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Materiais Obturadores dos Canais Radiculares

Introdução:

O objetivo da obturação do canal radicular é selar toda a extensão da


cavidade endodôntica, desde a sua abertura coronária até seu término apical.
Ou seja, o material obturador deve ocupar todo o espaço outrora ocupado pelo
tecido pulpar, promovendo um selamento adequado nos sentidos apical, lateral
e coronário. (Johnson 2006). Canais instrumentados. Mas não obturados,
resultariam inevitavelmente em fracasso a longo prazo, pois o espaço vazio seria
propicio para a proliferação de microrganismos remanescentes e para ao
estabelecimento de novos microrganismos provenientes da cavidade bucal.
Em outras palavras, o enquanto o preparo químico-mecânico e a
medicação intracanal devem reduzir a carga bacterina a níveis compatíveis com
o reparo periradicular, o papel primordial da obturação é manter estes níveis
baixos, eliminando o espaço para a recolonização (Siqueira 2011).
Os parâmetros fundamentais para o sucesso do tratamento endodôntico
são: Controle da infeçao; obturação compacta do canal radicular; limite da
obturação até 2mm aquém do forame apical; restauçao coronária adequada.

Selamento Apical

Os microorganismos remanescentes que sobreviveram ao preparo


químico-mecânico são um potencial para o fracasso do tratamento. Portanto, a
obturação deve impedir a volta destes microrganismos para os tecidos
periradiculares (Torabinejad 2009).
As principais regiões que funcionam como reservatórios de irritantes são
os istmos, túbulos dentinários, canais recorrentes, secundários, acessórios,
reentrâncias do canal principal. Uma vez segregados nestas regiões muitos
podem sucumbir por ausência de substratos.
A principal forma de suprimento de substratos para MO remanescentes
se da através da percolação de fluidos oriundos dos tecidos perirradiculares, via
forame apical ou ramificações apicais, pelo espaço existente entre o material
obturador e as paredes do canal, resultante de um selamento inadequado. Uma
vez recebendo esses fluidos teciduais os MO começam a proliferar e liberar seus
produtos. Esses MO necessitam de tempo para se proliferarem para induzir a
formação de lesão, por isso que o fracasso associado ao selamento apical é
observado a longo prazo.

Selamento Lateral

Ramificações do canal principal podem constituir uma via de comunicação


entre irritantes residuais no canal e os tecidos periradiculares. Assim, um
selamento lateral adequado também é requerido para o sucesso do tratamento.
(Torabinejad 2009).
Selamento Coronário

Um selamento coronário adequado, juntamente com o selamento apical,


exerce um papel importante no resultado do tratamento endodôntico. Se
irritantes presentes na saliva, como MO, produtos microbianos, componentes da
dieta e substâncias químicas entrarem em contato com os tecidos
periradiculares, estes podem tornar-se inflamados. Canais obturados expostos
diretamente à saliva podem tornar-se rapidamente contaminados (em média
após 30 a 48 dias, in vitro), graças a solubilização do cimento endodôntico e à
permeabilidade da obturação (Torabinejad 1990 e Siqueira 1999). Essa
exposição pode ocorrer devido a perda do selador temporário ou da restauração
definitiva; microinfiltraçao através do selador temporário ou restauração
definitiva; desenvolvimento de carie secundaria; fratura do material restaurador
ou da estrutura dentária. Assim a restauração definitiva deve ser executada o
mais rapidamente possível evitando-se manter por longos períodos o selador
temporário. Ray e Trope 1995 afirmaram que a restauração coronária foi mais
significativamente importante para o sucesso a longo prazo do tratamento
endodôntico do que a qualidade da obturação do canal propriamente dita.
Tronstad et al 2000 afirmam que ocorre um índice maior de sucesso do
tratamento endodôntico quando há associação entre um bom tratamento
endodôntico e uma boa restauração coronária.

Momento da Obturaçao

Para se eleger o momento ideal da obturação, alguns requisitos devem


ser preenchidos

• Preparo Químico-mecânico Completo


O canal só deve ser obturado quando sua ampliação, limpeza,
desinfeçao e modelagem tiverem sido completadas.

• Ausência de Exsudação Persistente


No momento da obturação, necessariamente devemos secar o
canal. Se após a remoção da medicação observa-se a drenagem de
exsudato pelo canal, este não deve ser obturado. Primeiro porque isso
sugere que o tratamento não esta sendo eficaz ou esta sendo feito de
forma inadequada causando uma agressão física ou química aos tecidos
perirradiculares. Segundo ponto é que a presença de umidade interfere
nas propriedades dos materiais obturadores causando deficiências no
selamento.

• Ausência de Sintomatologia
No momento da obturação o paciente não deve apresentar
sensibilidade à percussão, sensação de dente crescido ou dor
espontânea. Isso indica que o tratamento não esta sendo eficaz para
eliminar a causa do problema e/ou houve erros de procedimentos.
Permanêcia de MO, a sobreinstrumentaçao, e o uso abusivo de
substâncias químicas de elevada citotoxidade são as causas mais
comuns de dor persistente.

• Ausência de Odor
O canal não deverá ser obturado na presença de odor fétido, pois
isto indica a permanência da infecção endodôntica, com proliferação de
microrganismos, particularmente, os anaeróbios. O odor necessita estar em alta
intensidade para ser percebido pelo profissional, evitando-se de cheirar os
instrumentos e cones de papel retirados do canal.

Obturaçao em Sessão Única VS Duas ou mais Sessões

O tratamento endodôntico em sessão única tem algumas vantagens para


o profissional e o paciente pois além de poupar tempo, previne a contaminação
(dentes polpados) ou a recontamincaçao (destes despolpados) que pode ocorrer
entre as sessões do tratamento. Não há duvidas em relação ao tratamento de
biopulpectomia de que se o fator tempo, habilidade do operador, condições
anatômicas e material disponível deve-se realizar o tratamento em sessão única.
Entretanto dentes despolpados com lesões periapicais, representa um dos
assuntos mais controversos da especialidade.
Dois fatores são críticos quando se considera o tratamento em sessão
única em dentes despolpados: A incidência de sintomatologia pós-operatótia e o
sucesso a longo prazo da terapia

Sintomatologia Pós-Operatória
Observando a incidência de sensibilidade pos-operatoria após
tratamentos endodônticos realizados em sessão única ou mutiplas sessões, os
resultados encontrados mostraram que o estado patológico pulpar não interfere
nos resultados (Roane 1983; Trope 1991). Entretanto outro fator deve ser
altamente considerado: o sucesso a longo prazo

Sucesso a Longo Prazo


Alguns estudos bem controlados revelaram resultados desalentadores
para o tratamento em sessão única de cnais infectados em dentes humanos.
Sjogren et al 1997 investigaram o papel da infeçao no sucesso da terapia
endodôntica concluída em sessão única. Os canais de dentes despolpados
tratados em múltiplas sessões, quando obturados no limite adequado (0 a 2mm),
resultaram em sucesso de 94%. Um recente estudo de Ricucci et al 2011,
demostraram diferença significativa entre o índice de sucesso de dentes
infectados tratados em duas sessões (melhores resultados) ou em uma sessão
(piores resultados).
A perpetuação do processo patológico Peri radicular causada pela
persistência de uma infecção endodôntica vai depender:
-do acesso destes MO aos tecidos periradiculares; - da resistência do
hospedeiro; -da virulência; -e do numero de MO envolvidos.
Assim, como MO remanescentes em áreas de anfractuosidades aos
instrumentos e à substancia química auxiliar representam um potencial para o
fracasso a longo prazo do tratamento, medidas adicionais que envolvem a
utilização de medicação intracanal pode ser eficaz neste sentido (Siqueira
2007). Ao contrario das necropulpectomias, em casos de tratamento de
biopulpectomias, desde que a cadeia asséptica tenha sido mantida durante os
procedimentos intracanais, não há razão aparente para não concluir o
tratamento em sessão única. Em casos de necrose pulpar, principalmente
associadas as lesões periapicais, o canal deve ser obturado em uma segunda
sessão após a permanência de uma pasta de hidróxido de cálcio associada ao
PMCC e ao propilenoglicol por um período de 7 a 14 dias.

Limite Apical de Obturação

Parece consensual que o limite apical de obturação deve se restringir ao


interior do canal em uma região próxima ao forame apical. Em casos de dentes
despolpados com lesão, o limite da obturação pode influenciar no tratamento.
Sjogren et al 1990 demonstrou que o índice de sucesso em casos de
necropulpectomias esta ligado a diversas variáveis sendo que a presença de
uma microbiota complexa instalada e disseminada para todo o SCR, caracteriza-
se como uma infecção mais difícil de controlar.
Segundo Sjogren et al o sucesso de dentes despolpados com lesão
depende do nível da obturação em relação ao ápice radicular. Canais obturados
no limite do ápice ou até 2mm aquém apresentaram 94% de sucesso enquanto
que os sobreobturados ou os obturados aquém de 2mm do ápice apresentaram
índices menores. Mesmo em casos que o segmento instrumentado não foi
obturado, o fracasso pode advir, visto que, o espaço vazio será rapidamente
recolonizado pelos MO remanescentes, que irão se multiplicar na presença de
substrato supridos principalmente no fluido tecidual oriundo dos tecidos
perirradiculares que por capilaridade ira preencher os segmentos vazios apicais.
Em casos de sobreobturação, embora casos de fracassos associados a
uma reação de corpo estranho ao material extravasado, na maioria das vezes, a
presença de MO, é o principal elemento determinante do insucesso, e não a
toxicidade dos materiais comumente utilizados na atualidade (Ricucci 2009).
Com base no exposto, consideramos que a obturação deve preencher
toda a extensão do canal preparado, devendo se localizar, sempre que possível,
de 0,5 a 2mm do ápice radiográfico. Especificamente, tem sido sugerido que o
comprimento de 0,5mm aquém do ápice é o que fornece melhores resultados
segundo Chugal et al 2003.

Descontaminação dos Cones de Guta-Percha

Depois de removidos de suas embalagens, alguns cones de guta-percha


comercialmente disponíveis podem encontrar-se contaminados com MO
potencialmente patogênicos. Embora a maioria dos cones de guta não seja
esterilizada pelo fabricante, alguns fatores como a presença de óxido de zinco,
é responsável pelo baixo percentual de contaminação dos cones.
Entretanto há alguns fatores importantes para desinfeta-los antes do uso:
• Algumas bactérias não orais tem sido detectadas em canais provocando
infecções persistentes, e a causa, consistem em uma quebra da cadeia
asséptica ( como o uso de cones contaminados) Haapasalo 1983
• Mesmo que a embalagem esteja intacta, alguns cones pode vir
contaminados Gomes et al 2005.
• Depois que a embalagem é aberta os cones são expostos ao ambiente e
o risco de contaminação aumenta substancialmente Gomes et al 2005
Estudos demonstraram que a imersão dos cones em hipoclorito de sódio,
nas concentrações entre 2,5% e 5,25% é suficiente para eliminar
efetivamente os microorganismos contaminantes Siqueira et al 1998
Após a desinfecção, os cones devem ser lavados com água destilada,
com o objetivo de remover resíduos oriundos da soloção de hipoclorito.

TÉCNICA DE COMPACTAÇÃO LATERAL

A técnica de compactação lateral, praticada há mais de 100 anos,


é considerada o padrão ouro das obturações (Silveira 2003). Apesar de
existirem diversas técnicas de obturação, não existem evidências
cientificas de que uma técnica seja superior a outra em situações
convencionais. Na verdade, a melhor técnica é aquela que o profissional
domina.
A técnica de condensação lateral, também denominada
compactação lateral a frio, parece ter sido inicialmente proposta por
Callahan em 1914.
O termo compactação lateral refere-se à colocação sucessiva de
cones auxiliares lateralmente a um cone principal bem adaptado e
cimentado no canal. O espaço para os auxiliares é normalmente criado
pela ação de espaçadores. O Termo compactação em substituição ao
termo condensação é recomendado pelo glossário de terminologia
contemporânea para endodontia (AAE 1998). A técnica é indicada para a
maioria das situações endodônticas, entretanto, em curvaturas extremas,
aberrações anatômicas, ou reabsorções internas e externas, esta técnica
pode ser modificada por uma de cone único ou termoplastificada.
A técnica consiste, basicamente, dos seguintes passos:

• Seleção do Espaçador

Tem a função de abrir espaços para a colocação de cones acessórios


lateralmente ao principal. O espaçador não deve penetrar até o CRT porque
pode alterar o selamento apical ou provocar o deslocamento do cone principal.
O espaçador deve ter o diâmetro no qual possa penetrar livremente no canal de
2 a 3mm aquém do CRT. Os espaçadores devem ser usados com limitadores
de penetração.

• Seleção do Cone Principal

O cone é escolhido em função do diâmetro em D0 e da conicidade do


instrumento empregado no preparo apical do canal radicular. Quando sem
compara condes com o diâmetro D0 iguais mas com conicidades diferentes, os
cones de maior conicidades são mais resistentes a flexocompressão o que os
torna mais interessantes para avançar no interior do canal radicular. Os critérios
para a seleção do cone principal são:
- Inspeção Visual: Prende-se o cone com uma pinça e introduza-o no canal ate
o CRT. Após a sua retirada ele não devera apresentar distorções. A
recapitulação do instrumento de memória e uma abundante irrigação pode ser
de grande valia para a remoção de resíduos que possa estar impedindo o avanço
apical do cone.
- Critério Tátil: uma vez o cone atingido o CRT, este deve oferecer uma certa
resistência ao deslocamento coronário.
- Critério Radiográfico: Após os testes prévios o cone deve ser posicionado no
canal e o dente radiografado para confirmar a exatidão da seleção. Em denete
multiradiculares os cones de todos os canais deverão estar posicionados antes
da tomada radiográfica. A radiografia da prova do cone mostra se o limite apical
esta correto e se ocorreram alterações na forma original do SCR. Selecionado o
cone principal esse pode ser marcado por uma ligeira pressão com uma pinça
clínica na região coincidente com o ponto de referencia oclusal/inicisal. Após a
seleção do cone principal, este, juntamente com os auxiliares, deverão ser
mergulhados num recipiente com hipoclorito de sódio com o intuito de
desinfecção. Algumas vezes, devido a grande variabilidade da fabricação dos
cones uma solução para melhora adapta-lo seria moldando-o ao preparo apical
utilizando-se de solventes orgânicos. Deve-se molhar durante 5 segundos a
ponta do cone em eucaliptol e logo após inseri-lo no canal umedecido e
pressionado no batente apical. Removido do canal deve-se remover o solvente
da ponta do cone (lavar em álcool absoluto) e seca-lo em gaze estéril. A ponta
pode ser plastificada pelo calor, por meio de toque rápido com a espátula
hollemback aquecida à chama.

• Secagem do canal

Após a remoção da Smear Layer com ao auxílio de EDTA durante 3


minutos. É feita a sua neutralização utilizando-se de soro fisiológico em
abundância. Após a aspiração do canal, iniciamos a secagem do canal,
utilizando de cones de papel absorvente de diâmetro compatível ao batente
apical.

• Preparo do Cimento Obturador

A manipulação do cimento é feita utilizando-se placa de vidro e espátula


metálica flexível estéril, de acordo com as características e instruções de cada
cimento.

• Colocação do Cone Principal

O cimento poderá ser levado ao interior do canal de duas maneiras:


- Por meio do instrumento de diâmetro imediatamente menor do que o usado
para a confecção do batente apical. O instrumento envolto de cimento é inserido
até o CRT em seguida removido com movimentos anti-horarios. A seguir, o cone
principal é introduzido no interior do canal, com movimentos curtos de avanço e
retrocesso, até atingir o CRT. (Técnica Clássica)
- Com o cone principal carregado de cimento endodôntico, este é iserido no
canal, realizando-se movimentos curtos de avanço e retrocesso ate atingir o
CRT. (Técnica Biológica Controlada). Obs. Deve-se evitar a colocação do cone
com um único movimento no sentido apical para evitar que possíveis bolhas de
ar fiquem aprisionadas.

• Compactação Lateral propriamente dita


O espaçador selecionado é envolto por cimento e inserido no canal
lateralmente ao cone principal devendo avançar no canal até 2 a 3 mm aquém
do CRT. Procede-se então a movimentação desse espaçador no sentido
vestíbulo-lingual e mésio distal com o intuído de abrir melhor espaço e então faz-
se a sua remoção com uma das mãos, inserido-se imediatamente o cone
acessório carregado com cimento no espaço criado. O cone deve possuir
diâmetro inferior ao espaçador. Todos esses procedimentos devem ser repetidos
até que o espaçador não penetre mais do que a junção dos segmentos apical e
cervical. Toma-se uma radiografia (Radiografia Comprobatória) para avaliar a
qualidade da obturação e, se necessário. Fazer os devidos reajustes. Em dentes
com mais de um canal deve-se realizar as obturações separadamente, nestes
casos, as entradas dos canais não obturados devem ser bloqueadas com cones
de papel absorvente.

• Compactação Vertical final

Os cones que protraem na câmara pulpar são cortados com instumeno


aquecido (Compactadores de Paiva) em sentido lateral, de encontra à parede
dentinária na embocadura do canal. Imediatamente depois do corte, realiza-se
uma compactação nno sentido apical, usando-se um compactador sem
aquecimento. A compactação vertical da massa obturadora, plastificada pelo
calor do corte, deve ser feita repetidamente. Encerrando o processo, devemos
compactar por 3 minutos a massa obturadora para melhorar as características
finais da obturação. Observa-se que o limite coronário da obturação devera estar
restringido a embocadura dos canais ou a 2mm aquém a esta.

• Limpeza Final

Limpa-se completamente a câmara pulpar com álcool etílico (mais


modernamente se faz com oléo de banana), removendo-se todos os resíduos de
material obturador. Estes procedimentos objetivam prevenir o escurecimento da
coroa dentária após a conclusão do tratamento endodôntico. A cavidade
coronária devera ser preenchida com material selador temporário caso não for
realizada a Restauração na mesma sessão. A restauração definitiva devera ser
realizada, dentro do menor tempo possível após a obturação. Nos casos que a
restauração for postergda, a cavidade deve ser preenchida com ionômero de
vidro ou resinas foto, que tem se mostrado efetivas para impedir a microfiltração.

• Radiografia Final

Removido o isolamento absoluto, toma-se uma radiografia final, que


funciona como arquivo do profissional.

Manobra do tampão apical

Em dentes com necrose pulpar e reabsorção apical visível


radiograficamente, assim como dentes com rizogenese incompleta empregamos
a manobra do tampão apical. Que consite na colocação de um material obturador
biologicamente compatível com os tecidos perirradiculares no segmento apical
do canal radicular, sendo o restante obturado de forma convencional (cimento e
cones). O tampão apical é utilizado com objetivo mecanico (atuar como
obstáculo ao extravasamento da obturação) e biológico (favorecer a reparação
por deposição de um tecido mineralizado junto à área critica apical.
Como tampão pode-se empregar materiais a base de hidróxido de cálcio
ou MTA. Essa manobra é realizada em casos que o preparo do batente apical
torna-se difícil de ser realizada. A manipulação do material é feita em placa de
vidro ate obtermos uma consistência de massa de vidraceiro. Uma vez
preparada ela pode ser inserida no canal com ajuda de uma lentulo. A Lentulo
deve ser posicionada aquém do CRT. Uma vez acionada ele deve ser removida
lentamente do canal ainda rodando (sentido horário). A pasta ou MTa pode ser
levado com auxilido de instrumentos endodônticos. Preenchido o segmento
apical (acompanhamento radiográfico) deve-se remover o excesso deixando de
2 a 3 mm de tampão apical. A compactação pode ser realizada com cones de
papel absorvente e a remoção dos excessos com uma lima tipo k ou h.
A proposta do tampão apical (apicificação) tem como vantagem não
retardar a restauração definitiva do dente favorecendo menor risco de
contaminação.

PROSERVAÇÃO

O sucesso da terapia endodôntica deves se avaliado periodicamente, de


seis em seis meses. Casos de biopulpectomia são observados até um ano após
a conclusão do tratamento. Dentes com polpa necrosada devem,
preferencialmente, ser avaliados até no mínimo 2 anos depois da conclusão do
tratamento.
Os critérios clínicos e radiográficos para a determinação do sucesso
devem, segundo Gutmann 1992, ser os seguintes:
01- Ausência de sensibilidade à palpação e percussão
02- Mobilidade dentaria normal;
03- Ausência de fistula
04- Função dentaria normal
05- Ausência de tumefação
06- Normalidade no espaço do ligamento periodontal
07- Regressão da lesão perirradicular (se presente antes)
08- Ausência ou paralização da reabsorção radicular

TECNICA DO CONE ÚNICO

A utilização das limas de Níquel-Titânio tem levado a um aumento da


utilização da técnica de obturação com cone único, em que apenas se utiliza um
cone de gutta-percha com forma semelhante ao canal instrumentado (Pereira,
2012; RachedJúnior et al., 2016). Isto é possível devido ao aumento da
conicidade dos cones de guttapercha de forma a corresponderem à conicidade
das limas utilizadas pelos sistemas rotatórios (Romania, Beltes, Boutsioukis &
Dandakis, 2009). Esta técnica é considerada uma alternativa à condensação
lateral, sendo mais rápida e simples de executar (Krug et al., 2016; Turker et al.,
2015).
Para a realização da obturação com a técnica de cone único é necessária
a preparação prévia do canal com instrumentos rotatórios de Níquel-Titânio de
forma a que o canal apresente uma forma redonda (Bergenholtz et al., 2016). O
cone a se utilizar para a obturação tem a conicidade correspondente ao sistema
rotatório utilizado e deve ser selecionado de forma a corresponder à lima final
utilizada (Bergenholtz et al 2016). A técnica de cone único é uma técnica simples,
e que permite um bom controlo do comprimento de trabalho (Bergenholtz et al.,
2016). Por outro lado, uma desvantagem desta técnica advém do facto de,
mesmo após a instrumentação dos canais, estes raramente são redondos em
todo o comprimento de trabalho, adquirindo esta forma nos 2-3 mm apicais, que
será a área que vai ser selada com esta técnica. (Bergenholtz et al., 2016; Koçak
& Yaman, 2012). Assim, canais que são ovais ou de forma irregular vão
demonstrar uma grande área não ocupada pelo cone de gutta-percha (Kumar &
Vivekananda Pai, 2016). A área que não é preenchida pelo cone de gutta-percha
irá ser preenchida por grandes volumes de cimento, e, assim, também esta
técnica irá estar dependente das desvantagens deste material (Murthy, 2009).
Assim, a qualidade desta técnica pode não ser aceitável quando utilizada em
canais com anatomias irregulares (Krug et al., 2016).

TÉCNICAS DE TERMOPLASTIFICAÇÃO DA GUTAPERCHA

Inicialmente, é oportuno reprisar que umas das melhores estratégias de


obturação resulta, essencialmente, da associação de guta-percha a uma
pequena quantidade de cimento endodôntico. A complicada morfologia do SRC,
traduzida pelo reduzido espaço, irregularidades anatômicas, curvaturas, atresias
e inúmeras ramificações, aliada a pequeno escoamento da guta-percha,
dificultam a obturação tridimensional de todo o sistema (Wu 2001). Dessa
maneira a termoplastificação da guta em diferentes técnicas tem sido
aconselhada para o completo preenchimento do SCR.

TÉCNICA DE SCHILDER

Almejando preencher tridimensionalmente o SCR, Schilder (1967) propôs


a plastificação do cone de guta-percha no canal radicular mediante a inseçao de
um instrumento aquecido – condutor de calor- seguida da compactação vertical
da guta-percha plastificada. Esses dois princípios constituem os fundamentos da
técnica da compactação da guta termoplastificada. A técnica de Schilder
revolucionou a concepção da obturação dos SCR sendo o fundamento das
futuras evoluções tecnológicas.
A guta-percha plastificada apresenta maior escoamento e melhor
embricamento mecânico as paredes. A compactação com calcadores de
diâmetros compatíveis gera um efeito hidráulico e promove o preenchimento de
áreas de anfractuosidades do canal radicular. O material utilizado inclui cones
de guta-percha alfa (que aquecidos tornam-se mais pegajosos), cimento
endodôntico, fonte geradora de calor e compactadores verticais. Com o
aperfeiçoamento da técnica, como fonte geradora de calor, podem ser utilizados
aparelhos especiais com System B e o Touch n Heat.
Os aspectos a se considerar para realização da técnica são:
- O canal radicular deve estar aompliado envolvendo os 3 preicipios propostos
por Schilder: Constriçao apical, regularidade das paredes laterais e conicidade
tridimensional.
- O aquecimento excessivo da guta é desnecessário por 2 motivos: 1º possível
dano aos tecidos periodontal; 2º acelera a decomposição da guta
- Seleção dos compactadores: são utilizados em média 3 de diâmetros
progressivos compatibilizando seus diâmetros com os do segmento do canal
(Diemer 2006).
- Controle longitudinal do material obturador evitando extravasamentos
indesejáveis que podem manter a reação inflamatória no periapice. Recomenda-
se travar o cone principal 2 a 3 mm do CRT para evitar o extravasamento.

Sequencia Técnica
Primeiramente, seleciona-se um conjunto de 3 compactadores verticais
com os segmentos cervical, médio e apical do respectivo canal. É prudente usar
stops de borracha para delimitar cada segmento no compactador. Em seguida o
cone principal de guta-percha devera ser posicionado de 1 a 2mm do CRT. Na
seleção do cone de guta, a preferencia é por aqueles de conicidade acentuada
(04), seguido da tomada radiográfica. Após secar o canal, o segmento apical do
cone é envolvido por cimento e, em seguida, inserido no canal

Fase Coroa-Ápice (Downpack)


Essa fase corresponde à obturação do segmento apical do canal radicular
no sentido coroa-apice. Após o assentamento do cone, o instrumento condutor
de calor é aquecido e inserido até a entrada do CR. O simultâneo movimento de
retirada remove toda a guta cervical. Após isso procede-se com a compactação
vertical com o respectivo calcador selecionado. Na sequencia, com o condutor
remove-se a guta-percha do segmento médio com simultânea compactação
vertical da massa amolecida. Na próxima etapa remove-se uma oequena porção
da guta apical, deixando de 4 a 5 mm, seguido da sua compactação. Nessa
etapa é importante obter uma radiografia para averiguar a qualidade da
obturação.
Fase Ápice-Coroa (Backfill)
Corresponde ao preenchimento dos segmentos médio e cervical no
sentido ápice coroa. Pode ser realizada com a introdução de pequenos
segmentos de guta cortados. Assim após a plastificaçao da guta apical com o
condutor, cones de guta plastificados são inseridos e compactados
verticalmente. Estes procedimentos são repetidos nos segmentos médio e
cervical, utilizando-se progressivamente pedaços de guta-percha de maior
diâmetro, e por fim realiza-se uma radiografia final para avaliar a qualidade da
obturação.

TÉCNICA DA ONDA CONTÍNUA DE COMPACTAÇÃO

Proposta em 1996 por Buchanan, é uma variação da técnica de Schilder,


em que se utiliza menor número de instrumentos, podendo ser executada num
tempo relativamente curto. A fonte de calor é gerada por um aparelho,
denominado System B, que promove aquecimento controlado dos condutores,
os quais também atuam como compactadores. Esse sistema propicia uma única
onda de aquecimento e compactação, sendo denominada técnica de ondas
contínuas.
Assim após a plastificação/compactação da guta no canal, segue-se a
compactação a frio, com imediata complementação dos segmentos médio e
cervical com guta termoplastificada utilizando sistemas de injeção.
A fase de remoção da guta nos segmentos médio e cervical chama-se
Downpack. Para a complementação da obturação nos segmentos cervical e
médio, chamada de fase Backfill, utiliza-se um sistema de injeção de guta
denomidado Obtura II.

Sequencia Técnica:
- Seleção clínica e comprovação radiográfica da adaptação do cone principal no
CRT.
- Seleçao da ponta do System B, deve-se verificar a sua conicidade é compatível
com a do cone escolhido. A ponta do aparelho deve encontrar resistência das
paredes do canal em nível de 5 a 7mm do CRT. Esse ponto deve ser marcado
no compactador.
- secagem e pincelamento do cimento obturador e posicionamento do cone
principal no canal radicular
- Aparelho ajustado a 200ºC em sequencia o condutora preaquecido é
direcionado através do cone de guta, exercendo-se uma compressão até 3 a 4
mm aquém da posição de travamento apical.
- Libera-se o dispositivo acionador mantendo-se a compressão apical por 10
segundos com o objetivo de reduzir o efeito da contração volumétrica da guta-
percha; aumentar o embricamento mecânico do comento endodôntico nas
paredes do canal; maximizar a qualidade do selamento apical.
- Previamente a remoção do condutor, deve-se acionar o aparelho (2 segundos)
para facilitar aque se desprenda da guta. Nessa fase recomenda-se a realização
de uma radiografia para verificar a qualidade da obturação.
- Fase do Backfill: adaptasse a ponta do sistema Obtura II e aperta-se o gatilho
para liberar gradualmente a guta-percha.
- Compactaçao a frio com calcadores
- novo incremento de guta pelo sistema Obtura II e compactação a frio
- Radiografia Final para avaliar a qualidade da obturação

Considerações Importantes
Em canais curvos, a penetração dos calcadores é mais difícil; Em
tratamentos de dentes com maior comprimento, também haverá dificuldade na
adaptação do condutor em níveis desejados, o que pode inviabilizar a técnica.

TÉCNICA DA INJEÇÃO DE GUTAPERCHA TERMOPLASTIFICADA

Apresenta-se com uma variação das técnicas de gita[ercha


termoplastificada por meio de aparelhos especiais e compactação a frio com
instrumentos manuais. Classicamente é representada pelo sistema Obtura II e
Ultrafil onde é inserido guta-percha bastão e plastificada num intervalo de 2min
Basicamente com o canal pronto para a obturação, insere-se a agulha no
máximo 3 a 5 mm aquém do CRT. Apertando-se o gatilho do aparelho a guta é
injetada suavemente no canal radicular, gerando uma resistência que tende a
deslocar a agulha cervicalmente. O obturação pode ser realizada gradualmente
ou em incrementos, sendo a guta compactada com calcadores frios.
Observações: O preparo apical nesses tipos de técnicas devem ser idealmente
menor possível para minimizar o risco de extravasamentos; em dentes longos a
introdução da agulha é inviável. Em dentes com o ápice aberto aconselha-se
utilizar-se inicialmente da técnica do tampão apical com MTA para impedir o
extravasamento e induzir selamento biológico (Shabahang 2000).

TÉCNICA HÍBRIDA DE TAGGER

Coube a John McSpadden (1980) a ideia de plastificar e compactar a


guta-percha, no canal radicular, mediante a ação mecânica de um instrumento
apropriado, acionado em rotação contínua. Todavia, a adaptação do cone de
guta-percha principal, seguido da utilização do termocompactador, promovia
frequente extravasamento perirradicular, de certa maneira inviabilizando a sua
aplicação clínica. Esse problema foi estrategicamente contornado pela proposta
de Tagger e Tagger et al (1984) que, essencialemte, recomendaram a
combinação da compactação lateral a frio seguida da termoplastificação da guta-
percha. Desta maneira, após a obturação do terço apical pela compactação
lateral, competa-se a obturação dos segmentos médio e cervical mediante a
aplicação do compactador. O compactador idealizado por McSpadden era
silimar a uma lima Kerr invertida, depois foi atualizado para um instrumento
semelhante a uma lima Headtroem invertida denominado Gutta-Condenser.
Mecnicamento o compactador gira em alta velocidade no canal em sentido
horário plastificando e condensando lateral e apicalmente a guta-percha.
Os compactadores mais utilizados são os de numero 35 a 55.

Vantagens: Dispensa equipamentos especiais, proporcionando uma


alternativa de baixo custo para quem deseja realizar a obturação com guta-
percha termoplastificada; Possibilidade de correção da obturação, quantas
vezes for necessário, evitando a remoção de todo o material obturador
(Guimarães 2004); é de rápida execução, com reduzido consumo de material e
promove selamento apical satisfatório.
Sequencia Técnica

- Prova do Cone Principal de guta-percha, semelhante a compactação lateral


- Aplicação do cimento obturador, no canal radicular, seguida da adaptação do
cone principal, também envolto no cimento obturador
- Faz-se a compactação lateral do segmento apical, utilizando-se 2 ou 3 cones
acessórios. É recomendado tomada radiográfica comprobatória.
- Introdução do compactador de diâmetro 2 números superior ao cone principal
(nunca menor) inserido no canal até o ponto onde encontra resistência
(compactador acoplado no baixa rotação em sentido horário).
- compactador é acionado e após 1 segundo é conduzido em direção apical por
1 a 2mm envolvendo todos os cones acessórios; em seguida, procede-se a sua
lenta remoção do canal radicular, com suave pressão lateral. Todo procedimento
não pode passar de 10 segundos.
- Compactação da massa obturadora, na embocadura do canal radicular, com
calcadores de Schilder, precedida da remoção de remanescentes de guta na
câmara pulpar se houver. Por fim faz-se a limpeza da câmara pulpar e selamento
coronário.
- Radiografia Final
OBS: Compactador deve ater-se na porção reta do Canal radicular; conferir
ângulo de rotação previamente ao uso do compactador; preferencialmente deve-
se usar guta-percha alfa; o compactador deve ser acionado após posicionado no
canal e removido ainda em rotação; a termocompactação deve ficar 4 a 5mm
aquém do CRT; O profissional não deve impedir e sim controlar o movimento de
retrocesso do compactador.
Essa técnica reduz, significativamente, o tempo operatório em 40%
comparativamente à técnica de compactação lateral (Moeller et al 2013).

TÉCNICA DO THERMAFIL

O sistema Thermafil caracteriza-se por apresentar um núcleo plástico com


dimensões padronizadas, revestido por guta-percha alfa. O protótipo do
Thermafil foi proposto por Johnson 1978 cujo o núcleo do compactador era
constituído por instrumentos tipo K de aço inox. Posteriormente, instrumento foi
substituído por núcleos condutores plásticos revestidos de guta-percha
termoplastificadas em fornos específicos.
O carregador é recoberto por guta-percha na fase alfa, possuindo um
limitador de penetração de silicone. São produzidos seguindo a norma ISO dos
instrumentos endodônticos. Fazem parte do sistema os verificadores plásticos
os quais tem a utilidade de testar qual carregador deve-se utilizar no momento
da obturação.

Sequencia Técnica:
- Um verificador, usualmente do diâmetro do ultimo instrumento usado no
batente apical é inserido no canal até o CRT.
- Ajusta-se o limitador de silicone do carregador de acordo com o CRT. O
carregador deve ser descontaminado por imersão em hipoclorito de Sódio a
5,25% por um minuto, seguida por um enxague em álcool etilco a 70%.
- Após a secagem do canal, aplica-se uma camada fina de cimento nos
segmentos médio e cervical do canal. Os cimentos a base de resinas epóxi como
AH plus oferecem bons resultados nesta técnica.
- Realiza-se a plastificaçao da guta-percha utilizando-se o forno Therma Prep
através da colocação do carregador no local indicado do aparelho. O tempo para
correta plastificaçao virirará em decorrência do diâmetro do carregador.
- Na sequencia, o carregador é introduzido no canal radicular com firme pressão
apical até o CRT. Uma velocidade de inserção rápida melhora a qualidade da
obturação. Após isso realiza-se a radiografia comprobatória.
- O corte do carregador é efetuado 1 a 2mm acima da embocadura do canal
radicular com auxilio de brocas especiais em alta rotação, as quais possuem
extremidades não cortantes.
- se um preparo para pino é requerido, pode-se optar por fazer um entalhe no
segmento apical do carregador correspondente ao corte da obturação. Após o
resfriamento da guta, por 2 a 4 minutos, faz-se uma ligeria torção e remove-se o
remanescente do carregador.
- Compacta-se verticalmente a guta-percha em volta do carregador, usando-se
compactadores de Schilder.

Obs: a protrusão de 1 a 2 mm do carregador na câmara, facilita caso haja


necessidade de retratamento; a inserção do carregador deve ser feita sem
rotação por conta do risco de remover a guta-percha que esta no carregador
(Glickman 1992).

Sistema MicroSeal

O sistema de obturação Microseal tem cones de guta-percha de baixa


fusão, guta-percha de ultrabaixa fusão colocada em cartuchos e seringa,
aquecedor, condensadores de NiTi e espaçadores digitais. Basicamente, inicia-
se essa técnica adaptando o cone de guta-percha principal de baixa fusão
envolto em cimento. Em seguida, o canal radicular é condensado lateralmente,
introduzindo-se em seu interior a guta-percha de ultrabaixa fusão previamente
aquecida, pelo compactador de NiTi, obturando-se tridimensionalmente o canal
radicular.

Considerações Finais

A complicada morfologia do SRC, traduzida pelo reduzido espaço,


irregularidades anatômicas, curvaturas, atresias e inúmeras ramificações, aliada
a pequeno escoamento da guta-percha, dificultam a obturação tridimensional de
todo o sistema (Wu 2001). Devido a isso é o importante que o profissional
conheça as diversas técnicas de obturação desde as convencionais a frio até as
técnicas avançadas de obturação temoplastificadas para poder determinar,
baseado na anatomia do dente que está sendo tratado, aliar a melhor técnica no
intuito do preenchimento tridimensional do canal radicular.

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