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INSTITUTO POLITÉCNICO ISLÂMICO DE MOÇAMBIQUE

DELEGAÇÃO DE NAMPULA

IPIMO

BASES PARA OS CUIDADOS HUMANIZADOS DE ENFERMAGEM

DOCENTE

___________________________

JOSSUEL BENJAMIN

ENFERMAGEM GERAL

TURMA: 9

NAMPULA, AOS 28 DE MARÇO DE 2023


Elementos do grupo

1. Abdul Dinis Álvaro Martins


2. Amina Amisse
3. Catarina Alberto Joseque
4. Chamussia Jacira Gonçalves
5. Isabel Fernando
6. Lara Fernanda Vasco Canique
7. Nafiza Momade Ali
8. Nelson de Francisca

9. Vânia Ibraimo Estevão

Enfermagem geral

Turma:9

Nampula, aos 28 de março de 2023

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Índice

Introdução ....................................................................................................................................... 4

Bases para os cuidados humanizados de enfermagem .................................................................... 5

O que é humanização na enfermagem e qual sua importância? ..................................................... 5

Como promover a humanização na enfermagem............................................................................ 6

1 – Seja cordial e próximo no dia a dia ........................................................................................... 6

2 – Garanta a devida atenção para a humanização na enfermagem ................................................ 6

3 – Priorize a organização de horários e de agenda ........................................................................ 7

4 – Escute o que o paciente tem a dizer .......................................................................................... 7

5 – Respeite as dificuldades enfrentadas ........................................................................................ 8

6 – Tenha empatia pelo paciente ..................................................................................................... 8

7 – Envolva os familiares na humanização na enfermagem ........................................................... 9

Direitos humanos e humanização ................................................................................................. 10

Directrizes do plano de ação para a humanização dos cuidados de saúde de Moçambique ....... 10

Normas da cortesia ........................................................................................................................ 10

Direitos e Deveres dos Utentes ..................................................................................................... 10

DIREITOS DOS DOENTES ........................................................................................................ 11

DEVERES DOS DOENTES ........................................................................................................ 14

Relação utente e trabalhador de saude para uma atenção humanizada ........................................ 14

Enfermeira modelo e os seus cuidados humanizados do utente ................................................... 14

Conclusão...................................................................................................................................... 15

Bibliografia ................................................................................................................................... 16

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Introdução
O presente trabalho pertence a cadeira de ciências humanas e é do carácter avaliativo, composto
por (9) elementos e tendo a seguinte estruturação: capa, contra capa, índice, introdução,
desenvolvimento, conclusão e a Bibliografia.

Indo mais além, importa referir que o trabalho aborda questões relacionadas com as bases para os
cuidados humanizados de enfermagem: direitos humanos e humanização, direitos do plano de
acção para a humanização dos cuidados de saúde de Moçambique, normas da cortesia, direitos e
deveres dos utentes, relação utentes e trabalhadores de saúde para uma atenção humanizada,
enfermeira modelo e os cuidados humanizados do utente.

Contudo, esperamos que o trabalho dé um guião para todos os leitores, de modo a facilitar a
compreensão dos títulos a cima referidos.

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Bases para os cuidados humanizados de enfermagem
A humanização na enfermagem é um conceito indispensável para a assistência aos pacientes, que
deve ser priorizado por qualquer profissional da área.

O atendimento humanizado é aquele em que todos os envolvidos atuam para que o paciente
tenha um tratamento digno e apropriado, sendo ouvido, respeitado, compreendido e aconselhado.

Em poucas palavras, no lugar de dedicar todo seu foco para o combate de uma doença ou
condição de saúde, os profissionais de saúde precisam ter atenção no indivíduo em si e nas suas
necessidades.

O que é humanização na enfermagem e qual sua importância?


Por mais que outras especialidades também devam priorizar a humanização, a enfermagem e o
cuidado humanizado possuem uma relação especial, já que os enfermeiros são aqueles que mais
têm contato direto com os pacientes.

Com isso, no cotidiano, a humanização na assistência de enfermagem demanda pleno


entendimento sobre as percepções, sentimentos, expectativas, concepções e dúvidas dos
indivíduos em tratamento.

Mais que amenizar as adversidades das intervenções de saúde, a humanização na enfermagem


também garante que elas sejam mais eficientes.

Isso porque os indivíduos têm melhor disposição e condições de recuperação quando suas
questões pessoais, sociais, psicológicas, familiares, financeiras e religiosas são respeitadas.

Sendo assim, para os pacientes, a humanização na enfermagem é fonte de acolhimento,


colaboração, tranquilidade e também garantia de melhor resposta aos tratamentos.

Já para os enfermeiros, o conceito representa máximo alinhamento aos princípios éticos da


profissão, garante foco nos seres humanos, mais qualificação do trabalho e a possibilidade de
desenvolver uma relação de confiança com os indivíduos.

O objetivo é:

Minimizar o sofrimento no ambiente clínico ou hospitalar;

Agregar mais tranquilidade;

Garantir pleno entendimento do paciente sobre sua condição;

Demonstrar que o mesmo é valorizado e tem apoio para resolver seus problemas.

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Como promover a humanização na enfermagem

1 – Seja cordial e próximo no dia a dia


O princípio da humanização na enfermagem é a prestação de um atendimento voltado a
indivíduos, não a doenças e tratamentos.

Sendo assim, o respeito e a cordialidade são valores indispensáveis em qualquer situação, tanto
para pacientes quanto para seus acompanhantes (que muitas vezes também são fundamentais
para o processo de recuperação).

Com isso em mente, seja sempre o mais claro e próximo possível, evitando que as conversas e
orientações sejam impessoais ou muito técnicas.

Procure esclarecer todas as dúvidas e questões importantes para o paciente, como os cuidados
necessários e os procedimentos que serão realizados.

Por mais que o dia a dia dos enfermeiros seja cansativo, a humanização na enfermagem precisa
ser fonte de acolhimento.

Sabendo disso, não abra mão de sua máxima atenção, bom humor e pessoalidade. Afinal, isso faz
toda a diferença no cotidiano das pessoas em recuperação.

2 – Garanta a devida atenção para a humanização na enfermagem


Quando tratamos sobre humanização na enfermagem, priorizamos um nível de atenção voltado à
individualização dos atendimentos.

Uma abordagem individualizada é aquela pautada na empatia, em que os profissionais


conseguem compreender e se colocar no lugar dos pacientes.

Com isso, o objetivo é entender quais são as demandas e tipos de cuidados que o indivíduo
precisa, mesmo que ele não seja capaz de manifestá-los.

Muitas são as responsabilidades e atribuições envolvidas no cotidiano da enfermagem, como


registros de evolução, atualização de prontuários e supervisão de técnicos.

Por mais que esses protocolos devam ser respeitados com rigor, a humanização na enfermagem
demanda que os profissionais separem um tempo especial para voltar sua atenção aos pacientes
em nível individual.

Assim, o atendimento individualizado será capaz de oferecer suporte e amenizar a situação dos
indivíduos em tratamento, por mais difíceis que sejam suas condições.

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A humanização na assistência de enfermagem, acima de tudo, deve emanar a maior sensação de
segurança e confiança possível às pessoas, lhes agregando mais bem-estar e qualidade de vida
mesmo durante suas adversidades.

3 – Priorize a organização de horários e de agenda


Mais que organizar sua própria rotina para garantir mais tempo de atenção aos indivíduos
(conforme mencionamos anteriormente), os enfermeiros também devem priorizar esse tipo de
cuidado na clínica ou no hospital em que trabalham.

Mesmo que esse pareça um cuidado básico, ainda é comum que muitos postos de atendimento
sejam marcados por longas filas de espera.

Quando estão doentes ou precisando de assistência médica, a última coisa que as pessoas querem
é esperar por muito tempo para serem atendidas.

Como a humanização na enfermagem é focada no respeito aos indivíduos, seu papel também é
evitar inconformidades ou superlotação nas agendas.

Enquanto enfermeiro, respeite os horários organizados pela clínica ou o cronograma do hospital,


para que ninguém fique por muito tempo sem assistência.

Procure engajar todos os membros de sua equipe em prol desse cuidado, para que ele seja
prioridade e nenhuma falha afete os pacientes.

4 – Escute o que o paciente tem a dizer


Esse é um cuidado diretamente relacionado ao primeiro item, que trata sobre a cordialidade e
proximidade no cotidiano dos pacientes.

Muito além de demonstrar sua atenção e disposição em ajudar as pessoas em tratamento, é


indispensável compreendê-las ao máximo.

Com isso em mente, tenha sempre paciência para ouvir e entender cada indivíduo, chamando-o
sempre pelo nome e conversando com ele olhando nos olhos.

Mais que transmitir seu comprometimento com a recuperação e bem-estar do paciente, isso
possibilita um maior entendimento sobre suas necessidades.

Pergunte o que a pessoa está sentindo, levante suas principais queixas, minimize seus medos,
entenda seu estilo de vida e respeite suas convicções.

É muito comum que as pessoas não consigam explicar precisamente quais são os seus sintomas
ou mesmo se sintam inibidas em compartilhar suas reclamações.

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Ao posicionar o enfermeiro como um ouvinte atencioso e comprometido em compreender os
pacientes, a humanização na enfermagem evita esse tipo de problema.

5 – Respeite as dificuldades enfrentadas


Todos os dias, os enfermeiros se deparam com os mais diversos tipos de queixas, sintomas,
doenças, lesões, entre outras condições adversas de saúde.

Quanto mais experiência o profissional tiver frente a diferentes tipos de quadros clínicos, mais
preparado ele estará para enfrentar novas situações.

Apesar disso, é comum que a rotina faça os enfermeiros enxergarem os problemas médicos sob
um ponto de vista mais técnico e costumeiro.

Isso faz com que muitos não percebam ou compreendam o quão difícil é a situação enfrentada
pelos pacientes.

Evite ao máximo esse tipo de percepção, mesmo que você já tenha se deparado com casos muito
mais severos ou que você entenda que a condição do paciente é de fácil recuperação.

Quem tem sua saúde comprometida dificilmente possui experiência ou conhecimentos para
entender a simplicidade ou a complexidade do tratamento.

Cabe à humanização na enfermagem respeitar ao máximo as dificuldades enfrentadas,


independentemente do seu nível, fornecendo todo o apoio humano e técnico necessários.

Com respeito e atenção, os pacientes se sentem valorizados enquanto indivíduos e se tornam


mais engajados com os profissionais responsáveis por sua recuperação.

6 – Tenha empatia pelo paciente


No tópico em que abordamos a atenção e a individualização dos atendimentos em prol da
humanização na enfermagem, também mencionamos um dos valores mais importantes de toda a
área: a empatia!

Na verdade, é a empatia que pauta todos os itens e questões que abordamos ao longo do artigo,
desde a proximidade e a cordialidade com os indivíduos, até a organização dos horários, a
capacidade de escutar e o respeito às dificuldades dos mesmos.

De acordo com o dicionário Michaelis, empatia é a “habilidade de imaginar-se no lugar de outra


pessoa” ou a “compreensão dos sentimentos, desejos, ideias e ações de outrem”.

Trata-se de uma ideia diretamente associada ao conceito de humanização na enfermagem.

Afinal, se a humanização na assistência de enfermagem visa um tratamento mais digno, pessoal e


voltado aos indivíduos em si, apenas uma visão empática será capaz de promovê-lo.

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Realizar um tratamento humanizado para os familiares do paciente também auxilia na sua
melhoria

Além de tranquilizar e deixar as informações claras para o paciente, garanta que isso também
seja transmitido para seus cuidadores.

7 – Envolva os familiares na humanização na enfermagem


Por fim, a humanização na enfermagem deve ir além do próprio paciente, envolvendo todos
aqueles ligados à sua recuperação.

Anteriormente, mencionamos que os acompanhantes muitas vezes podem desempenhar um papel


importante de assistência aos pacientes.

Muito além deles, porém, também estão os familiares, que são parte constante do dia a dia dos
indivíduos e serão diretamente impactados por suas condições de saúde.

Sabendo disso, estenda o conceito de humanização na enfermagem por aqueles que fazem parte
da família, que são muito próximos ou responsáveis pelo paciente.

Para isso, mantenha todos os interessados muito bem informados, com clareza e perspectivas
claras sobre os cuidados de enfermagem que precisam ser adotados e das perspectivas levantadas
para o tratamento em questão.

Quais os cuidados que devem ser adotados na humanização na enfermagem?

O primeiro e mais importante cuidado que deve ser priorizado para a humanização na
enfermagem é o engajamento de todos os profissionais envolvidos com os pacientes.

A mobilização da equipe deve ser refletida tanto em termos operacionais, nos atendimentos e
procedimentos realizados no dia a dia, quanto na própria organização do espaço físico.

Imagine, por exemplo, que um enfermeiro verificou que determinados espaços da clínica ou do
hospital causam dificuldades de acessibilidade aos pacientes.

Em prol da humanização na enfermagem, cabe a esse profissional informar aos demais sobre as
limitações e propor medidas para que elas sejam eliminadas.

Mais que ser gentil em qualquer situação, os enfermeiros também devem estar preparados para
abordar adequadamente o público, seja no atendimento físico ou até mesmo remoto.

Priorizar a organização é indispensável, assim como ter proatividade para propor mudanças ou
atender as demandas dos pacientes e liderança para sugerir melhorias ou priorizar o conceito de
humanização na enfermagem.

Em poucas palavras, a humanização na enfermagem depende de:

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Atenção integral aos indivíduos;

Boa capacidade de comunicação;

Empatia;

Capacidade de ouvir e compreender;

Rigor em termos organizacionais.

Por fim, é indispensável que o enfermeiro esteja sempre aberto a novos aprendizados.

Direitos humanos e humanização


Humanização significa humanizar, tornar humano, dar condição humana a alguma ação ou
atitude, humanar. Também quer dizer ser benévolo, afável, tratável. É realizar qualquer ato
considerando o ser humano como um ser único e complexo, onde está inerente o respeito e a
compaixão para com o outro.

Os direitos humanos são normas que reconhecem e protegem a dignidade de todos os seres
humanos. Os direitos humanos regem o modo como os seres humanos individualmente vivem
em sociedade e entre si, bem como sua relação com o Estado e as obrigações que o Estado tem
em relação a eles.

Directrizes do plano de ação para a humanização dos cuidados de saúde de Moçambique


Diretrizes são orientações, guias, rumos. São linhas que definem e regulam um traçado ou um
caminho a seguir.

Este plano apresenta como um dos principais objectivos atingir uma cobertura de 80% de
pacientes elegíveis a receberem tratamento antiretrovira

Normas da cortesia
São simples normas de convivência destinadas a torná-la mais agradável e gozam também de
sanção, que se traduz numa reprovação social. O desrespeito a essas regras, que não tocam
diretamente a Moral ou o Direito, mas podem relacionar-se com eles, acarreta o desajuste social
perante o grupo.

Direitos e Deveres dos Utentes


O direito à protecção da saúde está consagrado na Constituição da República Portuguesa, e
assenta num conjunto de valores fundamentais como a dignidade humana, a equidade, a ética e a
solidariedade.

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DIREITOS DOS DOENTES
1. O doente tem direito a ser tratado no respeito pela dignidade humana

É um direito humano fundamental, que adquire particular importância em situação de doença.


Deve ser respeitado por todos os profissionais envolvidos no processo de prestação de cuidados,
no que se refere quer aos aspectos técnicos, quer aos actos de acolhimento, orientação e
encaminhamento dos doentes.

É também indispensável que o doente seja informado sobre a identidade e a profissão de todo o
pessoal que participa no seu tratamento.

Este direito abrange ainda as condições das instalações e equipamentos, que têm de proporcionar
o conforto e o bem-estar exigidos pela situação de vulnerabilidade em que o doente se encontra.

2. O doente tem direito ao respeito pelas suas convicções culturais, filosóficas e religiosas

Cada doente é uma pessoa com as suas convicções culturais e religiosas. As instituições e os
prestadores de cuidados de saúde têm, assim, de respeitar esses valores e providenciar a sua
satisfação.

O apoio de familiares e amigos deve ser facilitado e incentivado.

Do mesmo modo, deve ser proporcionado o apoio espiritual requerido pelo doente ou, se
necessário, por quem legitimamente o represente, de acordo com as suas convicções.

3. O doente tem direito a receber os cuidados apropriados ao seu estado de saúde, no âmbito dos
cuidados preventivos, curativos, de reabilitação e terminais

Os serviços de saúde devem estar acessíveis a todos os cidadãos, de forma a prestar, em tempo
útil, os cuidados técnicos e científicos que assegurem a melhoria da condição do doente e seu
restabelecimento, assim como o acompanhamento digno e humano em situações terminais.

Em nenhuma circunstância os doentes podem ser objecto de discriminação.

Os recursos existentes são integralmente postos ao serviço do doente e da comunidade, até ao


limite das disponibilidades.

4. O doente tem direito à prestação de cuidados continuados

Em situação de doença, todos os cidadãos têm o direito de obter dos diversos níveis de prestação
de cuidados (hospitais e centros de saúde) uma resposta pronta e eficiente, que lhes proporcione
o necessário acompanhamento até ao seu completo restabelecimento.

Para isso, hospitais e centros de saúde têm de coordenar-se, de forma a não haver quaisquer
quebras na prestação de cuidados que possam ocasionar danos ao doente.

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O doente e seus familiares têm direito a ser informados das razões da transferência de um nível
de cuidados para outro e a ser esclarecidos de que a continuidade da sua prestação fica garantida.

Ao doente e sua família são proporcionados os conhecimentos e as informações que se mostrem


essenciais aos cuidados que o doente deve continuar a receber no seu domicílio. Quando
necessário, deverão ser postos à sua disposição cuidados domiciliários ou comunitários.

5. O doente tem direito a ser informado acerca dos serviços de saúde existentes, suas
competências e níveis de cuidados

Ao cidadão tem que ser fornecida informação acerca dos serviços de saúde locais, regionais e
nacionais existentes, suas competências e níveis de cuidados, regras de organização e
funcionamento, de modo a optimizar e a tornar mais cómoda a sua utilização.

Os serviços prestadores dos diversos níveis de cuidados devem providenciar no sentido de o


doente ser sempre acompanhado dos elementos de diagnóstico e terapêutica considerados
importantes para a continuação do tratamento. Assim, evitam-se novos exames e tratamentos,
penosos para o doente e dispendiosos para a comunidade.

6. O doente tem direito a ser informado sobre a sua situação de saúde

Esta informação deve ser prestada de forma clara, devendo ter sempre em conta a personalidade,
o grau de instrução e as condições clínicas e psíquicas do doente.

Especificamente, a informação deve conter elementos relativos ao diagnóstico (tipo de doença),


ao prognóstico (evolução da doença), tratamentos a efectuar, possíveis riscos e eventuais
tratamentos alternativos.

O doente pode desejar não ser informado do seu estado de saúde, devendo indicar, caso o
entenda, quem deve receber a informação em seu lugar.

7. O doente tem o direito de obter uma segunda opinião sobre a sua situação de saúde

Este direito, que se traduz na obtenção de parecer de um outro médico, permite ao doente
complementar a informação sobre o seu estado de saúde, dando-lhe a possibilidade de decidir, de
forma mais esclarecida, acerca do tratamento a prosseguir.

8. O doente tem direito a dar ou recusar o seu consentimento, antes de qualquer acto médico ou
participação em investigação ou ensino clínico

O consentimento do doente é imprescindível para a realização de qualquer acto médico, após ter
sido correctamente informado.

O doente pode, exceptuando alguns casos particulares, decidir, de forma livre e esclarecida, se
aceita ou recusa um tratamento ou uma intervenção, bem como alterar a sua decisão.

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Pretende-se, assim, assegurar e estimular o direito à autodeterminação, ou seja, a capacidade e a
autonomia que os doentes têm de decidir sobre si próprios.

O consentimento pode ser presumido em situações de emergência e, em caso de incapacidade,


deve este direito ser exercido pelo representante legal do doente.

9. O doente tem direito à confidencialidade de toda a informação clínica e elementos


identificativos que lhe respeitam

Todas as informações referentes ao estado de saúde do doente – situação clínica, diagnóstico,


prognóstico, tratamento e dados de carácter pessoal – são confidenciais. Contudo, se o doente der
o seu consentimento e não houver prejuízos para terceiros, ou se a lei o determinar, podem estas
informações ser utilizadas.

Este direito implica a obrigatoriedade do segredo profissional, a respeitar por todo o pessoal que
desenvolve a sua actividade nos serviços de saúde.

10. O doente tem direito de acesso aos dados registados no seu processo clínico

A informação clínica e os elementos identificativos de um doente estão contidos no seu processo


clínico.

O doente tem o direito de tomar conhecimento dos dados registados no seu processo, devendo
essa informação ser fornecida de forma precisa e esclarecedora.

A omissão de alguns desses dados apenas é justificável se a sua revelação for considerada
prejudicial para o doente ou se contiverem informação sobre terceiras pessoas.

11. O doente tem direito à privacidade na prestação de todo e qualquer acto médico

A prestação de cuidados de saúde efectua-se no respeito rigoroso do direito do doente à


privacidade, o que significa que qualquer acto de diagnóstico ou terapêutica só pode ser
efectuado na presença dos profissionais indispensáveis à sua execução, salvo se o doente
consentir ou pedir a presença de outros elementos.

A vida privada ou familiar do doente não pode ser objecto de intromissão, a não ser que se
mostre necessária para o diagnóstico ou tratamento e o doente expresse o seu consentimento.

12. O doente tem direito, por si ou por quem o represente, a apresentar sugestões e reclamações

O doente, por si, por quem legitimamente o substitua ou por organizações representativas, pode
avaliar a qualidade dos cuidados prestados e apresentar sugestões ou reclamações.

Para esse efeito, existem, nos serviços de saúde, o gabinete do utente e o livro de reclamações.

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O doente terá sempre de receber resposta ou informação acerca do seguimento dado às suas
sugestões e queixas, em tempo útil.

DEVERES DOS DOENTES


1. O doente tem o dever de zelar pelo seu estado de saúde. Isto significa que deve procurar
garantir o mais completo restabelecimento e também participar na promoção da própria saúde e
da comunidade em que vive.

2. O doente tem o dever de fornecer aos profissionais de saúde todas as informações necessárias
para obtenção de um correcto diagnóstico e adequado tratamento.

3. O doente tem o dever de respeitar os direitos dos outros doentes.

4. O doente tem o dever de colaborar com os profissionais de saúde, respeitando as indicações


que lhe são recomendadas e, por si, livremente aceites.

5. O doente tem o dever de respeitar as regras de funcionamento dos serviços de saúde.

6. O doente tem o dever de utilizar os serviços de saúde de forma apropriada e de colaborar


activamente na redução de gastos desnecessários.

Relação utente e trabalhador de saude para uma atenção humanizada


Segundo o Ministério da Saúde, a humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e
gestores no processo de produção de saúde, por meio da criação de vínculos solidários, da
responsabilidade compartilhada e da participação coletiva nos processos de trabalho, objetivando
a mudança na cultura da atenção.

Enfermeira modelo e os seus cuidados humanizados do utente


uma enfermaria modelo é toda a unidade de internamento que presta serviço humanizado, de
boa qualidade técnica e formação de Recursos Humanos, respeitando os aspectos éticos, de
relacionamento interpessoal saudável e de trabalho em equipa.

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Conclusão
Terminando o trabalho, vimos que as bases para os cuidados de enfermagem envolvem algumas
partes do direitos e deveres dos utentes, onde o paciente tem direito a ser tratado no respeito pela
dignidade humana, e sendo um dos deveres do utente fornecer aos profissionais de saúde todas as
informações necessárias para obtenção de um correcto diagnóstico e adequado tratamento.

Finalmente, a Relação do utente e trabalhador de saude para uma atenção humanizada: Segundo
o Ministério da Saúde, a humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no
processo de produção de saúde, por meio da criação de vínculos solidários, da responsabilidade
compartilhada e da participação coletiva nos processos de trabalho, objetivando a mudança na
cultura da atenção.

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Bibliografia
Wikipedia

https:// telemedicinamorsch.com.br

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