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SISTEMA RENAL

• As estruturas que formam o sistema renal:


- 2 rins
- 2 ureteres
- 1 bexiga
- 1 uretra
Função do sistema renal

• - Eliminar do corpo substâncias indesejadas que é


• ingerido ou produzido pelo metabolismo (ácido úrico,
• uréia, medicamentos)

• - Regular o volume e a composição do sangue;

• - Regulam a pressão arterial

• - Contribui para o metabolismo

• - Transportar, armazenar e eliminar urina


Ação do sistema renal

• Regulação do equilíbrio da água e eletrólitos


Quando se ingere uma quantidade excessiva de eletrólitos
(sódio) ou de água, consequentemente a excreção pelos
rins também será maior. De modo que o volume
extracelular não se altera.
• Regulação da Pressão Arterial: Os rins produzem a
renina que leva a formação de angiotensina II, que
aumenta a excreção de água.

• Regulação da produção de hemáceas (eritrócito): os rins


secretam eritropoetina, que estimula a produção de
hemáceas.
Equilíbrio da ingestão de líquido e eliminação

- Ingestão de água: a água do corpo é proveniente da


ingestão de líquido, água contida nos alimentos

- Perda de água: evaporação (respiração), perda de


líquido através da pele, fezes (diarréia) e rins (urina).

A água equivale em torno de 60% do peso corporal (idade, sexo


e grau de obesidade variam essa porcentagem)
• Os rins tem como função principal controlar o volume e a
composição do líquido corporal (plasma sanguíneo, líquido
intracelular e extracelular). Função essa que é realizada através
do processo de filtração do plasma, que irá excretar substâncias
desnecessária para o organismo e devolver ao sangue através do
processo de reabsorção substâncias necessárias para o bom
funcionamento das células.
• Os rins realizam suas funções através de 4 processos
renais:
- Filtração
- Reabsorção
- Secreção
- Excreção
Anatomia do
sistema renal
A bexiga de um adulto é capaz de armazenar
cerca de 700 ml a 800 ml.
( 8 a 18)

(2 a 3)

Ápice da pirâmide renal


• O rim apresenta:
- Uma região mais externa chamada de córtex renal
- Uma região mais interna chamada de medula renal
- A medula é formada pelo conjunto de pirâmides
- A base da pirâmide se origina no limite entre o córtex e a
medula e termina na papila, estrutura essa que se projeta
para o espaço da pelve renal (estrutura em formato de funil
que continua com a extremidade superior do ureter).
- Papila, cálice menor, cálice maior, pelve e ureter
• Os rins se localizam entre os níveis da última vértebra torácica e a terceira
vértebra lombar. Protegidos pela 11ª e 12ª costela.

- Artéria renal
- veia renal
- vasos linfáticos
- suprimento nervoso
PELVE - ureter

URETER
• A artéria renal entra no rim pelo hilo, e se divide dando origem as arteríolas
aferentes que termina nos capilares glomerulares (rede de capilares).

•As extremidades distais dos capilares de cada


glomérulo se une para formar a
arteríola eferente, que forma uma
segunda rede de capilares,
os capilares peritubulares,

que circundam os túbulos renais.


Néfron

• O Néfron se inicia com a cápsula de Bowman, onde esse é


continuado pelo túbulo proximal, em seguida
pela alça de Henle (porção
descendente e uma porção
ascendente), em seguida pelo
túbulo distal e terminando
pelo túbulo coletor que
desemboca na papila
seguindo para o cálice menor,
cálice maior, pelve renal e ureter.
• Cada rim é constituído por mais de 1 a 4 milhões de
néfron, sendo cada néfron capaz de formar urina.
Cápsula de Bowman

Córtex
renal

Segmento espesso do ramo


Medula Alça
ascendente
renal

NÉFRON
Como ocorre os
processos renais
• Para que ocorra a formação da urina, se faz necessário o

procedimento de filtração do plasma sanguíneo, a reabsorção de

algumas substâncias dos

túbulos renais para o

sangue (vasos peritubulares),

secreção de substâncias do

sangue (vasos peritubulares)

para os túbulos renais e reabsorção de algumas substâncias dos

túbulos renais para o sangue (vasos peritubulares).


Filtração glomerular

• O sangue quando chega nas arteríolas aferentes dos rins


apresenta:
- hemácias – proteínas - ácido graxo – cálcio - sódio
- potássio- cloro – glicose - aminoácidos
- uréia - ácido úrico – creatinina - água
• A filtração glomerular é a primeira etapa na formação
da urina. Esse processo ocorre da seguinte maneira:
- O sangue que entra nas arteríolas aferentes é um
sangue com grande quantidade de íons, proteínas, sais,
como foi descrito no slide anterior.
- Quando esse sangue atinge os capilares
glomerulares, devido uma elevada pressão hidrostática
no interior dos capilares glomerulares uma grande
quantidade de substâncias do sangue são jogada para
fora dos capilares glomerulares em direção a cápsula de
Bowman. As únicas substâncias que não vão ser
expulsas dos capilares glomerulares são as hemáceas e
as proteínas (devido ao seu tamanho que é grande) e
o cálcio e o ácido graxo não vão ser filtradas pois estão
ligados as proteínas.
- Em seguida a cápsula de Bowman irá absorver as
substâncias que foram expulsas.
- As hemácias, as proteínas, o ácido graxo, o cálcio e um
pouco de água que não conseguiram ser expulsas nos
capilares glomerulares, vão se dirigir em direção as
arteríolas eferentes e em seguida para os capilares
peritubulares.
• As arteríolas eferentes são continuadas pelos capilares
venosos, chamada no sistema renal de capilares
peritubulares (capilares venosos)
• O processo de filtração ocorre devido a elevada pressão
hidrostática (60 mmHg) em direção a cápsula de Bowman.
Esse líquido expelido vai ser reabsorvido pela cápsula de
Bowman.

• Obs: o cálcio e o ácido graxo não são filtrados pois estão


parcialmente ligados a proteínas.
• Quando o filtrado glomerular entra nos túbulos renais, este irá
seguir o seguinte percurso:

Túbulo contorcido proximal

Alça de Henle

Túbulos contorcido distal

Túbulo coletor
cortical

Túbulo coletor
medular
Reabsorção

• Durante a formação da urina, o processo de reabsorção


ocorre, é a saída de substâncias do néfron em direção aos
capilares peritubulares.
- cloro
- glicose
- aminoácidos
- uréia
- ácido úrico
- creatinina
- água
• Durante o processo de reabsorção ocorrerá:
- Reabsorção nos túbulos proximais de:
100% glicose
100% aminoácidos
65% água
bicarbonato
Vitaminas
Cloro
Sódio
Potássio
- Reabsorção na parte descendente Alça de Henle:
20% de água
- Reabsorção na parte ascendente da Alça de Henle :
É impermeável a água
, ou seja, nessa região
não se absorve água,
absorve cloro, sódio e
potássio
- Reabsorção do Túbulo distal:
Sódio
Cloro
Potássio
- Reabsorção do Ducto coletor:
água
sódio
- Reabsorção: Processo que leva substâncias dos tecidos para o
sangue. Assim as proteína, e a glicose são reaproveitadas.

A reabsorção nos rins é o processo fundamental da fisiologia dos rins.


Se não houvesse a reabsorção nos rins, perderíamos pela urina toda a
glicose e a proteína que ingerimos. A Reabsorção renal pode ser ativa,
com gasto de energia. Nesse processo há a presença de um carreador
na membrana do néfron que transporta a substância
Ocorre reabsorção ativa da
glicose, as proteínas e lipídeos,
além de vitaminas e minerais.
Como é transporte ativo,
vale dizer que o processo
ocorre mesmo contra
gradiente de concentração.
• Já a reabsorção passiva depende de diferença de concentração, ou
seja, ocorre difusão do meio mais concentrado para o meio
menos concentrado.

• O principal elemento que sofre transporte passivo (osmose) é a


água; mas também minerais, especialmente Na, sofrem
reabsorção passiva
• O que não foi reabsorvido segue na cápsula de Bowman até o
túbulo proximal, onde glicose, ácidos graxos essenciais, proteínas e
aminoácidos, vitaminas e minerais sofrem reabsorção ativa
•. Também ocorre reabsorção passiva de água e minerais.
•O túbulo proximal acaba na alça de Henle e esta desemboca no túbulo distal.
Como quase toda substância útil já foi reabsorvida, apenas água, Na e outros
minerais, além dos elementos tóxicos, uréia, acido úrico e creatinina, chegam á
alça de Henle e ao túbulo distal
•O túbulo proximal acaba na alça de Henle desemboca no túbulo distal. Como quase toda
substância útil já foi reabsorvida, apenas água, Na e outros minerais, além dos elementos
tóxicos, uréia, acido úrico e creatinina, chegam á alça de Henle e ao túbulo distal
A reabsorção de água na alça de henle e no túbulo distal esta
diretamente relacionada com a quantidade de urina.

Assim, quanto mais água é reabsorvida, menos água na urina, o que


significa menor diurese e urina mais concentrada. O oposto também é
válido; quanto menor a reabsorção maior a diurese e mais diluída a
urina.
Dois hormônios regulam esse fenômeno:
efeito menor diurese e retenção de água, o que provoca aumento de volemia
sanguínea.
O ADH (hormônio antidiurético) é secretado pela neurohipófise e tem efeito de
aumentar a permeabilidade a água no túbulo coletor o que leva a sua maior reabsorção.
O aumento de reabsorção de água leva a maior reabsorção de Na, e isso tem como
consequência a de pressão arterial. O ADH é secretado sempre que receptores
hipotalâmicos percebem diminuição de concentração de Na e consequente diminuição
de pressão arterial.
O aldosterona provoca a reabsorção ativa de Na na alça de Henle, no
túbulo distal e no coletor e por osmose ocorre a reabsorção de água
junto, também aumentando volemia e pressão arterial. Ela é secretada
pelas supra renais após estimulo da angiotensina, hormônio secretado
pelos rins quando ocorre queda da pressão arterial.
Esses dois hormônios portanto atuam para que ocorra um aumento de
pressão arterial, aumentando a reabsorção de Na e água. Eles também
determinam se a urina será mais ou menos concentrada; a atuação
dos hormônios diminui a excreção de água o que faz a urina ficar
bastante concentrada. Já na ausência dos hormônios diminui a
reabsorção de água o que torna a urina bastante diluída.
Secreção

Algumas substancias são excretadas de forma ativa, ou seja, por


transporte ativa e são colocadas diretamente no túbulo distal para
aumentar sua excreção. Essas substancias sofrem um processo
chamado de secreção renal.
A primeira dessas substancias é o potássio. O potássio é responsável por um equilíbrio
iônico no sangue, juntamente com o Na. Assim, toda a vez que aumenta a concentração de
um deve diminuir a do outro para que se mantenha as mesmas cargas elétricas; portanto o
aumento da concentração de sódio deve levar a diminuição de K, e vice versa. Então a aldosterona
quando promove a reabsorção ativa de Na no túbulo distal, também provoca a secreção ativa de K,
provocando a excreção deste elemento.
Já a ausência do hormônio leva a uma menor reabsorção e maior excreção de Na
pelos nefrons. Como conseqüência diminui a excreção de K, para que ocorra o
equilíbrio iônico.

Outro elemento que sofre secreção são os íons H+. Toda vez, que aumenta a
concentração de íons hidrogênio, pelo acúmulo de corpos cetônicos por exemplo,
isto pode levar a uma acidose sanguinea. Imediatamente os transportadores nos
nefrons promovem a secreção ativa de H+ e isso leva a um controle do pH
sanguíneo. Também a amônia (NH4+) sofre secreção ativa no túbulo distal, pois é
muito tóxica e deve ser rapidamente eliminada da corrente sanguinea
Os processos de secreção mais importantes estão

relacionados à secreção tubular de íon hidrogênio, potássio

e amônia. Determinadas

substâncias são eliminadas do organismo pelos

mecanismos de secreção tubular, após metabolização no

fígado.
Excreção

• Quando o sangue é filtrado, substâncias como a uréia, ácido úrico,


creatinina e uratos não serão reabsorvidos pelos capilares
peritubulares, de modo que a quantidade dessas substâncias na urina
é muito elevada.

• Outras substâncias como o sódio, cloreto e bicarbonato ao ser


filtrado, serão em grande quantidade reabsorvidas pelos capilares
peritubulares. Com isso, a quantidade encontrada dessas substâncias
na urina será em pouca quantidade.
• As substâncias como os aminoácidos e a glicose após
serem filtrados serão totalmente reabsorvidos pelos
capilares peritubulares. Desse modo não se encontra
nenhuma quantidade de glicose e nem de aminoácidos
na urina.
• O processo de filtração glomerular é importante, pois
através dele que o organismo consegue expulsar
substâncias nocivas ao mesmo.
• Nos túbulos são completamente reabsorvidos:
aminoácidos e glicose.

• Nos túbulos são reabsorvidos em grande quantidade:


sódio, cloreto, bicarbonato, potássio

• Nos túbulos não são reabsorvidos: uréia, creatinina, ácido


úrico, urato, certas drogas.
Regulação da Filtração Renal
A quantidade de sangue, água e solutos filtrados depende da pressão com que esse filtrado
passa pelos nefrons. A quantiddae de sangue filtrado determina a taxa de filtração glomerular
(TFG).

O SN Simpático (noradrenalina) promove constricção tanto da arteríola aferente quanto da


eferente, mas de forma mais acentuada na aferente. Então com a constrição da aferente
ocorre diminuição do fluxo para os nefrons e diminuição da TFG e logicamente na ausência
do simpático ocorre a dilatação da aferente e aumento da TFG.
A angiotensina II é um hormônio produzido nos próprios rins e que tem os mesmos efeitos
do simpático, provocando constrição da aferente e diminuição da TFG. Mesmo efeito se
verifica com a noradrenalina e a adrenalina secretadas pelas supra renais. As
prostaglandinas também provocam constrição da aferente e diminuição da TFG, mas só
são produzidas nos rins em casos de perda de volume de sangue (hemorragias).

Para contrabalançar o endotelio dos vasos produz o óxido nítrico (ON) que provoca
dilatação da aferente e constrição da eferente, o que consequentemente aumenta a taxa de
TFG. Alguns fatores que levam a secreção de ON são a acetilcolina, a bradicinina e a
histamina.
Urina
A medida do trabalho dos rins pode ser definida como a concentração de substâncias
tóxicas que estão presentes na urina.

A uréia por exemplo, tem concentração no plasma de 0,2 mg/ml e em condições normais
são excretados 12 mg de uréia por minuto. Dividindo-se 12 por 0,2 chega-se ao resultado
que cerca de 60 ml de sangue, por minuto, são depurados da uréia.

Essa medida é chamada de clearance renal. Ela pode ser determinada por exames muito
simples: pede-se à pessoa que ingira uma substância inócua, inulina por exemplo, que não
é absorvida ou metabolizada pelo nosso corpo. Um correto funcionamento dos rins
permite que tudo que foi ingerido seja eliminado pela urina; o que indicaria um clearance
de 100 %, ou seja, um funcionamento ideal dos rins. Assim, se injetarmos 0,001 ml de
inulina na corrente sanguinea deveremos obter 0,125 mg de inulina na urina por minuto.
Então 0,125/0,001 = 125 ml/m, o que corresponde a TFG, o que indica esse
funcionamento renal a 100%
Pode-se afirmar que a principal função dos rins é a depuração ou
filtragem do sangue. A depuração, como já foi dita, serve para que
os rins, mais especificamente os nefrons, possam retirar do sangue
e excretar todos compostos nitrogenados resultantes da
metabolização das proteínas. Os principais compostos excretados
são a uréia, o acido úrico e a creatinina. Além disso ao realizar essa
depuração os rins excretam íons H e controlam pH sanguíneo e
excretam mais ou menos água, regulando o volume de sangue
Para tanto, passam pelos nossos rins cerca de 180 litros de sangue
por dia, o que equivale dizer que todo nosso sangue é depurado cerca
de 36 vezes por dia. Assim o sistema renal trabalha com sobras, já
que não seria a depuração de tal quantidade de sangue diariamente.
São excretados cerca de 60 ml de uréia e 1,5 l de urina todos os dias,
medidas que evidentemente são dependentes da quantidade de água,
Na e proteínas que foram consumidos.
O túbulo distal deságua no túbulo coletor e este nos cálices e pelve
renal, onde a urina é depositada. Em seguida ela cai no ureter que vai
chegar à bexiga, onde a urina fica guardada. Quando a bexiga fica
cheia, o nervo vago envia a mensagem até a medula, que faz com que
o órgão contraia e expulse a urina. Ela cai na uretra e aí será
excretada através do processo de micção

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