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CIRURGIA 3
Cada vez menos os tratamentos endodônticos tem resolvido demandas que até antes eram
cirúrgicas. 5 a 10% dos casos são recomendadas as cirurgias paraendodônticas; a principal
recomendação é o tratamento endodôntico para lesões apicais.
Primeira pergunta que deve ser feita: esse caso permite retratamento endodôntico? Se sim,
deve ser sempre a primeira escolha
Indicações:
1. Dilacerações apicais que dificultam o selamento pela via endodôntica – vale ressaltar
que a liga metálica das limas são muito mais versáteis e eficazes e conseguem
ultrapassar boa parte das dilacerações apicais
2. Presença de reabsorção externa, no ápice radicular – só é indicada se o problema está
localizado até 4mm da região do ápice. Se for no terço médio cervical do dente,
condena o elemento à exodontia, e não cirurgia paraendodontica
3. Presença de cisto radicular envolvendo o ápice – a dificuldade maior é saber
reconhecer por meio de imagens radiográficas se é um cisto radicular apical ou
granuloma periapical, porque o cisto o tratamento é cirúrgico, e granuloma o
tratamento pode ser clínico
4. Fraturas traumáticas no terço apical – a cirurgia é indicada porque se faz a remoção do
elemento fraturado e preserva todo o remanescente radicular
5. Fraturas de instrumento de endo cujo fragmento se localize no terço apical – a
localização do terço apical é fator determinante, porque consegue remover o terço
apical que contem o fragmento endodôntico para curar a intercorrência; quando está
no terço médio ou cervical, é necessária fazer uma reinstrumentação, transpor o
fragmento para continuar a instrumentação até o terço apical. Se isso é no ápice, é
difícil transpor
6. Presença de calcificação do canal radicular com lesão patológica – quando essa
calcificação torna inviável uma instrumentação endodôntica, mas mesmo assim tem
evolução com lesão patológica, o tratamento cirúrgico torna-se necessário
7. Trepanações das paredes do canal no terço apical – se ocorre no terço apical consegue
remover na cirurgia, amputar o ápice e salvar o remanescente
8. Extravasamento apical de material para obturação endodôntica – pode causar
pericementite, pode causar uma reação de sensibilidade importante pós tratamento
endodôntico; nesses casos é preciso remover o fragmento do material que extravasou
9. Presença de lesões patológicas justapostas ao ápice da raiz cujo acesso cirúrgico
permite a curetagem
10. Presença de lesão patológica frente a obstrução mecânica, do canal radicular, tal
como, pinos de próteses – uma das principais indicações de cirurgia paraendodôntica.
1. Incisão – muito importante optar por um desenho de incisão versátil, que possa
apresentar toda a lesão presente e que também não tenha cicatrizes no pós
operatório. Pode ser semilunar, trapezoidal, em L, vai depender de cada situação
clínica
2. Descolamento – descolamento total, mucoperiostal (periósteo é descolado junto a
mucosa alveolar)
3. Osteotomia – para ter acesso a região do periápice, feita em geral com instrumento
rotatório: brocas cirúrgicas nº 6 ou 8 laminadas; pode fazer também com cinzéis
4. Curetagem, apicectomia, retrobturação – não em todos os casos
5. Reparo ósseo – associar naquele defeito ósseo (cavidade)
6. Síntese (sutura) – fechamento da ferida fazendo a sutura por primeira intenção
Modalidades cirúrgicas
Técnicas de incisão
- a cada dente comprometido, deve-se programar a incisão pelo menos a 1 dente para a distal
e um para a mesial
Incisão de Neuman:
- intrasucular
Incisão de Wassmund
- para que não tenha cicatrizes na região de papilas durante o processo de reparo, pois
atrapalha na estética
Incisão de Partsch
- semilunar
- muito usada para lesões bem circunscritas ao periápice, menores, porque é muito limitada
- semelhante a incisão de Neuman, só que nesse caso não utiliza no sulco gengival, ele
preserva ele seguindo o mesmo contorno de Ochsenbein
- retalho mucoperiostal
- a lamina entra dividindo o perióstio do epitélio do tecido conjuntivo e divide depois e faz a
incisão do periósteo e o retalho total mucoperiostal
Odontometria
- importante fazer para que não tenha risco da broca laminada perfurar o ápice do dente
comprometido, assim, tem precisão do local onde está a lesão para fazer a osteotomia
Indicações:
- periapicopatias crônicas
- indicada também em lesões que tenham desenvolvido no periápice, mas cujo tratamento
endodôntico foi conseguido ser refeito com sucesso, porém não houve remissão da lesão
Técnicas:
OBS: Só pode considerar alta clínica após 1 ano de acompanhamento pós operatório clínico
radiográfico
Modalidades cirúrgicas – Apicectomia
Indicações
- reabsorções apicais
- perfurações apicais
- instrumentos fraturados
- desvio de instrumentação
Técnicas
Broca tronco cônica (700, 702), faz o seccionamento da porção do ápice e então consegue
remover toda a porção apical
Pode utilizar de um instrumento endodôntico para prender o fragmento da raiz a ser retirado
OBS: Só pode considerar alta clínica após 1 ano de acompanhamento pós operatório clínico
radiográfico
Indicações
- canais inacessíveis por calcificação, curvatura, degrau, etc. em dentes que apresentem lesão
apical
- perfurações
- instrumentos fraturados
- dens in dente
Primeiro faz a apicectomia, depois utiliza instrumento rotatório ou ultrassom pra fazer o
retropreparo cavitário e depois preenchimento com o material, vedando o ápice.
Mesmo que a luz do canal esteja insuficientemente obturada, você vedando o ápice, elimina
toda a situação desfavorável do periápice, permitindo a cura do mesmo
Técnicas
1. Anestesia
2. Incisão
3. Divulsão
4. Osteotomia
5. Curetagem apical
6. Apicectomia
7. Preparo da cavidade
8. Colocação do material obturador
9. Plastia apical
10. Radiografia transoperatória
11. Sutura
Retropreparo com brocas 34 ½ cone invertida, ou com pontas de ultrassom e coloca o material
retroobturador (MTA)
Indicações:
Técnicas
1. Anestesia
2. Incisão
3. Divulsão
4. Osteotomia
5. Curetagem apical
6. Instrumentação do canal
7. Colocação do material obturador
8. Plastia apical
9. Radiografia transoperatória
10. Sutura
Retroinstrumentação com lima e cimentar o cone de guta pela via apical. Inúmeras
dificuldades: isolamento absoluto, etc.
- Proservação clínica: no pós imediato (1, 2 semanas) o paciente precisa estar sob cuidados até
a remoção dos pontos. Depois se faz um controle clínico e radiográfico a cada 3 meses até
completar 1 ano. Depois disso, se houver remissão clínica ou radiográfica da imagem sem
queixa clínica, pode considerar cura e sucesso
- Prognóstico clínico: geralmente favorável nesses casos, desde que haja a escolha da técnica
correta
- O paciente em pós operatório deve seguir os cuidados de uma cirurgia oral menor