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Anatomia e fisiologia do indivíduo Tecido ósseo

edêntulo
♥ Contínua reabsorção óssea após a
1. Contexto geral: edentulismo e
consequências do edentulismo. extração dos dentes.
2. Exame geral do paciente: extrabucal, ♥ Crônico progressivo e irreversível.
intrabucal, complementares, avaliar
estruturas anatômicas. ♥ Prejuízos na função oral, e
consequentemente, no uso e
O Edentulismo já é considerado deficiência
confecção das próteses.
física. E essa deficiência física reflete no
contexto extra-bucal, com alterações A principal consequência do edentulismo é a
fisiológicas, perda de suporte labial, perda de reabsorção do tecido ósseo de suporte.
tônus muscular, passa a ter alterações na O processo de perda óssea é crônico, contínua ao
longo da vida (nas primeiras extrações dentárias,
articulação temporomandibular.
passa por um processo agudo de reabsorção, ou
Intra-bucal o paciente não tem mais dentes, seja, no primeiro ano é o que ele mais vai
reabsorver tecido e com o passar do tempo
mas tem rebordo que tem músculos que
começa a ser crônico, a perder de maneira
quando começa a reabsorver, tendo influência contínua, progressiva, irreversível) e progressivo.
na retenção e estabilidade da prótese. Depois que extrai os dentes não volta o tecido
ósseo que foi perdido.
3. Relacionamento profissional O que causa o processo de reabsorção? Porque
paciente. continua perdendo osso mesmo após as
extrações?
Requisitos para o tratamento Naturalmente já temos o processo de reabsorção
● Empatia pelo problema alheio que é fisiológica. Então um dos motivos que o osso
se mantém na região é porque temos estímulos
(sempre devemos nos colocar no fisiológicos. Assim quando o paciente tem dentes,
lugar do mesmo). ele esta deglutindo e mastigando, e cada vez que
● Conhecimento pleno do alcance e deglutimos tocamos os nosso dentes e isso
limitações das técnicas que podem ser estimula o osso, cada vez que mastigamos temos o
utilizadas para reabilitá-los. (Devemos estímulo de compressão, apertamos o osso e ele
se mantém, fazendo o processo fisiológico de
saber até onde vamos conseguir
manutenção do osso. Quando o paciente perde o
chegar com o tratamento. A dente, perde esse estímulo, por isso ele é um
Dentadura tem severas limitações, estimulo que não se mantém mais naquele estado
não consegue levar o paciente para a e o paciente passa a ter a absorção aumentada,
naturalidade de quando ele tinha os por isso que ele é crônico, progressivo (nunca
retorna ao estágio que estava) e irreversível, pois
dentes, só reabilitando com
não consegue frear esse processo.
dentaduras, mas dentro da limitação Tem uma ideia que os implantes dentários mantém
podemos obter o sucesso. Devemos o osso, mas mesmo assim a absorção contínua, e
entender o que o procedimento pode progressiva.
estar causando para o paciente.) Muitas vezes o processo de reabsorção é variável,
nem sempre o processo ocorre da mesma forma e
Consequências do edentulismo isso varia em razão das extrações dentárias.
Na região maxilar visualizamos isso de maneira
● Biológicas melhor, pois se o paciente perde um dente, o osso
● Funcionais maxilar reabsorve em espessura, indo em direção
a tábua lingual e ao mesmo tempo depois que
Pacientes sem os dentes não conseguem falar, perde o dente na região de seio maxilar, o seio
deglutir ou/e mastigar. volatiza. Quando perde osso na mandíbula
demora mais para reabsorver ser aparente
● Estéticas visualmente.
● Psicológicas
♥ Mucosa flácida –prejudica no
prognóstico da dentadura.
A nossa prótese é muco suportada, a mucosa e a
gengiva auxiliam na dentadura. Com o passar do
paciente edêntulos tempo, com a perda óssea, a gengiva/ mucosa
pode se tornar flácida. Assim, quando for fazer
exame clínico no paciente devemos tocar no
♥ Deficiência física (OMS, 2001). rebordo e vimos que tem uma região que não tem
osso, apenas tecido mole e isso não é bom para
O paciente edêntulo perde osso tanto em altura prótese, pois ela precisa estar assentada sobre um
quanto em espessura, onde em determinadas tecido duro, de suporte.
regiões da mandíbula e maxila vão reabsorver de A gengiva inserida é o tecido que está em contato
uma forma. com o tecido ósseo, é um periodonto de proteção,
Desde 2001 o edentado é considerado deficiência protege a mucosa, assim quanto menos gengiva
física, onde vamos reabilitar ele, e não “curar” ele, inserida, mais acabar machucando com a
assim o tratamento com dentadura é um dentadura, pois não está assentada em um tecido
tratamento reabilitador. adequado, onde o paciente geralmente machuca
Imagem maxila e mandíbula. Qual prótese ficaria na região de fundo de sulco, que é onde a flange
melhor, mais retida? A maxila tem maior área de se assenta.
assentamento, a mandíbula menor área. Quando Quando o paciente tem gengiva flácida, faz cirurgia
reabilitamos o paciente a altura de tecido vai ser pré-protética, removendo esse tecido flácido,
repassada para a prótese e isso tem consequência, reestruturar novamente, espera cicatrizar e pode
pois quanto maior a perda óssea, maior será a fazer a dentadura. Paciente que tem rebordo
altura de material que vou ter e assim maior a muito afilado ou espícula óssea, também faz
dificuldade de assentamento, retenção e cirurgia antes de colocar a prótese, pois isso
estabilidade da prótese. machuca o paciente e perde estabilidade.
Tecido ósseo (maxilar)

♥ Perda óssea as custas da parede Acomodação da língua


vestibular (espessura) ♥ Musculatura intrínseca da língua se
♥ De 2 a 4 mm de perda óssea no 1º reorganiza para ocupar o espaço que era
ocupado pelos dentes
ano após extração – isso é fisiológico
A língua entra em uma posição elástica, passa a
e não para de ocorrer. ocupar o espaço que devia ser ocupado pelos
♥ Nos anos seguintes pode perder 0,1 dentes, assim o paciente tem dificuldade na fala e
não consegue manter a língua o tempo todo na
mm boca. Sendo um perfil clássico de paciente sem os
dentes.
A língua tem memória muscular, e no momento
que instala a dentadura o paciente estranha na fala
e tem dificuldade de falar.
Se tirar uma dentadura e colocar uma prótese
sobre o implante, o espaço que a dentadura ocupa
é maior que o espaço da prótese sobre o implante,
tendo um espaço maior para acomodar a língua,
tendo dificuldade na fala.
Na maxila e na mandíbula tem formas diferentes Pode ocorrer de colocar uma dentadura superior e
de reabsorver o osso. Na maxila absorve de ele nunca usou uma dentadura inferior, a língua
maneira principal em espessura, indo em direção a estranha no primeiro momento, então faz um
tábua palatina, indo de vestibular em direção a movimento involuntário de deslocar a dentadura,
palatina. Às vezes o osso tem altura adequada, por causa da grande memória muscular.
mas é muito afilado.
♥ Diminuição da gengiva inserida
Estética

♥ Ausência de suporte social

♥ Dimensão vertical de oclusão reduzida


perda de DVO
♥ Aprofundamento do sulco naso labial Essas imagens é o que vimos clinicamente:
aprofundamento do sulco nasolabial, bigode
♥ Concavidade do perfil: chinês se torna mais pronunciado, parece ter uma
classe III esquelética, mas isso nem sempre é
♥ Aumento do ângulo nasolabial verdadeiro, inversão do sorriso, do lábio (boca
cálida), assim o paciente também passa a acumular
♥ Pseudoprognatismo mais saliva no canto da boca, podendo
desenvolver a doença queilite angular. Esse seria
A ponta do nariz também parece cair e por não ter um perfil de polichinelo, de bobo da corte. Tem
mais estabilidade, a mandíbula tende a rotacionar ponta do nariz caída,
expressões bem pronunciadas e queixo mais
avantajado. perfil clássico de edêntulo completo.

Exame geral do indivíduo


Anamnese

“O tempo que se gasta em conduzir o


Quando o paciente perde os dentes e começa a
interrogatório inicial, evitará muitos
reabsorver o tecido ósseo, uma das primeiras
coisas que observamos é: desapontamentos e frustrações, tanto para o
- Perda de suporte labial, nosso lábio dentista como para o paciente”.
superior deve acabar em zero ou 1mm a
frente do lábio inferior, para ter um ♥ Queixa principal
selamento labial que seja esteticamente
agradável. Então, o osso na maxila vai em ♥ Identificação do paciente
direção a palatina e quem o acompanha é
o lábio,então não se tem mais suporte ♥ História médica
labial.
- Paciente perde estabilidade oclusal, pois ♥ História odontológica
não tem mais os dentes, assim o terço
inferior da face também vai estar ♥ Quando o paciente for portador de
reduzido pois perdeu DVO.
PT:

Opiniões e experiência anteriores devem ser


ouvidas e levadas em consideração.
Queixa principal

♥ Motivo que levou o paciente a buscar


tratamento
♥ Quando a queixa principal é:
pertinente ou não pertinente
Identificação do paciente Diabete
● Preenchimento de ficha clínica com os ♥ Xerostomia
dados pessoais do paciente:
1. Nome ♥ Tendência a obesidade
2. Idade
♥ Redução de tolerância dos tecidos a
3. Gênero
4. Escolaridade prótese
5. Profissões
♥ Maior suscetibilidade a traumas e
6. Endereço
7. Endereço e telefone de acompanhante reabsorção óssea
Sempre deve ter o telefone de um acompanhante ♥ Importância da higienização dos
do paciente para caso ocorrer algo e assim
conseguir manejar o atendimento. tecidos bem como periódicos ajustes
da oclusão
História médica A prótese está sendo em íntimo contato com a
Algumas alterações sistêmicas desenvolvem inserção muscular, da mesma forma que o
sinais e sintomas clínicos na cavidade bucal: músculo se movimenta, ela tem um alívio
interno, então a prótese sempre está tocando em
áreas que estão se movimentando. Então se
1. Deficiência vitamínica ou nutricional machuca uma vez, e o paciente tem alguma
doença sistêmica ou está descompensado,
2. Diabetes demora mais para cicatrizar.
3. Uso de medicamentos
4. Outras condições Uso de medicamento
Pode ser que a diabete interfira na retenção e
estabilidade da prótese ou ainda lesionar mais os ♥ Antidepressivos
tecidos. Onde quem tem diabete tem mais
dificuldade de cicatrização, podendo ocorrer ♥ Diuréticos
algumas lesões, pois a prótese machuca um pouco
♥ Anti-hipertensivos
e demora para cicatrizar.
Maior parte dos pacientes são idosos e usam ♥ Antipsicóticos
muitos medicamento, podemos levar a diminuição
da salivação, pode demorar para ocasionar a Medicamentos tem efeitos colaterais que podem
ter influencia na prótese. Quem da retenção
cicatrização do paciente, entre outros.
principal da prótese na boca? Saliva. Então
medicamento como antidepressivos e diuréticos
Deficiência vitamínica ou podem causar a diminuição da salivação, tendo
nutricional xerostomia/hipossalivação, consequentemente
Consequências: reduz a retenção da dentadura, e quanto menos
♥ Xerostomia e perda de sensibilidade saliva tenho, menos lubrificado os tecidos, então
a prótese pode machucar mais, se se
gustativa movimentar.
♥ Perda de peso e debilidade geral Nesses casos podemos indicar saliva artificial.

♥ Difícil regeneração tecidual e severa Anticoagulantes


Interferem no sangramento.
reabsorção tecidual pelo baixo teor de
CA2+
Exame do paciente
Paciente passa a ter mais dificuldade de sentir o
gosto dos alimentos e relaciona isso com a ♥ Exame clínico (intra e extra bucal).
dentadura.
O paciente passa a ingerir alimentos menos ♥ Exames complementares (radiográfico
saudáveis e muitas vezes tem perda de peso. e modelo de estudo).
Atrás do modelo de estudo conseguimos
verificar a topografia da boca do paciente, se tem
necessidade de alteração anatômica,
necessidade de cirurgia pré-protética, como
tuber excessivo, entre outros.
Sempre fazer para verificar a anatomia desse comissuras labiais nos sentidos
paciente opostos.
No exame radiográfico é interessante fazer uma
tomografia, para conversar sobre a realidade de Avaliamos os músculos de interesse na
fazer prótese sobre implante. mandíbula, músculos elevadores da mandíbula,
Também podemos pedir exames de sangue para onde palpamos na região da articulação, na
ver a condição de saúde do nosso paciente. região temporo mandibular, onde pego os dois
Avaliamos o paciente como um todo, muitas indicadores e peço para o paciente abrir e fechar
vezes o paciente já nos fala se tem alguma a boca. Nem toda desordem temporomandibular
doença, algum problema. que se expressa na maneira que faço, muitas
♥ Exame dos fatores biológicos (fatores vezes vamos ouvir estalido e isso não é um
problema, mas pode predispor a alguma
gerais). disfunção temporomandibular. Se ao abrir a
boca o paciente tiver um leve deslocamento,
Exame clínico talvez precise passar primeiro por um
Simetria facial tratamento cirúrgico para depois fazer o
Uma simetria facial pode predispor uma tratamento protético.
Se apresentar dor muscular pode estar
doença, se o paciente não estiver simétrico
relacionado a alguma alteração. Então, nossos
ele pode apresentar algum tumor, trauma ou pacientes sabem que perderam a dimensão
algo assim. Paciente pode apresentar placas vertical de oclusão, podendo passar o tempo
na boca, se tornando um pouco mais difícil de todo com o músculo sendo ativado, tendo o
reabilitar o paciente. Assim, se pautamos na tônus muscular ativo. Quando estamos em
simetria fácil para retomar algumas alterações repouso não tocamos os dentes e estamos em
dentárias que o paciente teve, exemplo, relação Cêntrica e não tem atividade muscular,
então o músculo não cansa. Mas se o paciente
usamos a simetria para posicionar os incisivos
passa por uma perda dentária pode ser que essa
centrais. alteração esteja levando o paciente a um
Assimetrias: outras patologias (tumores) distúrbio da ATM.
Tenho duas formas do distúrbio da ATM, pode
ser intra-articular (da articulação, a correção
geralmente é cirúrgica) ou miofascial, quando o
problema é muscular não precisa fazer cirurgia,
apenas fisioterapia. Sabemos isso com os
Exame da musculatura e ATM: exames, mas uma pergunta que podemos fazer é
se algum dia ao abrir a boca acabou travando,
♥ Palpação dos músculos cervicais e da
não conseguindo fechar sozinha e se caso isso já
mastigação. ocorreu possivelmente o problema está na
articulação. Mas se o paciente chega apenas com
♥ Sensibilidade pode estar ligada a dor no masseter, por exemplo, tem muito tônus
alterações de tonicidade muscular muscular, consigo reabilitar o paciente para
reverter esse caso. Então, problemas articulares
DTM pode ser intra articular ou miofascial podem alterar a abertura e fechamento do arco.
Quando for fazer o registro intramaxilar, tenho
♥ Problemas articulares podem alterar a que registrar a oclusão em relação Cêntrica, se o
posição de repouso e/ ou seu arco de paciente tiver dificuldade de abrir e fechar boca,
não vou conseguir reproduzir da melhor
fechamento maneira, onde temos que reproduzir de modo
♥ Dificultando a reprodução e execução que quando ele estiver com a dentadura na boca,
ele sempre faça o mesmo movimento, para não
dos registros intermaxilares ter deslocamento da base da prótese.
Se o paciente tiver uma abertura bucal reduzida,
Amplitude da abertura e a tensão dos posso ter problema na moldagem. Quando
músculos orbiculares do lábio vamos moldar o paciente é ideal que ele esteja
relaxando, se ele pressionar os músculos fica
♥ Durante a abertura introduz-se os difícil de inserir a moldeira. Como moldamos
dedos indicadores e afastam-se as com godiva e ela é um pouco quente, se o
paciente tiver tensão muscular, abertura
pequena da boca, já sei que esse material talvez Exame intra-bucal
não seja o melhor para moldar o paciente.
♥ Reconhecimento das condições das
Exames clínicos – extra-bucal áreas de interferência protética
Dimensão vertical de oclusão
♥ Avaliação de como se instalou o
♥ Estética processo degenerativo
♥ Função ♥ Prognóstico da prótese a ser instalada
♥ Queilite angular A prótese total vai ocupar o máximo de
espaço que puder.
1. Acúmulo de saliva no canto da
boca ♥ O que avaliar:
2. Propício para colonização de 1. Mucosa
c. albicans (bactéria) 2. Área chapeável – precisamos
entender esse termo
Tem redução de dimensão vertical significa 3. Relação intermaxilar
que vou ter problema na estética e na função. 4. Língua – às vezes precisa fazer
Quando perde essa estabilidade, reduz o terço cirurgia, como o freio.
inferior da face, ocorrendo inversão do lábio, 5. Saliva- perfil salivar interfere na
que causa a queilite angular, onde acumula prótese.
muita saliva no canto da boca e o paciente Paciente perdeu todas as referências e vamos ter
passa o tempo todo sugando a saliva e isso que o deixar em classe I, dentário, sempre
propicia a formação de fungos na boca. tentamos compensar a relação intermaxilar e
compensar o paciente.
Linha média
1. Alteração da mucosa bucal
É um dos principais pontos para conseguir
fazer a montagem dos dentes, pois é a linha ♥ Traumatismo
média que nos dá a exata posição dos nossos Verificar se o paciente tem traumatismo por
incisivos superiores, assim ela vai guiar o causa da prótese antiga. Tem lesão
restante da montagem dos dentes.Optamos inflamatória que ocorre por causa da
pela linha média no terço superior até a base dentadura, que seria uma prótese batendo
do mento, para assim marcar qual é a nossa todo dia em uma posição que não é
linha média. Se não conseguir manter a linha adequada, e com isso a gengiva vai
média na posição que deveria estar, ocorre o hiperplasia, e preciso fazer a remoção dessa
desalinhamento dos dentes. região.
♥ Câmara de sucção
Perfil facial
Antigamente acreditava-se que colocar uma
câmara de sucção na prótese aumentava a
retenção. Mas pode ocorrer hiperplasia por
causa da câmara de sucção, assim devemos
Concavidade (é uma concha) do terço inferior remover isso, adicionando resina acrílica na
da face, perda de suporte labial, aspecto de dentadura, de maneira progressiva, aos
mento avançado dando impressão de classe poucos e assim a lesão some, com isso nem
III, precisando retomar a perda de suporte sempre precisa fazer remoção cirúrgica, pois o
quando for fazer a prótese. palato é ruim de trabalhar para fazer essa
Como restabelecer isso? Primeiro cirurgia.
restabelecemos com cera e depois cera mais ♥ Sobre extensão da área basal
dentes.
♥ Próteses mal adaptadas.
♥ Tratamento:

⎯ Confecção de novas próteses, caso as


atuais estejam porosas ou
desadaptadas
⎯ Maior atenção a higiene bucal e da
Quando os pacientes passam a perder os dentes,
prótese tem a Síndrome de Kelly ou Síndrome da
combinação, que é quando o paciente usa uma
⎯ Uso de substâncias antimicrobianas
dentadura superior e uma PPR do tipo classe I
Muitas vezes o companheiro não sabe que o inferior (só tem os dentes naturais anteriores na
outro tem dentadura e por isso acaba não mandíbula), com o passar do tempo o osso vai
removendo a dentadura para higienizar, reabsorvendo, então a prótese superior vai
causar tártaro e escurecimento. Em alguns perdendo tecido ósseo e começa a se deslocar a
prótese, e esse deslocamento faz com que tenha
momento deve higienizar a prótese.
um aumento da tuberosidade, do túber na região
♥ Freios lingual posterior, então quanto mais tempo faz que o
paciente perdeu os dentes, maior será o volume
⎯ Coloca-se o dedo sobre o freio que se do túber e muitas da vezes pode faltar espaço
para acomodar a base das próteses, pois o
quer examinar e faz -se uma tração do
volume posterior é tanto que a base da prótese
lábio com a outra mão. fica fina e não conseguimos assentar a base da
⎯ Necessidade de remoção cirúrgica??? prótese e precisa fazer a remodelação cirúrgica,
tendo que remover, remodelar um pedaço do
osso na região posterior, onde se o osso for
volumoso eu reduzo.
Tem casos em que a base do rebordo é muito
alta, podendo ter comprometimento estético.
Disse ao tirar a prótese do paciente e peço para
Quando o paciente passa a reabsorver muito ele dar um sorriso forçado e se ele mostrar
tecido, fica mais evidente os músculos e o rebordo, gengival, se aparecer muito tenho que
remodelar esse rebordo, para ter espaço para
freio lingual passa a ficar quase na mesma
acomodar a prótese e isso ocorre muito em
altura do rebordo, e se a dentadura ficar prótese sobre implante. Se precisar remodelar
assentada nessa região, ela vai se movimentar devemos fazer uma incisão e descolar o rebordo
e se soltar. Assim temos que examinar se o com uma fresa ou peso, cortando o rebordo por
freio vai influenciar ou não no assentamento completo.
da prótese, e se influenciar remodelamos com
cirurgia. 1. Língua
♥ Verificação de normalidade dos
1. Relação intermaxilar
tecidos
♥ Tuberosidade volumosa:
♥ Movimentação da língua
Falta de espaço para acomodar as bases das
próteses. ♥ Influencia a estabilidade da prótese
inferior
♥ Redução cirúrgica

Rebordo alveolar alto:

♥ Pode comprometer a estética


♥ Pacientes edentados há muitos anos,
♥ Falta de espaço para a prótese
sem usar próteses 🡪 Postura lingual
Quem tem maior área de contato? Maxila. A
errática 🡪 Realiza movimentos espessura do líquido é inversamente
exagerados e contínuos, oferecendo proporcional a retenção, quanto maior a
um prognóstico desfavorável. espessura do líquido menor é a força de
retenção. Então quanto mais viscosa a saliva é
2. Saliva pior. E quanto mais fluida for a saliva melhor
será para a prótese.
♥ Remoção de resíduos de alimentos e Então, quanto maior a área de contato, maior a
retenção. E quanto maior a espessura do líquido,
metabólitos microbianos menor retenção. Se a saliva é fluida tem boa
♥ Ação antimicrobiana, antifúngica e retenção e se for viscosa menor a retenção. Se a
área de contato for maior, melhor a retenção e se
antivirótica a área de contato é menor, menor a retenção.
♥ Início da digestão (amilase salivar)
1. Área chapeável
♥ Lubrificação e proteção das mucosas ♥ “ Denominamos área chapeável, ou
área basal, aquelas áreas da
A saliva tem um papel muito importante na
mandíbula e da maxila que serão
dentadura. cobertas pela base da prótese”.
A área de assentamento da prótese é
♥ Saliva→ papel importante na denominada área chapeável. Toda área que a
prótese vai estar tocando é a área chapeável, ou
retenção da PT
seja, a área da dentadura.
♥ Fórmula de Stanitz: F=2A x C/E
1. Área chapeável
♥ F: Força de retenção;
Maxila – limite da área chapeável
♥ A: Área de contato
♥ Rebordo alveolar em toda a sua
♥ C: Coeficiente de tensão superficial extensão

♥ E: Espessura do líquido. A prótese tem que tocar o rebordo em toda sua


extensão. Quanto maior é a altura do rebordo,
♥ Saliva fluida: maior efeito de melhor será para a dentadura.

capilaridade entre a base da prótese e ♥ Vai se estender em toda a paredes

a mucosa 🡪 maior retenção vestibular do rebordo alveolar até o


fundo de sulco
♥ Saliva viscosa: película espessa entre ♥ Vai percorrer toda a Abóbada palatina
a base da prótese e a mucosa é maior em toda a sua extensão até o limite
palato duro/ palato mole.
fácil de ser rompida 🡪 menor
Na dentadura usa o palato para ter maior área
retenção chapeável.
Como funciona o papel da saliva na dentadura? ♥ Contorno das inserções musculares e
Exemplo: tensão superficial. As próteses não se
bridas vestibulares.
deslocam, pois forma uma película de saliva
entre a base da prótese e o tecido muscular e Não toco diretamente sobre as bridas e nem
isso é explicado pela fórmula de Stanitz. sobre os freios, eu contornei essas inserções,
fazendo a moldagem funcional.
O que fórmula diz: a força de retenção é duas
vezes a área de contato multiplicada pelo
coeficiente de tensão superficial, dividido pela
espessura do líquido. A saliva geralmente é água,
então pegamos o coeficiente de tensão
superficial da água.
O limite da dentadura, vai até a região de fundo
de sulco, e também tem o limite de onde vou ♥ Fundo de sulco
estabelecer a moldeira individual, que é para
♥ Limite do assoalho da boca em toda a
moldar o paciente e copiar as regiões de
inserções musculares. sua extensão
Esse limite também se chama Linha do A (arco
do cupido) da ânsia de vômito se ultrapassar
♥ Linha oblíqua interna
esse limite. Assim não posso ultrapassar o palato A prótese vai assentar no rebordo alveolar em
mole, pois o móvel se movimenta e o paciente toda sua extensão. Se entende nas paredes
vai deglutir e a prótese se movimenta. vestibulares e lingual, na região externa se
estende até a região oblíqua externa, na região
interna até a linha oblíqua interna, contornando
todas as inserções musculares, inserção do
miloideo, inserções dos músculos linguais.

1. Zona principal de suporte


2. Zona secundária de suporte
3. Zona de vedamento periférico
posterior

É a zona de limite da linha do “A”. Sendo uma A mesma coisa que temos na maxila, temos na
das regiões mais importantes para a prótese mandíbula, com pequenas diferenças. A zona
travar, reter, pois se deixo essa zona bem principal de suporte diminuiu, a extensão do
rebordo é menor, a área de contato é menor, por
vedada não entra ar, e o ar quebra a tensão
isso a prótese tem menor retenção.
superficial, se entrar ar na região posterior, a A zona de fecho periférico são as zonas das
prótese se desloca. Assim, as vezes que a flanges, tanto na parede vestibular, quanto na
prótese não dá certo pode ser que parede lingual.
ultrapassou o limite do “A”, ou porque não O que temos de diferente é a zona de dicagem ou
ficou bem vedado, ou não conseguiu copiar zona de flivagem, que é uma das zonas que vai
bem essa região ou toca o palato mole. ser de segurança para a prótese ter um pouco
mais de retenção, a região de triconoretromolar
é mais amplo e conseguimos travar a prótese
4. Zona de alívio de forças de oclusão nessa região (que está localizada no lugar dos
Exemplo de força de oclusão, temos a papila sisos), e isso é a zona de dicagem.
incisiva, rafa palatina, o paciente que tem a A zona de alívio é a inserção de alguns músculos
rafe palatina pronunciada devemos aliviar elevadores da mandíbula.
essa região para não pressionar muito e não
prejudicar o tecido. Cuidados
As zonas são as que vão receber carga ♥ Tórus mandibular/ palatino
mastigatória, algumas recebem cargas e
outras não podem ser tocadas. Quem mais ♥ Processo geni (Pode estar mais
aguenta forças na prótese total superior é o proeminente que o rebordo residual
rebordo alveolar, depois zona secundária de em casos extremos).
suporte que é toda a área chapeável do
palato, sendo o limite da área o “A”.

Mandíbula
♥ Rebordo alveolar em toda sua
extensão:
♥ Incluindo as papilas piriformes

♥ Linha oblíqua externa


Tamanho do arco
♥ Relação direta com o prognóstico

♥ Arco mais amplo → maior área


superficial recoberta → maior a
possibilidade de retenção e
estabilidade
♥ Rebordos muito reabsorvidos ou Com o passar do tempo o rebordo vai
reabsorvendo de algumas formas. Na prótese
muito volumosos podem causar
normal é bom. Nem tão alto e nem tão baixo,
problemas na confecção da prótese
ser regular é um prognóstico favorável, pois
A área de contato tem relação direta com o
prognóstico da prótese. vou conseguir distribuir melhor as forças
mastigatórias.
Extensão da área chapeável Formato do rebordo
Ovóide
♥ Quanto maior a área chapeável,
♥ Adequado para dentadura
menor a unidade de força por área –
consigo distribuir melhor essas forças. ♥ Resistente ao deslocamento vertical
♥ Os fenômenos físicos de adesão, ♥ Boas condições retentivas
coesão e pressão atmosférica são
mais fortes, favorecendo ao suporte – ♥ Pouca resistência ao deslocamento
sendo mais difícil de quebrar a tensão lateral
superficial e consigo fazer com que a Basicamente os pacientes vão apresentar o
prótese fique mais retida na boca. formato ovóide. Tem estabilidade adequada e
Anatomia do rebordo boa área de contato.
♥ Rebordo normal - prognóstico
Quadrado
favorável
♥ Adequado para dentadura
♥ Estrangulado - diminui a estabilidade
♥ Boa relação vertical entre a base e a
da prótese - prognóstico desfavorável.
mucosa
♥ Alto - prognóstico favorável, a não ser
♥ Resiste aos esforços laterais
que seja muito alto a ponto de
Tem retenção adequada e é resistente à
impedir que tenha base para a
estabilidade. Retenção é deslocamento no
prótese ser instalada. sentido vertical. Estabilidade e resistência ao
♥ Baixo - prognóstico desfavorável, pois deslocamento horizontal.
tem maior chance de movimentação,
Triangular
tendo perda de estabilidade da
dentadura. ♥ Menor esforço para o deslocamento
vertical e lateral
♥ Lâmina de face – é um rebordo muito
♥ Pior prognóstico
afilado, a mucosa começa a lacerar no
momento da mastigação, então tem Apresenta menor retenção e menor
prognóstico extremamente estabilidade.
desfavorável, pois pode acarretar em
lesões.
Formato do rebordo
Com o modelo de estudo, consigo ver o formato
♥ Profundo – se for muito profundo do rebordo, a altura do palato, se tem uma área
vai ter maior resistência aos de tuberosidade volumosa, se tem relação com
esforços laterais. tórus palatino e mandibular, as inserções
musculares. Não é feito a dentadura sobre esse
♥ Normal modelo, é feito outro modelo.

♥ Raso – prótese se desloca


facilmente.

Quanto maior a profundidade do palato,


maior a resistência às forças laterais, pois a
área de assentamento é maior. Fatores de ordem geral – que podem
influenciar na dentadura.
Exames complementares ♥ Saúde geral
♥ Desempenham um papel importante,
♥ Idade
pois podem contraindicar a instalação
das próteses nas condições atuais, isto ♥ Estado psíquico
é, sem antes submeter o paciente a
uma terapêutica adequada. ♥ Estado psicológico e neurológico
Deve-se fazer uma panorâmica para ver o
♥ Vícios/ hábitos
estado dos tecidos. Paciente pode apresentar
uma lesão intraóssea.
Radiografia Saúde geral

♥ Noção geral do estado dos ossos ♥ A boa disposição do paciente cria


alveolares condições favoráveis para o
tratamento e para a dentadura.
⎯ Suporte ósseo
♥ Portadores de próteses totais:
⎯ Certificar-se da presença de raízes
Alteração da saúde, por menor que seja,
residuais, cistos, dentes inclusos, reflete primeiro na boca, manifestada pela
supranumerários, etc. intolerância em permanecer com as próteses
♥ A frequência de corpos estranhos nos
rebordos clinicamente normais é Idade
grande. Assim, os protesistas ♥ Fator importante
consideram, com razão, todos Capacidade de adaptação do paciente em
rebordos desdentados, clinicamente relação a prótese diminui com o avançar dos
suspeitos’ anos
Modelo de estudo Quanto mais passa o tempo, talvez seja mais
♥ Permite ter uma visão panorâmica da difícil o paciente se adaptar. Por isso devemos
ter um manejo com esses indivíduos.
área chapeável
⎯ Mostra com clareza certas partes da Estado psíquico
boca difíceis de serem observadas ● Influencia a cooperação do paciente e,
clinicamente consequentemente, o êxito final do
trabalho
♥ Auxiliam no diagnóstico e
planejamento de tratamento
FOX: dividiu 4 classes de estado psíquico dos Hábitos nocivos
pacientes de acordo com o comportamento
♥ Cachimbo ou piteira
dos mesmos:
1. Receptivos ♥ Onicofagia – roer as unhas.
● Pacientes cultos
● Compreensivos e de índole calma ♥ Hábitos profissionais: prender coisas
● Estão prontos a cooperar com o
entre os dentes, como pregos
profissional
(sapateiros), agulha, morder lápis,
São pacientes que iremos explicar o que vai
acontecer com a dentadura e ele vai aceitar. segurar o ponto do instrumento de
Eles entendem indiferente o que iremos fazer. sopro, pelos músicos, etc.
2. Indiferente ♥ O sucesso e insucesso das próteses
● Pacientes que vivem à margem da
totais dependem deste
sociedade e o meio em que vivem não
exige apresentação ou boa aparência. relacionamento:
Não exigem apresentação ou boa aparência - ♥ “Metade dos insucessos com PTs
não se sabe o que esperar dele. poderiam ser evitados por meio de
3. Cépticos comunicação mais consciente entre o
● Paciente pouco culto cirurgião dentista e paciente”.
● Desconfiado
● Reluta em aceitar a opinião do Em alguns casos:
profissional
Paciente não confia no procedimento e nem ♥ Paciente não percebe deformação
na técnica. Ele acha que sabe mais do que o causada pela prótese antiga
profissional.
4. Estéricos ♥ Explicação lógica acompanhada de
● Nervoso modelo de estudo e radiografia
● Pessimista
● Portador de algum trauma psíquico ♥ Explicações dadas ao paciente neste
Pacientes que estão sempre bravos com algo, estágio fazem parte do acordo entre o
não entendem que o processo leva tempo. paciente e o dentista. Mais tarde são
consideradas como meras desculpas.
♥ Pacientes conturbados podem ter
Diagnóstico:
exigências estéticas e funcionais
♥ Ato ou processo de decidir pelo
acima da realidade
exame, a natureza de um estado
♥ Insatisfeitos com próteses mórbido. Uma investigação cuidadosa
tecnicamente corretas dos fatores para determinar a
♥ Constatar se o paciente está sujeito a natureza de algo. A determinação da
natureza, localização e causas da
graves riscos: doença.
♥ Engolir a prótese (PPR e não a total ♥ Em prótese total: o diagnóstico é um
especificamente) em crises agudas, procedimento contínuo e não é
como pode acontecer na epilepsia e realizado em pouco tempo.
na demência
Indicações ou contra-indicações
Devemos esclarecer para o paciente que vamos Indicações
fazer uma dentadura e não devolver seus dentes
naturais. ♥ Rebordo alveolar de forma normal

♥ Fibromucosa resiliente
Se o paciente não tem nenhum tecido de suporte
♥ Movimentos mandibulares e está com rebordo desfavorecido, nem sempre
regulares (abertura e fechamento) pode ser encaminhado para a implantodontia.
São poucos os casos de pacientes que não
♥ Sem distúrbios de ATM podem ser reabilitados. Se o paciente não tem
nenhum osso na maxila, pode ser feito implante
♥ Bom estado de saúde no osso zigomático. Quase todos os tipos de
Contra- indicações mandíbula conseguimos reabilitar, se o paciente
tiver pouco osso mandibular, pode ser feito
♥ Rebordos muito reabsorvidos enxerto.
Qual o problema de uma prótese sobre
♥ Freios e bridas muito implante? Limitações financeiras, o custo é
proeminentes mais alto que um dentadura.
Existem condições psicológicas que o paciente
♥ Volume excessivo da língua não consegue fazer a higienização da dentadura.
Assim seria interessante fazer uma prótese
♥ Distúrbios da ATM removível.
♥ Assimetria facial

♥ Prognata (seja classe II ou III)

Vamos reabilitar o paciente para ele ser classe I


dentária, mesmo que tenha descompensação
esquelética, e isso implica em ter maior ou
menor volume de base da prótese, podendo ficar
mais ou menos volumosa.

Plano de tratamento
♥ Deve ser levado em consideração
detalhes sistêmicos e locais vistos na
anamnese e exame clínico
1. Preparo de boca
2. Obtenção dos modelos
3. Registros de relação maxilo
mandibular (é feito para a montagem
dos dentes, provas os dentes)
4. Oclusão a ser estabelecida
5. Processamento laboratorial das
próteses
6. Instruções no uso e cuidados das
próteses totais

♥ Limitações: financeiras, psicológicas,


anatômicas
Procedimentos de moldagem em Vedamento periférico: é a área onde a
indivíduos edêntulos prótese fica vedada, que impede a entrada de
Contexto geral
ar, se entra ar quebra a tensão superficial e a
Moldagem em prótese total difere da
prótese solta, é a porção que está em verde,
moldagem de prótese fixa.
há presença de freios-bridas, inserções
Moldagem em PT musculares, onde o músculo se insere-origem
♥ Uma boa moldagem pode ser ou final, é uma área que se movimenta
bastante.
realizada de muitas maneiras, mas
não de qualquer maneira. Arco do cupido- linha do A: parte rosa.
Em PT, é preciso levar em consideração os
músculos, tem que seguir os procedimentos Rebordo: laranja.
de forma rígida pois a prótese vai ser Áreas de alívio: vermelho
assentada sobre os tecidos e os tecidos
precisam ser bem copiados. Quanto maior a área de contato maior a
retenção da prótese.
Objetivo da moldagem do indivíduo Mandíbula
edentado
♥ Mínima deformação dos tecidos de
suporte: gengiva, mucosa, fibras
musculares e rebordo alveolar.
♥ Extensão correta da base da prótese
de acordo com as características
anatomofisiológicas do paciente: levar Mandíbula: prótese inferior há menos
em consideração toda a anatomia e retenção pela menor área de contato.
fisiologia muscular do paciente.
Presença de língua-músculos envolvidos, há
♥ Vedamento periférico funcional, pela
movimentação, por isso a necessidade de
espessura e contorno adequados da
copiar os músculos em função na hora da
borda da prótese.
moldagem.
Subcontorno: não veda e solta a prótese. Moldagem preliminar
-Vem antes.
♥ Contato adequado da base da prótese ♥ Confeccionar um modelo que
com o rebordo, através da perfeita reproduza a forma e a extensão da
reprodução dos tecidos pelo material área basal, não necessitando obter
de moldagem. detalhamento de textura da mucosa;

Área chapeável da Maxila: ♥ É uma moldagem estática


Estática: parada, leva a moldeira em boca sem
Área chapeável: área de assentamento da movimentos, não precisa da reprodução
prótese em toda sua extensão, se estende até exata.
a região de fundo de sulco, que é a base da
prótese. Objetivos
● Estudo e planejamento do caso
● Confecção da moldeira individual
1-fazendo o planejamento dá pra saber se
precisa de uma cirurgia pré-protética, por
exemplo.
2- modelo de estudo tem a finalidade de
♥ Reação de presa: geleificação
confeccionar a moldeira individual
(rápida ou regular)
Seleção de Moldeiras ♥ Consistência: viscosa
♥ É o passo mais importante para a
técnica de moldagem anatômica de
um rebordo edentado.
♥ Deve possuir bacias RASAS Alginato-material barato,
transformação sol-gel
♥ Podem ser lisas ou perfuradas
(dependem do material utilizado); Material mais denso, hydrogum e cavex são os
Selecionar as madeiras adequadas, a moldeira melhores alginatos para moldagem preliminar.
precisa ser rasa e a extensão deve abranger
Perde água e absorve água, tem que vazar
todo o rebordo, escolhendo o tamanho
logo- 1 ou 2 horas, manter o ambiente úmido
adequado de moldeira para cada caso.
para não perder a estabilidade.

Vantagens:
♥ Hidrofílico

♥ Odor agradável
Moldeira perfurada não é indicada para todo ♥ Baixo custo/ fácil manipulação
tipo de material.
Desvantagens
Para criar retenção nas madeiras lisas dá para ♥ Sinérese – e embebição
colocar cera e algodão antes do material de
moldagem. ♥ Vazamento imediato

♥ Baixa resistência ao rasgamento


(precisa uma boa espessura de
material para não rasgar)
♥ Baixa capacidade de detalhamento
A base da moldeira deve ir até a região de (não copia textura)
fundo de sulco. ♥ Para todos os tipos de rebordos
Moldagem da mandíbula em 9 horas, de
frente. Godiva de alta fusão
Godiva é termoplástica, para plastificar é
Moldagem da maxila em 12 horas, de costas. necessária água fervida, mais ou menos 55 a
62 graus.
Materiais utilizados na Moldagem
Preliminar: ♥ Apresentação: barra ou placa

♥ Reação de polimerização:
♥ ALGINATO
termoplástica
♥ GODIVA de alta fusão ♥ Consistência: densa

Alginato
♥ Apresentação: pó (fase
dispersa) + água
o Diminuição da ocorrência de
bolhas
o Manutenção do material no
perímetro da moldeira
Individualização da moldeira
Cera utilidade para individualizar moldeiras,
Vantagens cuidar para não ter muitas bolhas no material
de moldagem, manter o material dentro da
♥ Rigidez área da moldeira, cuidar pro material não
♥ Reversibilidade (moldar mais de uma escoar, dificuldade de copiar região de
interesse se o material escoar.
vez com o mesmo material, só
plastificar novamente) Cera utilidade
♥ Fácil manipulação * Nunca se usa cera 7 para individualizar
moldeira.
♥ Estabilidade dimensional (não
deforma)
Desvantagens
♥ Biossegurança (usava um plastificador
para vários pacientes, às vezes nem
trocava a água de um paciente para o
outro)
♥ Calor* (Sensibilidade no rebordo
devido ao calor, moldeira de inox puxa
mais o calor)
♥ Sensível a temperatura (Seringa Perfurações da moldeira dão retenção para o
alginato, por isso que às vezes as moldeiras
tríplice para baixar a temperatura-
lisas desprendem do algInato, então é preciso
causava dificuldade técnica)
criar retenções.

♥ Rebordos retentivos. ♥ Individualiza toda a borda da


moldeira, dentro da moldeira nunca
REGRA: Não moldar rebordo retentivo com vai cera
godiva, pois é um material anelástico, toma ♥ Leva em posição e verifica se atingiu o
presa e não consegue remover. íntimo contato, é muito visual.
Alginato todos os tipos de rebordos e godiva
só para rebordos não retentivos. ♥ Seleção da moldeira
Moldagem com alginato
♥ As moldeiras para serem utilizadas
com alginato devem possuir algum
meio de retenção do material à
moldeira (perfurações ou arcos em ♥
volta da borda) ♥ Moldeiras devem seguir até os limites
da área chapeável: região de fundo de
♥ Após ser selecionada, a moldeira deve
sulco, compreendendo o rebordo
ser individualizada, especialmente na alveolar até a linha do A.
sua porção periférica, a fim de dar
suporte
♥ ♥ fazia uma bola
♥ Moldeira individualizada/ moldagem com a godiva e colocava sobre a
preliminar copiando rebordo alveolar, moldeira
região da linha do A, região de
selamento posterior e fundo de sulco.


Retornava para água quente e então
♥ levava em boca, precisa estar
plastificado para conseguir moldar

♥ Se aparece um pouco de cera não tem ♥


problema.

♥ JAMAIS MOLDAR REBORDOS


RETENTIVOS COM GODIVA.


Moldagem bem fiel ao rebordo,
comprime os tecidos e não escoa
como o alginato

♥ Caiu em desuso pela questão do
♥ Não usa moldeira perfurada para
plastificador e do calor do material
moldar com godiva, pois daí não vou
conseguir remover. ♥ Modelos de Prótese Total
♥ Modelo de estudo

♥ Plastificador de godiva: colocava pote


de sorvete para não sujar o ♥
plastificador.
MOLDAGEM FUNCIONAL
♥ Problema da godiva: ele é sensível a
temperatura, se passa muito da ♥ Obter um análogo da área basal que
temperatura ideal ela começa a
reproduza, o mais fiel possível, sua
perder as propriedades.
forma, extensão e ação muscular.
♥ É uma moldagem dinâmica.
O principal é a ação muscular, o paciente está
em movimento=moldagem dinâmica. Cabo da moldeira
Abertura e fechamento da boca, movimentos ♥ Função: aferir o grau de retenção e
de deglutição.
estabilidade que se consegue durante
A moldagem funcional deve ser dividida em
a moldagem.
duas fases distintas, mas que se
*Estabilidade sentido horizontal, empurra a
complementam
1. Vedamento periférico moldeira para fazer movimentos horizontais
2. Moldagem funcional propriamente *Retenção deslocamento sentido vertical- não
dita soltar, pressionar o cabo da moldeira
Cópia do vedamento: região de periferia da
individual
área chapeável e depois a moldagem
propriamente dita. ♥ Tamanhos adequados (10mm de
altura)
♥ Determinação dos limites da área
chapeável, de acordo com a fisiologia ♥ Corretamente posicionados (sem
dos elementos anatômicos interferência labial)
Moldeira individual: individualizada, Tamanho de cabo adequado, não pode tocar
exatamente o formato do rebordo do no lábio do paciente, e não pode ser um cabo
paciente. muito comprido, geralmente 10 a 15 mm

Sobre o modelo de estudo é identificada cada Se a moldeira se deslocar nesses dois testes,
área de interesse. refaz a moldagem.
Moldagem individual
♥ Zonas de alívio (Área onde não pode
ser exercida pressão, coloca cera
sobre a região)
⎯ Áreas retentivas do modelo Confeccionada em resina acrílica
autopolimerizável - RAAQ
⎯ Zonas de flacidez da mucosa
Preparo da moldeira
♦ Exemplo: rugosidades palatinas
♥ Deve ficar SEMPRE 2mm aquém
♥ As zonas de alívio, devem ser as (abaixo de, antes de) do fundo de
menores possíveis e jamais recobrir sulco;
toda a área de suporte primário.
♥ A extensão da moldeira são deve
Alivia as áreas na moldagem, porém não
estende muita a área de alívio para não ultrapassar os limites anatômicos
estabelecidos
recobrir até a área de suporte.
♥ Deve permitir espaço para o material
Rebordo alveolar não alivia, porque é uma
de moldagem
área primária de suporte, é ali que vai receber
mais carga mastigatória. ♥ Não deve lesar os tecidos
(arredondada para não lesar os
tecidos).
Limite da moldeira
♥ Cabo é feito só no final

♥ Resina acrílica perde calor quando


começa polimerizar, contrai, então
cuidar para não contrair no modelo,
tira de posição e coloca e depois
segura

*feito a moldeira, começa o procedimento de


moldagem
Marcação de lápis contínua ao redor do
modelo de estudo na região de fundo de sulco SELADO PERIFÉRICO
Vedamento periférico
e depois faz um pontilhado 2 mm acima
♥ Vedamento em toda a periferia da
Confecção da moldeira
base da prótese, que promove o
confinamento é uma película de
saliva, gerando a retenção da
prótese a mucosa por ação das
forças de coesão (partículas
iguais), adesão (partículas
● Manipulação deve ocorrer na fase
diferentes) e pressão atmosférica.
plástica
Moldagem do selado periférico, região de
contato com fundo de sulco, a prótese gruda
devido a presença da saliva, porém se não
tiver o selamento periférico a saliva escapa e
entra ar nessa região, soltando a prótese.

♥ Feita com RAAQ

♥ Manipula e fecha o palladon para não


evaporar os monômeros É a impressão da musculatura presente em
♥ Depois que sai da fase fibrilar e toda região periférica da prótese na sua forma
ativa.
começa a fase plástica faz uma Para fazer o selamento periférico é necessário
bolinha copiar os músculos enquanto estão em
♥ Vaselina as 2 placas de vidro e coloca função.
duas espátulas de picolé para ter a Godiva em bastão é colocado nos 2 mm que
espessura adequada e pressiona foi retirado
♥ Remove uma das placas Godiva é feito a moldagem em partes e o
♥ Começa a assentar sobre o modelo de silicone pesado é feito em uma única vez,
necessitando de mais experiência.
gesso, corta rente sobre o fundo de
sulco para não precisar desgastar Uso de:
muito com as fresas ⎯ Godiva em bastão
⎯ Silicone pesado

⎯ Poliéter

Espaço corono maxilar,


movimento de abertura e fechamento até o
material plastificar

Movimento horizontais,
Regiões do selado superior pelas fibras do bucinador
1. Espaço corono maxilar
⎯ Movimentos mandibulares,
principalmente abertura e
fechamento
2. Fundo de vestíbulo bucal (região de
primeiro molar e pré-molar): fibras do
bucinador, não faz movimentos Faz movimentos
verticais, só horizontais horizontais e leve compressão com a digital
para diminuir a espessura do material
⎯ Fibras do bucinador são horizontais;
músculo orbicular.
⎯ Não necessita movimentos verticais,
apenas um leve tracionamento na
região das bridas (quando o paciente
possui bridas mais pronunciadas)
3. Fundo do vestíbulo labial
--Leve compressão com os dedos no lábio do
paciente

⎯ Mesmas características do fundo de


vestíbulo bucal, porém deve-se Aqui termina a moldagem ou cópia do
acomodar a godiva com pressão selamento periférico.
digital para não dar a impressão de Faz os movimentos com a moldeira em
que o paciente esteja com algodão no posição até o material plastificar.
fundo de sulco.

4. Freio labial
⎯ Leve movimento e tracionamento
vertical, tracionar o lábio do paciente
Região posterior é o último passo, última
5. Término posterior
região a ser copiada, pressiona e pede para o
⎯ Estabelecimento do limite posterior paciente deglutir.
da prótese (linha do Ah) e compressão
seletiva do material de moldagem.
Linha do A: reflexo de vômito
Coronomaxilar abertura e fechamento de
boca

Fundo de vestíbulo bucal movimentos


Fundo de vestíbulo bucal movimento
horizontais
horizontal, tracionamento- pega os dois dedos
e joga a bochecha em direção ao material

Fundo de vestíbulo labial e faz tracionamento


e leve compressão seletiva digital

Fundo de vestíbulo labial continua com


movimentos horizontais e faz compressão
seletiva para que o material não fique muito
espesso.
Fossa retro alveolar região de retenção faz
compressão, aperta

região de selamento posterior tem que acabar


em 0, quase nada de material, como na
imagem Flanges sublinguais pede para o paciente
MANDÍBULA movimentar a língua para todos os lados

Chanfradura do masseter (elevador da


mandíbula) movimento de tracionamento em Freio lingual paciente coloca a língua para
direção a moldagem ou pedir para o paciente fora, se o paciente possui o freio muito
abrir e fechar a boca pronunciado precisa seccionar o freio antes da
moldagem

♥ Esperar perda da plasticidade de


godiva, remover da boca e ver se
impressão da área foi realizada.
♥ Godiva lisa, fosca e arredondada.
* se não tiver lisa e fosca não tocou e se Silicone não gruda na resina acrílica da
estiver irregular não tocou no fundo de sulco moldeira.

Terminou todo o processo de moldagem, faz o


modelo de trabalho.
ENCAIXOTAMENTO

Na ♥ Confecção do modelo de trabalho:


moldagem, faz os movimentos até a godiva
tomar presa para copiar bem
⎯ Preservar a zona do selado periférico
Depois de feito o selamento periférico, faz os e proteger as impressões obtidas
testes de estabilidade e retenção. Se o selado durante a moldagem funcional.
periférico estiver ok, terá uma retenção da
prótese.
⎯ Manter a espessura da borda da
Moldagem propriamente dita prótese obtida durante a confecção da
moldeira e do selamento periférico.

⎯ Reduzir a necessidade de acabamento


da borda da prótese após a
prensagem.
Pasta zinco enólica: é anelástica, não posso
moldar rebordo retentivo.
⎯ Controlar o tamanho ea forma dos
Elastômero (silicones) só a pasta leve. modelos

⎯ Facilitar os procedimentos de
obtenção do modelo

Coloca o material na Faz o encaixotamento para vazar o modelo de


moldeira e leva em boca, pede para o trabalho, preservar a zona do selado
paciente fazer os movimentos feitos periférico.
anteriormente

, tudo ao mesmo tempo, movimentos


horizontais, verticais, tracionamentos.

ENCAIXOTAMENTO se faz com cera utilidade


com pelo menos 5 mm da borda do selado
O ideal é que ele escoe por periférico
toda a moldeira.

Fecha com cera 7 e faz a caixa


Consistência do gesso- fluido, antes de
começar a cristalizar

base precisa ser alta

O modelo precisa ser rígido, para não fraturar,


pois vai acompanhar até o final da confecção
Cuidados com o encaixotamento: da prótese.
extremamente vedado toda a cera para não
escapar o gesso

GESSOS tipo 1, 2,3,4

1-PARIS

2-COMUM

3-PEDRA

4- ESPECIAL

Gesso expande depois do vazamento, e se ele


expande ele deforma, então o ideal para o
modelo de trabalho é o tipo 4-especial, pois
ele expande menos

gesso pedra
Retentores diretos e indiretos Tipos de alavancas
Contexto Geral –PPRs
● Conectores maiores têm o intuito
de unir os dois lados da prótese.
● Selas é onde ficam os dentes da
prótese.
Na parte protética, quem dá suporte para
● Conectores menores unem a parte
PPR, é a mucosa.
da sela e a parte do grampo ao
conector maior. E: esforço mastigatório, força de maior
● Retentores diretos. intensidade.
● Retentores indiretos.
Retentores diretos e indiretos são de F: região de fulcro.
muita importância para entender qual Quando morde atrás, tem a tendência de
indicar para cada tipo de paciente. levantar na frente, por exemplo. Na
Biomecânica alavanca de primeira classe, é necessário
● Não podem estar rígidamente alterar o eixo de rotação, para o dente
conectadas aos dentes ou tecido, o pilar resistir.
que se torna sujeitas ao
movimento em resposta às cargas
funcionais, como aquelas criadas
pela mastigação.
PPR precisa ser removida da boca do
paciente para higienizar, então ela não
pode ser rígida aos dentes e tecidos, ela
só toca quando tiver uma carga funcional, Força da gravidade: tendência de procurar
por ex, a mastigação o chão, força de menor intensidade, mais
● O sistema de alavanca tranquila de resolver.
representado por uma prótese
parcial removível de extremidade
livre pode aumentar a força de
oclusão aplicada aos pilares
terminais, o que poderia ser
indesejável.
Sistema de alavanca: rotaciona de um lado
e a força é aumentada do lado oposto. Alimentos pegajosos: a prótese tende a se
Classe 1 e 2 de Kennedy automaticamente movimentar em direção ao alimento.
possuem uma força de alavanca.
REGRA: sempre colocar dois grampos, dois
Profe citou o exemplo do abridor de dentes pilares, por menor que seja a
garrafa, a tampa é o dente pilar, o abridor perda dentária do paciente.
é a PPR, o movimento é como se
constantemente tivesse forçando para Retenção
Forças que atuam para deslocar a prótese:
extrair o dente pilar.
● Gravidade
Há medidas que conseguem diminuir essa ● Alimentos pegajosos
força de alavanca causada por PPR com Força para se deslocar no sentido vertical:
extremo livre. retenção.
● Forças funcionais 🡪 Forças maiores Suporte: forças para do tecido/tocar no
e Necessidade de retenção tecido.
adequada.
Equador anatômico

Forças maiores necessitam de grampos de


retenção, forças menores necessitam
somente de um suporte adequado.

Equador anatômico não depende da


posição que o dente estiver na arcada,
será a área de maior circunferência.
Equador protético

Retentores em PPRs
● Dispositivos que resistem ao
movimento de afastamento dos
dentes e/ou dos tecidos.
● Qualquer unidade de uma prótese
dentária removível faz com que um
dente pilar resista ao movimento O equador protético depende da posição
de deslocamento das próteses do que o dente estiver na arcada.
tecido. As pontas dos grampos de retenção ficam
● São enormemente influenciada
abaixo do equador protético, pois é a área
pela estabilidade e suporte das
de maior retenção.
próteses fornecida pelos
conectores maiores e menores, Em alguns casos o equador anatômico e
apoios e selas. protético podem coincidir, por ex: em
Vai ter momentos que o grampo vai agir molares que estiverem na posição
como retentor direto, impedindo que a adequada, nem mesializados nem
prótese solte da boca e vai ter momentos distalizados.
que algum componente da prótese, não
necessariamente o grampo, vai agir como Zona expulsiva: parte acima do equador
retentor. protético.

Retenção Zona retentiva: parte abaixo do equador


● Fornecida pelos grampos de protético.
retenção, apoios e selas.
Uma retenção suficiente é fornecida por
Estabilidade
dois meios:
● Obtida pela ação das selas, dos
Retenção primária: realizada
conectores maiores e planos-guias.
mecanicamente colocando-se elementos
Suporte
de retenção (retentores diretos) nos
● Fornecida pelos apoios
dentes pilares.
Retenção: forças verticais/ deslocamento
É a retenção principal, retenção direta no
vertical. dente pilar, basicamente é o grampo no
Estabilidade: forças horizontais. dente pilar.
grampos retentivos devem ser
Retenção secundária: fornecida pelo bilateralmente opostos.
íntimo relacionamento do contato dos Se o paciente estiver em repouso, o
conectores menores com os planos-guia e grampo não exerce função, não toca o
celas das próteses e do conector maior dente.
(superior) com o tecido subjacente. O plano guia serve para que a prótese seja
Retenção secundária: retenção friccional, inserida na boca do paciente, é um plano
menor, são componentes que vão tocar os que guia a prótese, guia do início ao final
dentes em algum momento, possuem do assentamento da prótese. Os grampos
mais de uma atuação e em algum não podem gerar forças antes do
momento ajudam a impedir que a prótese assentamento da prótese e os grampos
se desloque. Por ex: a sela não tem função devem ser assentados de maneira
de dar retenção à prótese, mas em algum bilateral, ao mesmo momento de ambos
momento pode ser que ela atue retendo a os lados. Isso ocorre para não exercer
prótese como retenção secundária. força excessiva aos dentes pilares.
Princípios dos grampos Obrigatoriamente necessita ter grampo
● Envolver o dente preparado de dos dois lados, é REGRA.
maneira que previna movimentos
isolados dos dentes em relação ao
retentor.
● A forma que define um retentor
está correta se ela evita classe II, retentor direto do
movimentos perpendiculares em lado que não tem dente, retentor indireto
relação ao longo eixo do dente. do lado oposto que tem os dois grampos,
Dependendo do tipo de grampo que for isso é feito para diminuir a força de
utilizado, ele pode evitar movimentos alavanca e para a prótese não soltar da
maiores ou menores, depende da força de boca.
retenção de cada grampo, tem alguns Suporte
grampos que seguram mais a prótese do ● O apoio oclusal deve ser
que outros. desenhado para evitar
Retenção movimentos dos braços do
● É a propriedade no qual o grampo grampo em direção à cervical.
resiste ao deslocamento do dente Os apoios fornecem o suporte da prótese.
em direção oclusal.
● Essa força pode ser exercida pela
fala, ação muscular, deglutição,
alimentos pegajosos ou
gravidade. Abraçamento
● Cada parte do grampo contribui de O princípio de abraçamento demanda que
alguma forma para a retenção da mais de 180 graus na maior circunferência
prótese. do dente deve ser envolvida pelo grampo.
● A não ser que os planos-guia
controlem positivamente a via de
remoção e estabilizam os pilares
contra movimentos rotacionais,
Geralmente no vestibular é o braço de Um braço faz força (retenção) e o outro só
retenção e a lingual é o braço de segura (oposição-reciprocidade), ele
oposição, mas não é regra. neutraliza as forças.
Na esquerda um grampo circunferencial,
na direita um de ação de ponta. Não é indicado que o braço de
Quanto mais o grampo abraça o dente, reciprocidade do grampo circunferencial
mais toca, mais retenção ele tem. fique abaixo do equador protético, pois
O grampo deve ter contato com o dente daí ele irá ter retenção, e essa não é a
em mais ou menos 180 graus da superfície função dele, o ideal é que ele fique
dentária. paralelo ou acima da linha do equador.
Reciprocidade
Cada braço de retenção deve ser oposto Grampo circunferencial: circunda quase
por um componente de reciprocidade todo o dente pilar
(braço de reciprocidade) capaz de resistir
a qualquer pressão transitória exercida Grampo de ação de ponta não circunda a
pelo braço de retenção durante área retentiva do dente, sai da cela e
assentamento e remoção. atinge a área cervical
Função dos Braços de Oposição
● Resistir a movimentos dos dentes
em resposta à deformação do
É o grampo de oposição, que serve para braço de retenção, se este
equilibras as forças. envolver um dente no equador
Passividade protético.
A via de remoção da ponta ativa do ● Para isto ocorrer, braço de
grampo deve ser outra que não paralelo oposição deve estar em contato
ao caminho de remoção da prótese para durante a deformação do braço de
requerer engajamento do grampo com a retenção
resistência a deformação que é retenção. ● O braço de oposição do grampo
● A quantidade de retenção deve não entrará em contato com
sempre ser a mínima necessária dente até a prótese estar
para resistir ás forças de totalmente assentada e braço de
deslocamento razoáveis. retenção do grampo ter
Passiva: sem exercer força, se não tiver novamente se tornado passivo.
passividade, gera força de deslocamento REGRA
aos elementos dentários, ou seja, faz com Função de reduzir ao máximo de segurar a
que os dentes se movimentam. força do braço de retenção.
Braço de oposição só atua quando o
paciente estiver mastigando OU em
função, em repouso ele só fica em Íntimo
contato, mas não fica em função.

No grampo circunferencial, a ponta ativa Funções adicionais:


do grampo fica abaixo do equador ● Devem ser localizados de modo
que a prótese seja estabilizada
protético, o restante não interfere.
contra movimentos horizontais.
Função secundária.
● Podem atuar em menor retentiva vindo de uma direção
intensidade como um retentor cervical.
indireto. Sai da cela e atinge a área cervical, que é a
zona retentiva
Retentores diretos
Grampos circunferenciais
Tipos de retentores diretos ● O grampo circunferencial é
geralmente o grampo mais lógico
Retentores extracoronários para usar com todos os dentes
● Uso mais incomum. suporte de próteses parciais, por
● Encaixes de precisão. causa de suas habilidades de
retenção e estabilidade.
Retentores extracoronários ● Grampo circunferencial é a
primeira escolha, boa retenção e
● Grampos mais comuns. estabilidade, porém possuem
● Utilizam resistência mecânica para algumas particularidades.
evitar deslocamento da prótese. Particularidades
● Podem ser do tipo circunferencial ● Maior quantidade de cobertura na
ou ponta. superfície dentária do paciente
É os grampos tradicionais, que aparece o sorri e mostra mais o grampo.
metal. ● Menor estética.
● Largura do dente devido ao metal
Princípios dos grampos
(superfícies vestibulares dos
● Critérios para selecionar um
dentes inferiores e nas superfícies
determinado grampo
linguais de dentes superiores).
Todos os grampos devem possuir...
● Quanto maior o pedaço do metal,
● Conectores menores:
mais fácil de dobrar e menor
componentes onde os grampos se
originam resistência.
● Apoio principal: direcionar a carga ● prof citou o exemplo de abrir o
no longo eixo do dente, serve para clips, ir dobrando e quebrando,
dar suporte a PPR quanto menor a secção do metal,
● Braço retentivo: para a maioria mais rígido ele fica, mais difícil de
dos grampos, a região de retenção dobrar.
é somente no seu término. 99% ● O grampo circunferencial possui
dos casos fica na vestibular bastante metal, então possui
● Braço de reciprocidade: presente menos resistência do que o de
no lado oposto do dente para ação de ponta.
estabilizar e opor-se a movimentos Grampo circunferencial simples
horizontais da prótese. Neutraliza ● Também chamado de Ackers
as forças ● Corpo e apoio estão próximos ao
● Grampo circunferencial que espaço protético.
aborda a área retentiva inferior ● Grampo mais utilizado em
vindo de uma direção oclusal próteses dentomucossuportadas.
● Grampo a barra (por ação de Indicação
ponta) que aborda a área ● Molares e pré-molares.
● Canino sem limitações estéticas.
● Dentes em posição normal. ● Pré-molares isolados entre dois
espaços protéticos em posição
normal.
Ackers ou Circunferencial Simples: sai do ● Molares posteriores ao espaço
conector menor, tem um braço de protético, com inclinação
retenção (com a ponta ativa abaixo do mesiovestibular para os superiores
equador protético) e um de oposição e o e mesiolingual.
apoio está próximo do espaço protético. ● Áreas retentivas próximo a
superfície oclusal.
Indicação: principalmente em prótese
● Grampo em anel, ou anelar:
dentomucosuportadas (classe I e II -com
indicado para espaço intercalar,
uma EXCEÇÃO, nunca do lado que tem o
circunda quase que por completo
extremo livre, este grampo é indicado
o dente (princípio de abraçamento,
sempre para o lado que tem dentes, pois
pelo menos 180 graus).
ele não possui tanta retenção), classe 3 é
Indicações: Pré molar isolado, precisa de
o principal grampo que se usa.
dois apoios, um na distal e outro na mesial
Fornece menos retenção. ou em molares com alguma inclinação
mesioangulada.
Apoio sempre do lado protético.
Indicado quando o dente está em uma
posição adequada, com exceção dos casos
de extremo livre.
Se caso o dente pilar estiver mesializado *Quando tenho espaço intercalar, o
ou distalizado, então deve-se pensar em apoio do grampo vai sempre próximo do
outros grampos. espaço protético, REGRA.
*Quando tenho extremo livre, o apoio
deve ficar do lado oposto do extremo
livre, mais distante do espaço protético.
Ex: o extremo livre é na distal do dente
pilar, então o apoio do grampo vai ser na
mesial do dente pilar.
Isso acontece para diminuir a força de
alavanca.
Grampo em anel ou anelar O apoio é parte da prótese (macho) e o
● Envolve aproximadamente todo
nicho é o dente preparado (fêmea).
um dente a partir de seu ponto de
origem. Grampos gêmeo (geminado)
● Possui dois conectores menores e ● Fusão de dois grampos simples.
dois apoios oclusais, interligados ● Retenção indireta. Grampo mais
por um braço de oposição. utilizado para retenção indireta.
Indicação ● Podem ser unidos pelo apoio e
unidos pelo braço de oposição.
● Grampo geminado, parece uma Usa quando o dente está angulado, mais
aranha (se divide ao meio, parece mesial.
duas circunferências simples). Anzol possui boa resistência, possui um
Indicação metal que dobra, então diminui a secção
● Pré-molares e molares em Classe do metal e aumenta a resistência.
II e III (sem modificações).
A origem do grampo e a ponta ativa do
● Classe IV de Kennedy**- Classe 4
grampo estão do mesmo lado.
mas usa o grampo na região
posterior (que é onde precisa de A área retentiva está do mesmo lado da
mais retenção indireta), anterior origem do grampo.
precisa de mais retenção direta,
*só vamos saber qual é a área retentiva
então é indicado um grampo de
quando aprendermos sobre
ação de ponta.
delineamento.
● Usa do lado oposto do extremo
livre na classe II.
● Geralmente se coloca nos dois
molares ou em um pré e um molar.

Parece um anzol
Se colocarmos um grampo circunferencial
simples em casos de angulações, por ex.,
boa parte do grampo ficará na área
expulsiva, não tendo retenção e soltando
a prótese.

Classe III sem Grampo continuo de Kennedy


modificação, o geminado é usado do lado ● Retenção feita por grampos de
oposto do lado protético, pela retenção ação de ponta nos caninos.
indireta. ● SEMPRE junto a barra lingual
(inferior) dentária anterior
Gramo reverso (anzol) contínua ou barra lingual dupla por
● Corpo e apoio distantes do espaço isso é indicado para dentes
protético. inferiores.
● Braço de oposição e retenção ● Elemento de estabilização para
voltados para o espaço protético. extremidades livres.
Indicação ● Localiza-se preferencialmente
● Molares superiores e inferiores sobre os cíngulos das faces linguais
posteriores ao espaço protético dos dentes anteriores.
com inclinação mesial. Indicação
● Mais estético, uma vez que o ● Classe I de Kennedy, de canino a
maior volume de material fica na canino.
distal.
RESUMO: Dente está em uma posição ser desenhadas de forma que
natural: ackers/circunferencial simples. evitem transmissão direta de
forças de inclinação e de rotação
Espaço intercalar: grampo em anel. aos pilares. Se eu tenho extremo
Classe 4: O grampo geminado coloco na livre, SEMPRE vou desenhar o
posterior. apoio longe do espaço protético
pra evitar a força de retenção
Dentes muito inclinados/mesializados: ❖ Apoios são colocados mais
grampo em anzol.
distantes do extremo livre
Grampo circunferencial: sai do conector (superfície mesial)
menor e circunda quase toda extensão
do dente, e a ponta ativa do grampo fica
abaixo da linha do equador protético.

Grampos por ação de ponta


● O braço de retenção tem origem
na sela e aloja-se na área retentiva
do dente, enquanto o braço de O conector maior nesse caso é placa
oposição possui o mesmo desenho lingual, toca os dentes.
do grampo circunferencial. Saber interpretar essa imagem, os
O braço de retenção sai da cela. componentes.
*A alavanca classe I só ocorre quando
Braço de oposição Sai do apoio, conector tiver extremo livre.
menor.
Grampo API (RPI)
Geralmente em classe I e II se usa o
● Componentes de apoio, placa
grampo por ação de ponta, pois precisa de
proximal e grampo em I.
mais retenção devido ao extremo livre.
● Apoio+placa proximal+grampo em
I, um dos mais indicados mas não é
Particularidades
muito utilizado no Brasil (pois ele
● Possuem sua origem da SELA em
possui muita retenção).
direção a cervical do dente – SAI
● Apoio mesio-oclusal.
DA SELA.
● Um plano-guia distal (crista
● Apresentam alta retenção,
marginal até terço médio/cervical)
portanto são mais indicados em
preparado para receber uma placa.
casos de extremos livres
Indicação
● Dentes contíguos ao espaço
Permitem movimentos funcionais das
protético em casos de extremidade
próteses e são desenhados para resolver a
livre uni e bilateral.
preocupação com a alavanca na classe I,
● Classe I de Kennedy, de canino a
aumentando a sobrevida do dente
canino.
pilar-por diminuir a força de alavanca.
● Extremo livro e quando tem muita
perda dentária.
PARA A PROVA SABER O DESENHO DOS
Quase não é usado no brasil, pois é
GRAMPOS E DE ONDE ELES SAEM
muito retentivo e porque os protéticos
❖ Grampo de retenção adjacentes ás são ruins.
extremidades livres da sela devem
Não possui braço de reciprocidade na ● Canino inferiores em Classe I e II
lingual pois ele tem um plano guia, de Kennedy
uma placa na distal. Grampo em L, mais flexível, tem menos
retenção

Grampo em T Grampo em I
● É o grampo mais indicado dos ● É o mais estético dos retentores
grampos de ação de ponta. extracoronários- dos de ação de
● Bastante flexível. ponta, paciente sorri e mostra
● Facilidade de obtenção de pouco metal.
retenção. ● Grande capacidade retentiva
Indicações devido a sua forma e pequena
● Incisivos, caninos e pré-molares extensão, o que torna pouco
Grampo em t: Grampo coringa, muito flexível.
indicado para extremo livre. Abraça quase ● Sua ponta ativa deve localizar-se
toda a vestibular, muito fácil de obter na região disto vestibular,
adjacente ao espaço.
retenção, pois toca boa parte da área
Grampo em I: mais estético, não é
retentiva.
indicado para extremo livre, só indicado
para extremo livre quando estiver
associado ao API.
Indicações
● Canino e pré-molares superiores
em casos que apresentam suporte
dentário na região posterior.
● Contraindicado nos casos de
Sai da sela e atinge a área extremidade livre (classe I).
retentiva, na vestibular o T e na lingual o
braço de oposição.
Ex: classe I de Kennedy, precisando
reabilitar de segundo molar até segundo Espaço intercalar, precisa de menos
molar, o mais indicado seria o grampo em
resistência, então usa grampo
T.
circunferencial.
Grampo em L Extremo livre, precisa de mais resistência,
● É o grampo mais flexível da então geralmente usa grampo de ação de
categoria.
ponta.
● Apresenta boa retenção, porém
menor que o de T.
● A ponta ativa do grampo atinge
uma área de retenção oposta ao
espaço protético.
Indicações
● Pré-molares e molares

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