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edêntulo
♥ Contínua reabsorção óssea após a
1. Contexto geral: edentulismo e
consequências do edentulismo. extração dos dentes.
2. Exame geral do paciente: extrabucal, ♥ Crônico progressivo e irreversível.
intrabucal, complementares, avaliar
estruturas anatômicas. ♥ Prejuízos na função oral, e
consequentemente, no uso e
O Edentulismo já é considerado deficiência
confecção das próteses.
física. E essa deficiência física reflete no
contexto extra-bucal, com alterações A principal consequência do edentulismo é a
fisiológicas, perda de suporte labial, perda de reabsorção do tecido ósseo de suporte.
tônus muscular, passa a ter alterações na O processo de perda óssea é crônico, contínua ao
longo da vida (nas primeiras extrações dentárias,
articulação temporomandibular.
passa por um processo agudo de reabsorção, ou
Intra-bucal o paciente não tem mais dentes, seja, no primeiro ano é o que ele mais vai
reabsorver tecido e com o passar do tempo
mas tem rebordo que tem músculos que
começa a ser crônico, a perder de maneira
quando começa a reabsorver, tendo influência contínua, progressiva, irreversível) e progressivo.
na retenção e estabilidade da prótese. Depois que extrai os dentes não volta o tecido
ósseo que foi perdido.
3. Relacionamento profissional O que causa o processo de reabsorção? Porque
paciente. continua perdendo osso mesmo após as
extrações?
Requisitos para o tratamento Naturalmente já temos o processo de reabsorção
● Empatia pelo problema alheio que é fisiológica. Então um dos motivos que o osso
se mantém na região é porque temos estímulos
(sempre devemos nos colocar no fisiológicos. Assim quando o paciente tem dentes,
lugar do mesmo). ele esta deglutindo e mastigando, e cada vez que
● Conhecimento pleno do alcance e deglutimos tocamos os nosso dentes e isso
limitações das técnicas que podem ser estimula o osso, cada vez que mastigamos temos o
utilizadas para reabilitá-los. (Devemos estímulo de compressão, apertamos o osso e ele
se mantém, fazendo o processo fisiológico de
saber até onde vamos conseguir
manutenção do osso. Quando o paciente perde o
chegar com o tratamento. A dente, perde esse estímulo, por isso ele é um
Dentadura tem severas limitações, estimulo que não se mantém mais naquele estado
não consegue levar o paciente para a e o paciente passa a ter a absorção aumentada,
naturalidade de quando ele tinha os por isso que ele é crônico, progressivo (nunca
retorna ao estágio que estava) e irreversível, pois
dentes, só reabilitando com
não consegue frear esse processo.
dentaduras, mas dentro da limitação Tem uma ideia que os implantes dentários mantém
podemos obter o sucesso. Devemos o osso, mas mesmo assim a absorção contínua, e
entender o que o procedimento pode progressiva.
estar causando para o paciente.) Muitas vezes o processo de reabsorção é variável,
nem sempre o processo ocorre da mesma forma e
Consequências do edentulismo isso varia em razão das extrações dentárias.
Na região maxilar visualizamos isso de maneira
● Biológicas melhor, pois se o paciente perde um dente, o osso
● Funcionais maxilar reabsorve em espessura, indo em direção
a tábua lingual e ao mesmo tempo depois que
Pacientes sem os dentes não conseguem falar, perde o dente na região de seio maxilar, o seio
deglutir ou/e mastigar. volatiza. Quando perde osso na mandíbula
demora mais para reabsorver ser aparente
● Estéticas visualmente.
● Psicológicas
♥ Mucosa flácida –prejudica no
prognóstico da dentadura.
A nossa prótese é muco suportada, a mucosa e a
gengiva auxiliam na dentadura. Com o passar do
paciente edêntulos tempo, com a perda óssea, a gengiva/ mucosa
pode se tornar flácida. Assim, quando for fazer
exame clínico no paciente devemos tocar no
♥ Deficiência física (OMS, 2001). rebordo e vimos que tem uma região que não tem
osso, apenas tecido mole e isso não é bom para
O paciente edêntulo perde osso tanto em altura prótese, pois ela precisa estar assentada sobre um
quanto em espessura, onde em determinadas tecido duro, de suporte.
regiões da mandíbula e maxila vão reabsorver de A gengiva inserida é o tecido que está em contato
uma forma. com o tecido ósseo, é um periodonto de proteção,
Desde 2001 o edentado é considerado deficiência protege a mucosa, assim quanto menos gengiva
física, onde vamos reabilitar ele, e não “curar” ele, inserida, mais acabar machucando com a
assim o tratamento com dentadura é um dentadura, pois não está assentada em um tecido
tratamento reabilitador. adequado, onde o paciente geralmente machuca
Imagem maxila e mandíbula. Qual prótese ficaria na região de fundo de sulco, que é onde a flange
melhor, mais retida? A maxila tem maior área de se assenta.
assentamento, a mandíbula menor área. Quando Quando o paciente tem gengiva flácida, faz cirurgia
reabilitamos o paciente a altura de tecido vai ser pré-protética, removendo esse tecido flácido,
repassada para a prótese e isso tem consequência, reestruturar novamente, espera cicatrizar e pode
pois quanto maior a perda óssea, maior será a fazer a dentadura. Paciente que tem rebordo
altura de material que vou ter e assim maior a muito afilado ou espícula óssea, também faz
dificuldade de assentamento, retenção e cirurgia antes de colocar a prótese, pois isso
estabilidade da prótese. machuca o paciente e perde estabilidade.
Tecido ósseo (maxilar)
É a zona de limite da linha do “A”. Sendo uma A mesma coisa que temos na maxila, temos na
das regiões mais importantes para a prótese mandíbula, com pequenas diferenças. A zona
travar, reter, pois se deixo essa zona bem principal de suporte diminuiu, a extensão do
rebordo é menor, a área de contato é menor, por
vedada não entra ar, e o ar quebra a tensão
isso a prótese tem menor retenção.
superficial, se entrar ar na região posterior, a A zona de fecho periférico são as zonas das
prótese se desloca. Assim, as vezes que a flanges, tanto na parede vestibular, quanto na
prótese não dá certo pode ser que parede lingual.
ultrapassou o limite do “A”, ou porque não O que temos de diferente é a zona de dicagem ou
ficou bem vedado, ou não conseguiu copiar zona de flivagem, que é uma das zonas que vai
bem essa região ou toca o palato mole. ser de segurança para a prótese ter um pouco
mais de retenção, a região de triconoretromolar
é mais amplo e conseguimos travar a prótese
4. Zona de alívio de forças de oclusão nessa região (que está localizada no lugar dos
Exemplo de força de oclusão, temos a papila sisos), e isso é a zona de dicagem.
incisiva, rafa palatina, o paciente que tem a A zona de alívio é a inserção de alguns músculos
rafe palatina pronunciada devemos aliviar elevadores da mandíbula.
essa região para não pressionar muito e não
prejudicar o tecido. Cuidados
As zonas são as que vão receber carga ♥ Tórus mandibular/ palatino
mastigatória, algumas recebem cargas e
outras não podem ser tocadas. Quem mais ♥ Processo geni (Pode estar mais
aguenta forças na prótese total superior é o proeminente que o rebordo residual
rebordo alveolar, depois zona secundária de em casos extremos).
suporte que é toda a área chapeável do
palato, sendo o limite da área o “A”.
Mandíbula
♥ Rebordo alveolar em toda sua
extensão:
♥ Incluindo as papilas piriformes
♥ Fibromucosa resiliente
Se o paciente não tem nenhum tecido de suporte
♥ Movimentos mandibulares e está com rebordo desfavorecido, nem sempre
regulares (abertura e fechamento) pode ser encaminhado para a implantodontia.
São poucos os casos de pacientes que não
♥ Sem distúrbios de ATM podem ser reabilitados. Se o paciente não tem
nenhum osso na maxila, pode ser feito implante
♥ Bom estado de saúde no osso zigomático. Quase todos os tipos de
Contra- indicações mandíbula conseguimos reabilitar, se o paciente
tiver pouco osso mandibular, pode ser feito
♥ Rebordos muito reabsorvidos enxerto.
Qual o problema de uma prótese sobre
♥ Freios e bridas muito implante? Limitações financeiras, o custo é
proeminentes mais alto que um dentadura.
Existem condições psicológicas que o paciente
♥ Volume excessivo da língua não consegue fazer a higienização da dentadura.
Assim seria interessante fazer uma prótese
♥ Distúrbios da ATM removível.
♥ Assimetria facial
Plano de tratamento
♥ Deve ser levado em consideração
detalhes sistêmicos e locais vistos na
anamnese e exame clínico
1. Preparo de boca
2. Obtenção dos modelos
3. Registros de relação maxilo
mandibular (é feito para a montagem
dos dentes, provas os dentes)
4. Oclusão a ser estabelecida
5. Processamento laboratorial das
próteses
6. Instruções no uso e cuidados das
próteses totais
Vantagens:
♥ Hidrofílico
♥ Odor agradável
Moldeira perfurada não é indicada para todo ♥ Baixo custo/ fácil manipulação
tipo de material.
Desvantagens
Para criar retenção nas madeiras lisas dá para ♥ Sinérese – e embebição
colocar cera e algodão antes do material de
moldagem. ♥ Vazamento imediato
♥ Reação de polimerização:
♥ ALGINATO
termoplástica
♥ GODIVA de alta fusão ♥ Consistência: densa
Alginato
♥ Apresentação: pó (fase
dispersa) + água
o Diminuição da ocorrência de
bolhas
o Manutenção do material no
perímetro da moldeira
Individualização da moldeira
Cera utilidade para individualizar moldeiras,
Vantagens cuidar para não ter muitas bolhas no material
de moldagem, manter o material dentro da
♥ Rigidez área da moldeira, cuidar pro material não
♥ Reversibilidade (moldar mais de uma escoar, dificuldade de copiar região de
interesse se o material escoar.
vez com o mesmo material, só
plastificar novamente) Cera utilidade
♥ Fácil manipulação * Nunca se usa cera 7 para individualizar
moldeira.
♥ Estabilidade dimensional (não
deforma)
Desvantagens
♥ Biossegurança (usava um plastificador
para vários pacientes, às vezes nem
trocava a água de um paciente para o
outro)
♥ Calor* (Sensibilidade no rebordo
devido ao calor, moldeira de inox puxa
mais o calor)
♥ Sensível a temperatura (Seringa Perfurações da moldeira dão retenção para o
alginato, por isso que às vezes as moldeiras
tríplice para baixar a temperatura-
lisas desprendem do algInato, então é preciso
causava dificuldade técnica)
criar retenções.
♥
Retornava para água quente e então
♥ levava em boca, precisa estar
plastificado para conseguir moldar
♥
Moldagem bem fiel ao rebordo,
comprime os tecidos e não escoa
como o alginato
♥
♥ Caiu em desuso pela questão do
♥ Não usa moldeira perfurada para
plastificador e do calor do material
moldar com godiva, pois daí não vou
conseguir remover. ♥ Modelos de Prótese Total
♥ Modelo de estudo
Sobre o modelo de estudo é identificada cada Se a moldeira se deslocar nesses dois testes,
área de interesse. refaz a moldagem.
Moldagem individual
♥ Zonas de alívio (Área onde não pode
ser exercida pressão, coloca cera
sobre a região)
⎯ Áreas retentivas do modelo Confeccionada em resina acrílica
autopolimerizável - RAAQ
⎯ Zonas de flacidez da mucosa
Preparo da moldeira
♦ Exemplo: rugosidades palatinas
♥ Deve ficar SEMPRE 2mm aquém
♥ As zonas de alívio, devem ser as (abaixo de, antes de) do fundo de
menores possíveis e jamais recobrir sulco;
toda a área de suporte primário.
♥ A extensão da moldeira são deve
Alivia as áreas na moldagem, porém não
estende muita a área de alívio para não ultrapassar os limites anatômicos
estabelecidos
recobrir até a área de suporte.
♥ Deve permitir espaço para o material
Rebordo alveolar não alivia, porque é uma
de moldagem
área primária de suporte, é ali que vai receber
mais carga mastigatória. ♥ Não deve lesar os tecidos
(arredondada para não lesar os
tecidos).
Limite da moldeira
♥ Cabo é feito só no final
⎯ Poliéter
Movimento horizontais,
Regiões do selado superior pelas fibras do bucinador
1. Espaço corono maxilar
⎯ Movimentos mandibulares,
principalmente abertura e
fechamento
2. Fundo de vestíbulo bucal (região de
primeiro molar e pré-molar): fibras do
bucinador, não faz movimentos Faz movimentos
verticais, só horizontais horizontais e leve compressão com a digital
para diminuir a espessura do material
⎯ Fibras do bucinador são horizontais;
músculo orbicular.
⎯ Não necessita movimentos verticais,
apenas um leve tracionamento na
região das bridas (quando o paciente
possui bridas mais pronunciadas)
3. Fundo do vestíbulo labial
--Leve compressão com os dedos no lábio do
paciente
⎯ Facilitar os procedimentos de
obtenção do modelo
1-PARIS
2-COMUM
3-PEDRA
4- ESPECIAL
gesso pedra
Retentores diretos e indiretos Tipos de alavancas
Contexto Geral –PPRs
● Conectores maiores têm o intuito
de unir os dois lados da prótese.
● Selas é onde ficam os dentes da
prótese.
Na parte protética, quem dá suporte para
● Conectores menores unem a parte
PPR, é a mucosa.
da sela e a parte do grampo ao
conector maior. E: esforço mastigatório, força de maior
● Retentores diretos. intensidade.
● Retentores indiretos.
Retentores diretos e indiretos são de F: região de fulcro.
muita importância para entender qual Quando morde atrás, tem a tendência de
indicar para cada tipo de paciente. levantar na frente, por exemplo. Na
Biomecânica alavanca de primeira classe, é necessário
● Não podem estar rígidamente alterar o eixo de rotação, para o dente
conectadas aos dentes ou tecido, o pilar resistir.
que se torna sujeitas ao
movimento em resposta às cargas
funcionais, como aquelas criadas
pela mastigação.
PPR precisa ser removida da boca do
paciente para higienizar, então ela não
pode ser rígida aos dentes e tecidos, ela
só toca quando tiver uma carga funcional, Força da gravidade: tendência de procurar
por ex, a mastigação o chão, força de menor intensidade, mais
● O sistema de alavanca tranquila de resolver.
representado por uma prótese
parcial removível de extremidade
livre pode aumentar a força de
oclusão aplicada aos pilares
terminais, o que poderia ser
indesejável.
Sistema de alavanca: rotaciona de um lado
e a força é aumentada do lado oposto. Alimentos pegajosos: a prótese tende a se
Classe 1 e 2 de Kennedy automaticamente movimentar em direção ao alimento.
possuem uma força de alavanca.
REGRA: sempre colocar dois grampos, dois
Profe citou o exemplo do abridor de dentes pilares, por menor que seja a
garrafa, a tampa é o dente pilar, o abridor perda dentária do paciente.
é a PPR, o movimento é como se
constantemente tivesse forçando para Retenção
Forças que atuam para deslocar a prótese:
extrair o dente pilar.
● Gravidade
Há medidas que conseguem diminuir essa ● Alimentos pegajosos
força de alavanca causada por PPR com Força para se deslocar no sentido vertical:
extremo livre. retenção.
● Forças funcionais 🡪 Forças maiores Suporte: forças para do tecido/tocar no
e Necessidade de retenção tecido.
adequada.
Equador anatômico
Retentores em PPRs
● Dispositivos que resistem ao
movimento de afastamento dos
dentes e/ou dos tecidos.
● Qualquer unidade de uma prótese
dentária removível faz com que um
dente pilar resista ao movimento O equador protético depende da posição
de deslocamento das próteses do que o dente estiver na arcada.
tecido. As pontas dos grampos de retenção ficam
● São enormemente influenciada
abaixo do equador protético, pois é a área
pela estabilidade e suporte das
de maior retenção.
próteses fornecida pelos
conectores maiores e menores, Em alguns casos o equador anatômico e
apoios e selas. protético podem coincidir, por ex: em
Vai ter momentos que o grampo vai agir molares que estiverem na posição
como retentor direto, impedindo que a adequada, nem mesializados nem
prótese solte da boca e vai ter momentos distalizados.
que algum componente da prótese, não
necessariamente o grampo, vai agir como Zona expulsiva: parte acima do equador
retentor. protético.
Parece um anzol
Se colocarmos um grampo circunferencial
simples em casos de angulações, por ex.,
boa parte do grampo ficará na área
expulsiva, não tendo retenção e soltando
a prótese.
Grampo em T Grampo em I
● É o grampo mais indicado dos ● É o mais estético dos retentores
grampos de ação de ponta. extracoronários- dos de ação de
● Bastante flexível. ponta, paciente sorri e mostra
● Facilidade de obtenção de pouco metal.
retenção. ● Grande capacidade retentiva
Indicações devido a sua forma e pequena
● Incisivos, caninos e pré-molares extensão, o que torna pouco
Grampo em t: Grampo coringa, muito flexível.
indicado para extremo livre. Abraça quase ● Sua ponta ativa deve localizar-se
toda a vestibular, muito fácil de obter na região disto vestibular,
adjacente ao espaço.
retenção, pois toca boa parte da área
Grampo em I: mais estético, não é
retentiva.
indicado para extremo livre, só indicado
para extremo livre quando estiver
associado ao API.
Indicações
● Canino e pré-molares superiores
em casos que apresentam suporte
dentário na região posterior.
● Contraindicado nos casos de
Sai da sela e atinge a área extremidade livre (classe I).
retentiva, na vestibular o T e na lingual o
braço de oposição.
Ex: classe I de Kennedy, precisando
reabilitar de segundo molar até segundo Espaço intercalar, precisa de menos
molar, o mais indicado seria o grampo em
resistência, então usa grampo
T.
circunferencial.
Grampo em L Extremo livre, precisa de mais resistência,
● É o grampo mais flexível da então geralmente usa grampo de ação de
categoria.
ponta.
● Apresenta boa retenção, porém
menor que o de T.
● A ponta ativa do grampo atinge
uma área de retenção oposta ao
espaço protético.
Indicações
● Pré-molares e molares