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Ana Clara Pontes – 19.

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4. DVR: Dimensão Vertical de Repouso


Prótese Removível I – 22.1 5. Espaço Interoclusal

1. MIH – Máxima Intercuspidação Habitual


Aula 4 – Introdução à Oclusão • É a posição da mandíbula quando o
relacionamento das superfícies oclusais opostas
Definições de oclusão proporcionam o máximo contato ou
intercuspidação, independente das posições
• “Ato de fechar ou estar fechado.” condilares.
• “Relação dos dentes maxilares e mandibulares o Máximo de contato dentário = “mordida
quando estão em contato funcional durante a forte”.
atividade da mandíbula.”
• Oclusão: Estuda todos os fatores que afetam,
influenciam ou resultam na posição mandibular,
tanto na função e parafunção quanto na
disfunção. Está relacionado com o sistema
musculoesquelético biomecânico dinâmico: O
SISTEMA MASTIGATÓRIO.
o Não são apenas os dentes que estão
envolvidos, diversos músculo da cabeça
e da face fazem parte desse complexo • É importante conhecer a MIH pois neste nível
harmonioso. ocorre o ciclo mastigatório.
• Oclusão Ideal: Visão pré-concebida das relações o Formação do bolo alimentar através do
estruturais e funcionais (21 itens), vai além de ciclo mastigatório: MIH → abertura de
uma consideração de falta de sequelas boca.
patológicas. (Mohl, 1989). • Posição onde a maior força de contração
o A oclusão ideal é dificilmente encontrada muscular é desenvolvida.
pois o paciente pode ter uma alteração o Caso a boca esteja ocluída de forma
por apoio da mão, desgaste por “torta”, não importa a força de contração
bruxismo, etc. que fizer no masseter, não vai ser
• Oclusão Fisiológica: É esteticamente satisfatória atingida a força máxima do músculo.
para o paciente e não tem manifestações • Muitos fatores clínicos podem causar um desvio
patológicas ou problemas funcionais. da sua função normal:
o Oclusão “normal” que é mais comum o Problemas oclusais;
nos pacientes; o Sintomas musculares;
o Se o paciente exerce todas as funções o Alterações nas ATMs,
da mandíbula de forma adequada, • A reprodução clínica da MIH é duvidosa.
provavelmente é uma oclusão fisiológica. o Restauração alta em um dente posterior
o A oclusão perfeita é muito difícil de não vai possibilitar o máximo de contato
alcançar, até mesmo após o uso de dentário, prejudicando a MIH.
aparelhos ortodônticos. Por isso é o Harmonização facial promove uma dor
necessária uma contenção, visto os na musculatura facial. Dessa forma, a
dentes possuem uma memória e maior força de contração muscular não
retornam a oclusão fisiológica. vai ser obtida, prejudicando a MIH.
• Terminologia: Visa proporcionar aos estudantes
e profissionais o conhecimento teórico e a
aplicação necessária para o cuidado com o 2. RC – Relação Centrica
paciente. • Anatomicamente: É a posição retrusiva da
mandíbula, com a musculatura relaxada em que
Posição da mandíbula
os côndilos estão situados numa posição mais
1. MIH: Máxima Intercuspidação habitual superior e no interior da cavidade glenóide.
2. RC: Relação Centrica
3. DVO: Dimensão Vertical de Oclusão
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o Côndilo na posição superior na cavidade


glenoide.
• Pacientes desdentados ou com perda de dentes
e superfícies oclusais, a alternativa de reabilitação
é a posição de TC, utilizada para fabricar grande
número de próteses.
3. DVO – Dimensão Vertical de Oclusão:
• Altura do terço inferior da face ou a relação
espacial da mandíbula com a maxila no plano
vertical, quando a mandíbula está em máxima
• Relação Centrica é a posição de repouso da intercuspidação habitual.
mandíbula. o Distância é maior quando relaxada
o A musculatura relaxada é retrusiva: (DVR).
posicionada atrás da MIH.
• É uma relação da maxila com a mandíbula,
portanto, uma relação esquelética, independe 4. DVR – Dimensão Vertical de Repouso:
dos contatos dentários.
• Altura do terço inferior da face ou a relação
o Em RC, o paciente não vai sentir uma
espacial da mandíbula com a máxima no plano
restauração alta, por exemplo.
vertical quando a mandíbula está em posição de
o Os dentes não interferem a RC,
repouso postural e o paciente está sentado ou
portanto, é um guia para confecção de
em pé, em posição ereta.
próteses em pacientes edêntulos.
• É a distância entre o osso mandibular e o maxilar.
• Nesta posição os dentes não estão em contato
(espaço interoclusal).
• Por ser uma posição óssea, é confiável, portanto,
reproduzível.
• A postura da mandíbula pode ser definida como
a harmonia de um baixo nível de atividade entre
músculos depressores e elevadores da
mandíbula, capazes de manter o osso da
mandíbula suspenso a uma certa distância
• Clinicamente: A mandíbula gira em torno de um interoclusal.
eixo terminal de rotação praticamente fixo, • Pacientes desdentados ou com perda de dentes
determinando um arco de abertura de e superfícies oclusais, a alternativa de reabilitação
aproximadamente 2,5cm. é a posição de DVR, utilizada para fabricar um
o Até 2,5 cm, a abertura de boca não faz grande número de próteses.
translação da mandíbula.
o Na RC, a movimentação em repouso do
côndilo é mínima. 5. Espaço Interoclusal:
• Este eixo de rotação é muito utilizado, já que é • Espaço funcional livre = Altura da DVO – Altura
praticamente reproduzível em um grande da DVR.
número de casos. • Para descobrir a DVR em pacientes edêntulos,
• Na maioria dos indivíduos, essa posição é colocamos a mandíbula em RC.
ligeiramente atrás da posição MIH. • Distância de 2 a 4 mm normalmente, entre as
• Paciente sem todos os dentes posteriores, superfícies oclusais dos dentes mandibulares e
precisa de uma prótese parcial removível. A maxilares quando a mandíbula está em repouso
forma mais confiável de relacionar a maxila com postura (Côndilo em RC). É a diferença da altura
a mandíbula ainda é a RC., visto que leva em entre a DVO e a DVR.
consideração a posição musculoesquelética. • Para descobrir a DVO em pacientes edêntulos,
Caso o paciente tenha alguma restauração alta, colocamos o côndilo da mandíbula em RC e
ocorre interferência na MIH. descobrimos a DVR. Dessa forma, subtraímos o
• Reabilitação oral → Relação Centrica espaço funcional livre da DVR, e chegamos na
o Musculoesquelética; DVO.
o Mandíbula retraída e relaxada;
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Dentição 3. Trespasse Vertical ou Overbite:

1. Cúspides de contenção cêntrica


2. Cúspides guias
3. Trespasse vertical → Overbite
4. Trespasse horizontal → Overjet
5. Plano oclusal
6. Curvas de compensação
7. Planos de referência

• Projeção dos dentes maxilares sobre os


1. Cúspide de contenção cêntrica ou de mandibulares em uma direção vertical quando os
dentes opostos posteriores estão em contato de
trabalho:
MIH (trespasse vertical).

4. Trespasse Horizontal ou Overjet:

• Cúspides que estão em contato oclusal em MIH • Projeção dos dentes anteriores superiores sobre
e ajudam a apoiar a dimensão vertical de oclusão. os inferiores numa direção horizontal quando os
• Palatinas superiores: morde no meio do dente dentes opostos posteriores estão em MIH
inferior. (trespasse horizontal).
• Vestibulares inferiores: morde na fossa do dente
superior.
✓ Não existe Overjet/overbite em RC.
• A oclusão correta consiste na arcada superior
mordendo por fora da arcada inferior.
Guia anterior:

• É muito influenciada pela quantidade relativa de


2. Cúspides Guias ou de equilíbrio/balanceio:
overbite e overjet.
• Cúspides que não apoiam a dimensão vertical de
oclusão em MIH, mas têm o potencial para
“guiar” o contato oclusal durante a excursão 5. Plano oclusal:
lateral da mandíbula.
• Vestibulares superiores:
• Linguais inferiores:

• Teoricamente toca as bordas incisais dos


incisivos e as pontas das cúspides dos dentes
posteriores de cada maxilar. Apresenta a forma
semelhante à pá de hélice.
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• Plano de Camper: É o plano que une o ponto


• Clinicamente, pode ser um plano que une o espinhal ou sub-nasal com um ponto situado
bordo dos incisivos superiores até a cúspide dentro do conduto auditivo externo. O ponto
disto-vestibular do segundo molar superior. espinhal situa-se na base da espinha nasal
anterior. No paciente, esses pontos
correspondem a asa do nariz ao tragus.
6. Curvas de compensação o Paralelo ao plano oclusal.

• Curva de Spee: Vista lateral, plano do sorriso.

• Curva de Wilson: Vista no plano frontal.


o Garante a curva do sorriso.

7. Planos de referência:
• São planos derivados de pelo menos dois pontos
craniométricos. Esses planos são usados
medidas, separações de divisões anatômicas,
definições de estruturas anatômicas ou para
relacionar as partes da face entre si.
o Plano de Frankfurt;
o Plano de Camper.
• Plano de Frankfurt: Plano horizontal que que
passa através do ponto mais baixo da órbita
(orbital) e o ponto mais alto na margem do
tragus (pório). O plano de Frankfurt corresponde
ao plano horizontal natural do crânio quando o
indivíduo está na posição anatômica, isto é, ereto
e com olhar dirigido para o horizonte.
o Paralelo ao solo

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