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DISTÚRBIOS OCLUSAIS

Fernandes Neto, A.J., et al. Univ. Fed. Uberlândia - 2005

Em uma oclusão fisiológica ou orgâ- ções, (vertical, protrusivo, e lateroprotrusi-


nica, no final do fechamento mandibular, a vamente), levando-a a instabilidade na
ação dos músculos elevadores promove o posição de máxima intercuspidação habi-
assentamento dos côndilos nas fossas tual (MIH), que foi adquirida e habituada.
mandibulares do osso temporal, denomi- É importante ressaltar que o sistema neuro-
nado posição de relação cêntrica (RC), muscular do paciente geralmente desvia a
coincidente com o máximo de contatos mandíbula das prematuridades, tornando
dentários posteriores bilateral, denominado difícil sua detecção.
máxima intercuspidação (MI) ou oclusão A auto observação da RC pode ser
dentária. Como resultado a mandíbula realizada pelo próprio paciente, o que lhe
assume posição estável denominada oclu- propiciará o entendimento de fatores não
são em relação cêntrica (ORC), na dimen- fisiológicos, tais como os distúrbios oclu-
são vertical de oclusão (DVO). Em seguida sais que geram discrepância entre RC e
o relaxamento dos músculos elevadores MIH.
gera a dimensão vertical de repouso Para realizar a auto observação,
(DVR). Nos movimentos excursivos da incline a cabeça para trás, com o objetivo
mandíbula, os dentes posteriores devem de contrair os músculos do pescoço, relaxe
desocluir pela ação da guia anterior e das os ombros e os braços, posicione a mandi-
guias laterais, em perfeita harmonia com bula na DVR, em seguida, abra e feche a
os demais componentes do aparelho mandíbula suavemente, dentro dos limites
estomatognático (AE), fig. 01. do espaço funcional livre (EFL), sem
contatar os dentes por seis vezes, em
seguida feche-a suavemente simulando a
deglutição fisiológica até sentir o contato
Fig. 01 - Desenho esquema- dentário.
tico da distribuição da força Se neste caso ocorrer um único
oclusal ao longo do dente. contato dentário, pode ser prematuridade.
Confirme sua localização repetindo o
movimento de abertura e fechamento.
Caso a reprodução confirme a mesma
localização do contato, essa será a posição
de RC da mandíbula.
Porém, freqüentemente os pacientes
A seguir, feche a mandíbula a partir
apresentam-se com RC não coincidente
da prematuridade e observe se ela desliza
com a MI, impedindo o fechamento fisio-
protrusiva ou lateroprotrusivamente guiada
lógico da mandíbula em ORC, podendo ser
pelos dentes que apresentam a prematu-
resultado da presença de distúrbios oclu-
ridade, assumindo a posição de MIH. O
sais (prematuridades) em todos os dentes,
deslize entre a prematuridade em RC e a
em todos os planos do espaço, desviando o
MIH é denominado discrepância em
fechamento mandibular em todas as dire-
cêntrica.
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Quando surgem alterações na confor- É o que provoca lesão por forças


mação, estrutura e/ou função das partes do oclusais excessivas, sobre o periodonto de
AE, as demais inter-relacionadas experi- sustentação ou de inserção íntegro, ainda
mentam alterações da mesma natureza para não comprometido pela doença periodontal
absorver e dissipar as forças anormais inflamatória. Neste tipo de lesão não
criadas, conforme a capacidade de resis- ocorre perda de inserção. Portanto a lesão
tência ou de adaptação biológica de cada é reversível e geralmente pode ser corrigi-
tecido envolvido. Essas alterações poderão da pela eliminação da causa, a força
produzir compensações fisiológicas ou oclusal excessiva, fig. 02.
patologias. O principal fator etiológico da
patologia funcional do SE é representado
pelas alterações da oclusão dentária, dis-
túrbios oclusais, cujas seqüelas patológicas Fig. 02 - Desenho
são o trauma periodontal, a abrasão oclusal esquemático de trau-
acentuada, o bruxismo, as alterações do ma oclusal primário.
mecanismo neuromuscular e/ou das
ATMs.
Os distúrbios oclusais se apresentam
na forma de trauma oclusal, contato oclu-
sal prematuro ou deflectivo, interferência
oclusal, ausência de estabilidade oclusal
e/ou de guia anterior e alteração da dimen-
são vertical. Trauma de oclusão secundário

Trauma de oclusão É o que provoca lesão por forças


oclusais fisiológicas ou excessivas sobre o
É a lesão no periodonto de susten- periodonto de sustentação ou de inserção
tação e/ou outros componentes do aparelho já comprometido pela doença periodontal
estomatognático, causada por forças oclu- inflamatória. Este tipo de lesão ocorre
sais que excedem a capacidade de adapta- freqüentemente nos casos de periodontites
ção deste aparelho (Fig. 01), podendo ser avançadas cujos dentes já apresentam
classificado em: inserções reduzidas, fig. 03.
• Primário
• Secundário
O trauma de oclusão pode ser
desencadeado a partir de força oclusal Fig. 03 - Desenho esque-
mático de trauma oclusal
fisiológica ou excessiva, caracterizando secundário.
contato prematuro. Dentro de certos limi-
tes é possível adaptação fisiológica. Pode,
no entanto, ocorrer lesão no periodonto de
sustentação, tornando fundamental no tra-
tamento oclusal o equilíbrio desta força e a
verificação da ausência de interferência
dentro dos limites dos movimentos mandi- Contato oclusal
bulares. A não observância deste aspecto
pode levar ao aparecimento de iatrogenias. O termo contato oclusal é empregado
para expressar o contato que ocorre entre
Trauma de oclusão primário as superfícies oclusais dos dentes antago-
nistas ao final do movimento de fechamen-
to da mandíbula, podendo ser:
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• Contato oclusal cêntrico Contato oclusal deflectivo


• Contato oclusal prematuro
• Contato oclusal deflectivo É o contato oclusal não fisiológico
que dificulta ou impede o completo fecha-
Contato oclusal cêntrico mento mandibular em OCR, desviando a
mandíbula de sua trajetória normal, geran-
É o contato oclusal fisiológico que do então o deslize em direção:
dá estabilidade à mandíbula no fechamento • anterior
em ORC. • à linha média da face
• contrária à linha média da face
Contato oclusal prematuro
Deslize da mandíbula em direção anterior
É o contato oclusal não fisiológico
que dificulta ou impede o completo fecha- Acontece sempre que ocorrer contato
mento mandibular em ORC sem causar oclusal deflectivo entre a estrutura oclusal
desvio, no entanto causando instabilidade à mesial (aresta longitudinal, vertente tritu-
mandíbula. rante ou crista marginal) do dente superior
Ocorre sempre que houver contato e a estrutura oclusal distal do dente infe-
oclusal prematuro entre cúspide e fossa ou rior, fig. 06. Tal contato promove o deslize
entre cúspide e crista marginal (embrasura) dos côndilos para anterior, em posição de
de dentes antagonistas, fig. 04. protrusão em relação à fossa mandibular,
causando hiperatividade muscular e rela-
ção de forças laterais entre os dentes
antagonistas, o que pode comprometer a
harmonia da guia anterior.

Fig. 04 - Desenho esquemático do contato oclusal


prematuro: A - cúspide versus crista marginal; B -
cúspide versus fossa.

Tal contato promove instabilidade Fig. 06 - Desenho esquemático entre a estrutura


oclusal mesial do dente superior e a estrutura
aos côndilos, hiperatividade muscular e
oclusal distal do dente inferior.
estresse ao periodonto, fig. 05.
Deslize da mandíbula em direção à linha
média

Acontece sempre que ocorrer contato


oclusal deflectivo entre a vertente lisa de
uma cúspide funcional (palatina superior e
vestibular inferior) e a vertente triturante
de uma cúspide não funcional (vestibular
superior e lingual inferior), fig. 07. Tal
Fig. 05 - Desenho esquemático do contato oclusal
prematuro, transmitido ao periodonto e ao sistema
contato promove o deslize do côndilo do
nervoso central, promovendo hiperatividade lado do contato para a posição de balan-
muscular. ceio e do côndilo do lado oposto para a
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posição de trabalho, resultando em hipera- Interferência oclusal


tividade muscular e relação de forças
laterais entre os dentes antagonistas, que O termo interferência oclusal é
pode comprometer a harmonia da guia empregado para expressar o contato
canina ou da função em grupo. oclusal não fisiológico que ocorre entre as
superfícies oclusais antagonistas, dificul-
tando ou impedindo os movimentos
mandibulares excursivos de:
• Protrusão, Trabalho e Balanceio.

Interferência oclusal no movimento


mandibular excursivo de protrusão

Acontece sempre que ocorrer inter-


ferência entre a estrutura oclusal mesial
Fig. 07 - Desenho esquemático do contato oclusal (aresta longitudinal, vertente triturante ou
deflectivo entre a vertente lisa de uma cúspide crista marginal) do dente inferior e a
funcional (palatina superior) e a vertente triturante estrutura oclusal distal do dente superior,
de uma cúspide não funcional (lingual inferior),
causando deslize em direção à linha média.
fig. 09. Tal contato promove instabilidade
condilar, hiperatividade muscular, relação
Deslize da mandíbula em direção contrária de forças laterais entre os dentes antago-
à linha média nistas e ausência da guia anterior.

Acontece sempre que ocorrer contato


oclusal deflectivo entre as vertentes tritu-
rantes de duas cúspides funcionais (palati-
na superior e vestibular inferior), fig. 08.
Tal contato promove o deslize do côndilo
do lado do contato para a posição de traba-
lho e o côndilo do lado oposto para a posi-
ção de balanceio, resultando em hiperati-
vidade muscular e relação de forças Fig. 09 - Desenho esquemático da interferência no
laterais entre os dentes antagonistas, que movimento de protrusão, entre a estrutura oclusal
pode comprometer a harmonia da guia mesial do dente inferior e a estrutura oclusal distal
do dente superior.
canina ou da função em grupo.
Interferência oclusal no movimento
mandibular excursivo de trabalho

Acontece sempre que ocorrer inter-


ferência oclusal entre a vertente lisa de
uma cúspide funcional (palatina superior e
vestibular inferior) e a vertente triturante
de uma cúspide não funcional (vestibular
superior e lingual inferior), fig. 10. Tal
Fig. 08 - Desenho esquemático do contato oclusal contato promove instabilidade condilar,
deflectivo entre as vertentes triturantes de duas hiperatividade muscular, relação de forças
cúspides funcionais (palatina superior e vestibular laterais entre os dentes antagonistas e
inferior), causando deslize em direção contrária à
linha média. ausência da guia canina ou da função em
grupo.
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Fig. 12 - Duas restaurações


dentárias em oclusão, onde as
forças oclusais se dissipam
paralelas ao longo eixo me-
dio dos dentes, não caracteri-
zando distúrbio oclusal.

Fig. 10 - Desenho esquemático da interferência no


movimento de trabalho, entre a vertente lisa de uma
cúspide funcional e a vertente triturante de uma
cúspide não funcional.

Interferência oclusal no movimento


mandibular excursivo de balanceio

Acontece sempre que ocorrer interfe-


rência oclusal entre as vertentes triturantes
de duas cúspides funcionais (palatina
superior e vestibular inferior), fig. 11. Tal
contato promove instabilidade condilar,
Fig. 13 - A - molar superior com lesão de cárie e B
hiperatividade muscular, relação de forças - restaurado, porém a restauração está sem contatos
laterais entre os dentes antagonistas e oclusais, ficando estes nos planos inclinados das
ausência da guia canina ou da função em cúspides, o que direciona as forças oclusais
grupo do lado de trabalho. obliquamente em relação ao longo eixo médio do
dentes, caracterizando distúrbio oclusal.

A B C

Fig. 10 - Desenho esquemático da interferência no


movimento de balanceio, entre as vertentes
triturantes de duas cúspides funcionais (palatina
superior e vestibular inferior).

Os distúrbios oclusais freqüente-


mente são causados por migrações denta-
rias, restaurações dentárias com contatos A B C
oclusais não fisiológicos ou ausentes e Fig. 14 - A/A’ - relacionamento oclusal estável
ausência de dentes (anteriores e/ou poste- entre dentes antagonistas íntegros; B/B’ – restau-
riores, superiores e/ou inferiores, uni ou rações com contatos oclusais instáveis, deslizantes;
bilateral). C/C’ - restaurações com contatos oclusais estáveis.
A seguir se encontram ilustrações
esquemáticas desses possíveis distúrbios
oclusais e suas conseqüências no arco
dentário.
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A B C
Fig. 15 - A - molar superior com lesão de cárie; B -
restauração sem contato oclusal; C - migração do
antagonista em razão da ausência de estabilidade
oclusal.
Fig 19 - 3º molar inferior extruído, tornando-se um
contato prematuro (E) e alterando o fulcro (F) no
movimento de fechamento da mandíbula, gerando
instabilidade às ATMs e alteração da guia anterior.

A B C
Fig. 16 - A - molar inferior com lesão de cárie e o
antagonista com extrusão; B - demarcação da
extrusão a ser eliminada; C - extrusão eliminada e
molar inferior corretamente restaurado.

Fig 20 - Nesta ilustração vê-se que, por


conseqüência da ausência de dentes posteriores
inferiores e perda da estabilidade oclusal, houve a
C
extrusão dos antagonistas, gerando um contato
A B deflectivo (estrutura mesial do superior versus
Fig. 17 - A - molar inferior com lesão de cárie e estrutura distal do inferior) com deslize mandibular
antagonista com extrusão; B - o molar inferior para anterior.
restaurado sem a prévia eliminação da extrusão do
superior; C - interferência oclusal no movimento de
balanceio gerado pela restauração sem a eliminação
da extrusão do antagonista, causando distúrbio
oclusal interferente.

Fig 21 - Nesta ilustração, vê-se a ausência de


Fig. 18 - 3º molar inferior sem antagonista e extruí- estabilidade oclusal do lado direito, o que permite a
do, gerando interferência oclusal no movimento de ação muscular M e M’ gerar instabilidade e estresse
protrusão que leva instabilidade às ATMs e ausên- às ATMs, ao periodonto e aos dentes remanes-
cia de guia anterior, causando distúrbio oclusal. centes.
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Fulcro transverso

O fulcro transverso é representado


por uma interferência no movimento de
balanceio. O termo biomecânico indica
claramente a potencial desordem causada
pelas relações interoclusais impróprias.
A fig. 23, ilustra uma visão frontal
da mandíbula, em uma posição de trabalho
Fig 22 - Nesta ilustração, vê-se como conseqüência para a esquerda e o côndilo direito em
da ausência de estabilidade bilateral o estresse posição de balanceio (para baixo, para
gerada às ATMs, dentes e periodonto remanes- frente e para dentro). Existe uma inter-
centes.
ferência em balanceio nos segundos
Biomecânica das desordens oclusais molares direitos e as cúspides do lado
esquerdo estão desocluidas.
A aplicação dos princípios biome-
cânicos no estudo dos estresses induzidos R F
no aparelho estomatognático pelos distúr- X
bios oclusais ilustra claramente o mecanis-
mo pelo qual mudanças patológicas ocor- 2x E
rem para produzir os sintomas reconhe-
cidos pelo dentista nas desordens oclusais.
Duas condições oclusais que podem resul-
tar em desordem oclusal são:
• Fulcro transverso ou arco cruzado
• Fulcro antero-posterior. Estresse sobre ATM
Nos estudos destas duas condições, Fig. 23 - Fulcro transverso, estresse os as ATMs.
considerando a mandíbula como sendo um Para estudar as forças aplicadas a
aparelho de alavanca, os músculos produ- ATM direita, deve-se supor que o paciente
zem o esforço (E) e os dentes e as ATMs esteja aplicando uma força de quantidade
funcionam como resistência (R) ou fulcro X sobre os músculos de fechamento no
(F), dependendo das relações interoclusais lado esquerdo, e apertando os segundos
e dos tecidos estudados. molares.
As observações a seguir ilustram que Para analisar a magnitude das forças
as cúspides podem funcionar como aplicadas na ATM direita (R), consideram-
resistência ao estresse e também como se os segundos molares como sendo o
fulcro, podendo resultar em efeitos dano- fulcro (F) e a força aplicado pelos
sos. Estes fulcros podem conceder a uma músculos de fechamento do lado esquerdo
dada força muscular uma vantagem o esforço (E), a disposição de R, F e E
mecânica, ampliando-a e repassando-a aos estabelece um aparelho de alavanca Classe
tecidos de forma danosa por longos I.
períodos de tempo, para melhor analisar o Quando o comprimento do braço do
estresse destas relações interoclusais, deve- esforço (E-F) for igual ao comprimento do
se considerar: braço de resistência (F-R) multiplicados
• a magnitude das forças pelo mesmo valor (E ou R) teremos uma
• a direção das forças alavanca em equilíbrio (Lei das Alavan-
• a duração de aplicação. cas).
Considerando que neste caso em
questão a proporção entre o braço de
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esforço (E-F) para o braço da resistência Em resumo, como foi visto, uma
(F-R) é de 2:1; a resistência deve ser duas interferência oclusal pode introduzir na
vezes o valor do esforço para manter a oclusão um fulcro que tem a capacidade de
alavanca em equilíbrio. conceder a uma determinada força uma
A aplicação da Lei das Alavancas vantagem mecânica, ampliando-a de duas
ilustra que a ATM do lado direito é então a três vezes. Para registrar a magnitude
comprometida por uma força muscular média das forças aplicadas nesta análise do
duas vezes maior, que a pressiona e estresse, usa-se a média de duas vezes e
proprioceptivamente induz uma resposta meia (2,5).
recíproca nos músculos do lado direito da • Análise do estresse:
cabeça para aliviar o estresse induzido. Os • Magnitude: 2,5 X
sintomas podem ser precipitados nos • Direção:
músculos recíprocos, na ATM, periodonto • Duração:
ou dentes. Estas forças tendem a deslocar o
Para analisar a magnitude da força côndilo de sua cavidade e produzir uma
sobre os segundos molares, considere-se carga lateral nos dentes (Fig. 25). Esta
agora a ATM como sendo o fulcro (F) e os direção da carga é no mínimo duas vezes
segundos molares como sendo a resistência mais patogênica que as cargas verticais
(R) (Fig. 24). A disposição de E, R, e F sobre os dentes ou as que tendem assentar
estabelece um aparelho de alavanca Classe o côndilo em sua fossa.
II.
Considerando que neste caso em
questão a proporção entre o braço de X
esforço (E-F) para o braço da resistência
(F-R) é de 3:1; a resistência deve ser três E
vezes o valor do esforço para manter a 2x 3x
alavanca em equilíbrio, desta maneira, uma 3x
força três vezes maior incide sobre os
segundos molares, induzindo estresse
sobre os dentes e periodonto ou irá
proprioceptivamente induzir uma resposta Direção
antagônica nos músculos que movimentam Fig. 25 - Carga em direção lateral ao dentes
a mandíbula, prevenindo uma sobre-carga
oclusal aos segundos molares. Para estabelecer o fator direção,
multiplica-se o fator magnitude previa-
mente estabelecido em 2,5 pelo fator 2 que
F R X representa o aumento da patogenicidade da
força lateral aplicada. O produto destes
E dois fatores é 5.
2x 3x • Análise do estresse
3x
• Magnitude: 2,5 X
• Direção: x 2 = 5 X
• Duração:
Distúrbios oclusais podem ampliar
uma força muscular dada e induzir tais
Estresss sobre os dentes forças sobre os tecidos do aparelho
Fig. 24 - Fulcro transverso, estresse sobre os estomatognático de maneira prejudicial,
dentes. produzindo mudanças na ATM, nos dentes
e/ou no periodonto. Alternadamente, os
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estresses induzidos podem propriocep- alcançar ou exceder, duas características


tivamente programar uma resposta muscu- individuais do paciente (hospedeiro) que
lar recíproca (tensão dinâmica) para inibir devem ser consideradas:
a sobre-carga nos tecidos envolvidos (fig. • a suscetibilidade - tendência de sofrer
26). As tensões induzidas nos músculos influências ou contrair enfermidades,
para manter uma posição mandibular • o limiar de tolerância - limite máximo
compensadora, adaptativa ou habituada de tolerância do indivíduo (tecidos) aos
para acomodar um distúrbio oclusal podem esforços a partir do qual um estímulo
induzir ao apertamento dentário. Pesquisas passa a produzir determinada resposta,
têm mostrado que quando o apertamento poderá resultar em mudanças adaptativas
dentário está presente, os dentes podem ser e/ou proliferativas ou patológicas na ATM,
mantidos em contato oclusal forçado por dentes, periodonto e músculos,.
um longo período de quatro horas em uma Quando da presença de distúrbios
única noite de sono, enquanto que todos os oclusais, estes são percebidos pelos pró-
contatos oclusais que ocorrem durante as prioceptores (terminações nervosas sensi-
horas correntes como resultado das fun- tivas), especialmente os do periodonto,
ções fisiológicas de mastigação, deglutição integrados ao sistema nervoso central que
e fala totalizam menos de dez minutos por emite uma reação motora, determinando
dia. uma hiperatividade dos agentes de defesa
Duração da
do organismo e gerando disfunções ou
Tensão resposta recíproca desordens do aparelho estomatognático.
dinâmica
Mudanças adaptativas própriocep-
tivamente induzidas pelas forças que
tendem a deslocar o côndilo de sua fossa
2x 3x ou sobrecarregar os dentes podem incluir
3x
Hiperfunção contração crônica (tensão dinâmica) da
porção superior do músculo pterigóideo
lateral. Este músculo puxa o disco articular
Fig. 26 - Tensão dinâmica para frente, deslocando o côndilo para
baixo. Isto estabelece um suporte condilar
Para refletir o maior período de para prevenir uma sobrecarga nos dentes.
tempo em que o estresse é induzido sobre As forças que tendem a deslocar o
os componentes do aparelho estômato- côndilo de sua fossa podem próprio-
gnático, multiplica-se o fator previamente ceptivamente induzir uma resposta recípro-
estabelecido de 5 por um fator considerado ca do feixe médio do músculo temporal
de 4 que representa as funções de que contrai cronicamente para evitar o
apertamento dentário como oponentes aos deslocamento do côndilo direito. Nesta
contatos oclusais intermitentes nas funções situação, dois músculos potentes nos lados
fisiológicas. opostos da cabeça estão funcionando em
• Análise do estresse tensão dinâmica, fulcrando a mandíbula
• Magnitude: 2,5 X sobre o segundo molar. O principal
• Direção: x 2 = 5 X sintoma do paciente pode ser dores de
• Duração: x 4 = 20 X cabeça temporal freqüentemente referidas
O estresse induzido ao aparelho estoma- como dor de cabeça de tensão.
tognático no apertamento dentário crônico Mudanças proliferativas podem
pode exceder em, no mínimo, 20 vezes ao incluir aposição óssea no côndilo e/ou
produzido durante as funções fisiológicas fossa, osteite condensante da fossa,
de mastigação, deglutição e fala. Se o hipercementose, exostose do osso alveolar
estresse induzido nos respectivos tecidos,
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e espessamento da lâmina dura e do liga- No tratamento, as desordens oclusais


mento periodontal. devem ser removidas da oclusão. Quando
As mudanças patológicas ou degene- estes são removidos, como ilustrado na
rativas induzidas no aparelho estomatog- figura 30, a guia lateral esquerda entra em
nático pelos distúrbios oclusais são função.
reconhecidas como desordens oclusais ou
parafunções (figs. 27, 28, 29).

Fig. 30 - Tratamento das desordens oclusais.

Nesta situação, uma força de fecha-


mento aproximada de X no lado esquerdo
Fig. 27 - Parafunções, segundo Guichet.
do paciente será distribuída entre as ATMs
Podem incluir dores de cabeça crônica, direita e esquerda e a guia lateral esquerda.
desordens na ATM (perfuração do menis- Esta força tende a assentar o côndilo
co, osteoporose da fossa), desgaste prema- direito do paciente em sua fossa ao
turo dos dentes, fratura de cúspide, pulpi- contrário de deslocá-lo. As tensões previa-
tes, dor facial, dor no pescoço e ombro, mente induzidas no músculo temporal
espasmos musculares, reabsorção do osso direito serão aliviadas à medida que sua
alveolar, reabsorção do rebordo sob a pró- função não mais será necessária para
tese e desarranjo periodontal. manter o côndilo em posição. As forças
que previamente atuaram sobre o segundo
Dor de cabeça por
Parafunções contração muscular molar direito do paciente e no seu
Destruição do
periodonto são aliviadas porque não
trabalho
odontológico
existem mais forças laterais. Logo que a
Dor articular guia lateral esquerda entra em função, ela
Estalido Desgaste
dental
se torna a resistência da alavanca (R), a
Doença articular
degenerativa Abrasão ação muscular o esforço (E) e a ATM, o
dental
Dor miofascial fulcro (F). Assim a resistência da alavanca
Perda de osso
Hipertrofia alveolar é duas vezes maior, enquanto que o
muscular
Dentes quebrados Má oclusão
(MOHL, M.D., 1989) esforço é a metade, assim como a força
Fig. 28 - Parafunções, segundo Mohl. efetuada pelo músculo sobre as cúspides
esquerdas. Esta disposição de R, E e F
Atividades
parafuncionais Dor de cabeça constitui uma alavanca Classe III; os
músculos estão em uma desvantagem
Dor no ouvido
mecânica para realizar cargas acentuadas
sobre os dentes anteriores.
pulpite
A eliminação do fulcro do arco
transverso sobre os segundos molares
Dor na ATM
mobilidade
dental direitos com a interferência no balanceio,
desgaste
Dor nos músculos
mastigatórios pelo estabelecimento da guia lateral
dental (OKESON, J.P., 1992) esquerda, como ilustrado na figura 31,
Fig. 29 - Parafunções, segundo Okeson. assegura uma vantagem mecânica aos
dentes e os músculos ficam em desvan-
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tagem para efetuar danos no aparelho que, o contato inclinado sobre o segundo
estomatognático. molar inferior quando do fechamento
O dentista tem a habilidade de mandibular tenderia a deslocar o segundo
redirecionar o grau e a direção das forças molar superior distalmente abrindo o
aplicadas sobre o aparelho estomatog- contato proximal mesial, podendo levar a
nático através da mudança da localização impacção alimentar, cárie dental, irritação
dos contatos dentários em várias posições gengival, formação de bolsa, desgaste
mandibulares. Esta redução do estresse prematuro dos dentes, fratura de cúspides e
pode interceptar o apertamento dentário e a pulpite.
duração da aplicação das forças é drástica- A figura 32 ilustra uma prematu-
mente reduzida, aliviando o estresse sobre ridade cêntrica sobre o primeiro pré-molar
os tecidos do aparelho estomatognático. superior, nesta situação, a aplicação de
força muscular tende assentar o côndilo na
Fulcro ântero-posterior fossa ao invés de deslocá-lo.
A figura 31 ilustra uma prematu- Estresse potencial
ridade cêntrica sobre os segundos molares
direitos. Os côndilos estão em relação
cêntrica. Se o paciente apertar os dentes, a 13
mandíbula será deslocada para anterior. 4 5 2 2
Quais são as possíveis conseqüências se as
pressões de apertamento forem aplicadas
sobre esta prematuridade cêntrica?
Força aplicada E B
Fulcro
ântero-posterior
Fig. 32 - prematuridade cêntrica sobre o primeiro
pré-molar superior

Supondo que existam bons contatos


entre todos os dentes neste quadrante supe-
A
E rior, um deslocamento distal do primeiro
pré-molar é resistido pelo grupo de dentes
Fig. 31 - prematuridade cêntrica sobre os segundos
molares direitos
distais a ele, resultando em 13 unidades de
suporte. Para deslocar o primeiro pré-
O músculo temporal se insere no molar superior distalmente, a ação de
processo coronóide, assim, avaliando todas escoramento do segundo pré-molar, dos
as ações das forças musculares agindo primeiro e segundo molares deve ser
sobre a mandíbula (incluindo masséter, superada. Os números acima dos dentes
pterigóideo lateral e medial, bucinador) e superiores representam unidades de
representando-as por um vetor de força suporte de estresse.
simples, ele será provavelmente posicio- Para fazer uma análise comparativa
nado no ponto E, área do segundo pré- das duas condições descritas acima (Figs.
molar e primeiro molar. Pesquisas odonto- 31 e 32), suponha-se que o paciente tenha
lógicas mostram que as maiores forças de uma dada força muscular: ao mover
mordida podem ser efetuadas nesta mesma anteriormente a alavanca mandibular para
área e a aplicação de força nesta área a posição B, como ilustrado na figura 34, a
poderia resultar em um efeito de fulcro ao força aplicada torna-se menor e movendo
redor da prematuridade cêntrica, tendendo distalmente para a posição A, a força
a deslocar o côndilo de sua fossa. Além do aplicada torna-se maior. Se a função
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muscular está produzindo uma força de cêntrica, mas também em quais dentes
quantidade x no ponto B, produzirá uma ocorre o contato prematuro.
força de 2x na posição A. Esta força maior As prematuridades que produzem
de 2x é resistida por somente 4 unidades deslocamento anterior da mandíbula são
de suporte do estresse sobre o segundo potencialmente mais patogênicas sobre os
molar, enquanto que uma força menor de x dentes posicionados mais distalmente no
na posição B é resistida por 13 de unidades arco dental que as prematuridades seme-
de suporte do estresse. lhantes nos dentes posicionados mais
anteriormente, supondo que exista contato
Força aplicada Fulcro
ântero-posterior entre todos os dentes no quadrante em
máxima intercuspidação.
4 13
4 5 2 2
Finalizando, sabe-se que o potencial
da oclusão de induzir estresse sobre os
tecidos do aparelho estomatognático induz
tensões dinâmicas sobre os músculos que
funcionam cronicamente para manter as
A E B ATMs em uma posição adaptativa, evitan-
2x 1x do os distúrbios oclusais. As tensões
Fig. 33 - Alavanca A e B induzidas pelos distúrbios geram reflexos
protetores para evitar danos ao aparelho.
Para comparar as duas condições, um Portanto, se as tensões forem suficiente-
denominador comum deve ser estabele- mente intensas, podem desenvolver sinto-
cido. Para isto, divide-se o 2x da posição A mas na musculatura e nas ATMs. Em
por dois, para resultar em um denomina- alguns pacientes com apertamento, os
dor comum 1x (Fig. 34). Deve-se também sintomas da desordem oclusal podem,
dividir as quatro unidades de suporte na também, se desenvolver nos dentes e
posição A por 2, resultando em 2 unidades periodonto. Sabe-se também que quando o
de suporte do estresse. Desta maneira, 13 apertamento é induzido, as cúspides
por 2, a prematuridade cêntrica sobre o podem funcionar como fulcro. Estes
segundo molar é 6,5 vezes potencialmente fulcros têm a capacidade de conferir a uma
mais patogênica que a prematuridade sobre força muscular dada, uma vantagem
o primeiro pré-molar (assumindo que não mecânica que amplia seu efeito sobre os
há terceiro molar para apoiar o segundo tecidos de maneira prejudicial por longos
molar). períodos de tempo. Tanto o fulcro ântero-
posterior quanto o fulcro transverso do
arco podem produzir uma desordem
oclusal, gerando uma oclusão traumática.
A observação da presença de sinais e
sintomas de distúrbios oclusais durante a
anamnese e exame do paciente fornece
importantes meios para se chegar a um
diagnóstico.
Usualmente, há mais de um sinal ou
Fig. 34 - Potencial patogênico da para função sintoma presente nestes indivíduos. Os
sintomas típicos destes distúrbios se mani-
Em razão disso, o cirurgião dentista,
festam no aparelho estomatognático como
nos procedimentos de exame oclusal, deve
dor ou desconforto periodontal, hipersensi-
detectar não somente o desvio mandibular
bilidade dentária, dor e/ou hipertonicidade
que ocorre no fechamento em relação
muscular, mobilidade e/ou migração denta-
Distúrbios Oclusais Fernandes Neto, A J.. et .al. Univ. Fed. Uberlândia –-2005 74

ria patológica, dor nas ATMs, impacção lâmina dura e o espaço da membrana
alimentar, gerando desconforto gengival. periodontal, mas pode também envolver
Os pacientes relatam estes sintomas como hipercementose, densidade maior do osso
uma mudança na posição dos dentes, como alveolar, calcificação pulpar e fratura
uma migração patológica do dente incisi- dental.
vo, uma mudança na mordida, uma recla- Após um diagnóstico destes distúr-
mação de impacção alimentar ou dolori- bios, o exame das características da oclu-
mento gengival, rangimento e apertamento são do paciente ajudará na definição do
noturno dos dentes, dolorimento dos den- tratamento apropriado.
tes e músculos ao acordar, irregularidade Considerando o limiar de tolerância
do movimento e travamento da ATM. Isso e a suscetibilidade dos pacientes, as
tudo é indicativo de que problemas relacio- disfunções temporomandibulares geradas
nados com a oclusal podem estar ao aparelho estomatognático se manifes-
presentes. tam em distintos grupos de pacientes, tais
Os sinais do trauma oclusal são como:
mobilidade dental, padrões atípicos de • Grupo I - Disfunção neuromuscular -
desgaste dental, migração patológica dos DNM. (Disfunção mandibular).
dentes, hipertonicidade dos músculos da • Grupo II - Disfunção temporomandi-
mastigação, formação de abscesso perio- bular. (Distúrbios temporomandibular).
dontais, ulceração gengival e mudanças na • Grupo III - Disfunção dentária. (Lesões
ATM. não cariosa das estruturas dentária).
Uma série completa de radiografias • Grupo IV - Disfunção periodontal.
periapicais da boca fornece meios para (Mobilidade dental ou migração
análise dos tecidos duros do periodonto. O patológica dos dentes).
trauma oclusal compromete mais que uma • Grupo V - Ausência Disfunção.
área ou um dente. (Acomodação).
Os sinais radiográficos do distúrbio
oclusal envolvem mais comumente a
O quadro I faz um comparativo das características dos pacientes, em função e em
disfunção ou parafunção:
FATOR FUNÇÃO PARA-FUNÇÃO
Duração dos contatos dentários Curtos e intermitentes Prolongados
Duração dos contatos dentários De 4 a 10 minutos 4 horas
em 24 hs.
Magnitude da força aplicada 9 a 18 Kg/pol2 Acima de 165 Kg/pol2
Direção da força aplicada Vertical (aceitável) Horizontal/ Lateral (injuriante)
Alavanca Classe III (às vezes classe II) Classe II ou I
Contração muscular Isotônica Isométrica
Influência ou proteção Arco adaptável. O reflexo Arco esquelético. Mecanismo
proprioceptiva condicionado evita a de proteção neuromuscular
interferência dentária ausente
Posição de fechamento Oclusão em relação cêntrica - Excêntrica – máxima
mandibular ORC intercuspidação habitual - MIH
Efeitos patológicos Nenhum ou ao menos mínimo Ocorrem mudanças patológicas
variáveis a cada paciente
Quadro I - Comparativo das características dos pacientes, em função e em disfunção ou parafunção:
Distúrbios Oclusais Fernandes Neto, A J.. et .al. Univ. Fed. Uberlândia –-2005 75

Uma apreciação dos efeitos dos • “Mioartropatia da Articulação Tem-


microrganismos e das desordens oclusais poro-Mandibular”, Graber, G. 1971.
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