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Recontorno dos rebordos alveolares

Qual o objetivo?

Manter o osso alveolar regular no momento da extração dentária ou após o período de


cicatrização inicial, caso haja necessidade de um recontordo para a confecção da prótese final.

Alveoloplastia Simples Associada à Remoção de Múltiplos Dentes

• É a melhor opção quando há a presença de muitas irregularidades. Um recontorno


extenso é necessário nesse caso, faz-se a alveoloplastia simples associada à remoção
de múltiplos dentes do arco. A técnica é a mesma se o recontorno do rebordo alveolar
for feito no momento da extração dentária ou após a cicatrização. Deve ser realizado
um retalho em envelope, o objetivo é uma maior visualização da área.
• Materiais utilizados: pinça goiva, lima para osso ou uma broca para osso em peça de
mão (com irrigação abundante com soro fisiológico, para evitar o superaquecimento).
• O tipo de sutura mais viável nessa situação é a contínua por causar menos incômodo
ao paciente e proporcionar uma melhor higienização, o fio de preferência são os
reabsorvíveis.

Rebordo em ponta de faca na mandíbula

• A porção superior afiada do alvéolo pode ser removida de maneira semelhante à


descrita para uma alveoloplastia simples.
• Deve ser realizada anestesia local e uma incisão sobre a crista, ao longo do rebordo
alveolar, a cerca de 1 cm além das margens da área que possui necessidade de
recontorno. Após descolamento mínimo do mucoperiósteo, pode-se usar uma pinça-
goiva para remover a maior parte da área afiada da face superior da mandíbula. Usa-se
uma lima para osso para regularizar a face superior da mandíbula. Após irrigação
abundante, fecha-se essa área com suturas contínuas ou interrompidas. Antes de
remover qualquer tecido ósseo, deve-se considerar seriamente a reconstrução do
rebordo por meio de procedimentos de enxerto.

Alveoloplastia Intrasseptal

• Consiste na remoção de osso intrasseptal e o reposicionamento do osso cortical


vestibular, e não na remoção de áreas excessivas ou irregulares da cortical vestibular.
• Técnica utilizada quando há irregularidade no fundo do vestíbulo por conta da
configuração do rebordo alveolar.
• Descrição de como é realizada a técnica:
Vantagens:
• A proeminência vestibular do rebordo alveolar pode ser reduzida sem
diminuição significativa da altura do rebordo nessa área
• Mantém o periósteo aderido ao osso subjacente.
• Os músculos aderido a área operada não são afetados

Desvantagens:

• Redução da espessura do rebordo

Redução da Tuberosidade Maxilar (Tecido Duro)


• Resultado de excesso de osso, do aumento na espessura do tecido mole que recobre o
osso ou de ambos.
• É necessário uma radiografia pré-operatória ou uma sondagem seletiva com agulha
para anestesia local a fim de determinar as extensão do osso e do tecido mole
• A cirurgia deve ser realizada com anestesia local infiltrativa ou por bloqueio dos nervos
alveolar superior posterior e palatino maior. Obtém-se acesso à tuberosidade para
remoção óssea através da incisão sobre a crista que chega até a área posterior da
tuberosidade.
• O excesso de tecido mole que ficará sobreposto como resultado da remoção de osso
deve ser removido com uma incisão em forma elíptica
• Em ocorrência de perfuração ampla do seio com perfuração da membrana, é
recomendado o uso de antibióticos e descongestionantes no pós-operatório. O
antibiótico de eleição geralmente é a amoxicilina, exceto se contraindicado por alergia.

Exostose Vestibular e Irregularidades Excessivas

As elevações ósseas excessivas e as áreas irregulares são mais comuns na maxila do que na
mandíbula.

A técnica consiste na aplicação de anestésico local na área de remoção. Na mandíbula pode ser
necessário o bloqueio do nervo alveolar inferior.

• Incisão sobre o rebordo + retalho mucoperiosteal (se necessário incisões relaxantes


para melhor visualização)
• Áreas de menores irregularidades podem ser resolvidas com a lima para osso e áreas
maiores com pinça goiva ou instrumentos giratórios.
• Suturas contínuas ou interrompidas
• As moldagens para a confecção da prótese podem ser realizadas quatro semanas após
a cirurgia.

Em alguns casos as exostoses são solucionadas através de enxertos ósseos, com osso
autógeno ou alógeno.
• Ocorre com mais frequência região anterior da maxila ou da mandíbula
• Técnica anestésica: local
• Expõe-se a porção irregular do rebordo com uma incisão na crista e uma dissecção
padrão
• Após criar um túnel com o descolador de periósteo aplica-se o material autógeno ou
alógeno no defeito, cobrindo-o com uma membrana reabsorvível.

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