 • Simulações (clínicas e outros)
 • Tutoria clínica
Aulas teórico-práticas (na
sala de aula).
 Um princípio fundamental utilizado nas aulas
teórico-práticas é a introdução de novas
técnicas e procedimentos que serão
praticados no laboratório humanístico e
posteriormente nos estágios parciais.
Laboratório humanístico,
 Durante as aulas no laboratório humanístico, os
multidisciplinar e sala
alunos aprendem a executar técnicas e
de
informática
procedimentos clínicos, como por exemplo técnicas
de semiologia e enfermagem, entre outros

 Já o laboratório multidisciplinar serve para


aprendizagem de técnicas de preparação e análise
de espécimen, e execução de meios auxiliares de
diagnóstico
 Os estágios parciais são importantes para o alcance
Estágios parciais.
e domínio das competências (tarefas profissionais)
aprendidas durante as aulas no Instituto de
Formação.

 Métodos de ensino usados nesse contextos serão


principalmente técnicas de tutoria incluindo
orientação de alunos, demonstrações das técnicas
acompanhada de explicação, observação e retro-
informação aos alunos, perguntas dirigidas,
resolução de problemas, estudo de casos.
Seminários de discussão de
estágio (D.E.).
 é o momento em que o docente e o aluno
tem para discutir o que foi
observado/praticado durante o estágio,
esclarecer dúvidas, apresentar e discutir
casos observados para os colegas e o
docente.
Estágio rural integral e
seminário pós estágio rural.
 é o momento em que o Técnico de Medicina
irá colocar em prática todos os
conhecimentos e competências adquiridos
durante sua formação, e adaptá-los aos
constrangimentos do contexto real em que
irão trabalhar.
BLOCO 5: A AVALIAÇÃO DA
 APRENDIZAGEM
Uma avaliação teórica escrita no fim de cada
disciplina com 35 horas ou menos de ensino
 Para disciplinas com mais de 35 horas de aulas
lectivas, uma avaliação teórica escrita depois de
cada 35 horas de aula.
 Para cada disciplina com aulas nos laboratórios
ou salas de informática, uma avaliação prática
no laboratório em questão.
 Um exame escrito ao final de cada semestre, na
22ª. semana do semestre
COMPONENTE ÉTICO DAS AULAS
PRÁTICAS
 Ter atitude profissional durante a prática.
 • Ter boa higiene pessoal para evitar
constrangimentos.
 • Dizer ao docente caso sinta-se
desconfortável com a prática da técnica ou
com o colega.
 • Dizer ao docente se houver abusos por
parte do colega ou se observar abusos
durantes as aulas.
PONTOS-CHAVE
 As disciplinas do curso estão, de modo geral,
organizadas por sistemas corporais.
 • O enfoque principal do currículo é na aquisição de
competências clínicas, com enfoque secundário em
competências ligadas à administração e gestão ao
nível das unidades sanitárias periféricas.
 • Os alunos serão avaliados a partir das
competências do perfil profissional do Técnico de
Medicina Geral.
 • As aulas práticas são um componente muito
importante neste curso e várias técnicas serão
praticadas entre os alunos. É preciso
profissionalismo e ética entre os alunos durante a
AULA 5
MÉTODOS DE ESTUDO

 Objectivos de Aprendizagem Até ao fim da


aula os alunos devem ser capazes de:
 Localizar livros, artigos e outros materiais
bibliográficos através do uso de bibliotecas, e
de internet, quando possível
Bibliografia

 • Biazin, DT. Pesquisa Bibliográfica.


Disponível em:
http://web.unifil.br/posgraduacao/nucleoI/ma
terial/Pesquisa_Bibliografica.pdf
 • Lakatos, EM, Marconi, MA. Metodologia do
Trabalho Científico. 4 ed. Editora Atlas: 1992.
 • Severino, A.J. Metodologia do Trabalho
Científico. 23 ed. São Paulo: Cortez Editora:
2007.
O ESTUDO EFICAZ

 Ao iniciar esse curso, o aluno que se prepara


para ser formado em Técnico de Medicina se
defrontará com inúmeras e diversificadas
situações de ensino e aprendizagem que lhe
demandará esforços e exigências constantes
para ser bem sucedido.
 Trata-se de uma nova etapa
de sua vida estudantil em
que a aprendizagem dos
conteúdos não dependem
somente do que os
professores e tutores “dão
na sala de aula”.
 Diferentemente da situação em que a
aprendizagem é feita de maneira passiva,
mecânica e predominantemente na base das
exigências da memória, nesse curso o aluno
aprende fora das paredes da sala de aula,
porque, as suas obrigações vão além de atender
forçadamente o que foi pedido pelo professor.
Seus estudos e conhecimentos não estão a visar
somente a sua aprovação no final do ano lectivo.
 nesse curso de formação
de Técnico de Medicina o
processo de aprendizagem
está nas mãos do próprio
ESTUDANTE
o estudante precisa:
• Empenhar-se no seu próprio projecto de trabalho;
 • Dominar e manejar os instrumentos facilitadores
de sua auto aprendizagem;
 • Torna-se explorador criativo de seu próprio
caminho e projeto de estudos.
 Para poder:
 • Organizar seus estudos;
 • Disciplinar sua vida estudantil;
 • Saber conviver e trabalhar em equipa;
 • Amadurecer psíquica, intelectual e socialmente.
LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

 Literalmente a expressão
significa, saber pesquisar nas
bibliotecas. Nesse sentido, a
pesquisa bibliográfica “abrange a
leitura, análise e interpretação de
livros, periódicos, documentos
mimeografados ou xerocados,
mapas, fotos, manuscritos, etc.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS E COMO
PROCURAR MATERIAL BIBLIOGRÁFICO

 Repertórios, boletins e catálogos;


 • Enciclopédia, dicionários especializados,
monografias, textos didácticos e revistas;
 • Ficheiros de bibliotecas;
 • Banco de dados digitais;
 • Banco de dados da Internet.
Há varias formas de obtenção
e localização dos dados:
 • Artigo em texto completo on-line;
 • Revista/livro disponível em biblioteca;
 • Empréstimo inter-bibliotecas;
 • Separata com colega, professores ou
orientador;
 • Solicitar a separata ao autor;
 • Fazer o pedido on-line;
 • Obter o resumo (abstract) ou o original
completo.
FONTES

 Google Search “é um serviço da empresa


Google onde é possível fazer pesquisas na
internet sobre qualquer tipo de assunto ou
conteúdo. É atualmente o serviço de busca
mais usado e também o primeiro serviço
lançado pela Google Inc.”
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Google_Searc
h)
 http://www.capes.gov.br/
 http://www.periodicos.capes.gov.br Conteúdo: livros,
artigos, periódicos e mais de cem bases de dados.
 • SciELO - Scientific Electronic Library Online

 http://www.scielo.org
 http://www.scielo.org/php/index.php Conteúdo: periódicos
científicos da América Latina e Caribe.
 • BIREME - Biblioteca Regional de Medicina - Centro Latino
Americano e do Caribe em Informação em Ciências à Saúde
(www.bireme.br), da OPAS, Ministério da Saúde e
Ministério da Educação.
 Conteúdo: bases de dados das ciências da saúde em geral.
 • LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde

 http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/
iah.xis&base=LILACS&lang=p&form=F Conteúdo: base de dados
cooperativa da Rede BVS sobre as ciências da saúde, incluindo livros,
artigos, anais de congressos, conferências, relatórios técnico-científicos
e publicações governamentais.

 • MEDLINE - Literatura Internacional em Ciências da Saúde


 Pubmed (www.pubmed.com.br): site em português para acessar o
Medline. Conteúdo: base de dados da National Library of Medicine da
área de medicina, biomedicina, enfermagem, odontologia,
veterinária internacional.
 • PAHO - Acervo da Biblioteca da Organização Pan-Americana da Saúde

 www.paho.org
PONTOS-CHAVE
 Saber fazer uma pesquisa bibliográfica é um dos
primeiros passos para se estudar eficazmente, através
da localização das fontes bibliográficas: livros, artigos
e outros materiais bibliográficos nas bibliotecas
tradicionais e no internet.
 • As fontes bibliográficas mais usadas são: boletins,
catálogos, enciclopédias, dicionários especializados,
monografias, textos didácticos e revistas, que podem
ser encontrados em ficheiros de bibliotecas, banco de
dados digitais, banco de dados da Internet, entre
outros.
 • Há duas maneiras mais frequentes de busca
bibliográfica: nas bibliotecas “tradicionais” e via
internet.
 • As bibliotecas tradicionais não estão
informatizadas, disponibilizam catálogos no
formato de ficheiros contendo as informações por
ordem alfabética, segundo o autor, título ou
assunto.
 • A pesquisa bibliográfica pelo internet pode ser
através de uma rede mundial de computadores e
sites que disponibilizam milhões de informações
que se atualizem cotidianamente. Isso torna o
trabalho de busca por vezes dificil pois implica em
fazer escolhas e decisões para não ficar atra[alhado
no meio desse manacial de dados.
A BUSCA DE INFORMAÇÕES

 Buscar informações na fonte bibliográfica é


diferente de fazer pesquisa bibliográfica.
Tenha em mente que não se trata somente de
buscar fisicamente a informação, mas
também de fazer a sua leitura, organizá-la,
registá-la e anotá-la, para então escrever o
que se quer .
 Reflicta sobre que tipo de informação está a
buscar.
 • Evite improvisar e fazer rascunhos sem uma
direcção concreta, gastando tempo e energia.
 • Seja selectivo e clarifique de maneira precisa o
que deseja.
 • Tenha disposição para buscar várias fontes.
 • Planifique e clarifique qual a informação que
está a buscar.
 • eficaz se definir as palavras chaves da busca.
 Quando o tema é muito geral e desconhecido procure focá-
lo em sub temas como se fosse um índice das
prováveis/potenciais secções do seu trabalho.
 • O planejamento e o nível de detalhamento deve levar em
conta o objetivo da busca de informação: se é por pura
curiosidade, se é para fazer apresentação, se é para uma
monografia, projecto de investigação, subsidiar um debate,
etc.
 • No planejamento se deve levar em conta também a
disponibilidade de tempo, ou seja, os prazos para sua
finalização. Ter em mente que não se trata somente de
buscar fisicamente a informação, mas também de ler,
organizar, registrar e anotar.
 • Para facilitar a busca de informações é importante e
PONTOS-CHAVE
 Buscar informações pode ocorrer antes ou depois da
pesquisa bibliográfica: antes quando o aluno nada
ou pouco sabe sobre o problema, questão, assunto,
tema, ou depois da pesquisa bibliográfica.
 • As fontes de informações são onde estas se
originam, onde elas podem ser encontradas.
 • Fontes de informação para quem não dispõe de
muita familiaridade com o problema/tema/assunto
e se quer iniciar a busca directamente na fonte são:
dicionários, enciclopédias, atlas, jornais, portais,
entre outras.
 • Na organização das fontes de informação
da listagem disponibilizada: livros, artigos,
capítulos, textos e relatórios.
 • Deve-se ler o índice, suas partes e sub
partes, o sumário, a introdução e a conclusão
para poder identificar e seleccionar as fontes
com as informações que se deseja.
AULA 5.4

 Objectivos de Aprendizagem
 Até ao fim da aula os alunos devem
ser capazes de:
 Utilizar procedimentos para analisar,
relacionar, criticar e sintetizar
informações e conhecimentos.
Bibliografia (referências usadas para o desenvolvimento do
conteúdo):

 • Lakatos, EM, Marconi, MA. Metodologia do


Trabalho Científico. 4 ed. Editora Atlas: 1992.
 • Severino, A.J. Metodologia do Trabalho
Científico. 23 ed. São Paulo: Cortez Editora:
2007.
BLOCO 2: ANALISAR A INFORMAÇÃO

• 2.1. O que é analisar? É a “análise de cada parte de um todo para


conhecer-lhe a natureza.”1Nesse caso aqui, se está a referir a
leitura das várias partes de um livro, texto, capítulo, artigo ou
relatório.
• 2.2. O processo de apreensão dos conteúdos de um determinado
texto técnico científico se dá com varias leituras. Cada vez que se
ler o mesmo texto pode-se adoptar procedimentos que permitem
os varios tipos de análises. Os tipos de análise se caracterizam
pelo seu nível de profundidade.
• 2.3. Há três tipos de análise que são as mais usadas pelos alunos
para sua apreensão de conteúdos técnicos científicos durante o
curso: análise textual, análise temática e análise interpretativa:2
2.3.1. Análise Textual.

• É a análise que ocorre na primeira leitura do texto, com o


objectivo de se adquirir uma visão geral e panorâmica do
conteúdo em foco para entender o método, a perspectiva, e o
estilo do autor como um todo. Os procedimentos são:
• • Procurar informações sobre a vida e obra do autor do texto para
melhor entender as suas idéias.
• • Ler todo o texto de forma corrida e completa.
• • Assinalar e/ou marcar os conceitos, ideias e pontos importantes.
• • Assinalar as dúvidas, os questionamentos, o que não entendeu.
• • Listar/assinalar e buscar clarificar com precisão o vacabulário
dos conceitos básicos do texto que não entendeu.
• Fazer as próprias anotações sobre o texto,
com as informações acima referidas para
poder ir buscar maiores esclarecimentos.
• • Fazer um esquema do conteúdo do texto,
que é diferente de se fazer o resumo do texto,
a fim de se ter uma visão global das ideias
principais do autor, conteúdo: introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Análise Temática

• É a que busca a compreensão da mensagem do


autor do texto, serve de base para se fazer o
resumo ou síntese do texto, bem como o
roteiro de leitura para seminários e estudos
dirigidos. Os procedimentos são:
• • Saber o do que o texto está a falar, ou seja, qual
o tema ou assunto do texto?
• • Saber a perspectiva do autor e o contexto por
ele abordado.
• Saber a problematização do tema, ou seja, quais os
problemas que provocou o autor a escrever esse
texto? Qual o assunto que está a ser problematizado?
• • Saber como o autor está a argumentar e a responder
ao problema levantado? Quais são a(s) sua(s) idéia(s)
principais?
• • Quais outras idéias são apresentadas?
• • Anotar essas indagações e suas repostas para uso
posterior.
2.3.3. Análise
Interpretativa.
• Vai além de saber sobre o assunto de um texto,
vai além de compreender a sua mensagem.
Segundo o autor Severino, a análise
interpretativa busca interpretar as idéias do
autor, ou seja, significa que o aluno deve “tomar
uma posição própria a respeito das idéias
enunciadas.” E dessa maneira, essa análise “é
superar a estrita mensagem do texto, é ler nas
entrelinhas... e dialogar com o autor.”
• O aluno faz esse diálogo ao comparar as idéias do autor, com as suas
próprias e com as de outros autores.
• • Nessa comparação, o aluno deve identificar os pontos comuns, os
diferentes e os originais do autor.
• • O aluno deve também procurar verificar se há e quais seriam os
pressupostos do texto, quais seriam os autores que podem estar a
influenciar o texto. Explicitar esses aspectos podem ser importantes
porque muitas vezes eles estão implícitos, estão nas entrelinhas do
texto.
• • Por fim, aluno deve fazer uma avaliação crítica, “uma tomada de
posição”, a partir de varios critérios de validade dos argumentos
apresentados, coerência interna do texto e a profundidade da análise,
os alcances e limitações das conclusões, entre outros.
BLOCO 3: RELACIONAR AS INFORMAÇÕES

• 3.1. Relacionar significa buscar semelhanças,


vinculação, comparação entre autores, idéias,
conceitos, fatos, fenômenos, processos, teorias e
práticas, entre outros.
• 3.2. A capacidade de relacionar é muito importante
para o aluno durante o estudo e será usada quando
precisar relacionar os vários enfoques, as idéias de
vários autores sobre um mesmo problema, tema,
assunto, bem como, relacionar fatos observados,
ocorrências de fenômenos, etc.
• 3.3. Em diversos momentos do curso de formação dos
técnicos, o aluno se defrontará com conteúdos e
informações que deverão ser relacionados aos
conteúdos de outras disciplinas. É importante que o
aluno compreenda que todas as diversas disciplinas
de clínica médica que compõe o currículo são partes
integradas e relacionadas a um conjunto de
conhecimentos sobre a saúde e a doença do ser
humano, mesmo que o seu ensino e aprendizagem
sejam realizados separadamente.
• 3.4. Haverá momentos em que o aluno
encontrará uma vasta bibliografia e a
capacidade de relacionar os textos será
necessário, e também muito usada na
sistematização de dados e informações para
seminários e trabalhos, revisão bibliográfica,
construção de referencial teórico, entre
outros.
• 3.5. Em muitas ocasiões o aluno necessitará
relacionar o que está a observar nos casos
clínicos com as teorias, conceitos e
classificações construídas pelos autores. Nesses
casos, relacionar informações teóricas pode se
tornar crucial para explicar fatos, fenômenos e
processos observados na vida prática. Na área
de saúde esta é uma habilidade muito
importante.
• 3.6. Os procedimentos mais utilizados para
relacionar as informações são:
• 3.6.1. Ter em mãos as fichas bibliográficas, as
fichas de leituras e anotações decorrentes das
análises textuais, temáticas e interpretativas
• 3.6.2. Organizar quadros comparativos dos
assuntos e das observações clínicas
• 3.6.3. Comparar as anotações teóricas com as das
práticas e procedimentos da área da saúde.
BLOCO 4: CRITICAR E SINTETIZAR INFORMAÇÕES

 4.1. A crítica e a síntese podem ser realizadas


através e como resultado da análise
interpretativa. Criticar significa ir além das
aparências, poder perceber o que está escrito
nas entrelinhas e contextualizar as ideias e
posicionamentos, ou seja, ir além do texto
para entender o seu contexto.
• 4.2. Sintetizar aqui se refere à capacidade do
aluno leitor fazer a sua própria elaboração
pessoal, a síntese de sua leitura.
• 4.2.1. Difere do resumo por não apresentar
um sumário do texto e sim um exercício de
raciocínio intelectual quando o estudante
dialoga com as idéias do autor de forma
organizada.
BLOCO 5: PONTOS-CHAVE

• • Análise textual é a que ocorre na primeira leitura do


texto com o objectivo de se adquirir uma visão geral e
panorâmica do conteúdo em foco para entender o
método, a perspectiva, e o estilo do autor como um
todo.
• • Análise temática é a que busca a compreensão da
mensagem do autor do texto, serve de base para se
fazer o resumo ou síntese do texto, bem como o
roteiro de leitura para seminários e estudos dirigidos.
Na análise intertpretativa se busca interpretar as
idéias contidas no texto.
Cont.

• Relacionar significa buscar vínculos, semelhanças, vinculação,


comparação entre autores, idéias, conceitos, fatos,
fenômenso, procesos, e, a teoria com a prática.
• • Criticar significa na prática ir além das aparências, poder
perceber o que está escrito nas entrelinhas e contextualizar as
idéias e posicionamentos, ou seja, ir além do texto para
entender o seu contexto.
• • Sintetizar aqui se refere à capacidade do aluno leitor fazer a
sua própria elaboração pessoal, a síntese de sua leitura. Difere
do resumo por não apresentar um sumário do texto e sim um
exercício de raciocínio intelectual de forma organizada.
AULA 5.5

 Objectivos de Aprendizagem
 Até ao fim da aula os alunos devem ser
capazes de:
 5. Tomar notas das aulas e outras situações de
ensino – aprendizagem.
Bibliografia (Referências usadas para o
desenvolvimento do conteúdo)

 • Estanqueiro, A. Aprender a Estudar – Um


Guia Para o Sucesso na Escola. Disponível
em:
http://www.scribd.com/doc/281040/aprender
-a-estudar-antonio-estanqueiro
 • Severino, A.J. Metodologia do Trabalho
Científico. 23 ed. São Paulo: Cortez Editora:
2007
BLOCO 2: PREPARAR-SE PARA A AULA

• 2.1. O primeiro passo para a aula é a preparação. É importante


que os alunos tragam para a aula todo o material de estudo
necessário, isso inclui:
• • O livro, o artigo e/ou o manual que o professor indicou, bem
como, o caderno de apontamentos, canetas, lápis, marcadores,
entre outros.

• 2.2. Preparar-se para ir à aula também significa:


• • Familiarizar-se antes com os tópicos a serem ensinados: ler
todo o material indicado pelo professor antes da aula.
• • Listar o que não entendeu e as dúvidas para se elucidar
durante a aula.
• • Fazer o TPC.
BLOCO 3: DURANTE E DEPOIS DA AULA: A UTILIDADE DE NOTAS EFICAZES

• Durante a Aula
• 3.1. Qual é a importância do aluno tomar notas
durante a aulas? 3.1.1. Tomar notas é uma
excelente estratégia de aprendizagem, visto que,
na medida em que escreve já está a rever o
assunto, e assim pode melhor memorizar e/ou
entendê-lo melhor. Também é importante para que
os alunos possam guardar informação e
conhecimentos apresentados pelos professores
que não estão nos livros nem nos materiais da aula.
• 3.2. Agora que o aluno já está pronto para a aula, alguns dos
requisitos para se tomar notas de maneira eficaz nesse contexto são
prestar atenção à aula e saber escutar o que o professor está a falar.
3.2.1. Fatores que podem contribuir para auxiliar no aumento da
atenção:

• • Estado físico e psíquico do estudante: estar com disponibilidade


• • Gostar do assunto e/ou do professor
• • Localização do seu assento na sala de aula: onde possa ter boa
visibilidade e audição
• • Companhias entre os colegas: preferir colegas que prestam
atenção e evitar os que conversam e distraem
• 3.3. Dicas para tomar notas de maneira eficaz:
• 3.3.1. Fazer as anotações no próprio texto ou
em caderno especial para o assunto. O estilo
e a necessidade de cada aluno são muito
diversificados: há alunos que conseguem
captar muito do que se é falado e outros não.
Em qualquer dos casos, é importante prestar
atenção.
• 3.3.2. Anotar o que não está nos textos disponibilizados.
• 3.3.3. Identificar o que é essencial, quer tenha sido
mencionado pelo professor, quer tenha sido por outro
colega.
• 3.3.4. Anotar o plano de aula do professor, os conteúdos que
ele escreve no quadro ou da apresentação PowerPoint.
• 3.3.5. Fazer anotações também das próprias idéias, dúvidas e
questionamentos ocorridos durante a aula. Desenvolver um
sistema próprio de sinalização indicativo, por exemplo, de ter
dúvidas, novidade, interessante, importante, entre outros.
• 3.3.6. Desenvolver o espírito crítico próprio ao
questionar para si, se o que está a escutar vai de
encontro ou não ao próprio pensamento acerca
do assunto. Assinalar para chamar atenção de
que são idéias/reflexões pessoais.
• 3.3.7. Evitar as anotações “automáticas” somente
do que é apresentado pelo professor, e procurar
sempre compreender o que está a anotar. Na
dúvida, perguntar ao professor antes de escrever.
 3.4. As anotações devem ajudar o aluno a
absorver o conteúdo e não distraí-lo da aula.
O aluno não deve se preocupar em anotar
todo o conteúdo apresentado, mas sim saber
sintetizar e anotar os pontos mais
importantes do que foi exposto pelo
professor e pelos colegas.
• Depois da Aula
• 3.5. As anotações das aulas auxiliam na aprendizagem
dentro e fora da sala de aula. Como já mencionado,
durante a aula auxilia o aluno a compreender o conteúdo
a ser explicado. Após a aula as anotações podem ser
refinadas e complementadas. E serão úteis da seguinte
forma: 3.5.1. Facilitar a aprendizagem pois o aluno já
revisou, compreendeu e memorizou o conteúdo.
• 3.5.2. Pode ser usado posteriormente para estudar para
os exames e para fazer trabalhos acadêmicos e técnicos,
relembrando apenas o essencial.
BLOCO 4: ANOTAÇÕES EM OUTRAS SITUAÇÕES DE ENSINO

• Existem diferentes tipos de se tomar notas que


devem ser usados em diferentes situações de ensino:
• 4.1. Transcrições
• • Quando há uma cópia literal da aula ou do texto.
• • Auxilia nas citações por isso o trecho transcrito
deve ser exatamente como estava escrito ou falado.
• • A cópia deve estar entre aspas para não ser
considerado como plágio.
• • Seguir as regras de citação com fidelidade
colocando o nome do autor, ano e página.
4.2. Esquemas

 • São configurações gráficas e sintéticas de


determinados conteúdos;
 • Possibilita se obter uma visão geral ou do
conjunto das idéias;
 • Porém é limitado por haver insuficiência
informação e conhecimentos de auxilio ao
aluno.
4.3. Resumos

• • Resumir é diferente de se fazer uma síntese.


• • Trata-se da diminuição e encurtamento do texto para
em pouco espaço se colocar as idéias principais do autor.
• • Deve seguir exatamente as idéias do autor.
• • Estimula e possibilita a comunicação rápida e suscinta
do conteúdo.
• • São muito utilizados para avaliar a compreensão do
aluno sobre textos que não são abordados em sala de
aula, como TPC.
BLOCO 5: PONTOS-CHAVE

• • O primeiro passo para ser eficaz em tomar notas na sala


de aula é preparar-se e levar todo o material de estudo
necessário àquela aula, e antes da aula fazer as leituras
requeridas para estar familiarizado com seu conteúdo.
• • Há vários procedimentos para auxiliar a tomar notas,
durante e depois da aula, tais como: fazer as anotações no
próprio texto ou em caderno especial para o assunto, por
exemplo, anotar o que não está disponibilizado, o plano de
aula do professor, os conteúdos que ele escreve no quadro
ou da apresentação Power Point, as próprias idéias, dúvidas
e questionamentos ocorridos durante a aula.
• • Deve-se evitar as anotações “automáticas” e
procurar sempre compreender o que está a anotar.
Na dúvida, perguntar ao professor antes de escrever.
As anotações das aulas auxiliam na aprendizagem
dentro e fora da sala de aula, auxiliando o aluno a
compreender o conteúdo explicado pelo professor ou
textos indicados para TPC.
• • Existem diferentes tipos de se tomar notas que
devem ser usados em diferentes situações de ensino,
como por exemplo, as transcrições, os esquemas e
resumos.
AULA 5.6

 Objectivos de Aprendizagem
 Até ao fim da aula os alunos devem ser
capazes de:
 6. Elaborar e fazer apresentações em
plenária.
Bibliografia (referências usadas para o
desenvolvimento do conteúdo):


• • Lakatos, EM, Marconi, MA. Metodologia do
Trabalho Científico. 4 ed. Editora Atlas: 1992.
• • Severino, A.J. Metodologia do Trabalho Científico.
23 ed. São Paulo: Cortez Editora: 2007
• • Pedro, FDS. Como Fazer Uma Boa Apresentação.
Disponível em:

• http://student.dei.uc.pt/~fpedro/Artigo_2.pdf
BLOCO 2: ELABORAÇÃO DUMA APRESENTAÇÃO

• 2.1. As apresentações em plenária serão muito


comuns não só durante o curso de formação dos
técnicos mas também na vida profissional dos
alunos. Durante o curso eles deverão apresentar
trabalhos para os colegas e docentes, sejam os
trabalhos desenvolvidos para as aulas teóricas, bem
como, apresentar os casos observados no ambiente
clínico. Na vida profissional o técnico pode fazer
apresentações em plenária durante seminários,
encontros, congressos, reuniões, entre outros.
• 2.2. As apresentações são estratégias de
educação e comunicação muito importante
para auxiliar a troca de informações entre os
alunos e professores, bem como, entre os
profissionais de um determinado ramo de
conhecimento. Por isso, as apresentações
podem ser realizadas para todo tipo de público
sobre diversos tipos de assunto, com objectivos
dos mais variáveis.
2.3. Iniciar o planeamento:

• 2.3.1. As apresentações demandam sempre tempo,


conhecimentos e recursos para serem preparadas, por isso é
importante organizar a logística da apresentação.
• 2.3.2. Na preparação, levar em conta: • O tempo,o local e o
contexto disponível, dentro do limite estipulado e de acordo
com o público alvo.
• • Conhecer bem o assunto, tema, ou problema a ser exposto,
daí ser necessário pesquisar e organizar os conteúdos.
• • Preparar um plano da apresentação cujo conteúdo fique
bem estruturado e sirva de guia para a preparação do que vai
ser exposto.
BLOCO 3: PREPARAÇÃO DA APRESENTAÇÃO

• 3.1. O aluno deve conhecer e ter o domínio do


conteúdo a ser apresentado e a habilidade de
selecionar o que é mais importante apresentar em
função dos seguintes aspectos:
• 3.1.1. Qual o conteúdo que será apresentado?
• • Serão as idéias de um autor? Ou do próprio aluno?
• • Será uma aula teórica? Ou um caso clínico?
• • Será um problema de investigação? Ou os
resultados de pesquisa?
• • O que o público alvo já sabe sobre o assunto?
3.1.2. Qual o objectivo da apresentação?

• • Expor e transmitir conhecimentos.


• • Auxiliar na aprendizagem durante uma aula ou
um seminário.
• • Trocar informações e conhecimentos.
• • Subsidiar debates.
• • Expor um problema teórico ou prático.
• • Expor achados de investigações.
• • Convencer o público alvo de uma idéia.
3.1.3. Qual o público alvo?

 • Colegas, parceiros;
 • Professores;
 • Profissionais;
 • Grupo pequeno, grupo grande;
 • Grupo homogêneo, grupo heterogêneo.
3.1.4. Qual a atitude do público alvo face ao tema da apresentação?

 • Interessados, motivados;
 • Hostis, desinteressados;
 • Indiferentes.
 3.2. O aluno deve conhecer os recursos
disponíveis e necessários para apresentar o
conteúdo selecionado.. Quais são os recursos
materiais e tecnológicos a serem utilizados?

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