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Tratamento Cirúrgico
Desafio:
terapia não-cirúrgica pode não ser completamente eficiente no restabelecimento completo da saúde
→ Acesso às raízes e ao osso alveolar *para corrigir defeitos ósseos, algumas situações para instrumentar certas
regiões
→ Modificação dos defeitos ósseos *regeneração óssea guiada ou regeneração tecidual guiada
• Restabelecer arquitetura fisiológica nos tecidos duros *tecido ósseo e gengival formam um arco côncavo irregular,
um festonado na vestibular, depressões e elevações → arquitetura óssea positiva (com a doença a arquitetura óssea
fica negativa)
• Melhora da estética
→ Descontaminação
• Contorno definido
Indicações
Contra-indicações
• Hipertensão
• Diabetes melitus
• Distúrbios neurológicos
• Angina instável
Instrumentos
Incisões
→Um corte ou ferida cirúrgica realizado com lâmina de bisturi, bisturi elétrico, laser ou instrumentos semelhantes
→Acesso começa com incisões bem planejadas – respeitando a Anatomia e o objetivo cirúrgico.
→Não existe técnica ou abordagem cirúrgica que englobe todos os Casos clínicos.
Incisões:
Sulcular
Bisel interno
• Direcionamento corono-apical
• Utilizada para:
Bisel externo
• Direcionamento ápico-coronal
• Utilizada para:
Relaxante vertical
• Face vestibular
• Evita-se:
- Áreas de exostoses
• Utilizada para:
Relaxante periosteal
Undermining incision
• Direção mésio-distal
• Aumento da mobilidade do retalho
*Faz incisão, depois com a lâmina de bisturi paralela ao tecido, com movimentos curtos cada vez mais apicais
Retalhos periodontais
Separação ou secção do tecido de suas redondezas, exceto base.” Glossary of periodontal terms, AAP, 2001.
Desenho do retalho
O suprimento sanguíneo principal do retalho encontra-se na base e caminha em direção coronal. A razão recomendada
entre a altura do retalho e sua base não deve ser maior que 2:1.
Mormann, 1977
Rebatimento do retalho
Elevação atraumática
Retração do retalho
Manipulação do tecido
Princípios da sutura
Remover as suturas quando não mais ajudarem na estabilização do retalho ou de acordo com o material utilizado
Tipos de fio
1.Seda (deve deixar por 7 dias, no 2.Poliamida – nylon (pouca retenção de placa, mas tem memória elástica)
máximo 10 para não ter reação)
3.Poliglactina (absorvível)
Tipos de sutura
• Suspensória: estabilização simultânea das papilas com nó único (VM: epitélio-conjuntivo, passa por trás do dente,
VD: epitélio-conjuntivo, LD: conjuntivo-epitélio, LM: conjuntivo-epitélio, nó na VM)
→Vertical: V: epitélio-conjuntivo mais apical da papila, L: conjuntivo-epitélio mais apical da papila, L: epitélio-
conjuntivo mais coronal da papila, V: conjuntivo-epitélio mais coronal da papila, nó na V
V)
• Minimizam a probabilidade de infecção e hemorragia no P.O. por impedir o trauma durante a mastigação
➔ Óxido de zinco-eugenol
• Líquido e pó misturados antes da utilização. O eugenol pode induzir reação alérgica, produzindo vermelhidão da
área
➔ Sem eugenol
• Reação entre óxido metálico e ácidos graxos: é a base do Coe-Pak. Não tem problemas associados à alergias
Possíveis Complicações
• Sensibilidade à percussão
• Edema
• Fraqueza
Achados comuns
• Mobilidade dentária
- Transitória
• Hipersensibilidade radicular
- Transitória
• Sangramento ao toque
- Cirurgias à retalho
Cirurgias Regenerativas
** defeitos verticais
Cirurgias Ressectivas
Eliminação de tecido mole das bolsas periodontais ** e/ou Correção da arquitetura óssea
Técnicas Ressectivas:
. GENGIVECTOMIA
· GENGIVOPLASTIA
. CUNHAS
. OSTEOTOMIA / OSTEOPLASTIA **por conta da nomenclatura controvérsia, se usa os dois termos juntos
Gengivectomia
**bisel interno
Excisão da parede de tecido mole de uma bolsa periodontal patológica para restabelecer o contorno da gengiva
doente, devolvendo sua forma fisiológica
- INDICAÇÕES:
Gengivectomia
Requisitos
. Faixa de mucosa ceratinizada a ser considerada (deve permanecer 2mm) (ela é importante porque possui as funções
de impermeabilização e imobilização)
. Fator estético a ser considerado (toda técnica ressectiva causa aumento de coroa clínica)
Gengivoplastia
**bolsas falsas
**bisel externo
Indicações
Limitações
Pré-requisitos
. Fator estético a ser considerado (não é tão relevante porque é uma hiperplasia sem perda óssea, não expõe raiz
como na bolsa verdadeira)
Técnica Cirúrgica
1. Anestesia infiltrativa (quando for até 3 dentes, mais de 3 faz bloqueio regional)
2. Demarcação das profundidades de sondagem (pontos sangrantes no tecido gengival no fundo da bolsa) e une os
pontos com a sonda
3. Incisão inicial biselada, para obtenção de uma margem afilada, utilizando um gengivótomo de Kirkland
Gengivoplastia
**bisel externo de oclusal para apical, angulação de pelo menos 45° (quanto mais tecido precisar tirar em espessura,
maior o ângulo) → incisão primária
6. Re-esculpimento das faces livres (gengivótomo) e interproximais (alicate), criando os sulcos de escape
7. Hemostasia
8. Cimento Cirúrgico
Gengivectomia
TÉCNICA
- Anestesia infiltrativa (quando for até 3 dentes, mais de 3 faz bloqueio regional)
- Demarcação das profundidades de sondagem (pontos sangrantes no tecido gengival no fundo da bolsa) e une os
pontos com a sonda
- Incisão em bisel interno, atingindo a crista óssea
- Incisão intrasulcular
- Remoção do colarinho
Lindhe, 1994
Gengivectomia
VANTAGENS
Lindhe, 1994
Anestesia infiltrativa
2 Incisões relaxantes
Osteotomia e Osteoplastia
• Contorno festonado
Osteotomia e Osteoplastia
TÉCNICA
• Sulcos de escape → na interproximal, 1mm abaixo da crista óssea, uma canaleta/sulco vertical com broca esférica
diamantada 1014HL ou 1016HL em alta rotação com irrigação abundante
Desgaste ósseo vertical (altura) → colocar a crista óssea no parâmetro (2 a 3 mm abaixo/apical de onde deseja a
margem gengival) nas faces livres
Desgaste ósseo horizontal (volume, contorno festonado) **não tem festonado na lingual e palatina, então não faz o
desgaste horizontal e nem os sulcos de escape (somente Desgaste ósseo vertical e perfil de crista óssea)
Perfil da crista óssea (término em zero com cinzéis de Weldsted na interproximal e cinzéis de Ochsenbein nas faces
livres) (não pode ter ângulo)
Cirurgias em Cunhas
• TIPOS DE CUNHAS
INDICAÇÕES
Cunha em "H"
Técnica
-Remoção do tecido
- Sutura
Cunha em "V"
INDICAÇÃO
Eliminação de bolsa ou aumento de coroa clínica na distal do dente mais posterior da arcada - Robinson, 1966
TÉCNICA
Cunha Distal
- Irriga
- Sutura
. Gengivoplastia
•A incisão primária (Figura 39.4), que pode ser feita com um bisturi (lâmina número 12B ou 15; Bard-Parker®) com um
cabo Bard-Parker, ou um cabo angulado (cabo de Blake), ou um gengivótomo de Kirkland número 15/16, deve ser
planejada para proporcionar margem afilada e festonada da gengiva remanescente. Assim, na área em que a gengiva
é volumosa, a incisão tem de ser feita mais apicalmente do que nas áreas em que a gengiva é mais delgada, onde se
faz necessário um bisel menos acentuado. A incisão biselada é direcionada à base da bolsa. Nas áreas onde as bolsas
interdentais são mais profundas que as bolsas vestibulares ou linguais (palatinas), quantidades adicionais de gengiva
vestibular e/ou lingual (palatina) devem ser removidas, a fim de restabelecer o contorno “fisiológico” da margem
gengival. Isso é normalmente obtido iniciando a incisão primária em um nível mais apical
•Após a incisão primária nas faces vestibular e lingual dos dentes, o tecido mole interproximal é separado do
periodonto interdental por meio de uma incisão secundária utilizando-se um gengivótomo de Orban (número 1 ou 2)
ou um gengivótomo de Waerhaug (número 1 ou 2; uma versão modificada do gengivótomo de Orban com serrilhas;
Figura 39.5)
•Os tecidos incisados são cuidadosamente removidos com uma cureta ou raspador (Figura 39.6). Pequenas
compressas de gaze frequentemente precisam ser acomodadas nas áreas interdentais para controlar o sangramento.
Quando o campo operatório está adequadamente preparado, as superfícies radiculares expostas são cuidadosamente
desbridadas
•Após o desbridamento meticuloso, as regiões dentogengivais são novamente sondadas para detectar alguma bolsa
remanescente (Figura 39.7). O contorno gengival é verificado e, se necessário, corrigido com o uso de gengivótomos
ou brocas diamantadas
•Para a proteção da área incisada durante o período de cicatrização, a superfície da ferida tem de ser coberta por um
cimento cirúrgico (Figura 39.8). O cimento deve ficar bem-adaptado às superfícies vestibular e lingual, bem como aos
espaços interproximais. Deve-se ter o cuidado de não deixar que o cimento fique muito volumoso, pois, além de
desconfortável para o paciente, pode facilitar seu deslocamento
*faz o preparo inicial, aguarda de 4 a 6 semanas e refaz o periograma, se sangrar ainda não tem saúde, aí parte pra
cirurgia
*nem todo defeito pode ser regenerado, se o paciente não for colaborador não é um bom fator
*podem ter defeitos de furca sem a presença de bolsa, por isso deve ser feito a sondagem de lesão de furca sempre,
mesmo se não houver bolsa periodontal
*para uma lesão de furca ser visível na radiografia deve estar em um nível mais avançado, por isso também deve
sempre fazer a sondagem de lesão de furca, para conseguir detectar lesões incipientes (no início)
*comprova que há perda óssea quando o osso está mais do que 2mm abaixo da junção cemento-esmalte
Regeneração do periodonto
Restauração completa dos tecidos periodontais danificados com o processo da doença, tanto do ponto de vista
ultraestrutural quanto funcional, através da proliferação e diferenciação de células mesenquimais indiferenciadas,
resultando na formação de novo osso, novo cemento e novo ligamento periodontal funcionalmente inserido na
superfície radicular
McCulloch, 1993
*devolver os tecidos periodontais perdidos pela doença → novo osso, novo cemento e novo ligamento
funcionalmente inserido na superfície radicular
Células desejáveis Células não desejáveis
• Fatores de Crescimento
Regeneração Guiada
PRINCÍPIOS BÁSICOS
• Alteração de superfícies radiculares expostas patologicamente (descontaminação) (classe 3 e 4 de lesão de furca não
é possível) (onde teve perda óssea fica um tecido de granulação que deve ser retirado, o espaço que ficar vai ser
preenchido pela regeneração)
• Manipulação adequada das populações celulares progenitoras (compartimentalização → faz uma barreira com
membrana)
Wikesjö & Nilvéus, 1990; Haney et al, 1993; Garrett, 1994; Hardwick, Hayes, Flynn, 1995
Lesões mais profundas resultam em maior preenchimento ósseo do que nos defeitos rasos
Quanto mais paredes remanescentes, maior a chance de sucesso (mais fácil formar uma parede do que 3 paredes)
• Quantidade de superfície radicular exposta e capacidade de obtenção de adequada cobertura radicular (Stahl &
Froum, 1991) (quanto menor exposição melhor)
• Ângulo do defeito com o longo eixo do dente (Steffensen & Weber, 1989)
Quanto menor o ângulo, maior a chance de sucesso (quanto menor a distância da parede óssea à superfície radicular
melhor)
Membranas
Nitrocelulose
Celulose
Teflon
*São estruturais → pode moldar na maneira que quiser e ela vai permanecer
*como não são absorvíveis, é necessário fazer outra cirurgia para tirar
*toda cirurgia causa contração tecidual (pode ter chances de expor raiz)
*recomendado para grandes perdas ósseas quando depois vai precisar fazer um acesso cirúrgico, por exemplo
implante
• Necessidade de um segundo procedimento cirúrgico para sua remoção (3 a 6 semanas após a intervenção inicial)
• Seu manuseio clínico gera colabamento no defeito, não oferecendo compartimentalização do espaço necessária
para a regeneração (não são estruturais, elas entram para o defeito, por isso é necessário usar enxerto ósseo)
• Deve necessariamente ser utilizada em associação com enxertos ou substitutos ósseos (para manter espaço)
Blumenthal, 1987; Pitaru et al, 1987; Blumenthal, 1988; Fleisher, Waal, Bloom, 1988; Magnusson et al, 1988; Pitaru et
al, 1988; Pitaru et al, 1989;
Chung et al, 1990; Magnusson et al, 1990; Wang & McNeil, 1998
Colágeno
MATERIAIS DE ENXERTIA
*Osteogênico→ funciona como arcabouço (estrutura que fornece amparo para a formação naquela área) (osso
trabecular, passa vasos sanguíneos entre as trabéculas), faz quimiotaxia para células mesenquimais indiferenciadas
que vão se diferenciar em células formadoras de osso (“chamam”/induzem as células indiferenciadas), possui
osteoblastos
• Vantagens:
• Desvantagens:
quando osso triturado, desconhecimento da qualidade dos fragmentos ósseos coletados; quando osso fraturado,
técnica de difícil execução e indicações limitadas
Hegedüs, 1923; Hiatt, 1963; Ewen, 1965; Nabers & O’Leary, 1965; Ross, Malamed, Amsterdam, 1966; Halliday, 1969;
Robinson, 1969; Rivault et al, 1971; Diem, Bowers, Moffitt, 1972; Freeman & Turnbull, 1973; Hiatt & Schallhorn, 1973;
Coverly, Toto, Gargiulo, 1975; Froum et al, 1975; Carraro, Sznajder, Alonso, 1976; Froum, Lemler, Horowitz, 2001
• Enxerto Autógeno
• Áreas doadoras extra bucais
• Vantagens: eficaz em defeitos ósseos com vários números de paredes, em furcas e até uma certa extensão em áreas
supra alveolares
• Desvantagens:
grande morbidade;
reabsorção radicular;
alto custo
• Técnica não mais utilizada para DEFEITOS PERIODONTAIS por causar muito anquilose
Hegedüs, 1923; Schallhorn, 1968; Cushing, 1969; Schallhorn, 1970; Burnette, 1972; Dragoo & Irwin, 1972; Schallhorn,
1972; Dragoo & Sullivan, 1973; Bierly et al, 1975; Schallhorn, 1976; Schallhorn, 1977
- Colágeno tipo I
- Osteonectina
- Sialoproteína óssea
• Sua utilização como material para enxertia determina a formação de osso vital e, quando utilizado em procedimentos
periodontais, determina a formação de novo osso, novo cemento e novo ligamento periodontal funcionalmente
inserido
Osteoindução
• Enxerto Alógeno
*Preenchimento ósseo: cerca de 50% com OAL e 78% com OAL associado a osso autógeno
Urist, 1965; Urist, 1971; Libin, Ward, Fishman, 1975; Nabers & O’Leary, 1965; Mellonig et al, 1976; Sepe et al, 1978;
Mellonig, Bowers, Bailey, 1981; Pearson, Rosen, Deporter, 1981; Quintero et al, 1982; Sanders et al, 1983; Schallhorn,
McClain, 1988; Bowers et al, 1989; Andereeg et al, 1991; Mellonig, 1991
• Enxerto Xenógeno
*somente funciona como arcabouço → corpo reconhece esse arcabouço, o reabsorve e deposita osso no lugar
*Esse osso pode ser cortical, medular ou cortico-medular → dependendo de onde retirou o osso, o osso medular é
mais fácil destruído para reposição óssea (mais rápida a neoformação), o cortico-medular um pouco mais difícil de
destruir e o cortical o mais difícil/mais demorado para destruir
*se tiver um defeito passível de tratamento e prognóstico bom, usa osso medular
*Quando o prognóstico é ruim, usa osso cortical porque demora tanto para ser destruído que nesse tempo funciona
vedando o meio interno do externo *um estudo mostrou um caso que tinha osso sendo destruído depois de 28 anos
• Material osteocondutor
Enxertos Aloplásticos
• Hidroxiapatita, vidro biologicamente ativo, fosfato de tricálcio, carbonato de cálcio, esclera, cartilagem, gesso paris,
materiais plásticos, materiais derivados de coral
• Desvantagens: baixo potencial de indução osteogênica, não constituem substitutos confiáveis aos materiais de
enxerto ósseo
Schaffer, 1956; Schaffer, 1957; Schaffer, 1958; Johnson, Parkhill, Grindlay, 1962; Alderman, 1969; Shaffer & App, 1971;
Klingsberg, 1972; Klingsberg, 1974; Levin et al, 1974; Passell & Bissada, 1975; Ellegaard, Nielsen, Karring, 1976;
Moskow, Golg, Gottsegen, 1976; Turnbull, Freeman, Melcher, 1976; Feingold et al, 1977; Nery & Lynch, 1978; Rabalais,
Yukna, Mayer, 1981; Froum et al, 1982; Busschopp, De Boever, 1983; Yukna, Mayer, Brite, 1984; Kenney et al, 1985;
Meffert et al, 1985; Carranza et al, 1987; Stahl & Froum, 1987; Kenney et al, 1988; Yukna, 1990; Hippolyte, Fabre,
Peyrol, 1991; Sottosanti, 1992; Kim et al, 1998; Andereeg, Alexander, Freidman, 1999; Lekovic et al, 2000
BIOMODIFICAÇÃO RADICULAR
*Modificação da área, substância ácida na área radicular, tem efeito bactericida direto, expõem fibras de dentina e
cemento, o estimula cementogênese, amplia a porção terminal dos túbulos dentinários (para inserção das fibras de
Sharpey), inibe a migração apical do epitélio juncional, dá mais tempo para inserção das fibras, inibe anquilose
• Substâncias propostas:
- EDTA pH neutro
- Ácido cítrico pH 1
- Tetraciclina ácida
Register, 1973; Register & Burdick, 1975; Register & Burdick, 1976; Ririe et al
• Estimulação da cementogênese
*Inibe anquilose
Urist, 1965; Urist, 1971; Register & Burdick, 1976; Stahl & Froum, 1977; Crigger et al, 1978; Garrett, 1978; Nilvéus et
al, 1980; Fine et al, 1980; Renvert & Badersten, 1981; Daly, 1982; Polson & Proye, 1983; Polson et al, 1984; Terranova
et al, 1986; Wikesjö et al, 1988; Alger et al, 1990
Relacionados ao paciente:
• Controle de placa
• Espessura do tecido gengival *muito fino pode não ter um bom resultado
• Doença periodontal ativa *depois da reavaliação, comprovando que está sem doença ativa
Relacionados à técnica:
• Desenho do retalho
INDICAÇÕES
Defeitos de 2 paredes
Defeitos de 1 parede
• Confecção de retalho mucoperiosteal *retalho adequado que consiga ter acesso e instrumentar
• Debridamento do defeito ósseo → remove o tecido de granulação, remover qualquer resto epitelial que tenha, abrir
espaço para colocação do enxerto
**EDTA em gel por 1min e 30s em contato com a superfície radicular apenas e depois suga e irriga até não ter mais
nenhum resquício do gel
*se for um enxerto Xenógeno deve hidratar em soro fisiológico e retirar o excesso em uma gaze
MEDICAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA
• Antibioticoterapia
Quando bem indicadas, as técnicas de RTG e ROG constituem procedimentos cirúrgicos regenerativos capazes de
devolver ao periodonto sua configuração inicial a partir da formação de novo osso, novo cemento e novo ligamento
periodontal, prevenindo a migração do epitélio juncional ao longo da parede da bolsa e determinando maior
previsibilidade dos resultados nas correções de defeitos infra-ósseos.
Dúvida
Quando há hiperplasia gengival em um paciente com aparelho fixo ortodôntico deve fazer o tratamento (aumento de
coroa clínica aparentemente)? → Não, somente se essa hiperplasia estiver impossibilitando a higienização correta
(por exemplo: não consegue usar o passa fio) ou atrapalhando a movimentação ortodôntica, pois se fizer um aumento
de coroa clínica aparente no meio do tratamento e o ortodontista precisar fazer mais alguma movimentação, após as
mudanças feitas podem não ficarem harmônicas, o contorno gengival não fica bom com a nova posição do dente, se
fizer uma vestibularização pode causar recessão (diminui tábua óssea vestibular, consequentemente, a gengiva). Se
precisar, só tira a bolsa falsa e após o tratamento ortodôntico avalia a estética e faz os procedimentos necessários
para ficar mais harmônico
Cirurgias Plásticas Periodontais e Peri-implantares
Terminologia
Cirurgia Mucogengival
FRIEDMAN (1957)
2. Vestíbulos rasos
3. Freio interferindo com a gengiva marginal
Terapia Mucogengival
• Recobrimento radicular
GLOVER (2004)
Cirurgias mucogengivais
Objetivos:
Dentes com restaurações subgengivais e zonas estreitas de gengiva ceratinizada apresentam maiores índices de
inflamação gengival do que dentes com restaurações similares e amplas zonas de gengiva inserida
(Stetler&Bissada, 1987)
Gengiva Ceratinizada
A presença de tecido ceratinizado espesso funciona como uma barreira resistente ao dano causado pelo trauma da
mastigação e de estímulos térmicos e químicos provenientes da dieta que têm contato direto com a gengiva
1. Impermeabilização
- Dificulta a penetração de substâncias tóxicas que iniciam o processo inflamatório no tecido conjuntivo
2. Imobilização
3. Fluido sulcular
- Semelhante ao plasma sanguíneo mais diluído, contém substâncias específicas e inespecíficas de defesa
- Dificulta a penetração de substâncias tóxicas no tecido conjuntivo que iniciam o processo inflamatório e,
consequentemente, a perda óssea
1. Saliva
3. Epitélio juncional
- Contém componentes de defesa como alta velocidade de renovação celular e o sentido dessa renovação
4. Células inflamatórias
- Quimiotaxia para neutrófilos, que habitam a área marginal e cujas enzimas não afetam as estruturas epiteliais pois
são ativadas somente fora do sulco gengiva
5. Mucosa ceratinizada
- Local de irrupção: mais na região ântero-superior, depois ântero-inferior, depois postero-superior e por último
postero-inferior
- Quantidade de irrupção: quanto mais erupcionado, mais gengiva ceratinizada, quando não erupciona mais ocorre a
erupção passiva, os dentes se desgastam com o passar do tempo/idade o corpo tenta manter a dimensão vertical de
oclusão fazerno uma erupção contínua ativa e passiva, assim, a quantidade de gengiva ceratinizada aumenta
- Idade: quanto mais velho, mais recessão gengival e mais gengiva ceratinizada
- Profundidade de vestíbulo
- Tracionamentos
→ Sob medidas adequadas de higiene oral e ausência de placa bacteriana, a saúde gengival, medida por meio de
ausência de perda de inserção e ausência de inflamação, pode existir em áreas com pouca ou nenhuma faixa de
gengiva ceratinizada (Friedman,1962;Grevers,1977;Miyasato et al,1977;DeTrey&Bernimoulin,1980;Dorfman et al,
1980;Dorfman et al,1982;Kennedy et al,1985)
→ Entretanto, certos estudos demonstraram que áreas com 2mm ou menos de gengiva inserida geralmente
apresentam sinais clínicos de inflamação, mesmo sob um regime adequado de higiene oral
(Corn,1962;Lang&Löe,1972;Maynard&Wilson,1979) *menos que 2mm está mais perto de inflamação do que de saúde
gengival
*quando se tem pouca mucosa ceratinizada, durante a escovação próximo à gengiva, a pessoa sente sensibilidade
→ A ausência de gengiva ceratinizada por si só não constitui uma indicação para a realização de cirurgia para aumentar
sua faixa (Wagenberg et al,1989)
1. Aumenta a remoção de placa ao redor da margem gengival *consegue colocar as cerdas da escova no sulco sem
sensibilidade
- 8% crianças
- até 100% pacientes com mais de 50 anos *Recessão fisiológica, quando excessiva é patológica
Fatores Predisponentes: *deixam mais fácil a condição, mais favorável para recessão
*retração é quando a gengiva se se encontra em um grau de inflamação que não está mais aderida ao dente por conta
da inflamação
Smith (1997) → Fator predominante geralmente difícil de ser identificado, pois os fatores se misturaram/associam
2. Largas e rasas
3. Estreitas e profundas
4. Largas e profundas
Classificação de Miller
Classe I
Classe II
Classe III
→Prognóstico duvidoso
→Prognóstico duvidoso
Classe IV
*para recobrir é necessário gengiva ceratinizada e para enxerto é necessário ter irrigação sanguínea e imobilização
✓ Estética
✓ Sensibilidade do colo e prevenção de abrasões e/ou cáries
✓ Regularização do contorno morfológico da margem gengival, oferecendo condições mais propícias para a
higiene oral
✓ Criação de uma zona adequada de gengiva ceratinizada, que oferece uma melhor homeostasia marginal e
maior proteção da crista óssea
- Degraus cervicais *degrau entre esmalte e cemento, devem ser diminuídos durante a cirurgia
(Woofter,1969;Hangorsky&Bissada,1980)
- Afeta: Localização da margem gengival, Largura da gengiva inserida, Altura e espessura do osso alveolar
Critérios para cirurgia de recobrimento radicular ser considerada bem sucedida (Harris,1992):
A seleção apropriada das diversas técnicas mucogengivais deve ser baseada na previsibilidade de sucesso que, em
parte, é baseada nos seguintes critérios:
✓ Sítio cirúrgico livre de placa, cálculo e inflamação
✓ Suprimento sanguíneo adequado para o tecido doado
✓ Anatomia dos sítios receptor e doador
✓ Estabilidade do tecido enxertado no sítio receptor
✓ Trauma mínimo do sítio cirúrgico
*maior desvantagem é a coloração, o enxerto que foi pego do palato tem cor diferente da gengiva
Técnica clássica
2. Incisão horizontal na altura da JCE *até o centro da papila adjacente *retalho trapezoidal, 3 incisões
3. Duas incisões verticais com extensão à mucosa alveolar *do centro das papilas interproximais *levemente
divergentes para apical, se mantém na interproximal
4. Confecção de um retalho de espessura parcial, que consiste em epitélio e tecido conjuntivo subjacente,
permanecendo periósteo intacto sobre a área *com leves movimentos para apical sempre paralelo ao tecido
5. Confecção de um “mapa” ou molde do leito receptor para ser usado como padrão no momento de obtenção
do enxerto *largura de incisão relaxante à incisão relaxante e de altura por volta de 5 e 6mm, pois o tecido
tem uma contração de no mínimo 50%, então, fica por volta de 2,5 e 3mm
6. Avaliação do leito receptor quanto ao periósteo:
- Integridade
- Espessura
• Entretanto, é observado um atraso na cicatrização nas 2 primeiras semanas, provavelmente devido ao menor
suprimento sanguíneo
(Edel,1974;Caffesse et al,1979)
Obtenção do enxerto
*anestesia por bloqueio ou infiltrativa (melhor pela hemostasia, vasoconstrição) ao redor de onde vai retirar o enxerto
*nunca sobre o local que vai pegar o enxerto*
7. Posicionar o mapa sobre o palato preferencialmente entre o 1º ou 2º pré-molar e o 1º molar, evitando assim
o trajeto da artéria palatina maior e as rugosidades palatinas *artéria palatina passa pelo 2°M e vai para o
centro do palato
8. Realizar incisões rasas em todo o contorno do mapa
9. Aprofundar as incisões para obtenção de um enxerto com espessura ideal entre 1 a 1,5mm (Pennel et
al,1969;Mormann,Schaer,Firestone,1981) *paralelo ao tecido
10. Remoção do enxerto do leito doador *comprimir com gaze
11. Tratamento do enxerto obtido, se necessário *se precisar suturar o palatina ou a artéria palatina, deixa em
uma gaze úmida com soro
*retirar todo o tecido gorduroso que tiver
13. Posicionar o enxerto no leito receptor e comprimi-lo com uma gaze úmida
14. Sutura com fio absorvível do enxerto em posição *confere se tem mobilidade *quanto menos ponto tiver melhor
*Depois de 7 dias tira o cimento e os pontos do palato, na área receptora tira o cimento e higieniza com uma gaze
com água oxigenada 10vol com compressões leves, seca e espera mais 2 semanas e depois tira os pontos
→ Fase inicial:
- O enxerto é mantido por uma difusão de fluidos (circulação plasmática) do leito receptor, gengiva adjacente e
mucosa alveolar (Gargiulo&Arrocha,1967)
→ Revascularização:
→ Revascularização:
- O epitélio sofre degeneração e desprendimento, com necrose completa ocorrendo em alguma áreas
(Oliver,Löe,Karring,1968;Caffesse,Carraro,Carranza,1972)
- Predisposição genética da característica específica da mucosa oral, dependente do estímulo originado do tecido
conjuntivo (Karring,Ostergaard,Löe,1971)
→ Maturação:
- A integração funcional do enxerto ocorre acerca do 17º dia, permanecendo, entretanto, morfologicamente
distinguível do tecido circunjacente durante meses
**pode ser feito o aumento da faixa de gengiva ceratinizada e depois de 4 meses o Recobrimento Radicular
*não é indicado para aumento da gengiva ceratinizada mas cria uma pouco de mucosa ceratinizada
Técnica Clássica
✓ 1. Anestesia
6. Confecção de um “mapa” ou molde do leito receptor para ser usado como padrão no momento de obtenção
do enxerto
7. Posicionar o mapa sobre o palato preferencialmente entre o 1º ou 2º pré-molar e o 1º molar, evitando assim
o trajeto da artéria palatina maior e as rugosidades palatinas
8. Contornando o mapa, realizar uma incisão horizontal na porção mais próxima da margem gengival, unindo
outras duas incisões verticais (técnica do alçapão)
9. Dissecção do epitélio
10. Confecção de nova divisão do retalho para remoção do tecido conjuntivo subjacente, de maneira tal que o
tecido ósseo se mantenha protegido por uma camada de tecido conjuntivo e periósteo
11. Tratamento do enxerto obtido, se necessário
12. Adaptar o enxerto sobre a raiz desnuda e fixá-lo em posição com suturas na gengiva adjacente e no periósteo
13. Deslizar o retalho dividido no sentido coronal, visando cobrir o enxerto completamente
14. Suturar o retalho em seus bordos laterais e regiões interdentais
15. Suturar o leito doador
16. Proteger os leitos doador e receptor com cimento cirúrgico
- Pode levar a uma nova recessão ou à formação de bolsa periodontal mais facilmente quando comparado com a
formação de um novo aparato de inserção
- Desde que o tecido conjuntivo seja denso e com qualidade e quantidade adequadas para permitir a justaposição
do epitélio contra o dente, esse resultado não é tão desfavorável
- Mais frequente nos casos de recobrimento radicular através de regeneração tecidual guiada
✓ O freio é uma prega da membrana mucosa, geralmente com fibras musculares entranhadas, que liga os lábios
e a bochecha à mucosa alveolar ou gengiva e periósteo subjacente
✓ Um freio torna-se um problema se sua inserção for muito próxima à gengiva marginal
✓ Sua tensão pode deslocar a margem gengival para distante do dente e essa condição pode conduzir ao
acúmulo de placa e inibir a escovação dentária apropriada
Frenectomia e Frenotomia
Freio Labial
- Recolocação da inserção do freio de forma a criar uma zona de gengiva inserida entre a margem gengival e o
freio
✓ Os problemas relacionados ocorrem com maior frequência na superfície vestibular, entre os incisivos centrais
superiores e inferiores, e nas áreas de canino e pré-molar (Whinston,1956)
✓ Esses problemas são menos frequentes na superfície lingual da Mandíbula
✓ Para determinar a necessidade da remoção cirúrgica do freio, é possível utilizar a resposta ao teste de Bowers
(1963)
✓ Ao realizar uma pressão no sentido ápico-oclusal ou a tração de freios e bridas não deve ocorrer uma isquemia
da margem gengival na região em questão
✓ Se a isquemia ocorrer, sua remoção é Necessária
Freio lingual
✓ O freio lingual pode ser problemático se inserido na crista do rebordo alveolar (Braga et al,2009)
✓ Pode gerar diminuição da mobilidade da língua, podendo assim prejudicar certas funções como fala,
mastigação e deglutição
Técnica Cirúrgica
✓ Anestesia da área
✓ Transfixação da língua com fio de sutura, próxima à sua ponta
✓ Apreensão do freio com uma pinça hemostática inserida próxima à base da língua
✓ Realizar uma incisão ao longo da superfície inferior da pinça, até a sua ponta
✓ Remoção da inserção do freio na margem gengival
✓ Sutura da mucosa lingual, dando atenção às estruturas da área como o ducto da glândula sublingual
✓ Antes de completar a sutura, recomenda-se que o paciente execute movimentos livres da língua para se
certificar do êxito do procedimento (Toledo,2005)
CASO CLÍNICO